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SUPERGUIA ELEIÇÕES

2014

SÃO PAULO

03 de outubro de 2014

185 11 eleitores www.metrojornal.com.br | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metro

142.822.046

CANDIDATOS A PRESIDENTE

Estão aptos a decidir, neste domingo, quem serão seus representantes nos próximos anos

CHEGOU A HORA!

RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

segundo o TSE

a senador

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E em meio a essa verdadeira nuvem de candidatos, o Metro Jornal traz um superguia para ajudá-lo a não CANDIDATOS A fazer feio no momento do voto

1min14s 530 MIL será o tempo médio para o eleitor votar,

candidatos

urnas eletrônicas

17.009 candidatos a deputado estadual

GOVERNADOR

R$ 65 bilhões é a soma dos limites de gastos com campanha declarados por

todos os candidatos ao TSE

7.139 CANDIDATOS A DEPUTADO FEDERAL

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SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2014 www.metrojornal.com.br

{SUPERGUIA ELEIÇÕES 2014} UESLEI MARCELINO/ REUTERS

Análise

Alcance e limite das eleições

O voto é o maior instrumento da democracia

A importância do voto para a vida dos cidadãos Em suas mãos. A escolha pelo voto deve ser feita com consciência e após análise do histórico de vida do candidato, das propostas que tem e de sua viabilidade de aplicação Neste domingo, das 8h às 17h, mais de 142 milhões de brasileiros vão dedicar alguns minutos do dia para ajudar a escolher os líderes públicos que conduzirão a vida do Estado pelos próximos quatro anos. É muita coisa em jogo. Estarão nas mãos do presidente da República e dos governadores eleitos as políticas públicas que poderão melhorar ou piorar a vida de milhões de pessoas. São eles que decidirão quanto deve ser investido para melhorar a saúde, a segurança e a educação, por exemplo. Os brasileiros irão escolher também seus representantes nos Legislativos federal e estadual, por meio dos senadores e deputados. Além de proporem e aprovarem leis, são eles os responsáveis por fiscalizar as ações do poder Executivo e, até mesmo, pedir o impeachment do presidente, como

já ocorreu em nosso país. Daí a importância do voto. Ele é um dos principais instrumentos utilizados para eleições de representantes políticos ou para tomar decisões políticas, em espaços em que há consulta popular para isso, como nos casos de referendos ou plebiscitos. No Brasil, são eleitos através do voto diversos representantes políticos da população, como vereadores, prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, além de senadores, governadores e presidentes da República. A partir da Constituição de 1988 o voto universal foi instituído para a escolha dos ocupantes desses cargos. Voto universal significa que todo o cidadão dentro das normas legais tem o direito de escolher seus representantes. Essa configuração de participação política foi uma vitória para a ampliação dos

critérios da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante pelo voto direto. Porém, na história das eleições no Brasil, nem sempre foi assim. As votações que existiam durante a colônia e durante o Império brasileiro estavam restritas a homens que detinham certo nível de renda. Com o advento da República, o voto foi estendido aos demais homens, mas não às mulheres. Estas somente puderam participar das eleições no Brasil a partir de 1932, com a reforma do Código Eleitoral. A existência dos períodos ditatoriais, como entre 1937 e 1945 e entre 1964 e 1985, diminuiu muito a abrangência da participação política dos cidadãos na escolha de seus representantes políticos. A restrição histórica à

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O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

participação de boa parte da população na escolha de seus representantes através do voto fez com que o sufrágio universal estabelecido na Constituição de 1988 ganhasse uma enorme importância. Por meio do voto, é possível ao cidadão escolher dentre um leque de opções previamente estabelecido uma pessoa que o representará em algumas das instituições políticas por um período determinado. Essa escolha, na forma ideal, deve ser feita com consciência política e após uma análise das propostas do candidato e de sua viabilidade de aplicação, além do histórico pessoal e político do candidato. Nas páginas deste superguia, você vai encontrar elementos e informações que irão ajudá-lo a honrar o democrático direito do voto e fazer bonito na frente da urna. METRO

EXPEDIENTE Metro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo Adamo Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Nas democracias representativas, as eleições servem para escolher os representantes que irão governar e legislar em nome do povo. As eleições servem também para renovar as esperanças de dias melhores, para evitar o pior e para punir políticos que não se comportaram bem nos cargos ou tiveram um desempenho insatisfatório ou foram incompetentes. Em tese, as eleições seriam tudo isso, mas na prática a coisa não é bem assim. Ocorre que, nessas mesmas democracias, os políticos e os partidos se tornaram independentes e não estão submetidos ao crivo do controle social. Foi se criando um abismo entre os eleitos e os eleitores. Estes últimos se sentem cada vez menos representados pelos políticos eleitos, fator que vem provocando a chamada crise de representação. Ela significa que o representado, o eleitor, se sente cada vez menos identificado com os políticos eleitos e com as instituições. As próprias instituições enfrentam uma crise: elas não são capazes de realizar as finalidades pelas quais foram instituídas. Existem dois outros problemas que agravam a situação da democracia representativa brasileira: 1) os eleitores não têm mecanismos de controle dos eleitos; 2) há um baixo nível de organização e de participação da sociedade civil, o que também enfraquece o poder social e popular. Diante dessas circunstâncias é preciso redobrar o cuidado na hora da escolha do voto. Muitos eleitores definem seu critério de voto a partir da tese do “menos pior”. O pressuposto desse critério é o de que não existe o político bom ou ótimo. Na escolha, mesmo que seja o “menos pior”, existem alguns critérios que podem ser considerados para evitar o risco de se votar errado. É preciso analisar a história pública e particular do candidato; as suas propostas programáticas; o grau de compromisso que ele tem para com essas propostas; o grau de responsabilidade social do candidato; o grau de compromisso com suas ideias e propostas; se é uma pessoa honesta e se expressa valores republicanos como frugalidade, a simplicidade, a conduta democrática etc. Se o candidato agrega esse conjunto de qualidades e valores, ele pode ser digno de ser o representante do eleitor. Não se pode voltar em qualquer um simplesmente porque a pessoa é popular ou pela aparência. Os eleitos irão manejar bilhões de reais que saíram da sociedade por meio de impostos e precisam voltar para a mesma sociedade em termos de investimentos em infraestrutura, em saúde, educação, segurança pública e desenvolvimento econômico e social. Sem a eficiência, o compromisso ético e boas políticas públicas é o próprio povo quem sofrerá. Para que o país melhore, é preciso escolher bem, através da boa ponderação e avaliação. Precisamos conceber os políticos como funcionários do povo. Por isto, precisamos estar sempre vigilantes e, se for o caso, cobrá-los, mesmo que seja com protestos nas ruas. ALDO FORNAZIERI

