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São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2013 Edição especial
Escolher os móveis e objetos certos para a decoração ajuda a manter a casa protegida dos bichinhos PÁG. 04
LAR, PET LAR
Cães fazem de tudo para chamar a atenção dos donos para suas necessidades
Parede pode tornar ambientes versáteis
Conheça a beleza dos móveis luminosos
Telhado deve aliar beleza e proteção
Pequenas mudanças feitas com tinta-lousa podem dar ar despojado e criativo PÁG. 03
Usado em ambientes comerciais, recurso pode ser Relação custo-benefício deve ser avaliada no usado com charme também em casa PÁG. 06 momento da escolha das telhas PÁG. 10
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DECORAÇÃO GETTY IMAGES
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Para cada ambiente
Ano novo, pintura nova O ano acaba de começar e quem quiser aproveitar o período para dar uma repaginada em casa pode se animar: os fabricantes de tintas já estão comercializando as cores que serão tendência em 2013. Enquanto a Suvinil aposta no verde-limão, por alternar sua aparência entre o verde e o amarelo dependendo da luz a que estiver submetido -, a Co-
ral elege o violeta como a grande sensação para 2013. “O violeta é capaz de agradar os mais diferentes gostos, pois se trata de um tom elegante quando aplicado para repaginar ambientes”, diz Benito Berretta, diretor de marketing da Tintas Coral. Cores vibrantes E não só os tons cítricos e sóbrios deverão fazer su-
cesso neste ano. Há também quem aposte nas cores vibrantes, por exemplo. “Sem dúvida, tons como o tangerina, o menta e o rosa estarão em alta na decoração. Quem quiser ir além, pode pintar pequenos ambientes com tons de lilás, verde-kiwi e laguna: cores que ampliam o espaço em contraste com a luz”, informa o arquiteto e consultor Carlos Galbe,
Cores. Tintas antibactericidas, antimofo e sem cheiro são apostas dos fabricantes para conquistar os clientes mais exigentes que desenvolve um trabalho com a Futura Tintas. Faça você mesmo E para renovar um ambiente não é preciso ser especialista. De posse de pouco e tendo à mão os materiais corretos, é possível aplicar tintas antimofo, antibactérias e sem cheiro – consideradas novidades no mercado – em qualquer espaço residencial.
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METRO E PORTAL BAND
FOTOS:DIVULGAÇÃO COLOUR FUTURES/CORAL
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Praticidade e resistência que só o laminado possui
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Resistentes a impactos, riscos e manchas, os pisos laminados, que imitam a madeira, têm se revelado uma opção prática e econômica para os consumidores. Sua venda se dá por metro quadrado e, de acordo com a loja, é possível contar com o serviço de instalação do produto já embutido no preço.
Cozinha. Neste espaço, cores consideradas “frescas”, como o amarelo e o verde, são as mais recomendadas.
No litoral E quem mora na praia também pode utilizar este produto, devendo apenas tomar cuidado ao entrar em casa. “A exposição do piso à areia pode danificar o material”, diz Flávia Athayde Vibiano, gerente de marketing da Eucatex. Para evitar problemas, abuse dos tapetes e não se esqueça de colocar um capacho na porta de entrada para remover a areia dos calçados. METRO
Sala de estar. Misture tons aconchegantes a vibrantes para criar um conjunto harmônico em que se possa viver alegremente.
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Escritório. Para causar uma boa impressão no lugar de trabalho, prefira cores fortes como o violeta, o laranja, o verde ou tons de grafite.
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Dormitórios. Quartos devem receber cores aconchegantes. Para não sobrecarregar o ambiente, misture tonalidades claras a escuras e dê asas à imaginação.
Para limpar o piso, pano úmido já é o suficiente | EUCAFLOOR/ DIVULGAÇÃO
DECORAÇÃO
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Direto na parede O clássico quadro-negro ganha novas funções longe da sala de aula. Paredes esquecidas em escritórios, quartos, cozinhas e salas de jogos podem ser transformadas em murais e agendas apenas com a aplicação da chamada tinta-lousa. “Essa tinta é versátil e dá um ar descontraído e retrô ao ambiente. O produto também é multifuncional, já que pode ser usado para deixar recados ou simplesmente para estimular a imaginação das crianças”, diz Cris Arnaud, arquiteta. A tinta-lousa é encontrada em lojas de construção nas cores verde-bandeira e preto, não requer mão de obra especializada e pode ser usada em paredes com superfície lisa e de qualquer tamanho. “Ao aplicar a tinta, espere de quatro a seis horas entre cada demão. Também vale a pena esperar quatro dias antes de usá-la”, diz Cris. A praticidade da tinta-lousa também está presente na hora da manutenção. Um pano úmido apaga o giz e não desbota o produto. MARIANNA PEDROZO METRO SÃO PAULO
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Mude o visual. Tinta-lousa confere versatilidade e ar retrô à decoração do quarto, escritório ou cozinha. Produto é de fácil aplicação e acessível
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Quarto das crianças. Uso fácil.
