O metal 598 site

Page 1

WWW.METALURGICOS.ORG.BR

JANEIRO DE 2014

ANO 71 - Nº 598

Luta em 2014 terá

8ª MARCHA 7ª Marcha realizada em 2013 reuniu mais de 60 mil trabalhadores em Brasília

IMPOSTO DE RENDA

As Centrais Sindicais vão realizar em abril a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília e intensificar a luta pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, manutenção da política de reajuste do salário mínimo e das aposentadorias, entre outras reivindicações de interesse da classe trabalhadora. O objetivo é pressionar o governo a negociar a Pauta Trabalhista e o Congresso Nacional a votar os projetos que ampliam os direitos trabalhistas. Leia na Pág. 4

SEU SALÁRIO

Aumento salarial entrou em vigor

Tabela do Leão é corrigida abaixo da inflação A tabela de Imposto de Renda foi corrigida em 4,5% a partir de 1º de janeiro, abaixo da inflação, que foi de 5,91%. Dessa forma, o governo mantém a defasagem da tabela, em mais de 60%, prejudicando os trabalhadores. Leia na Pág. 4

Assembleia de aprovação do acordo salarial

O reajuste salarial conquistado na Campanha Salarial no ano passado entrou em vigor no dia 1º de janeiro e deve ser recebido pelos trabalhadores no próximo pagamento. O aumento é de 8%, correspondente à inflação de 5,58% mais 2,29% de aumento real. Na Campanha também foram garantidos reajuste nos pisos, benefícios sociais e

abono, com pagamento em duas parcelas. O abono começou a ser pago em dezembro, mas muitos companheiros ainda têm uma parcela para receber. Confira o seu holerite! Quem não receber o aumento salarial, o piso maior, no caso de quem ganha piso, e o abono deve denunciar ao Sindicato. Para isso, procure o diretor ou o assessor responsável

pela região onde está a empresa, para que o Sindicato possa tomar as providências. “A mobilização da categoria foi fundamental para o resultado vitorioso da Campanha e os trabalhadores não podem ser prejudicados. Confira o seu salário e defenda seus direitos”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres. Pág. 3


2 - O METALÚRGICO

JANEIRO DE 2014

EDITORIAL

GRANDES DESAFIOS DE 2014

U

m dos principais objetivos do movimento sindical neste ano de eleições gerais será manter a unidade de ação, intensificar a luta pela Pauta Trabalhista, cobrar medidas em defesa da indústria nacional e barrar a ofensiva patronal contra os direitos dos trabalhadores. Vale lembrar que foi com união que conseguimos a regulamentação das centrais sindicais, a aprovação de uma política de valorização do salário mínimo e a negociação com o então presidente Lula para que ele adotasse as nossas propostas para o Brasil enfrentar e superar a crise econômica mundial. Cabe destacar as campanhas salariais, como a dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi, que têm garantido sucessivos aumentos reais de salário e ampliação de benefícios para a categoria. Devemos persistir neste caminho, fortalecendo as ações sindicais contra os setores pa-

tronais conservadores que vão vir com tudo para reduzir e flexibilizar os direitos e as garantias trabalhistas e sindicais. Por isto, precisamos manter a força de nossas ações, com apoio dos trabalhadores nas portas de fábrica, manifestações e assembleias, para emplacar a agenda da classe trabalhadora que contempla propostas como o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho, o fim das terceirizações, a redução dos juros e mais investimentos no setor produtivo, geração de emprego, qualificação profissional, distribuição de renda e investimentos em saúde, educação, segurança e melhorias urbanas. Só assim teremos um País mais justo e solidário!

