IR 135 Setembro - Outubro 2019

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Órgão de comunicação metodista da 5ª Região Eclesiástica • Ano 22 • Edição 135 • Setembro/Outubro 2019

É possível

influenciar o mundo com nosso testemunho?

Missão 24º Projeto Missionário em Matão

Discipulado Crescimento natural e saudável


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É possível influenciar o mundo com nosso testemunho? Fábio Mendes

Bispo Adonias Pereira do Lago

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“VÓS SOIS a luz do mundo” (Mt 5.14a). Com certeza, sabemos que a luz que Jesus se refere não é luz física. Os discípulos e discípulas não brilham, nem emitem luz, no sentido da energia que as lâmpadas emitem, e que nos permitem ver com os nossos olhos carnais. Portanto, há significados mais profundos para essas palavras. E o que significa, então, dizer, “vós sois a luz do mundo”? E o que significa ser a luz do mundo? A luz precisa e pode ser mais eficaz ainda, quando permanece acesa. Provérbios 26.20a diz que “sem lenha o fogo se apaga”. Digo que o mundo, sem luz, promove as trevas da iniquidade, da maldade, da violência e tantos outros males. A ausência e a falta de eficácia da luz podem custar muito caro para todos nós. Se como Igreja não servimos para influenciar intencionalmente a sociedade, então, por que ser cristão/ã? Se nos deixarmos ser influenciados/as, negamos nossa fé, nos tornando mais uma pessoa no meio da multidão, sem rumo e sem direção, sem os valores que geram significado e dignidade para nossa vida, além de perdermos a eternidade que nos está reservada, impedindo outras pessoas

de experimentar este caminho maravilhoso, inaugurado por Jesus Cristo e deixado aos seus seguidores e seguidoras, como herança e missão de relevância ímpar na história humana e nossa. Me pergunto: “Por que não influenciamos mais o mundo não cristão?” Diria que existem vários motivos, por exemplo: Mutilamos o Evangelho, para agregar membros às nossas igrejas, aumentar nossas estatísticas locais e denominacionais. Porque fazemos isso? Por causa de nosso ego, interesses pessoais, aumentar a arrecadação local, manter algum status diante de colegas, eleger mais delegados/as ao Concílio Geral? Digo que o mais importante que meros números de discípulos/as professos/as é a qualidade de seu discipulado, o que consegue manter os padrões de Cristo sem comprometê-los, bem como suas estratégias de influenciar vidas para o Senhor. Mais do que nunca, queremos influenciar milhões de vidas para Jesus Cristo, mas devemos saber que Ele as quer transformadas, seguidores/as santificadas e influentes na sociedade. Não basta ser membro de alguma instituição religiosa, precisamos ser seguidores/as fiéis, consagrados/as, unitynthetruth.com

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ESUS DISSE A SEUS DISCÍPULOS:


envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego” (Romanos 1.16). O Evangelho ainda é o principal instrumento para a mudança social. Pois, transforma as pessoas e as pessoas transformam a sociedade. A salvação precede a solução de muita coisa na vida e na sociedade. Se deixarmos de evangelizar, as pragas crescerão. O Evangelho transforma as culturas. Somos testemunhas desse Evangelho. Distribuir cestas básicas enche o estômago das pessoas; isso precisa ser feito e ajuda muito. A educação, por meio de uma escola, forma o conhecimento das pessoas, amplia oportunidades e as tira da ignorância. A luta pela dignidade humana, direitos humanos e civis, são garantias que queremos para todos os seres humanos. Contudo, o que vai mudar a essência do coração das pessoas será o Evangelho de Jesus Cristo, que transformará não somente sua essência e alma no presente, mas também sua eternidade. Portanto, igrejas, façam todo bem possível, mas sem abrir mão do Evangelho e Discipulado na vida das pessoas. Deus deseja dar tanto a vida abundante como a vida eterna para as pessoas e Ele não facilita pra ninguém. É necessário arrependimento, confissão de pecados, mudança de vida e tornar-se um/a seguidor/a distinto/a e influenciador/a por meio da graça contemporânea.

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diferenciados/as, porém, infiltrados na sociedade para gerar esperança, vida nova e caminho novo para todos/as. Temos o hábito de lamentar os padrões depravados do mundo, com um ar de desânimo farisaico. Criticamos sua violência, sua desonestidade, sua imoralidade, sua negligência com a vida humana, sua ganância materialista. Dizemos que o mundo vai de mal a pior, mas, de quem é a culpa? Da casa escura ao anoitecer ou da ausência da luz? Onde está a luz nas horas escuras da sociedade? Se a carne está estragada, onde está o sal para, ao menos atrasar sua podridão? Onde está a Igreja? Por que a luz e o sal de Cristo não estão permeando a sociedade? Enquanto Igreja, temos culpa nos males da sociedade. Precisamos aceitar isso, mas buscar reação, ser ambiciosos quanto a nossa missão hoje. O desejo de ser bem sucedido para Deus não é errado. Às vezes, temos ambição por tantas coisas. Por que não para servirmos melhor a Deus e fazer diferença no mundo? Precisamos estar determinados/as a entrar em algum seguimento da sociedade e procurar fazer diferença com os valores do Evangelho de Cristo. Proponho hoje que a Igreja volte a ter uma vida de oração e evangelização como estilo de vida. Há um poder extraordinário nestas práticas. Podemos experimentar novamente um grande e poderoso avivamento, capaz de transformar nossas vidas, reformar a igreja e a sociedade ser influenciada por um Cristianismo vivo, um Evangelho transformador e contagiante. O mundo anseia por uma Igreja santa, comprometida e que lhe aponte para onde seguir e como viver aqui e na eternidade. A oração sempre foi uma arma poderosa em Deus. Não podemos desprezar esta ferramenta de batalha moral e espiritual. “Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus (Mt 18.19). A oração nos enche de Deus, que nos enche de Seu Espírito para, no poder da Palavra influenciar o mundo para o bem e para a eternidade. O Evangelho sempre foi e será poderoso. O Evangelho muda as pessoas. Precisamos crer nesta verdade e pregar com amor sua mensagem. “Não me

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{ P alav ra d oe dit or } Pa do ed ito

IR respiram Missão e nos impulsionam a viver a dinâmica de uma Igreja Metodista missionária. A reflexão que podemos fazer é: para manter a qualidade do discipulado que nos propomos a trilhar (e temos caminhado), manter os padrões de Cristo sem comprometê-los, estamos dispostos/as a pagar esse preço para ser influência positiva nas pessoas? O Bispo Adonias, em sua mensagem, compartilha essa preocupação, e nos desafia a um compromisso com Deus e o próximo, para, de fato, sermos uma igreja relevante. Nas palavras do Bispo, precisamos e podemos influenciar intencionalmente a sociedade onde estamos inseridos/as. Nessa linha de reflexão, o Pr. Samuel de Barros Ferreira, enfatiza que, a missão de anunciar o Evangelho transformador é importante e necessária, e também urgente, devendo fazer parte da agenda das igrejas locais, e de cada crente, em particular, pois todas as

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pessoas são destinatárias das boas novas de Cristo Jesus. Vamos relatar um pouco do que foi o 24º Projeto Missionário Uma Semana pra Jesus, que aconteceu em Matão, nos dias 12 a 19 de julho, onde mais de 600 missionários/as estiveram envolvidos/as, marcando presença, impressionando e contagiando aos/às moradores/as da cidade. Alguns testemunhos de irmãos/ãs participantes atestam o impacto também em suas vidas. O Rev. Ubiratan Silva dialoga sobre o discipulado bíblico, que tem como foco formar líderes extremamente comprometidos em formar outros líderes para a missão e o cuidado com o próximo. Segundo ele, discipulado bíblico, como estilo de vida de cada crente, aponta para uma jornada de crescimento relacional e pessoal a partir das Escrituras, onde a preocupação primeira é o crescimento espiritual do ser humano. O crescimento da igreja se dá de maneira natural, gradual e saudável. Boa leitura!

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A redação

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Dor coletiva Destaco o artigo sobre o sofrimento: “A terrível dor na alma”, (IR edição 131, janeiro/ fevereiro 2019), do Rev. Jonas Lopes de Oliveira, descrevendo nossa impotência frente a dor e o sofrimento. A dor é de famílias inteiras, todos/as sofrem. Do mesmo modo, a Igreja, que compactua com a dor e a morte (quando devia não matar, mas perdoar quem agride), obriga-nos a repensar nossa missão dia a dia.

