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O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável, e com tinta ecológica elaborada com matérias-primas bioderivadas e renováveis pela gráfica Plural.

ANDRÉ PORTO/METRO

Sábado, 25 de agosto de 2012 Edição nº 41, ano 2

Inovação no atendimento Varejo 3.0 espera fidelizar clientes ao agregar tecnologia {pág 12} Burocracia para duas rodas Fichas de financiamento podem ter gerado queda nas vendas de motos {pág 16}

Rodas deixam o carro mais bonito, mas precisam de cuidados

RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

Saiba como agregar valor e beleza ao carro do modo certo {pág 06}

Da invenção à evolução


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TOME NOTA

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Para ver a lua A minivan C4 Picasso da Citroën ganhou uma nova série nesta semana. A edição La Luna traz teto panorâmico com vidro de alta resistência, sistema de som com entrada UBS, bluetooth e está disponível na cor branca. Os preços do Citroën C4 Picasso La Luna partem de R$ 92,2 mil – R$ 5,7 mil a mais que o modelo tradicional. Segundo a marca, apenas mil unidades do modelo serão comercializadas.

Motor 2.0 é o mesmo presente na versão 2010 do carro

GIULLIANO RICCIARDI/CITROEN

Teste personalizado

Foco nos híbridos

Usado de luxo

A Continental inaugurou nesta semana, em Salto, no interior paulista, o Centro Tecnológico de Powertrain. O objetivo é testar componentes para motores e transmissões antes de disponibilizá-los ao mercado brasileiro. Segundo a Divisão da Powertrain no Brasil, o diferencial de ter um centro como esse instalado aqui está na criação de soluções específicas para o cenário interno. Testes com a injeção direta em motores flex já estão em andamento. O Brasil é o sexto país a receber um centro como esse.

Redução no consumo de combustíveis e preços mais acessíveis. Foi com essa proposta de benefícios que a Ford anunciou, nesta semana, a criação de um novo laboratório de pesquisa e desenvolvimento de veículos do segmento. Localizado em Dearborn, nos Estados Unidos, o Centro Avançado de Eletrificação da Ford recebeu US$ 135 milhões em investimentos em design, engenharia e manufatura de elementos dos veículos híbridos e elétricos da nova geração. O objetivo é reduzir o custo final em até 30%.

A Rolls-Royce acaba de anunciar a criação de um sistema que localiza veículos da marca à venda em diferentes partes do mundo. O objetivo é oferecer opções um pouco mais em conta para os amantes da marca que não podem comprar um dos modelos saído direto da fábrica. A ferramenta pode ser acessada no endereço www.rolls-roycemotorcars.com. A consulta é gratuita e pode ser filtrada a partir do país e do modelo desejado. A má notícia é que no Brasil não há nenhum modelo disponível.

Mais vítimas

Longa espera

110 anos de Harley

Dados da seguradora Líder DPVAT indicam que o percentual de indenizações pagas a motoristas e passageiros vítimas de acidentes de trânsito no país cresceu 31% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. A maior parte das vítimas é composta por homens com idade entre 25 e 34 anos.

Os consumidores interessados em obter o modelo crossover CR-V da Honda terão de esperar entre 30 e 60 dias, dependendo da região. Isso porque a montadora encerrou as importações do modelo depois que atingiu a cota estabelecida pelo acordo firmado entre o Brasil e o México, pela qual não é cobrada taxa de importação.

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. REDAÇÃO - 011/3528-8522

leitor.sp@metrojornal.com.br COMERCIAL: 011/3528-8549

“A tiragem e distribuição desta edição de 100.000 exemplares são auditadas pela BDO.” Editado e distribuído por SP Publimetro S/A. Endereço: rua Tabapuã, 81, 14º andar, Itaim, CEP 04533-010, São Paulo, SP.

A Harley-Davidson acaba de lançar nos Estados Unidos dez edições comemorativas de suas motos em celebração aos 110 anos de existência da marca. Além das novidades, a fabricante renovou os modelos Dyna e CVO Breakout. As motos comemorativas terão unidades restritas e receberão pintura exclusiva.

