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O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável, e com tinta ecológica elaborada com matérias-primas bioderivadas e renováveis pela gráfica Plural.
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Sábado, 15 de setembro de 2012 Edição nº 42, ano 2
Mais um na briga Hyundai lança o HB20, que entra na disputa dos hatches compactos {pág 06} Segurança em duas rodas Apenas dois em cada dez motociclistas cuidam como deveriam do veículo {pág 10}
Incentivo perde impacto RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR
Mesmo com prorrogação do prazo de redução do IPI, setor espera queda nas vendas de novos Poder de consumo menor e estoques em baixa desacelaram o mercado {págs 12 e 13}
DIVULGAÇÃO
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TOME NOTA
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O melhor do Golf Provavelmente o carro mais aguardado do ano, o Golf (em sua sétima geração) finalmente saiu do armário da Volkswagem. Com lançamento oficial confirmado para o dia 29 no Salão de Paris, o modelo mais vendido da marca na Europa cresceu em tamanho e ficou 100 kg mais leve, oferecendo economia de 23% de combustível. No Brasil, é grande a expectativa para a chegada do novo Golf até 2014, mesmo porque, aqui ainda circula a quarta geração do modelo.
Maior presença de aço deixa novo Golf mais leve, preço inicial vai partir de R$ 48.500
GIULLIANO RICCIARDI/CITROEN
Ford em alta voltagem
Superesportivo de volta
BMW na tomada
A Ford inaugurou, nos Estados Unidos, um centro de pesquisa exclusivamente para veículos híbridos e elétricos. Com investimento de US$ 135 milhões em design e engenharia, a montadora pretende dobrar a capacidade das baterias até 2013. O preço dos carros híbridos atuais está sendo reduzido em até 30% em comparação com a geração anterior, como o Fusion Hybrid, vendido também no Brasil. Os próximos lançamentos da Ford neste segmento são os ecológicos Novo Fusion Hybrid e C-MAX Hybrid.
Uma das paixões do piloto Ayrton Senna, o NSX, deve voltar ao mercado nos próximos três anos. O anúncio foi feito pela Honda, que manteve a produção do superesportivo entre 1990 e 2005, e agora pretende relançá-lo com motor híbrido. A responsabilidade pelo desenvolvimento ficará com a divisão da marca em Ohio, nos Estados Unidos. A expectativa é de que o novo NSX participe de corridas já no começo de 2014. A geração anterior do Honda NSX participou de corridas da categoria Super GT no Japão.
A BMW deve trazer seu primeiro modelo elétrico ao Brasil a partir de 2014, segundo anúncio feito pela montadora nesta semana. O hatchback i3 trará com ele a responsabilidade de despertar o consumidor brasileiros para os conceitos de sustentabilidade. Por isso, seu interior será todo feito de materiais certificados pelo Forest Stewardship Council. Para os preocupados com potência, a boa notícia é que o motor elétrico do i3 sai do estado de repouso e passa para os 100 km/h em menos de oito segundos.
Mais opcionais
Queda brusca
Em produção
A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) divulgou os dados de vendas de importados no país de janeiro a agosto. A queda registrada no período foi de 27,5%, com 93.685 unidades vendidas, contra 129.284 no mesmo período do ano passado. Agora, os importadores esperam subsídios do governo.
A Triumph confirmou nesta semana que iniciou a produção das primeiras unidades de suas motocicletas em Manaus. A marca ainda não confirmou quais modelos serão fabricados por aqui e quais serão importados, mas a previsão é de que seis modelos cheguem ao mercado brasileiro e sejam vendidos a partir do dia 10 de novembro.
A Fiat acaba de incluir na lista dos opcionais do Novo Palio e do Grand Siena o seu teto solar Sky Wind. O objetivo é oferecer visão panorâmica aos ocupantes do carro, além de deixar o ambiente mais claro e arejado. Ele oferece acionamento elétrico e vidros escurecidos contra raios solares intensos. O preço varia de R$ 2,7 mil a R$ 2,9 mil.