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Mary de Fátima Santos Agostinho, pastora na IM em Araras (SP)

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S PÁGINAS DESTA EDIÇÃO DO

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VOCÊ GOSTOU DESTA EDIÇÃO? ALGUM ASSUNTO CHAMOU SUA ATENÇÃO? ENTÃO MANDE SUA OPINIÃO, SUGESTÃO, IDEIAS, COMENTÁRIO OU CRÍTICA E-mail: in.formativo5re@ hotmail.com

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Testemunho influente

[ P or tal da 5ª RE ] Po No site da 5ª RE você encontrará informações sobre nossa região e muito mais. Você que deseja enviar matérias para publicação no site regional, basta enviar para o e-mail: comunicacao@5re.metodista.org.br


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{ Mi ss ão } Miss ssã

Enviados/as para evangelizar

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VANGELIZAR É O SERVIÇO MAIS

precioso que a Igreja pode prestar a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver. Todas as pessoas são destinatárias do anúncio do Evangelho. Para ajudar essas pessoas, que Jesus nos confiou a evangelização e, realizá-la com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos e cristãs. A Igreja, por sua natureza, é missionária, nunca pode fechar-se em si mesma, mas costumeiramente, frequentamos o templo, e esquecemos nossos/as vizinhos/as, amigos/as e parentes. O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar. A isto, chamamos “evangelização”. A missão de evangelizar é importante e necessária, e também urgente, devendo fazer parte da

agenda das igrejas locais, e de cada crente, em particular. Não se pode de modo algum frear a missão de buscar as vidas que ainda não conhecem Cristo. Ele mesmo nos deixou exemplo para seguirmos Seus passos (1Pe 2.21). Não fez opção preferencial pelos pobres, nem deixou de atender aos ricos. Antes, Sua missão era “buscar e salvar os perdidos” (Lc 19.10). Por esta razão, Jesus saía a evangelizar pelas ruas, vilas, cidades, lugares onde ninguém queria ir, sempre pregando as bênçãos do Evangelho pleno.

OE van ge lh o nã o é um Ev ange gelh lho não be me xclu siv od eq uem sivo de qu bem ex lusiv o rrece ece be u, m a s é um d om ecebe beu, ma do ap ar tilh ar, um a bo an otíci a pa tilha uma boa no cia a co mun com uniicar”

Os nossos alvos são os mesmos de Jesus: os perdidos, os que sofrem, as crianças abandonadas, os doentes, os ricos, os pobres, enfim, todos/as os/as pecadores/as. O tempo é agora! Nós que fomos alcançados pelo Evangelho de Cristo e vivemos para a glória de Deus, devemos com senso de urgência, proclamar a Palavra de Deus a todas as pessoas, a fim de que sejam salvas pela graça, mediante a fé em Cristo Jesus. Quem encontrou o Pão da Vida, não pode sonegar esse Alimento aqueles/as que perecem. Nós, que fomos arrancados do império das trevas (Cl 1.13-14), não podemos deixar de levar a luz do Evangelho aos/às que jazem nas trevas. Nós, que fomos perdoados/as, não podemos deixar de avisar aos/às que estão perturbados/as e mortos/as em seus delitos e pecados, que Deus é rico em perdoar e tem prazer na misericórdia. A evangelização é uma tarefa urgente!

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Samuel de Barros Ferreira, pastor na IM em Botucatu (SP)

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{ M ulh eres e h omen s } Mulh ulhe ho

Central em Araçatuba promove capacitação

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15 DE JUNHO, TIVEMOS uma capacitação para as lideranças das Sociedades Metodistas de Mulheres e Homens, realizado na Igreja Metodista Central em Araçatuba (SP). Contamos com boa participação do nosso distrito de Araçatuba, e apoio e colaboração dos pastores Alexandre Lima Parra, da IM em Promissão (SP) e Revda. Suzel de Aguiar Gaetti Barbosa, de Birigui (SP). Foram momentos muito ricos de compartilhamento e aprendizado a todos/as participantes. A capacitação foi realizada pelo casal Roseli Celina dos Santos Truquetti e Arnaldo Drummond Truquetti, que é o vice presidente da Federação de Homens da 5ª RE e SD da Federação de Homens do Distrito de Araçatuba.

Divulgação

O DIA

Capacitação reuniu liderança de homens e mulheres do Distrito

Andradina trabalha conceito bíblico dos banquetes Divulgação

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Roseli Celina dos Santos Truquetti, vice presidente da Federação de Mulheres na 5ª RE Comunidade em Andradina participou de um “banquete espiritual” no mês de maio

[ N ascim entos ] Na scime

O MÊS DE MAIO É O MÊS DA FAMÍLIA. Reunião de família lembra comida, comida lembra festa, e festa nos remete a banquetes. Banquete é fartura de alimentos sobre a mesa, é unidade ao redor da mesa e amor entre todos/as. A Igreja Metodista em Andradina (SP) foi ministrada a cada domingo sobre este tema: o banquete na narrativa bíblica: No primeiro domingo, foi trabalhado o banquete no deserto – a primeira multiplicação dos pães (João 6.5-15). Você pode servir uma grande multidão com o pouquinho que você tem, é só entregar a Jesus! No segundo domingo, foi trabalhado o banquete inesperado –Casa de Zaqueu (Lucas 19.1-10). Basta querer ver Jesus para que Ele entre em sua casa, na sua intimidade. De repente, Jesus está dentro de sua casa! No terceiro domingo, foi trabalhado o banquete de gratidão – Casa de Marta (João 12.1-11). Para que o banquete de gratidão acontecesse, Maria enfrentou críticas pela maneira da sua adoração, e Lázaro, ameaça de morte. Mas, o coração agradecido não deixa a festa acabar!

Hannah Fernandes Montersol Filha do seminarista Felipe Montersol Torres e Larissa Fernandes Moraes Montersol, de parto cesariana, pesando 2,990 Kg e medindo 49 cm Dia 30 de junho, em Ituverava (SP).

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No quarto domingo, foi trabalhado o banquete do Rei –Parábola do banquete para os pobres (Mateus 22.214). O Rei já preparou um banquete para você, e Ele te convida: “Vem celebrar as bodas de Meu Filho. Você é o convidado/a, mas não esqueça as vestes nupciais!” No último domingo, foi servido um banquete que cada membro da igreja preparado especialmente para a noite. Recebemos muitos/as convidados/as que participaram conosco desta festa da família. A Festa não pode parar!

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José Martins de Oliveira, pastor local

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Anne de Oliveira Piretti Rangel Neta da MD Genilda Pereira Rangel, filha de Vinnícius Pereira Piretti Rangel e Tawany Karoline de Oliveira Matos Piretti, de parto normal, pesando 2,915 Kg e medindo 58 cm Dia 25 de julho, em Uberlândia (MG).

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.......................... [ Falecim ento ] ecime

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Nicolaus Panagiotis Rizos Grego de Haravgi, vilarejo de Ioannina, era pai do Rev. Christian Alessandro Rizos. Casado com Hellenice Baptista da Silveira Rizos, deixa os filhos: Wesley Procópio Silveira Rizos e Carla Marieta Silveira Rizos Nabas e três netos Dia 18 de julho, de neoplasia, aos 85 anos, em Capão Bonito (SP).

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{ E x pe ri ênci a } Ex peri riê cia

Ministério de Comunicação IMCP

Penápolis celebra o Dia do Coração Aquecido

As igrejas do Distrito participam do culto alusivo ao Dia do Coração Aquecido, recordando 24 de maio de 1738, quando Wesley passou por uma experiência com Deus janetchanson.com

Quando Ele...

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Denise Minari, evang. no Ponto Missionário do Jd. Nova York, Valparaíso (SP)

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ELE FOI AO casamento que acabou o vinho, Ele entrou com provisão e transformou a água em vinho. Quando Ele se encontrou com Zaqueu, Ele mudou o seu caráter. Quando Ele se encontrou com a mulher pecadora, Ele a perdoou. Quando Ele viu as crianças, Ele as abençoou. Quando Ele olhou para a cruz, Ele nos amou. Ele, somente Ele, pode mudar a nossa história. Isso se chama Amor. Que felizes seríamos se permitíssemos que o Senhor Jesus entrasse em nossa história. UANDO

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IGREJA METODISTA CENTRAL EM Penápolis (SP) realizou a celebração do Coração Aquecido no dia 25 de maio, nas dependências do Clube Kaikan de Penápolis, em alusão à experiência vivida pelo fundador do metodismo, John Wesley. As igrejas do Distrito de Araçatuba estiveram presentes, iniciando assim as comemorações do Centenário da Igreja que será em novembro. O culto foi conduzido pelo Rev. André Luis Pires de Souza, pastor local, que mostrou o quão é importante as igrejas estarem juntas para festejar não somente a data, mas também louvarem unidas o nome de Jesus Cristo. E para dar início à comemoração, foi anunciado o logotipo do centenário da Igreja, escolhido pelos membros em uma votação e revelado no dia da comemoração do Coração Aquecido. O logotipo foi desenvolvido pelos irmãos Max Reinaldo e Daniela Ferreira. Tiveram a participação do Ministério de Louvor da IM em Valparaíso (SP), do Coral da IM Central em Penápolis, e o louvor pelo Ministério local, que deixou transparecer o brilho de Cristo em cada música entoada.

