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Sábado, 24 de novembro de 2012 Edição nº 47, ano 2
Quem será tri? Líder do campeonato, o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, é o favorito para levar o troféu e o campeonato no GP do Brasil em Interlagos Treze pontos atrás, o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, aposta na experiência (e na sorte) para roubar a festa {pág 08}
Fernando Alonso (Ferrari)
Sebastian Vettel (Red Bull)
260
273
pontos
pontos
RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR
Nas retas e curvas de Interlagos Confira quais as marchas e as velocidades em cada trecho do circuito {págs 04 e 05}
Nas entranhas de um Fórmula 1 Saiba tudo sobre os bólidos que voam a 320 km/h e custam R$ 16 milhões {págs 22 e 23}
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FIQUE POR DENTRO
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Interlagos é palco da 41ª edição do GP do Brasil e fecha a temporada mais disputada da história da F-1 Expectativa é de que 150 mil pessoas acompanhem ao vivo a disputa de Vettel e Alonso pelo título de 2012
Clima de
Cláudia Ito
decisão C
hegou a hora de saber quem vai erguer a taça de campeão da temporada 2012 da Fórmula 1. Sebastian Vettel ou Fernando Alonso? Ambos são bicampeões mundiais e estão separados por apenas 13 pontos na tabela, com vantagem para o alemão da Red Bull. E se não há nenhum piloto brasileiro com chance de ser campeão nesta temporada, resta ao torcedor o privilégio de ter o paulistano autódromo de Interlagos como palco desta decisiva 41ª edição do GP Brasil.
PIERVI FONSECA/GP BRASIL DE F-1
ÚLTIMOS DETALHES
dificações importantes foram feitas no entorno da pista com o objetivo de melhorar a segurança dos pilotos e profissionais envolvidos no evento. Interlagos também será palco da última corrida do heptacampeão Michael Schumacher, que anunciou sua aposentadoria definitiva da categoria. Uma homenagem ao maior vencedor do GP do Brasil (4 vezes) está sendo preparada, mas seus detalhes são mantidos em sigilo. A atual temporada, a mais longa da F-1 com 20 corridas disputadas em 19 países, também é a mais disputada da história, com oito pilotos já tendo subido ao topo do pódio. METRO
Fato rotineiro, uma vez que desde 2004, quando o Brasil passou a figurar entre as três últimas etapas do calendário, esta é a sexta vez que o campeão será conhecido em Interlagos. Com uma disputa tão acirrada, o clima de expectativa domina os boxes numa situação bem diferente da do ano passado, quando Vettel desembarcou por aqui com seu segundo título na bagagem. Além dos dois candidatos ao tri, outros 22 pilotos de 12 equipes disputarão espaço na pista de 4.309 metros de extensão. O traçado de Interlagos, considerado um dos mais desafiadores da F-1, segue o mesmo, mas algumas mo-
Como chegar ÔNIBUS A tarifa é de R$ 15 para ida ou volta, ou R$ 25 ida e volta • Shopping Interlagos • Shopping SP Market • Aeroporto de Congonhas
Pontos de partida • Metrô Jabaquara • Metrô República • Metrô Trianon/Masp
TÁXI Nove pontos foram criados: Av. Antônio Barbosa da Silva Sandoval; Av. Interlagos (três pontos); Av.
E
Rubens Montanaro de Borba; Av. Engenheiro Eusébio Stevaux; Av. Teotônio Vilela; R. Celso Lara Barberis e R. Jaquirana
ESTACIONAMENTO Nas proximidades do Autódromo há duas regiões onde é possível estacionar veículos: entre a av. Atlântica e av. Interlagos, com acesso somente pela pon-
te do Socorro e av. Atlântica; e entre a av. Jair Ribeiro da Silva e av. Interlagos, com acesso pela ponte Vitorino Goulart da Silva e av. Jair Ribeiro da Silva
INGRESSOS
Sebastian Vettel, da Red Bull, líder do Mundial
À venda na bilheteria do autódromo, localizado na av. Senador Teotônio Vilela, 261, ao lado do Portão 8. Sábado, das 7h às 17h, e domingo, das 7h às 12h.
Informações:
156
www.sptrans.com.br O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. REDAÇÃO - 011/3528-8522
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Expediente Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini. Diretor de Redação: Fábio Cunha (MTB: 22.269). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Operações: Luís Henrique Correa. Editor Chefe: Luiz Rivoiro. Editor de Arte: Vitor Iwasso. Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Gerente Comercial Nacional: Ricardo Adamo.
60 segundos
Diretora-executiva do GP do Brasil de Fórmula 1, Cláudia Ito fala da preparação e das expectativas da etapa brasileira. Quais foram as principais modificações feitas no autódromo para o GP Brasil 2012?
A principal modificação do circuito para este ano foi a pavimentação da área de escape no ‘S’ do Senna. Onde antes havia grama, hoje há asfalto coberto com tinta antiderrapante. Teremos ainda telões nas arquibancadas e em outros setores. E parte dos banheiros químicos já foi trocada por banheiros de contêiner. Qual é a expectativa de ver o GP do Brasil ser palco da decisão?
Interlagos, depois que passou para a reta final da temporada, já assistiu a algumas decisões memoráveis como os dois títulos de Fernando Alonso e ainda Lewis Hamilton, Jenson Button e Kimi Raikkonen. Isso, naturalmente, valoriza muito a corrida. Mas, independentemente da decisão ou não, o GP do Brasil é sempre um grande espetáculo. Por que o GP do Brasil continua sendo relevante para a F-1?
Interlagos é sempre relevante. É um circuito que ganhou tradição ao longo dos anos e tornou-se referência. É um autódromo que ajudou a formar três campeões mundiais. Além de tudo, o GP Brasil é a única prova de F-1 na América Latina e isso tem peso para a FIA. METRO
Metro Especial F1. Editor: Patrícia Guimarães. Editor de Arte: Daniel Lopes. Repórteres: Wilson Dell’Isola, Matheus Adami e Marcelo Goto. Gerentes Comerciais: Tânia Biagio e Elizabeth Silva.
