O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável, e com tinta ecológica elaborada com matérias-primas bioderivadas e renováveis pela gráfica Plural.
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Sábado, 6 de agosto de 2011 Edição nº 14, ano 1
Natureza em casa Móveis de fibras naturais trazem ar campestre {págs 08 e 09} Marceneiro amigo Profissional é opção para armários e mobília {pág 07} Cuba neles Repaginar pias de banheiros e lavabos está na moda {págs 10 e 11}
Bairros que brotam
RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR
Região da Barra Funda e Pompeia deve ganhar dois bairros novinhos e planejados Saiba o que vai mudar na zona oeste nos próximos anos {págs 14 e 15}
ANDRÉ PORTO/METRO
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NOTAS & AGENDA
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Esqueleto de ferro De inspiração inglesa e com um irmão gêmeo em Sydney, na Austrália, o engenhoso complexo arquitetônico da estação da Luz foi construído em 1901 em frente ao primeiro jardim público paulistano, o Jardim da Luz. O charme do projeto está em seu arcabouço de ferro fundido e nas elegantes passarelas que permitem que o transeunte circule com segurança e observe o movimento dos trens. No início do seu funcionamento, a estação recebia os vagões com mercadorias vindas do porto de Santos, que voltavam ao litoral com produtos do interior para exportação. Os trens também transportavam imigrantes, nobres e trabalhadores. Atualmente, eletrificada desde 1950, além de ser muito importante para o transporte coletivo na cidade, levando cerca de 150 mil pessoas por dia, a estação da Luz abriga, desde 2006, o Museu da Língua Portuguesa, e é um marco arquitetônico de São Paulo. ANDRÉ PORTO Vista central da estação da Luz, que passou por sua última reforma em 2005
ANDRÉ PORTO/METRO
Ibirapuera em alta
Capital dos escritórios
Obra reciclável
A região do Ibirapuera e Vila Nova Conceição é a mais cara para comprar imóveis residenciais na cidade de São Paulo, segundo o índice FipeZAP. Em julho, o preço médio dos imóveis colocados à venda nas imediações do parque do Ibirapuera alcançou R$ 8.437 por metro quadrado. O Jardim Paulistano, na região dos Jardins, caiu para segundo lugar no ranking, com um metro quadrado médio de R$ 8.282. No Rio de Janeiro, Leblon e Ipanema são os bairros mais caros, com preços médios de R$ 15.160 e R$ 14.074 por metro quadrado, respectivamente.
São Paulo é a cidade com mais escritórios de multinacionais em toda a América Latina, segundo pesquisa da consultoria imobiliária CB Richard Ellis. Com 146 filiais de multinacionais, a capital paulista ocupa a 14ª posição no ranking mundial, em um universo de 101 países, e a sexta colocação entre os países do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Hong Kong liderou o ranking, com 191 escritórios de multinacionais, seguida por Cingapura (189 filiais), Tóquio (179) e Londres (177).
Tramita na Câmara projeto de lei do deputado Marcelo Matos (PDT-RJ) que cria regras para a reutilização e reciclagem de resíduos da construção civil. A proposta estabelece que, para participar de licitações de obras públicas, as empresas de construção civil terão de usar resíduos reciclados. Pelo projeto, as empresas que investirem em capacitação tecnológica para reduzir a quantidade de resíduos ou utilizar material reciclado terão vantagens como incentivos fiscais e regimes e prazos especiais para pagamentos de tributos.
Os imóveis usados ficaram 2,3% mais baratos em junho, na comparação com maio, em São Paulo. No entanto, as vendas continuaram caindo no período. Segundo o Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), o índice de vendas, que estava em 0,4937 em maio, caiu 31,31%, para 0,3391 em junho.
A Clássica Design realiza hoje megaliquidação em seu outlet de fábrica, com descontos que chegam a 70% do valor de mercado. Serão vendidas as peças disponíveis em estoque, produtos que fizeram parte de mostras ou que apresentam pequenos defeitos. Av. Carlos Caldeira Filho, 1.631, Morumbi. Tel.: 2889-7541.
Vão até o dia 23 de agosto as inscrições e a entrega dos trabalhos para o 10º Prêmio Jovens Arquitetos, que vai premiar trabalhos desenvolvidos nas áreas de Arquitetura: Projetos e Obras Executadas; Urbanismo: Projetos e Obras Implantadas; e Ensaios Críticos de Arquitetura e Urbanismo. Informações: www.iabsp.org.br/concurso.