Direitos Trabalhistas

Fique por dentro dos seus direitos CARTEIRA DE TRABALHO assinada

e anotada desde o 1º dia de trabalho;

SALÁRIO MENSAL nunca inferior ao

piso da categoria fixado na Convenção Coletiva;

UM DIA DE REPOUSO por semana, de preferência

aos domingos;

13º SALÁRIO, pago da seguinte forma: metade até o dia 30 de novembro de cada ano, e a outra metade até 20 de dezembro; FÉRIAS DE 30 DIAS. Nos primeiros 12 meses de trabalho,

o empregado adquire o direito às férias. Nos 12 meses seguintes o empregador deve, obrigatoriamente, conceder os 30 dias do empregado. Quem escolhe quando o empregado tira férias é o empregador;

ADICIONAL DE FÉRIAS Sé pago toda vez que o empregado entra em férias, e corresponde a 1/3 do salário do empregado. O salário das férias e o adicional de 1/3 devem ser pagos até dois dias antes do início das férias.

MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical

Dica de

ARTIGO

POR MAIS DIREITOS E AVANÇOS SOCIAIS

O

movimento sindical reafirma em 2014 a luta pela Pauta Trabalhista, que inclui a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, mais investimentos em saúde, transporte e educação. Precisamos sensibilizar o Congresso Nacional sobre a importância da redução da jornada para a geração de emprego, a redução dos acidentes de trabalho e a mobilidade urbana, pois o trabalhador terá mais tempo para o lazer e a família e, principalmente nas grandes cidades, não ficará preso no trânsito. É, portanto, um benefício para toda a sociedade. O fator previdenciário tira cerca de 40% do valor das aposentadorias. É uma continha do mal, que precisa ser exterminada. Infelizmente, o governo Dilma vetou o fim do fator,

o metalúrgico JANEIRO DE 2014 Ano 71 – Edição nº 598 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê Fones: (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br

mas vamos continuar mobilizados com protestos e cobrar o fim deste mecanismo que só prejudica os trabalhadores. Neste ano de muitas expectativas, com a Copa do Mundo no Brasil e as eleições gerais, vamos manter a unidade nas ações sindicais em defesa dos direitos da classe trabalhadora e fomentar uma participação consciente em todas as lutas pela valorização do trabalho, por desenvolvimento econômico com distribuição de renda e justiça social. Um excelente 2014 para todos, com muitas conquistas para os trabalhadores e o povo brasileiro! PAULINHO DA FORÇA Deputado Federal e presidente licenciado da Força Sindical

S

IUGO KOYAMA

aúde

Dr. Fernando J. Lia C.Araújo

CÂNCER DE PRÓSTATA É o tumor maligno mais frequente nos homens com mais de 50 anos, perdendo apenas para os tumores de pele. No final do ano passado, estivemos em Natal, no Rio Grande do Norte, no Congresso Brasileiro de Urologia, de onde trazemos informações atualizadas sobre a doença. Trabalhos recentes mostram que nem todos os casos de tumores da próstata necessitam de tratamento, devendo ser apenas acompanhados. Curiosamente, o câncer de próstata aparece com mais frequência nos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos. A evolução é geralmente lenta, com um longo período de latência (o tumor pode levar até 15 anos para atingir 1 cm3), não dando sinais de sua presença nas fases iniciais, sendo descoberto pela elevação do PSA (uma proteína que a próstata libera na circulação sanguínea); 75% dos casos ocorrem

após os 65 anos de idade. O diagnóstico definitivo desta doença é feito através de biópsia (retirada de fragmentos da próstata para exame), que é feita quando houver alteração do PSA ou se o toque retal for suspeito. Esclarecemos que o PSA também pode estar alterado por causa de outras doenças da próstata, como Prostatite, aumento do tamanho da próstata em decorrência da idade, por exemplo, devendo o médico ter muito critério em sua avaliação, evitando assim a realização desnecessária da biópsia. Para esclarecer e tranquilizar os trabalhadores que procuram o Ambulatório Médico do Sindicato para realizarem os exames preventivos informamos que o PSA não se mantém estático ao longo da vida; há uma tendência a se elevar com o aumento da idade:

Até os 40 anos

o PSA deve ser normalmente entre 0 e 2,5 ng/mL

Dos 41 aos 49 anos

o PSA esperado é de no máximo 3,5 ng/mL

Dos 50 aos 59 anos

o PSA esperado é de no máximo 4,5 ng/mL

Dos 60 aos 69 anos

o PSA esperado é de no máximo 6,5 ng/mL

Não há um valor pré-determinado para o PSA normal após os 70 anos

DIRETORES (SEDE SÃO PAULO) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho, Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Edson Barbosa Passos, Elza de Fátima Costa Pereira, Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Ester Regina Borges, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José João da Silva (Mixirica),

José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto, Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho, Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva, Yara Pereira da Silva DIRETORES (SEDE MOGI DAS CRUZES) Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sílvio Bernardo

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão YUNISIND Tiragem 200 mil exemplares


O METALÚRGICO - 3

JANEIRO DE 2014

SEU SALÁRIO

AUMENTO SALARIAL JÁ ESTÁ EM VIGOR GRUPO

REAJUSTE A PARTIR DE JANEIRO/2014

3

8%

(autopeças)

Fundição

Estamparia de metais

19-3

(laminação, equipamentos ferroviários etc.)

2

(máquinas e eletroeletrônicos)

e Sindal

(cozinhas industriais)

20% em duas parcelas: 10% até dia 4/12/13 10% até 19/12/13

Até 150 trab.: R$ 1.116,00

7,5% em Jan/2014 + 0,5% em Fev/2014

R$ 6.415,20

para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013

7,5% em Jan/2014 + 0,5% em Fev/2014 8%

para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 535,68

7,5% em Jan/2014 +0,5% em Fev/2014 8% para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 550,54

8% para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 501,60 Empresas com + de 30 trab.:

7,5% em Jan/2014 +0,5% em Fev/2014 8% para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 513,28

22% em duas parcelas: 11% até 6/12/13 11% até 20/12/13 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 718,74

20% em duas parcelas: 10% até 20/12/13 10% até 20/01/14

Não há

8%

Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 685,00

20% em duas parcelas: 10% até 20/12/13 10% até 21/01/14

8%

7,5% em Jan/2014 +0,5% em Mar/2014

(Fiesp e outros)

R$ 6.850,00

R$ 6.534,00 Para salários acima desse valor somar R$ 522,72

Empresas até 30 trab.:

10

PISOS A PARTIR DE JANEIRO/2014

Não há

8%

Sindfup

ABONO

Para salários acima desse valor somar R$ 548,00

8%

Sindisider

TETO DE APLICAÇÃO DO REAJUSTE SALARIAL

Para salários acima desse valor somar R$ 481,14 em jan/14 e R$ 32,08 em fev/2014

R$ 6.696,00 Para salários acima desse valor somar R$ 502,20 em jan. e R$ 33,48 em fev.

R$ 6.881,76 Para salários acima desse valor somar 516,13 em jan/2014 e R$ 34,41 em fev/2014

Empresas até 30 trab.: R$ 6.270,00 Para salários acima desse valor somar R$ 470,25 em jan/2014 e R$ 31,35 em març/2014

Empresas com + de 30 trab.:

20% em duas parcelas: 10% até 21/12/13 10% até 20/03/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 641,52

20% em duas parcelas: 10% até 21/12/13 10% até 20/03/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 669,60

22% em duas parcelas: 11% até 17/12/13 11% até 10/01/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 756,99

Até 350 trab.: R$ 1.137,00 + de 350 trab.: R$ 1.365,00

Até 350 trab.: R$ 1.089,00 + de 350 trab.: R$ 1.286,00

Até 50 trab.: R$ 981,00 + de 50 trab.: R$ 1.050,00

Até 100 trab.: R$ 1.036,95 De 101 a 350 trab.: R$ 1.119,27 + de 350 trab.: R$ 1.283,85