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04
Interlagos:
Há 72 anos, autódromo surgiu com a urbanização de São Paulo Conheça as histórias e as curiosidades da pista
acelerando a história
E
ncravado na zona sul da capital paulista, o Autódromo José Carlos Pace – nome oficial da pista de Interlagos – é o templo brasileiro da velocidade, assim como o oval de Indianápolis é para os Estados Unidos. E, a exemplo das pistas de Brooklands, na Inglaterra, e de Monthony, na França, o lendário circuito americano também serviu de inspiração para o rebuscado traçado de Interlagos. Apesar de a origem do autódromo paulistano remeter aos anos 1920, período em que a urbanização da cidade teve início, ele só saiu do papel no fim da década seguinte e, mesmo assim, sem os boxes, arquibancadas e estacionamentos. Apenas a pista, com 7,96 km de extensão, estava pronta. Em 1957, o circuito foi dividido em dois traçados distintos, sendo um deles com 3,2 km para provas de alta velocidade. Uma década depois, o autódromo seria fechado para reformas que durariam cerca de três anos. Em 1971, novos ajustes foram feitos para atender as exigências da Fórmula 1. No ano seguinte, em março, Interlagos recebeu sua primeira prova na categoria, mas ainda sem contar pontos para o Mundial. O argentino Carlos Reutemann venceu, com o sueco Ronnie Peterson e o brasileiro Wilson Fittipaldi Jr. completando o pódio. Aprovado no “teste”, o GP do Brasil foi então oficializado no calendário da F-1.
Vista aérea do Autódromo de Interlagos, inaugurado em 12 de maio de 1940
Programação Domingo (25/11)
7h 9h15 9h40 10h30 13h30 13h45 14h 14h
Abertura dos portões Desfile de Carros de Serviço Corrida Porsche Challenge Corrida Porsche Cup Formação do Grid de Largada Fechamento saída de box Fechamento dos portões Largada do 41º GP Brasil
A primeira prova válida pelo Mundial foi realizada em fevereiro de 1973, com Emerson Fittipaldi, irmão
de Wilson, cruzando a linha na primeira colocação, seguido pelo escocês Jackie Stewart e pelo neozelandês Dennis Hulme. Em 1985, o autódromo recebeu o nome de José Carlos Pace, em homenagem a um dos pioneiros do automobilismo brasileiro, morto em 1977 num acidente aéreo. Cinco anos mais tarde, após um hiato que durou uma década – época em que o GP foi disputado no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro –, Interlagos voltaria ao circo da Fórmula 1. O traçado, mais enxuto graças a uma extensa reforma que o dei-
xou com os 4.309 metros atuais, segue desafiador e figura entre os mais tradicionais do calendário. A capacidade das arquibancadas cresceu e novos equipamentos foram instalados. Para 2013, está em negociação a ampliação dos boxes, considerados os mais apertados da F-1. E é bom ficar de olhos abertos, já que o prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou a construção de um novo autódromo na cidade acenando com uma ameaça à supremacia de Interlagos. Será que o GP do Brasil irá, mais uma vez, mudar de casa? METRO
Entenda a prova Bandeiras Preta com círculo laranja Acompanha o número do piloto e indica que o carro está com problema técnico Preta e branca na diagonal Companha o número do piloto e adverte sua conduta Quadriculada preta e branca Usada quando o piloto cruza a linha de chegada Vermelha e amarela Pista escorregadia
Corrida
71 voltas
Amarela Perigo na pista
Circuito
4.309
Azul Piloto (retardatário) metros deve dar passagem ao carro mais veloz Pontuação Branca 1º lugar 25 pontos Carro mais lento (ambulância, safety car ou 2º lugar 18 pontos guincho) na pista Preta Desqualificação do piloto Verde Perigos sinalizados pelas bandeiras anteriores acabaram Vermelha Corrida interrompida
3º lugar 15 pontos 4º lugar 12 pontos 5º lugar 10 pontos 6º lugar 8 pontos 7º lugar 6 pontos 8º lugar 4 pontos 9º lugar 2 pontos 10º lugar 1 ponto
Lewis Hamilton (Inglaterra)
Kimi Raikkonen (Finlândia)
Nico Rosberg (Alemanha)
Williams
(Espanha)
Mercedes
Fernando Alonso
Lotus
(Alemanha)
McLaren
Sebastian Vettel
Ferrari
Red Bull
Equipes e pilotos
Pastor Maldonado (Venezuela)
Mark Webber
Felipe Massa
Jenson Button
Romain Grosjean
Michael Schumacher
Bruno Senna
(Austrália)
(Brasil)
(Inglaterra)
(França)
(Alemanha)
(Brasil)
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CURVA A CURVA
‘Sempre uma emoção especial’
Classificação
1º
BAZUKI MUHAMMAD/REUTERS
Competir em casa, diante de um público fanático por automobilismo, e que deve lotar as arquibancadas de Interlagos, é um sentimento inigualável. E ninguém melhor do que Rubens Barrichello, piloto brasileiro que mais tempo esteve na Fórmula 1 – foram 19 temporadas, até se transferir para a Fórmula Indy no início deste ano – para explicar o que a experiência significa para um piloto. “Vivi 20 anos da minha vida do outro lado [fora da pista] e conheço praticamente
Portão Pit Stop Club 2 Portão M
Portão A
Portão 7
4º 5º 6º 7º 8º Barrichello nunca venceu em Interlagos
2ª
Velocidade em km/h
2ª
72
1m11s403
Juan Pablo Montoya (2004)
Bico de Pato
104
Pinheirinho
6ª
5ª
5ª
251
235
Clima
90%
de probabilidade de chuva, de acordo com o
3ª
Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
130
Mergulho
5ª
257
Subida do Lago Setor R
323
Seto rS
Seto rV
Portões S/V
