O metal 607

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ANO 71 - Nº 607

OUTUBRO DE 2014

a h n pa

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L A I R

TIAGO SANTANA

A L SA

Metalúrgicos na luta pelo aumento real A

s manifestações de mobilização da Campanha Salarial realizadas pelo Sindicato no mês de setembro, em todas as regiões da capital e em Mogi das Cruzes, mostraram a disposição de luta da categoria pela reposição integral das perdas salariais e aumento real (acima da inflação). Milhares de trabalhadores de centenas de fábricas participaram da Semana de Manifestações realizadas nas zonas Norte, Oeste, Sul, Leste e em Mogi das Cruzes e aprovaram proposta apresentada pelo presidente Miguel Torres, de

ELEIÇÕES 2014 Paulinho da Força é reeleito deputado federal Pág. 12

cruzar os braços se os patrões não concederem o aumento real. “Estamos vivendo o retorno da inflação, produção industrial em baixa, juros altos, mas para sair da crise é preciso injetar dinheiro na economia. Crise se combate com investimentos, com mais salários. O patrão que não der aumento estará dando um tiro no próprio pé, porque com salário no bolso, o trabalhador compra, o comércio vende, as fábricas produzem e isso faz a economia girar”, disse Miguel. Confira as ações de mobilização nas páginas 3 a 5

QUEREMOS Reposição das perdas Aumento real Valorização dos pisos Estabilidade do delegado sindical Redução da jornada de trabalho Fim das terceirizações Licença-maternidade de 180 dias

MULHER

JUVENTUDE

Encontro debateu assédio moral e sexual no trabalho

Encontro de jovens discute a história do Sindicato

Pág. 8

MEMÓRIA SINDICAL Encontro discute desaposentação e história sindical

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Fame conquista o título de campeã do torneio

Págs. 6 e 7


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outubro de 2014

Campanha Salarial 2014

HISTÓRIA

EDITORIAL

Mais ForÇa Pelo auMento real

F

oram um sucesso as manifestações regionais de mobilização da Campanha Salarial que realizamos em São Paulo e em Mogi das Cruzes pelo aumento real. Milhares de metalúrgicos participaram dos atos organizados pelo Sindicato e aprovaram intensificar a mobilização e ir à greve, se até o final de outubro os patrões não apresentarem uma proposta digna de reajuste com aumento real. Sabemos que o cenário econômico é difícil. Inflação, política econômica equivocada, queda da produção, do emprego e do consumo, entre outros pontos, transformam-se rapidamente em argumentos para os patrões negarem nossas reivindicações. Mas não aceitaremos discurso de que aumento de salário prejudica a retomada do crescimento. Nos últimos dez anos conquistamos aumento real e temos tudo para conquistar de novo: organização, participação, mobilização nas fábricas, disposição de greve e unidade

do comando de negociação junto aos grupos patronais. Nossa Campanha é conjunta com outros sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, somando 750 mil metalúrgicos na luta. Vamos fazer manifestações em outras cidades e regiões, com participação também de outras categorias ligadas à Força Sindical, que estão em campanha neste 2º semestre, como químicos, têxteis, alimentação, costureiras, representando 1,6 milhão de trabalhadores. Uma força extraordinária carregando nossas bandeiras por dignidade, respeito e qualidade de vida. Se os patrões vierem com intransigência, é greve neles!”

MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical

A luta pelos direitos trabalhistas - 1

J

á iniciamos as negociações com os grupos patronais, já nos reunimos com representantes de todos os setores e tudo o que ouvimos até agora foi choradeira, conversa sobre dificuldades, crise, inflação, e aumento salarial que é bom, nada. Eles dizem “vamos ver como vai ficar a situação” e nós já respondemos: Vocês querem ver greve, vão ver greve. Nossa campanha é unificada entre os 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado, ligados à Federação e à Força Sindical, temos organização e é fundamental que a categoria se mobilize para fortalecer a luta, pressionar os patrões e conquistar a reposição das perdas e aumento real de salário. Vários segmentos da indústria, sobretudo o setor automotivo, tiveram redução de im-

o metalúrgico OUTUBRO DE 2014 Ano 71 – Edição nº 607 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê Fones: (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br

posto (IPI), desoneração da folha, enviaram lucros pra fora do país, ou seja, receberam incentivos do governo, enquanto os trabalhadores produziam e agora eles vêm falar em dificuldades? Chega de desigualdade, queremos a nossa parte: aumento real, redução da jornada, valorização dos pisos. Os patrões têm que entender que aumento salarial representa mais investimento na produção e que os aumentos conquistados têm sito um importante fator de distribuição de renda no país. Vamos lutar por este direito com toda força e mobilização. CLÁUDIO MAGRÃO Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo

É preciso saber que se hoje o trabalhador tem benefícios é porque outros companheiros, lá atrás, lutaram muito para ter alimentação de qualidade, ambientes de trabalho limpos e seguros etc. Foram lutas contra a exploração do trabalho travadas ao longo dos anos e que foram amadurecendo os trabalhadores, abrindo consciências e mostrando que o trabalhador é parte da construção e não uma mera ferramenta para ser manipulada.