Professor Escola de Sociologia e Política de São Paulo

Filiado ao

Metro São Paulo. Editores-Executivos: Ariel Kostman e Lara De Novelli (MTB: 31.369) Editor de Arte: Tiago Galvão. Gerentes Comerciais: Tânia Biagio e Elizabeth Silva

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: Avenida Rebouças, 1585, Pinheiros, CEP 05401-909, São Paulo, SP, Brasil. Tel.: 3528-8500. O jornal Metro é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

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Eleitor deve estar pronto para ‘Dia D’ democrático MOISES DIAS/ FUTURAPRESS

É bom saber. Informações sobre horários, documentos, direitos e deveres do eleitor, entre outras, são obrigatórias para não fazer feio diante da urna Ao acordar no domingo, o eleitor apto a votar sabe que nesse dia ele terá uma obrigação a cumprir: visitar a urna de sua seção eleitoral e deixar ali registradas as escolhas que fez para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Simples? Sim, porém, mesmo assim, muita gente perde a oportunidade de exercer esse direio por desconhecer algumas informações úteis para participar do processo democrático. O Metro Jornal ajuda aqui o eleitor a fazer bonito no domingo: Horário A votação em todo o Brasil começa às 8h e termina às 17h, hora local. No Brasil, os primeiros eleitores serão os de Fernando de Noronha, Pernambuco, às 7h, horário de Brasília. No Acre, a eleição começa às 10h, também horário de Brasília. Isto porque o Brasil tem três fusos horários. Quem vota O voto é obrigatório para alfabetizados de 18 a 70 anos. É facultativo para analfabetos, para quem tem entre 16 e 17 anos e 11 meses e para quem tem mais de 70 anos. O eleitor que não se registra até a primeira eleição após completar 19 anos tem que pagar multa. Mesmo para quem o voto não é obrigatório, é preciso estar inscrito na Jurisdição Eleitoral, ou seja, ter título de eleitor. Documentos No dia da votação, é necessário levar o título de eleitor ou um documento de identificação com foto, que pode ser carteira de identidade, passaporte, Certificado de Reservista, Carteira de Trabalho ou Carteira Nacional de Habilitação. Caso a pessoa não leve o título de eleitor por alguma razão, é perfeitamente possível votar apenas com o documento de identificação, sem problemas.

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Justificativa O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral poderá justificar o voto em qualquer seção eleitoral do país. Basta preencher o formulário disponível nos locais de votação e apresentar o título de eleitor e um documento oficial de identificação com foto. Necessidades especiais O eleitor que possui deficiência ou mobilidade reduzida poderá contar com o auxílio de uma pessoa de sua confiança sem a necessidade de requisição ao juiz eleitoral, desde que o ajudante não seja mesário ou fiscal de partido. Trabalho O empregador é obrigado a liberar o funcionário para votar. Porém, não é obrigado a abonar faltas em dias anteriores ou posteriores à votação pelo fato de o empregado ser eleitor em outra cidade - o cidadão deve ser eleitor no local onde reside. Caso o trabalho seja distante do local de votação, deve fazer rodízio entre os funcionários. Lei Seca A decisão depende de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, não haverá lei seca nestas eleições. Bebidas alcoólicas poderão ser vendidas normalmente. Segurança A Justiça Eleitoral vai aproveitar a estrutura de segurança criada para a Copa do Mundo. Serão reativados os centros integrados de comando e controle de operações das 12 cidades que promoveram os jogos. Nesses locais, as polícias estaduais vão compartilhar informações com a Força Nacional de Segurança. Uma equipe em Brasília receberá as comunicações e tomará as providências para conter eventuais crimes eleitorais. METRO

Brasileiros entre 18 e 70 anos de idade são obrigados a votar

Band apresentará maratona jornalística no dia da eleição A cobertura das eleições 2014 na Band começa às 7h de domingo e só termina na madrugada de segunda-feira. Mais de mil profissionais em todo o Brasil foram escalados para a maratona jornalística. Confira: TV Programação terá flashes ao vivo, reportagens e entrevistas com convidados durante todo o dia. Após as urnas fechadas, entra no ar a análise política, com mesas de discussão mediadas pelo âncora Ricardo Boechat. E a partir da meia noite, Boris Casoy chega para comandar ao vivo o “Canal Livre Especial”. Rádios As emissoras de rádio do Grupo Bandeirantes também estão se preparando para uma extensa cobertura no domingo. As equipes de reportagem das rádios Bandeirantes (AM 840 e FM 90,9), BandNews FM e SulAmérica Trânsito (FM 92,1)

DEBATE NA BAND

estarão espalhadas por todo o Brasil. Celular Quem baixar o aplicativo da Band poderá acompanhar o andamento das apurações no celular. A partir das 17h o sinal ao vivo da TV estará disponível para os usuários nos sistemas iOS, Android e Windows Phone. Internet O portal da Band (www.band. com.br) vai usar os recursos da internet para complementar a cobertura do rádio e da TV. Na apuração exibirá gráficos completos, atualizados em tempo real, tanto na versão web quanto no mobile. Após os resultados, o portal mostra graficamente como fica a composição da Câmara e do Senado. Será possível, ainda, acompanhar a cobertura no www.metrojornal. com.br, que também tem a lista completa dos locais de votação para ajudar o eleitor a encontrar o seu. METRO

O jornalista Ricardo Boechat participa da cobertura da Band

DIVULGAÇÃO BAND

Caso haja 2º turno na eleição para governadores, a Band abre a rodada de debates no dia 9, quinta, às 22h. Se houver 2º turno para a eleição presidencial, o debate acontece no dia 14, terça, às 22h.

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Dilma Rousseff (PT)

Marina Silva (PSB)

Belo Horizonte (MG), 66 anos

Rio Branco (AC), 56 anos

Vice: Michel Temer (PMDB)

Vice: Beto Albuquerque (PSB)

40% Datafolha (02/out.)

Datafolha (02/out.)

40%

13

24%

40

Ibope (02/out.)

55.725.529 MELHOR

44%

DATAFOLHA (22.ABR)

PIOR

Ibope (02/out.)