O SD. Eliéser de Oliveira trouxe a Palavra, nos lembrando da experiência de Wesley, há 281 anos, quando ele sentiu o coração “estranhamente aquecido” e isso nos faz lembrar quão gratos devemos ser por tudo o que Deus faz por nós. O Rev. Anderson Salgado Campos, da IM Central em Birigui (SP) também trouxe uma palavra e aproveitou para falar sobre o livro “Um século de metodismo em Birigui e no noroeste paulista”, do Rev. Ivam Barbosa, onde a cidade de Penápolis também se encaixa nessa história. Foi em 1916 que o missionário norte-americano Cyrus Basset Dawsey (que tempos depois se tornaria Bispo da Igreja Metodista), viera para a cidade com um simples objetivo: fazer novos/as discípulos/as. O missionário Dawsey é relevante na história metodista da região, pois, por meio de seu trabalho, as Igrejas Metodistas em Penápolis, Birigui e Araçatuba foram construídas. A festividade se encerrou com o Hino 404, cantado pelo Ministério de Louvor da IM Central, a pedido do Rev. André de Souza, conclamando todos/as ao trabalho.

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Daniela Ferreira, membro local

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{ An iv ersári o } Aniv ive rio

Em meio às mudanças do tempo e da vida, Ourinhos celebra 104 anos de missão Divulgação

O Mulheres foram chamadas ao compromisso para amar e servir ao próximo

Um pouco da história...

O culto de gratidão contou com a presença e participação de muitas pessoas

janetchanson.com

O TRABALHO METODISTA NA CIDADE COMEÇOU com um grupo de dez pessoas que se reunia numa residência próxima à estação ferroviária, no início do século 20. Em 1915, Jacinto Ferreira de Sá doou um terreno na região central da cidade, e, em 13 de junho desse mesmo ano, foi inaugurado o templo local. Foi a primeira igreja na cidade, fundada antes mesmo da emancipação do município, que se daria em 1918. No período de 1952 a 1958, o rev. Augusto Schwab, esteve à frente da construção do novo templo, salão social e demais dependências.

Divulgação

Bispo Nelson Leite (ao centro) e comunidade metodista em Ourinhos: acolhimento e serviço

Síndrome do irmão mais velho

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irmão do filho pródigo fez de tudo para ele ser colocado para fora. Jesus, nosso irmão mais velho deu Sua vida para nos colocar do lado dentro!

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Lindomar Nascimento, pastor em Emilianópolis (SP)

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SALMISTA INTITULOU O SALMO 30, de “o canto de dedicação da casa de Deus”. Ele nos informa a respeito de tantas quantas benefícios que Deus trouxe ao Seu povo: livramentos, preservação da vida, favores de Deus (ainda que nós não os merecêssemos), retorno da alegria, compaixão, e conversão do pranto em regozijo e da livre e espontânea vontade de para louvá-lO e nunca se calar a respeito dos Seus feitos maravilhosos para conosco. Logo, identificamos que se trata de um retrato da ação de Deus, em que: “a Missão da Igreja acontece em meio às muitas mudanças – nas quais, as compreensões dos tempos trazem sentido à vida – Sua Missão”. “Acho que o principal tarefa de quem tem 104 anos é manter a curiosidade pela vida. As pessoas ficam velhas quando param de ter curiosidade sobre as coisas” (Dagny Carlson, blogueira sueca mais idosa do mundo). Nossa comunidade de fé em Cristo Jesus está celebrando seu centésimo quarto ano, e com certeza, nossa irmandade obteve grandes experiências com este Deus que se faz presente conosco em todos os tempos – resignificando a vida. Contudo, cremos que há muito para agradecer e também, para conviver com tempos e dádivas de Deus para as nossas vidas e a Missão da Igreja. Acolhidos/as por Deus, acolhemos uns aos outros/as para as celebrações. Recebemos o Revmo. Bispo Nelson Luiz Campos Leite, da 3ª RE, que ministrou aos casais no primeiro encontro, realizado nos dias 21 e 22, com o tema: estações do casamento. E, no culto do domingo, 23, ouvimos do texto bíblico de Marcos 10. 35-45: “o que queremos pedir para Deus? Obtemos como resposta do Cristo: sejais servos/as”. Amados/as, sigamos curiosos/as para saber mais e mais desse Deus maravilhoso, que nos inseriu nesse tempo e nessa vida, e que venham as mudanças necessárias e para melhor em todos os seguimentos de nossa comunidade de fé.

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Ricardo de Souza, pastor local e Hosana de Castro Alves, ministério de comunicação


{ Oct oge ná ri a } Octo gená nári ria

Igreja em P arabéns, Andradina, pelos 80 anos de existência. Deus ama o

Andradina celebra aniversário com legado de testemunho

Seu povo e enquanto Ele permitir, estaremos firmes

compartilhando a hospitalidade e o amor fraternal.

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José Martins de Oliveira, pastor local

oito T enho anos, nasci e cresci na Igreja

Metodista e frequento a Escola Dominical

Roseli Lima de Oliveira

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[ E nt re a sp as ] En asp spa

desde bebê. Amo a minha igreja e estou feliz pelo aniversário de 80 anos

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Deborah Gonçalves Teixeira Alves

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H

80 ANOS, NO DIA 13 DE outubro de 1939, a Igreja Metodista iniciou os seus trabalhos na cidade de Andradina (SP). Construída com ofertas e dízimos, mais que isso, construída com muito carinho e dedicação. Os irmãos e irmãs enfrentaram grandes desafios e dificuldades financeiras, porém, perseveraram. É uma igreja espetacular, com uma arquitetura peculiar. Possui uma torre que fica iluminada à noite e, durante o dia os pássaros cansados param para descansar. No final do dia, em contraste com o céu azul e o por do sol, araras-canindé barulhentas também trazem a sua alegria e colorido à torre da igreja (com suas cores azul ultramarino e amarelo-dourado). As andorinhas, no verão, revoam aos milhares sombreando a igreja. Tucanos e muitos outros pássaros fazem a sua parada momentânea sobre a torre, que se transforma num observatório. A igreja nasceu, cresceu no seu tempo – sem pressa! Lançou a semente no tempo oportuno e no solo plantou, regou com muitas lágrimas. Tempos em que também foi necessário arrancar o joio para que a colheita fosse boa. Houve um tempo que tiveram que matar a incredulidade. Curar as feridas. Derrubar o muro da falta Á

arabéns, amada igreja. Que suas portas fiquem abertas por muitos e muitos anos testemunhando o amor de Deus Aparecido Barbosa

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honra Q uecomemorar os 80 anos da

nossa igreja. Que Deus abençoe poderosamente o trabalho neste lugar. Como o Senhor prometeu, estou vendo com meus olhos, a quarta geração da minha família

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Ermelinda Araújo da Silva

minha adolescência, N asentada nos bancos desta igreja, aprendi a Palavra de Deus, professei minha fé e continuo firme até hoje.

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Parabéns, amada igreja!

Íria Batista da Silva

fazer parte Q uedestealegria abençoado povo, que ama a Deus e professa a

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Segunda denominação mais antiga da cidade, a igreja foi Ponto de Pregação da Igreja Metodista em Três Lagoas (MS)

fé. Parabéns, igreja!

Lourdes Araújo

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de fé. Edificar um altar em seus corações para o Senhor Jesus. Houve um tempo de choro e quebrantamento e também momentos de júbilo, dança e risos, para celebrar o amor a Deus. Quantas e quantas festas! Mas as pedras apareceram no caminho e machucaram os pés dos caminhantes que não desistiram e as pedras foram retiradas uma a uma pelo poder da oração. E Deus nos restaurou e santificou. Quantos abraços de acolhida e quantos abraços de despedida dos que partiram por outros caminhos. Quantos jejuns pelas vidas, clamores por misericórdia, longos períodos de silêncio para ouvir a voz de Deus. Quantas pregações, batismos, casamentos, evangelismo nas ruas, ensinos na Escola Dominical. Quantas palavras edificantes. Tempos de guerra espiritual, mas também tempos de paz, tempo de amar, tempo de odiar o pecado! Quantos pastores/as passaram por aqui. Cada um/a deixou um legado de paz e esperança! Plantaram as sementes, regaram e Deus deu o crescimento. Deixaram um pouco de si e levaram um pouco de todos/as.

