IR 140 Julho - Agosto 2020

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Órgão de comunicação metodista da 5ª Região Eclesiástica • Ano 23 • Edição 140 • Julho/Agosto 2020

Vigiar, orar e trabalhar, até que Ele venha!

Amizade Solidarismo necessário e presente

Discipulado Prática da oração, na pandemia


{ P alav ra d o Bi sp o } Pa do Bisp spo

Vigiar, orar e trabalhar, até que Ele venha!

Bispo Adonias Pereira do Lago

Covid-19, que pegou todo o mundo de surpresa, seja nação pobre ou rica, culta ou inculta. Nenhum hospital estava preparado para combater o vírus na vida humana. Cientista algum/a estava apto/a para preparar a vacina evitando mortes; nossas economias entraram em colapso, pequenos/as e grandes empresários/as foram atingidos/as, com poucas exceções permaneceram de pé ou melhoraram nesse tempo. A maioria da população não estava financeiramente preparada, não possuía reservas para tempos difíceis. Esta situação tem gerado milhares e milhares de mortes, acompanhada de lutos à distância. De fato, algo surpreendente e catastrófico para a maioria da população e das nações. Este tempo serve muito para nossa reflexão e aprendizado e não podemos perder a imensa oportunidade que se descortina diante de nós. Vírus já vieram sobre a humanidade, outros virão, cada um será diferente do outro e ninguém sabe como, para poder se preparar. Neste caso, minha percepção e sugestões caminham na direção em que, para estarmos preparados para tais realidades invisíveis e mortais, precisaremos de algumas ações, que podem dirimir a dor e diminuir as mortes, tais como: Unidade do povo e das autoridades governamentais, quanto às ações que se fazem necessárias para controlar a ação da doença na vida humana; Infraestrutura de saúde em condições mínimas para atendimento das pessoas, das cidades quanto à moradia e serviços básicos, trabalho para todos, reservas técnicas mínimas, tanto pessoais como nos governos em suas várias esferas. São ações mínimas, contudo temos visto hoje, que, a ausência delas tem causado mais mortes e dor na vida das pessoas. Infelizmente! “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem. Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro deixado. Duas mulheres estarão trabalhando num moinho: uma será levada e a outra deixada. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor. Mas entendam isto: se o dono da

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guiame.com

Fábio Mendes

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OMOS SURPREENDIDOS PELA CHEGADA DO

casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam” (Mt 24.36-44). O texto bíblico citado está dentro do sermão escatológico de Jesus em Mateus 24 a 26, que resume o fim dos tempos e de outros acontecimentos futuros, que ocorrerão até o fim do mundo. Jesus Cristo tinha dois propósitos ao ensinar estas coisas para seus discípulos e, consequentemente, para a sua Igreja. Primeiro, que Ele voltará. Esta é uma certeza revelada nas Escrituras, em vários livros do Novo Testamento. Segundo, que os seguidores dELe deveriam estar preparados para quando Ele voltar. Nem todos os cristãos e cristãs têm consciência clara destas verdades, do contrário, não viveriam como estão vivendo hoje. Na prática, o ser humano vive o que disse um cantor secular, “deixa a vida me levar”. Se deixarmos nossa vida natural nos levar, já sabemos onde vamos parar, então o melhor a fazer é deixar Deus levar nossa vida para onde Ele planejou levar, estar com Ele aqui e na eternidade. O contexto dos cristãos e cristãs do Novo Testamento trazia em si suas mazelas e injustiças, porém Jesus neste discurso, traz à memória dos/as discípulos/as o cenário de Noé (Gênesis 6). Afirmando que a pregação da justiça estava acontecendo todos os dias e diante de todos/as, porém não davam ouvidos, por não acreditarem em tais verdades. Consequência, foram surpreendidos pelo dilúvio. Foram avisados/as e as oportunidades dadas, entretanto preferiram deixar a vida os levar conforme os seus instintos pecaminosos. Como exemplo do dilúvio, a Segunda Vinda tem sido


anunciada, muitos/as não têm levado a sério, depois que as portas da graça se fecharem, muitos/as desejarão entrar e já não poderão mais. Este fato revela que nossa distração pode custar caro para nossa eternidade, e o pior, substituindo por coisas fúteis: como focar a vida em apenas comer, beber e acumular coisas para si. Que mal há em comer e beber? Nenhum, mas quando substitui a vida com Deus e Seus propósitos, se torna distração perigosa. O Novo Testamento aponta alguns sinais dos fins dos tempos. Seria salutar se não esquecêssemos dos mesmos, à medida que surgem com clareza diante de nossos olhos. Dentre estes sinais, podemos citar Lucas 17.26-30 – a despreocupação com Deus; Mateus 24.14 – a proximidade do fim; 2 Timóteo 3.1-5 – apego aos prazeres terrenos; Mateus 24.12 – esfriamento do amor e 1 Timóteo 4.1 – apostasia da fé e doutrinas enganadoras. Nosso desafio e zelo é firmar nossa vida em Deus e Sua Palavra, assumindo um compromisso de longo prazo, ou seja, até a volta de Jesus ou até a nossa morte. Frente a isso, devemos seguir a recomendação bíblica de, em primeiro lugar: vigiar. Estarmos atento/a a tudo que nos cerca, conhecermos as Escrituras de verdade nos ajudam a discernir os tempos e épocas que estamos vivendo. Não podemos nos distrair com nada, pois o perigo nos ronda sempre, as tentações são grandes, procurando nos desviar dos caminhos do Senhor a cada dia. Não podemos dormir no quesito fé em Jesus Cristo, nas promessas de Deus para nossa vida. Vigiar também significa obediência aos princípios imutáveis da Palavra de Deus, quanto a todas as doutrinas essenciais para nossa salvação. Significa mantermos nossos olhos abertos aos cumprimentos proféticos das Escrituras, bem como estar atentos/as as rotineiras armadilhas

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que o inimigo de nossas almas, promove para que caiamos nelas. Todo cuidado é pouco nos tempos do fim. Devemos estar atentos aos sinais, guardar nossa fé acompanhada de boas obras, que glorificam ao nosso Pai que está nos céus. Devemos ter um olho na terra e o outro no céu. Não deixemos a vida nos levar, mas levemos a vida conforme a vontade e propósito de Deus! Em segundo lugar, devemos nos manter em oração sincera diante de Deus. Orar significa manter comunhão e relacionamento crescente de intimidade com o Pai. Quem ora diz para si mesmo e para Deus que depende dEle para todas as coisas, por isso, nosso nível de oração determina nosso nível de intimidade, relacionamento e dependência do Todo Poderoso. Orar é uma das disciplinas espirituais mais importantes que nos ajudam a ficarmos de pé e seguirmos firme na presença de Deus. Por nós mesmos seremos iludidos, enganados pelas densas trevas que nos cercam e se intensificam à medida que o fim dos tempos se aproximam, daí, a fundamental necessidade de orarmos sem cessar. Para suportamos as turbulências da vida, as tribulações que nos sobreveem, as angústias que perturbam nossa alma, as relações humanas corrompidas, somente em Deus podemos vencer e estarmos preparados para tais realidades. Em terceiro lugar, devemos ser encontrados/as trabalhando na Obra de Deus. Antes de subir aos céus, Jesus deixou uma ordem missionária para sua Igreja. Viver a fé de maneira viva e poderosa, o amor de forma intensa e profunda, servir ao próximo como expressão da graça. Deixou o encargo de continuar sua missão no mundo, de salvar e libertar o ser humano de seus pecados. Ele disse para irmos por todo o mundo e pregar o Evangelho, fazer discípulos e discipulas de todas as nações. Nosso trabalho é edificar uma Igreja viva, amorosa, cheia da graça para acolhermos novas vidas que buscamos em todo o tempo e lugar. Dentro e fora do templo. Ele voltará a qualquer momento, não sabemos o dia nem a hora. Por isso, precisamos estar preparados/as para que, quando chegar, nos encontre em Sua presença e fazendo o que Ele ordenou. Há muitos/as religiosos/as fazendo muitas coisas que Jesus Cristo não pediu para fazer, há outros perdidos que não sabem o que fazer na vida e missão da igreja, além dos/as que não fazem nada e impedem outros/as de fazer. Como nos encontramos hoje diante do Pai? Estamos preparados/as para nos encontrarmos com Jesus nos ares? Temos nossa consciência tranquila por estarmos fazendo exatamente a vontade de Deus, não a nossa própria? Vamos trabalhar, Igreja, enquanto é dia, pois a noite vai chegar e não haverá mais tempo. Não deixemos para servir a Deus no final de nossa vida. Vigiar, orar e trabalhar, até que Ele venha! JUL/AGO 2020 • 3


{ P alav ra d oe dit or } Pa do ed ito

Igreja atuante e presente

A redação

Encorajamento A cada edição, o IR está mais interessante. A mensagem: “Poder para recomeçar” (edição 139 – maio/junho 2020), do Rev. João Francisco lembra-nos que, quando somos cheios do Espírito Santo, temos um coração agradecido pelos benefícios e privilégios que recebemos de Deus. Diante da pandemia do Covid-19, temos a certeza do livramento. Nossas emoções nos encorajam a termos fé e esperança nas promessas do Senhor.