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SERVIÇO
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Em que bomba eu vou? Aproximação dos preços das gasolinas comum e aditivada aumenta margem de dúvida na hora de abastecer Saiba quais as principais diferenças entre os tipos existentes no mercado e como agem no motor LUCAS LACAZ RUIZ/FOLHAPRESS
Escolha do combustível aditivado permite que o motor trabalhe mais próximo da potência máxima
CLEO VELLEDA/FOLHAPRESS
Perigos do batismo Para a professora do curso de Engenharia Química da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Maristhela Marin, mais importante do que o tipo de combustível eleito pelo consumidor é a escolha do posto. “É sempre bom procurar postos com bandeiras conhecidas, isso evita que substâncias que alteram o produto sejam encontradas”. O abastecimento com combustível adulterado implica na perda de desempenho e pode prejudicar o motor. “Isso vale também para o etanol. Houve uma época que os preços sofreram disparos e começaram a adicionar metanol ao produto. O metanol além de prejudicar a saúde ataca as juntas do motor e afeta também o consumo”, diz Maristhela. Segundo especialistas, o consumo exagerado é o menor dos males. Em muitos casos, ocorre o entupimento da bomba de combustível e a corrosão dos componentes.
O que vem por aí A partir de 2014, as distribuidoras de gasolina terão de estar adequadas à Resolução 38, de 9 de dezembro de 2009, que prevê uma melhora significativa na qualidade da gasolina no país. A medida visa, principalmente, reduzir os níveis de enxofre e de hidrocarbonetos aromáticos. Outra norma prevista pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) se refere à especificação de inclusão de um mínimo de detergentes, com o objetivo de reduzir os poluentes. CHRISTIAN TRAGNI/FOLHAPRESS
Distribuidoras terão de se adequar
A diferença de alguns centavos no valor da gasolina aditivada comparada à comum nos postos de combustíveis do país aumentou a margem de consumidores que optam pelo produto aditivado na hora de abastecer. O que pouca gente avalia, no entanto, é a diferença da escolha no veículo, embora muitos acreditem que a gasolina aditivada dê mais potência ao motor. Para quem pensa na vantagem, a surpresa é que o suposto ganho é mito. Quem explica é Maristhela Marin, professora do curso de Engenharia Química da FEI (Fundação Educacional Inaciana). “A gasolina não dá potência ao motor. Ela só pode fazer com que ele trabalhe na potência máxima. Isso quer dizer que não adianta o proprietário de um veículo 1.0 acreditar que vai sair do posto com um 1.6”. O aproveitamento da potência do motor quando abastecido com gasolina aditivada se dá por uma questão simples. Maristhela afirma que os detergentes presentes na gasolina aditivada ajudam a limpar os resíduos provocados pela queima do combustível, o que ajuda no desempenho do carro. A presença do detergente, aliás, é a principal diferença entre as gasolinas comum e aditivada. “A gasolina aditivada é a comum adicionada de detergentes, dispersantes e corantes, em alguns casos”, diz Maristhela. Já a gasolina chamada de podium tem o diferencial de ser menos poluente. “É um produto de alta octanagem [indicadas para motores de alta performance] tem menos enxofre e, por isso, tem uma queima mais completa, com melhor aproveitamento e menos dispersão de poluentes”. Para quem ainda tem dúvida, a recomendação da especialista é seguir a dica do manual do veículo. “Eles indicam o combustível que garantirá o melhor aproveitamento do veículo, mas isso não significa que não é possível usar outro combustível”. PATRÍCIA GUIMARÃES METRO SÃO PAULO
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SERVIÇO
Olho aberto Na pré–venda, o mais importante para o consumidor é ler com máxima atenção as cláusulas do contrato. As condições de devolução do dinheiro em caso de desistência precisam ficar totalmente claras. Na campanha de pré-venda do J5, por exemplo, o cliente insatisfeito recebia os R$ 3 mil adiantados da reserva, mas para isso precisava escrever uma carta explicando o motivo da desistência, registrar em cartório e enviar para a concessionária que vendeu.