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Roseli Lima de Oliveira, membro na IM em Andradina (SP)

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{ Um a Se mana p esu s } Uma Sem prra JJe sus

24º Projeto Missionário da 5ª RE aconteceu em Matão realizado entre os dias 12 a 19 de julho, e a cidade do interior de São Paulo, Matão, acolheu o Projeto. Mais de 600 missionários/as estiveram envolvidos/as esta semana, marcando presença, impressionando e contagiando aos/às moradores/as da cidade. Como compartilhado no testemunho de um participante, “o povo do ‘coração aquecido’ experimenta uma paixão ‘exarcebada’ pelo próximo”. Domingo cedo, dia 14, um grupo de evangelistas estiveram num parque da cidade e na oportunidade plantaram árvores, como ação prática da proposta da Igreja: Discípulas e discípulos nos caminhos da missão: cuidam do meio ambiente”. Na segunda-feira, pela manhã, uma marcha evangelística percorreu as principais ruas e avenidas do centro da cidade, com uma parada especial em frente à Prefeitura Municipal, para orar pelas autoridades e cidadãos matonenses. A marcha foi encerrada em frente 10

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Equipe de comunicação regional

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ao templo, em construção, onde o Bispo Adonias e cada participante levantou um clamor e ato profético em favor da cidade e população. Enquanto os trabalhos ocorriam durante o dia, à noite, cultos evangelísticos aconteciam no ginásio municipal, com louvor, teatro, testemunhos e Palavra, impactanto as pessoas presentes. O Bispo Adonias, em sua mensagem inicial (Marcos 6.30-44), compartilhou que “Deus quer manifestar Jesus Cristo na vida das pessoas por intermédio de nós. Deixemos Ele nos usar, pois há

EVENTO ESTE ANO FOI

pessoas precisando de cura, graça, salvação, para honra do Seu Nome”. No domingo, 14, o Rev. Cleber Rocha pregou sobre João 20.30-31– “Quando o Evangelho é ministrado, milagres e sinais acontecem e Jesus traz ordem ao caos”. O Ministério Docsa de Teatro encenou na terça-feira, 15, a “Criação”, partilhando o amor de Deus no papel redentor de Cristo. 500 mudas de árvores foram plantadas, para geração de sombra e frutos para as próximas gerações


Divulgação

Equipe de comunicação regional

Op eace ndeu a prrojeto rre cen o co e muit os chama n no corração d de itos irmãos e iirrmãs; rre est aurou a sta dig nida de, a iid denti da de d e dad tida dad de mos e m De us” q uem so som em Deu

O melhor de tudo: valeu a pena! QUE ALEGRIA RECEBER METODISTAS DE toda a 5ª RE para uma semana de intenso trabalho e amor ao próximo. Na verdade, os preparativos começaram bem antes, em meados de novembro de 2018, quando ficamos sabendo que o Projeto seria aqui. Foram múltiplas reuniões, horas de planejamento e muita oração, com toda a igreja nascente em Matão. O nome do nosso Senhor Jesus foi honrado de maneira muito especial por toda a cidade. Valeu a pena!

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Lara e Cleber Defina

A juventude esteve à frente do culto de quarta-feira, 16, com testemunhos de milagres dos Pastores Washington Mateus da Rocha e Thiago Elias Balduino da Silva. Dia 17, a Federação das Mulheres ministrou o culto e, a Revda. Marcia Pereira pregou Marcos 11.46-52, sobre a cura de Bartimeu. Na quinta-feira, 18, o culto foi dirigido pela Federação de Homens, onde o Pastor Cleber Defina falou sobre João 14.1-6: “Em meio à dor e próximo à cruz, Jesus encontra consolo e consola Seus discípulos. No dia da angústia, não precisamos nos render à circunstância nem nos conturbar às realidades deste mundo tenebroso”. No culto de sexta-feira, 19, no culto de inauguração do templo, o Bispo Adonias ministrou Lucas 12, enfatizando que “nossa missão é espalhar o amor de Deus. Pregamos o Evangelho para alcançar e transformar o ser humano, e dar sequência à Sua obra na salvação do mundo”.

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[ Test emunh os ] ste unhos

O

Projeto foi uma experiência que me aproximou mais de Cristo. Realizei atividades na EBF e ver a alegria das crianças em conhecer o amor incondicional de Deus por elas, recebendo-O em suas vidas foi algo inexplicável. Foi incrível!

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Rebeca Azevedo, Ribeirão Preto (SP)

A

experiência no Projeto foi única. Ver tantas pessoas doando seu tempo e talento em prol da população me impulsionou para servir na obra de Deus por meio das pessoas. Pude servir na área de cursos, doando um pouco do meu conhecimento com decoração de balões. Uma das alunas foi alcançada, juntamente com sua família. Minha oração é, que essa semente, germine e dê frutos, a 30, 70 e 100 por um.

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Reginaldo de Oliveira, Guará (SP)

É

sempre um prazer e motivo de festa obedecer o “Ide” e contribuir com o engrandecimento do Reino. Sempre fico na cozinha da EBF, preparando lanches para as crianças. É gratificante contribuir com a formação de pequenos/as discípulos/as de Cristo, para que cresçam nos caminhos do Senhor.

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Mariza Turolla Grin, Piracicaba (SP)

P

osso classificar minha vida como antes e depois do Projeto. Participei

na construção, onde finalizarei o projeto paisagístico do templo, e na intercessão, tive a maior experiência com Deus. Não tenho palavras para definir ou explicar essa experiência.

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Marcos Aurélio Gonçalves Dias, Avaré (SP)

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{ An iv ersári o } Aniv ive rio

Pirassununga celebra 130 anos na cidade Fernando Serrador

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A igreja tem sido sustentada espiritualmente por irmãos e irmãs que incansavelmente se reúnem semanalmente para orar

PRIMEIRA IGREJA PROTESTANTE A SE INSTALAR no município, em 1889, a Igreja Metodista em Pirassununga foi pastoreada inicialmente pelo Rev. Edward E. Joiner, missionário norte-americano. No início, os cultos eram realizados nas casas de algumas famílias e, mais tarde, em uma casa na esquina das Ruas 15 de Novembro e 7 de Setembro, que se tornou residência pastoral e hoje abriga uma escola. O templo foi construído na Rua Sete de Setembro entre 1919 e 1920, no pastorado do Rev. Walter Gilwill Borchers, também norte-americano.

Culto de Ação de Graças contou com a participação especial dos pastores Claudeci Pereira de Souza e Suely Silva, com o Rev. Luiz Carlos Ramos Arquivo

Antigo templo da Igreja em Pirassununga

Comunidade desenvolve projetos A IGREJA TEM SIDO SUSTENTADA espiritualmente por um grupo de irmãos e irmãs, que incansavelmente se reúnem semanalmente para orar pelo pastor, pelos membros e por todos/as que dão a conhecer os seus motivos de oração. A Escola Dominical tem sido o espaço privilegiado de formação e capacitação dos membros da Igreja, especialmente as novas gerações. Os cultos semanais são fontes de inspiração, edificação, de consagração e envio missionário constante. Nesses últimos seis anos, vários outros programas têm sido desenvolvidos, entre eles destacamos: O Projeto “Eu Reciclo”, que procurou conscientizar a comunidade quanto ao cuidado e à preservação do meio-ambiente.