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José Martins de Oliveira, IM em Andradina (SP)

VOCÊ GOSTOU DESTA EDIÇÃO? ALGUM ASSUNTO CHAMOU SUA ATENÇÃO? ENTÃO MANDE SUA OPINIÃO, SUGESTÃO, IDEIAS, COMENTÁRIO OU CRÍTICA E-mail: in.formativo5re@ hotmail.com

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Plataforma euigreja O euigreja é uma plataforma que viabiliza a arrecadação de dízimos, ofertas e outras campanhas por meio de alguns meios de pagamentos on-line. Estamos disponibilizando horários para falar com o suporte técnico da sede também. Basta agendar um horário acessando a página da 5ª RE e link indicativo: www.metodista5re.org.br

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momento que mais são colocados à prova. O Pr. Fábio Yokoo nos leva a refletir sobre a amizade solidária, num exemplo bíblico do relato de Marcos 2.1-11, no qual o evangelista narra um dos milagres de Jesus, a cura do paralítico de Cafarnaum. “Amizade se faz necessária na solidariedade. Aqueles amigos se solidarizaram com a situação daquele paralítico, levando-o até o milagre”. A reflexão sobre “Abraços... Há braços”, do Rev. Adi Éber Borges enfatiza que o tempo de afastar-se do abraço não será eterno, pois logo passará e poderemos novamente nos abraçar e nos alegrar. Na caminhada discipuladora, partilhada pelo Rev. Mauro de Oliveira, a oração é indispensável, principalmente “nesses momentos de quarentena e pandemia, em que as pessoas estão isoladas, com medo do que está por vir. A Igreja tem papel fundamental, cujas propostas venham dirimir dúvidas acerca da oração e sua importância, como também conscientizar a comunidade de fé sobre a necessidade de uma vida de oração”. Boa leitura!

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social, provocado pelo Covid-19, muitas de nossas igrejas permanecem com as portas fechadas e sem atividades cúlticas presenciais, no entanto, a Igreja não parou. Continua realizando sua missão, por meio do acompanhamento virtual que se dá com as ferramentas disponíveis hoje. Muitos/as pastores/as tiveram que se adaptar/ adequar a essa realidade, antes desconhecida ou não tão utilizada. Em meio à crise, surgem desafios e oportunidades de continuidade do pastoreio e cuidado. Como escreve o Bispo Adonias, em sua mensagem: “Este tempo serve muito para nossa reflexão e aprendizado e não podemos perder a imensa oportunidade que se descortina diante de nós”. A Igreja segue atuando, pastoreando, vigiando, orando, trabalhando e servindo como agente de mudanças e transformações na sociedade. Mesmo isolados/as, se fazem necessários: o relacionamento fraternal, as amizades e o companheirismo. Aliás, é nesse

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M TEMPOS DE ISOLAMENTO

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{ M Míídia }

INICIATIVA SURGIU FRENTE À

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Fernando Lino, membro local

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Imagens do estudo da Bíblia usando mapas mentais

Em tempos de distanciamento social, Amambai visita idosos/as Divulgação

dificuldade que Fernando Lino, membro no Ponto Missionário em Paiquerê, Valinhos (SP) sentiu em muitos cristãos e cristãs de lerem a Bíblia, e mais do que isso, de entenderem a mesma. “Sempre usei essa ferramenta no meu processo de aprendizagem, vejo-a sendo muito indicada em universidades de ponta, em empresas e projetos. Estudos mostram ser uma ótima estratégia de aprendizagem, então me perguntei, porque não utilizar essa ferramenta também para estudar a Bíblia”. O visual com as imagens e cores, e principalmente a estrutura das informações, auxiliam e muito a compreensão e assimilação do conteúdo, tornando a aprendizagem da Bíblia mais interessante e criativa. Motivando as pessoas a estudarem mais e principalmente facilitando o ensino a outros/as. “Nosso canal visa primeiramente oferecer conteúdo, com mapas mentais prontos, porém é quando a pessoa começa a fazer seus próprios mapas que temos uma grande diferença no processo de aprendizagem, então, temos apoiado igrejas ensinando seus membros a estudarem usando mapas mentais”, enfatiza Lino. Jovens e adolescentes na maioria, já tiveram contato com essa ferramenta, porém acabam não utilizando para o estudo bíblico, o contrário também é verdadeiro, alguns jovens que começaram a praticar usaram também em outras áreas de estudo.

As pessoas acolheram o grupo, abrindo suas casas para receber uma palavra de esperança

Divulgação

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Divulgação

Canal para estudo bíblico é criado no Youtube

A LIDERANÇA E O PASTOR ADRIANO Gonçale, do Campo Missionário Regional em Amambai (MS) são testemunhas do agir de Deus, apesar de enfrentarmos um tempo de isolamento social e incertezas. Na noite de 29 de maio, esses irmãos e irmãs visitaram membros idosos da comunidade, cantando louvores, levando uma palavra de ânimo, ouvindo testemunhos e orando por eles e suas famílias. Eles/as se sentiram muito amados/as. Muitos/as deles/as se sentiram constrangidos/as pelo amor e carinho demonstrados nas visitas e cuidado pastoral e da liderança. Foi realmente gratificante compartilhar o Amor de Jesus a cada um/a deles/as. Eles se sentiram parte do Corpo de Cristo.

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Adriano de Carvalho Gonçale, pastor local

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IGREJA METODISTA NO SÃO Bernardo, em Campinas (SP), esteve realizando um evangelismo no bairro, dia 18 de abril, um sábado. Diante da pandemia do Covid19, percebemos a preocupação das pessoas com o vírus e sentimos a necessidade de levar a Palavra de Deus aos corações e aproveitando para doar álcool em gel, conscientizando sobre a

importância da higiêne na proteção da saúde. Somos inspirados/as pela doutrina metodista que foca o ser humano de modo integral, ou seja, o cuidado com o corpo e o espírito. Conseguimos uma abertura das pessoas para ouvirem a Palavra de Deus neste dia. Esperamos, com a graça de Deus realizar outras atividades evangelísticas como esta.

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Daniel Stephen, pastor local

Federação de Mulheres inicia vídeos sobre mulheres bíblicas A FEDERAÇÃO METODISTA DE Mulheres da 5ª RE, por meio da Presidente Roseli Celina dos Santos Truquetti, iniciou no dia 25 de maio uma série de vídeos sobre as mulheres da Bíblia. As Escrituras relatam inúmeros exemplos de mulheres tementes a Deus, que fizeram a diferença no seu tempo. No momento atual que estamos vivendo, de dificuldade em decorrência da pandemia do Covid-19, a Federação entendeu por bem apresentar essa série para fortalecer mulheres e homens. Será postado nas segundas e quintas-feiras. A série mostra que Deus usa a todos e todas para cumprir seus propósitos. Portanto, todas as mulheres da Mesa Plena da Federação irão realizar um vídeo com uma mensagem sobre uma mulher da Bíblia.

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O intuito é replicar o vídeo para todos os Distritos, já que estamos trabalhando a Unidade na Igreja Metodista, pois queremos que todas mulheres da Igreja Metodista da 5ª RE possam ouvir o mesmo e possam ser edificadas na Palavra de Deus. Temos como propósito, por meio das mulheres da Mesa Plena, que todas repliquem para suas igrejas locais e Sociedades Metodistas de Mulheres (SMM), e que Deus fale poderosamente com cada uma através das mensagens difundidas. Maiores informações: Facebook – Federação Homens e Mulheres 5RE; Instagram: @fedmulheresmetodistas5re

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Rosana Schiavon, secretária correspondente da FMM – 5ª RE

A solicitude é uma presença transbordante SOBRE ESSA VIAGEM CHAMADA isolamento social, conheci tantas coisas em mim que me trouxeram gratidão, incômodo, paciência. Percebi que não chegaria (bem) a lugar algum com exigências tão duras comigo mesma. Desacelerei a mente. Coloquei no papel quem eu me tornaria se acatasse as falas de todos e todas e mantivesse alguns medos, e quem eu seria se fosse quem quisesse ser. Encarei (e estou encarando) alguns detalhes que não conhecia. E, eu amo detalhes. Vi coisas que só podem ser percebidas sem distrações, acompanhados de um silêncio tedioso e um vazio esquisito. Logo eu que admiro rodas de conversa e encontros. Mas gostei de ter minha companhia. Gostei do que tenho a dizer e do que posso ouvir. Gostei também de perceber que às vezes quero sim outras companhias, e preciso. Algumas respostas não estão no espelho. Sem fugir, sem medo, continuo buscando. Vivendo tantas coisas sozinha, continuo aprendendo... E você? O que tem apreendido nessa viagem chamada isolamento/quarentena?

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Andreia Noé, Limeira (SP)

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Material para higienização das mãos e informação sobre as formas de transmissão do vírus foram realizadas

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Divulgação

São Bernardo entrega álcool em gel e Palavra de Deus

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Cassilândia retoma atividades presenciais

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IGREJA METODISTA EM Cassilândia (MS) retornou seus cultos presenciais no dia 3 de maio, após 50 dias de quarentena, em vista do Covid-19, que tem assolado nosso país. Observando todas as normas de higienização estabelecidas pelo decreto municipal, nossa comunidade pôde se reunir em adoração ao nosso Deus! Tem sido uma experiência desafiadora, algo inimaginável por nós. Não poder abraçar, nem ao menos cumprimentar de perto, apenas acenamos com o sorriso e a esperança no olhar. Mesmo usando máscara de prevenção e respeitando o espaço de distanciamento social, nossos irmãos/ãs têm vindo à igreja (claro que a frequência não é a mesma), pois aqueles/as do grupo de risco foram aconselhados a não participarem, estes recebem visita pastoral, bem como a Santa Ceia em suas casas. Na expectativa de um retorno normal em breve, aguardamos com fé e muita oração, na certeza da vitória em Cristo!