Jean-Eric Vergne (França)
Timo Glock (Alemanha)
Caterham
(Alemanha)
Marussia
Nico Hulkenberg
Toro Rosso
Force India
Portão G
(México)
20º 21º 22º 23º
BandNews FM,
Portões F/K/R
Sergio Perez
18º
Construtores
Bradesco Esportes FM e Globo
Seto rG
17º
Transmissão
154
7ª
Portões N/H/E
16º
Rádio Bandeirantes,
3ª
Reta Oposta
Setor F
14º
24º
Curva do Sol
Setor K
13º
19º Curva do Café
293
Curva do “S do Senna”
Marcha utilizada
Volta mais rápida
2ª
Setor H
Sauber
10º
15º
rT to Se
Curva do S Laranjinha
XX
Seto rL
Reta dos Boxes
76
Setor D
Setor N
9º 11º
Portões T/L
Setor A
B Setor
Largada 3ª
XX
Portão B
M Setor
7ª
Setor E
3º
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
RBR-Renault Ferrari McLaren-Mercedes Lotus-Renault Mercedes Sauber-Ferrari Force India-Mercedes Williams-Renault STR-Ferrari Marussia-Cosworth Caterham-Renault HRT-Cosworth
440 367 353 302 136 124 99 76 22 0 0 0
Heikki Kovalainen
Narain Karthikeyan
(Finlândia)
(Índia)
HRT
Portão Pit Stop Club 1
320
106
2º
12º
Raio-X da pista
Portão D
mais interessantes”. E São Pedro realmente parece gostar de Interlagos. A prova de 2003 – repleta de acidentes e que teve o vencedor, Giancarlo Fisichella, anunciado pela FIA apenas uma semana depois –, e a de 2008, quando Felipe Massa perdeu o título da temporada para Lewis Hamilton na última volta, comprovam a fala de Rubinho. Para o horário da prova deste domingo, as chances de chuva são de 90%. Capas de chuva e coração preparados! METRO
todo mundo aqui. É sempre uma grande emoção correr em Interlagos. Todo piloto brasileiro sente a energia e o carinho do público”, contou Rubinho, 40 anos, em uma das muitas vezes que falou sobre o assunto. Além da emoção de correr em casa, Barrichello também exaltou as disputas que o autódromo paulista proporciona: “A pista tem um ótimo traçado. Há alguns pontos de ultrapassagem em Interlagos e sempre existe a chance da chuva tornar as coisas ainda
Sebastian Vettel Pontos (ALE/Red Bull) 273 Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 260 Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) 206 Lewis Hamilton (ING/McLaren) 190 Mark Webber (AUS/Red Bull) 167 Jenson Button (ING/McLaren) 163 Felipe Massa (BRA/Ferrari) 107 Romain Grosjean (FRA/Lotus) 96 Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 93 Sergio Perez (MEX/Sauber) 66 Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) 58 Nico Hulkenberg (ALE/Force India) 53 Paul di Resta (ESC/Force India) 46 Pastor Maldonado (VEN/Williams) 45 Michael Schumacher (ALE/Mercedes) 43 Bruno Senna (BRA/Williams) 31 Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) 12 Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) 10 Timo Glock (ALE/Marussia) 0 Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) 0 Vitaly Petrov (RUS/Caterham) 0 Charles Pic (FRA/Marussia) 0 Narain Karthikeyan (IND/HRT) 0 Pedro de la Rosa (ESP/HRT) 0
Kamui Kobayashi
Paul di Resta
Daniel Ricciardo
Charles Pic
Vitaly Petrov
Pedro de la Rosa
(Japão)
(Escócia)
(Áustria)
(França)
(Rússia)
(Espanha)
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HISTÓRIA
06
FOTOS: GETTY IMAGES
Emoção
Todos os vencedores
à prova
Com uma disputa eletrizante pelo título e uma justa homenagem ao maior campeão da F-1, Interlagos completa no domingo 30 bandeiradas no circuito mundial Ao longo desses anos, o autódromo setentão foi palco para performances inesquecíveis e histórias marcantes
Quem ganhou em Interlagos na F-1: 1972 Carlos Reutemann
(Argentina) - Brabham
1973 Emerson Fittipaldi (Brasil) - Lotus
1974 Emerson Fittipaldi (Brasil) - McLaren
1975 José Carlos Pace
(Brasil) - Brabham
1976 Niki Lauda
(Áustria) - Ferrari
1977 Carlos Reutemann
(Argentina) - Ferrari
1979 Jacques Laffite (França) - Ligier
1980 Rene Arnoux
(França) - Renault
1990 Alain Prost
(França) - Ferrari
1991 Ayrton Senna
(Brasil) - McLaren
1992 Nigel Mansell
(Inglaterra) - Williams
1993 Ayrton Senna
(Brasil) - McLaren
1994 Michael Schumacher
NO BRAÇO
(Alemanha) - Benetton
Mesmo depois de somar dois títulos mundiais, Ayrton Senna precisou de muita força para subir ao lugar mais alto do pódio no Brasil. Em 1991, a chuva e o drama de ter encerrado a corrida apenas com a sexta marcha (depois de um problema no câmbio da McLaren) marcaram a vitória de Senna. O episódio rendeu uma das imagens mais emocionantes da história da F-1, em que o piloto não tem forças para erguer a taça.
Ayrton Senna estourando a champagne: cena recorrente na memória dos brasileiros
Emerson Fittipaldi, primeiro brasileiro campeão da F-1
1995 Michael Schumacher
(Alemanha) - Benetton
1996 Damon Hill
(Inglaterra) - Williams
1997 Jacques Villeneuve (Canadá) - Williams
1998 Mika Hakkinen
(Finlândia) - McLaren
1999 Mika Hakkinen
(Finlândia) - McLaren
2000 Michael Schumacher (Alemanha) - Ferrari
2001 David Coulthard
(Escócia) - McLaren
2002 Michael Schumacher (Alemanha) - Ferrari
ACIDENTES EM SÉRIE O GP do Brasil de 2003 não poupou ninguém. Juan Pablo Montoya, Michael Schumacher, Jenson Button e Mark Webber foram apenas alguns dos que se envolveram em acidentes em série. A culpa, no entanto, caiu sobre Fernando Alonso que, sem controle, se chocou violentamente contra o muro da Curva do Café e vivenciou o acidente mais perigoso da sua carreira.