19.636.359

2º turno da eleição presidencial 2010

34%

24%

DATAFOLHA (29.AGO)

MELHOR

34%

DATAFOLHA (29.AGO)

PIOR

1º turno da eleição presidencial 2010

21%

DATAFOLHA (14.AGO)

Marina e Aécio: disputa é v Reta final. Últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas ontem confirmam Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, mas deixam no ar a incerteza sobre quem irá com a petista para a etapa final da disputa presidencial Faltando dois dias para o primeiro turno das eleições presidenciais ainda não é possível dizer quem irá disputar um eventual segundo turno com a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas ontem mostram Dilma com 40%, e Marina Silva (PSB), com 24% das intenções de voto nas duas sondagens. Aécio Neves (PSDB) tem 21% no Datafolha e 19% no Ibope. Como a margem de erro das duas pesquisas é de 2 pontos percentuais, pelo Datafolha o tucano e a candidata do PSB estão em situação de empate técnico. Pelo Ibo-

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pe, Marina tem 1 ponto percentual de vantagem dentro da margem de erro. Quando consideramos apenas os votos válidos (descartando brancos e nulos), Dilma tem, segundo o Ibope, 47%, Marina, 28%, e Aécio, 22%. Se no domingo ela atingir 50% mais um dos votos válidos, liquida a fatura e não haverá mais segundo turno. Até duas semanas atrás, as pesquisas indicavam maior probabilidade de que o segundo turno fosse disputado entre Dilma e Marina. A partir da última semana, no entanto, os números começaram a mostrar uma mudança no quadro da cor-

rida eleitoral, apontando para um dos cenários mais imprevisíveis de todas as oito últimas eleições presidenciais desde o fim do regime militar. Aécio, que no início da campanha ocupava o segundo lugar nas pesquisas, foi atingido em cheio pelo efeito emocional provocado pela morte de Eduardo Campos. O trágico acidente aéreo, que no dia 13 agosto tirou a vida do candidato do PSB, alçou sua vice, Marina, à condição de candidata e herdeira. Nos levantamentos seguintes, Marina desalojou de forma instantânea o tucano do segundo lugar, le-

vando-o ao terceiro posto em todos os levantamentos. A ex-ministra chegou a disparar nas pesquisas, empatando com a líder, Dilma, em 34% em 29 de agosto. O voo de foguete durou até a semana passada. Na última terça (30), o Datafolha mostrava Dilma com 40%, Marina com 25% e Aécio, 20%. Pelo Ibope, a presidente tinha 39%, a candidata do PSB aparecia com 25%, e o tucano somava os mesmos 19%. De lá para cá, Marina oscilou para baixo nas duas pesquisas, e Aécio confirmou trajetória de alta, pelo menos no Datafolha, cujas entrevistas são mais recen-

tes, realizadas entre quarta e quinta-feira. As do Ibope ocorreram entre segunda e quarta-feira. Somadas as informações das duas pesquisas, fica cada vez mais clara a realização do segundo turno. Com o encerramento oficial da campanha ontem, último dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, não há muito a fazer até domingo. Aos candidatos resta investir no corpo a corpo com o eleitor e contar com o apoio da militância até amanhã, quando toda a atividade eleitorial deve ser suspensa. Outra aposta dos comitês de campanha é buscar o

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Aécio Neves (PSDB)

DEMAIS CANDIDATOS

Belo Horizonte (MG), 54 anos Vice: Aloysio Nunes (PSDB)

Pastor Everaldo (PSC)

21%

Empresário, 58 anos, natural do Rio de Janeiro (RJ), casado, nível superior completo

Datafolha (02/out.)

19%

45

Ibope (02/out.)

7.565.377 MELHOR

23%

IBOPE (7.AGO)

Eleição para senador de 2010

PIOR

14%

DATAFOLHA (3.SET)

é voto a voto voto dos indecisos e daqueles que pretendem votar em branco ou anular. Segundo o Datafolha, os que planejam votar em branco e nulo somam 5%, enquanto no Ibope eles são 8%. Já os indecisos somam, respectivamente, 5% e 7%. Segundo turno A grande diferença nas duas sondagens mais recentes está nas simulações de segundo turno. Dilma vence em todos os cenários, mas num deles sua vantagem é bastante diferente. Pelo Datafolha, Dilma supera Marina e Aécio pelos mesmos 48% a 41%. No Ibope, a presidente vence a candidata do PSB pela mesma vantagem, ainda que com outro placar: 43% a 36%. Mas

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contra o tucano, a vantagem é quase o dobro do que no Datafolha: 46% a 33%. Na terça-feira, o Datafolha mostrava Dilma vencendo Marina por 49% a 41% e Aécio por 50% a 41%. Pelo Ibope, a presidente tinha 42%, e a candidata do PSB, 38%, de modo que as duas estavam no limite do empate técnico. Contra o tucano, a petista vencia por 45% a 35%. Rejeição Quanto à rejeição aos candidatos, Dilma tem o maior índice: 32%. Marina tem 25%; Pastor Everaldo, 22%; Levy Fidelix, 22%; Aécio, 21%; Zé Maria, 18%; Eymael, 16%; Luciana Genro, 16%; Rui Costa Pimenta, 15%; Eduardo Jorge, 14%; e Mauro Iasi, 14%. METRO

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Luciana Genro (PSOL)

CONFIRA UM RAIO-X DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA VOTOS NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES

DESEMPENHO NAS PESQUISAS

PROJEÇÃO 2º TURNO

Datafolha O DATAFOLHA FEZ 12.022 ENTREVISTAS EM 433 MUNICÍPIOS NOS DIAS 1 E 2 DE OUTUBRO. MARGEM DE ERRO: 2 PONTOS. REGISTRO NO TSE: BR-00933/2014

48%

41%

Dilma (PT)

Marina (PSB)

48%

41%

Dilma (PT)

Aécio (PSDB)

Ibope O IBOPE OUVIU 3.010 ELEITORES ENTRE 29/09 E 1.º/10. MARGEM DE ERRO: 2 PONTOS. REGISTRO NO TSE: BR-00942/2014

Advogada, 43 anos, natural de Santa Maria (RS), casada, nível superior completo

Eduardo Jorge (PV) Médico, 64 anos, natural de Salvador (BA), casado, nível superior completo

Levy Fidélix (PRTB) Jornalista, 63 anos, natural de Mutum (MG), casado, ensino médio completo

Mauro Iasi (PCB) Professor, 54 anos, natural de São Paulo (SP), solteiro, nível superior completo

Eymael (PSDC) Advogado, 74 anos, natural de Porto Alegre (RS), casado, nível superior completo

Zé Maria (PSTU) Metalúrgico, 57 anos, natural de Santa Albertina (SP), solteiro, ensino médio completo

43%

36%

Dilma (PT)

Marina (PSB)

Rui Costa Pimenta (PCO)

46%

33%

Jornalista, 57 anos, natural de Butantã (SP), casado, ensino superior completo

Dilma (PT)

Aécio (PSDB)

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Por que mereço o seu voto Exclusivo. Atendendo ao convite do Metro Jornal, os três primeiros candidatos na corrida eleitoral escrevem aos eleitores