Mande perguntas ou sugestões para metroquadrado@metrojornal.com.br. O telefone da redação é o (11) 3528-8578. Para anunciar, entre em contato pelo e-mail anuncie@metrojornal.com.br. O telefone da área comercial é o (11) 3528-8500.
O jornal Metro é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. Está presente em 23 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. Telefone: 011/3528-8500 E-mail: cartas@metrojornal.com.br
“A tiragem e distribuição desta edição de 100.000 exemplares é auditada pela BDO.”
Expediente Presidente: Cláudio Costa Bianchini. Diretor de Redação: Fábio Cunha (MTB: 22.269). Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor de produtos: Guilherme Costa. Editores de Arte: Vitor Iwasso, Daniel Lopes e Sandro Mantovani. Repórteres: Camila do Bem e Fernando Corrêa. Gerentes Comerciais: Elizabeth Silva e Tânia Biagio. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Operações: Luís Henrique Correa. Gerente Comercial Nacional: Ricardo Adamo. Editado e distribuído por SP Publimetro S/A. Endereço: rua Tabapuã, 81, 14º andar, Itaim, CEP 04533-010, São Paulo, SP.
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SERVIÇO
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Cozinha renovada depois de aplicação de papel contact em armários e eletrodomésticos
Sua cozinha de roupa nova
VULCAN/DIVULGAÇÃO
Simples adesivos revestem e renovam armários e eletrodomésticos Opção é barata, bem-humorada e fácil de aplicar
Depois de correr pelas paredes da casa, estampar os armários dos quartos e personalizar gavetas, caixas e livros, o papel contact agora renova a aparência de eletrodomésticos e deixa a cozinha mais bonita e arejada. Pioneira na fabricação do adesivo, a Vulcan tem investido em estampas que imitam madeira, mármore, couro e materiais metalizados. Então, se o problema daquela velha geladeira é só a aparência, o contact pode ser uma alternativa. “O adesivo é uma opção simples e econômica para recuperar objetos. Ele pode renovar aparelhos elétricos de uso caseiro, como microondas e geladeiras. Tudo com bom humor”, diz o arquiteto Olegário de Sá, há mais de 20 anos na área. O preço acessível e a facilidade de usar são as maiores vantagens do material. O rolo com dez metros de adesivo para móveis de cozinha sai por R$ 40. No revestimento de uma geladeira, por exemplo, são gastos cer-
“Pintar os objetos deixa a impressão de que eles foram reaproveitados. O papel contact é uma alternativa mais charmosa e bem-humorada.”
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OLEGÁRIO DE SÁ, ARQUITETO
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ca de dois metros. Mas, para que o resultado saia perfeito, é preciso usar de forma correta. Segundo o fabricante, a superfície que vai receber o papel contact deve estar lisa, impedindo a entrada de ar. Também é possível a ajuda de uma régua ou espátula de grudar adesivos, encontrada em papelarias. Segundo a designer Ricky Dayan, se bem-colocado o papel contact confere ao ambiente um ar mais alegre e com aspecto de novo. FERNANDO.CORREA @METROJORNAL.COM.BR
1. Papel contact com estampa de super-heróis pode alegrar o quarto de crianças e adolescentes e até substituir a pintura das paredes 2. A versão metalizada do colante usada nos armários da cozinha deixa o ambiente renovado
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3. O material recupera geladeira, máquina de lavar louça e outros eletrodomésticos de uso diário
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Cada um no seu quadrado Organizadores facilitam a vida e ajudam a preservar os objetos Novos projetos priorizam o ganho de espaço dos ambientes Nem mesmo a famosa “bagunça organizada”, quando você acha que sabe onde está isso ou aquilo, não deixa de esconder aquele objeto de que tanto precisamos no momento. E, se você é do tipo que não sabe como iniciar o processo de arrumação, algumas empresas estão criando diversos tipos de organizadores de ambientes. E nada muito complicado. Cabideiros especiais, colmeias para gavetas, nichos, prateleiras e caixas decorativas vão acabar com as desculpas dos bagunceiros. Começando pelas caixas, são apropriadas para colocar objetos pequenos e documentos. “Tudo que é fácil de perder ou não é bonito de se expor pode ficar em caixas. As com revestimento em couro dão um toque especial de requinte ao ambiente”, indica a arquiteta Daniella de Barros. Em quartos de criança, os brinquedos também podem ser guardados em caixas coloridas ou estampadas, mantendo a ordem e compondo um mix de cores divertido.