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movimento iniciado por John Wesley no século 18, na Inglaterra. Ministro da Igreja Anglicana, Wesley entendia que o evangelho devia ser levado à população marginalizada da época e, contrariando as recomendações do alto clero, pregava ao ar livre, em praças, minas de carvão, portas de fábricas e outros locais desprezados pelos demais religiosos. Considerado um “herói nacional” na Inglaterra pelo modo como defendeu os mais carentes, Wesley dizia que “não existe Evangelho que não seja social” e sua visão influenciou até mesmo as políticas públicas adotadas pelo governo da época. A tradição permanece: a igreja possui até um Credo Social, e os trabalhos metodistas nesse setor se destacam no Brasil e no mundo. Nelson Mandela e Kofi Annan, ambos agraciados com o Prêmio Nobel da paz (em 1993 e 2001, respectivamente), são exemplos de líderes de origem metodista que assumiram a luta pela justiça social de maneira global. Em Pirassununga (SP), a comunidade mantém um trabalho de distribuição de cestas básicas. E a igreja local participa efetivamente dos vários programas sociais desenvolvidos pela Igreja Metodista, tanto em território brasileiro como no exterior, por meio do levantamento de ofertas missionárias destinadas para esse fim, assim como pelas suas constantes orações aos que os realizam e pelos que são alcançados por esses projetos. Nestes 130 anos, o templo já foi remodelado duas vezes e passaram pela igreja 42 pastores e cinco pastoras. Desde 2014, a igreja está sob os cuidados pastorais do Rev. Luiz Carlos Ramos. Nos dias 6 e 7 de julho, a Igreja celebrou seus 130 anos com um Culto de Ação de Graças, seguido de alegres momentos de confraternização, um encontro para resgate histórico, partilha de memórias, testemunhos e um Culto Eucarístico, que contou com a participação especial dos Reverendos Claudeci Pereira de Souza e Suely Silva, que haviam pastoreado a igreja de 1998 até 2005. Genival Júnior

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Como tudo começou...

METODISMO SURGIU DE UM

O projeto “Livro Único”, que ensinou técnicas de restauração e encadernação de livros e documentos. O projeto “Todos os Talentos”, pelo qual diversas técnicas de artesanato e habilidades manuais foram ensinadas. Os “Almoços Culturais e Comunitários”, que promoveram o congraçamento e arrecadação de recursos solidários. O “Dia da Igreja”, realizado eventualmente, durante o qual o povo se reúne em mutirão para cuidar colaborativamente do patrimônio e das instalações da igreja. Tudo isso é desenvolvido com a participação direta dos Ministérios do Ensino, da Comunhão, da Solidariedade, do Culto e da Administração.

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Fernando Serrador e Luiz Carlos Ramos, pastor local


{ M eio a mbiente } Me am

Pessoas como árvores

Roseli de Lima de Oliveira

C

OMO METODISTAS, ESTAMOS vivendo um tempo de mudanças e, um grande desafio de nos posicionarmos como defensores/as da natureza (meio ambiente). Com amor e responsabilidade devemos nos unir no desafio de cuidar de toda a criação – “Discípulas e discípulos nos caminhos da Missão: Cuidam do meio ambiente”. Ao caminhar por uma praça, algo me chamou a atenção! Uma árvore frondosa, repleta de folhas e ramos com diâmetro do tronco bem vantajoso. Acredito que esta árvore deva ter mais de 50 anos. Olhei a árvore como um todo, todavia, os meus olhos se fixaram na suas raízes acima do solo, como braços fortes segurando a árvore firmemente naquele lugar: resistindo a ventos intensos, chuvas e intempéries da natureza. Quanta dificuldade passou aquela árvore! Por entre as raízes protuberantes, o vento trouxe uma semente de outra árvore mais distante que se acomodou, germinou superficialmente naquele lugar improvável. Uma nova árvore (vida) crescia por entre as raízes de outra árvore. A natureza nos surpreende, porém, quantas belezas escapam à visão dos nossos olhos tão limitados? Nossos olhos, muitas vezes, nos enganam, distorcendo as imagens, fazendo-nos perder o foco. Deus pede-nos que olhemos para o Alto, mas a nossa visão limitada só vê as coisas aqui da terra. Quando Jesus passava por Betsaida, algumas pessoas lhe trouxeram um homem cego e a fé padronizada que eles tinham era que, se Jesus o tocasse voltaria a enxergar. Entretanto, a Bíblia nos relata que Jesus o tomou pela mão e o conduziu para fora da aldeia! Ele não fez da maneira convencional como aquelas pessoas pediram – tocar o cego – aliás, fez algo fora dos padrões da época, levou–o para um lugar neutro: “E tomando o cego pela mão, levouo para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os

homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhes as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado e viu a todos claramente” (Mc 8.22-25). Vejamos alguns pontos interessantes neste relato: A Bíblia não fala há quanto tempo este homem estava cego, pois sabia como era a imagem de uma árvore; Ele foi conduzido por pessoas até Jesus, não estava habituado a andar sozinho, tinha muitas dificuldades de locomoção; O próprio Jesus pegou-o pela mão e o levou num local limítrofe da aldeia; A cura estava condicionada à fé daquele homem, não nas circunstâncias ao seu redor; Quando Jesus colocou saliva nos seus olhos, o homem cego duvidou do milagre na sua totalidade;

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Nossos o lh os, m uit as olh lhos, mu ita veze s, n os e ngana m, zes, nos en anam, di st orce ndo a s im age n s, sto cen as ima gen faze ndo-n os pe oco. azen o-nos perrder o ffoco. us pe de-n os q ue De e-nos qu Deu ped as a olh emos p ara o Al ma lhe pa Altto, m im it ada só v ê noss av vê ossa vii são llim imit ita as co q ui da tte erra” coiisas a aq

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Ao olhar na altura dos homens, viu-os como árvores que andam, sua visão estava distorcida e sem foco; Novamente Jesus colocou as suas mãos nos olhos dele, só que agora havia uma condição: era para olhar para cima. Então, a cura foi completa, estava 100% restaurada a sua visão. Ao olharmos somente para Deus (para o alto), somos como árvores plantadas junto às águas e as nossas raízes se estendem para o ribeiro. Não temos receio de nada, nem do calor e nem do tempo de sequidão. Deus é a videira, nós os ramos. Se estivermos nele daremos muitos frutos. Ligados na videira, estamos protegidos: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara (ramo) de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim” (Jo 15.4). Apreendo com aquela pequena árvore que germinou no meio das raízes de outra árvore altaneira que lhe fazia sombra; mesmo assim, os raios solares chegaram até ela e a chuva a regou; houve crescimento. Assim, somos nós, contra todas as probabilidades e desafios, se permanecermos ligados ao tronco da Videira verdadeira, nosso Deus, no tempo oportuno haveremos de florescer, produzir sementes e frutos. Onde você está é o lugar perfeito! Como metodistas somos modificadores do meio ambiente, somos defensores da natureza. Os milhares de ontens já passaram, porém, podemos fazer o melhor nos incontáveis amanhãs.

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Roseli Lima de Oliveira, assistente social e membro da IM em Andradina (SP)

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{ Meio a mbiente } am

Divulgação

São João da Boa Vista promove evento de prevenção stock.xchng

E será cada um/a como um esconderijo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta. E os olhos dos que vêem não olharão para trás; e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos” (Is 32.2-3)

Visão

Esposas mentoreando esposas

O cuidado e a preservação do meio ambiente foi tema da mensagem às crianças Anã Souza

92 anos de vida NO DIA 1º DE JULHO, COMEMORAMOS o aniversário de 92 anos da nossa irmã e fundadora da Congregação de Vila Ipiranga, em Bauru (SP), Ercília Vieira Ferreira, com um culto de ação de graças abençoado em sua residência.

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PONTO MISSIONÁRIO EM SÃO João da Boa Vista (SP), realizou no dia 27 de julho, um evento para conscientizar as crianças sobre a importância do cuidado com o meio ambiente por meio de teatro de fantoches, e também motivando o plantio de hortaliças e orientações sobre “lugar de lixo é no lixo!”. Cada criança recebeu uma muda de alface, com as instruções para cultivá-la. Agradecemos a Deus pela unidade da igreja na realização desta festa!

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Katia Torres, pastora local

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Sérgio Godoi, pastor local

SMH em Paracatu teve encontro local

churchleadership.com

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ACONTECEU NO DIA 19 DE MAIO, NAS dependências da Igreja Metodista em Paracatu (MG), o encontro local da Sociedade Metodista de Homens (SMH). Foram momentos de edificação, ministração da Palavra e testemunhos de grande impacto para os homens que estavam presentes. Encerramos o evento com um delicioso churrasco.

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Geovane Macedo Santos, pastor na IM em Paracatu (MG) ............................................................................................................................................................................................................................