Fique ligado! Participe das ações sindicais e conheça mais do seu Sindicato e das suas lutas! Acesse

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Dica de

ARTIGO

organiZaÇÃo e MoBiliZaÇÃo Pelo auMento real

categoria Mostra disPosiÇÃo de luta Pelo auMento real

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ocê sabia que todos os direitos e benefícios garantidos hoje aos trabalhadores brasileiros são fruto da luta do movimento sindical? A partir desta edição, o jornal “o metalúrgico” vai contar um pouco dessa história e das lutas pela conquista dos direitos trabalhistas. É importante saber que nenhum direito ou benefício veio de graça, ou seja, nada foi concedido pela boa vontade dos patrões. Muitos companheiros perderam o emprego e até a vida para que pudéssemos ter jornada de trabalho mais digna, piso salarial, salário mínimo e tantos outros direitos. Os trabalhadores, sobretudo os mais jovens, quando são admitidos pelas empresas recebem vale-transporte, cesta básica, tíquete alimentação, fundo de garantia etc. e acham que a empresa é uma mãe. Não é bem assim.

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S

Dr. Fernando Lia Araújo Médico Urologista e Ortomolecular do Ambulatório Médico

aúde

cÂncer de MaMa

odos nós sabemos da importância da prevenção das doenças como forma de viver mais e melhor. Isto é vital quando se trata de uma doença grave e mortal como o câncer. Prevenir significa não só evitar uma doença, mas também descobrir a sua presença o mais cedo possível, pois só assim a cura pode ser garantida. Este mês de outubro foi escolhido para conscientizar e incentivar as mulheres na luta contra o câncer de mama e a campanha foi denominada Outubro Rosa. Alguns fatores podem aumentar as chances de algumas mulheres virem a ter a doença como, por exemplo, a idade avançada, o uso prolongado de anticoncepcionais ou de reposição hormonal, obesidade e histórico familiar. Descobriu-se

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IUGO KOYAMA

A

pós a entrega da Pauta de Reivindicações aos grupos patronais, no dia 9 de setembro, nosso Sindicato promoveu uma Semana de Mobilização da categoria, realizando manifestações em todas as regiões de São Paulo e em Mogi das Cruzes, que envolveram milhares de trabalhadores de várias fábricas em todas as regiões. A primeira manifestação aconteceu dia 15, na Zona Norte. A segunda, dia 16, na Zona Oeste; a terceira, dia 17, na Zona Sul; a quarta, dia 18, na Zona Leste (Mooca); a quinta, dia 22, também na Zona Leste (São Mateus) e a 6ª, dia 22, em Mogi. Em todos os atos, comandados pelo presidente do Sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres, os trabalhadores aprovaram ir à greve, caso os patrões neguem a

reposição da inflação e o aumento real, bem como proposta de apoio aos metalúrgicos da CUT, que estão enfrentando dificuldades nas negociações. “Em 2009, mostramos que crise se combate com investimentos e aumento de salário. Conquistamos aumento real, os trabalhadores consumiram e isso aqueceu a economia. Começamos nossa mobilização mais cedo para fortalecer a unidade. A economia passa por um processo de desindustrialização, aumento das importações, juros altos, inflação, mas não vamos aceitar acordo sem aumento real”, afirmou Miguel Torres. Nas manifestações, o secretário-geral Arakém reforçou que esta é a única oportunidade de termos aumento de salário. “Para

que o país continue crescendo, o trabalhador tem que ter salário no bolso”, afirmou. Segundo ele, a categoria tem uma grande responsabilidade. “O sucesso da campanha vai depender de cada um. Nós é que vamos decidir o tamanho do aumento salarial que teremos”, afirmou Arakém. BRINQUEDOS A companheira Maria Auxiliadora, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Instrumentos Musicais e de Brinquedos, reforça que sem mobilização não tem aumento salarial. Segundo ela, a categoria que representa só fechou acordo com aumento real depois de três meses da data-base.

“Foi uma luta muito grande, que começou em abril, e que só foi vitoriosa porque os trabalhadores se envolveram nela pra valer. Os patrões queriam repor apenas a inflação. Aí, começamos a negociar empresa por empresa e fomos fechando acordos com aumento real. Só conquistaremos aumento e mais benefícios se lutarmos, porque nenhuma lei garante esse reajuste”, disse Auxiliadora. Confira nas páginas seguintes as imagens das manifestações.

também que as mulheres que não tiveram filhos ou que tiveram filhos após os 35 anos, as que não amamentaram, também são mais propensas. A primeira medida no sentido de descobrir a presença da doença é o autoexame, ou seja, a palpação das mamas, que deve ser feita pela própria mulher, pois normalmente o primeiro sinal é um nódulo (caroço). Isto deve ser feito pelo menos uma vez por mês, de preferência entre o 7º e 8º dia após o início da menstruação. Entre os 20 e 40 anos de idade, deve-se consultar o médico a cada 2 ou 3 anos e, após os 40 anos, fazer consultas anuais. Entre os exames que serão solicitados pelo médico estará a Mamografia (anualmente), que pode detectar um tumor até 2 anos antes que se note um nódulo na mama.

outuBro rosa

utubro Rosa faz parte de uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento surgiu em 1990, na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York e, desde então, vem sendo promovido anualmente. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. Desde 1º de outubro, em todo o País, prédios e monumentos públicos estão iluminados com a cor rosa.