Elis Regina

Amparada pelas normas de higienização e prevenção, comunidade cultua a Deus

Central em Bauru arrecada máscaras para missão indígena A IGREJA METODISTA CENTRAL EM Bauru (SP), por meio do Ministério de Ação Social, coordenado por Samuel Camaforte, e a Sociedade Metodista de Mulheres (SMM), na pessoa de Sônia Maria Jorge de Oliveira, organizadores da campanha local visando arrecadação de máscaras na prevenção do Covid 19 para a Missão Tapeporã, em Dourados (MS), alcançou o total de 350 unidades.

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Samir Borges da Silva, pastor local

Samir Borges da Silva

Mauro Sérgio de Oliveira, pastor local

Louvamos a Deus pela cooperação da igreja, pelos irmãos Liliana Urso Borges, Maria Ferreira Pereira e Josué Pereira, que embalaram as máscaras. Deus abençoe este trabalho, que envolve as igrejas locais e objetiva abençoar nossos amados irmãos e irmãs indígenas, nesse período de dificuldades causados pela pandemia do coronavírus.

Maria e Josué Pereira, Liliana e Rev. Samir, com o material embalado

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{ V oc ação } Voc oca

No ano da morte, o céu não está em crise!

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ESTE TEMPO DE PANDEMIA, AS

Deus ao Seu povo, à Igreja de Cristo. E a visão do profeta, ou seja, a maneira como Deus se manifestou a ele, não foi de qualquer maneira: “eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono (v. 1)”. Mesmo diante da crise, no ano da morte, o céu não está em crise. O Senhor dos Exércitos continua reinando sobre um alto e sublime trono. O Comando do universo não está vago, o trono não está vazio. Deus está no controle de tudo! E os serafins ainda revelam que aquele que está assentado no trono é o Senhor dos Exércitos. O Exército Brasileiro tem uma frase que sintetiza sua ação: “braço forte e mão amiga”. Assim também é o

capelanias militares têm trabalhado para promover a esperança e o conforto espiritual da família militar nos lares e nos quartéis de nossa nação. Compartilho uma das mensagens que têm sido ministradas aos nossos militares nestas semanas de crise. “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, Mas, e m um an om arcado em ano ma dizendo: Santo, a ías pe or te, o p pella m mo prrofeta Is Isa santo, santo é o teve um eco ntro co m De us, econ com Deu Senhor dos Exércitos; toda a am aior e x pe ri ênci ad e su a ma ex peri riê cia de sua terra está cheia da nh or” v ida co m o Se com Senh nho sua glória. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.1-3,8). O texto bíblico inicia-se de modo forte: “no ano da morte”. Infelizmente, o ano de 2020 será marcado para muitas pessoas como o ano da morte de entes queridos, perda de empregos, falência de empresas, quebras de relacionamentos, paralisação dos estudos e da carreira, enfim, um ano marcado pela crise. Mas, em um ano marcado pela morte, o profeta Isaías teve um encontro com Deus, a maior experiência de sua vida com o Senhor. Eu creio que neste tempo de crise, teremos grandes revelações de Subtenente Bidinoto

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Deus e pai de nosso Senhor Jesus, com mão amiga nos acolhe, cuida e ama, enquanto com braço forte se levanta para proteger e lutar por nós! Mas o fato de Deus estar reinando não significa que não precisemos fazer nada. O chamado urge: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?” Hoje o chamado de Deus continua ecoando: “A quem enviarei neste ano marcado pela morte?” Assim como o militar é treinado para a adversidade, a Igreja de Jesus precisa estar preparada para ser Corpo de Cristo, especialmente, no dia mau. Então, somos chamados/as para a nação brasileira, para nossa família, para os/as que sofrem, e que possamos responder como Isaías: “eis-me aqui, envia-me a mim!” Contudo, é impossível cumprir solitariamente um chamado de Deus. Por isso, mais do que nunca, como membros do Corpo de Cristo, precisamos estar unidos uns aos outros e ao Senhor dos Exércitos, somando forças, fortalecendo e animando, curando e restaurando o povo de Deus espalhado sobre a face da terra. Que o Senhor dos Exércitos nos abençoe! Em Cristo,

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Hugo Gonçalves de Freitas, pastor da 5ª RE e 2º tenente capelão do Exército Brasileiro


{ An dradina } And

Nossos atos de justiça

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STAMOS VIVENDO A ERA DA

difamação, da acusação e da necessidade de impormos nossas opiniões como as mais corretas a todo mundo. Traduzindo isso tudo, seria o mesmo que afirmar que as pessoas hoje se acham mais justas, mais honestas, mais sábias que as outras (o nome disso é orgulho). Se acham juízas, o que lhes permite julgar qualquer causa e qualquer pessoa (o nome disso é justiça própria). Se acham melhores que os outros e outras, quase sem defeitos, se acham muito verdadeiras, boas, benfeitoras e tolerantes (o nome disso é engano). “Estamos todos impuros por causa de nosso pecado; quando mostramos nossos atos de justiça, não passam de trapos imundos. Como as folhas das árvores, murchamos e caímos, e nossos pecados nos levam embora como o vento” (Is 64.6).

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Cassio Aparecido Botelho, pastor na IM em Campestre (MG)

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Em tempos de pandemia, igrejas abençoam cidade worship.art

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2 DE MAIO, SÁBADO, POR iniciativa do Conselho de Pastores e Líderes Evangélicos (Coplea) de Andradina, foi realizada uma carreata, com aproximadamente cem carros desfilando pelas principais ruas e avenidas da cidade, com participantes das diversas igrejas evangélicas locais e apoio da Polícia Militar. O principal objetivo foi orar por todas as áreas e autoridades locais. Houve paradas para oração (de dentro dos carros), em várias praças dos bairros; oramos também em frente à Santa Casa Municipal, intercedendo pelos/as profissionais da saúde e pelos/as enfermos/as. O início da carreata se deu às 10h30h, encerrando às 13h30h, na praça central, onde foi ministrada a Palavra de Deus pelo pastor Vilson Vorpagel, Igreja da Batista Monte Sião. Os cantores Abner e Kedma louvaram durante toda carreata e também no encerramento. Tudo foi O DIA

organizado pelo presidente do Coplea, Marcos Lima e diretoria. Cremos que Deus agiu neste dia em nossa cidade, em que muitos/as pensavam que o povo evangélico não estava fazendo nada diante dessa pandemia, mas foi maravilhoso ver pessoas nas calçadas agradecendo, intercedendo e vibrando com a atitude do Conselho de Pastores. Prova disso, é que na cidade não há nenhum caso de morte confirmada e pessoas que estavam internadas com suspeitas do Covid-19, já retornaram para seus lares e estão recuperadas. Houve uma boa repercussão para glória de Deus! Particularmente, com toda a Igreja Metodista na 5ª RE, estamos orando e jejuando todas as quintasfeiras, das 19h, até sexta-feira, ao meio dia. Deus tem agido em resposta à oração de Seu povo!

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José Martins de Oliveira, pastor local

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{ Di a da Am iz ade } Dia Amiz iza

Amigos/as são solidários/as

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PROFESSOR ARGENTINO

o paralítico estava ali para ser curado por Jesus, mas o mesmo não chegaria até aquela localidade se não estivesse recebendo a ajuda daqueles quatro amigos. “E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente” (v. 4). Perceba, a multidão de pessoas dentro da casa, não foi empecilho para aqueles quatro amigos levarem o amigo até a presença de Jesus. Eles pensaram em uma solução, em outro caminho, mas não desistiram de seu objetivo. Subiram ao telhado daquela casa, tiraram as telhas e desceram seu amigo até a presença de Jesus. Fico imaginando o grau de dificuldade na realização daquela operação, não deve ter sido fácil.

Como é in sp iv er a insp spiirador v viv ive od eado/a d ea migos/a s. vida rrod ode de am gos/as. Cer tamente bo as a miz ades boa am iza nos ffaze aze m cr esce r, azem cre scer, ça nti uran melh orar, se sen tirr seg segu anç lho oe st amos sós” de q ue nã não est sta qu

No entanto, Jesus elogia a fé, o trabalho em equipe daqueles homens, cura aquele paralítico, e perdoa seus pecados, e ele sai dali andando com a maca nas costas. Como é inspirador e motivador viver a vida rodeada de amigos/as. Certamente boas amizades nos fazem crescer, melhorar, sentir segurança de que não estarmos sós. Uma boa amizade se faz necessária nas diversas áreas da vida, no contexto profissional, como bem ressalta o professor Febbraro, ao ser inspirado pelo trabalho em equipe daqueles astronautas americanos, que marcaram história sendo os primeiros homens a pisar na lua. Amizade se faz necessária na solidariedade. Aqueles amigos se solidarizaram com a situação daquele paralítico, levando-o até o milagre. No entanto, Jesus também veio à terra para nos salvar e ser o nosso amigo. “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15.15). “Ninguém vive sem amigos. Até mesmo os egoístas podem tentar esconder a importância das pessoas em suas vidas, mas logo perceberão que é impossível viver sem uma boa amizade” (Augusto Cury).