FOTOS: DIVULGAÇÃO/KITCHEN
“Além de organizar, os itens deixam armários e gavetas muito mais apresentáveis.” DANIELLA DE BARROS, ARQUITETA
Já os nichos abertos são muito usados em quartos para empilhar roupas, facilitando a visualização das peças sem a necessidade de abrir gavetas. Prateleiras de vidro causam o mesmo efeito e combinam com tudo. Na cozinha, a tendência são os gavetões para guardar pratos, panelas e escorredores. Em alguns projetos, essas gavetas ficam de canto, aproveitando o espaço para armazenar objetos grandes. Prateleiras deslizantes também fazem parte das cozinhas modernas. Com elas é possível pegar o que está no fundo sem a necessidade de tirar o que está na frente.
CAMILA.BEM @METROJORNAL.COM.BR
Porta-acessórios gourmet expõe as peças sem correr o risco de baterem umas nas outras
Objeto aqui e acolá Porta-joias com revestimento especial
Livros e CDs ocupam muito espaço na estante, e nem todos são usados com frequência. Para deixar o ambiente mais leve e não perder objetos pessoais, a arquiteta dá a dica: “O ideal é deixar à mostra o que você mais usa e guardar o resto em uma caixa no armário”. Para organizar joias e bijuterias, a solução é com-
prar caixas especiais com espaço para colares, brincos, anéis e pulseiras. “Os organizadores de camurça são ideais para não causar dano por atrito às joias”, explica Alexandre Toffani, gerente de produtos da Kitchens. No entanto, nem tudo pode ser exposto, e algumas coisas não devem ser
guardadas em caixas. “As roupas íntimas raramente ficam à mostra, por isso as colmeias de gavetas são tão importantes.” As colmeias podem ser usadas para guardar diversos itens pessoais, facilitando a visualização e a ventilação sem que os itens fiquem amontoados na gaveta. CB
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Projeto da arquiteta Paula Mattar com a Marcenaria NP
FOTOS:DIVULGAÇÃO
Por que não um marceneiro? A concorrência pesada das grandes lojas de móveis planejados deixou esquecido um profissional bastante valorizado antigamente. Praticamente um artesão, o marceneiro vem sumindo do mercado, principalmente para a realização de serviços maiores, como construir armários. E isso tem uma explicação. Para o arquiteto Salim Adib, que utiliza móveis de marcenaria na maioria de seus projetos, isso acontece principalmente pela facilidade de pagamento oferecida pelas empresas. “A diferença de preço entre lojas especializadas e marcenaria é gritante. Apesar de cobrarem bem mais barato, os marceneiros não conseguem parcelar o valor do projeto em até dez vezes, por exemplo”, explica.
“Comprar em marcenaria é muito vantajoso, mas o cliente deve ter o projeto todo em mente ou solicitar ajuda de um arquiteto para o planejamento.” SALIM ADIB, ARQUITETO
No entanto, a maioria das empresas utiliza móveis modulares para compor ambientes. Isso significa que o cliente tem liberdade de escolher apenas entre os modelos disponíveis na loja para adaptar ao espaço reservado em casa. “O maior problema desse tipo de modulação é que eles são planejados com certa limitação, o que muitas vezes resulta em perda
Bastante valorizado no passado, serviço do profissional vem sendo trocado por empresas de móveis planejados Além de utilizar madeira de qualidade superior, liberdade para projetos sob medida é maior Facilidade de pagamento é mínima se comparada a grandes lojas
de espaço para o consumidor”, analisa. Marceneiros costumam ser mais liberais e detalhistas com as ideias dos clientes, além de priorizar o preenchimento de espaços, mas não são bons planejadores. Isso significa que, se você não tem em mente o que (e como) quer mudar em casa, é melhor buscar a ajuda de um profissional para levar o projeto pronto ao marceneiro. Vale lembrar que o tipo de madeira influencia na qualidade do material, mas nem sempre a maciça é a melhor. “A madeira compensada não desvaloriza o móvel e deve ser usada sempre que necessário.” CAMILA.BEM
@METROJORNAL.COM.BR
Projeto do arquiteto Marcelo Rosset com a Marcenaria Beldan
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Natureza para dentro de casa Mobília produzida com fibras naturais traz um pouco do clima campestre e deixa ambiente mais quente e acolhedor Mas é preciso tomar cuidado com o sol, para evitar que os raios ultravioleta danifiquem o acabamento dos objetos Concreto, asfalto e tecnologia circundam o cenário urbano atual. Mas a modernidade também sugere uma ligação mais próxima com elementos da natureza. Na decoração, móveis feitos em fibras naturais presenteiam ambientes com um ar mais rústico e campestre. “Eles são muito usados em casas de campo e de praia, mas também ficam lindos na residência. Para compor uma sala agradável, gosto de misturar mobília de fibra natural com outros materiais. Só não usaria nos quartos porque não faz meu estilo”, diz a arquiteta Flávia Chaves. Seja na sala, quarto ou cozinha, o importante é não deixar os móveis expostos ao sol, pois isso prejudica o acabamento. Indicados para áreas in-