DIRETORES (SEDE SÃO PAULO) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira (licenciado), Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho, Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Edson Barbosa Passos, Elza de Fátima Costa Pereira, Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José João da Silva (Mixirica), José Luiz

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de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto, Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (licenciado), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho, Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva, Yara Pereira da Silva SEDE MOGI DAS CRUZES Ester Regina Borges, Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sílvio Bernardo

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem 200 mil exemplares

Zona norte Foi a primeira manifestação, que reuniu mais de 1.100 metalúrgicos, dispostos a lutar pelo aumento real e renovação de todas as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho. A responsabilidade pela mobilização foi dos diretores Adnaldo, Germano, Maloca, Curió, Alsira e Chico Pança.

Presidente Miguel Torres apresentou a proposta de greve

Secretário-geral Arakém


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Campanha Salarial 2014

Zona Oeste

Campanha Salarial 2014

A manifestação reuniu cerca de 1.100 metalúrgicos, organizados pelos diretores Ceará, Erlon, Alemão, Teco, Luiz Valentim e Porfírio.

Zona leste

No centro da faixa, Miguel Torres e Gary Casteel, do UAW: solidariedade dos trabalhadores do mundo

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O ato envolveu mais de 4 mil metalúrgicos(as), mobilizados pelos diretores Rubens, Ninja, Adriano Lateri, Mixirica, Mala, Maurício Forte, Nelson Marques, Sales, José Luiz, Bombeirinho e os coordenadores Noel e Mazuti. A manifestação contou com a presença do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, o Quebra-Mola, e de Gary Casteel, secretáriotesoureiro do UAW, sindicato de metalúrgicos dos Estados Unidos, que busca apoio dos trabalhadores e centrais sindicais brasileiras para a luta pelo direito de sindicalização dos trabalhadores norte-americanos.

Zona leste Zona sul A manifestação reuniu mais de 2 mil trabalhadores, convocados pelos diretores Carlão, Lourival, Cristina, Zé Silva, Tito, Jamanta, Nivaldo Buga e Edson.

Presidente Miguel Torres: aumento real faz a economia girar

Arakém, secretário-geral: é o momento de aumentar o salário

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A 5ª manifestação da Campanha foi realizada em São Mateus, com a participação de mais de 3 mil trabalhadores de 40 fábricas da região. Eles foram convocados pelos diretores Rodrigo, Donizeti, Yara, Josias, Uélio e Emerson.

Presidente Miguel Torres

Mogi das cruzes

Miguel Torres e Arakém

Cerca de 1.400 trabalhadores da região, convocados pelos diretores Sílvio Bernardo, Paulão e Ester, participaram da manifestação e aprovaram proposta de ir à greve pelo aumento real.


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ESPORTE

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ESPORTE

FaMe conquista título da 6ª copa de Futebol

inauguração da arquibancada 'tarugo' A

Fame em formação

Presidente Miguel Torres saúda a categoria na abertura do evento com a inauguração da arquibancada

Jogadores da Fame comemoram no campo o título conquistado

A

Fame conquistou o título de campeã da 6ª Copa de Futebol de Campo dos Metalúrgicos ao vencer a vice-campeã Contuflex, na grande final realizada no sábado, 27 de setembro, no Clube de Campo do Sindicato, em Mogi das Cruzes. No primeiro tempo, a partida ficou empatada em 0 a 0. No segundo, a Fame fez o

gol que a sagrou campeã do torneio. A Fame recebeu troféu e um cheque de R$ 7.000,00; a vice Contuflex levou troféu e um cheque de R$ 3.000,00; a 3ª colocada Pantoja ganhou troféu. O torneio também premiou o melhor goleiro, David (Fame); o melhor técnico, Marquinho (Fame) e o melhor artilheiro, Carlão (Radial).

Lance da grande final

Premiação

Presidente Miguel Torres disse que a 6ª Copa fortaleceu a união dos metalúrgicos. “Sintam-se todos campeões”.

Campeã Fame

O diretor Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esporte, parabenizou os jogadores da Fame, da Contuflex e dos demais times participantes. “Em nome da diretoria, agradeço toda a minha equipe, os torcedores e todos aqueles que ajudaram na realização da 6ª Copa. No ano que vem será ainda melhor”.

Roberval, da Fame Antonio, da Contuflex

Vice-campeã Contuflex

festa de encerramento da 6ª Copa também se destacou pela inauguração da arquibancada que leva o nome do ex-diretor do Sindicato Francisco Carlos Tonon, o Tarugo. O presidente Miguel Torres saudou a família metalúrgica e agradeceu a presença de Felipe Tonon, filho do homenageado. “O Tarugo gostava de esporte, especialmente de futebol. Nada mais justo que fazer esta homenagem a um companheiro que foi um símbolo desta categoria”. O diretor Valdir Pereira, do Departamento de Esporte, agradeceu as trabalhadoras e os trabalhadores pela presença e apoio durante todo o campeonato, e disse que o Tarugo além de um amigo era um irmão. “Se estamos aqui hoje é graças a ele, um cara lutador, sempre junto com o Sindicato. Obrigado, Felipe, por você estar aqui prestigiando esta festa”. Valdir disse também que a Copa é importante, porque permite “mais união entre a categoria, incentiva a prática esportiva, traz saúde e grandes amizades”. A diretora financeira, Elza Pereira, disse que o objetivo de fazer a arquibancada foi dar mais conforto aos trabalhadores; falou da emoção de homenagear Tarugo e da presença do filho dele. “Sejam bem-vindos todos, sempre, e obrigada Felipe, seu pai merece!”