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Fábio Alves Yokoo, pastor no Ponto Miss. em Regente Feijó (SP)

Modderman Biblical Art

Enrique Ernesto Febbraro é considerado o pai e propagador do Dia Internacional da Amizade (comemorado mundialmente no mês de julho, dia 20 no Brasil e dia 30 em outros países). Sua inspiração em dar notoriedade ao Dia do Amigo em nossos calendários anuais, motivouse, pela chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969. Febbraro considerava a chegada do homem à lua um feito que demonstra que, se as pessoas podem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis. Para ele, unidade, amizade e trabalho em equipe oportunizavam conquistas e descobertas, que a solidão não poderia alcançar. No evangelho de Marcos 2.1-11, o evangelista narra um dos milagres de Jesus, a cura do paralítico de Cafarnaum. Jesus estava nesta cidade pregando, anunciando as boas novas do reino de Deus, e dentro de uma casa, comprimido por uma grande multidão. Mas, não é isso que chama a nossa atenção, pois há inúmeras passagens bíblicas que relatam Jesus pregando a grandes auditórios. O divisor de águas nesse relato está a partir de: “Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens” (Mc 2.3). Note,

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{ Di ad os p ais } Dia dos pa

Valorizar o que importa vida podem estar bem ao nosso alcance agora. Percebêlas e experimentá-las, porém, pode ser difícil, seja no tempo em que vivemos ou bem antes. “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou” (Lc 15.20). Esse relato, contado pelo Senhor dois milênios atrás, nos revela o desfecho de uma história inspiradora: o reencontro de um pai e de seu filho. Mas, se examinarmos bem a parábola, nos depararemos com um grande encadeamento de interesses, encontros, desencontros, pecados, fome, frustrações e dor, antes do final feliz. Poderíamos perguntar: “mas por que teve que ser assim?” Afinal, o rapaz já estava na casa do pai, e já tinha tudo o que precisava. “Sim”, você dirá, “mas ele ainda não tinha percebido o quanto era feliz lá!” Bem, é disso que estamos falando. Talvez a história do filho pródigo seja, em maior ou menor intensidade, a real história da maioria dos/as filhos/as de Deus. Talvez de todos/as nós! Quando a lemos, gostamos de interpretar o filho mais novo distanciando-o de nós. Até acontece de nos identificarmos mais, erradamente, com o outro filho, que ficou morando na casa do Pai. Para muitos/as, filho pródigo é aquele irmão/ã que se distanciou da fé e agora passa uma temporada no “mundão”. Mas, será que é só isso? Sugiro que não possa ser. Até porque, se notarmos bem, veremos que os dois filhos estavam perdidos, cada um à sua maneira. Um deles, morando dentro da casa do Pai. E agora? Será que poderíamos estar nós também, pródigos? Jesus está nos alertando ali para algo fundamental no nosso

Os o lh os a morosos d oP ai olh lhos am do Pa st ão ffit it os n o se mp mprre e est stã itos no semp horizo nte e spe do o rizon espe sperran and reg o/a ffilh ilh o/a egrresso d do/a ilho/a u e se pe amado/a q qu perrdeu, sso tte enh a da q ue iisso ain nha inda qu ec asa” entro d oco do d de ca rid de ocorrri relacionamento com Deus. De fato, não importa o quanto conhecemos sobre Deus ou o quão corretos podemos ser nos nossos procedimentos. Não importa também o quão longe andamos de Deus ou o quanto erramos depois de termos nos afastado dEle. O Pai ama a todos os seus filhos e filhas infinitamente e os/as quer junto a Si. Ele vai ao encontro de todos/as. O maior erro que podemos cometer sendo filhos/as de um Deus tão amoroso e bom é nos atermos, como os dois filhos da parábola, à herança, aos benefícios que podemos receber ou aos nossos interesses, ao invés de nos aprofundarmos em um relacionamento com o Pai. Vemos que isso causou um grande sofrimento aos dois filhos da parábola: angústias, indignação, sentimentos de inferioridade, frustração e separação. No entanto, em todos os momentos, o Pai esteve de braços abertos. E ainda

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S COISAS MAIS VALIOSAS DA

hoje, Ele está. Você gostaria de abraçá-lo também? Como pais, pelo favor de Deus, frequentemente lidamos com as dificuldades dos nossos filhos e filhas. E, há dias em que é bem difícil eles/as admitirem que estão errados sobre alguma questão! Questionam, fazem “cara feia”, “emburram”, e algumas vezes podem até querer fazer suas malinhas para sair de casa (quem nunca?). Ah, se soubessem o quanto os amamos! O quanto queremos o seu bem e o quanto dizemos os “nãos” apenas para preservá-los de sofrimentos desnecessários. Se soubessem do nosso desejo de que cada instante ao lado deles, enquanto os ninamos ou quando os temos bem pertinho de nós, durasse para sempre. Afinal, essas são as coisas mais valiosas da vida. Relacionamento. Certeza de braços abertos e perdão. E os filhos e filhas? Também amam os pais. Mas estão confusos/as. O mundo é muito confuso. Muitas seduções e maldades. Ainda são imaturos/as. Não conseguem ainda perceber os valores mais preciosos, e saem pelo mundo a buscar um sentido que não perceberam antes! Estavam na casa Paterna. Os olhos amorosos do Pai sempre estão fitos no horizonte esperando o regresso do/a filho/a amado/a que se perdeu, ainda que isso tenha ocorrido dentro de casa!

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Alex Rodrigues Alves, pastor na IM Jd. Anchieta, São José do Rio Preto (SP)

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{ M at eri al d e ap oio } Mat ate ria de apo

SBB e Fateo lançam Bíblia de Estudo Wesley Divulgação

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SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL, em parceria com o Centro de Estudos Wesleyanos da Fateo, lançou a Bíblia de Estudo John Wesley, que resgata a história e o amor de John Wesley pela Bíblia, por Jesus Cristo e pelas pessoas. É uma publicação única no mundo. Traz a tradução integral das “Notas explicativas sobre o Novo Testamento” de John Wesley (1754) e uma seleção de “Notas sobre o Antigo Testamento” (1765). Notas dos editores ajudam o leitor a compreender o contexto histórico das notas de Wesley, sempre que necessário. No total, são cerca de 19 mil notas de estudo. Com texto bíblico na Nova Almeida Atualizada, a edição contém, ainda, mais de 100 textos breves, integrados ao texto bíblico, que ressaltam temas relevantes da vocação, piedade e teologia

Edição oferece recursos de material de apoio, como notas explicativas e temáticas orientativas

wesleyana. Também destaca e explica frases famosas do estudioso, entre as quais, “O mundo é a minha paróquia”, “coração aquecido” e “andar como Cristo andou”. Por meio desses pequenos artigos, a perspectiva e essência metodistas podem ser degustadas e compreendidas. Todo esse conteúdo está disposto em janelas

temáticas que servem como orientação geral e estão conectadas com as demais notas. Para fácil localização, no final da Bíblia, um índice destaca os principais assuntos mencionados nos materiais de estudo. Esta edição pioneira e histórica é resultado da união de esforços de duas conceituadas organizações cristãs, dedicadas ao desenvolvimento e à divulgação de obras essenciais para o exercício de uma vida cristã plena: a Sociedade Bíblica do Brasil e o Centro de Estudos Wesleyanos, da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista.

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Transcrito de Expositor Cristão

abe ai s ] [ P Pa berr m ma ara ssa Acesse o portal da Sede Nacional da Igreja Metodista: http://www.metodista.org.br/

Órgão de comunicação da 5ª Região Eclesiástica Ano 23 • Edição 140 • Julho/Agosto 2020

Bispo da 5ª RE: Projeto gráfico e diagramação: Imagem da capa Revisão: Tiragem: Impressão:

Adonias Pereira do Lago João Francisco Ricardo Baptista Acrílco s/ papel/João Francisco Edilene da Silva Dias 2000 exemplares Gráfica Meio de Expressão (19) 3444.6720

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Entre em contato conosco: Envie um email para in.formativo5re@hotmail.com Você pode enviar matérias, artigos, sugestões, comentários ou testemunhos. Porém, envie com o seguinte modelo: título, texto, fotos em boa qualidade, legenda, autoria do texto e da foto. Ao citar nomes, colocar o nome completo e a referida igreja (igreja local, congregação, ponto missionário local, distrital ou regional). Correspondência para o Informativo Regional Rua Fioravante Spósito, 542, Centro, 17800-000, Adamantina (SP) Correspondência para a Sede Regional da 5ª RE Rua Padre Anchieta, 229, Vila Ercília, 15013-010, São José do Rio Preto (SP) Telefone: (17) 3353.1198 Email sede5re@metodista.org.br Site www.metodista.org.br/5re

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Informativo Regional nas mídias sociais Facebook: facebook.com/metodistaquintaregiao Instagram: instagram.com/metodista5re YouTube: youtube.com/c/IgrejaMetodista5RE Flickr: flickr.com/metodista5re Juvenis: 5re.juventudemetodista.org.br Jovens: 5re.juventudemetodista.org.br

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Amor ao próximo...