Jac Motors utiliza pré–vendas antes mesmo do lançamento da marca no Brasil FERNANDO RÖHSIG
Garagem reservada
Pré-vendas antecipam lançamentos a clientes que gostam de ter novo modelo antes de todo mundo Montadoras usam cada vez mais a estratégia Recomendações aumentam segurança no negócio
Ansiosos demais para esperar qualquer data, compradores de carro conhecidos como “early adopters” (primeiros a consumir) preferem se antecipar e garantir os modelos de suas preferências antes. De olho nesse público, as montadoras investem mais na modalidade de negócio conhecida como pré–venda. O consumidor que não consegue esperar a chegada do lançamento às lojas pode fazer a compra com até quatro meses de antecedência em pontos de exposição, eventos e concessionárias. O primeiro contato com o carro pode incluir ou não o test-drive. O interessado faz então a reserva de pedido adiantando uma quantia em dinheiro que varia de acordo com a marca. Direcionada ao compacto Q3, a terceira ação de pré-venda da Audi no Brasil
exigiu um valor antecipado entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Outra marca que atacou de pré–venda neste ano foi a Ford, que vendeu 1,3 mil unidades do Novo EcoSport em poucas horas, segundo Oswaldo Ramos, gerente-geral de marketing da Ford. “Sempre fui apaixonada por utilitários esportivos e resolvi ser uma das primeiras a comprar”, diz a administradora Vera Porfírio, que adquiriu o modelo pelo programa. Peça-chave da campanha de chegada da JAC ao Brasil, a pré-venda acompanha a comercialização dos carros da chinesa desde janeiro passado. Segundo a montadora, a venda antecipada é bom negócio para o cliente e para a marca. FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO
Consumidor conheceu Audi Q3 quatro meses antes do lançamento DIVULGAÇÃO
Audi antes A Audi foi uma das primeiras a adotar a modalidade no Brasil, durante o lançamento do hatch A3 nacional, em 1999, e passou a ser adotada por outras montadoras com mais frequência mais recentemente. Em novembro passado, a marca alemã repetiu a estratégia para o subcompacto A1 e neste ano para o Q3. A venda só é efetivada quando os primeiros lotes chegam às concessionárias e o cliente é chamado para confirmar o pedido.
Preço congelado
Novo EcoSport teve recorde de negociação na pré-venda, segundo montadora DIVULGAÇÃO
A reserva de compra do Novo EcoSport durante a campanha de pré-venda do modelo garantiu a manutenção do preço ao cliente mesmo com aumento do IPI. “O resultado da pré-venda mostrou o interesse do público e tornou-se um novo marco na indústria brasileira”, afirma Oswaldo Ramos, gerente-geral de Marketing da Ford.