A tinta-lousa deve ser aplicada em uma parede com fácil acesso para a criança. METRO
Escritório. Funcionalidade.
Adesivo em forma de balão da Plig Adesivos| DIVULGAÇÃO
Outras opções Veja quais a alternativas para quem não quer modificar completamente a parede • Lousas prontas. São mais práticas, já que não é preciso
pintar a parede. No entanto, são mais caras e de tamanhos limitados • Adesivos decorativos. Em tintas de lousa, têm a mesma
funcionalidade que a tinta. O produto é comercializado em formas e desenhos criativos, como bolas. A aplicação é simples e ao retirá-lo é necessário pintar a parede.
A lousa substitui os murais e quadros de anotações comuns nos escritórios. Antes da aplicação da tinta é recomendável escolher uma parede de fácil visibilidade e que esteja livre do teto até o chão. METRO
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Cozinha. Escolha o lugar certo.
A lousa pode ser usada como mural de recados e para anotar a lista de compras. Aplique-a longe do preparo dos alimentos. METRO
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DECORAÇÃO CAT CRIB/REPRODUÇÃO
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Imagens
Discreto, produto importado funciona como rede e pode ser adquirido pela internet por R$ 60 (US$ 29)
Decoração à prova de pets Organização. Escolha adequada da mobília e pequenos truques podem ajudar a manter a decoração intacta. Sofás, tapetes e cortinas exigem atenção especial para evitar desgaste desnecessário das peças Manter a decoração de casa impecável quando se tem um cachorro ou gato é uma tarefa realmente difícil, mas não impossível para aqueles que estão atentos aos hábitos e ao comportamento de um animal. Enquanto os gatos adoram o conforto de um sofá e não perdem a oportunidade de desfiá-lo com as unhas, os cães podem, em uma única tarde de tédio, destruir essa mobília. Por isso, todo cuidado é pouco quando o assunto envolve decoração e animais. Quem tiver um bichinho de estimação e quiser evitar prejuízos materiais deve, primeiramente, adequar a própria residência. Na composição da sala, por exemplo, prefira tecidos resistentes e laváveis, como o jacquard ou mesmo os sintéticos e náuticos, como o ultrasuede, da Regatta. O couro também pode ser uma boa opção para quem tiver gatos. “O sofá de couro é mais resis-
tente que o revestido em tecido de fibra. Além disso, ele é de fácil manutenção e limpeza e não fica com tanto cheiro quanto os demais”, explica a arquiteta Carla Dichy. Figuram ainda entre as tradicionais proteções as capas laváveis e as mantas em tecido, conforme aponta a coordenadora do curso de pós graduação em design de interiores do Senac, Myrna Nascimento. “O proprietário pode limitar o espaço do animal no sofá colocando em alguma área a manta destinada ao uso exclusivo do bichinho ou pode investir num acabamento em tecido que possa ser removido.” Cores e tramas Outro item importante é a cor do tecido. Segundo as especialistas consultadas, quanto mais claro o tecido for, maior será o seu desgaste - já que a sujeira fica-
rá visível mais cedo. Por essa razão, prefira tramas escuras, que exijam menor manutenção, e dê adeus aos tapetes. “Estes itens devem ser recolhidos quando os animais forem pequenos e aos poucos introduzidos quando eles tiverem acesso controlado aos ambientes”, diz Myrna, que lembra que os gatos adoram afiar as unhas nestes locais e que muitos os cães não perdem a oportunidade de urinar neles. E não se preocupe se você for daqueles que não abre mão de uma boa decoração: o nylon pode ajudá-lo. “Estes tapetes podem ser lavados em casa. Além disso, na By Kamy, é possível encontrar um modelo em vinil que imita texturas naturais”, conclui Carla. ELIANE QUINALIA METRO SÃO PAULO
Eles não têm culpa! Para ajudar a entender o comportamento do seu animal, o veterinário Marcelo Brauer Neves, de 34 anos, esclarece algumas dúvidas. Confira o que ele diz. • Por que os gatos afiam as unhas no sofá? Diferente dos cães que podem destruir a casa por estresse, os gatos o fazem por instinto. Para amenizar este problema, corte as unhas do seu pet a cada 15 dias e espalhe arranhadores pela casa. • E por qual razão os cães
mordem tudo? Enquanto um filhote faz isso por brincadeira, um adulto o faz por estresse. É assim que ele chama a atenção do dono para suas necessidades. Como solução, dê brinquedos e certifique-se de que ele está sendo devidamente estimulado. • Eles também comem as paredes por isso? Nem sempre. Neste caso, o animal pode apresentar alguma deficiência nutricional, causada pela ingestão de uma ração de baixa qualidade, ou algum
tipo de verminose. Um veterinário poderá ajudar a identificar o problema. • E como resolver o xixi pela casa? Ensinando onde o cão deve fazer suas necessidades. Agora, se o problema for a marcação de território, a solução é outra. O animal - cão ou gato - deve ser castrado. Desta maneira ele deixará de disputar território com outros animais e, consequentemente, não urinará mais pela casa. A cirurgia é simples.
