O metal 611

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MARÇO DE 2015

ANO 72 - Nº 611

TRABALHADORES não aceitam perder direitos

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Força Sindical e as demais Centrais realizaram mais um grande protesto contra as medidas provisórias 664 e 665 que tiram direitos trabalhistas e previdenciários como, seguro-desemprego, abono do PIS, pensão por morte e auxílio-reclusão. O ato aconteceu no dia 2 de março em frente à Superintendência Regional do Trabalho, região central de São Paulo, no mesmo dia da entrada em vigor das novas regras do seguro-desemprego. Cerca de dois mil manifestantes de várias categorias, entre eles metalúrgicos, participaram do protesto e cobraram a revogação das medidas. Segundo o Dieese (órgão econômico dos Sindicatos), no caso do seguro-desemprego, Arakém, secretário-geral do cerca de 65% dos trabalhadores que forem Sindicato, na organização demitidos a partir do dia 2 não terão acesso Miguel Torres, presidente do Sindicato e da Força Sindical, liderou protesto das centrais ao benefício. “Isto é ou não é tirar direito?”, perguntou o presidente do Sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres, confrontando o governo, que alega que não há perdas, REGRA ANTIGA REGRA NOVA apenas ajustes para coibir fraudes. • PRIMEIRO PEDIDO Segundo Miguel Torres, o objetivo do trabalhar pelo menos 18 meses ato foi também o de esclarecer a sociedaTrabalhar por 6 meses para ter • SEGUNDO PEDIDO de sobre as medidas do pacote fiscal, que direito ao benefício trabalhar pelo menos 12 meses tentam fazer os trabalhadores pagarem a • TERCEIRO PEDIDO conta de uma crise econômica que eles não Juruna, secretário-geral, destaca a união trabalhar pelo menos 6 meses provocaram. apresentou emendas para alterar as novas O secretário-geral da Força Sindical, regras de concessão dos benefícios. A Força NÚMERO DE PARCELAS Juruna, disse que “as medidas trazem Sindical também entrou com uma Ação no • PRIMEIRO PEDIDO recessão, diminuem a renda e o poder de Supremo Tribunal Federal questionando a 4 parcelas - Se tiver trabalhado entre 18 e 23 compra dos trabalhadores” e destacou a constitucionalidade das medidas. meses nos 36 meses anteriores importância da unidade das centrais para A votação das medidas está marcada derrubar as medidas no Congresso Nacio- para o dia 24 de março. Um dia antes, as • SEGUNDO PEDIDO nal. “Temos que tomar as ruas, ir para o centrais vão fazer manifestação em todos 4 parcelas - Se tiver trabalhado no mínimo 24 meses Congresso, sindicatos e trabalhadores, lado os Estados e em Brasília contra as medidas. • TERCEIRO PEDIDO a lado, pressionando e articulando para não O movimento sindical propõe que, em vez 3 parcelas - Se tiver trabalhado entre 6 e 11 meses deixar as medidas passarem”, disse Juruna. de tirar direitos dos trabalhadores, o governo 4 parcelas - Se tiver trabalhado entre 12 e 23 meses O deputado federal Paulinho da Força taxe as grandes fortunas e a remessa de 5 parcelas - Se tiver trabalhado por, pelo menos, 24 meses lucros das multinacionais e combata efetivamente as fraudes.

SEGURO-DESEMPREGO

Câmara aprova projeto do deputado Paulinho que mantém política de reajuste do mínimo até 2019 Pág. 4

Menos imposto: Deputados aprovam reajuste maior na tabela do Imposto de Renda Pág. 4


2 - O METALÚRGICO

MARÇO DE 2015

EDITORIAL

COMUNICAÇÃO

Nossa luta contra a crise

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atual cenário econômico do Brasil é um desafio que devemos enfrentar com muita mobilização da classe trabalhadora junto ao movimento sindical, principalmente em defesa dos direitos e empregos. Além das lutas nas fábricas devemos unir forças nos protestos das centrais sindicais contra as medidas insanas do governo federal, que tiram direitos e impedem a retomada do desenvolvimento econômico. Exigimos a queda da taxa Selic de juros, estamos mobilizados no Congresso Nacional, em Brasília, para derrotar as MPs 664 e 665, e seguimos firmes com nossa Pauta Trabalhista (que pede redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, fim das demissões imotivadas, valorização do salário mínimo e das aposentadorias etc.).