É

A ORDENANÇA DE

DEUS,

reforçada nesse momento difícil em que estamos passando. Que possamos aprender a cada dia o valor e a eficácia do amor de Deus, por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo!

“Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.14).

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Wilton Casemiro Penteado, pastor na congregação em Barbosa (SP)


{ Aç ão so a } Açã sollidári ria

Divulgação

Ponta Porã partilha ceia e cestas básicas à comunidade

1. Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local; 2. Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão; 3. Promover o discipulado na perspectiva da salvação, santificação e serviço; 4. Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da Igreja; 5 . Implementar ações que envolvam a Igreja no cuidado e preservação do meio ambiente; 6 . Promover maior comprometimento e resposta da Igreja ao clamor do desafio urbano.

Propósito

somosdecristo.com.br

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ESTE PERÍODO DE PANDEMIA, como Igreja do Senhor, continuamos ativos, superando os desafios e atendendo as necessidades do nosso próximo e de todo povo de Deus, virtual ou presencialmente, com os cuidados devidos. Por três meses nossos amados irmãos e irmãs do Campo Missionário Regional em Ponta Porã (MS) receberam da Palavra, por lives ou grupos no Whatsapp; a ceia do Senhor, em suas calçadas, portões e áreas, em respeito e obediência ao decreto municipal, estadual, nacional e mundial, bem como seguindo, em especial, as orientações episcopais, sabedores de que a Igreja não para e que nosso Deus não está em quarentena. Além da ceia, pudemos nos unir como igreja e abençoar famílias com cestas básicas e máscaras, especialmente e com muita alegria em participação da campanha de atendimento e doação de máscaras aos nossos amados indígenas sulmato-grossenses.

A ceia do Senhor foi entregue aos membros da comunidade

Gratidão e honra a todos/as que contribuíram para a realização de cada ação! Uma das situações mais marcantes aos pastores, foi a experiência de levar a ceia aos nossos irmãos e irmãs residentes no Paraguai, em meio à vigilância de soldados armados ao lado da cerca colocada em nossa fronteira. Momento em que oramos inclusive pelas famílias dos militares e pela nação paraguaia. Por tudo isso, pelas lições aprendidas, pela vitória já profetizada, louvado e bendito seja o nome do Senhor. Aleluia!

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Edilene da Silva Dias, pastora local

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Autos nº 002/2020 – Consulta de Lei

Consulente: Amercedes Vasconcelos da Silva Leal Relatora: Marlene Spina (voto vencido) Voto divergente: Luiz Thomaz de Aquino Junior Data do julgamento virtual: 18/04/2020 Ementa: Consulta de Lei. Anulação de consagração de evangelista. Legitimidade. Distinção entre consagração e eleição de evangelista. Possibilidade de descontinuidade do/a evangelista pela igreja local. ACÓRDÃO ACORDAM, os integrantes da Comissão Regional de Justiça da 5ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista, por maioria de votos, em acompanhar o voto divertente do Pr. Luiz Thomaz de Aquino Junior, nos termos da fundamentação. Cleber Pereira Defina – Presidente da CRJ São José do Rio Preto, 18 de abril de 2020. .............................................................................

VOTO VENCIDO Requerente: Amercedes Vasconcelos da Silva Leal Relatora: Marlene Spina (advogada) 1. Trata-se de consulta de lei formulada por membro da Igreja Metodista do Brasil da 5º Região Eclesiástica e Evangelista Consagrada na Igreja Metodista Central de Presidente Prudente (SP) traz a este Comissão Regional de Justiça (1) uma suscitação de dúvida (consulta de Lei) que passo a expor: 2. Da indagação: A consulente assim se manifesta: a) Um superintendente Distrital e também pastor titular pode anular a consagração de um/a evangelista da Igreja Metodista realizada por outro superintendente Distrital. b) A consagração de um/a Evangelista da Igreja Metodista pode ser anulada em uma reunião conciliar local. 3. Passo a fazer algumas considerações com relação ao primeiro questionamento. No caso em tela mesmo sendo consagrada por Superintendente Distrital e pastor local um outro Superintendente Distrital não pode anular a consagração feita pelo primeiro. Contudo, ressalvalhe ao segundo Superintendente Distrital o direito de não desejar fazer nomeação. Poderá ou não ao segundo Superintendente Distrital se desejar aceitar a consagração realizada pelo primeiro. Contudo não há que falar em obrigatoriedade Canônica de aceitar por parte do segundo Superintendente Distrital a consagração realizada pelo primeiro Superintendente Distrital. 4. Passo a fazer algumas considerações com relação ao segundo questionamento. A consagração de um/a Evangelista da Igreja Metodista desde que tenha sido eleita pelo Concílio local da igreja onde está arrolada e consagrada pelo pastor ou Pastora Titular nos termos do Ritual da Igreja Metodista, somente poderá ser anulado pelo pastor titular local. 5. Embasamento Legal. Art. 15 – Cânones da IM §1º – É admitido/a como evangelista a pessoa que: c) que tenha sido eleita pelo concilio local da Igreja onde está arrolada; e) tenha sido consagrada pelo Pastor ou Pastora Titular nos termos do Ritual da Igreja Metodista. § 2º o Pastor ou Pastora Titular da igreja local é responsável pela supervisão do trabalho do/a evangelista. 6. Passo a CONCLUSÃO segundo previsto nos cânones de 2017 a 2021: Um/a Superintendente Distrital não pode anular a consagração já realizada anteriormente por outro Surpreendente Distrital. A consagração de uma evangelista eleita por reunião conciliar local e consagrada pelo pastor Titular só poderá ser anulada pelo pastor Titular e não mais em

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[ C omiss ão R eg e JJu usti ça – 5ª RE ] Co ssã Reg egiiona nall d de stiç

reunião conciliar local. Visto que recai ao pastor titular a total e completa responsabilidade de supervisão dos trabalhos realizados. Dê-se ciência a requerente e aos demais membros desta Comissão. Penápolis, 1º de abril de 2020. Marlene Spina Advogada – OAB/SP 205.913 Acompanha o voto da relatora: Lady Glória Magalhães Furtado Nunes. .............................................................................

VOTO DIVERGENTE VOTO EM SEPARADO Da Comissão Regional de Justiça da Quinta Região Eclesiástica da Igreja Metodista – CRJ5RE, sobre o Processo nº 02/2020, que trata de Consulta de Lei sobre anulação de Consagração do/a Evangelista.

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Autos nº 001/2020

Relator: Luiz Thomaz de Aquino Junior Data do julgamento virtual: 18/04/2020 Ementa: Concílio Local. Nulidade. Alegada afronta aos dispositivos canônicos: Artigo 56, Inciso IX; Artigo 241; Artigo 241, parágrafo 3. Emenda a Inicial para esclarecimento dos fatos não atendida. Inépcia da petição inicial. ACÓRDÃO ACORDAM, os integrantes da Comissão Regional de Justiça da 5ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista, por unanimidade, em acompanhar o voto do relator Pr. Luiz Thomaz de Aquino Junior, nos termos da fundamentação. São José do Rio Preto, 18 de abril de 2020. Cleber Pereira Defina Presidente da CRJ .............................................................................

Relatora: Marlene Spina (advogada) .............................................................................

RELATÓRIO 1. Dos Cânones O Cânones da Igreja Metodista - Colégio Episcopal da Igreja Metodista de 2017, TÍTULO II DOS MEMBROS DA IGREJA METODISTA, CAPÍTULO II – Dos Membros Leigos, Seção VI - Do Ministério do/a Evangelista, trata em seu Art. 15. § 2º. A responsabilidade do Pastor ou Pastora Titular da igreja local a supervisão do trabalho do/a evangelista. 2. Do Regulamento dos Evangelistas O Regulamento para o Ministério de Evangelistas designados/as Missionários/as da Igreja Metodista I. Do Evangelista, remete ao Art. 15 dos Cânones, e regulamenta em suas alíneas 6 e 7 o interesse desta consulta. 3. Argumentação Temos aqui base legal pacificada entre o Parecer da Relatora e o presente voto. Porém temos no pedido de consulta uma confusão entre dois atos importantes e singulares, tanto em seus significados, como em efeitos, quais sejam, Consagração e Eleição. A Consagração do/a um Evangelista requer cumprimento das regras canônicas e este é um ato espiritual de prerrogativa do/a clérigo/a, pastor/a. Assim, o/a Evangelista consagrado/a está apto a ser reconhecido/a, eleito/a pela comunidade, igreja local. A Eleição ocorre na igreja local onde o/a Evangelista consagrado/a irá exercer e desenvolver seu ministério por períodos de dois anos, que poderão ser renovados ou não, e se sim por períodos iguais sem restrições de quantidade. O acompanhamento pastoral deste/a Evangelista consagrado/a será primordial para sua eleição e reeleição, bem como a necessidade da igreja local, decorrente de seu projeto de expansão missionária, etc.