Arakém, secretário-geral do Sindicato, parabenizou o diretor Valdir e sua equipe pela organização e sucesso da Copa e todas as equipes participantes. “É uma honra fazer esta homenagem ao Tarugo, com quem tive o prazer de trabalhar. Seu pai foi uma grande pessoa, Felipe!” FILHO Emocionado, Felipe Tonon agradeceu a iniciativa do Sindicato, o presidente Miguel Torres e toda a diretoria, mais especialmente Paulinho da Força, “que criou o então Força Esporte Clube e deu todo o apoio pro Tarugo e o Valdir trazerem o esporte para dentro do Sindicato. Meu agradecimento parece apenas simbólico, mas para mim e para minha família é muito importante”, disse.

Felipe Tonon agradece a homenagem ao seu pai, Tarugo

As torcidas ocuparam a arquibancada na final da Copa

A SicoobMetalcred, Cooperativa de Crédito dos Metalúrgicos, prestigiou o evento sorteando duas bicicletas. Os ganhadores foram Antonio Chagas, da Contuflex, e Roberval Santana, da Fame.

Terceira colocada Pantoja

Marquinho, melhor técnico (Fame)

Carlão, artilheiro (Radial)

David, melhor goleiro (Fame)

Elza Pereira ressalta as melhorias no Clube

Arakém diz que homenagem é merecida

Trabalhadores metalúrgicos prestigiaram o grande evento no Clube de Campo

MEIO AMBIENTE

FuteBol FeMinino e aMistoso Masculino A festa de encerramento teve também um amistoso entre o Bela Vista Futebol Feminino 3 X 2 Time Feminino do Sindicato (foto à esquerda). No amistoso masculino, o time da Força Sindical venceu por 3 X 1 a Seleção da 6ª Copa dos Metalúrgicos.

Valdir Pereira relembra o amigo Tarugo

sindicato coMeMora PriMaVera coM Plantio de ÁrVores Lances dos amistosos masculino (acima) e feminino (ao lado)

O Sindicato comemorou o início da primavera com o plantio de 400 árvores no Clube de Campo, em Mogi das Cruzes, no domingo, 21 de setembro. Foram plantados ipês rosa, amarelo, branco e roxo, palmito juçara, árvore da China, murta vermelha, pau-viola e árvores frutíferas variadas.

O plantio foi feito por diretores e funcionários do clube. A diretora financeira, Elza Costa Pereira, participou da atividade e disse que “a consciência ecológica é fundamental para a busca de uma vida saudável. Quanto mais árvores tivermos em volta de nós, mais qualidade de vida teremos, com ar mais puro e chuvas.”

Diretores Elza e Lourival e o engenheiro Miruca ajudaram a plangtar as mudas


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MEMÓRIA SINDICAL

DEPARTAMENTO DA MULHER

coletivo de Mulheres debate ações contra o assédio moral e sexual

departamento promove palestras sobre História do sindicato e desaposentação A

posentados metalúrgicos, ativistas que lutaram pela redemocratização do País e dirigentes sindicais, participaram, dia 25 de setembro, de mais um encontro do Departamento de Memória Sindical, que valorizou a luta desses companheiros e teve como temas a História do Sindicato e Desaposentação. O evento foi aberto pelo diretor José Francisco Campos, coordenador do Departamento, com saudações de Miguel Torres (presidente do Sindicato), Elza Pereira (diretora de finanças), Arakém (Secretário-geral) e Juruna (Secretário-geral da Força Sindical), além de diretores, diretoras e assessores.

O

Departamento da Mulher do Sindicato promoveu no dia 19 de setembro o VI Encontro do Coletivo de Mulheres Metalúrgicas. O evento, realizado no auditório do Sindicato, reuniu mais de 700 trabalhadoras metalúrgicas e de outras categorias, como costureiras, construção civil, alimentação, edifícios e aposentadas, e debateu o tema “Assédio Moral e Assédio Sexual no Trabalho. A diretora Leninha, coordenadora do Departamento, falou da importância das mulheres debaterem questões que contribuam para o seu próprio desenvolvimento, mas ressaltou que “homens e mulheres precisam caminhar juntos para a consolidação de uma sociedade verdadeiramente democrática, com participação política de ambos nas ações contra as injustiças sociais”. A diretora de finanças, Elza Costa Pereira, disse que a troca de informações e de experiências fortalece a luta da mulher contra a violência, o assédio e as desigualdades, ressaltando que o Sindicato conta com mais mulheres na diretoria “fazendo um trabalho de muita qualidade em defesa de toda a categoria metalúrgica nas fábricas”. São elas: Alsira, Cristina, Ester e Yara. TEATRO, PALESTRA E DEBATE Como atividade cultural, houve a apresentação teatral de “Rosas: uma performance poética sobre a condição feminina numa sociedade machista”, com direção de Miriam Selma e interpretada por atrizes, cantoras e instrumentistas do Grupo Levante Mulher, que utiliza o teatro e a música como instrumento de luta, com foco na questão de gênero, contra a violência e por igualdade de oportunidades. A segunda atividade foi um debate com a advogada Beatriz Mesquita, sobre