Expediente Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini. Diretor de Redação: Fábio Cunha (MTB: 22.269). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Operações: Luís Henrique Correa. Editor Chefe: Luiz Rivoiro. Editor de Arte: Vitor Iwasso. Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Gerente Comercial Nacional: Ricardo Adamo.

Metro Motor. Editora: Patrícia Guimarães. Editor de Arte: Daniel Lopes. Repórteres: Fernando Corrêa e Marianna Pedrozo. Gerentes Comerciais: Tânia Biagio e Elizabeth Silva.


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SERVIÇO

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A lavagem deve ser feita, em média, uma vez por semana, a fim de manter a pintura nova

RENATO STOCKLER/FOLHAPRESS

Lavagem, enceramento e acabamento feitos de forma correta deixam o carro com cara de novo mesmo se ele já for rodado

Salão de beleza Ainda que tenha vários quilômetros de estrada, a caranga pode facilmente ganhar um aspecto novo após um bom tapa no visual. Para deixar o carro nos trinques, alguns lugares oferecem mais do que a simples lavagem. Polimento, lavagem a seco, hidratação, higienização, recuperação de para-brisa e proteção e cristalização de superfícies. Com um tratamento tão completo, fica parecendo que o carro acabou de sair de um salão de beleza. “Dependendo do que o cliente deseja, fazemos um pacote incluindo serviços que variam de lavagem de motor até enceramento, aspiração e limpeza de painel”, diz Ronaldo Pachione Martins, dono da Meguiar’s Show Car. Fazer barba, cabelo e bigode, contudo, não fica barato. Uma boa lavagem com limpeza de painel, aspiração e enceramento sai por R$ 80, segundo Martins. Mas o dono do carro também pode fazer o trabalho por conta própria. Para dei-

xar a caranga zerada, não podem faltar lavagem, enceramento e finalização. Lavagem completa

Ao contrário do que muitos dizem, a pintura não fica gasta depois de várias lavagens, mas pode durar ainda mais. Sujeiras orgânicas, como fezes de passarinho e insetos, devem ser removidas rapidamente, pois causam danos irreparáveis na lataria. Para manter o brilho, a dica é usar xampu com cera líquida a cada duas lavagens. Por fim, a secagem deve ser feita com um pano macio – se feito de microfibras, melhor ainda – e que absorva bem a água. Depois da lavagem, o enceramento ajuda a elevar a vida útil da pintura. São vários tipos de cera disponíveis. Uma que tem um ótimo custo-benefício é a Pérola, que custa cerca de R$ 7 e não mancha as borrachas do carro.

FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO

GREG SALIBIAN/FOLHAPRESS

MARCELO JUSTO/FOLHAPRESS

A finalização é uma das partes mais importantes. O bom e velho pano úmido é o mais indicado para tirar a poeira. Para limpar as frestas das grades de ventilação e o painel de instrumentos, o melhor é usar um pincel macio.

Máquinas de lavar fazem uma limpeza externa rápida, mas bem inferior em comparação à lavagem manual.


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LANÇAMENTO

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Economia sobre rodas Novo Ford Fiesta Econetic gasta 3.3 l de combustível a cada 100 km rodados

Economia. Essa é a palavra de ordem do novo Ford Fiesta Econetic, que gasta apenas 3,3 litros de combustível a cada 100 km rodados, ante os 27 km/l da versão anterior. O modelo também se destaca pela baixa emissão de gás carbônico, 87 g/km, fator que lhe confere o status de um dos carros mais verdes do setor automotivo mundial. Além de econômico, o Fiesta Econetic é surpreendentemente ágil, agradável de conduzir e conta com novos acessórios: rodas com pneus de baixa resistência e um indicador de mudança de marcha no painel de instrumentos. A assessoria de imprensa da Ford não confirmou a data prevista para o lançamento do Fiesta Econetic nas concessionárias da marca no Brasil. RYAN BORROFF

Emissão de CO2 também é baixa Por dentro

Acabamento: muito bem construído, ele se destaca pela sofisticação. O único ponto negativo é encontrado no material usado nos botões de controle climático. A montadora usou acabamento em plástico.

Números de destaque

178 km/h

é a velocidade máxima atingida pelo veículo.

1.6 é potência do motor de quatro cilindros turbodiesel.