Processo: Divergência Canônica – Concílio Local da IM em Paracatu (MG) Autor: Renato Monteiro dos Santos Renato Monteiro dos Santos, solicita em (13) treze de (02) fevereiro do ano de (2020) dois mil e vinte a CRJ5RE – Comissão Regional de Justiça que se manifeste sobre divergências canônicas ocorridas por ocasião da instalação de Concílio Local e requer o cancelamento do Concílio realizado na Igreja em Paracatu. Informa o solicitante que o Concilio na Igreja Local em Paracatu feriu dispositivos canônicos Artigo 56, Inciso IX; Artigo 241; Artigo 241, parágrafo 3.. A CRJ5RE acusa o recebimento na data supracitada e no uso das suas atribuições segundo os termos do artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Regimento Interno da Comissão Regional de Justiça, em (27) vinte e sete de (02) fevereiro do ano de (2020) dois mil e vinte deliberou que: A ) O Pastor titular da IM em Paracatu, Geovane, junte cópia integral da ata do concílio realizado na igreja em Paracatu. B ) O autor Renato Monteiro dos Santos emende sua solicitação esclarecendo: B.1 Qual a violação ao contra o artigo 56, inciso IX, dos Cânones? B.2 O prazo para convocação do concílio não foi respeitado? O quórum não foi observado? B.3 Se a irregularidade apontada for em relação ao prazo, explicitar quando houve a convocação em qual data foi realizado o concílio; se a questão for relativa ao quórum, esclarecer o ponto igualmente.

4. Voto O Superintendente Distrital, pastor titular, ou mesmo a igreja local não pode anular a consagração de Evangelista da Igreja Metodista.

Foi concedido prazo de 10 dias para a juntada dos documentos, esclarecimentos e emenda da inicial. Isto posto, segue o parecer desta relatoria. Com fundamentos da Inicial postulada que requer o cancelamento do Concílio Local, resta prejudicada a pretensão do autor, por decurso do prazo para esclarecimentos e emenda da inicial, uma vez que, até a data da lavra deste parecer não houve manifestação alguma. Inépcia da inicial.

A igreja local pode não reconduzir por outro período de dois anos o candidato ao Ministério de Evangelista. Caarapó (MS), 7 de abril de 2020.

Luiz Thomaz de Aquino Junior Membro Relator CRJ5RE

Logo, não há que se falar em anulação de consagração. O que porventura pode ocorrer é a descontinuidade, ou, a não recondução do/a Evangelista por mais um período, por avalição da igreja local.

Luiz Thomaz de Aquino Junior Membro da CRJ5RE Acompanham o voto divergente: Eduardo Alves Monteiro Cleber Pereira Defina

Acompanham o relator: Lady Glória Magalhães Furtado Nunes Eduardo Alves Monteiro Cleber Pereira Defina Marlene Spina


{ R esp on sabil de } Re spo iliida dad

{ Di aE speci al } Dia Especi specia

Mensageiro de boas novas e não de fake news

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ODO DISCÍPULO/A DE JESUS É

chamado/a a ser um/a mensageiro/a de boas-novas. Vivemos um tempo onde a propagação de mensagens caóticas, mentirosas e caluniosas, as chamadas “fake news” estão se multiplicando com o advento das redes sociais. E, compartilhar tais mensagens é ser conivente com a propagação de uma mentira. Infelizmente, muitos/as discípulos/as de Jesus têm incorrido nestes erros, talvez involuntariamente ou não. E, isto é grave ao imaginar que fomos chamados/as pelo Senhor a proclamar as boas-novas, especialmente neste tempo de profunda crise humanitária que vivenciamos. Por isso, é importante analisarmos o texto de Isaías 52.7: “Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O seu Deus reina”. A imagem do mensageiro, que Isaías aponta em sua profecia, é bem sugestiva em relação ao momento em que o povo de Deus enfrentava uma de

É in an otar intteress ssan antte n no nce it od e q ue ttod od o o co odo con ceit ito de bo as-n ova s imp boa s-no imprresso na profeci ad e Is a ías p asso ua ecia de Isa pa ssou al se arco rre eferenci serr um m ma cia íb para a ffé éb bíb íbllica”

suas maiores crises, o exílio babilônico. Tal pregação profética faz parte de um conjunto de profecias isaiânicas, que vai do capítulo 40 ao 55, surgidas neste período de crise com o propósito de trazer esperança ao povo. Este conjunto de textos proféticos também é conhecido como o “livro da consolação” (40.27-31; 41.8-16; 43.1-7; 44.1-2 etc.) e a consolação consiste na libertação do jugo opressor babilônico

diante da qualidade da mensagem que ele carrega não tem como deixar de expressar que realmente os seus pés são formosos. Na verdade, todos os pés daqueles e daquelas que anunciam a mensagem de Deus são formosos! Isaías descreve o mensageiro como o portador das boas-novas e

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(40-48) e o regresso à terra prometida (49-55). Pois bem, o capítulo 52.7-12 retrata o retorno para casa (Sião), e esta volta significa a condução do povo liberto da opressão de volta à Terra Prometida. O cenário apontado na profecia é de grande expectativa, pois os “atalaias” (v. 8), que representam o povo aflito e machucado pelo exílio, estão à espreita aguardando a chegada do mensageiro e sua notícia. O profeta destaca os “pés formosos” do mensageiro (v. 7). O mensageiro tem por característica a rapidez dos seus pés, pois tem a responsabilidade de entregar a notícia o mais rápido que pode. E,

elas retratam a salvação divina. A mensagem é tríplice: “paz”, “coisas boas” e “salvação – Deus reina”. A paz indica o restabelecimento de todas as coisas, inclusive das relações, especialmente de Deus para com Seu povo. O termo “paz” – shalom, significa muito mais do que mera ausência de guerra.

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{ {Iso Pr laom teç enãtoo d soci iv ina al }} Isol Pro eçã div socia ivina

Denota inteireza, integridade, harmonia e realização. Segundo o Dicionário Internacional de Teologia do AT, “Shalom é o resultado da atividade divina na aliança, berit e também o resultado da retidão (Is 32.17) (...) na maioria dos casos shalom descreve o estado de plenitude e realização, que é resultado da presença de Deus”. As “coisas boas” representam a harmonia e a bênção da criação e lega uma condição na qual os propósitos da criação são concretizados por meio do bem, tob (cf. Gn 1.4,10 etc). A salvação remonta a libertação da escravidão, mas particularmente da escravidão resultante do pecado. Todas estas características da mensagem de salvação do mensageiro apontam para o reinado de Deus, ou seja, onde o Senhor reina há paz, o bem e a salvação. É interessante notar que todo o conceito de boas-novas impresso na profecia de Isaías passou a ser um marco referencial para a fé bíblica. Inclusive se harmoniza com o pensamento cristão a partir da palavra “evangelho”, euangelion. Jesus instruiu seus discípulos a saírem pelas ruas anunciando as boas-novas (Mt 10.1-7) e o apóstolo Paulo, em Romanos 10.15, aponta para a importância de pregar as boas-novas citando a profecia de Isaías 52.7. Portanto, o cristianismo primitivo em harmonia com Isaías entenderam que a proclamação das boas-novas do reinado de Deus compreende uma mensagem de paz, bem e salvação. Portanto, neste tempo de crise que estamos passando, existem milhares de pessoas que estão aflitas e como a figura de linguagem de Isaías, elas são como os atalaias que vigiam os muros das cidades esperando a chegada do mensageiro que possa trazer as boas-novas. Nós, discípulos/as de Jesus, que possamos ser esses mensageiros que exerçam seu chamado de proclamar as boas-novas de paz, bem e salvação! Com amor,

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Daniel Neves Stephen, pastor na IM em São Bernardo (SP)

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Abraços. Há braços.

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ONFORME NOS CHEGAMOS ÀS

pessoas, naturalmente nos abraçamos. Somos assim, calorosos/as, amigos/as, irmãos/ãs, e há amigos/as que são mais chegados/as que irmãos/ãs. Muitos/as já havia tempo que não se viam e agora nesse encontro podem, com liberdade, se abraçar e matar a saudade. Chegam de vários lugares, sozinhos/as ou com famílias inteiras, o importante é que vieram. Estar juntos num grande encontro nos faz bem, nos completa, nos fortalece. Sejamos bem-vindos/as! Naturalmente podemos saber porque somos assim, fomos feitos/as à imagem e semelhança de Deus – Imago Dei. Nosso criador é ser que abraça, acolhe, se relaciona, gosta de estar junto. Reconhecemos e adoramos um Deus que abraça a humanidade; um Deus de perto, com seus braços capazes de abraçar a todos/as de uma só vez, mas ao mesmo tempo abraçar individualmente a cada um/a nas suas especificidades. E, assim fomos feitos/as. Ah, como é bom saber que o abraço tem origem e fundamentação divina. Por meio do abraço lutador, um homem se encontrou com Deus no vau de Jaboque. No abraço instrutor, em cima do monte, o povo recebeu a boa instrução de condutas para o seu bem viver. No abraço pastoral, o salmista entendeu que a partir de então, nada lhe faltaria. Nos abraços proféticos, a nação percebeu que nada fica escondido e que é preciso voltar a ouvir a voz de comando celestial. No abraço acolhedor e abençoador, as crianças fazem parte do reino dos céus, aliás, é delas o reino de Deus. Nos abraços via correspondências, a Igreja se

fortaleceu e se capacitou para a missão. No abraço final, a esperança e a paz foram anunciadas àqueles/as que permaneceram fiéis até o fim. Juntos/as, unidos/as e abraçados/as na fraternidade e na irmandade, cantamos um hino ao Senhor: “Nos céus, e no mar e na terra, Nos bosques, nos prados em flor, No fragoso alcantil, Na amplitude celeste, Um hino ressoa ao Senhor” (HE – 120). Nossos braços não são como os de Deus, são curtos e muitas vezes preguiçosos. Abraçamos somente aqueles/as que nos são chegados/as ou que nos oferecem algo, e por qualquer motivo se encolhem e não querem mais abraçar. Há tantas pessoas carentes de um abraço, de um afago, mas a preguiça nos impede muitas vezes de irmos ao encontro delas. Preferimos ficar na nossa comodidade e no nosso conforto. É preciso coragem para reconhecer nossa falha. Falhamos ao não compartilhar com outros/as o abraço recebido; falhamos quando não tomamos a iniciativa de promover abraços que sustentam a vida. Quando o filho, virando as costas para o pai e indo viver uma