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LANÇAMENTO
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Com o jeitinho brasileiro Compacto da Hyundai produzido na nova fábrica de Piracicaba (SP), HB20 traz versões de motores 1.0 e 1.6 flex Preços variam de R$ 31.995 a R$ 47.995 Modelo chega ao mercado em outubro Gol será seu principal rival Depois de muito mistério, a Hyundai do Brasil apresentou oficialmente esta semana na Ilha de Comandatuba, Bahia, o novo HB20. O hatch compacto da marca sul-coreana, desenvolvido especialmente para o consumidor brasileiro e com produção na fábrica de Piracicaba, chega às concessionárias no dia 10 de outubro. E a expectativa não é nada modesta. O modelo entra no mercado para enfrentar nada menos que os líderes Gol e Palio. Para chegar forte na disputa de compactos e dar trabalho aos rivais, o carro parte de R$ 31.995 na versão inicial, equipada com motor 1.0 12V com 80 cv de potência, ar-condicionado, abertura interna do tanque, gaveta sob o banco do motorista, faróis de máscara negra, airbag duplo frontal, computador de bordo e direção hidráulica. Além dos atraentes itens de série, o design é outro fator estudado para agradar em cheio o mercado brasileiro. “O HB20 foi pensado e desenvolvido exclusivamente para os motoristas do Brasil. Não queremos entregar um pedaço de metal, mas uma emoção, que vai além do produto”, disse Chang Kyun Han, presidente da Hyundai do Brasil. Com a carroceria delineada por vincos e saliências, o design traduz o que a marca chama de “escultura fluida”, uma mistura de traços retos e curvados que buscam aproximar a robustez da suavidade. Olhando de perfil, o HB20 denota a sensação de movimento, especialmente por conta da linha de cintura elevada e dos traços aprofundados que cortam toda a lateral. De frente, os faróis inclinados e o capô cavado aumentam a proposta de agressividade. Na parte de trás, os faróis saltados parecem não se importar para o limite da carroceria. Por baixo do capô estão duas opções de motor flex, com comando variável de válvulas e blocos de alumínio. Um é o 1.0 12V de três cilindros, que gera 80 cv de
150
mil unidades ao ano é a capacidade da fábrica da Hyundai instalada em Piracicaba (SP) potência e 10,2 mkgf de torque. São três modelos de pacotes de acabamentos para esta categoria de motor: Comfort, Plus e Style. O outro, mais potente, disponível no HB20 é o 1.6 16v com 128 cv e 16,5 mkgf, que também recebe o pacote de acabamento Premium. No propulsor 1.6, além da caixa manual de cinco marchas, existe a opção de transmissão automática de quatro velocidades. E todos com cinco anos de garantia. Os preços do HB20, porém, são mais altos do que se especulava antes do lançamento – falava-se em algo na casa dos R$ 29 mil. Mas a Hyundai optou por equipar bastante o carro. O Gol e o Palio, concorrentes para os quais o novo modelo tem a mira apontada, têm preços de entrada mais baixos, mas saem de fábrica pelados. As concessionárias que venderão o HB20 terão um pórtico azul na entrada das lojas, para diferenciar das que vendem modelos importados da marca, que terão um pórtico cinza. O objetivo é fabricar 90 mil unidades por ano da versão hatch. WILSON DELLISOLA METRO SÃO PAULO
“Depois de inúmeros desenhos, chegamos ao HB20. Este projeto demorou cerca de três anos para ser finalizado.”
FOTOS/DIVULGAÇÃO
CASEY HYUN, DESIGNER DA HYUNDAI
Acabamento interior deixa modelo ainda mais elegante
Compartimento para carregamento de aperelhos via USB
O HB20 terá nove versões à venda HB20 1.0 Comfort Comfort Plus Comfort Style
R$ 31.995 R$ 33.995 R$ 37.995
HB20 1.6 Comfort Comfort Plus Comfort Style Manual Comfort Style Aut. Premium Manual Premium Aut.
R$ 36.995 R$ 38.995 R$ 42.995 R$ 45.995 R$ 44.995 R$ 47.995
Área Interna No interior, o HB20 traz um acabamento que prima pela excelência, com materiais que aparentam qualidade, perfeição nos encaixes e fechamentos e revestimentos são agradáveis aos olhos e ao toque. Destaque para o quadro de instrumentos "Supervision Cluster", que, apesar de ter um nome pomposo, não é extravagante, e que se acende assim que se liga o carro, independentemente das lanternas. Outro ponto forte é o abundante número de porta-objetos, que foi pensado para o brasileiro que, segundo a marca, "carrega a casa consigo no carro".