E

u digo que o eleitor deve votar em mim e no PT porque representamos um projeto de governo que já começou a mudar de fato este país. Como mudamos? Nós combatemos a fome e a miséria a ponto de o Brasil sair do Mapa da Fome e reduzimos drasticamente as desigualdades sociais. Pela primeira vez, uma crise financeira foi enfrentada sem provocar desemprego e sem reduzir salários. Mas tudo isso é só o começo da mudança. Eu fui eleita para dar continuidade aos avanços do governo do presidente Lula. Fiz muito, mas acho que podemos e devemos fazer muito mais. Preparamos o Brasil para um novo ciclo de desenvolvimen-

to e agora é a hora de uma nova mudança, de um novo passo, mas no mesmo caminho. E este caminho é tornar o Brasil cada vez mais inclusivo, mais moderno e produtivo. Revolucionamos a Educação com o Prouni, o Fies, o Pronatec e agora vamos investir ainda mais fortemente na qualidade do ensino. A Educação hoje é o nosso caminho para o futuro. Vamos fazer mais para criarmos cada vez mais oportunidades, para melhorarmos e gerarmos empregos cada vez mais de qualidade. Quero dizer que, mais do que nunca, eu acredito no Brasil e nos brasileiros. Eu acredito em você, leitor, e peço seu voto para o Brasil continuar avançando.

“Mais do que nunca, eu acredito no Brasil. Eu acredito em você e peço seu voto”

A

ssumi o desafio de concorrer à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil com uma dupla tarefa: preservar o sonho que Eduardo Campos acalentava e mostrar aos brasileiros que é possível, sim, construir uma nação próspera e justa socialmente. A nova política pensada por Eduardo e por mim é o primeiro ponto do ideal que permitiu nossa aliança. Sabíamos os dois que o Brasil e os brasileiros merecem prática política diferenciada de “democratização da democracia”. Essa noção pressupõe a reorganização do Estado, posto a serviço dos cidadãos e livre do clientelismo. Participação, gestão competente e governabilidade estão na

base dessa transformação. O segundo ponto que nos uniu é a certeza de que o país deve avançar. Uma política destrutiva, polarizada e em bases patrimonialistas tirou a vitalidade do Brasil. Devemos realizar as reformas estruturais que permitirão sair da estagnação econômica e ampliar os investimentos necessários, especialmente em educação. O desenvolvimento sustentável é nosso terceiro eixo de ação. Visão estratégica e condução rigorosa da política econômica podem criar o ambiente necessário a um novo ciclo de prosperidade, em novas bases e perspectivas. Esse é o caminho que desejamos trilhar. Vamos unir o Brasil com coragem. Nas urnas podemos definir nosso futuro.

“Vamos unir o Brasil com coragem. Nas urnas podemos definir nosso futuro”

A

mensagem que os brasileiros transmitem a todos nós pode ser sintetizada por uma palavra: mudança. Mais de 70% da população a deseja. É nesse contexto que surge a nossa candidatura, representando não um ou mais partidos, mas um projeto de país que atenda à sociedade. Defendo um modelo de gestão que alie ética e eficiência. O Brasil não pode continuar convivendo com um governo que produz escândalos em série – sugando recursos públicos e agredindo o patrimônio da nossa principal empresa, a Petrobras – e distribui nacos de poder em inacreditáveis 39 ministérios. Um dos meus primeiros compromissos foi justamente o de extinguir metade dos

ministérios e milhares de cargos para os quais não é necessário concurso público. Na economia, teremos tolerância zero com a inflação e absoluta transparência com as contas públicas. Nossa eleição trará credibilidade, possibilitando a retomada dos investimentos. No campo social, o governo federal coordenará a área de segurança pública e avançará nas políticas de saúde e educação. Falo como o governador que levou Minas a ter a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde do Sudeste e a ser o Estado que mais investe em segurança no país. Não sou candidato à Presidência da República para botar um retrato na parede. Quero ser presidente do Brasil para fazer o melhor governo já visto pelos brasileiros.

“Quero ser presidente do Brasil para fazer o melhor governo já visto pelos brasileiros”

Dilma Rousseff (PT)

Marina Silva (PSB)

Aécio Neves (PSDB)

Secretária estadual de Minas e Energia, de 1999 a 2002, no Rio Grande do Sul; ministra de Minas e Energia, de 2003 a 2005; ministra da Casa Civil, de 2005 a 2010; presidente da República, de 2011 até hoje

Vereadora de Rio Branco (AC), de 1989 a 1990; deputada estadual, de 1991 a 1994; senadora, de 1995 a 2003 e de 2003 a 2011; ministra do Meio Ambiente, de 2003 a 2008; candidata a presidente em 2010

Deputado federal, de 1987 a 2003; presidente da Câmara dos Deutados, de 2001 a 2002; governador de Minas Gerais de 2003 a 2006 e de 2007 a 2010; senador de 2011 até hoje

Belo Horizonte (MG), 66 anos

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Rio Branco (AC), 56 anos

Belo Horizonte (MG), 54 anos

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Entenda a urna eletrônica Primeira dama. Ela é a personagem mais importante da eleição. Saiba por que e aprenda como vai registrar o seu voto

Passo a passo do voto

A urna estará ligada e pronta para receber seu voto.

Após a devolução do documento e a liberação para votar, dirija-se à cabine indicada pelo mesário, onde estará a urna eletrônica.

O primeiro voto será dado ao seu candidato a deputado estadual. Você deve preencher os 5 espaços do número do candidato.

Equipamento genuinamente brasileiro, a urna eletrônica foi criada para agregar facilidade, agilidade, transparência e segurança ao processo eleitoral, eliminando o risco de fraude que historicamente colocava em suspeita as eleições no Brasil. A primeira votação realizada por urnas eletrônicas em nosso país aconteceu em 1996. Catorze anos depois, em 2010, mais de 134 milhões de eleitores participaram de eleições gerais totalmente informatizadas.

SEU VOTO PARA

DEPUTADO ESTADUAL

Depois do preenchimento, a urna vai mostrar a foto do candidato, nome, partido e número. Se for ele mesmo, você deverá apertar a tecla verde “Confirma”.

Número:

Após a confirmação do primeiro voto, a urna eletrônica vai mostrar 4 espaços para o voto a deputado federal. O procedimento é o mesmo: preencher os espaços, aguardar as informações e, se estiverem corretas, apertar a tecla verde “Confirma”.

CONFIRMA BRANCO

CORRIGE

BRANCO

CORRIGE

CONFIRMA

SEU VOTO PARA

DEPUTADO FEDERAL Número:

SE NÃO TIVER CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL E/OU FEDERAL, VOCÊ PODE DIGITAR APENAS O NÚMERO DO PARTIDO. SEU VOTO IRÁ PARA A LEGENDA Depois do voto a senador é a vez de votar para governador, nos 2 espaços que a urna eletrônica vai trazer. Preencher, conferir as informações e, novamente, confirmar apertando a tecla verde “Confirma”.