2003 Giancarlo Fisichella (Itália) - Jordan
2004 Juan Pablo Montoya
(Colômbia) - Williams
2005 Juan Pablo Montoya
(Colômbia) - McLaren
2006 Felipe Massa
(Brasil) - Ferrari
2007 Kimi Räikkönen
(Finlândia) - Ferrari
2008 Felipe Massa
(Brasil) - Ferrari
2009 Mark Webber
(Austrália) - Red Bull
2010 Sebastian Vettel
(Alemanha) - Red Bull
2011 Mark Webber
(Austrália) - Red Bull
ESTREIA Em 11 de fevereiro de 1973, Emerson Fittipaldi, que havia largado na segunda posição, ultrapassou Ronnie Peterson e garantiu a vitória em solo brasileiro.
* DE 1981 A 1989 O GP DO BRASIL FOI DISPUTADO NO AUTÓDROMO INTERNACIONAL NELSON PIQUET, EM JACAREPAGUÁ, NO RIO DE JANEIRO
Timo Glock (à esq.) disputa posição com Lewis Hamilton
Você sabia? Brasileiros que venceram Ayrton Senna (1991 e 1993), Emerson Fittipaldi (1973 e 1974), Felipe Massa (2006 e 2008) e José Carlos Pace (1975)
POR UM PONTO Nem mesmo a bandeirada final, depois de ter cravado a pole, garantiu o título para Felipe Massa em 2008. Uma ultrapassagem de Lewis Hamilton sobre Timo Glock, depois que o brasileiro cruzou a linha de chegada em primeiro, deu ao inglês o quinto lugar e o ponto que precisava para levar o Mundial. José Carlos Pace, piloto que deu nome ao autódromo
DOIS MOTIVOS PARA SORRIR Enquanto Emerson Fittipaldi buscava a terceira vitória consecutiva em 26 de janeiro de 1975, José Carlos Pace largava em sexto lugar. O que poucos esperavam era que ele chegasse à pole e ultrapassasse a linha de chegada cinco segundos à frente de Fittipaldi. Essa foi a única dobradinha brasileira.
Pelé (na foto, ao lado de Schumacher) e Gisele Bündchen estão entre as celebridades que já deram a bandeirada final
Juan Pablo Montoya, dono da volta mais rápida do circuito
Casa italiana? A Ferrari é a equipe que mais venceu em Interlagos: oito vezes. A McLaren ganhou sete
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PILOTOS
08
Hora de medir forças Fernando Alonso e Sebastian Vettel duelam em Interlagos para entrar no seleto grupo dos tricampeões da Fórmula 1 Alemão tem boa vantagem, mas ferrarista diz que fará de tudo para tirar os 13 pontos de diferença
A
última etapa da temporada mais disputada da história da Fórmula 1 não poderia terminar de outra forma. Sorte de nós, brasileiros, que podemos assistir a tudo de tão perto. A briga, regada a altas doses de adrenalina, está entre os melhores pilotos do ano: Sebastian Vettel, da Red Bull, e Fernando Alonso, da Ferrari, ambos com dois títulos cada. O espanhol venceu em 2005 e 2006, correndo pela Renault, enquanto o alemão faturou as duas últimas temporadas. E o favoritismo está ao lado de Vettel. O piloto da Red Bull lidera o campeonato mundial com 273 pontos, 13 à frente de Alonso. Até o momento, cinco pilotos integram o chamado clube do “tri”: Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987), Niki
Lauda (1975, 1977 e 1984), Jackie Stewart (1969, 1971 e 1973) e Jack Brabham (1959, 1960 e 1966). Domingo, esse grupo terá mais um piloto. Vettel ou Alonso, inclusive, tem a chance de se tornar o mais jovem tricampeão da categoria, superando o brasileiro Ayrton Senna, morto em 1994. Em 1991, Senna foi campeão aos 31 anos e sete meses. Alonso tem 31 anos e quatro meses e Vettel, 25. “Nós temos dois campeonatos, um ganhará o terceiro, então a prova de Interlagos significa o mesmo para nós. É uma pista em que muita coisa pode acontecer”, falou Sebatian Vettel. “Precisamos de uma combinação de resultados e vamos fazer tudo que pudermos. Se ele vencer, vamos parabenizá-lo”, completou Fernando Alonso. METRO
Tri espanhol
Tri alemão
Campeão em 2005 e 2006 correndo pela Renault, Fernando Alonso, de 31 anos, tem situação mais complicada no Brasil, pois depende dos resultados de Vettel. Ele leva o troféu se:
Aos 25 anos, Sebastian Vettel venceu em 2010 e 2011 pela Red Bull. Veja o que ele tem de fazer para ganhar em 2012: Chegar entre os quatro primeiros em Interlagos
Vencer a corrida e Vettel chegar, no máximo, em 5º
Ser 5º, 6º ou 7º, caso Alonso não vença
Chegar em segundo lugar e o piloto da Red Bull ser, no máximo, o 8º
Chegar em 8º ou 9º e Alonso ser, no máximo, o 3º
Terminar o GP na 3a posição e o alemão chegar, no máximo, em 10º
Se Alonso ficar fora do pódio, Vettel pode chegar em 10º ou sequer pontuar
Fernando Alonso
Sebastian Vettel
Espanhol, 31 anos
Alemão, 25 anos
Equipe: GPs disputados:
Equipe:
Ferrari
GPs disputados:
197
Red Bull 100
Títulos: 2 (2005 e 2006)
Títulos: 2 (2010 e 2011)
Vitórias:
30
Vitórias:
26
Pódios:
85
Pódios:
46
Pole positions:
22
Pole positions:
36
Alonso (à esq.) ou Vettel será campeão no domingo
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PILOTOS
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Brasucas
na pista
Felipe Massa 31 anos Equipe
Ferrari
Posição
7º lugar
Uma vez mais, Felipe Massa e Bruno Senna assistem de longe à briga pelo título Enquanto o ferrarista respira mais aliviado após a renovação com a sua escuderia, o piloto da Williams segue tentando segurar sua vaga Para ambos, uma boa corrida em Interlagos é a melhor maneira de encerrar um ano que merece ser esquecido
Bruno Senna 29 anos Equipe
Williams
Posição
16º lugar
Pontos
107
Pontos
31
GPs disputados
172
GPs disputados
45
Pontos na carreira
689
Pontos na carreira
33
Vitórias
11
Vitórias
0
Pódios
34
Pódios
0
Pole Positions
15
Pole Positions
0
Melhores voltas
14
Melhores voltas
1
A cabeça de Felipe Massa está em 2013, talvez seu ano derradeiro na Ferrari. Sua missão em Interlagos é ajudar o companheiro Fernando Alonso a conquistar o tricampeonato. Aliás, essa tem sido a tarefa do brasileiro desde o GP de Monza, na Itália, quando cedeu a terceira posição na corrida para o espanhol subir ao pódio. No GP de Austin, nos Estados Unidos, a Ferrari forçou uma penalização ao brasileiro – que perdeu cinco posições – para que Alonso avançasse no grid e largasse na parte limpa da pista. Com a manobra, o espanhol manteve suas chances de conquistar o título. Em 19 etapas, Massa subiu ao pódio apenas no GP do Japão, no início de outubro, quando terminou na segunda colocação, atrás de Sebastian Vettel. Não houve sequer uma pole position e seu único abandono foi na primeira etapa de 2012, na Austrália. A verdade é que desde o fim de outubro, quando conseguiu renovar com a escuderia por mais um ano, a temporada 2012 já é considerada página virada para Massa. Agora, é focar no ano que vem.