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Missão

Capacitar e mobilizar esposas de pastor para o desenvolvimento de vida e ministério

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Capacitações

Módulo 1 Crescendo por meio do cuidado mútuo Módulo 2 Crescendo por meio da mentoria Módulo 3 Crescendo por meio da oração Módulo 4 Capacitando instrutoras Módulo 5 Capacitando assessoras Nos visite nas redes sociais: Instagram: @projetocuidar5re Facebook: Projeto Cuidar 5re Fale conosco: Email: projetocuidar2018@gmail.com

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Líderes nos distritos

Araçatuba: Fran Alves Campinas: Déborah Ribeiro Piracicaba: Meire Ito Pres. Prudente: Flávia Amendola Marília: Juciene Martins MS1: Tânia Regina MS2: Thaís Pontes Rio Preto: Denilde Batista Ribeirão Preto: Ana Paula Sul de Minas: Eliane Inácio Uberlândia: Lídia Fleury Coordenadora do Projeto Cuidar Marta Lago


{ Dia das crianças }

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EGUNDO OS EVANGELHOS,

somente em duas ocasiões Jesus ficou furioso: uma vez quando expulsou os comerciantes do templo porque haviam transformado o que deveria ser lugar de oração para todos os povos em centro comercial para a exploração dos mais pequeninos da sociedade. E, quando viu os discípulos enxotando as crianças para longe dele. “E traziam as criancinhas a Jesus para que as acarinhasse, mas os discípulos as enxotavam. Quando viu isso, Jesus ficou furioso e disse: – Deixem que as criancinhas venham a mim e não as impeçam, pois destas e de outras como elas é o Reino de Deus. Eu garanto a vocês: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha não entrará nele, não mesmo! E Jesus abraçava as criancinhas e as abençoava, impondo as mãos sobre elas (Mc 10.13-17 – Trad. nossa).

A criança no meio A razão da indignação de Jesus pode ser mais bem entendida se voltarmos ao capítulo 9 do mesmo Evangelho (vv. 32-37): “Os discípulos não entendiam o que Jesus dizia […]. Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus

Por iisso sso é ttã ão si g nif icativ oo sig ativo esu s co ar a ge st od e JJe gest sto de sus colloc oca cri an ça ‘n om eio’. JJe esu sa crian anç ‘no me sus ti arg ina de e a tirra da m ma inallida dad co an o ce nt ro da cen colloc oca no sse de. P orq ue e co mun dad Po esse com uniida gar d ela!” deve se serr o lu lug de

perguntou aos doze discípulos: – O que é que vocês estavam discutindo no caminho? Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante (o maior). Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: – Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos. Aí tomando uma criancinha [paidíon = criança até sete anos, diminutivo de pais = criança de sete a 14 anos, vd. Jesus no Templo], a colocou no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos: Quem receber uma criancinha como esta, em meu nome, está recebendo a mim mesmo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas recebe também aquele que me enviou” (Trad. nossa).

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A grandeza dos pequenos Os discípulos não entendiam Jesus e seus anti-heróis. Não era para menos, afinal, para Jesus, tudo é às avessas. Os mais felizes (bem-aventurados) são os pobres, os que choram, os que têm fome, os que são perseguidos. Os mais desprezados pela sociedade são considerados por Jesus como sendo os mais importantes; os maiores pecadores são os mais amados. Os últimos são os primeiros e os menores são os maiores. Ora, dentre os excluídos, na sociedade do tempo de Jesus, os mais excluídos eram as criancinhas. Por isso é tão significativo o gesto de Jesus colocar a criança “no meio”. Jesus a tira da marginalidade e a coloca no centro da comunidade. Porque esse deve ser o lugar dela! Quando Jesus vê os discípulos excluindo as crianças, depois de tudo que havia dito e feito, sentiu como se Ele mesmo estivesse sendo enxotado. Por isso tratou de convencer Seus seguidores de que o tratamento dado às criancinhas é, de fato, o tratamento dado ao próprio Jesus.

A criança no colo No capítulo 10, Jesus reafirma o mesmo princípio anunciado no capítulo 9: Rejeitar as crianças é rejeitar o próprio Cristo, e receber os mais pequeninos é receber a Cristo e aquEle que o Enviou. Podemos entender melhor o impacto causado entre os contemporâneos de Jesus, atentando para o fato de ter Ele tomado as criancinhas no colo. Sabe-se que, culturalmente, essa era tarefa exclusiva das mulheres. Cabia a elas carregar as crianças e amamentá-las. Quando Jesus reproduz o gesto dessas mulheres, Ele se identifica com elas, e isso causa muito estranhamento entre Seus observadores. São as mulheres que carregam os seus queridos nos braços! E nisso está um grande diferencial do gênero feminino. Saudáveis ou enfermos, recém-nascidos ou à beira da morte, as mulheres embalam seus queridos. Sintomaticamente, não eram homens os que estavam aos pés da cruz, ou junto ao sepulcro na manhã da ressurreição. Lá

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{ Coração a q ueci do } aq ecid

Então Jesus arremata: “Eu garanto a vocês: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha não entrará nele, não mesmo!” A ênfase não é invenção minha, está lá, no original: “Não e não!” Muitos continuam sem entender os ensinamentos de Jesus até nossos dias. Por exemplo: ainda há quem, subvertendo os ensinamentos de Jesus, queira proibir a recepção das crianças no corpo de Cristo, pelo sacramento do batismo. Para esses, se uma criança não se tornar um adulto, não poderá entrar no reino de Deus. Heresia pura! Jesus é incisivo: Somos nós que temos que nos tornar como elas para sermos recebidos no Reino. Elas são o modelo para nosso ingresso no Reino. Não é porque elas sejam humildes, perfeitas ou santas. É porque elas, sendo pequenas e frágeis, não têm como retribuir, não têm o que oferecer em troca. Elas, sim, dependem exclusivamente da Graça de Deus: “Porque pela graça sois salvos” (Ef 2.8). Elas são salvas não por serem capazes, mas justamente porque não são. A pergunta não é se a criança pode, mas se Deus pode! E Ele não somente pode, como quer receber os mais pequeninos, especialmente as criancinhas. O missionário Gordon Greathouse, do Projeto Sombra & Água Fresca da Igreja Metodista, em um dos seus textos, cita um episódio da vida de Dwight L. Moody, que foi chamado de “o maior evangelista do século 19”: “Ao voltar de uma campanha evangelística, sua esposa teria perguntado: “E, então, como foi? Quantas pessoas se converteram hoje?” E ele teria respondido: “Duas pessoas e meia.” A esposa: “Ah, que bom, e quem era a criança?” “Não”, respondeu ele, “foram duas crianças e um adulto, mas esse já perdeu metade de sua vida”. Que Deus nos livre de sermos igreja morta. Que viva a Igreja! Viva às crianças! Viva o Reino de Deus entre nós!

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Luiz Carlos Ramos, pastor na IM em Pirassununga (SP)

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As igrejas do Distrito de Campinas estiveram presentes na concentração do Coração Aquecido

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IGREJA METODISTA CENTRAL EM Campinas (SP) acolheu no dia 1 de junho a tradicional Concentração Distrital em louvor a Deus pela experiência de John Wesley, em 1738, conhecido como o Dia do Coração Aquecido. Contamos com a presença das igrejas do Distrito de Campinas, seus pastores e pastoras, que participaram do culto, cujo pregador foi o Bispo José Ildo Swartele de Mello, da Igreja Metodista Livre, que trouxe uma linda reflexão sobre essa marcante para nós, metodistas. Depois, no Dulce Helena Franco

A criança no reino

Central em Campinas comemora com festa distrital Dulce Helena Franco

estavam presentes justamente as mulheres, dispostas mais uma vez a tomar nos braços aquele a quem amavam, mesmo na hora da morte, e, mais ainda, quando este salta para dentro da vida. Quem abraça as criancinhas, segura Deus no colo!

salão social, houve uma deliciosa festa com barracas de espetinhos, pastéis, bebidas, salgados e derivados de milho. Cada barraca foi representada por uma igreja e a nós, da Central, coube a barraca de espetinhos que, assim como as demais, foi um sucesso. Tivemos uma noite muito agradável, cheia de alegria e comunhão. Louvado seja Deus pela vida do povo chamado metodista, em especial, no Distrito de Campinas.