“Assédio Moral e Sexual no Trabalho”. Segundo a advogada, o assédio moral é o resultado de sucessivas humilhações, que podem levar a doenças, depressão, isolamento e até à morte. “Precisamos acabar com isto nos locais de trabalho e nos demais setores da sociedade “. Beatriz Mesquita respondeu perguntas das trabalhadoras e deu algumas recomendações: informar os casos de assédio ao departamento de RH da empresa, buscar amparo jurídico, médico e do Sindicato e ir à Justiça do Trabalho que, após avaliar os danos à saúde e/ou psíquicos de quem sofreu assédio moral, definirá as indenizações.

Expressiva presença e participação das trabalhadoras metalúrgicas

Leninha e Elza com o painel oficial do VI Coletivo com fotos de mulheres

Grupo de Teatro Levante Mulher

Advogada Beatriz Mesquita fez a palestra sobre assédio

HISTÓRIA DO SINDICATO A jornalista Carolina Maria Ruy, do Centro de Memória Sindical, destacou a História do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes desde a sua fundação, em 1932, a geração de militantes de esquerda (mais politizada), as greves históricas da categoria contra a carestia e a ditadura, a mobilização pelas Diretas Já! e pelos avanços sociais e trabalhistas na Constituição de 1988. “Hoje, o Sindicato tem expressiva participação nas lutas do movimento sindical unificado pela Pauta Trabalhista, 40 horas e trabalho decente”, disse Carolina, salientando que o “resgate da história dos sindicatos é fundamental para formar

MIGUEL TORRES “Ser aposentado não significa sair da vida. Os aposentados são pessoas experientes, com capacidade de lutar e fazer a sociedade pensar sobre o futuro melhor que almejamos para todos.”

O Miguel Torres e Elza Pereira coordenaram entrega do documento com as reivindicações das trabalhadoras aos candidatos

avançar no diálogo, tão essencial para os trabalhadores e trabalhadoras, e nas soluções”, disse Miguel Torres. CARTA COMPROMISSO No final do evento, as trabalhadoras receberam a visita dos candidatos Aécio Neves (presidência da República) e Geraldo Alckmin (governador) e entregaram a eles um documento com reivindicações específicas como, creche, moradia, combate à discriminação, escola em período integral, entre outras.

identidade como grupos organizados e atuantes, capazes de mudar os rumos da história do País”. Leia mais em www.metalurgicos.org.br DESAPOSENTAÇÃO A advogada Maria Cristina Degaspare Patto falou sobre a Desaposentação, que é a troca do benefício por outro mais

CAMPOS “Precisamos debater os temas de interesse dos aposentados em busca de mais qualidade de vida e também valorizar a história da classe trabalhadora: este é um dos nossos objetivos.”

vantajoso, ou seja, a possibilidade dos aposentados que continuam na ativa, contribuindo com o INSS, ganharem uma aposentadoria maior. A advogada respondeu perguntas dos aposentados, interessados na notícia de que pela primeira vez ocorreu uma decisão judicial de “tutela antecipada”, favorecendo um metalúrgico aposentado, que passará a

ELZA “O Brasil é muito injusto com os aposentados, não os valoriza. Mas, nós, do Sindicato, estamos fazendo a nossa parte, abrindo a casa para reuniões e debates e lutando por seus direitos.”

O

metalúrgico aposentado João Batista dos Santos, 62 anos, conseguiu na Justiça a sua desaposentação. O benefício foi concedido pela 2ª Vara Federal de Mogi das Cruzes, que aceitou ação movida pelo Sindicato e mandou o INSS conceder a ele uma nova aposentadoria incluindo as contribuições feitas por ele após se aposentar. João Batista se aposentou em 1997 e trabalhou por mais 14 anos. A juíza Adriana Freisleben Zanetti deu também a tutela antecipada, ou seja,

determinou que o INSS começassee a pagar a nova aposentadoria, que é 1,8 vezes maior do que a que João vem recebendo, independentemente da decisão final a ser dada pelo Supremo Tribunal Federal. Para o secretário-geral do Sindicato, Arakém, a decisão é uma vitória e a primeira de muitas. “A lei atual não é benéfica ao trabalhador porque ele perde quase metade do salário quando se aposenta e continua perdendo depois que se aposenta, porque não temos uma política de correção justa

receber um benefício 1,8 vezes maior. “Esta é uma grande vitória de vocês, aposentados. Tenho certeza de que muitas outras virão”, disse Maria Cristina. A advogada concorda com a opinião do público presente de que o fator previdenciário “mutilou aposentadorias”. Para ela, a desaposentação é também “uma forma de recuperar as perdas do fator”.

JURUNA “Esta iniciativa do Departamento de Memória do Sindicato é importante, pois resgata o que fizemos para garantir os direitos que estão na Constituição e nas Convenções Coletivas de Trabalho.”