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SALÃO DE PARIS
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DIVULGAÇÃO
Motorshow de Paris começa neste mês e reúne 214 marcas de 18 países Conheça as atrações
Após dois anos de espera, Salão de Paris abre as portas neste mês
Mais importante evento automotivo na Europa neste ano, o Salão de Paris, que acontece de 29 deste mês a 14 de outubro, está maior. Depois de receber 1,5 milhão de visitantes em sua última edição, o motorshow francês 2012 espera aumentar o número de pessoas nos quatro pavilhões já completamente reservados para 214 marcas de 18 países diferentes. Algumas marcas retornam ao Sa-
Charme de Salão
1. Chevrolet Trax vai a Paris e chega ao Brasil em 2013 com motor 1.6 16V de 116 cv. 2. O Ford Fiesta aparece reestilizado no Salão parisiense. Trará visual esporte e novos recursos. 3. Na França, Fiat estreia versão aventureira do Panda 4x4, com tração eletrônica.
lão depois de um tempo longe, como a Ssangyong e a Subaro. Umas das atrações do evento é uma área onde o visitante pode testar carros elétricos e híbridos. Para quem não pode ir até lá, o jeito é esperar pelo Salão de São Paulo, que começa dia 24 de outubro. FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO
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Chevrolet promete cativar os visitantes do Salão de Paris com o SUV Trax
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Ford Fiesta reestilizado ganha motor 1.6 turbo de 182 cv na versão esportiva
Fiat Panda 4x4 vem com pneus mistos (on e off-road)
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DUAS RODAS
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Perigo silencioso
Barulho do trânsito dificulta a percepção de problemas na lataria ou no motor da motocicleta Primeira revisão deve ser feita após 1 mil km rodados Serviço aumenta a segurança do motorista e evita gastos maiores Na maioria das vezes camuflados pelo barulho do trânsito e ouvidos destreinados dos motociclistas, os problemas e danos mecânicos das motocicletas aparecem com mais frequência do que se imagina. Para evitá-los, o proprietário da duas rodas deve apenas incluir a tradicional “revisão veicular” em sua agenda. “A cada dez pessoas, apenas duas têm o costume de levar a moto à revisão, seja na concessionária ou no mecânico. Como o motorista desse tipo de veículo não está isolado do barulho da rua, dificilmente irá perceber ruídos na lataria ou no motor. Com isso ele não vê necessidade de fazer um checkup”, explica Edson Esteves, professor do curso de engenharia mecânica automobilística da Fei (Fudação Educacional Inaciana). No entanto, é esse check-up que garante a segurança do motorista e evita gastos desnecessários com consertos mecânicos. De acordo com Esteves, as medidas preventivas podem aumentar o tempo de vida do meio de transporte em até 30%. “A revisão da moto é semelhante à realizada nos automóveis. O
mecânico avalia o nível do óleo, o funcionamento do motor, da vela de ignição, a carga da bateria e vê se os pneus estão em ordem”, diz Esteves. A frequência do procedimento depende do modelo do veículo e da forma que é utilizado. Na maioria dos casos, o primeiro check-up deve ser feito quando a moto atingir 1 mil km rodados ou seis meses de vida (o que ocorrer primeiro). Mesmo assim, é recomendável consultar o prazo estipulado no manual do proprietário entregue pela montadora. Motorista prevenido Além da visita frequente ao mecânico, o motorista precisa ter alguns cuidados com a motocicleta para evitar danos ainda maiores. “A manutenção preventiva começa na garagem do proprietário. Ele deve prestar atenção ao prazo de troca de óleo, à calibragem dos pneus e ao funcionamento das lâmpadas, por exemplo”, explica José Gallo Canos, especialista em mecânica de motos do Senai.