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Cleide Trigo, membro na IM Central em Campinas (SP)


{ Esco min scolla Do Dom iniical }

Identidade histórica e desafios caminhos para a manutenção e eu diria, até a preservação desta tão importante agência formadora de cristãos e cristãs. A modernidade tem trazido para algumas igrejas o pensamento de que os estudos e ensinos devem ser mais “lights”, menos profundos. A história do nascimento da Igreja em Atos dos Apóstolos aponta para o contrário, pois os primeiros discípulos e discípulas se dedicavam ao aprendizado da doutrina e pela ação do Espírito Santo pregavam as Escrituras com segurança. Em Nemias 8, temos um momento que vale a pena ser citado e faço um paralelo quanto ao valor do ensino, do conhecimento da Lei. No contexto, o povo estava em reconstrução e o sacerdote Esdras é convidado a apresentar as

Falar da h óri a da E sco hii st stó ria Esco scolla Do min iniical é na narrrar a Dom própri ah óri ad op ovo ria hiist stó ria do po chamado m etod an o me odiist sta no o cr escim ento Br asil, p ois ttod od cre scime po odo Bra oná ri a ee x pan são m miissi ssio nári ria ex ans ass ar pe pass aed eve p pa ssa pello ssa de bo me nsin ob íb bom en sino bíb íbllico”

Escrituras diante do povo que, segundo o relato, era composto “tanto de homens como de mulheres e de todos os que podiam entender o que ouviam” (v. 2). O texto ainda diz que: “Havia atenção de todos e que ficaram da alva até ao meio dia” (v. 3) envolvidos/as com o ensino daquilo que Deus havia prescrito ao povo. O resultado nós bem sabemos, que uma obra de reconstrução, uma reforma em todos os sentidos foi experimentada pelo povo de Deus naquela época! Quem sabe não temos aqui uma pista para que haja mudanças significativas na vida e missão da Igreja? Isto só será uma realidade se atentarmos que temos o compromisso de apresentar sempre um ensino de qualidade e comprometido com o Reino. Lécio Dornas, em seu livro “Vencendo os Inimigos da Escola Dominical” diz: “Precisamos retirar a crosta da Escola dominical, que tem que ser repensada à luz de seus paradigmas cristalizados”. Que Deus nos ajude a recuperar o carisma que há 183 anos fez arder o coração do Rev. Justin Spalding, fazendo-o com que fizesse do ensino e da educação cristã sua bandeira principal.

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Lindomar Nascimento, pastor na IM em Emilianópolis (SP)

sjumcwv.org

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O MÊS DE SETEMBRO, comemoramos o Dia da Escola Dominical, mais precisamente no terceiro domingo de setembro. É oportuno diante de tal data incentivar a discussão do valor da Escola Dominical como real agência de ensino no contexto da Igreja Metodista. É característica fortíssima no metodismo o ensino, o comprometimento com a educação cristã. Esta marca faz parte de nossa identidade histórica, mas infelizmente vemos que cada vez mais em muitas igrejas locais a Escola Dominical tem perdido seu espaço, chegando ao ponto de deixar de existir em algumas igrejas. São 183 anos desde que a primeira Escola Dominical metodista aconteceu no Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). Foi em junho de 1836, sob a coordenação do primeiro missionário metodista, o Rev. Justin Spalding que, quatro meses depois, em 1º de setembro, destacou em seu relatório: “Aos domingos, às 16h30, mais de quarenta crianças e jovens, em oito classes dirigidas por quatro professores e quatro professoras, sendo duas dessas classes formadas por negros/as, uma falando em inglês e outra em português, reuniram-se para estudar a Palavra de Deus”. Fontes históricas, como o relatório de março de 1837 informa que existiam pessoas que caminhavam de duas a três milhas sob sol forte até o lugar das aulas. Falar da história da Escola Dominical é narrar a própria história do povo chamado metodista no Brasil, pois todo crescimento e expansão missionária passa e deve passar pelo bom ensino das Escrituras. Em uma Igreja que carrega e defende as bandeiras missionárias e discipuladoras, vale neste tempo, um sério chamado para refletirmos sobre a real qualidade de nossas escolas dominicais e oferecermos, a partir de nossa identidade histórica,

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{ Aç ão Soci al } Açã Socia

ABC celebra 69 anos de atuação projetando os 70 e muito mais

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MA LINDA HISTÓRIA DE AÇÃO

social e fé teve início em 13 de junho de 1950, em Campinas (SP), há 69 anos, e segue firme até os dias de hoje. Foi nesta data que a Sociedade Metodista de Senhoras (SMS), da Igreja Metodista Central em Campinas criou um projeto de atendimento às gestantes idealizado por Elizabeth Nunes, uma espanhola que dedicou a vida toda ao acolhimento de pessoas carentes, movida sempre por sua fé inabalável. Junto às mulheres da Sociedade de Senhoras, da Central em Campinas, teve início uma campanha para angariar agasalhos e outras roupas destinadas aos necessitados e às famílias pobres, em tempos do pós 2ª Guerra Mundial. Além das roupas e calçados, a campanha denominada “Cesta do Bebê” arrecadou material para confecção de enxovais a serem entregues a gestantes e famílias de recém-nascidos. As mulheres trabalharam com entusiasmo para a “Cesta do Bebê” e sentiram a grande necessidade de continuar a confecção dos enxovais. Por isso, foi criada uma sala de costura na igreja e também um Dispensário Infantil, onde deu-se a

Arquivo ABC

ELIZABETH NUNES TEVE A INFÂNCIA, A adolescência e o início da vida adulta marcantes na Europa. Foi perseguida pela Inquisição Católica e, com a fé herdada de sua mãe Manuela, tornou-se uma pessoa de muita dedicação e fé, sempre ajudando o próximo, principalmente aos mais pobres. Chegando ao Brasil nos anos 40, um pouco antes da 2ª Guerra Mundial, Elizabeth deu continuidade ao seu trabalho incansável de acolhimento aos mais carentes, primeiro em São Paulo, na capital, e depois em Campinas (SP). Dessa e outras iniciativas, originou a Associação Beneficente Campineira (ABC), pois as ações sociais movidas pela fé, que já aconteciam na prática há alguns anos, se tornaram concretas.

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História de ação social e muita fé

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Divulgação

Meninos Sapateadores do Núcleo do Jardim São Marcos foram até aos Estados Unidos representar a ABC em eventos. Abaixo, a diretoria atual da ABC

origem ao atendimento médico gratuito para crianças e mães. Em 1958, a ação social expandiu-se e teve início um trabalho assistencial na favela do Jardim Pacaembu, aos domingos, onde iniciava-se uma congregação metodista. As ações reuniam crianças e adolescentes para realizar leitura bíblica, orientar questões de higiene e saúde, organizar cânticos, entregar remédios às famílias de baixa renda, entre outras atividades. Cinco anos depois, em 1963, o Dispensário Infantil, denominado “Elizabeth Nunes”, deixou de ser apenas um atendimento exclusivo para gestantes no atendimento médico gratuito e na fabricação de enxovais, para ser um serviço realizado no local, onde havia também doação de medicamentos na Farmácia para pessoas de baixa renda. O Dispensário transformou-se oficialmente em Associação Beneficente Campineira (ABC), atuando como entidade social para cumprir a função dos diversos serviços já prestados. No início dos anos 70, a ABC intensificou o atendimento na


farmácia, com doação de medicamentos, ampliou o atendimento médico gratuito aos pobres e intensificou o atendimento dado aos moradores de rua em Campinas. Nesta época a ABC auxiliou na formação da escola primária do Jardim Pacaembu e na Vila Ipê, bairros da periferia, com oferta de materiais escolares, merenda, uniformes e disponibilização de professores. Em 1976, o Núcleo Social do Jardim São Marcos começou a ser construído pela ABC com recursos da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac), em um terreno Divulgação doado pelo pastor metodista Duncan A. Reily e sua esposa Phyllis Louise Gifford. A ABC manteve suas ações sociais e ampliou novas frentes nas últimas duas décadas. O curso de sapateado começou em 2002 na ABC, quando o educador Luyz Baldijão recebeu o convite para desenvolver um trabalho voluntário com as crianças da instituição. O curso ganhou dimensões internacionais e o grupo Meninos Sapateadores do São Marcos foram até aos Estados Unidos representar a ABC em eventos. A prática garante serviços continuados às crianças e adolescentes em período extra-escolar do ensino formal. São oferecidos cursos de sapateado, informática, pintura em tela, artes, dança, brinquedoteca, biblioteca, atividades físicas esportivas e atividades de cidadania. Outra atividade social da ABC, aberta para a comunidade de no Jardim São Marcos, é referente às oficinas. Ao todo, 42 pessoas de diversas faixas etárias são acolhidas pela ABC no Centro de Convivência Inclusivo e Intergeracional. O objetivo é oferecer um atendimento de qualidade que contribua para a transformação social e para uma convivência justa, interagindo com a sociedade.