Baixo consumo de combustível é um dos diferenciais do Fiesta Econetic

METRO INTERNACIONAL METRO INTERNACIONAL


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PRODUTO

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Nova rodada DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Jogo de rodas marca TSW de aro 17 para Citroën C3 sai por R$ 2 mil

Volkswagen Scirocco GTS tem rodas com fortes pinças de freios vermelhas

Tamanho certo

Valor estético

Nenhum especialista recomenda a instalação de rodas com dimensões diferentes das recomendadas pelo fabricante do carro. Isso afeta principalmente a calibração da suspensão, comprometendo a estabilidade. Carros de passeio geralmente usam rodas de aro 13 a 18.

A boa aparência tem um custo. Um modelo de liga é pelo menos o dobro do preço de um similar de aço. Um jogo de aro 14 na concessionária gira em torno de R$ 1,5 mil, enquanto em uma loja independente fica em R$ 900.

Rodas de liga leve deixam carro com ares de esportividade Dimensão da peça deve ser a mesma da original de fábrica

JOÃO BRITO JR/FOLHAPRESS

Roda esportiva aro 16 do Ford Focus Titanium

DIVULGAÇÃO

Hyundai Santa Fé sai de fábrica equipado com rodas de liga leve aro 18

Banco de couro, grade cromada, vidro preto e até lâmpadas de LED. A imaginação vai longe quando o assunto é equipar o carro. Segundo acessório mais cobiçado, depois do rádio, as rodas de liga leve transformam o visual da caranga e deixam o modelo com ares de esportividade. Com R$ 1,2 mil, o técnico em informática Jorge Sereghetti equipou seu Volkswagen Gol 1.0 com rodas de liga leve de aro 15, marca Mangels. Já o publicitário Fernando Gianoni optou pela compra de um Ford Focus GLX, sobretudo porque o carro já

veio da loja com esse tipo de roda. Segundo especialistas, rodas de liga leve e rodas normais de aço têm a mesma resistência, mas as primeiras são feitas com ligas de alumínio, por isso pesam cerca de 20% menos. Além de mais leves, porém mais caras, as rodas de alumínio têm estética bem superior. Existem vários modelos para todos os carros, mas os mais conhecidos são rodas Mangel, Rodão, TSW, Binno e Vaska. FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO

ROBERTO ASSUNÇÃO/FOLHAPRESS

Se a roda tiver sido muito danificada, é melhor comprar outra do que tentar um conserto

Reparo facilitado Rodas de liga têm maior tolerância a reparos, mas é aconselhável submeter a peça avariada a uma série de medições a fim de verificar se o dano não empenou sua zona de contato nem causou fissuras. Só então a roda é liberada para conserto.


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MERCADO

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Mais do mesmo

Lançamento no mesmo ano de duas versões de determinado modelo acelera desvalorização do que chegou primeiro Especialista diz que montadoras não podem esconder informações do cliente DANILO VERPA/FOLHAPRESS

Às vezes, o mercado automotivo se vale de estratégias de venda e marketing que desagradam os consumidores. No começo do ano, por exemplo, a Volkswagen lançou a linha 2013 do Gol. Clientes que compraram o carro tiveram uma surpresa no meio do ano, quando a montadora anunciou a chegada de outro Gol 2013 “reestilizado”. Ou seja, duas linhas 2013 em 2012. O problema é que, com a chegada do novo Gol, aquele do começo do ano sofre desvalorização. Fora isso, se o comprador soubesse do lançamento da nova linha, talvez preferisse esperar pela versão mais recente. De acordo com a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, a prática não é ilegal, desde que a montadora abra o jogo com o cliente informando sobre a possibilidade de lançamento da nova linha no mesmo ano. “As montadoras não podem esconder do cliente informações relevantes que podem influenciar na compra. Elas devem fazer jogo aberto por meio de publicidade e orientação aos vendedores nas redes autorizadas. O consumidor prejudicado por falta de informação por parte das marcas pode procurar órgãos de defesa do consumidor para fazer valer seus direitos”, afirma Maria Inês. A mesma coisa aconteceu com o modelo Voyage. A Volkswagen já oferecia o modelo 2013 no começo do ano, mas em julho lançou outra versão com uma traseira nova. “Geralmente, um modelo reestilizado apresenta pou-

15% é quanto o cliente pode pedir de desconto em um modelo 2012 em uma loja que tenha duas linhas no estoque (2012 e 2013).

