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Sábado, 17 de setembro de 2011 Edição nº 20, ano 1

Carros flex pedem mais gasolina do que álcool nos dias frios {pág 03}

Indústria começa a investir em carros adaptados para deficientes {pág 05}

Marcha popular

RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

Câmbio automático que equipa Gol e Voyage, da Volks

Câmbio automático deixa de ser artigo de luxo e já é opção nos carros mais baratos do mercado {pág 04} DIVULGAÇÃO


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TESTE

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J6 é gigante e valente Terceiro modelo da chinesa JAC à venda no Brasil mostra que vai brigar em boas condições na categoria Veículo vai bem na cidade e na estrada FOTOS: DIVULGAÇÃO

Rendimento 0

10

Câmbio 0

10

Acabamento interior 0

10

Porta-malas 0

10

Funcionalidade 0

10

Estabilidade 0

10

PRÓS

A maior qualidade é o espaço interno. Com a opção de câmbio automático, levaria nota maior

CONTRAS

O barulho do motor na retomada das marchas e a visibilidade deixam a desejar

PREÇO SUGERIDO

*R$

59.800,00

*Na versão Diamond. Na versão com 5 lugares, o preço médio é de R$ 58.800

GIGANTE

Espaço pode ser ampliado

J6 se comportou bem tanto na estrada quanto nas ruas

Um mês após seu lançamento oficial no Brasil, a J6 da JAC parece que não vai demorar muito para conquistar seu espaço no segmento das minivans. Primeiro porque suas concorrentes diretas, Chevrolet Zafira, Citroën C4 Picasso e Nissan Grand Livina não vivem uma boa fase no mercado. Mas também porque a fórmula da JAC (bom preço, desenho atraente, garantia de seis anos e uma generosa lista de equipamentos) parece muito atraente aos olhos do consumidor brasileiro. A versão Diamond, com sete lugares e testada pelo Metro, tem preço sugerido de R$ 59.800, quase R$ 10 mil a menos do que a versão top da Zafira, por exemplo. E itens de série não fal-

13,1

segundos é o tempo que a J6 leva para chegar de 0 a 100 km/h. A velocidade máxima alcançada pelo veículo é de 183 km/h, segundo a assessoria da montadora chinesa. tam: ar-condicionado digital, freios com ABS, EBD, direção hidráulica, volante com regulagem de altura e revestido de couro, air bag duplo, luzes de neblina dianteira e traseira, sensor de estacionamento, vidros e retrovisores elétricos, CD Player MP3 com conexão USB, faróis com regulagem elétrica de altura, limpador

traseiro com temporizador, banco do motorista com regulagem de altura, assentos traseiros individuais, removíveis e rebatíveis, além de outros equipamentos. Ao volante, a minivan chinesa também mostra-se interessante. Apesar de pecar ao não ter opção de transmissão automática, encontrada nas concorrentes da categoria, quem dirige a J6 sente-se confortável. O painel é bem acabado e funcional, e as marchas são passadas de forma suave, sem solavancos. Nas retomadas, entretanto, sentese o peso do carro e o barulho do motor 2.0 de 136 cv, principalmente, com o carro cheio. Mesmo assim, a resposta do conjunto de um modo geral foi boa, principalmente se conside-

rado um teste com cinco passageiros na estrada. Um fator negativo é a visibilidade, principalmente nas curvas mais fechadas, nas quais a supensão mole deixa um pouco a desejar. Para quem viaja nos bancos traseiros, entretanto, o passeio é extremamente confortável. Os bancos individuais são bastante reclináveis e o sistema de rebatimento é bem simples. Ele abre espaço suficiente para acessar de forma fácil todos os bancos e o porta-malas, o que inclui a fileira do sexto e sétimo bancos. Essa última fileira, entretanto, exige um pouco de contorcionismo para entrar e sair. O mais recomendável é que sejam ocupados por crianças e adolescentes. GUILHERME COSTA

A proposta da J6 de levar sete pessoas é talvez o ponto mais forte da minivan chinesa, levandose em conta que o consmuidor que compra um carro dessa categoria procura, primeiramente, por tamanho. Mesmo com sua lotação máxima, os passageiros não perdem o conforto, pois o espaço interno é mesmo incomparável. Não é preciso se encolher em nenhum dos bancos. Sem falar no caso de precisar transportar cargas. O porta-malas pode ser ampliado para até 2,2 mil litros (com todos os bancos traseiros rebatidos). Com os cinco assentos traseiros na posição normal, são 198 litros livres. GC

Porta-malas é espaçoso ao extremo


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SERVIÇO

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No frio, o etanol é menos econômico do que a gasolina