Até 100 trab.: R$ 1.026,00 De 101 a 350 trab.: R$ 1.125,36 + de 350 trab.: R$ 1.310,04

Até 50 trab.: R$ 1.073,10 De 51 a 350 trab.: R$ 1.166,40 + de 350 trab.: R$ 1.341,36

PARA GRUPO 10 20% em duas parcelas: 10% até 6/12/13 10% até 20/01/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 641,60

PARA SINDAL

Até 100 trab.: R$ 1.014,00 De 101 a 350 trab.: R$ 1.119,00 + de 350 trab.: R$ 1.284,00

20% em duas parcelas: 10% até 6/12/13 10% até 20/12/13

R$ 6.416,00 Para salários acima desse valor somar R$ 481,20 em jan/2014 e R$ 32,08 em fev/14

Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 641,60

ZONA SUL

MOBILIZAÇÃO NAS ZONAS LESTE E SUL

ZONA LESTE

ZONA OESTE

+ de 150 trab.: R$ 1.416,00

ZONA NORTE

MOGI DAS CRUZES


4 - O METALÚRGICO

JANEIRO DE 2014

MOBILIZAÇÃO

Luta pelas bandeiras continua em 2014

NOSSAS BANDEIRAS EM 2014 MANUTENÇÃO DA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, QUE ALÉM DE FOMENTAR A ECONOMIA POPULAR E O MERCADO INTERNO AJUDOU O PAÍS ENFRENTAR E SUPERAR A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 40H SEMANAIS, SEM REDUÇÃO SALARIAL FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO PERMANENTE DAS APOSENTADORIAS E PENSÕES, ESPECIALMENTE PARA AQUELES QUE RECEBEM BENEFÍCIOS ACIMA DO SALÁRIO MÍNIMO

7ª Marcha a Brasília realizada em 2013 mobilizou mais de 60 mil trabalhadores de todo o País

A

Força Sindical e as demais Centrais começaram o ano com uma reunião que decidiu intensificar as ações conjuntas em defesa das bandeiras de luta da classe trabalhadora, diante da falta de diálogo por parte do governo. A primeira grande ação será a realização da 8ª Marcha a Brasília, em abril, com objetivo de sensibilizar a sociedade e o governo para a importância da aprovação de itens importantes da Pauta Trabalhista (veja no quadro ao lado).

“O ano começou com inflação em alta, aumento da taxa de juros, produção industrial patinando, aumento das importações, correção da tabela do Imposto de Renda abaixo da inflação, com o governo querendo acabar com a política de valorização do salário mínimo, com o setor patronal querendo tirar direitos dos trabalhadores. Vamos para as ruas e reagir fortemente”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato, CNTM e da Força Sindical.

COMBATE À DESINDUSTRIALIZAÇÃO E RETOMADA DO CRESCIMENTO INDUSTRIAL COM VALORIZAÇÃO DO SETOR PRODUTIVO, REDUÇÃO DOS JUROS E COMPETITIVIDADE DO PRODUTO NACIONAL PERANTE OS IMPORTADOS

Reajuste da tabela abaixo da inflação prejudica trabalhadores nova tabela de Imposto de Renda (IR), que entrou em vigor em 1º de janeiro, foi corrigida em 4,5%, ou seja, abaixo da inflação de 2013 fechada em 5,91% (IPCA -Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Com esse reajuste, a faixa salarial isenta de pagar o imposto subiu de R$ 1.710,78 para R$ 1.787,77. A correção é insuficiente e prejudica os trabalhadores que, nas campanhas salariais em 2013, conquistaram aumento real de salário. Muitos vão passar a pagar o imposto, enquanto outros que já pagavam mudaram de faixa de rendimento e vão pagar um alíquota maior de imposto. Segundo o Dieese (departamento econômico dos sindicatos), a tabela está defasada em 61,42%. Se fosse corrigida neste percentual, a faixa de isenção seria de R$ 2.885,82 e não de R$ 1.787,77. Segundo o Sindifisco (Sindicato Nacio-

APOSENTADOS

Os aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo tiveram reajuste de 5,56%, correspondente à inflação dos últimos 12 meses, sem aumento real. É o quinto ano seguido sem ganho real. Para o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, a política de reajuste do governo é injusta e arrocha cada vez mais as aposentadorias.