Novo Gol G5 chegou no início do ano, mas teve versão reestilizada lançada no segundo semestre

Informação necessária cas modificações em relação à versão anterior, como novos frisos ou alguns acessórios adicionais. O importante é o consumidor estar ciente de que o carro do ano sempre chega no ano anterior, isso é comum. O problema é que os novos modelos costumavam chegar entre setembro e outubro, mas agora as montadoras antecipam para janeiro ou fevereiVoyage teve duas versões 2013 lançadas este ano

ro o lançamento do carro do ano seguinte”, diz Giancarlo Pereira, especialista em mercado automotivo. Portanto, antes de fechar negócio, o consumidor deve saber se de fato prefere levar o modelo ou esperar pela nova versão. FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO

Uma forma de evitar arrependimento por ter comprado um modelo que no mesmo ano vai ficar para trás por conta de uma nova versão é ficar atento às movimentações do mercado. De acordo com Giancarlo Pereira, especialista em mercado automotivo, a prática é comum entre as montadoras e o consumidor pode se informar em sites especializados sobre a possibilidade de lançamento de uma nova versão no mesmo ano. Outra dica é ficar atento à orientação do vendedor. Vale lembrar que ele quer vender o carro que está na loja. Em algumas situações, ele também pode não ter a informação correta, já que as montadoras muitas vezes escondem detalhes sobre novos lançamentos. Entrar em contato com o fa-

“O direito à informação impede que montadoras escondam de clientes a intenção de lançar uma nova versão de determinado modelo só para conseguir vender a versão antiga mais rápido.” MARIA INÊS DOLCI, COORDENADORA INSTITUCIONAL DA PROTESTE

bricante antes de realizar a compra também pode ser uma boa ideia. “Se houver previsão de chegada de uma nova versão do carro, a empresa é obrigada a dizer ao comprador. Caso contrário, está escondendo informação do cliente, o que é ilegal”, afirma a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci.


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MERCADO

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Montadoras acreditam em nova forma de venda para atrair o consumidor Varejo 3.0 usa a tecnologia para fidelizar o cliente Concessionárias nacionais ainda não estão totalmente preparadas para implantar o conceito FOTOS: ANDRÉ PORTO/METRO

Visitante pode experimentar como funciona o configurador 3D, uma das tecnologias do varejo 3.0, na nova loja-conceito da Citroën

Aposta sedutora

Da mesma forma que as montadoras não poupam esforços para desenvolver carros elétricos e tecnologias inusitadas, seus olhares também estão voltados para as mudanças do consumidor – conectado à web 24 horas, sem tempo e exigente com a qualidade do produto e como ele é vendido. Para acompanhar essas expectativas, as empresas do setor apostam em um novo tipo de varejo, chamado 3.0 – conceito que usa a tecnologia no ponto de venda para agregar valor ao produto e, consequentemente, à marca. “Ao chegar à concessionária, o consumidor terá acesso a telas 3D que simulam a montagem do carro, tablets e redes sociais. Tudo isso para transformar o momento da compra em uma experiência de sucesso”, diz Alexandre Marquesi, professor do curso de pós-graduação em gestão e marketing digital da ESPM. Esse conceito ainda está engatinhando no país. De acordo com o professor, grande parte das montadoras não está preparada para uma mudança. A implantação demanda um alto investimento na estrutura da loja, compra de aparelhos tecnológicos e treinamento

específico para os funcionários. “São necessários apenas dois ou três meses para mudar o perfil de venda da concessionária. Acredito que a Fiat, a Nissan e a Volkswagen serão algumas das pioneiras no Brasil”, diz Marquesi. Mesmo sem previsões para as transformações das lojas convencionais em “concessionárias do futuro”, já é possível ter um gostinho do que será oferecido pelo mercado. A Citroën adiantou algumas fórmulas do varejo 3.0 em seu novo espaço-conceito lançado no início do ano na capital paulista. Entre elas, destaca-se um configurador 3D que permite a customização do automóvel, desde a motorização até a escolha da roda. A loja também enfatiza outro objetivo da estratégia de marketing: o relacionamento com o cliente. “Queremos que o visitante veja e entenda não só o universo do automóvel, mas tudo que é tendência para a Citroën, o que nos inspira e nos motiva”, explica Francesco Abbruzzesi, diretorgeral da Citroën do Brasil.