A situação de Bruno Senna na Fórmula 1 é bastante diferente da de Felipe Massa. Sem contrato assinado com Williams para a próxima temporada, e com um desempenho fraco nesta, ele é dúvida na categoria para 2013. Sua expectativa é marcar pontos no GP do Brasil e seguir na mesma equipe no ano que vem. Senna ocupa a 16º colocação na tabela de classificação do Mundial de Pilotos, com 31 pontos, 14 atrás do venezuelano Pastor Maldonado, seu companheiro de equipe. O brasileiro pontuou em dez corridas, mas não conseguiu cravar pódios ou pole positions. Sua melhor colocação foi um 6º lugar, na etapa da Malásia – a segunda prova do ano. Assim, o piloto brasileiro ainda acredita que seu desempenho no Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, neste final de semana, pode ser importante em seus esforços para impressionar a Williams, e outras equipes, e assim garantir uma vaga no grid da próxima temporada. Este é o terceiro ano de Senna na F-1. Em 2010 ele correu pela HRT e, no ano passado, defendeu a Lotus.
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DESPEDIDA
15
Adeus, campeão Aos 43 anos, o maior vencedor da história da Fórmula 1 se aposenta pela segunda vez Despedida tem tom de frustração para o piloto
Schumacher ganhará homenagem surpresa na pista de Interlagos ROBERT CIANFLONE/GETTY IMAGES
“Quero aproveitar as últimas corridas junto com vocês. Vamos nos divertir”. Foi no dia 4 de outubro, em Suzuka, no Japão, que o maior campeão da história da Fórmula 1 anunciou aposentadoria definitiva da categoria. E a última exibição do alemão Michael Schumacher será no Grande Prêmio do Brasil – mesmo palco da primeira parada, ocorrida em 2006. Há seis anos, após ser vice – o título ficaria com o espanhol Fernando Alonso, à época, na Renault –, o piloto decidiu se retirar das pistas. Voltou em 2010, para correr pela Mercedes. Mas não conseguiu repetir na segunda passagem o brilho da “Era Schumacher”, quando acumulou sete títulos. Em 2010, ano de seu retorno, o alemão somou 72 pontos, encerrando a temporada no 9º lugar. No ano seguinte, pouca evolução: 8º com 76 pontos. E, em 2012, até agora são 43 pontos e a 15a colocação no Mundial. “Embora eu ainda seja capaz de competir com os melhores pilotos que estão na ativa, em algum momento é bom dizer adeus”, disse Schumacher.
Fim da linha
A falta de motivação é evidente, e os resultados ‘comuns’ para os padrões do heptacampeão foram determinantes para que a carreira tivesse fim. Fato é que a Mercedes tirou da McLaren o inglês Lewis Hamilton, confirmado para 2013 ao lado do “segundo” Nico Rosberg. Além disso, o ex-piloto Niki Lauda, hoje consultor da Mercedes, disse que Schumacher procurou Sauber e Ferrari a fim de seguir correndo em 2013, mas as portas se fecharam. Futuro
Após a Fórmula 1, Schumacher vai disputar a Corrida dos Campeões, competição que, neste ano, será em Bangcoc, na Tailândia, entre os dias 14 e 16 de dezembro. Schumacher venceu as últimas cinco edições ao lado de Sebastian Vettel, da Red Bull. E ele quer mais: o título deste ano e o de 2013. “Vou buscar o sexto título, mas o meu número da sorte é sete. Por isso vamos fazer de novo em 2013 enquanto eu ainda for um pouco competitivo. Por que não?”, disse. METRO
“Interlagos é o lugar certo para terminar a minha carreira, porque muito do fascínio da F-1 está enraizado lá.” “Na minha segunda passagem pela Fórmula 1 aprendi a perder.” MICHAEL SCHUMACHER
Soberania em números Títulos 7: sendo dois pela Benetton (1994 e 1995) e outros cinco pela Ferrari (2000. 2001, 2002, 2003 e 2004) Equipes Jordan (1991), Benetton (1991-1995), Ferrari (19962006) e Mercedes (20102012) Corridas 307 Vitórias 91 Pódios 155 Pole positions 68
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Só falta
Mais de duas dezenas de botões no volante mantêm a atenção do piloto na pista e a direção do carro na ponta dos dedos
a buzina!