“Móveis em fibra natural dão uma boa composição ao ambiente. Dependendo do espaço, gosto de misturar com outro tipo de mobília.” FLÁVIA CHAVES, ARQUITETA
ternas, eles até podem enfeitar sacadas e varandas, desde que sejam cobertas. “Para locais ensolarados, o melhor é usar móveis em fibras sintéticas, que imitam as naturais e resistem aos raios solares”, diz Leandro Queiroz, da Amazonia Móveis, há 30 anos no mercado. Segundo ele, uma das principais características
da fibra natural é deixar o ambiente mais quente e acolhedor. “Acrílico e vidro, por exemplo, deixam o ambiente mais gelado, até as pessoas ficam receosas. As fibras naturais dão um ar de abrigo e aconchego”, diz Queiroz. Mesa, mesinha de centro, cadeira, sofá, poltrona e cabeceira de cama são alguns móveis produzidos com o material. O tipo da fibra também varia bastante. Imbe, junco, rottin, tupari, tocum e vime são os mais comuns. “Móveis feitos com matéria-prima extraída diretamente da natureza têm uma história embutida”, afirma Queiroz.
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Móveis de fibras naturais decoram área interna de apartamento
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DECORAÇÃO
Sempre limpo 5
Se bem-cuidados, a durabilidade dos móveis de fibras naturais pode ultrapassar 15 anos. A limpeza é importante para preservar a viscosidade, mas é preciso saber a forma correta. O mais indicado é usar uma flanela macia ou um pano de camurça para tirar o pó. O aspirador até pode ser usado, mas com todo o cuidado para não arranhar os móveis. Cera e lustra-móveis estão libe-
rados. Produtos que protegem contra insetos, principalmente cupins, são aconselháveis pelo menos uma vez ao ano. Mas é preciso saber se a química do produto não danifica o material. Outra forma de retirar a sujeira é utilizar uma mangueira à pressão (sem água). A prevenção e os cuidados são fundamentais para conservar a beleza dos móveis. FC
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Encontre sua peça Todos os móveis são vendidos na Amazonia Móveis. Telefone: 5641-6880
1 3 CARLOS CECCONELLO/FOLHAPRESS
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Sofá com três lugares revestido em fibra natural tupari. R$ 6.720 Mesa de bar revestida em fibra natural tupari. R$ 3.990 Poltrona sem braço com trama em fibra natural junco. R$ 1.841 Cadeira sem braço revestida em fibra natural imbe. R$ 1.319 Cadeira sem braço revestida em fibra natural junco. R$ 1.368
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Cuba livre Com design diferenciado, peça confere um charme extra em banheiros e lavabos Arquitetos apontam para a beleza e funcionalidade do acessório e dizem que está na moda Conterrânea de uma antiga e sofisticada vasilha portuguesa, a cuba caiu nas graças de decoradores e agora dá um charme especial em banheiros e lavabos. Seja de apoio ou de sobrepor, elas capturam olhares pelo design diferenciado. “Cubas de sobrepor são as que ficam encaixadas na bancada, já as de apoio, como o nome já diz, ficam apoiadas e mais altas. As duas estão na moda”, afirma a arquiteta Natália Shinagama. Disponíveis em formas e modelos variados, elas dão uma graça original em banheiros, mas antes da instalação é preciso verificar as dimensões do espaço. Segundo Natália, adaptar a cuba em uma pia já existente é muito difícil. O mais usual é escolher um modelo e depois uma bancada para ele. “O corte da bancada deve ser feito de acordo com o modelo de cuba escolhido. A furação do ralo também muda”, diz a arquiteta. Mas nada impede que a instalação seja feita sobre aquela pia antiga, desde que as medidas sejam modificadas. “O ideal seria repaginar o mármore da bancada, alterando medidas de saia e frontão,
“Seja de cerâmica, acrílico ou resina, para a cuba funcionar direitinho é preciso dar atenção especial à torneira, que deve ter boa altura ou ser encaixada na parede.” NATÁLIA SHINAGAMA, ARQUITETA
e adaptá-lo ao conceito e design da nova cuba”, afirma a arquiteta Maithiá Guedes. Novas funções Lavabos e banheiros são os locais mais indicados para as cubas, a cozinha não é o lugar delas, de acordo com a arquiteta Natália. Mas, em projetos de lojas ou restaurantes, a peça pode adquirir novas funções. “Ela pode ser utilizada como algo decorativo em uma pia externa de alguma loja, bar ou restaurante”, diz Maithiá.