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Prateleiras. Saiba como aproveitar bem os espaços.
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Prateleiras e nichos podem ser uma opção divertida para quem tem gatos. Ao invés de enchê-las de coisas - o que pode causar estragos -, deixe algumas livres para seus pets subirem. METRO
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Revestimentos. A escolha do tecido correto evita problemas.
Sofás escuros e de couro podem ser uma solução prática para quem tem animais. Além da fácil limpeza, o couro é conhecido também por sua resistência. METRO
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Tapetes. Evite-os
Para manter sua casa limpa e sem pelos, evite os tapetes. Lembre-se que gatos gostam de afiar as unhas e que os cães podem urinar no local. Optar pelo laminado pode ser uma boa solução. METRO
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Alimentos. Devem ser bem protegidos
As gavetas e armários de cozinha que tiverem mantimentos devem ficar longe do alcance de cães. Para evitar surpresas desagradáveis, instale pequenas travas no lado interno do móvel. METRO
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Cortinas. Persianas, não!
Quem tem gatos deve fugir das persianas, pois nelas os felinos podem se machucar. Para as janelas, prefira cortinas de tecido feitas com materiais mais resistentes. METRO
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DECORAÇÃO
Tendência na decoração de ambientes comerciais, móveis iluminados passaram a ser adotados também em espaços residenciais. Peças precisam ‘conversar’ com demais espaços para que haja harmonia na decoração ELIANE QUINALIA Antes de comprar um móvel iluminado, os fãs deste tipo de peça precisam ter cuidado, pois ela deve “dialogar” com o restante da casa, com o perfil do morador e deve ser encarada muito mais como objeto decorativo do que funcional. Por isso, para compor ou dar destaque a um ambiente, é preciso cuidado. “Mesmo sendo mais arrojado, o móvel deve combinar com os tecidos, as paredes e quadros da casa”, diz a decoradora de interiores Eni Marchiori. A escolha da peça dependerá ainda de outros fatores. “Um mobiliário deste tipo deve ser utilizado para destacar uma área”, diz Eni, que prefere adotá-lo em pequenas quantidades. “É possível usá-lo sozinho num living ou à uma distância de um metro de outra peça similar em um bar”, aconselha.
Utilizadas como mesas ou assentos, peças (acima e ao lado) do designer Paolo Grasselli podem ser encontradas na italiana ModoLuce | DIVULGAÇÃO
E fez-se a luz!
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Madeira iluminada. Criada pelo designer Giancarlo Zema, a coleção Bright Woods mistura madeira e LED. Da Avanzini.
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Psicodélica. Vibrante, a Disco Chair da Kiwi & Pom reúne fios eletroluminescentes que conferem um design moderno aos ambientes.
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Retrô. Em fibra de vidro, a Eudora Glowing Chair, de Critz Campbell, possui variadas estampas retrô.