Defendemos ainda mais investimentos no parque industrial, taxação das grandes fortunas e um sistema tributário mais justo, que tire o peso dos impostos sobre o setor produtivo e os trabalhadores. Estamos, enfim, na resistência! Não vamos admitir perdas de conquistas históricas, empregos e salários. Nem deixar que a crise atrapalhe o nosso sonho de transformar o Brasil em uma nação realmente desenvolvida para todos os brasileiros. As coisas têm de mudar pra melhor, e só a união dos trabalhadores pode reverter este quadro. MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical

ARTIGO

Reajuste do mínimo prorrogado até 2019

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Câmara dos Deputados aprovou projeto de minha autoria que estende até 2019 a atual política de reajuste do salário mínimo, que se encerraria no final de 2015. O texto prevê que a correção do salário continue ocorrendo no dia 1º de janeiro de cada ano com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos 12 meses anteriores ao mês do reajuste, acrescida da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Ou seja, em 2016, será acrescentado o crescimento do PIB de 2014. A regra atual de reajuste é um dos fatores que vem contribuindo para a melhoria das condições de vida do povo brasileiro. A política do salário mínimo sempre foi uma

o metalúrgico MARÇO DE 2015 Ano 72 – Edição nº 611 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê Fones: (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br

luta das centrais sindicais, que começou com o senador Paulo Paim (PT-RS) defendendo um projeto do mínimo de 100 dólares. Chegamos a fazer uma Marcha de São Paulo a Brasília a pé. Depois, tivemos uma ampla negociação no governo Lula e conseguimos aprovar uma política para o salário mínimo. Essa política beneficiou mais de 40 milhões de brasileiros. Por isso, a prorrogação da política de reajuste é tão importante para 18 milhões de aposentados que recebem o salário mínimo e para 26 milhões de empregados que trabalham um mês inteiro para receber um salário mínimo. PAULINHO DA FORÇA Deputado Federal

Sindicato está de site novo O Sindicato reformulou o seu site e colocou no ar, em fevereiro, sua nova página na internet. O espaço está com visual mais moderno, dinâmico e interativo. Na página, a nossa categoria e os internautas em geral encontram informações sobre as lutas nas fábricas, notícias do mundo do trabalho, da economia, ações sindicais em defesa dos direitos e do emprego e orientações sobre como ficar sócio e usufruir as opções

de lazer, serviços, convênios e demais benefícios oferecidos pelo Sindicato para a categoria. Confira.

O endereço continua o mesmo:

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Dica de

S

IUGO KOYAMA

aúde

Dr. Fernando Lia Araújo Médico Urologista e Ortomolecular do Ambulatório Médico

DROGAS

de forma abusiva de drogas lícitas O usoe ilícitas está atingindo cada vez mais

pessoas, principalmente os jovens, trazendo consequências desastrosas, inclusive para os familiares do usuário. Segundo a Organização Mundial de Saúde, droga é qualquer substancia não produzida pelo nosso organismo, que tem a capacidade de alterar o funcionamento dos nossos órgãos. Desta forma, uma mesma droga pode ser boa ou má. Drogas que produzem efeito benéfico, utilizadas para tratamento de uma doença, são chamadas de medicamentos. Já as drogas que provocam males à saúde são chamadas de venenos ou tóxicos. Drogas que agem no cérebro (Sistema Nervoso Central) causando alterações no estado mental da pessoa são chamadas psicotrópicas ou substâncias psicoativas e muitas delas causam

dependência. Algumas podem deprimir a atividade mental, como Álcool, Barbitúricos (usados para tratamento de distúrbios do sono), Opioides (usados no tratamento da dor, por exemplo) e Solventes (cola de sapateiro, lança-perfume). Outras drogas podem ter efeito contrário, ou seja, aumentam a atividade cerebral, como Anfetamina (usada como moderador de apetite), a Cocaína e o Crack, a Cafeína e a Nicotina (fumo). Existem também as drogas que podem perturbar a atividade cerebral, como a Maconha, LSD, alguns medicamentos que chamamos anticolinérgicos (tratamento de algumas doenças como Mal de Parkinson, por exemplo, que se utilizados de forma não médica podem ser tóxicos). Nas próximas edições falaremos sobre cada uma dessas drogas.