Check-up das duas rodas Confira as peças das motocicletas que apresentam o maior índice de defeito, segundo o último levantamento ‘MotoCheck-Up’ da Abraciclo e como conservá-las Nível do óleo Farol
12,8%
Caixa de direção
33,2%
9%
Luz de freio
29,2%
Manutenção preventiva A troca de óleo evita desgastes em diversas partes da motocicleta, como na embreagem e na engrenagem. Na maioria dos modelos a primeira troca de óleo deve ser feita aos 1 mil km. As demais trocas acontecem em média em intervalos de 4 mil a 4 mil km em veículos de 300 cv e de 6 mil a 6 mil km em motos acima de 600 cv. O uso da motocicleta interfere na periodicidade da troca de óleo, por isso é recomendável consultar o manual do proprietário
Manutenção preventiva Verificar com frequência se as lâmpadas do farol não estão queimadas
Suspensão traseira
15%
MARIANNA PEDROZO METRO SÃO PAULO
FOTO: DIVULGAÇÃO
Pneu Dianteiro
Freio
Revisão expressa da Honda
SERVIÇO
Operaçãorelâmpago As 19 milhões de motocicletas que circulam nas ruas brasileiras podem fazer o serviço de revisão em mecânicos comuns ou nas próprias concessionárias. A Honda, montadora que mais emplaca motos no país, por exemplo, oferece um
check-up diferente para quem não tem tempo. “Nossa revisão é expressa. Em até uma hora os funcionários checam gratuitamente o funcionamento de 21 itens do veículo, como cabos de embreagem de freio e regulagem da corrente de transmissão. A operação depende da cilindrada e do modelo da motocicleta”, diz Alfredo Guedes, supervisor de relações institucionais e engenheiro da Honda.
Dianteiro
Traseiro
21,1% 25%
37,3% 45,4% 31,9% Suspensão dianteira
Traseiro
Manutenção preventiva Frenagem incorreta – na maioria dos casos feita apenas com um dos freios (traseiro ou dianteiro) – é o principal fator que desgasta o freio da motocicleta. Segundo a Abraciclo, ao usar os dois freios na hora da frenagem é possível diminuir em até 50% a distância necessária para a parada total do veículo e evitar acidentes
METRO MOTOR Fontes: Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) e Edson Esteves, professor do curso de engenharia mecânica automobilística da Fei
Manutenção preventiva Pneus em boa condição aumentam a estabilidade e o conforto do motorista. A calibragem correta dos pneus aumenta sua durabilidade. Na maioria dos casos, a calibragem deve ser feita a cada 1 mil km ou a cada 15 dias. Pneus ressecados ou com grande desgaste também merecem atenção. Nesse caso, o mecânico poderá indicar se há ou não necessidade de troca. O manual do proprietário indica a pressão correta de cada pneu
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Fim da euforia Após recorde de vendas em agosto, setor de novos espera queda nas vendas Seminovos sofrem com crise impulsionada pelo IPI e esperam subsídios do governo para manter as portas abertas e superar a má fase Depois de apresentar um desempenho além do esperado em agosto (405.511 emplacamentos de automóveis e comeciais leves), o setor automotivo espera queda nas vendas de veículos novos mesmo com a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que segue até outubro. A estimativa é compartilhada tanto pelas concessionárias quanto pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), conforme explica o presidente da entidade, Flávio Meneghetti. “Isso é natural, porque o mês de agosto teve vendas recordes, o que reduziu o poder de consumo e também o estoque. Devemos ver uma melhora no fim de outubro, quando
“Os bancos exigem entrada, e é o valor dessa entrada que faz variar a taxa de juros.” FLÁVIO MENEGHETTI, PRESIDENTE DA FENABRAVE
acaba o subsídio do IPI, mas não no mesmo nível". Pelo país, os lojistas já observam esses impactos. “Já sentimos a redução da procura. Este mês não está tão aquecido, principalmente porque muitos se anteciparam acreditando que agosto marcaria o fim da redução do IPI”, diz Márcio Magalhães, gerente de vendas da Nova Itaim e da Nova Pinheiros, em São Paulo. Mesma opinião tem Marco Valério, da Narita Honda, no Rio de Janeiro.