Na primeira reunião do ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a Selic (taxa básica de juros da economia) em 0,5%, elevando a taxa para 10,5% ao ano. As consequências desta medida são: redução do consumo, da produção e do emprego. A medida mostra a falta de prioridade do governo com relação ao crescimento econômico e ao desenvolvimento. real da tabela, mas o governo não atendeu a nossa reivindicação. Vamos intensificar esta luta para defender os salários dos trabalhadores e reduzir a carga tributária”, afirma o deputado federal Paulinho da Força.

Tabela do Imposto de Renda para 2014 Rendimento

Alíquota %

Até R$ 1.787,77 De R$ 1.787,78 até R$ 2.679,29 De R$ 2.679,30 até R$ 3.572,43 De R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81 Acima de R$ 4.463,81

isento 7,5% 15,0% 22,5% 27,5%

Justiça manda corrigir FGTS Os trabalhadores começaram a ganhar ações que pedem mudança na correção das contas do FGTS. No Paraná e em Minas Gerais, a Justiça Federal determinou a correção, desde 1999, dos saldos das contas do Fundo pela inflação e não pela TR (Taxa Referencial). A sentença não é definitiva, mas abre pre-

Com o reajuste de 6,78%, o salário mínimo nacional passou a ser de R$ 724, a partir de 1º de janeiro. O reajuste corresponde à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 (de 1,03%), mais a variação do INPC, estimada em 5,56 %. O reajuste segue a política de valorização do Salário Mínimo, conquistada pelo movimento sindical, mas o governo e setores conservadores do País querem acabar com essa forma de correção. Vamos reagir!

AUMENTO DOS JUROS

Deputado Paulinho da Força esteve à frente das mobilizações pela correção do I.R.

nal dos Auditores Fiscais da Receita Federal), em 1996, quem ganhava até 9 salários mínimos não pagava imposto. Hoje, quem ganha a partir de 2,5 mínimos já paga I.R. “No ano passado, cobramos a correção

SALÁRIO MÍNIMO

COMBATE ÀS TERCEIRIZAÇÕES, À ROTATIVIDADE DE MÃO DE OBRA E A TODAS AS FORMAS DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

IMPOSTO DE RENDA

A

Saiba mais

cedente para as demais ações que estão na Justiça. Nosso Sindicato entrou com ação na Justiça Federal em Brasília e está aguardando a decisão. Para aderir à ação o trabalhador precisa apresentar: extratos do FGTS desde 1999, número do PIS, RG, CPF e comprovante de endereço.

ATO PELAS VÍTIMAS DO GOLPE DE 1964

As Centrais Sindicais que integram o Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical” realizam dia 1º de fevereiro um grande ato para homenagear trabalhadores e sindicalistas da Grande São Paulo que sofreram repressão da ditadura. O Ato Sindical Unitário “Unidos, Jamais Vencidos” será das 13 às 17 horas, no Teatro Cacilda Becker, na Praça Samuel Sabattini, 50 (Paço Municipal de São Bernardo).

FGTS PELA INTERNET

A Caixa Econômica Federal lançou uma nova ferramenta que permite ao trabalhador gerar e visualizar extratos do FGTS dos últimos 25 anos, pela internet. Antes, só era possível obter os seis últimos registros. Chamado de “Extrato Completo”, o serviço está disponível nos endereços www.caixa.gov.br e www.fgts.gov.br . Para acessá-lo basta cadastrar uma senha, informar o PIS e aceitar o termo de cadastramento.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.