JustiÇa garante desaPosentaÇÃo de MetalÚrgico

MulHeres entregaM reiVindicaÇÕes a candidatos presidente do Sindicato, Miguel Torres, ressaltou a importância do Coletivo de Mulheres para que elas possam debater abertamente os problemas que enfrentam no trabalho, ter informação e sentirem-se mais firmes para dizer NÃO e denunciar qualquer tipo de assédio. Mas disse que é importante também a mulher voltar-se para as questões políticas, definir suas reivindicações e lutar por elas politicamente. “Precisamos entrar no debate,

Companheiros e companheiras com longa história de lutas e conquistas para a classe trabalhadora participam da reunião

CAROLINA MARIA RUY “Resgatar a história dos trabalhadores é fundamental para formar a identidade de um grupo organizado, capaz de mudar os rumos da História do Brasil. A história do Sindicato é um exemplo de lutas.”

JONNY UEDA

Dra. Maria Cristina, Arakém e o aposentado João Batista

das aposentadorias.” Segundo a advogada Maria Cristina Degaspari Patto, a decisão judicial é inovadora e dá muita esperança, pois a desaposentação está sendo aceita pela Justiça.

O presidente Miguel Torres reforça que o Sindicato defende a valorização das aposentadorias e que esta reivindicação está na Pauta Trabalhista. O Supremo Tribunal Federal está julgando a questão da desaposentação.


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JUVENTUDE

12 DE OUTUBRO

encontro reúne mais de 200 jovens metalúrgicos no sindicato

Diretores e assessores do Sindicato unidos aos jovens metalúrgicos presentes ao 3º Encontro

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ais de 200 jovens participaram do 3º Encontro de Jovens Metalúrgicos realizado em 26 de setembro no Auditório do Sindicato. O evento foi realizado pelo Departamento da Juventude, coordenado pelo diretor Jefferson Coriteac, com apoio dos demais diretores que integram o departamento (Rodrigo Morais, Emerson Passos, Érlon e Alemão) e presença de outros diretores, diretoras e assessores. O evento teve exibição de um vídeo sobre a História do Sindicato, outro com o cantor Taiguara narrando o poema “Um operário em construção”, de Vinícius de Morais, e uma dinâmica de grupo entre os participantes. Foi exibido também o filme Norma Rae, baseado na história real de Crystal

Lee Sutton, que liderou uma campanha contra as péssimas condições de trabalho na indústria de tecidos J.P. Stevens Mill. Após a exibição, os jovens encaminharam suas opiniões sobre as primeiras atividades do dia. “O lema do nosso departamento é Jovens para o Sindicato, Sindicato para os Jovens. Queremos com isto promover atividades que aproximem a juventude metalúrgica das lutas do Sindicato e conhecer mais a opinião e as reivindicações dos jovens trabalhadores”, disse Jefferson. “Nossa luta é por melhores condições de trabalho, contra a exploração da classe trabalhadora por maus patrões, e mais espaço na sociedade para a participação da juventude”, disse o diretor Rodrigo.

Diretores Jefferson e Rodrigo

“Desejo um bom e participativo trabalho a todos, para que as ideias dos jovens aqui reunidos contribuam com as lutas do Sindicato”, disse a diretora Yara. “Este Encontro é um elo entre o Sindicato e a juventude metalúrgica, um aprendizado”, disse o diretor Emerson. O diretor Xepa falou da luta para a conquista dos direitos garantidos aos trabalhadores. “Temos o 13º salário, a PLR e outras conquistas que se tornaram leis após muita greve, mobilização e enfrentamento. Aconte-

Diretor Xepa

ce que tem patrão mobilizado pra acabar com os direitos trabalhistas e sociais. Por isto, é fundamental que os jovens se aproximem mais do Sindicato e fortaleçam a luta pela Pauta Trabalhista”, disse.

Participação da juventude trabalhadora é fundamental

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presidente Miguel Torres prestigiou o encontro defendendo uma maior participação dos jovens metalúrgicos nas ações do Sindicato, para fortalecer a luta pela manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas e sociais que a classe dominante quer tirar da classe trabalhadora. Ele falou sobre as mobilizações da Campanha Salarial 2014 e a possibilidade de a categoria entrar em greve “se os patrões não apresentarem uma proposta boa de aumento real”. Sobre as eleições gerais de 5 de outubro, Miguel Torres defendeu o voto consciente em pessoas comprometidas com os interesses da classe trabalhadora, o desenvolvimento e a geração de empregos de qualidade.