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DECORAÇÃO 1
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A torneira certa
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1. Cuba de apoio Celite
4. Lavatório quadrado de
Q25. Tamanho: 44 cm x 25 cm. Branca: R$ 251, preta: R$ 276 2. Cuba redonda de apoio Celite R35. Tamanho: 35 cm x 13,5 cm. Branca: R$ 175, preta: R$ 227 3. Cuba de semiencaixe curve Celite com válvula oculta. Tamanho: 44 cm x 41 cm. Branca: R$ 1.099, preta: R$ 1.428
resina Bonatto. R$ 2.245. Entrega em trinta dias 5. Móvel Roca para banheiros e lavabos. Tamanho: 40 cm x 30 cm. Móvel: R$ 1,2 mil, lavatório compacto: R$ 200, móvel e lavatório compacto: R$ 1,4 mil 6. Cuba Bowl de resina Bonatto. R$ 2.245. Entrega em trinta dias
Junto com a cuba, vale a pena também escolher o modelo da torneira, porque nem sempre elas são compatíveis. A bica de algumas torneiras são muito curtas, outras são maiores. Alguns modelos têm bicas horizontais, enquanto outras são viradas para baixo. O ideal é escolher uma torneira alta em relação ao modelo da cuba. Torneiras que sejam inclinadas são melhores porque dão bom escoamento. O mais importante é saber aliar estética com funcionalidade.
Torneiras mais altas ajudam no escoamento da água CARLOS PIRATININGA/DIVULGAÇÃO
FOTOS/DIVULGAÇÃO
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COMDOMÍNIO
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O pesadelo começa na garagem Para muitas pessoas, tirar o carro da vaga no condomínio exige tempo e muita paciência Antes de trocar seu veículo por um modelo maior, verifique se há a possibilidade de conseguir uma vaga mais espaçosa MARLENE BERGAMO/FOLHAPRESS
Engana-se quem pensa que a dor de cabeça e o estresse começam só na hora de encarar o trânsito das grandes cidades. Para muitas pessoas, dirigir é um exercício diário de paciência desde a hora de tirar o carro da garagem. A dificuldade começa na hora de sair do condomínio, onde o espaço da garagem é repartido entre os moradores para oferecer o maior número de vagas possível. Quase sempre, elas são pequenas e exigem habilidade extra de quem manobra os veículos. Aí vem a questão: qual é o tamanho ideal para estacionar o seu carro? De acordo com o Código de Obras e Edificações de São Paulo, o tamanho mínimo de uma vaga na garagem deve ser de 4,2 metros de comprimento por dois de largura (conforme tabela abaixo). Ainda assim, essas vagas continuam apertadas para a entrada e saída com folga de veículos médios e grandes. Segundo a arquiteta Ana Lúcia Siciliano, em prédios de alto padrão, essa metragem costuma ser mais vantajosa: cerca de 2,3 metros de largura
Na maioria das vezes, a vaga é menor que o carro
Cabe mais um aqui? Para quem mora em casa, aumentar o tamanho da garagem não é impossível. São diversas possibilidades, dependendo do espaço disponível. “Diminuir ou eliminar o espaço do jardim é uma opção, se o proprietário não se incomodar com a perda”, explica a arquiteta Ana Lúcia Siciliano. “O ideal é deixar um recuo maior na hora de construir a casa.” Lembrando que, para não danificar nenhuma parte da estrutura do imóvel, é preciso consultar a planta antes de partir para a quebradeira.