Confirmado o voto do deputado federal, a urna trará 3 espaços para receber seu voto do candidato a senador. Mesma coisa: conferir foto, nome, partido e número e, se as informações estiverem corretas, pressionar a tecla verde “Confirma”. Aqui já não dá mais para votar só no partido, pois há somente um candidato a senador por legenda.

SEU VOTO PARA

SENADOR Número:

CONFIRMA BRANCO

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CORRIGE

IMPORTANTE O voto poderá ser nulo se o eleitor digitar um número de candidato ou de partido que não existe e depois apertar a tecla verde “Confirma”. METRO

SEU VOTO PARA

GOVERNADOR Número:

Não esqueça a cola!

Por fim, a urna vai mostrar novamente 2 espaços. É isso mesmo. O voto a presidente também tem 2 espaços. Preencha, confira foto, nome, número e partido e, se estiver tudo certo, pressione pela última vez a tecla verde “Confirma”. Um som será emitido para indicar que seu voto foi realizado com sucesso.

O eleitor tem a opção de votar em branco em cada uma das etapas: deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. Basta apertar a tecla “Branco” e confirmar. A urna vai imediatamente para o cargo seguinte ou, no caso de presidente, encerrar a votação.

Como é a urna A urna eletrônica é um microcomputador de uso específico para eleições. Dois terminais compõem a urna: o do mesário, onde o eleitor é identificado e autorizado a votar (em alguns modelos de urna a identidade é verificada por meio da biometria), e o terminal do eleitor, onde é registrado numericamente o voto. O terminal do mesário possui um teclado numérico, onde é digitado o número do título de eleitor, e uma tela de cristal líquido, onde aparece o nome do eleitor, se ele pertence

àquela seção eleitoral e se está apto a votar. Antes da habilitação, nas seções onde há identificação biométrica, o eleitor tem sua identidade validada pela urna, por meio de sua impressão digital. Dessa forma, um eleitor não pode votar por outro. A urna eletrônica somente grava a indicação de que o eleitor já votou. Pelo embaralhamento interno e outros mecanismos de segurança, não há nenhuma possibilidade de alguém saber em quais candidatos um eleitor votou, em respeito à Constituição Federal brasileira, que determina o sigilo do voto. Três pequenos sinais visuais (leds) auxiliam o mesário, informando-o se o terminal está disponível para o eleitor, se já completou seu voto e se a urna eletrônica está funcionando ligada à corrente elétrica ou à bateria interna. Já o terminal do eleitor possui teclado numérico, onde é registrado o voto, e uma tela de cristal líquido, onde são registradas as mensagens que orientam o eleitor para o registro de seu voto. METRO

SEU VOTO PARA

Anote os números dos seus candidatos e leve com você

PRESIDENTE Número:

Deputado estadual

SEU VOTO PARA

XXXXXXXXXX

ES ÇÕ 4 E I 01 EL 2

1 3 2 4 5 6 7 8 9 Apresente-se ao mesário de sua seção eleitoral e mostre seu título de eleitor ou um documento com foto (pode ser carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de trabalho ou carteira nacional de habilitação). Aguarde a autorização.

Deputado federal

Senador

Governador

Presidente

Número:

Para anular o voto, basta CONFIRMA digitar um número qualquer, que não seja de nenhum candidato (Ex.: 00000), e pressionar a tecla verde “Confirma”. Votos e brancos não são contabilizados.

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CONFIRA O RAIO-X DOS 3 PRINCIPAIS CANDIDATOS A GOVERNADOR

Demais candidatos

RODRIGO DIONISIO/FRAME - FOLHAPRESS

ANDRÉ PORTO/ METRO

ANDRÉ PORTO/ METRO

Gilberto 50 Maringoni (PSOL) Gilberto Natalini (PV)

43

Laércio Benko (PHS)

31

Raimundo Sena (PCO)

29

BOA VANTAGEM

Datafolha O DATAFOLHA FEZ 2.112 ENTREVISTAS EM 60 MUNICÍPIOS NOS DIAS 1º E 2 DE OUTUBRO. MARGEM DE ERRO: 2 PONTOS. REGISTRO NO TRE: SP-00054/2014

50% 22%

11%

Alckmin

Skaf

Padilha

(PSDB)

(PMDB)

(PT)

PROJEÇÃO 2º TURNO

56% 31% 65% 23% Alckmin

Skaf

(PSDB)

(PMDB)

Alckmin Padilha (PSDB)

(PT)

Geraldo Alckmin (PSDB) Idade: 61 anos

45

Paulo Skaf (PMDB) Idade: 59 anos

15

Alexandre Padilha (PT) Idade: 43 anos

Formação: médico

Formação: empresário

Formação: médico

Casado com: Maria Lúcia Alckmin

Casado com: Luzia Helena de Menezes

Casado com: Thássia Alves

Vice: Márcio França (PSB)

Vice: José Roberto Batochio (PDT)

Vice: Nivaldo Santana (PCdoB)

Cargos públicos: governador, vice-governador, secretário estadual de Desenvolvimento, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador de Pindamonhangaba

Cargos públicos: nenhum

Cargos públicos: ministro da Saúde e ministro-chefe da secretaria de Relações Institucionais

Alckmin mantém a liderança com folga

Sede: Palácio dos Bandeirantes, Avenida Morumbi, 4.500, Morumbi, São Paulo (SP), CEP 05650-905, telefone (11) 2193-8000

A caminho da reeleição. Segundo pesquisa divulgada ontem, o atual governador de São Paulo venceria com 50% dos votos; Skaf (PMDB) receberia 22%, e Padilha (PT), 11%

Número de Secretarias

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, aparece na liderança de pesquisa de intenção de voto divulgada ontem pelo Instituto Datafolha, com 50%. O candidato Paulo Skaf (PMDB) vem em seguida, com 22%. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) aparece com 11%. Com a porcentagem, Alckmin ganharia a disputa pela reeleição no primeiro turno. Na pesquisa anterior,

feita pelo Datafolha na segunda, 29, e terça-feira, 30, ele tinha 49%, seguido por Skaf (23%) e Padilha (10%). O Datafolha fez simulação de segundo turno entre Alckmin e Skaf. O governador de São Paulo ficou com 56%, e Skaf, 31%. Os votos em branco e nulos somaram 9%, e não sabem ou não responderam 3% dos eleitores entrevistados. O instituto também fez simulação de segundo tur-

no entre Alckmin e Padilha. Alckmin obteve 65%, e o candidato do PT, 23%. Votos em branco e nulos totalizaram 9%, e não sabem ou não responderam, 3%. O governador ocupa o mais elevado cargo político no Estado. Nos países com sistema federativo, como é o caso do Brasil, é função do governador administrar o Estado e representá-lo em ações jurídicas, políticas e administrativas.