“Muitos tiveram medo do corte da redução do IPI, mas agora a procura está lenta”. Em Belo Horizonte, a gerente de vendas da BH For, Fabiana dos Santos, também vê o desaquecimento. “As vendas amornaram. E não devido ao IPI, mas por coincidência, com a inadimplência os bancos estão incentivando maior entrada no pagamento a prazo”. Foi justamente este o motivo que levou o advogado Maurício Fonseca a comprar um novo antes do início da prorrogação. “O que mais me chamou a atenção foi a possibilidade de financiar em 24 vezes sem juros com 50% de entrada”.
Concessionárias exigem de 30% a 50% de entrada
340.677
PATRÍCIA GUIMARÃES METRO SÃO PAULO
Junho
Curva de vendas Levantamento Fenabrave mostra venda de autos e comerciais leves novos, em unidades
“Comprei um pacote de cristalização e higienização para valorizar o carro. O serviço custa em média R$ 600 e é o mesmo que as revendedoras fazem ao comprar o carro com preço bem abaixo da tabela.”
Usados não conseguiram manter ritmo de venda com redução do IPI para novos
274.638 Maio
MARIANA DITOLVO, JORNALISTA
Raio-X dos usados Como funciona o mercado
70%
dos compradores precisam de aprovação de crédito para financiamento. Do percentual que precisa, até 30% tem a liberação.
Impactos no setor Portas fechadas
4,5 mil
lojas de usados encerraram as atividades entre março e julho deste ano.
40 mil pessoas perderam o emprego durante o período, segundo estimativas da Fenauto.
Como ficou o financiamento
Preços
Embora o Banco do Brasil e a Caixa Econômica estejam oferecendo crédito, as taxas funcionam de acordo com o relacionamento do cliente com o banco e variam de 0,77% a 2,05%. Enquanto nas financeiras, que aprovam uma em cada 10 fichas, as taxas são pré-fixadas.
Para se manterem, os lojistas estão negociando até 5% de desconto em pagamentos à vista ou vendendo veículos financiados mesmo abaixo do preço pelo qual foram comprados.
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MERCADO WESLEY SANTOS/FUTURA PRESS
IPI atinge em cheio a venda de seminovos Se a manutenção da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) já não se mostra tão animadora para o setor de novos, para o de seminovos ela é sinônimo de baixas. Segundo estimativa da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), as vendas
caíram entre 10% e 15% no período. Segundo Rodolfo Salmon, gerente de vendas da Jato, empresa especializada em mercado para indústria automotiva, além do IPI, o modo de negociação também impactou o mercado. “O governo estimulou os novos e esqueceu os seminovos, que precisam de in-
“Os estoques de usados e seminovos estão elevados. Antes vendia-se três usados para um novo. Hoje atingimos o nível de 2,4 usados para um novo.”
centivos. A análise está mais criteriosa. principalmente pela questão do risco, já que o consumidor não faz a conta do comprometimento do orçamento”. Segundo a Fenabrave, atualmente, o índice de aprovação de fichas está entre 20% a 30% neste setor, o que não atende à demanda. PG
405.511 Agosto
FLÁVIO MENEGHETTI, PRESIDENTE DA FENABRAVE
351.394 Julho
A estimativa da Fenabrave é de que as vendas caiam ainda mais depois de outubro, já que o incentivo no IPI reduziu as parcelas em 14%.