por 4,7 metros de comprimento. É interessante comentar que essas medidas variam de acordo com a cidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, a metragem aumenta para cinco metros de comprimento por 2,5 metros de largura, conforme o Código de Obras local. No entanto, nem todos os prédios cumprem as medidas, e reivindicar o espaço de acordo com o seu tipo de carro exige tempo, advogado e muita paciência. Isso significa que o ideal é verificar esses detalhes no início. Antes de comprar um apartamento, é preciso checar o tamanho médio das vagas e se são particulares (definidas na hora da compra do apartamento) ou indeterminadas. Se o seu caso for o segundo, descubra como é feito o rodízio (por tipo de carros, sorteio) e com que frequência a troca é realizada. Assim, você não corre o risco de colocar o seu carro grande em uma vaga para veículos pequenos. CAMILA.BEM @METROJORNAL.COM.BR
Tamanho de vagas de garagem em prédios
Vagas nos condomínios estão cada vez mais apertadas
Tipo de veículo
Altura
Pequeno
2,10 m
2m
4,20 m
Médio
2,10 m
2,10 m
4,70 m
Grande
2,30 m
2,50 m
5,50 m
Deficiente Físico
2,30 m
3,50 m
5,50 m
2m
1m
2m
Moto FRED CHALUB/FOLHAPRESS
Fonte: Código de Obras e Edificações de São Paulo
Largura
Comprimento
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PET
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Sem medo de água Dar banho em cães e gatos requer cuidados específicos Enxágue incorreto, principalmente no frio, pode causar resfriados e gripes Embora pareça simples, dar banho no bicho de estimação é um tormento, principalmente no frio. E como tempo para levá-lo ao pet shop é algo para poucos, buscamos soluções e cuidados para que a limpeza em casa seja menos traumatizante. O primeiro passo para garantir a higienização do animal é a compra dos produtos corretos. Na hora do banho é necessário ter em mãos xampu veterinário próprio para a pelagem e necessidade do animal. O produto é encontrado em pet shops a partir de R$ 6. Para cães e gatos de pelagem longa também é recomendável o uso de condicionador. Pente, escova, algodão e cortador de unhas são outros acessórios necessários. O banho pode ser dado no chuveiro, dentro de uma banheira ou no quintal. A temperatura da água deve ser morna, principalmente nesta época do ano. Água muito quente não é
“Lembre-se de que pelo é proteção e precisa de cuidados especiais. O banho é fundamental, mesmo no inverno, principalmente para os cães de pelo longo, que correm o risco de adquirir fungos em nós formados por pelo embolado.” THAÍS VIANNA, VETERINÁRIA
indicada, já que pode retirar a gordura superficial da pele do animal e deixá-lo mais predisposto a desenvolver doenças de pele. Antes de começar o banho, o animal deve estar com a orelha protegida da entrada de água. Especialistas recomendam colocar algodão nos ouvidos para evitar infecções e otite, doenças que podem evoluir para a perda da audi-
ção do bichinho. Com tudo pronto, comece molhando o cão na cabeça e pescoço para evitar que possíveis pulgas subam para essas regiões (onde é mais difícil retirá-las). Depois de molhado, é hora de ensaboar o animal e, em seguida, enxaguá-lo até retirar todo o sabão. Após deixar o cãozinho limpo e cheiroso, lembre-se de secá-lo bem com uma toalha grossa e depois passar o secador. Se o animal ficar com a pele úmida por muito tempo, ele pode ter infecção bacteriana ou fúngica. Cachorros devem tomar banho, no mínimo, a cada dez dias. Já pets que ficam dentro de casa devem ser limpos uma vez por semana para evitar a transmissão de doenças aos donos e maus odores. Com a ajuda da veterinária Thaís Vianna, o Metro selecionou algumas dicas para deixar o seu pet bonito, cheiroso e sem riscos (veja o quadro ao lado). METRO
A água do banho não pode ser gelada nem quente, o ideal é que esteja morna STOCKXCHNG
A hora do banho
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FELINOS
Mais que um banho de gato Quem pensa que gato não precisa tomar banho está muito enganado. Os felinos, principalmente os de pelagem longa, devem ser limpos pelo menos uma vez por mês. Para dar banho no animal em casa, a dica é escolher um local silencioso e fechado para evitar possíveis fugas. A água deve ser morna e estar na altura do quadril do animal. Na hora do banho, co-