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A cor é outro item que deve ser considerado quando o assunto é a escolha de um móvel iluminado: enquanto os tons de violeta e azul esfriam o ambiente, o amarelo e o vermelho podem aquecê-lo. “O amarelo realmente dá vivacidade ao espaço, assim como o vermelho. Contudo, este último deve ser usado com cautela, pois apenas fica elegante
quando bem combinado”, explica a decoradora de interiores, Eni Marchiori, que reforça a importância de selecionar algo que não destoe do resto da casa. “Quando o mobiliário estiver apagado, durante o dia, ele deverá combinar com os demais móveis, Por isso, a importância da cor”, reforça a decoradora. METRO
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SERVIÇO
Plantas bem cuidadas no verão Calor. Estação mais quente do ano demanda cuidados com as plantas. Rega deve ser dosada para não atrair fungos e pragas
O calor excessivo, mesmo que incentive o crescimento da maioria das plantas, pode trazer também prejuízos, afinal qualquer descuido pode favorecer a proliferação de ervas daninhas, fungos e pragas. Por isso, para evitar estragos no jardim, alguns cuidados devem ser tomados, especialmente no que dizem respeito à frequência da rega e à quantidade de água. Segundo Eduardo Santos, técnico especializado da Doutor Resolve, a frequência da irrigação deve ser mais espaçada para evitar o apodrecimento das raízes. “O excesso de água facilita a entrada de fungos e bactérias. Além disso, é preciso lembrar que esta época do ano, na maioria das regiões do país, é de muita chuva”, explica. E não é porque as chuvas são constantes que você
deva esquecer e regar suas plantas. Em cidades onde a estação é mais seca, por exemplo, a rega deve ser feita com uma frequência maior, preferencialmente nas horas da manhã ou mesmo no fim da tarde. “Nunca molhe as plantas nos horários em que o sol está mais forte. Assim é possível evitar que sofram queimaduras”, orienta Santos. Previna-se Outros problemas comuns nesta época do ano são ainda as pragas e ervas daninhas. Entre as pragas, os pulgões e as cochonilhas estão entre os vilões que mais exigem a atenção dos moradores. “Para se livrar deles é preciso realizar um trabalho de pulverização que, de preferência, deve ser feito por profissionais
especializados”, diz Santos. Para prevenir um ataque, uma boa ventilação aliada à remoção das folhas e flores murchas ou secas pode ser suficiente. Essa prática estimulará a formação de novos botões. Quem quiser, pode deixar a folhagem removida secar ao sol e extrair as sementes, reutilizando-as depois. Inimigo vivo Outro problema que exige atenção no jardim são as ervas daninhas: elas funcionam como uma espécie de parasita e competem com as plantas no consumo de água e nutrientes. Para removê-las, utilize ferramentas específicas, como o firmino, e tome cuidado para não prejudicar as raízes das plantas vizinhas. PORTAL DA BAND
Rega deve ser feita de manhã ou no fim da tarde | IMAGE SOURCE/JENNY CUNDY
Dicas para o dia a dia
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Plantar espécies propícias para a época, realizar podas frequentes e investir na adubação podem ajudar a acelerar o crescimento e desenvolvimento das plantas. Confira o que fazer abaixo STOCK.XCHNG
1 Plantio
O verão é um dos melhores momentos para realizar o replantio, pois é nesta época que as plantas mais crescem e expandem suas raízes. Espécies como Copo-de-leite, Helicônia, Lírio-da-paz, Dália, Onze-horas, Girassol, Crista-de-galo, Orquídea, Bromélia, Hibisco, Gérbera e Violeta são algumas das que melhor se adaptam à estação.
Poda
FABIANO ACCORSI/FOLHAPRESS
Na estação que antecede o verão, as plantas criam novos brotos devido à abundância de luz, o que exige cautela quanto à poda. Por esta razão, nesta época do ano, o ideal é optar apenas pela retirada de ramos, galhos secos e mortos. No caso da grama, o cuidado é diferente: ela pode ser aparada sem culpa, chegando até a ter um espaçamento na poda de 15 dias em certas regiões.
FABIANO ACCORSI/FOLHAPRESS
Adubação
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No verão, as espécies vegetativas consomem mais facilmente os nutrientes do solo, utilizando todo o potencial de adubos e fertilizantes - eles são muito importantes para suportar este ritmo mais intenso na vida do jardim. Como dica, antes de adubar a terra, aere o solo, remexa a terra para afofá-la e retire todas as impurezas (ervas daninhas, raízes mortas, torrões de terra seca). Por último, misture o adubo.