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“Nós somos trabalhadores, mas os parlamentos costumam ser ocupados pela classe dominante. Chegou a hora de mudarmos esta realidade”, disse Miguel. Elza Pereira, diretora de finanças do Sindicato, também deu seu recado aos jovens. “Vivemos um momento difícil, com a economia do País sofrendo com a inflação crescente e enormes desafios a serem enfrentados. Por isso, é importante os jovens participarem e discutirem as políticas que fazem parte de suas vidas”. Para Elza, os jovens metalúrgicos são o futuro do Sindicato e a interação com os dirigentes sindicais mais experientes é fundamental para a troca de informações e a garantia de novas lutas e conquistas para toda a categoria.

dia da criança no clube foi pura diversão O

Sítio do Picapau Amarelo foi o tema da 2ª festa do Dia da Criança promovida pelo Sindicato no domingo, 12 de outubro, no Clube de Campo em Mogi das Cruzes. Famílias de mais de 2 mil trabalhadores associados participaram da festa e se divertiram com as brincadeiras, gincanas com prêmios para crianças e adultos, pula-pula, tobogã, tirolesa, teatro de fantoches e show com personagens do Sítio do Picapau Amarelo e se alimentaram nas barracas de sorvete, cachorro-quente, pipoca, maça do amor, algodão doce, churrasco, pastel, muito suco, água e refrigerante espalhadas pelo clube. Além da sombra das árvores, a piscina foi o local preferido da criançada para espantar o calor. SAUDAÇÃO No início da festa, a diretoria do Sindicato deu as boas-vindas às famílias e trabalhadores. “Hoje é um dia de alegria para o Sindicato, um dia de festa. Ampliamos o número de barracas e brincadeiras para que as crianças possam aproveitar bastante”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato. “Hoje é um dia importante, é dia de Nossa Senhora Aparecida. Fizemos de tudo para que todos pudessem passar um dia com tranquilidade e alegria, com as crianças brincando e se divertindo”, disse Arakém, secretário-geral. “As famílias são muito importantes e as crianças são nossa herança. Elas merecem esta festa. Trabalhamos para isto”, disse Elza Pereira, diretora de finanças. Depois da saudação, o clube foi oficialmente aberto para os trabalhadores e suas famílias, enquanto os ônibus trazendo mais famílias continuavam a chegar e estacionar num espaço apropriado dentro do próprio clube. A organização do evento foi de responsabilidade do engenheiro Miruca e sua equipe.

Miguel Torres recepcionou as famílias

Secretário Arakem, presidente Miguel e diretora financeira Elza

Miguel Torres com sua família

Elza, presidente do Meu Guri, e Miguel com as crianças da instituição

Adultos e crianças lotaram as piscinas

A criançada participou das gincanas....

Família se refresca na sombra das árvores

Muitas barracas de comida na festa

... e se divertiu nos brinquedos Personagens do Sítio do Picapau Amarelo contaram histórias pra criançada

SOCIAL

Meu guri recebe doação de Miguel Torres, presidente do Sindicato: “os jovens são sempre bem-vindos e importantes na luta!”

O Elza Pereira, diretora de finanças: “a participação da juventude nas ações sindicais é fundamental.”

A criançada ficou encantada com tanto gibi

1.200 giBis

advogado Juan Mello doou 1.200 gibis de super-heróis de sua coleção para o Meu Guri. Ele entregou as revistinhas no dia 26 de setembro, na sede da entidade, onde foi recebido pela diretora administrativa Neusa Costa, funcionários, crianças e adolescentes da instituição. “É realmente um grande presente, as crianças ficaram encantadas, curiosas para pegar os gibis e ler as estórias”, disse Neusa. Primeiramente, Juan procurou o Sindicato oferecendo os gibis e, por meio deste contato,

foi ao Meu Guri, que fica na Serra da Cantareira, em Mairiporã. Em retribuição, o Meu Guri fez uma contação de história da Menina de Laço de Fita, obra que aborda a questão do racismo, e entregou a Juan um Certificado de Agradecimento pela doação ao acervo da gibiteca. Juan também conheceu as dependências da instituição, o trabalho ali realizado e seus projetos junto à comunidade local. Juan disse que coleciona gibis desde criança e que o gibi foi um passo para ele

Neusa entrega o certificado a Juan

gostar de leitura. “Para quem lê gibi, gostar de livros é questão de tempo”, disse. A presidente do Meu Guri, Elza Costa Pereira, elogiou a atitude de Juan. “É uma

pessoa generosa, capaz de dispor de algo que gosta em benefício, sobretudo, de crianças e adolescentes. Que gestos como este se multipliquem”, disse.


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ELEIÇÕES 2014

Paulinho da Força é reeleito deputado federal P

aulinho da Força (Solidariedade-SP) foi reeleito deputado federal depois de uma intensa campanha em defesa da continuidade da luta pela manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional. O deputado reafirma que neste novo mandato vai intensificar a pressão pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, manutenção da política de valorização do

salário mínimo e das aposentadorias, correção da tabela do Imposto de Renda, pagamento das perdas do FGTS, incentivo à indústria nacional, entre outras propostas contidas na Pauta Trabalhista das centrais sindicais. Durante a campanha eleitoral, Paulinho visitou comunidades, inúmeros municípios paulistas, trabalhadores nas portas de fábrica e agradece pelo apoio que recebeu (leia abaixo).

NTO

AD

ME ECI

AGR

Meus aMigos, Meus Parceiros de caMinHada!.