LUIZ GUARNIERI/FUTURA PRESS

Tempo frio pede mais gasolina No inverno, álcool acaba sendo menos rentável nos modelos bicombustíveis Fique atento ao combustível envelhecido no tanquinho Temperaturas baixas como as vistas nos últimos dias em São Paulo afetam diretamente o funcionamento dos motores. Modelos flex, quando abastecidos com etanol, podem apresentar dificuldades ou simplesmente não pegar depois de ficarem parados da noite para o dia, por exemplo. Para evitar transtornos, a manutenção correta do sistema de partida a frio deve estar em dia. Na maioria das vezes, ele entra em ação somente quando a temperatura ambiente fica abaixo de 15°C. De acordo com Edson Esteves, professor de engenharia automobilística da FEI (Faculdade de Engenharia Inaciana), isso acontece porque o álcool tem uma característica de injeção de combustível maior do que a gasolina. O ar entra com temperatura bem menor do que no verão e isso prejudica a queima. Ou seja, quanto mais al-

o

15 C

é a partir dessa temperatura ambiente para baixo que os veículos flex começam a apresentar alguns problemas no sistema de partida a frio. ta a temperatura, melhor a eficiência para queimar o etanol. “Por isso, o frio não é adequado para o consumo de álcool e ele se torna menos econômico que a gasolina”, alerta o professor. Em um país quente como o nosso, o frio excessivo costuma acontecer apenas no inverno, por isso há grande possibilidade da gasolina do reservatório de partida à frio (conhecido como tanquinho) estar velha quando o seu carro precisar dela na hora de dar partida à frio. Nesse caso, ela perde completamente o poder de queima e o etanol

não consegue atingir temperatura suficiente para iniciar a combustão no motor sozinho. Com as máquinas acontece o mesmo que com o ser humano que pratica exercícios: se não houver o aquecimento correto, a chance de lesões aumenta muito. Portanto, cuidar da gasolina do tanquinho é a principal dica do especialista para evitar problemas no frio. O combustível usado no reservatório deve ser, de preferência, aditivado. E ele precisa ser trocado de tempos em tempos, para não envelhecer. “A gasolina do potinho deve estar sempre no nível completo e é bom trocá-la após um longo período de calor pois, quando velha, ela pode gerar entupimento em diversos componentes do veículo”, explica. CAMILA.BEM @METROJORNAL.COM.BR

Dicas de especialista para o frio É importante pisar na embreagem todas as vezes que você for dar partida no carro, independente da temperatura ambiente e do combustível utilizado. Essa é uma forma de mexer com todos os componentes mecânicos e poupar a bateria O ideal é esperar entre 1 e 2 minutos antes de sair com o carro, em dias frios. Nesse caso, você aciona o sistema de lubrificação do carro e faz um preaquecimento que vai ajudar a melhorar o desempenho do veículo sem forçar muito os outros componentes Ao substituir o combustível, o veículo demora mais tempo para começar a trabalhar em temperatura estável, principalmente para quem dirige pouco tempo e estaciona. O ideal é rodar de 10 a 15 quilômetros antes de estacionar o carro por um longo período Se a gasolina do reservatório estiver velha ou suja, leve o carro a uma oficina mecânica para fazer a troca. Em alguns casos, o profissional precisa desmontar o conjunto para limpar o tanquinho. Dependendo do estrago feito pelo combustível velho, o serviço pode custar cerca de R$ 100, com mão de obra

Quando o carro fica parado por um longo período em garagens muito frias, não vai pegar com facilidade. Na maioria dos casos, a insistência acaba descarregando a bateria. Se a tradicional “chupeta” não resolver, procure um mecânico pois o problema pode ser mais grave


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MERCADO

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Automático para todos Frota de veículos com transmissão automática cresce no Brasil Especialista diz que carros de motor 1.0 com esse tipo de transmissão perdem acessibilidade Saiba quais são os modelos mais baratos vendidos no país DIVULGAÇÃO

Artigo de luxo para alguns motoristas, mas absolutamente necessário para outros. O câmbio automático divide opiniões, mas tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil. De acordo com dados da consultoria Jato Dynamics, em 2005, esse tipo de transmissão representava 5,5% da frota nacional de veículos, índice que subiu para 16% até o ano passado. Embora encareça o preço do carro em cerca de 7%, a transmissão automática, que dispensa a embreagem ao permitir a troca de marchas por meio de um conversor de torque, está em ascenção. De toda a linha Honda, por exemplo, cerca de 67% dos carros vendidos em 2010 tinham esse tipo de transmissão. Na Renault, o Sandero automático tem sido apresentado como a principal novidade da linha 2012, lançada em maio deste ano.