O tte emp od e af ast ar-se d e mpo de afa sta de o se abraçar nã não serrá e etter no, logo p ass ará e p od eremos pa ssa pod ode novamente n os a braçar nos ab vemos en os a alleg egrrar. De Dev nos os co nf o Se nh or d no Senh nho dos conf nfiiar n temp os, p ois na da ffo oge nada mpos, po ao Se u co ntrole” Seu con

vida esbanjadora, ao cair em si e tendo a consciência de seus erros, encontrou o abraço incondicional e perdoador de seu amoroso pai (Lucas 15.11-32). Na figura desse pai enxergamos Deus sempre disposto a nos abraçar oferecendo o seu perdão. Deus é um “esbanjador” de abraços e de amor. No abraço e nos braços de Deus nos sentimos em paz e seguimos o nosso caminho abraçando e repartindo a paz que nos foi dada. Recordando o abraço pastoral de Deus que providencia tudo o que é necessário para a nossa

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subsistência, e de nada sentimos falta, louvamos e engrandecemos a Deus pelas suas maravilhas. Depois de sermos abraçados/as e perdoados/as só nos resta agradecer a Deus por tudo. Nos momentos mais difíceis, Deus sempre entra com providência e sustento. Somos brasileiros/as, povo caloroso, afetuoso, gostamos de abraçar e beijar, isso faz parte de nossa cultura e quando não podemos agir assim é porque tem alguma coisa errada. Afastar-se de abraçar não nos faz muito sentido, mas às vezes, é preciso. A vida tem os seus ciclos e seu próprio tempo. O controlador de tudo isso é Deus, porém, cabe-nos a decisão de viver intensamente cada minuto e cada situação. Nas escolhas que nos cabe, devemos assumir as consequências, sejam elas boas ou ruins e isso dependerá se fizermos boas escolhas ou não. O que temos escolhido? Estamos vivendo atualmente o tempo de afastar-se de abraçar, fugindo de uma contaminação virótica em massa. Decidimos nos recolher e não nos abraçarmos pelo tempo necessário. Mas, não estamos acostumados/as com isso, sofremos, nos angustiamos e ficamos ansiosos/as. É preciso

lembrar que tudo tem o seu tempo determinado. O tempo de afastarse de abraçar não será eterno, logo passará e poderemos novamente nos abraçar e nos alegrar. Devemos confiar no Senhor dos tempos, pois nada foge ao Seu controle. Nossa esperança é de que o tempo em que teremos que viver afastados/as uns/umas dos/as outros/as seja o mais breve possível. Enquanto isso, aprendamos a valorizar a importância do abraço. Assim que pudermos, vamos abraçar bem forte os nossos/as amigos/as, os nossos/as irmãos/ãs, o nosso pai, a nossa mãe; dar um abraço até em nossos/as inimigos/as. Não sabemos por quanto tempo os/as teremos perto de nós. Não sabemos quantas oportunidades a mais teremos. Usemos, assim que possível, nossos braços para abraçar com carinho, afeto e amor. A confiança e a segurança de um abraço me vêm à mente, neste poema de Dietrich Bonhoeffer. “De bons poderes sinto-me cercado, Bem protegido e, de fato, consolado; Assim desejo eu passar os dias E ter convosco um ano de alegrias. De bons poderes vemo-nos cercados, De pensamentos para o bem voltados. Deus está presente noite e dia, Assim é certa hoje sua alegria”. Há braços para abraçar. A missão é feita nos caminhos da vida, mas também no aconchego do lar, em épocas de recolhimento e de afastar-se do abraço, e precisa continuar. Deus nos deu inteligência e criatividade. Coloquemos em prática, aprendendo e descobrindo novas maneiras de comunicação e de compartilhamento do abraço divino que nos traz paz e esperança. “Sejamos luz do mundo, como quer Jesus, espargindo sempre alegria a flux. Muitos têm a vida num sofrer sem par. Oh! Fazei a todos vossa luz brilhar” (HE – 398). Que Deus nos abençoe e nos abrace sempre!

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Adi Éber Pereira Borges, pastor na congregação em Jd. Primavera, Birigui (SP)

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{ Vi da simp Vida simplles }

Pequenas alegrias em tempos de quarentena [ An iv ersari an Aniv ive rian anttes ]

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Julho

É

TEMPO DE REDESCOBRIR AS

pequenas alegrias presentes em nossos dias comuns, que às vezes são desapercebidas por nós, em meio a tantas tarefas e agendas infinitas. É tempo de criar e recriar o prazer de não fazer nada e só contemplar a simplicidade da vida que está aqui, bem diante de nós. Porque são nesses momentos de ócio, quando podemos respirar a liberdade das obrigações, que a criatividade e a sensibilidade mais se manifestam. Quando digo pequenas alegrias, não me refiro somente a entretenimentos fugazes, para distração. Porque não é tempo só para nos distrairmos, mas de nos conectarmos. Conectarmo-nos com Deus e às pessoas, virtualmente e principalmente com as que moram conosco. E essa conexão começa no aqui e agora, no partilhar de sorrisos da mesa de jantar da nossa casa; no sofá aconchegante que nos convida à reflexão e à leitura; na varanda estreita repleta de cactos e suculentas, se você tiver uma. É tempo de reaprender a sentir, com todos os nossos sentidos. A sentir com calma o cheiro gostoso do café que se esparrama pela manhã em cada cômodo da casa. E a apreciar lentamente a fragrância das roupas limpinhas que acabaram de sair do varal. Ou a se deliciar com o aroma de um bolo recém-saído do forno que invade a vizinhança. A experimentar os sabores das combinações novas na culinária que você mesmo inventa, no laboratório de sua cozinha.

18 • JUL/AGO 2020

A olhar o céu da janela com a vista mais bonita, e ver como ele se movimenta a todo instante, se modificando em multiformes e cores. Sentir o toque da brisa azul que sopra todas as manhãs e resgatar boas memórias da infância, de quando a vida parecia ser mais simples. Sim, é tempo de nos conectarmos um pouquinho com o mundo lá fora também, ainda que pela nossa ventana, contemplar o nascer e o pôr do sol que se desenha diante de nossos lares e respirar o ar “puro” da esperança de dias melhores. É tempo de espalharmos amor, mesmo de longe. Deixar nossos talentos engavetados fluírem em poesias e afetos por aí. Seja lá qual for sua habilidade, não deixe de partilhá-la gratuitamente. Ao menos hoje, ao menos neste tempo. Da mesma maneira, que a vida (Deus) lhe dá tudo de graça. É tempo de redescobrirmos a vida profunda que nos estava encoberta com a vida agitada que levávamos e perceber as pequenas alegrias em tudo o que existe. Sentir e agradecer por essa graça abundante que nos abraça a cada instante. Porque a vida é cheia de pequenos propósitos e sabemos disso pela certeza de que Ele está em todas as coisas criadas. Em tempos de quarentena, é preciso relembrar um dos principais ensinamentos da caminhada é: a vida é simples e a felicidade se esconde nos pequenos prazeres, contemplativos. Não os deixe escapar de você!

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Transcrito de Ultimato

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01 Rev. Aroldo Barbosa (aposentado) 02 MD. Thiago Osmar Mariano 02 Rev. Byron Alves Lemes (aposentado) 03 Rev. José do Carmo da Silva 06 Rev. Jesué Francisco da Silva (aposentado) 06 Rev. Guilherme Estevam Emílio 07 Rev. Maria de F. Rodrigues de Oliveira 08 Revda. Suzylaine Donangelo Figueira 08 Rev. Paulo Sergio de Oliveira Amendola Filho 09 Rev. Thiago Guimarães Vicente 10 MD. Caroline Bianchi Dias do Carmo 12 Rev. André Luís Noé 16 Rev. Fabiano Rodrigo M. Lima 16 Asp. Presb. Jeferson Fernandes Pereira 20 MD. Izildinha Aparecida de Andrade Miranda 20 Pr. Jairo Alves de Almeida 22 Rev. Natanael Pereira do Lago 26 Rev. Daniel de Souza Gomes 29 Rev. Samir Borges da Silva 29 MD. Renato Silveira Luz