Ele atua com o auxílio da Assembleia Legislativa e, para os temas de alcance nacional, da bancada federal — eleita para representar o Estado na Câmara. O governador tem atribuições semelhantes às do presidente da República, só que na esfera estadual. Educação, saúde e segurança estão sob o seu comando. Ccbe a ele nomear o comandante-geral da Polícia Militar e o chefe da Polícia Civil. METRO

Renovação na Assembleia paulista deve ser de 40% A Assembleia Legislativa de São Paulo deve registrar uma renovação de 40%, segundo avaliação dos próprios deputados. Com pouca produtividade nos últimos quatro anos, a Casa ficou limitada a aprovar projetos enviados pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). PT e PSDB devem

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continuar rivalizando como principais forças no Legislativo paulista. Ter uma Assembleia atuante é importante para o Estado, já que o deputado estadual é o representante da população. Sua função principal é fazer as leis dos Estados, observando a Constituição Federal. No Distrito

Federal há a figura do deputado distrital, eleito da mesma forma que os deputados estaduais para a Câmara Legislativa do DF. Mas os deputados estaduais têm direito a verba de gabinete para contratar assessores e verba indenizatória, para reembolsar despesas como combustí-

vel, selos, materiais gráficos, locação de imóveis e outros. O deputado estadual pode propor, emendar, alterar e revogar leis estaduais. Eles podem ainda criar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), a fim de averiguar a ocorrência de ilícitos na administração. METRO

Ao vencedor Veja o que o candidato vitorioso vai encontrar após a posse, em janeiro de 2015

26

21 570 mil R$ 204 bi R$ 20.662 9

Número de Empresas e Autarquias Número de Servidores

Orçamento em 2015 (previsto) Salário (bruto)

Número de candidatos que disputaram o governo

A vida no Legislativo Conheça onde e como seu candidato vai trabalhar se for eleito Sede Assembleia Legislativa de São Paulo, Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, São Paulo (SP), CEP 04097-900, telefone (11) 3886-6000 Número de deputados: 94 Salário (bruto): R$ 20.042,34 Verba indenizatória: R$ 25.175,00 Número de candidatos que disputam uma vaga: 2.127

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{SUPERGUIA ELEIÇÕES 2014}

CONFIRA O RAIO-X DOS 3 PRINCIPAIS CANDIDATOS A SENADOR DANILO VERPA/ FOLHAPRESS

VANESSA CARVALHO/BRAZIL PHOTO PRESS - FOLHAPRESS

ALAN MARQUES/ FOLHAPRESS

POR 6 PONTOS

José Serra (PSDB) Idade: 72 anos

456

Eduardo Suplicy (PT) Idade: 73 anos

131

Gilberto Kassab (PSD) Idade: 54 anos

555

Formação: economista

Formação: economista e administrador de empresas

Formação: engenheiro civil e economista

Casado com: Mónica Serra

Casado com: Mônica Dallari

Solteiro

Suplente: José Aníbal (PSDB)

Suplente: Tadeu Candelária (PR)

Suplente: Alda Marco Antonio (PSD)

Cargos públicos: prefeito de São Paulo, governador de São Paulo, senador, ministro da Saúde, ministro do Planejamento, deputado federal

Cargos públicos: senador, deputado federal, deputado estadual e vereador

Cargos públicos: prefeito de São Paulo, vice-prefeito de São Paulo, deputado federal e secretário de Planejamento da cidade de São Paulo

Até 2022 Veja o que o candidato vitorioso vai encontrar após a posse, em janeiro de 2015 Sede Palácio do Congresso Nacional, Praça dos Três Poderes, Brasília (DF), CEP 70165-900, telefone 0800-612-211, www.senado.gov.br Número de senadores Salário: Verba de gabinete: Número de funcionários: Ajuda de custo:

81 R$ 26.726 R$ 82 mil 8.905 R$ 1.113 185

Número de candidatos que disputaram uma vaga no Senado

Até 2018 Conheça onde e como seu candidato vai trabalhar e quanto vai ganhar se for eleito Sede Palácio do Congresso Nacional, Praça dos Três Poderes, Brasília (DF), CEP 70160-900, telefone 0800-619-619, www.camara.leg.br Número de deputados: 513 Salário: R$ 26.723,13 Verba de gabinete: R$ 78.000,00 Número de candidatos que disputaram uma vaga: 7.139

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Datafolha O DATAFOLHA FEZ 12.022 ENTREVISTAS EM 433 MUNICÍPIOS NOS DIAS 1º E 2 DE OUTUBRO. MARGEM DE ERRO: 2 PONTOS. REGISTRO NO TSE: BR-00933/2014

39%

33% 8%

Serra (PSDB)

Suplicy Kassab (PT)

(PSD)

Senado: Serra continua à frente de Suplicy Sêniores. Ex-governador está à frente da pesquisa Datafolha e confirma preferência do eleitor paulista para torná-lo seu representante na mais alta corte do Legislativo do país O candidato a senador José Serra (PSDB) aparece com 39% das intenções de voto para o Senado por São Paulo, aponta pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem. O senador Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição, vem em seguida, com 33%. O ex-prefeito da capital paulista Gilberto Kassab (PSD) está em terceiro, com 8%. Marlene Campos Machado (PTB) aparece com 2%.

A candidata do PSTU, Ana Luiza, tem 1%, assim como Fernando Lucas (PRP). Kaka Wera (PV), Edmilson Costa (PCB), Senador Fláquer (PRTB) e Juraci Garcia (PCO) não pontuaram. Votos em branco e nulos somaram 9% e não sabem em quem votar 8% dos eleitores entrevistados. Na pesquisa anterior, feita entre segunda (29) e terça-feira (30), Serra tinha 39%, Suplicy, 30 %, e Kassab, 9%.