N
a Fórmula 1, o volante vai muito além da função de guiar o carro e mantê-lo sob o controle do piloto. Nos monopostos atuais, um volante pode ter mais de 20 botões para apertar ou girar, e esta característica vem sendo levada aos automóveis de passeio. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, os vários botões coloridos instalados no pequeno volante de um F-1 não distraem o piloto. Ao contrário, fazem com que ele mantenha os
olhos na pista. Só é preciso se acostumar ao manuseio. O volante também é responsável por enviar à equipe nos boxes informações sobre o funcionamento do carro durante a corrida. Ele também foi desenvolvido para que o piloto consiga acessar todos os controles do monoposto em um único lugar, como o rádio e o limitador de velocidade no pit lane, e ser retirado rapidamente em caso de emergência. Um volante de F-1 pesa 1,5 kg e pode custar mais de R$ 50 mil. METRO
Com o carro na mão
BORBOLETAS Mudam as marchas. A da esquerda aumenta e a da direita reduz
N - Neutro Põe o motor em ponto morto
DIF IN Com ele o piloto pode ajustar o diferencial para melhorar a estabilidade do carro na entrada ou saída de uma curva
REV Botão giratório capaz de aumentar o limite de giro do motor durante ultrapassagens ou reduzir para economizar combustível
PAINEL LUMINOSO As luzes de LED superiores indicam o giro do motor e o ponto ideal para a troca de marcha. O display abaixo mostra a marcha acionada e as funções de gerenciamento do motor. Por meio dele o piloto também pode ser alertado pelos comissários da prova sobre eventuais problemas na pista
BOOST Ajusta o Kers dispositivo que utiliza a energia elétrica acumulada nas desacelerações para gerar potência em ultrapassagens
LIMITER Limita a velocidade no pit lane em 60 km/h
Ov (Over) Eleva a rotação do motor durante uma ultrapassagem
RADIO Aciona o rádiocomunicador
10+ e 1Regulagens do dial multifunção
BORBOLETAS INFERIORES Acionam a embreagem DRINK Manda bebida para a boca do piloto (chá gelado é a bebida favorita no calor; e chá quente é o ideal em dias de baixa temperatura externa)
PUMP Transfere o óleo do tanque para a bomba
MIX Permite que o piloto altere a mistura ar/combustível que vai para o motor de acordo com as condições de pilotagem
BO (Burnout) Aquece os pneus antes da largada
GRP Controle de partida, ajusta o torque e a potência para que as rodas tenham o máximo de aderência na largada, evitando derrapagens
START Aciona os ajustespadrão do motor para que o piloto se concentre na largada
WET Ajusta o carro para condições de pista molhada
DIAL MULTIFUNÇÃO Controla os ajustes da asa dianteira (para balancear o carro diante de situações em que a economia de combustível e o desgaste dos pneus precisem ser administrados), a caixa de câmbio e o Kers, principalmente, quando os engenheiros detectam um problema no carro durante a prova
TORQUE Dispositivo de telemetria responsável por informar a equipe sobre o padrão ideal de gerenciamento a ser aplicado ao motor
BITE POINT Monitora os engates da embreagem
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Voo em 4 rodas
Na essência, as máquinas de Fórmula 1 não são tão diferentes do seu carro: têm motores de combustão interna, transmissões, suspensões, rodas e freios. Mas as semelhanças param por aí. Cada detalhe da estrutura delas é milimetricamente ajustado com um único objetivo: velocidade. Mas como é que elas conseguem alcançar 300 km/h? COMBUSTÍVEL Em seus tanques com capacidade para 150 litros, os bólidos da F-1 carregam a mesma gasolina comercializada nos postos de combustível convencionais. De acordo com o regulamento da categoria, no entanto, esse combustível não pode conter elementos químicos capazes de melhorar o desempenho dos carros. Ao final de cada etapa, as equipes são obrigadas a enviar à FIA duas amostras da gasolina usada nos carros para análise.
MOTOR Todos os carros da F-1 são equipados com motores 2.4 litros, com oito cilindros em “V” (a 90º), 32 válvulas (quatro por cilindro) aspirados naturalmente. O limite de giro é de até 18.000 rpm. Os blocos devem ser construídos de liga de alumínio e devem pesar pelo menos 95 kg. São proibidos turbocompressores, compressores mecânicos e dispositivos para esfriar o ar que penetre nas câmaras de combustão, bem como coletores de admissão e escape de geometria variável. É permitido que cada cilindro tenha apenas um injetor de combustível e que a ignição seja feita por uma única vela. O cárter do motor deve ser fabricado de liga de alumínio, assim como os pistões. Já o virabrequim e o comando de válvulas devem ser de liga de ferro. As válvulas, por sua vez, podem ser feitos de liga de ferro, níquel, cobalto ou titânio. Os motores da F-1 não contam com sistema de ignição. Eles são acionados ainda nos boxes ou no grid de largada. Um motor de F-1 possui cerca de 1.000 componentes e leva aproximadamente 80 horas para ser montado.
KERS Na F-1, desde 2009, o Kers (Sistema de Recuperação de Energia Cinética) é responsável por aproveitar a energia gerada nas desacelerações e frenagens. Essa energia é armazenada em baterias elétricas e pode ser utilizada durante a prova, em períodos de tempo limitados, geralmente em ultrapassagens. Para acionar o Kers basta que o piloto aperte um botão no volante. Uma vez ativado, ele aumenta a potência do motor em até 80 cv.
RODAS E PNEUS A FIA estabelece que as rodas devem ser fabricadas com um tipo específico de liga de magnésio. As dianteiras devem medir entre 305 e 355 mm de largura, e as traseiras 365 e 380 mm. Os pneus, por sua vez, não podem ultrapassar 660 mm de diâmetro ou 670 mm no caso dos pneus de chuva. Eles devem ser calibrados com ar ou nitrogênio. A Pirelli é a fornecedora oficial dos pneus usados na F-1. Pelo regulamento, são permitidos seis tipos de pneus, que são identificados por cores nas laterais: intermediário/chuva (verde), chuva (azul), supermacio/seco (vermelho), macio/seco (amarelo), médio/seco (branco) e duro/seco (cinza). Apenas dois tipos de jogos podem ser usados em cada etapa.
FREIOS As regras estabelecem que os carros de F-1 devem contar com dois circuitos de freio hidráulicos na frente e atrás. Freios com ABS ou outro tipo de assistência não são permitidos. Cada roda pode ter um disco de freio de, no máximo, 278 mm de diâmetro e 28 mm de espessura, feito de composto de fibra de carbono e cerâmica, materiais capazes de suportar temperaturas de até 2.500oC. Cada disco pode ter uma pinça de alumínio com seis pistões e duas pastilhas. Também não é permitido o uso de líquidos de arrefecimento para os freios.
