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CONCLUSÕES

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

CONCLUSÃO

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Diante da intensa e constante mudança da vida nas cidades devido à pandemia do novo coronavírus, esta pesquisa teve como objetivo compreender as vivências, sensações e comportamentos das pessoas nos espaços públicos em períodos distintos da pandemia, mais especificamente nos meses de maio e outubro. Com isso, trouxe reflexões sobre a vida nas cidades em momentos de crise sanitária e sobre resiliência urbana, além de incentivar a construção de cidades mais gentis, acolhedoras, equitativas e saudáveis de acordo com os anseios e necessidades da população. Por fim, é importante destacar que este relatório foi elaborado durante o período de pandemia e, portanto, de forma concomitante às reflexões e inúmeros estudos sobre os efeitos da pandemia nas cidades, podendo haver novas perspectivas que complementam as apresentadas neste documento, de forma de que a discussão não se esgota neste relatório.

Destaca-se que a relação, frequência e tipo de atividades nos espaços públicos ainda estão bastante diferentes do momento anterior à situação da pandemia, e que muitas práticas e atitudes tendem a mudar de forma mais duradoura. Nesse sentido, é importante que as políticas públicas e urbanas não só acompanhem essas mudanças como propiciem oportunidades de mudanças para modelos mais seguros, saudáveis e sustentáveis de se viver na cidade.

O número de pessoas que mudaram de cidade na pandemia ainda não foi significativo, ao contrário de algumas especulações, e a maior parte segue vivendo nas cidades, mesmo entre as classes média alta e privilegiadas. Mas as demandas por mudanças para humanização da cidade, e principalmente uma relação mais harmoniosa com a natureza no ambiente urbano, se mostram extremamente relevantes para garantir melhor qualidade de vida e diminuir desigualdades. Outra consequência deste desejo por uma cidade melhor para se viver já pode ser constatada com o aumento de participação das pessoas em grupos organizados formais e informais, como grupo de vizinhos e conselhos, para atuar de forma coletiva.

Destaca-se também que as praças e a participação das pessoas em seu cuidado e melhoria também se mostra uma das tendências mais importantes na cidade. Assim, criar modelos que propiciem a participação de forma mais orgânica e democrática deve ser urgente para que isso se concretize e que as oportunidades de experiências

10 MAI

positivas nos espaços públicos da cidade sejam cada vez mais possíveis e pulverizadas por todo o território.

Com relação às formas de se deslocar na cidade, ressalta-se a urgência da transformação urbana para um modelo mais compacto da cidade e com a verdadeira priorização do caminhar e pedalar. Este desejo aparece não apenas como forma de deslocamento das pessoas, mas também nas mudanças de hábito - tanto para melhorar a cidade como para evitar aglomerações - e até nas reflexões sobre a cidade - principalmente vinculadas à qualidade do ar. O hábito mais frequente é realizar as atividades a distâncias curtas e no próprio bairro, o que vincula-se ao conceito de “cidade Dessa forma, foi possível constatar, após dois momentos de aplicação da pesquisa, as alterações e anseios mais relevantes com relação aos espaços públicos. Agora, espera-se que seja possível realizar etapas consequentes considerando o que irá mudar a partir da vacinação em massa, e, quando for possível, entender o momento como pós pandemia. Até lá, é necessário que as tomadoras de decisão, as organizações da sociedade civil e a cidadania promovam mudanças para aproximar a cidade de um contexto mais resiliente para enfrentar a atual e futuras crises de forma mais saudável e adaptável.

CIDADE DE 15 MINUTOS

Conceito desenvolvido pelo professor Carlos Moreno, é o conceito de cidade compacta em que cidadãos tenham acesso a qualquer serviço que necessitam em seu dia a dia em uma distância de 15 minutos, a pé ou bicicleta.

CAMINHABILIDADE

O termo de caminhabilidade está relacionado às condições sob as quais a atividade do caminhar é promovida nas cidades, levando em conta a interação entre aspectos como o espaço construído, o ambiente natural, as sensações individuais e o comportamento das pessoas. Esse conceito é usado como índice para avaliar o quão convidativa uma cidade é para caminhar e melhorar as condições do caminhar de maneira contínua.

Fonte: MONU Magazine. Disponível em: https://bit.ly/sampape_monueng e https://bit.ly/sampape_ monuport. Acesso em 14 de dez. de 2020.

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