“A adaptação do câmbio automático não é igual em todos os modelos. Isso é um desafio para as fabricantes.” LUIZ CARLOS MELLO, ESPECIALISTA EM CARROS E PROFESSOR DA FEI

O principal motivo para o aumento da frota de veículos automáticos é, claro, preços mais baixos. Há seis anos, um carro assim valia cerca de R$ 10 mil a mais que outro de igual modelo e de câmbio manual. Hoje, a transmissão automática aumenta o valor do veículo em no máximo R$ 4 mil. Segundo Luiz Carlos Mello, especialista em carros e professor da Faculdade de Engenharia Industrial, para que os automáticos não percam o ritmo, os carros com motor 1.0 não podem ficar mais caros por conta do item ao ponto de não serem mais acessíveis. “O câmbio automático aumenta o preço do carro popular e tira seu principal atributo que é a acessibilidade”, diz o especialista FERNANDO.CORREA @METROJORNAL.COM.BR

Gol i–Motion oferece conforto e preço acessível

Gol 1.6 i–Motion Com preço sugerido de R$ 34.600, o Gol i–Motion exibe o título de carro automático mais barato do mercado. Seu motor produz uma potência de 101 cavalos, quando alimentado por gasolina, e torque de 15,4 kgfm. Para acelerar de 0 a 100 km/h, ele precisa de 12 segundos, e seu consumo fica na média dos 10 km/L. Com câmbio automático de cinco marchas e direção hidráulica, o carro alcança 195 km/h.

Automáticos com menores preços Saiba quais são os oito carros equipados com transmissão automática mais baratos do Brasil

Kia Picanto 1.1 12V

Peugeot 206 Feline 1.6 8V

Honda Fit 1.4 8V LX CVT

Chevrolet Astra 2.0 8V Advantage

(gasolina)

(flex)

(gasolina)

(flex)

Preço:

R$ 40.900

Preço:

R$ 49.600

Preço:

R$ 50.375

Preço:

R$ 52.876

Fiat Stilo 1.8 8 V Dualogic

Chevrolet Meriva 1.8 8V easytronic

Kia Cerato EX 1.6 16V

Nissan Tiida 1.8 S

(flex)

(flex)

(gasolina)

(gasolina)

Preço:

R$ 54.300

Preço:

R$ 54.314

Preço:

R$ 54.900

Preço:

R$ 56.590


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MERCADO

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Inclusão no volante Indústria automobilística começa a investir em carros para portadores de necessidades especiais Do mais velho ao mais moderno, qualquer veículo pode ser adaptado Opcionais ajudam pessoas com dificuldades FOTOS: DIVULGAÇÃO

Liberdade é o que melhor define o sentimento de quem acaba de conquistar o domínio da direção. Como aprender a andar de bicicleta, tomar o controle do carro é uma vitória para toda a vida. E para que todos sintam o gosto dessa conquista, a indústria automobilística tem investido cada vez mais em carros projetados para motoristas portadores de necessidades especiais. “O desenvolvimento de veículos adaptados para esse público começou há cerca de dez anos. Mas qualquer carro pode receber as adaptações, desde o mais velho até o mais moderno. Oficinas especializadas fazem os ajustes sem maiores dificuldades”, afirma Giancarlo Pereira, especialista em carros e professor de engenharia da Universidade Mackenzie. Acelerador mais freio manual, câmbio automático, acelerador invertido e teclado acoplado ao pomo giratório são alguns dos acessórios que facilitam a vida dos motoristas com alguma lesão medular. “Cada caso é diferente do outro. Algumas pessoas apresentam dificuldade no movimento dos braços, outras têm uma das pernas 1. A central de comandos elétricos é um teclado acoplado ao pomo giratório do volante que centraliza funções como seta, buzina e para-brisa. Com ela, o motorista não precisa mexer o braço, basta acionar o botão.

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“A limitação dos movimentos não impede que a pessoa seja um bom motorista. Carros adaptados são a solução.” LUIZ CARLOS, FISIOTERAPEUTA

comprometidas. A avaliação médica é que vai determinar como deve ser o carro mais apropriado”, afirma Luiz Carlos de Souza, fisioterapeuta da clínica Forti Fisioterapia Ortopedia e Traumatologia. Programas

O Brasil tem aproximadamente 17 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. De olho na demanda, as montadoras desenvolvem programas específicos para esse público. O programa Autonomy, da Fiat, e o programa Mobilidade, da Volkswagen, são os mais conhecidos. Os dois permitem a compra de veículos direto de fábrica com as adaptações já instaladas por fornecedor cadastrado. FERNANDO.CORREA @METROJORNAL.COM.BR

2. Com o acelerador eletrônico de aro acoplado, o motorista pode acelerar o carro usando os dedos. Removível, ele possibilita que o mesmo veículo seja conduzido por um portador de mobilidade reduzida ou não.

3. O pedal de acelerador invertido resolve o problema dos motoristas com dificuldade no movimento em uma das pernas. O acelerador fica posicionado do lado da perna sadia, permitindo que ele seja acionado.

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Fiat Bravo é destaque entre veículos para portadores de necessidades especiais

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