“O conceito de varejo 3.0 deve aumentar as vendas e a fidelização do cliente. Como a concessionária será mais atrativa, o consumidor terá vontade de fazer visitas frequentes.” ALEXANDRE MARQUESI, PROFESSOR DA ESPM

Sonho 3.0

O novo conceito de varejo acompanhou o desenvolvimento da web. Veja as mudanças:

Mundo online Web 2.0: é a atual. Possui mecanismos de busca, redes sociais e sites de colaboração do internauta Web 3.0: facilitará os mecanismos de busca, tornando-a mais personalizada para cada usuário

Avanço das vendas Varejo 1.0: consumidor encontra o produto desejado na loja e efetua a compra Varejo 3.0: inspirado nos avanços tecnológicos e da web. A tecnologia é usada nas lojas para agregar valor ao produto e facilitar as vendas

Apostas tecnológicas das concessionárias Codificador 3D – QRCode Profissionais qualificados: o vendedor deve conhecer bem o veículo para responder as dúvidas do consumidor. Também é válido acompanhar a opinião dos internautas em fóruns e redes sociais Tablets: usado para tirar fotos do veículo

MARIANNA PEDROZO METRO SÃO PAULO

Facebook: o acesso à rede social permite que o consumidor consulte seus amigos antes da compra

Visualize seu carro Configurador 3D touch screen: permite que o consumidor configure o carro desde a escolha do motor até seus acessórios. A tecnologia permite a visualização do veículo de acordo com as escolhas do cliente.


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MERCADO

Pátios abrem para negociação Juro zero, descontos extras, brindes e parcelamento em até 60 meses. Este final de semana promete ser o melhor do ano para comprar um carro zero-quilômetro ou seminovo. Com a possibilidade do fim do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido prevista para o fim deste mês, três das maiores montadoras do país promovem hoje e amanhã feirões em estacionamentos de shoppings, hipermercados e no Campo de Marte. Volkswagen, Fiat e GM prometem vender veículos com preços mais baixos e com condições diferenciadas de financiamento. A expectativa é de que sejam 400 mil veículos vendidos. METRO MOTOR

Serviço Conheça os locais e os horários dos feirões automotivos que acontecem hoje e amanhã em São Paulo. Final de semana é a última chance de comprar um carro com IPI reduzido

Feirão Fiat

Feirão Chevrolet

Feirão Volkswagen

Local

Campo de Marte. Av. Santos Dumont, Santana, Sao Paulo

Local

Local

Dia

Hoje e amanhã, das 9h às 19h

Pátio interno da unidade da GM do Brasil (entrada pelo portão 1). Avenida Goiás, 1.805, São Caetano do Sul.

Dia

Hoje e amanhã, das 9h às 20h

Hipermercado Extra Anchieta (estacionamento). Rua Garcia Lorca, 301, Paulicéia, São Bernardo do Campo; Shopping Center Norte (estacionamento). Travessa Casalbuono, 120, Vila Guilherme, São Paulo

Dia

Hoje e amanhã, das 9h às 19h

Valores mais baixos O consumidor que visitar um dos feirões vai poder comprar carros com descontos tentadores. Veja alguns modelos vendidos por melhores preços

Novo No ovo Uno Vivace 1.0 Preço original

R$ 26.800 Preço reduzido

R$ 22.990

Benefícios Conheça algumas vantagens ntagens oferecidas nos feirõess automotivos do final de semana Na compra do Volkswagen swagen Fox idor leva no feirão, o consumidor de graça GPS e IPVA bém oferece A Volkswagen também has Saveiro, juro zero para as linhas Gol, Fox e Voyage A GM promete vender toda a linha 2012 com preços de 2007. Os financiamentos poderão ser feitos em até 48 meses com taxa de 0,99% ao mês