O Poder Legislativo brasileiro é bicameral, ou seja, apresenta duas casas distintas, que são a Câmara dos Deputados e o Senado. Os dois formam o Congresso Nacional. Os senadores representam mais fortemente os interesses dos Estados que o elegeram. Cada Estado é representado por três senadores, eleitos para um mandato de oito anos. São, portanto, 81 senadores (3 x 27). A renovação do Senado

ocorre de quatro em quatro anos, de maneira alternada – em uma eleição cada Estado elege um senador e, na eleição seguinte, cada Estado elege dois. Neste ano será a vez de apenas um ser eleito. Os senadores têm como principal função propor, discutir e aprovar leis que valem para todo o país. Para virar lei, as propostas precisam ser aprovadas pelas duas Casas do Congresso. METRO

Câmara deverá ter ainda mais partidos A Câmara Federal deve registrar um processo de pulverização do poder, com participação de um número maior de partidos na composição da Casa. A previsão é de que o número de legendas passe das atuais 22 para 28, o que dificultará a formação dos blocos governista e de opo-

sição. O próximo presidente terá que negociar muito para conseguir maioria na Câmara. Partidos como PT, PSDB e PMDB devem perder cadeiras para novas legendas, como o PSD de Gilberto Kassab, o Solidariedade e o PROS. Eleito para um mandato de quatro anos, o deputa-

do federal é o representante do povo no Legislativo. Propor, discutir e aprovar leis válidas para todo o Brasil estão entre as principais atividades dos deputados federais, que são compartilhadas com os senadores. A Câmara é o local onde a maior parte dos projetos começa a tramitar, saúde,

educação, segurança etc. Todos passam pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que julga a constitucionalidade do projeto, Como os senadores, os deputados também fiscalizam o poder Executivo e podem abrir processos contra o presidente. METRO

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E se a maioria anular o voto, o que acontece? Tira dúvidas. Muitos eleitores chegam ao dia da eleição sabendo da importância do voto, mas desconhecendo detalhes do processo eleitoral que podem, até, fazê-lo mudar de opinião. O Metro Jornal selecionou algumas perguntas e respostas para o seu leitor. Confira

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AGÊNCIA BRASIL

os dois candidatos a presidente (10 minutos para cada um) e os dois candidatos a governador (também 10 minutos para cada um). Já na TV estão programados os mesmos dois blocos de 40 minutos, um começando às 13h e o outro, às 20h30. Nos Estados onde não houver segundo turno, os dois blocos diários serão de apenas 20 minutos cada um.

Plenário da Câmara Federal, em Brasília: seu candidato pode estar lá em 2015

NAS ELEIÇÕES HÁ MUITOS CANDIDATOS. COMO VOU SABER OS NÚMEROS DOS MEUS CANDIDATOS NA HORA DE VOTAR? Anote em um papel os números de seus candidatos já na ordem correta de votação e use este papel como lembrete na hora de votar. O Metro Jornal traz uma “cola” para você preencher, recortar e levar no domingo. Ela está na página 7 desta edicão. Você deve procurar os números de seus candidatos, com antecedência, através da propaganda eleitoral, da internet e das listas afixadas nas escolas pela Justiça Eleitoral no dia da eleição.

2

QUAL A DIFERENÇA ENTRE VOTAR EM BRANCO E NULO? O voto em branco ocorre quando o eleitor escolhe a opção da tecla específica “Branco” e confirma na urna eletrônica. Já o voto nulo acontece quando o eleitor digita um número qualquer que não corresponde a nenhum candidato ou partido político. Pode ser, por exemplo, “00000”.

3

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELEIÇÃO MAJORITÁRIA E PROPORCIONAL? No sistema majoritário, o candidato com o maior número de votos válidos - excluídos os brancos e nulos - é o eleito. No caso da Presidência da República e dos governos estaduais e distrital, os candidatos com mais da metade dos votos são os elei-

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tos. Para o Senado, é preciso que o eleito tenha apenas o maior número de votos válidos, não sendo necessário ultrapassar os 50% da votação, em turno único. Já no sistema proporcional, as eleições para deputados federais, deputados estaduais e também para vereadores não são os candidatos mais votados os eleitos. É preciso que os partidos ou coligações consigam alcançar o maior número de votos que ultrapasse o quociente eleitoral.

4

COMO FUNCIONA O QUOCIENTE ELEITORAL? O quociente eleitoral é calculado a partir da soma de todos os votos válidos (excluindo brancos e nulos) dividida pelo número de cadeiras a serem preenchidas. Exemplo: se existem dez cadeiras a serem preenchidas e o total de votos válidos for igual a 100 mil, o coeficien-

te eleitoral será de 10 mil votos. Ou seja, cada 10 mil votos que o partido ou coligação obtiver elegerá um deputado. Se o total de votos recebidos pelo partido for de 20 mil, serão eleitos dois deputados. No caso da Câmara dos Deputados, o total de votos válidos é dividido por Estado. São Paulo, por exemplo, tem direito a 70 cadeiras. Portanto, o número de votos válidos dados pelos eleitores no Estado é dividido por 70.

5

O QUE ACONTECE SE UM CANDIDATO “FICHA SUJA” QUE AINDA AGUARDA UMA DECISÃO FINAL DA JUSTIÇA FOR ELEITO E DEPOIS A JUSTIÇA DECIDIR QUE ELE É INELEGÍVEL? Se o candidato tiver obtido mais de 50% dos votos válidos nas urnas, a eleição será cancelada, e o TSE vai precisar convocar uma nova votação, chamada eleição suple-

mentar. Mas se o candidato “ficha suja” tiver obtido menos da metade dos votos válidos, todos são anulados, e o segundo candidato mais votado vence a eleição. No caso do Legislativo (Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa), o partido escolhe o substituto daquele que perdeu o mandato.

6

QUEM NÃO VOTAR NO PRIMEIRO TURNO PODE VOTAR NO SEGUNDO? Sim, os dois turnos são considerados eleições diferentes. Já que o eleitor tem 60 dias para justificar o voto do primeiro turno, ele pode votar no segundo sem ainda ter feito a justificativa.

7

QUANDO SERÁ O 2º TURNO? No próximo dia 26 de outubro, também um domingo, das 8h às 17h, pelo horário de Brasília.

8

COMO SERÁ O HORÁRIO ELEITORAL NO SEGUNDO TURNO? O horário eleitoral do segundo turno começa a partir de 48 horas após a proclamação dos resultados do primeiro turno e vai até o dia 24 de outubro.

9

QUE HORAS DO DIA? Nas rádios, os programas começarão às 7h e às 12h, em blocos de 40 minutos cada um, sendo divididos igualmente entre

POR QUE HÁ NECESSIDADE DE SEGUNDO TURNO? Pela regra eleitoral do Brasil, os candidatos a cargo majoritário (presidente, governador e prefeito) precisam conseguir 50% dos votos válidos mais um para se elegerem em turno único. De outra forma, mesmo que um candidato tenha 49% dos votos válidos, e o segundo colocado tenha 10%, os dois deverão se enfrentar no segundo turno. Nestas eleições, o segundo turno está previsto apenas para os cargos de presidente e governador. Senadores, deputados federais e deputados estaduais serão conhecidos já na noite de domingo ou, no máximo, na manhã de segunda-feira.