Imposto menor na SicoobMetalcred Desde o dia 22 de janeiro, os bancos aumentaram o imposto do crediário, chamado de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 1,5% para 3%, além da alíquota adicional de 0,38%. Mas este aumento pesará apenas para os clientes dos bancos. Nas cooperativas de crédito, os associados continuarão a pagar somente os 0,38%. É uma boa notícia para os cooperados da

DIRETORES (SEDE SÃO PAULO) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira (licenciado), Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho, Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Edson Barbosa Passos, Elza de Fátima Costa Pereira, Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José João da Silva (Mixirica), José Luiz

SicoobMetalcred, a cooperativa de crédito do Sindicato. O presidente da entidade, Clarisvaldo de Almeida, explica que as cooperativas não visam lucro como os bancos, oferecem um atendimento humanizado e têm mais este importante diferencial, de continuarem isentas de IOF. Fique sócio da SicoobMetalcred e usufrua este benefício. Ligue para 3277-6075 e informe-se.

de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto, Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (licenciado), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho, Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva, Yara Pereira da Silva SEDE MOGI DAS CRUZES Ester Regina Borges, Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sílvio Bernardo

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia nesta edição Jaélcio Santana Paulo Segura Iugo Koyama Dea Segura Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem 200 mil exemplares


O METALÚRGICO - 3

MARÇO DE 2015

MULHER METALÚRGICA

ENCONTRO DISCUTE IGUALDADE FOTOS: ANDREA SEGURA E JAÉLCIO SANTANA

Presidente Miguel Torres

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erca de 300 trabalhadoras participaram do Encontro Mulher Metalúrgica, realizado nos dias 7 e 8 de março, no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande. O evento, organizado pelo Departamento da Mulher do Sindicato, também celebrou o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, contou com a participação de maridos das trabalhadoras, enquanto seus filhos desenvolviam atividades recreativas sob os cuidados de monitoras. O evento foi aberto pela diretora Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher, que destacou a importância da participação das mulheres nas ações sindicais. “Todas as nossas ações são para que vocês venham para o Sindicato e se sintam parte dele”. Leninha ressaltou que o Sindicato tem nove delegadas, que trabalham como assessoras da diretoria, além de seis diretoras – Elza Costa (diretora financeira), Leninha, Alsira, Cristina, Ester e Yara. O presidente Miguel Torres disse que “o Sindicato tem tradição de comemorar o Dia Internacional da Mulher e suas lutas, vem trabalhando para trazer mais mulheres para a vida sindical, porque as dificuldades só diminuem com participação”. Ele saudou a família metalúrgica presente no evento para discutir suas questões e como avançar nas conquistas. “Temos muitas lutas pela frente e só vamos avançar se estivermos juntos”.

ABERTURA A mesa de abertura foi integrada por sindicalistas de outras categorias: Carmelita (Costureiras de São Paulo); Ruth, secretária de Direitos Humanos da Força Sindical; Maria Auxiliadora, secretária da Mulher da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Brinquedos, e Valdir Pestana, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes de São Paulo.

Diretora Leninha

Mesa: Arakém, Ester, Valdir Pestana, Cristina, Carmelita, Ruth, Miguel Torres, Elza, Auxiliadora, Alsira, Flávio Urra, Yara e Leninha