mece o enxágue pelo pescoço, depois passe para o rabo e para as patas. Para molhar o mascote aos poucos, antes e depois de passar o xampu, use um pequeno recipiente com água. Se for necessário limpar a cabeça, tome muito cuidado para não entrar água na orelha e no focinho. Nesse caso, veterinários recomendam passar um pano úmido na região. Na hora de secar o felino, use toalhas para tirar a umidade e,
depois, o secador de cabelo. Para não assustá-lo, procure um aparelho silencioso. Se o gato tiver pelo longo, essa é a hora ideal para escová-lo. METRO
Antes de molhar o pet, proteja seus ouvidos com algodão impermeável especial (hidrófobo) para evitar a entrada de água. Atenção: algodão comum não é recomendável pois molha e a água passa para o ouvido sensível do animal
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Para tirar a sujeira, utilize xampu neutro. Esfregue o cão com cuidado, principalmente se você tiver unha comprida. Não use o seu xampu no animal. A concentração dos ingredientes é muito superior e pode causar sérios danos à pele do seu animal. Sabão de coco ou com glicerina também pode causar alergia
4 Muito cuidado com a região dos olhos. Não deixe cair xampu e utilize um pente fino para tirar a sujeira sem precisar esfregar
5 Na hora do enxágue, abuse da água. Qualquer resto de sabão pode causar coceira e até mau cheiro no pelo do animal
Coloque o seu cãozinho em um espaço reservado e separe todos os itens que você irá usar durante o banho
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Seque bem o animal. Use uma toalha para tirar o excesso de água e passe-a em todas as dobras (atrás da orelha, embaixo das patas e entre as patas e o tronco). Independentemente do tamanho do cachorro, o secador é indispensável. Com uma distância razoável, seque o rosto, as patas, o tronco e o rabo
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Empreendimento da Tecnisa e PDG localizado próximo à Barra Funda e ao viaduto Pompeia já está em construção FOTOS: ANDRÉ PORTO/METRO
ANGÉLICA ARBEX, GERENTE DA LELLO CONDOMÍNIOS
O novo bairro promete valorizar ainda mais a região, mas as construtoras sabem que o aumento do número de moradores terá impacto na mobilidade da área, que conta com shoppings e uma arena para jogos de futebol e shows. “Acredito que nos próximos anos alguns prédios já estarão prontos. Serão necessários cerca dez anos para finalizar a obra, até lá será preciso adaptar as vias para comportar a quantidade de veículos”, explica Crestana. O outro lado do viaduto Pompeia também deve mudar. Um projeto de concessão urbanística para a criação de um novo bairro vem sendo discutido pela prefeitura e empresas. O terreno, chamado de “Gleba Pompeia”, tem cerca de 240 mil m2 e hoje tem baixo aproveitamento, e não há registros de moradia. Aprovado o projeto, a área receberá, além de prédios, várias intervenções, como áreas verdes e equipamentos públicos, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. MARIANNA.PEDROZO @METROJORNAL.COM.BR
Futuro planejado Zona oeste é aposta de empresas privadas e projetos do governo Barra Funda, próximo ao viaduto Pompeia, recebe bairro planejado com 250 mil m2, o equivalente a 25 quarteirões
Mercado em %
19,9
13,9 13,6
9,7 7,6
Av. M q.
de Sã o
Vicen te
Hoje: no local são
encontrados campos de futebol society, galpões, circo, posto de inspeção veicular e um estacionamento de ônibus
ÁGUA BRANCA 8.400 7.830 5.612 5.534 5.500 4.500 4.400
1
em R$
Vila Anglo Brasileira
Fonte: Mercado e Lello Imóveis
22
6,7 6,2
De olho na zona oeste Perdizes Vila Ipojuca Barra Funda Lapa Água Branca Vila Romana
Gleba Pompéia Localização: entre o Viaduto Pompéia, a avenida Marques de São Vicente e a rua Gustavo Borghoff
Área: cerca de 240 mil m²
Onde estão os arranha-céus Zona Oeste Jardins Moema Vila Mariana Santana Morumbi Tatuapé Mooca
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av. Marg inal Tie tê
av. Nicolas Boer
“A zona oeste é a nova aposta das construtoras, pois é bem-localizada e tem terrenos desocupados.”