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SE A MAIORIA DOS ELEITORES ANULAR O VOTO, A ELEIÇÃO É CANCELADA? Não. O que define uma eleição são os votos válidos. Os votos nulos e brancos não são válidos e, portanto, não são computados no resultado final do pleito. Se a maioria dos eleitores votar nulo, ganhará o pleito o candidato que tiver o maior número de votos válidos.

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Posso votar trajando “short”, bermuda, sandália ou descalço? Sim.

Posso levar meu filho pequeno para votar comigo? Ou entrar na cabine de votação para ajudar um parente idoso que deseje votar? Não há impedimento legal quanto à presença de crianças ou parentes auxiliando idosos no momento da votação. Mas, para isso, é preciso que o presidente da seção eleitoral analise caso a caso e autorize a presença de outras pessoas – além do eleitor – na cabine de votação.

Posso usar “cola” para votar? Sim. A própria Justiça Eleitoral incentiva o uso de “colas”.

Posso entrar na cabine com telefone celular, rádio ou iPod? Não. É proibido entrar na cabine de votação com telefone celular, máquinas fotográficas, câmeras de vídeo, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto. Esses aparelhos devem ficar com o mesário enquanto o eleitor estiver votando. Embora a lei não trate especificamente de mp3 players, a Justiça Eleitoral recomenda que este tipo de aparelho não seja usado na cabine.

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Mas eu posso fazer propaganda do meu candidato no Twitter, Facebook, blog ou outros sites? Sim. A minirreforma eleitoral, sancionada em dezembro de 2013 libera a campanha nas redes sociais, mas considera crime eleitoral a contratação direta ou indireta de pessoas para publicar mensagens com ofensas a candidato ou partido.

Posso distribuir “santinhos” na hora de votar? Não. A distribuição de material só pode ocorrer até as 22h deste sábado.

Posso votar usando bandeiras e bottons do meu candidato? Sim. As manifestações estão liberadas, desde que sejam feitas em silêncio.

ELEITOR

O QUE PODE E O QUE NÃO PODE O que eu devo fazer se presenciar irregularidades de algum candidato? O eleitor que presenciar alguma irregularidade pode procurar a Polícia Militar, que estará distribuída nas sessões eleitorais, bem como a Polícia Federal ou a Justiça Eleitoral, que estará de plantão.

O candidato pode fazer campanha pela internet? Sim. A propaganda eleitoral por meio de blogs, redes sociais e mensagens instantâneas é permitida. Também é permitido o envio de e-mails por candidatos ou partidos desde que haja um mecanismo que permita ao internauta o descadastramento (que deve ser providenciado no prazo de 48 horas).

E no domingo, como será? Até o término do horário de votação, às 17h, são proibidas manifestações coletivas. É permitida apenas a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por meio do uso de bandeiras, broches e adesivos.

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CANDIDATO Pode haver showmício? Não. É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos e a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício ou reunião eleitoral.

Pode distribuir folhetos? Sim. Até as 22h de sábado e não depende de licença municipal ou de autorização da Justiça Eleitoral.

Carreatas e passeatas estão permitidas? Sim. Até as 22h de sábado. O TSE também permite que carros de som transitem pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos. Também é permitida a distribuição de material gráfico.

E propaganda em alto-falantes ou amplificadores de som? Sim, mas apenas até a véspera da eleição, desde que usados das 8h às 22h. Não podem ser instalados a menos de 200 metros das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo, de tribunais de Justiça, quartéis, hospitais, casas de saúde, escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros.

Telemarketing pode? Não. É proibida a propaganda eleitoral via telemarketing em qualquer horário.

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SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2014 www.metrojornal.com.br

Encaixe as peças e encontre seu candidato Quebra-cabeça. Você conhece o passado do seu candidato? Sabe dizer, de cabeça, boas realizações que ele fez? Para escolher os seus representantes, é necessário saber responder todas as questões sobre a representatividade de cada cargo. O Metro Jornal e o “Batata” vão ajudar o leitor eleitor a escapar de uma ‘roubada’ e não fazer do seu voto o instrumento de criação de um ‘monstrengo’!

TEM DE TER A SUA CARA! OLHO NELE! O eleitor deve estar atento a tudo que sai sobre o candidato nas rádios, TVs, internet e redes sociais. Mas não compre o peixe logo de cara: compare as notícias e cruze as informações. TODO OUVIDO Um candidato deve estar com ‘as orelhas bem abertas’ para ouvir seu eleitorado. Para o cientista político da Unesp de Bauru, Jefferson Oliveira Goulart, a população procura alguém que lute por suas causas. Certifique-se sobre as suas propostas e, em caso de reeleição, procure saber como ele se comportou diante daqueles assuntos considerados prioritários por você

A APARÊNCIA ENGANA Muitos candidatos se apresentam de uma maneira, mas, depois de eleitos, se revelam de outra. Alguns chegam a abraçar causas que nunca estiveram em sua história de vida. Portanto, fique esperto com aqueles que, de uma hora para outra, passaram a defender posições sobre as quais jamais demonstraram qualquer interesse.

NÃO CHEIRA BEM Fareje a vida do candidato como um detetive. O passado, pessoal e político, dá pistas sobre como ele irá se comportar num futuro mandato. “Nem todos mostram na campanha sua vida pregressa. Cabe ao eleitor investigar”, alerta o sociólogo e professor da Unisantos, Wellington Teixeira Lisboa. O site da Transparência Brasil (www.transparencia.org.br) ajuda você na pesquisa.

CABEÇA VAZIA? Conhecer os ideais e propostas do candidato é fundamental. Para isso, reserve um tempo para procurar os programas de governo de cada um nos sites oficiais. Claro que isso não garante que tudo será cumprido, mas dá ao eleitor elementos para cobrá-lo no futuro.

Caso contrário... PODE PINTAR O MONSTRENGO! Votar por votar, por indicação de alguém ou porque o candidato é ‘engraçadinho’ ajuda na eleição de políticos despreparados, falsos ou desonestos. Portanto, pense bem antes de escolher. Afinal, é o seu voto que paga o salário (e as mordomias) dele.

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FALA MUITO! A boca é muito usada pelos candidatos nas eleições. “Há muita promessa vazia, sem dados estatísticos concretos, como de onde sairá o dinheiro para cumprir uma promessa, quais as fontes que legitimam um discurso ou os dados utilizados para definir se um setor precisa ou não de investimento. Em certas ocasiões, de tão mirabolantes, dá para perceber logo de cara que são discursos irreais”, comenta o sociólogo Teixeira Lisboa.

10/2/14 11:33 PM


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