Montadoras realizam feirões nos últimos dias de venda com IPI reduzido Hoje e amanhã, consumidor tem chance de comprar carro mais barato e em melhores condições

Fox 1.0 Preço P reço original

Gol G4 2013

R$ 35.500

Preço original

R$ 33.500

Preço reduzido

Preço reduzido

R$ $ 24.291 R$ 22.310


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DUAS RODAS

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Financiamento vetado ANDRE PORTO

Com média diária de 6.047 emplacamentos, retração foi de 21% na comparação com agosto do ano passado

Análise rigorosa

Antes de aumentar o rigor na análise dos formulários de liberação de crédito, as instituições financeiras praticavam a chamada aprovação automática. Bastava o número do RG do cliente e algum telefone para contato que o financiamento era facilmente liberado. Atualmente, porém, todas as informações contidas na ficha são checadas minuciosamente. “Se o número de telefone da concessionária não estiver certo, por exemplo, o banco não vai ligar avisando, mas sim reprovar o crédito na hora”, afirma Tainara Moraes, superviso-

ra de vendas da Yamaha Andreense, unidade São Mateus. Segundo a executiva, esta semana um cliente não conseguiu aprovação de crédito na loja concorrente e foi tentar na autorizada onde Tainara trabalha. “A primeira coisa foi analisar o formulário que o cliente tinha pegado na outra loja. Percebi que havia algumas informações erradas, fiz a correção, enviei ao banco e o crédito foi aprovado”, afirma a executiva. A profissional também explica que a maioria dos erros no preenchimento da ficha acontece por descuido de vendedo-

Venda de motos é pior desde crise econômica de 2009 Abraciclo aponta erro no preenchimento de ficha que aprova financiamento Executivo de concessionária culpa bancos pela reprovação de clientes Conhecido por gostar de motos, o brasileiro se afastou da vida em duas rodas nas últimas semanas. Este mês, o percentual de compradores que decidiram pela aquisição de algum modelo novo teve redução de 21% na comparação com agosto do ano passado. Com apenas 66.521 emplacamentos, foi o pior período para o setor desde a crise econômica de 2009. Atualmente, porém, não há crise. Um dos motivos da retração do mercado, segundo o diretor-executivo da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), vem da dificuldade na liberação de crédito junto às instituições financeiras. De acordo com o executivo, um dos problemas é o preenchimento errado das fichas. Quando o banco que vai emprestar o dinheiro recebe uma ficha com erro de informação, como telefone ou endereço errados, veta o financiamento. “Identificamos junto aos bancos que algumas vezes os vendedores cometem erros ao preencher as fichas dos consumidores. Essas imprecisões acabam levando à recusa dos financiamentos”, diz o executivo. Porém, para o gerente da Honda Japauto, unidade

20%

é a média de aprovação das fichas para financiamento bancário na compra de motos. Cerca de 80% dos formulários são reprovados por erros de preenchimento ou pelo rigor dos bancos. Alphaville, Eduardo Cardoso, os verdadeiros culpados pelo baixo número de aprovações de crédito ao consumidor são os bancos, e não os vendedores das concessionárias. “Os bancos é que dificultam a aprovação de crédito. Eles conseguem saber se o cliente tem alguma dívida no cartão e já concluem que ele não vai conseguir pagar as prestações. Ou senão eles cruzam valores como aluguel, salário e dívidas e fazem suposições achando que o cliente não tem condições de comprar a moto”, afirma Cardoso. Embora menos pessoas estejam comprando motos, o Brasil ainda ocupa o 5º lugar no ranking dos produtores mundiais, com uma frota que beira 20 milhões de unidades. FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO

res mais antigos e acostumados com a aprovação automática, que não existe mais. Exigências De fato, hoje em dia está mais difícil conseguir financiamento bancário para comprar uma moto nova. De acordo com José Eduardo Gonçalves, diretor-executivo da Abraciclo, apenas os consumidores que atendem às atuais exigências – entrada de 20% do valor da moto e parcelamento em até 36 meses – é que estão entre os que conseguem efetivar a compra. FC

Moto mais vendida no país, Honda CG 125 teve 195.905 unidades emplacadas no primeiro semestre do ano


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