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Abrir ruas, planejar praças e construir edifícios residenciais e comerciais na mesma região para facilitar a vida do paulistano: essa é a aposta das construtoras para a São Paulo do futuro. Dentro dessa ideia estão surgindo com força os bairros planejados, novo conceito de moradia criado do zero e caracterizado como um grande condomínio sem portões ou ruas fechadas. Uma região da capital em especial é a aposta do mercado imobiliário para os novos bairros. Cravado no coração da zona oeste, próximo ao centro, o quadrilátero que envolve a Barra Funda, Pompeia, Perdizes e Lapa aparece como uma das minas de ouro das construtoras. Ainda sem querer divulgar muitos detalhes, a Tecnisa, em parceria com a PDG, investiu alto em um terreno de 250 mil m2, o equivalente a 25 quarteirões, ao lado do viaduto Pompeia, próximo à Barra Funda. Lá surgirão 30 torres residenciais, 14 ruas e duas avenidas abertas ao tráfego. “Hoje as construtoras aproveitam regiões vazias da capital paulista, como a Barra Funda, Brás e Ipiranga, para investir nos bairros planejados, novo conceito de empreendimento que garante comodidade e segurança aos moradores”, diz João Crestana, presidente do Secovi-SP. A localização e a infraestrutura valorizaram o metro quadrado na Barra Funda. Há seis anos ele custava R$ 600, hoje chega a R$ 5,5 mil.
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MERCADO
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Sesc Pompeia: centro cultural de São Paulo com teatros, quadras esportivas, piscina e espaços para exposições. O projeto arquitetônico do Sesc Pompeia foi desenvolvido em 1977. Rua Clélia, 93 Tel.: 3865-0324
Bourbon Shopping: Espaço tem 110 lojas e áreas culturais e de entretenimento. Rua Turiassu, 2100 Tel.: 3874-5050
Viver bem é a aposta do mercado imobiliário para bairros planejados
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av. Eng. Caetano
BEIRA RIO
Álvares
Estádio Palestra Itália: Tanto o clube social do Palmeiras como o estádio estão sendo totalmente reformados e devem ficar prontos até 2013. Rua Turiassu, 1840 Tel.: 3874-6500
Barra Funda Localização: localizado av
av. Nicolas Boer
. Pres. Cas asavenidas próximo teloBranco Marquês de São Vicente, Nicolas Boer e Gustav Willi Borghoff
BARRA FUNDA Área: cerca de 250 mil m²
Hoje: o terreno é
propriedade da Windsor Investimentos Imobiliários. A Tecnisa terá 75% do empreendimento e a PDG 25%
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O bairro planejado é a nova aposta das construtoras para os terrenos desocupados e bem-localizados em São Paulo. Esse novo conceito de moradia surge de uma necessidade do mercado imobiliário de personalizar uma região a partir do conceito “viver bem”. A estrutura dos bairros planejados deve oferecer lazer, segurança, praticidade e qualidade de vida. Projetado há 11 anos pela construtora Sobloco, o Espaço Cerâmica é um exemplo de bairro planejado em São Caetano, no ACB Paulista. O bairro foi construído em um
terreno de 300 mil m2 localizado na antiga Cerâmica São Paulo. Hoje, a incorporadora já vendeu todos os prédios, comerciais e residenciais e 60% das casas. Além das residências familiares, cerca de 70% do bairro planejado é destinado ao comércio, locais de lazer, como shoppings e quadras. O Lorian Boulevard é outro exemplo de bairro planejado. O empreendimento, de responsabilidade da Gafisa, está localizado próximo ao parque Villa-Lobos, na capital, e foi planejado para ocupar 389 mil m2 com 303 lotes. MP FOTOS: DIVULGAÇÃO
Parque da Água Branca: Está localizado em uma área de 137 mil m2, sendo que 79 mil m2 são de área verde. Hoje o parque passa por reforma. Av. Francisco Matarazzo, 455
Projeto do Espaço Cerâmica, em São Caetano
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4 Empreendimento da Gafisa, próximo ao parque Villa-Lobos
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