AERODINÂMICA O regulamento da F-1 estabelece dimensões específicas para os carros. Eles não podem ter mais de 180 cm de largura, por exemplo. A medida entre as rodas dianteiras e o centro do carro não deve ultrapassar 140 cm e para trás não deve ultrapassar 100 cm. O balanço dianteiro e traseiro não podem ser maiores que 120 cm e 60 cm, respectivamente. Já a carroceria é desenvolvida para reduzir o arrasto aerodinâmico, aumentar o “downforce” (força de sustentação negativa capaz de “colar” o carro à pista) e promover o devido arrefecimento ao motor. Tudo isso, simultâneamente. Os carros não podem ter partes móveis, exceto a asa traseira, que é responsável por cerca de 30% do “downforce total” - a asa dianteira gera cerca de 25% de “downforce”. Qualquer dispositivo que altere as características aerodinâmicas do carro a partir de comandos acionados pelo piloto também é proibido.
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A MÁQUINA
550 kg
R$ 15,8 milhões
1,7 segundos
é o peso médio de um carro de F-1
é o valor que pode custar o carro
é o tempo que o carro demora para atingir 100 km/h
SENSORES Cada carro de F-1 possui cerca de 250 sensores para monitorar aproximadamente 1.500 parâmetros, gerando mais de 1,5 gigabytes de dados por etapa.
SUSPENSÃO e DIREÇÃO A suspensão que equipa os carros é do tipo convencional, com molas. As regras também impedem a adoção de qualquer tipo de dispositivo capaz de controlar a altura ou a geometria da suspensão durante a corrida. As rodas devem ser conectadas à estrutura do carro por dois braços. A direção de um F-1 pode ser assistida, desde que não tenha componentes eletrônicos.
CÂMBIO Os carros de F-1 utilizam um câmbio semiautomático com sete marchas no máximo e tração no eixo dianteiro ou traseiro. Dispositivos de controle de tração são proibidos. O câmbio de um F-1 é capaz de trocar marchas em 0,05 segundos e cada time tem permissão para utilizar 30 caixas por temporada, sendo que cada uma tem vida útil de cinco etapas.
COCKPIT O habitáculo que acomoda o piloto deve permitir que ele entre ou saia do carro rapidamente. Uma vez dentro, o piloto deve ser capaz de desatar os cintos de segurança, retirar o volante e sair do cockpit em, no máximo, cinco segundos. Conforme as regras da F-1, ao fim da corrida o piloto é obrigado a recolocar o volante no encaixe da coluna de direção também em cinco segundos. Já a célula de sobrevivência, responsável por proteger o piloto em caso de acidente, deve estar a 300 mm de distância dos pés dele.
As mudanças da temporada 2012
E
ntra ano, sai ano, e a F-1 segue sua evolução. Em 2012, as novidades foram poucas, se comparadas às das temporadas anteriores, mas provocou um corre-corre de projetistas e engenheiros. A principal delas foi a redução da altura-limite dos bicos em 55 cm. Com isso, a maioria das equipes foi obrigada a adotar uma solução inusitada: um degrau no nariz dos monopostos. A mudança teve como principal objeti-
vo aumentar a segurança dos pilotos caso o carro seja atingido na lateral, na linha do cockpit. A FIA também adotou critérios mais rigorosos para o uso do escapamento aerodinâmico, em que os gases expelidos são direcionados para o difusor, proporcionando maior pressão e melhorando o desempenho do carro. Outra decisão diz respeito ao uso da asa móvel durante a chuva. Ficará a critério do diretor da prova proibir o
recurso caso haja risco à segurança dos pilotos. As equipes também passaram a contar com jogo de pneus extras para pista seca nos treinos de sábado, caso chova no dia anterior. A FIA também estabeleceu limites de manobras aos pilotos ao defender posição. Eles não devem exceder mais de uma mudança no traçado e ao retornar ao traçado original, o piloto deve deixar um espaço de, no mínimo, a largura de um carro entre ele e a pista. METRO
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ENTREVISTA
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O
apresentador Otávio Mesquita conseguiu realizar os sonhos de muito marmanjo: ser um bem-sucedido apresentador de TV e piloto de corridas. Sendo que esta última proeza só foi alcançada aos 30 anos de idade, “quando eu já era famosinho”, brinca. Hoje, aos 53 anos, pai de três filhos, Otávio acelera o programa “Claquete” na Band, e também pisa fundo nas provas da Porsche Cup – categoria monomarca do automobilismo nacional e que fará sua penúltima etapa neste domingo, antes do GP do Brasil de F-1. Otávio já correu de kart na década de 90 e passou por categorias de turismo, picape e protótipos. Obteve bons resultados nas Mil Milhas Brasileiras (2º lugar, em 2001) e nos 500 km de Interlagos (3º lugar, em 2002). Venceu, em 2005, duas corridas do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil. Em sua casa, cuja decoração é praticamente toda dedicada ao automobilismo, o apresentador-piloto falou ao Metro sobre sua paixão pela velocidade.
Velocidade na veia
Qual é a sua recordação de Interlagos mais marcante?
Otávio Mesquita fala ao Metro sobre a sua paixão pela velocidade e ‘carreira’ nas pistas de corrida
Carro da Jordan na parede da sala, capacete do Senna e macacão do Fisichella fazem parte da coleção do apresentador
Quando surgiu a sua paixão pelo automobilismo?
Quando eu era moleque, sempre quis ser piloto de Fórmula 1. Eu e o mundo, né? Não consegui, mas eu tinha um plano B, que era ser famosinho. Esse deu mais ou menos certo. E eu só fui realizar o meu sonho de competir aos 30 anos. Foi num campeonato de Fiat Uno, chamado Fórmula Uno. Na volta de apresentação, eu fiz uma promessa, de que antes dos 40 iria realizar o sonho da minha vida, que era andar em um Fórmula 1.
Carro da equipe Jordan, usado por Fisichella, suspenso na sala da casa de Otávio Mesquita
Mas antes dos 30 anos você acompanhava as corridas de Fórmula 1?