Usados: os impactos da desvalorização Quem precisou vender o carro antigo para comprar o novo, seja para usar o dinheiro como entrada ou por falta de espaço na garagem, sentiu de cara o quanto a redução do IPI impactou nos usados. E a conta é simples: o preço do usado é baseado no valor do zero quilômetro. Com preços mais bai-
xos de um lado, o outro também sentiu a desoneração. “Com o seminovo valendo até 15% menos do que antes, quem precisava do dinheiro para comprar um novo trocou seis por meia dúzia”, afirma Rodolfo Salmon, gerente de vendas da Jato, empresa especializada em mercado para
indústria automotiva. Para fugir da armadilha, a jornalista Mariana Ditolvo, proprietária de um Fiesta 2008, buscou outra solução. “Desisti de vender o carro quando vi a desvalorização de R$ 5 mil provocada pelo IPI”. A alternativa encontrada foi investir no veículo e colocá-lo à venda pela internet. PG
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SERVIÇO
Cada macaco no seu carro Troca de pneus fica mais fácil com macacos hidráulicos Força continua indispensável para manuseio de chaves de roda Especialista diz que tecnologia de ferramenta precisa evoluir
Macaco joelho
Chave de roda cruz
É o mais comum. Tem um encaixe em forma de “U” que se fixa à carroceria do automóvel. É acionado com uma manivela giratória. Custa entre R$ 20 e R$ 40.
Sem uma chave de roda elétrica, o condutor vai ter que usar a força. A chave de roda em cruz ajuda um pouco, pois tem suporte para segurar com as duas mãos. Se o parafuso estiver muito apertado, uma dica é pular em cima da chave.
Macaco hidráulico dispensa a força na hora de levantar o carro
Macaco hidráulico jacaré pequeno É prático e exige bem menos esforço que macacos mecânicos. Uma alavanca acionada com movimentos de remo faz com que o sistema eleve o carro mais facilmente. Pesa aproximadamente 15 kg e custa cerca de R$ 100.
DIVULGAÇÃO
Pneu furado é um imprevisto que não deixa muitas opções ao condutor, só resta descer do carro e providenciar a troca. E nesta hora quem estará lá para ajudar? Sim, o bom e velho macaco. O problema é que muitos motoristas não sabem usar o instrumento corretamente. E verdade seja dita, os macacos originais pouco facilitam a vida neste momento crítico. Segundo Marcos Bressan Junior, gestor da Casa dos Macacos, em São Paulo, embora
a tecnologia dos carros tenha evoluído nos últimos anos, a dos macacos não mudou grande coisa. “Os modelos mais comuns e utilizados são: joelho, sanfona, hidráulico tipo garrafa e tipo jacaré pequeno. Sendo os dois primeiros os mais simples, aqueles que já vêm no carro”, afirma Bressan. Segundo o profissional, tanto o joelho quanto o sanfona são macacos-padrão e levantam até duas toneladas, suficiente para qualquer mo-
delo de carro de passeio. Já o hidráulico e o jacaré pequeno erguem até quatro toneladas. Quanto à chave de roda, a força do braço continua indispensável. A única alternativa é ter um kit de macaco elétrico, que já vem com chave elétrica. Senão, o condutor vai ter que continuar sujando a mão de graxa.
Macaco elétrico O macaco elétrico é a salvação para quem tem horror a trocar pneu. Dispensa o uso da força e das eternas voltas com a chave de rodas, pois é acionado por meio de botões. Vêm com uma opção que traz uma parafusadeira elétrica, ou seja, chega de usar chave de roda manual. Os dois funcionam ligados ao acendedor de cigarros. Custa aproximadamente R$ 400.
FERNANDO CORREA METRO SÃO PAULO
Macaco hidráulico tipo garrafa Macaco sanfona
Chave de roda “L”
É o que vem na maioria dos carros. Pesa em média 3 quilos, possui sistema de alavanca giratória e tem a base plana para o encaixe. Requer um pouco de força e é chato de manusear. Custa entre R$ 25 e R$ 50.
A chave de roda em “L” é a mais básica. Para amenizar o esforço, algumas têm cabos maiores, que permitem aumentar a força do braço.
Macacos hidráulicos funcionam com um pistão, por isso deixam o serviço bem mais leve na hora de erguer o carro. Com apenas uma mão é possível concluir o trabalho. O do tipo garrafa tem preço médio de R$ 80.
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