Q

uero agradecer a todos que depositaram sua confiança em mim e nos outros candidatos do Solidariedade, no dia 5 de outubro, nas urnas. Ao todo, recebemos mais de 2,6 milhões de votos, número que mostra a presença e a força de nossos projetos em todos os estados brasileiros. Com isso, elegemos 15 deputados federais e três suplentes, garantindo uma bancada que irá trabalhar intensamente pelos projetos que mais beneficiam a população. Eleito por São Paulo, recebi 227.186 votos, sendo o 10º deputado com mais votos no

Estado. A cada um desses eleitores reforço o compromisso de lutar pelas bandeiras que defendi antes e durante a campanha, como o fim do fator previdenciário, as 40 horas semanais sem redução de salários, a valorização das aposentadorias, a correção da tabela do IR e o pagamento das perdas do FGTS. Meu gabinete em Brasília e o nosso escritório do Solidariedade em São Paulo seguirão como espaços abertos a cada um que precise debater comigo projetos e avanços para o País. Agora é continuar a luta! Paulinho da Força - Dep. Federal

traJetÓria de Vida

A

trajetória sindical e política de Paulinho da Força tem como ponto principal a luta em favor dos trabalhadores e aposentados. Paulinho enfrentou as ameaças da ditadura militar e da repressão às manifestações e greves. Sua experiência no meio sindical ajudou na transformação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo na instituição mais influente em favor das causas trabalhistas em São Paulo. Paulinho tem uma postura independente em relação a empresários e governos, tem capacidade de unir-se a eles numa luta em defesa da indústria e dos empregos e

também criticá-los e fazer greve pela causa social e trabalhista. Paulinho sempre esteve ao lado do trabalhador, razão pela qual é reconhecido nacionalmente como uma referência nessa área. Paulinho foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2006 e tornou-se o maior defensor das causas trabalhistas no Congresso Nacional. Ele foi citado pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes do país. A pesquisa mostrou que “Paulinho é a voz mais ativa no Congresso Nacional em defesa das causas e reivindicações dos trabalhadores brasileiros”.

conQuistas alcanÇadas Pela aÇÃo de PaulinHo da ForÇa REAJUSTE DO MÍNIMO Paulinho foi o articulador do acordo, em 2006, para implantação da política de reajuste do salário mínimo até 2015. A fórmula de correção é a soma da inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos dois anos anteriores. Em 2014, apresentou o projeto 7469/2014 para ampliar a medida até 2019. APOSENTADOS Em 2000, Paulinho ajudou na fundação do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical. Em 2010, negociou aumento para os aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo. O reajuste seria de 5,92%. Foi para 6,14% e ampliado

para 7,72% por emenda parlamentar que apresentou no Congresso. Os aposentados e pensionistas estavam sem aumento real desde 2003.

CENTRAIS SINDICAIS Articulou com o movimento sindical e o governo a legalização das Centrais Sindicais, em 2008.

SEGURO-DESEMPREGO Durante a crise de 2009, liderou as negociações com o governo para o aumento de 5 para 7 do número de parcelas do segurodesemprego.

FGTS Paulinho negociou com o governo o pagamento das perdas do Fundo de Garantia provocadas pelos Planos Verão e Collor.

PLR No começo dos anos 90, ao lado do então ministro da Fazenda Ciro Gomes, Paulinho negociou a Medida Provisória da PLR, que depois foi transformada em lei e beneficiou todos os trabalhadores brasileiros.

P

PARTIDO Em setembro de 2013, junto com outros deputados e lideranças políticas, fundou o Solidariedade (77), partido que tem como plataforma a defesa dos direitos dos trabalhadores e a ampliação das conquistas sociais para todos os brasileiros.

LUTAS ATUAIS • Fim do fator previdenciário • Jornada de 40h sem redução de salários • Política de valorização das aposentadorias • Correção da tabela do Imposto de Renda • Regulamentação da terceirização com equiparação de direitos e salários • Revisão das perdas do FGTS • 10% dos recursos da União para a saúde • Política industrial e geração de empregos • Convenção 151 da OIT (direito de greve do funcionalismo público) • Convenção 158 (fim da demissão imotivada) • Trabalho Decente

clÁudio Prado

ara deputado estadual, Cláudio Prado, diretor do nosso Sindicato, obteve 24.168 votos e agradece a confiança dos trabalhadores. “Agradeço os apoios recebidos da categoria metalúrgica e dos moradores nos bairros. Não

fui eleito, mas contribui com o debate democrático, com a divulgação de propostas em defesa da indústria e dos empregos e com a reeleição do deputado federal Paulinho da Força. Minha luta em defesa dos trabalhadores vai continuar”, disse Cláudio.

O Brasil quer mudança No primeiro turno das eleições para presidente da República, a soma dos votos para Aécio (PSDB) e Marina (PSB) é de quase 60%, maior do que os votos para a Dilma (PT). “Isso significa que a maioria dos brasileiros quer mudanças na política e na economia; que os trabalhadores querem ter segurança com relação a seus empregos e com salários

que não sejam corroídos pela inflação”, diz Miguel Torres, presidente do Sindicato e da Força Sindical. Vale lembrar que em seus quatro anos de governo, a presidente Dilma deu as costas para a classe trabalhadora, privilegiou banqueiros e patrões e não cumpriu nenhuma promessa de campanha para os trabalhadores.

Cobertura fotográfica desta edição: Jaélcio Santana, Dea Segura, Iugo Koyama, Paulo Segura e Tiago Santana


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