O secretário-geral, Arakém, saudou as companheiras e ressaltou que “tem que haver respeito entre homens e mulheres. A mulher não tem que aceitar a violência. A gente só cresce na vida com luta”. Elza disse que “no dia em que a sociedade entender que podemos tudo, dialogando e respeitando, vamos ter um mundo melhor”. TEMAS O Encontro refletiu sobre a trajetória das lutas das mulheres e porque, apesar dos avanços, a mulher ainda ganha menos que o homem, sofre com a violência e é, na maioria das vezes, a responsável pela casa, pela educação dos filhos etc. Os temas de discussão foram “Gênero e Masculinidade” e “A Construção Social dos Gêneros”, abordados pelo psicólogo social Flávio Urra, e “Fortalecendo o Coletivo da Mulher Metalúrgica”, com a diretora Elza Costa. “As diretoras vieram das fábricas e estão crescendo no Sindicato. Somos seis, mais nove assessoras e daqui a um tempo esse número será maior. E somos homens e mulheres fazendo um trabalho sério pela categoria. Eu cuido da tesouraria e minha função é dar condições para estes companheiros e companheiras trabalharem. Temos um presidente que entende o quanto é importante termos homens e mulheres trabalhando juntos”, disse Elza.

Yara, Ester, Auxiliadora, Cristina, Leninha, Elza, Ruth e Alsira

culturais e que desde cedo somos tratados de maneira diferente. Urra falou de Poder x Dominação, no trabalho, no casamento etc.; das desigualdades estruturais de gênero, Mulher x Homem, Branco x Preto, Riqueza x Pobreza; das primeiras lutas das mulheres, pelo direito de voto, direitos DIFERENÇAS CULTURAIS trabalhistas, educacionais. O psicólogo Flávio Urra explicou que as Em 2012, a população brasileira tinha 98 diferenças entre homens e mulheres são milhões de mulheres (51% do total). Entre

CLUBE DE CAMPO

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Psicólogo Flávio Urra foi o palestrante

2002 e 2012, o número de postos de trabalho ocupados por mulheres cresceu 75% contra 59% dos homens. Apesar de estudarem mais que o homem, a mulher ganha, em média, 30% menos que o homem. As trabalhadoras participaram efetivamente, fazendo perguntas para tirar dúvidas e pedir orientação em relação aos temas abordados. O domingo foi de lazer para as trabalhadoras e suas famílias. PAULO SEGURA

Obras do Parque Aquático continuam Sindicato prossegue com as obras de construção do Parque Aquático, no Clube de Campo, em Mogi das Cruzes. A primeira das quatro piscinas que vão compor o parque foi inaugurada dia 12 de dezembro e ocupa uma área de 500 metros quadrados. As outras três vão ser construídas no lugar das velhas piscinas, que estão sendo quebradas. “Quando tudo estiver pronto, os associados e suas

Secretário-geral Arakém

Diretora financeira Elza Costa

famílias terão uma área de mil metros quadrados de lazer”, afirma a diretora financeira, Elza Costa, que vistoriou as obras recentemente. A previsão é concluir o projeto até julho. Mesmo com as obras em andamento, os trabalhadores que forem ao clube neste período poderão utilizar a piscina que já foi inaugurada. “As portas do clube continuam abertas”, afirma o presidente Miguel Torres.

Elza acompanha o trabalho de reconstrução das piscinas junto com o engenheiro Miruca


4 - O METALÚRGICO

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LUTA VITORIOSA

MENOS IMPOSTO

Câmara mantém política de reajuste do salário mínimo

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EBC

Projeto aprovado foi apresentado pelo deputado Paulinho da Força

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade) que mantém a política de valorização do salário mínimo até 2019, e garante reajuste acima da inflação. Pela projeto, a fórmula que calcula o salário mínimo com base na soma da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano ESPORTE

A

Deputados aprovam reajuste da tabela do Imposto de Renda em até 6,5%

anterior mais a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes fica mantida até 2019. A fórmula atual de cálculo do reajuste valeria só até este ano. “Apresentei este projeto no ano passado e vamos continuar pressionando para garantir também que o aumento do mínimo seja aplicado a todas as aposentadorias”, afirma Paulinho da Força.

ara evitar a derrubada do veto da presidente Dilma ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, o governo cedeu e negociou um reajuste maior. No dia 10 de março, o Congresso Nacional aprovou a correção, que varia de 4,5% a 6,5%, de acordo com a faixa salarial - quanto menor a faixa, maior a correção, que entrará em vigor em abril. Desta forma, a faixa de isenção do imposto sobe

de R$ 1.787,77 para R$ 1.903,98. As demais faixas terão reajuste escalonado (veja quadro abaixo). A oposição, porém, promete pressionar pela derrubada do veto da presidente e garantir a correção de 6,5% pra todas as faixas salariais. “Nossa luta em defesa dos salários está dando resultado, vamos seguir pressionando”, disse o deputado federal Paulinho da Força.