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SERVIÇO
Cuidado com seu telhado Telhas coloniais são leves e de fácil instalação | DIVULGAÇÃO
Escolha. As telhas em cerâmica são tradicionais, mas tendem a quebrar com mais facilidade. Consumidor deve ter cuidado com presença de amianto em telhas de fibrocimento Na hora de construir uma casa, muita gente pensa em todos os detalhes, mas esquece uma parte extremamente importante: o telhado. A escolha das telhas vai muito além de uma questão meramente estética, podendo ter influência sobre a temperatuda da casa e até sobre a saúde dos moradores. Uma das variedades de telha mais comuns no Brasil é a de cerâmica - aquela avermelhada, encontrada sobretudo no topo de residências em bairros de classe média. “As telhas em cerâmica foram introduzidas pelos colonizadores portugueses. Oferecem boa relação custo-benefício em relação aos outros tipos de telhas e se adequam bem às nossas condições climáticas”, diz a arquiteta Karla
Cunha, do escritório Item 6. Mas apesar de tradicionais em nosso país, as telhas em cerâmica podem trazer alguns tipos de problemas: são mais suscetíveis a fungos e tendem a quebrar com mais facilidade. Talvez por isso, donos de casas em bairros mais sofisticados tendem a optar por telhados do tipo “shingle” ou em concreto. São muito resistentes, vão bem em telhados com alta inclinação e conferem um aspecto bastante bonito ao topo de uma residência. Não à toa, costumam ser mais caros. Mas a maior parte das telhas no Brasil é feita de fibrocimento, exatamente por ser um material mais barato. A opção por esse tipo, porém, pode ser arriscada: muitas vezes, o fibrocimento contém em sua
fórmula amianto (substância proibida em mais de 60 países por seu potencial danoso à saúde humana). Há, porém, alguns tipos de fibrocimento que não possuem amianto na fórmula. A marca de telhas Brasilit, por exemplo, disponibiliza no mercado uma telha em fibrocimento sem a substância, em formato colonial, que é uma das apostas da marca. “Essas telhas se parecem com as de cerâmica, mas são três vezes mais leves e mais fáceis de instalar. Além disso, se sobressaem em termos estéticos”, diz Fabiana Castro, gerente de mercado da Brasilit. Outro fator importante na hora de escolher o tipo de telha é a coloração: as mais claras garantem lares mais frescos. São também
ecológicas. “Elas refletem melhor a luz solar, evitando a formação das ‘ilhas de calor’ nos centros urbanos”, diz Karla Cunha. Mas elas também têm desvantagens: “Com a poluição, tendem a envelhecer mais rapidamente com o tempo”, diz Fabiana Castro. Quem se preocupa mesmo com a temperatura da casa, independentemente da cor do telhado, pode também recorrer às telhas térmicas. A marca Dânica, por exemplo, tem as linhas Termo Roof e Termo House, desenvolvidas com uma tecnologia que, mesmo nas cores mais escuras (como a terracota), permitem que a residência reduza o consumo de energia e se mantenha em temperaturas mais agradáveis. METRO QUADRADO
Telhas em cerâmicas são tradicionais | RUBENS CHAVES/ FOLHA PRESS
Telhados em shingle são resistentes | DIVULGAÇÃO
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PRODUTOS
Niemeyer iniciou sua produção de móveis nos anos 70, ao lado de sua filha Anna Maria, como forma de dar continuidade a sua arquitetura. Para criar os desenhos, o mestre buscou inspiração nas técnicas de laminação, colagem e prensagem utilizadas em móveis suecos. Ousadas, suas peças são marcadas por curvas e poucas áreas de apoio - nada mais pertinente para alguém que não se atraía pelo ângulo e pela linha reta criada pelo homem. Segundo ele, o que o cativava mesmo eram as curvas livres e sensuais
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ELIANE QUINALIA
“Todos os móveis estão presos ao princípio de que são complemento da arquitetura e devem ser atualizados e modernos como a própria arquitetura.”
Sinuosa Criada em 1974, a Marquesa explora ao extremo a possibilidade de trabalhar a madeira laminada, que na foto aparece na cor preta, junto à palha natural. Com 90 cm de altura x 60 cm de largura e 170 cm de profundidade. Na Dpot. METRO Marquesa | DPOT/ DIVULGAÇÃO
Chaise Rio | A LOT OF/ DIVULGAÇÃO
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OSCAR NIEMEYER / 1907-2012
Black
Curvada Em madeira laminada, a Poltrona On leva estofado em couro natural e tem como característica um importante traço mantido pelo arquiteto: as curvas. METRO Poltrona On | DPOT/ DIVULGAÇÃO
Diferente da Cadeira de Balanço, a Chaise Rio associa madeira ebanizada a um estofado em couro natural italiano. Fabricada em 2007 pela FASEM, a peça encontra-se à venda na A Lot Of. METRO
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Mesa Redonda | DIVULGAÇÃO
móveis concebidos por Oscar Niemeyer
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Cadeira de Balanço | DPOT/ DIVULGAÇÃO Pufe Easy Chair | DPOT/ DIVULGAÇÃO
Balanço
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Peça-ícone, a Cadeira de Balanço mescla madeira laminada curvada à palha natural. Criado em 1977, móvel conta, ainda, com apoios reduzidos que trazem mais leveza à peça. Na Dpot. METRO
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Circular Estruturada em madeira laqueada preta, a mesa “Redonda” apresenta desenho curvilíneo em sua base. METRO
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Poltrona Easy Chair| DPOT/ DIVULGAÇÃO
São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2013 Edição especial