Agosto 01 Pra. Kelen da Silva Oliveira Cabanilha 02 MD. Admilson Araújo Leite 04 Rev. Sidnei Gonçalves Venâncio 05 MD. Maria Madalena Paião Soares 08 Rev. Rinaldo Zorzato de Almeida 10 Pra. Irma Machado do Lago (aposentada) 10 Rev. Wilton Carlos Casemiro Penteado 12 MD. Priscila Vieira da Silva Gomes 13 Bispo Nelson Luiz Campos Leite (honorário) 13 Pr. Manuel Ferreira de Brito (aposentado) 15 Cleide Alves da Costa (sec. ex. da AIM) 16 Revda. Romilde dos Santos Sant’Ana (aposentada) 16 Rev. Walter Fidélis Oliveira Segundo 17 Rev. Roberto Magalhães dos Santos 18 Denilde Batista (Centro de Eventos) 20 Rev. Davi Dias 20 MD. Maycon Elias Ferreira Basílio 21 Bispo João Alves de Oliveira Filho (emérito) 21 Rev. Adi Éber Pereira Borges 22 Rev. Odair Pereira Bonfim 22 MD. Oséias de Paula David 24 Revda. Maria Aparecida Eugênio Camargo 25 Rev. Osvaldo Elias de Almeida 26 MD. Oady Aredes Jr. 27 MD. Marlene Spina 28 Pr. Luís Eurípedes dos Santos 29 Revda. Ângela Maria Pierangeli 31 Rev. Manoel Messias Magalhães dos Santos


{ Of er ta m oná ri a } Ofe miissi ssio nári ria

A propósito do falecimento do Rev. João Dourado MORÁVAMOS EM CAMPESTRE (MG), num sítio chamado Pinhal dos Campos. Em 1968, meu pai arreava seu cavalo e preparava outro, bem arreado para buscar na cidade o esperado Rev. João Francisco Dourado. Éramos crianças e ficávamos aguardando a chegada do reverendo: alto, sorridente, brincalhão e amoroso. Ele ficava hospedado em nossa casa, no pequeno quarto de hóspedes. Sua bagagem? Uma Bíblia, um Hinário Evangélico, um sermonário e talvez, no máximo, uma troca de roupas. Chegava sempre do mesmo modo, calça preta e camisa branca, bem engomada. Ficava um bom período no sítio e dava assistência aos irmãos e irmãs da roça, membros da igreja em Pinhal. Realizava batismos, casamentos e outros ofícios religiosos. Examinava os livros da igreja, sempre bem cuidados pelos guia-leigos Pedro Rodrigues e Carlos Leoncio do Lago (nosso saudoso pai). Depois de alguns dias, tendo cumprido suas obrigações pastorais, meu pai arreava o cavalo dele e o do Rev. João e o levava para embarcar na jardineira, em Campestre. Que tempos preciosos! Que sacrifício tremendo! Que esforços estes pastores empreendiam para fazer a obra de Deus. Baixíssimos salários, nenhuma regalia, nenhum carro, casa ou apartamento com ar condicionado, seguro de vida. Não me lembro se na década de 60 existia pecúlio! Tenho vergonha, de muitas vezes (mesmo que, no íntimo), murmurar, reclamar e pensar que as coisas estão difíceis. Ao me lembrar de pastores como o querido João Dourado, me envergonho e peço a Deus que me ajude a cumprir o meu papel, com o mesmo zelo altruísta e abnegado que homens desta estirpe cumpriram. Que descanse em paz, Rev. João Francisco Dourado!

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Natanael Pereira do Lago, pastor na IM Central em Ribeirão Preto (SP)

Campanha nacional se une para levantar alvos propostos

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25ª EDIÇÃO DA Campanha Nacional de Oferta Missionária, uma mobilização que alcança as mais de 1400 igrejas, congregações e pontos missionários de todo país, a se unirem para oferecer suporte em amor, para as Regiões Missionárias do Norte (Rema) e Nordeste (Remne) do Brasil. Em 2020, o tema da campanha nos convida a refletir sobre a importância da unidade para a missão, especialmente nas Regiões Missionárias da Igreja Metodista. Ao realizar a sua doação, você colabora para o crescimento da missão metodista em estados que apresentam dificuldades específicas, como distância territorial e falta de recursos financeiros. A campanha nacional de Oferta Missionária acontece sempre no 3º domingo do mês de maio. Esse ano, devido à pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo, a celebração começa no terceiro domingo do mês de maio (17 de maio), e segue até o dia 31 de outubro com as arrecadações. O nosso alvo nacional para 2020 é de 840 mil reais. Vamos juntos alcançar essa meta missionária nacional. Ajude sua região a investir em missões. Sua oração, sua doação, uma igreja! “Para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21). HEGAMOS NA

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Transcrito de 5re.metodista.org.br

[ Falecim entos ] ecime

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Luiza Aparecida Freitas Guimarães Santos Esposa do Pr. Manoel Messias Magalhães Santos. Deixa os filhos Wesley e Samuel. Mãe, esposa e crente dedicada, sempre esteve ao lado do esposo ajudando no anúncio da boa notícia. Evangelista nata, ganhou muitas vidas para Cristo Dia 3 de maio, aos 57 anos, de câncer no fígado, em Uberlândia (MG).

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João Balock Viúvo, deixa os filhos Adalberto, Elise, Alfredo, Ricardo, João Franz e Helen. Teve 18 netos e 11 bisnetos. Metodista entusiasta, dedicado, ousado, missionário, evangelizador, obreiro, como deve ser todo metodista, nunca perdeu a oportunidade de expressar sua fé. Sua paixão era pregar a Palavra de Deus às pessoas. Fez de sua vida uma disciplina diária de oração. Atuante nas igrejas da 5ª RE, como na Central em Campo Grande e Marcos Roberto (MS), iniciou trabalhos em Cuiabá, Rondonópolis (MT) e em Corumbá (MS) Dia 26 de maio, aos 94 anos, pneumonia, em Campo Grande (MS).

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JUL/AGO 2020 •

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{ Di scip ul ado } Discip scipul ula

A prática da oração, em tempo de pandemia

O

QUE É DISCIPULADO?

O significado da raiz do termo para “fazer discípulas e discípulos” refere-se a “acreditar e aprender”, mas não apenas isto – se o fosse, Jesus teria usado estas palavras, mas não usou. Discipulado, então, carrega consigo uma bela combinação de significados. Para John MacArthur: “No contexto, está relacionado àquele que coloca sua confiança em Jesus Cristo e o segue, vivendo em contínuo aprendizado e obediência”. O discipulado é muito mais que um método de ensino apostilado, ou um grupo de pessoas que reúne com seu mestre. O discipulado é a vida cristã como um todo – ser cristão/ã e ser discípulo/a deveriam ser sinônimos. O discipulado não é opcional, como se fosse um estágio da vida cristã – é tornar-se e continuar sendo discípulo/a de Cristo por meio da pregação do evangelho dia após dia. Sendo que o discipulado é seguir a Jesus, vivendo em contínuo aprendizado e obediência, destaco um princípio importantíssimo ensinado e vivenciado por Cristo, e

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negligenciado pela sociedade pósmoderna em tempo de pandemia: a oração! Podemos aprender com os Evangelhos, que Jesus orava na privacidade, pois quando os discípulos lhe pediram instruções sobre a oração, a resposta de Jesus é que deveriam isolar-se. As orações secretas causavam impacto em seus seguidores. As orações de Jesus mostram Sua notável despreocupação com necessidades pessoais. Ele fez poucos pedidos em benefício próprio, sua preocupação maior sempre foi com seus semelhantes.

Jesu so mom esm o sus orrava co com me smo fervor e in t e n si da d e co m o int sida dad com cu va da s pe sso as, p ois cuiida dav das pesso ssoa po sabia d ov alor da o do va orração tan ara su av mo antto p pa sua viida co com para q uem past oreava” qu sto

Depois de um dia de muito trabalho, ministrando na vida das pessoas, fazendo discípulos/as, pregando para multidões, curando os enfermos, Ele costumava retirarse para um lugar isolado para orar. As orações de Jesus intensificavamse nos momentos mais difíceis e ocasiões importantes. Ele orava com o mesmo fervor e intensidade com o qual cuidava das pessoas, pois sabia do valor da oração tanto para a sua vida como para quem pastoreava. Como se faz necessária a oração, principalmente nesses momentos de quarentena e pandemia, em que as pessoas estão isoladas, com medo do que está por vir. É preciso ensinar no sentido de envolver a Igreja com propostas que venham dirimir dúvidas acerca da oração e sua importância, como também conscientizar a comunidade de fé sobre a necessidade de uma vida de oração. Pois, é pela oração que mantemos a nossa vida de comunhão com Deus em Cristo!

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Mauro Sérgio de Oliveira, pastor na IM em Cassilândia (MS)

Impressão patrocinada por: Instituto Americano de Lins (IAL) Rua Campos Sales, 389, Lins (SP) • CEP 16400-055 • (14) 3533.5500 • www.ial.br

Instituto Noroeste de Birigui Rua 9 de Julho, 175, Birigui (SP) • CEP 16200-060 • (18) 3649.4010 • www.noroeste.br Colégio Metodista de Ribeirão Preto Rua Florêncio de Abreu, 714, Ribeirão Preto (SP) • CEP 14015-060 • (16) 4009.0271 • www.colegiometodista.edu.br

IMED

20 • JUL/AGO 2020

Faculdade Metodista de Birigui Rua 9 de Julho, 175, Birigui (SP) • CEP 16200-060 • (18) 3649.4010 • www.faculdademetodista.edu.br


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