Segundo o presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical, Miguel Torres, o reajuste é um avanço, mas que desde 1996 a tabela vem sendo corrigida abaixo da inflação e está defasada em 64,83%.

42 times participarão da 7ª Copa dos Metalúrgicos Diretor Valdir Pereira

7ª Copa de Futebol de Campo dos Metalúrgicos terá 42 equipes, reunindo aproximadamente 1.130 metalúrgicos sócios do Sindicato. Os representantes dos times inscritos reuniram-se no dia 14 de março, no Sindicato (Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade), para a definição dos grupos.

“Temos certeza de que o campeonato será um exemplo de organização e confraternização entre os times”, diz Valdir Pereira, diretor do Departamento de Esportes do Sindicato. A Copa começará no dia 11 de abril, sábado, às 9h, no Clube de Campo, em Mogi das Cruzes. “Nosso Sindicato tem organização, luta e uma grande estrutura esportiva e de lazer para os sócios. A Copa dos Metalúrgicos é um evento expressivo do calendário esportivo da cidade”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato.

Luta nas fábricas Greve pelo convênio na Imbe A greve iniciada dia 26 de fevereiro na Imbe (zona oeste), contra a troca e o aumento do convênio médico levou a empresa a se comprometer a buscar um convênio melhor, manter o percentual pago pelos trabalhadores e sem cobrança aos dependentes. Segundo o diretor Sales, que comandou a ação,

eles também conquistaram política de cargos e salários, pagamento das horas paradas e estabilidade de 60 dias.

Ação pelo salário na Tecnostamp Os 15 trabalhadores da Tecnostamp (Mooca) deram uma parada na produção no dia 19 de fevereiro contra o atraso no pagamento dos salários. O diretor Mixirica, responsável pela mobilização, disse que o estado de greve surtiu efeito e a empresa acertou os salários no dia seguinte.

ESNTES M • Dormer I T ICIPA T

R PA

• Aliança • Almar • Alstom • Altamira • Aratell • Combustol Metalpó • Contuflex

• Driveway • Dynar • Engesig • Fame • Fameq • Ferri Camargo & Gomiero • Ferrolene • Giusti • Imbe • Império Comunicação Visual

• Indab • Italspeed • Loopsmol • Lorenzetti (A) • Lorenzetti (B) • Lumini (A) • Lumini (B) • Microgear • Montepino • MWM (A) • MWM (B) • Pantoja

• Prada • Radial • Refrin • SBU • Santa Luzia • Solotest • ThyssenKrupp • Truckvan • Urba e Brosol • VAE • Valeo • Wendy New Bike

Mais informações pelos telefones: 3388-1083 (Valdir Pereira ou Bradok); 9.9615-4579 (Everton); 9.9506-4758 (Ronaldo), 9.9850-8299 (Fabinho) PAULO SEGURA

Greve vitoriosa na Valtra Os trabalhadores da Valtra, em Mogi das Cruzes, foram vitoriosos na greve de quatro dias pela recomposição do valor da PLR de 2014. Por conta da queda de produção, eles iam receber bem menos que o acordado. A empresa tinha que renegociar e não fez isso. O pessoal não aceitou, foi firme na luta, comandada pelo diretor Silvio, com apoio do secretário-geral Arakém, que

participou das negociações, de diretores e assessores, e a empresa renegociou. Além do aumento do benefício, eles conquistaram 90 dias de garantia de emprego e não desconto dos dias parados, com compensação das horas.

Mobilização pela PLR na Delga PAULO SEGURA

Os trabalhadores da Delga, na zona oeste, pararam por dois dias, por causa do não pagamento da primeira parcela da PLR, que deveria ter saído no dia 28 de fevereiro. A mobilização deu resultado e a empresa comprometeu-se a pagar no dia 10 de março, segundo o diretor Ceará, que liderou a ação.


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