Além disso, a ABC oferece em parceria com a Sociedade Metodista de Mulheres (SMM) o curso de artesanato para a comunidade. É realizado no salão social da IM Central e garante o aprendizado de várias técnicas artesanais. O curso é aberto para pessoas de todas as idades e ajuda, inclusive, famílias de baixa renda a obter uma geração de renda para seu sustento. São cursos de crochê, tricô, bordados, pintura em tecido, pintura em tela e outros. Em 1998 e em 2001, a ABC recebeu o prêmio “Bem Eficiente”, como reconhecimento da sociedade campineira através da empresa Kanitz & Associados e mais sete patrocinadores de Campinas, uma homenagem pelo trabalho sério, consistente, eficiente e de grande valor social desenvolvido por entidades sem fins lucrativos. Em junho deste ano, Edison Lins, presidente da ABC, passou a integrar o Conselho Gestor da Feac, na área da Educação e deverá contribuir na entidade com estratégicas e políticas de apoio às ações na Educação em Campinas como um todo.

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Gilson Rei, assessor de comunicação da ABC

Órgão de comunicação da 5ª Região Eclesiástica Ano 22 • Edição 135 • Setembro/Outubro 2019 Bispo da 5ª RE: Projeto gráfico e diagramação: Imagem da capa Revisão: Tiragem: Impressão:

Adonias Pereira do Lago João Francisco Ricardo Baptista Equipe Comunicação Regional Edilene da Silva Dias 4000 exemplares Gráfica Meio de Expressão (19) 3444.6720

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Entre em contato conosco: Envie um email para in.formativo5re@hotmail.com Você pode enviar matérias, artigos, sugestões, comentários ou testemunhos. Porém, envie com o seguinte modelo: título, texto, fotos em boa qualidade, legenda, autoria do texto e da foto. Ao citar nomes, colocar o nome completo e a referida igreja (igreja local, congregação, ponto missionário local, distrital ou regional). Correspondência para o Informativo Regional Rua Fioravante Spósito, 542, Centro, 17800-000, Adamantina (SP) Correspondência para a Sede Regional da 5ª RE Rua Padre Anchieta, 229, Vila Ercília, 15013-010, São José do Rio Preto (SP) Telefone: (17) 3353.1198 Email sede5re@metodista.org.br Site www.metodista.org.br/5re

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Informativo Regional nas mídias sociais Facebook: facebook.com/metodistaquintaregiao Instagram: instagram.com/metodista5re YouTube: youtube.com/c/IgrejaMetodista5RE Flickr: flickr.com/metodista5re Juvenis: 5re.juventudemetodista.org.br Jovens: 5re.juventudemetodista.org.br

[ An iv ersari an Aniv ive rian anttes ]

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Setembro 01 02 03 03 04 04 06 07 08 08 08 11 16 17 18 21 24 27 29 29 29 30 30

Rev. Antônio Gomes (aposentado) MD. Osmir Silvério dos Reis Rev. Marcos Floriano da Rocha Rev. Ubiratan Silva Rev. Minoru Hirota (aposentado) MD. Adalberto Galvani Pra. Eliana Olímpia Ribeiro Rev. Vicente Aparecido Borges (aposentado) Rev. Eliéser de Oliveira Alves MD. Joel de Souza David MD. Fábio Silva de Andrade MD. Jefferson Lino Lopes Marcelo Marques (Sede Regional) Rev. Ramalho Nunes Rev. Kleyson Fleury Rev. João Francisco Dourado (aposentado) Pr. Geraldo Gomes Pinheiro (aposentado) MD. Leandro Miranda de Paula Revda. Rosana de Fátima Pires Rev. Jonas Lopes de Oliveira MD. Cristina Edviges Marques de Oliveira Silva Revda. Ivarda Pereira dos Santos (aposentada) MD. Antônio Carlos Macedo de Oliveira

Outubro 01 04 05 06 08 09 11 12 12 14 16 16 17 18 19 20 22 22 27 27 27 28 29

MD. Lourival Geremias de Oliveira MD. Adriano de Carvalho Gonçale Rev. Gilson Nogueira Sales Rev. Norberto Rovida Batista Rev. Hugo Gonçalves de Freitas Rev. José Aparecido Ferreira de Araújo Pr. Benedito Antônio Novelletto (aposentado) Rev. Juarez Gonçalves – Boston (EUA) Revda. Priscila Tamires Faria Revda. Clauri de Mello Gonçalves – Boston (EUA) Bispo José Carlos Peres – 3ª RE Bispa Marisa Coutinho de Freitas - Remne Rev. Levi Pereira Fernandes Rev. Daniel Fernando Santos Inácio Rev. Eduardo Fernando Benelli Rev. Ely Eser Barreto César (aposentado) MD. Sérgio Aparecido Godoi MD. Vanessa Leandra de Almeida Revda. Lisete Pereira Rose e Silva (aposentada) Rev. Pedro Francisco Figueira Rev. Marcelo Júlio Cordeiro Bispo Roberto Alves – 4ª RE Revda. Laurilene Maria F. dos Reis Almeida

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crossroadsinitiative.com

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Crescimento natural e saudável

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RESCIMENTO EXPONENCIAL É O

que muitos desejam para suas igrejas. Para alcançar tal objetivo é comum pastores e pastoras adotarem o discipulado como um modelo “mágico” de crescimento, na expectativa de que todos os seus problemas relacionados ao não crescimento de sua igreja sejam resolvidos. Nesta ilusão, adotam modelos que atropelam princípios elementares das Escrituras, consequentemente, o estado da igreja local acaba por ficar pior que antes. Precisamos fugir da robotização dos “modelos”. Adotar o discipulado como um modelo “mágico”, pode trazer expectativas irreais e frustrações. Compreender que o discipulado é um estilo ministerial, formador de líderes fiéis às Escrituras é fundamental para desenvolver um discipulado saudável e sustentável. A diferença entre aplicarmos um modelo “mágico” e o discipulado ministerial bíblico, está na intenção de suas aplicações; os modelos “mágicos”, apontam para o crescimento pelo crescimento, seu alvo passa a ser o resultado final, ou seja, o crescimento numérico e financeiro da igreja local; o discipulado bíblico aponta para uma jornada de crescimento relacional e pessoal a partir das Escrituras, onde a preocupação primeira é o crescimento espiritual do ser humano.

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A formação de líderes que permaneçam na Palavra é fundamental para que uma igreja desenvolva um discipulado que a faça crescer naturalmente e de forma sustentável. Somente pessoas fiéis às Escrituras serão capazes de se comprometer com a missão e influenciar outros sobre a importância do “Ide”. Se o grande desafio do discipulado é “ensinar a guardar” os princípios bíblicos, precisamos formar discípulos que sejam capazes de replicar este padrão. Podemos concluir que o discipulado bíblico tem como foco formar líderes extremamente comprometidos em formar outros líderes para a missão e o cuidado com o próximo. O apóstolo Paulo também viveu este princípio: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo

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transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2Tm 2.2). Uma igreja só crescerá de forma natural e sustentável a partir de um discipulado que reproduza o estilo ministerial de ensino prático das Escrituras, que seja capaz de transformar mente, caráter e intenções do coração de seus membros. Nenhuma igreja cresce saudavelmente se seus membros não aprenderem a ser discípulos féis de Jesus. Para que isso aconteça é necessário que a igreja desenvolva um processo de crescimento espiritual, capaz de transformar o caráter e desenvolver maturidade missionária de seus membros. Tal crescimento acontece nas células, na Escola Dominical, nos encontros informais entre discípulos/as e discipuladores/as. Há uma frase que diz: “Não há ventos favoráveis para quem não sabe aonde quer chegar”. Jesus sabia aonde queria levar aqueles homens que Ele mesmo chamou para serem Seus discípulos, dedicou três anos do seu curto ministério, buscando transformálos em líderes fiéis à missão do Pai. Como igreja, precisamos saber aonde queremos chegar; Jesus nos dá uma pista: Forme líderes!

Impressão patrocinada por: Instituto Americano de Lins (IAL) Rua Campos Sales, 389, Lins (SP) • CEP 16400-055 • (14) 3533.5500 • www.ial.br

Instituto Noroeste de Birigui Rua 9 de Julho, 175, Birigui (SP) • CEP 16200-060 • (18) 3649.4010 • www.noroeste.br Colégio Metodista de Ribeirão Preto Rua Florêncio de Abreu, 714, Ribeirão Preto (SP) • CEP 14015-060 • (16) 4009.0271 • www.colegiometodista.edu.br

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Ubiratan Silva, pastor na IM Central em Campo Grande (MS) e coord. da Cãmara Regional do Discipulado

Faculdade Metodista de Birigui Rua 9 de Julho, 175, Birigui (SP) • CEP 16200-060 • (18) 3649.4010 • www.faculdademetodista.edu.br


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