FOTOS: ANDRÉ PORTO/METRO
Sim. Eu cresci vendo o Emerson Fittipaldi, o José Carlos Pace, o Nelson Piquet. Eu sou da geração da década de 70. Eu ia de Kombi assistir às corridas em Interlagos com meus amigos . A gente até dormia na Kombi! Também ia até ao Rio de Janeiro assistir a corridas. Era muito divertido.
Capacete de Senna é o xodó do apresentador
Já corri de tudo em Interlagos. A coisa mais engraçada que aconteceu foi uma corrida que eu fiz antes da minha estreia, na Fórmula Uno. Era uma prova para conhecer o carro. Eram 48 Fiat Uno e eu era o 48º, o último. Aí eu cheguei no Chico Serra, que era o pole e falei: “Chico, como que larga aqui?”. Aí ele disse: “Otávio, tem 47 carros na sua frente. Você larga após o sinal e pronto”. Eu fiz isso. Fui embora. Na largada, eu comecei a passar todo mundo. Pensei: “Colocaram um turbo no meu carro”. Fui passando. No “S” do Senna, eu já estava embolado entre os 10 primeiros. Na reta oposta, eu já estava passando o Chico Serra. Foi aí que eu descobri que tinha uma tal de volta de apresentação que ninguém tinha me falado! (risos). Obviamente, também guardo boas lembranças das minhas vitórias na Porsche Cup e na GT3, com a Ferrari. Andei dois anos nesta categoria. Também foi uma emoção única na preliminar de GT3 da Fórmula Indy, no primeiro ano, em 2011. Eu estava em primeiro e, na última volta, eu errei a freada e acabei perdendo a posição na reta dos boxes. Fiquei muito chateado com isso. Como a sua família lida com os riscos dessa sua paixão?
Hoje eu corro na Porsche Cup, em uma categoria chamada “Gentlemans Drivers”, de empresários na faixa dos 40 anos e que têm o automobilismo como hobby. É uma corrida com muita responsabilidade. Não faço loucuras. Tenho um índice de acidentes bem pequeno. Dificilmente me envolvo em acidentes. Geralmente são coisas pequenas e os carros da Porsche Cup são muito seguros. Você quer arriscar algum palpite para a corrida?
Você tem um carro de F-1 pendurado na parede de casa. Como conseguiu isso?
Quando eu fiz 40 anos, eu já tinha uma condição melhor de trabalho. Isso era 2000. Foi quando eu fui para Magny Cours, na França, e aluguei a Benetton 98 do Giancarlo Fisichella. Dei
aqui. Na semana do GP ele veio a São Paulo, foi até em casa e autografou o carro. É um sonho que eu realizei e que eu acho muito legal.
Composição de imagens mostra a carreira de Otávio como piloto
dez voltas no circuito. Quando saí do carro, o Fisichella estava lá e aí eu cheguei para ele e disse o seguinte: “Olha eu realizei o sonho da minha vida no
seu carro. Você virou um ponto de referência para mim. Antes dos meus 50 anos, eu vou ter um carro seu na casa que eu vou construir”. Ele deu risada e
falou: “Nem eu tenho um carro de F-1”. Aí eu respondi: “Então me aguarde. Um dia você vai ouvir falar de mim”. Sete anos depois eu comprei de um ex-enge-
nheiro da equipe uma Jordan 2003, que ganhou o GP do Brasil e coloquei na parede da casa que eu tinha construído. Em 2007, eu avisei o Fisichella que o carro estava
As chances de o Vettel ser campeão são muito grandes. A não ser que ele bata ou que o carro quebre. Mas ele vai chegar entre os três. Não tem como não acontecer. Eu estou torcendo para a Ferrari. Sou ferrarista. Torço pelo Felipe Massa, mas eu acho que o Vettel tem chances gigantes de ser tricampeão. METRO
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QUIZ
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GETTY IMAGES
Responda às questões abaixo e mostre o quanto você conhece do universo da Fórmula 1 Aproveite para saber um pouco mais sobre a categoria, o GP do Brasil e alguns pilotos que marcaram época
1
O nome oficial do circuito de Interlagos homenageia um ex-piloto brasileiro. Quem é ele? a) José Carlos Pace b) Ayrton Senna c) Ingo Hoffmann
Treino livre
2
Em que ano o GP do Brasil ingressou no calendário da temporada da Fórmula 1?
3
Qual é o país com maior número de vitórias na prova de Interlagos? a) Alemanha b) Brasil c) Inglaterra
4
Qual destes ícones do automobilismo brasileiro nunca venceu em Interlagos? a) Ayrton Senna b) Emerson Fittipaldi c) Nelson Piquet
5
Em que ano um piloto brasileiro venceu em Interlagos pela última vez? a) 2001 – Luciano Burti b) 2008 – Felipe Massa c) 2009 – Rubens Barrichello
6
Qual é o piloto que mais vezes venceu em Interlagos na história? a) Michael Schumacher b) Alain Prost c) Nigel Mansell
RESPOSTAS:
8
Quem venceu o Gp do Brasil, em Interlagos, na edição de 2011? a) Mark Webber b) Jenson Button c) Nico Rosberg
Qual é a equipe que coleciona o maior número
Em qual outro autódromo, além do de Interlagos, o GP do Brasil já foi disputado? a) Velopark b) Jacarepaguá c) Tarumã
10
Qual a velocidade que um carro de Fórmula 1 consegue atingir nas retas? a) 250 km/h b) 300 km/h c) 420 km/h
11
Quando é dada a largada em uma corrida de Fórmula 1? a) Quando uma luz verde é acesa enquanto os carros estão enfileirados b) Quando é dada a bandeirada quadriculada c) Quando as cinco luzes vermelhas se apagam
12
A quem pertence esta frase? “A primeira coisa que um piloto deve ter é uma excelente antecipação. Ele deve saber o que vai acontecer antes que, de fato, aconteça.” a) Emerson Fittipaldi b) Niki Lauda c) Juan Manuel Fangio
1-A / 2-C / 3-B / 4-C / 5-B / 6-A / 7-C / 8-A / 9-B / 10- B / 11-C / 12-A
Entardecer no circuito de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes
a) Williams b) McLaren c) Ferrari
9
a) 1971 b) 1972 c) 1973
7
de vitórias em Interlagos?
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