Guia Fortaleza Acervo Histórico

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Acervo Hist贸rico


Memória Histórica

Francisco Vahldieck Um dos principais corredores de serviço do bairro Fortaleza, a Rua Francisco Vahldieck é um marco histórico para esta região. Aberta em 1919, a rua que impulsionou o crescimento do bairro destaca-se pela predominância das casas de comércio, muitas delas existentes há mais de 50 anos. Com cerca de quatro quilômetros de extensão, a via tem início no final da Rua 25 de Julho e da Rua 4 de fevereiro, ainda na Itoupava Norte, corta toda a extensão do bairro Fortaleza, passa pela BR 470 onde hoje existe um viaduto no local conhecido como trevo da Dudalina, e a parir dai o bairro passa a denominar-se Fortaleza Alta, mas a Rua Francisco Vahldieck termina somente nos limites do município, entre Blumenau e Gaspar.

A filha de Francisco Vahldieck, Kaethe Hutzelmann, em uma entrevista concedida ao Jornal de Santa Catarina em 1997, aos 86 anos, relembrou de várias histórias contadas pelo pai ou mesmo presenciadas por ela. Segundo Kaethe, a rua foi aberta pelo pai e por mais dois homens no ano de 1919, a golpes de machados e enxadões. O curso inicial da via partia da Rua Fritz Koegler passava pelo morro da Goiaba e chegava ao bairro Itoupava Norte. “Eu mesma fazia uma longa caminhada para levar a comida até eles”, contou Kaethe na oportunidade.

Bairro Fortaleza no final da década 50, ao fundo a Rua Francisco Vahldieck e no primeiro plano a rua de acesso ao engenho, mais tarde foi aberta e hoje é conhecida como Rua do Engenho.

Revisando estes textos, em uma conversa informal, o Sr. Manfred Hutzelman, filho de Kaethe, (O “mani” como é conhecido e muito colaborou com esta matéria, fornecendo inclusive as fotos antigas) lembrou que sua mãe sempre comentava um fato pitoresco: Em uma destas longas caminhadas para levar a comida, encontrou pelo caminho uma enorme cobra Jararacuçu com mais de dois metros de comprimento, como Kaethe era criança na época, jamais se esqueceu do susto que levou.

Francisco Vahldieck nasceu no dia 23 de setembro de 1876

A história da rua se confunde com a de seu fundador, o comerciante e líder comunitário Francisco Vahldieck, que morou ali com toda a família em uma casa que ainda hoje permanece no número 1666 da rua, embora a casa tenha sido restaurada e sua fachada bastante modificada.

Por volta de 1924, Francisco Vahldieck conseguiu trazer a energia elétrica até a localidade, arcando ele próprio com as despesas, por considerar a luz elétrica de extrema necessidade para os moradores. A rua era de chão batido, sendo calçada apenas em 1982. Nascida em 1911, Kaethe também se lembra das histórias contadas pelos pais sobre as enchentes ocorridas no ano de seu nascimento, que teriam chegado até a casa onde moravam. “Com isso pode-se concluir que esta enchente foi muito maior do que as ocorridas em 1983 e 1984”.


Na foto acima temos um panorama da Fortaleza na enchente de 1957. Ao fundo as casas da Rua que na época era chamada estrada geral da Fortaleza, hoje Francisco Vahldieck. Em primeiro plano vemos uma parte do Engenho e a Serraria.

Francisco Vahldieck nasceu em Blumenau no dia 23 de setembro de 1876. Iniciou a vida profissional como marceneiro, mas logo tornou-se proprietário de uma madeireira e um engenho no bairro, onde produzia e comercializava açúcar, cachaça e gêneros alimentícios em geral. A outra filha do casal, Cecília Keller, relembrou na mesma entrevista concedida em 1997, que a principal obra do pai como madeireiro foi à construção da casa Husadel, uma tradicional casa de comércio da cidade. Ela também revelou fatos engraçados do namoro do pai com a então futura esposa, Maria Dierschnabel, com quem teve nove filhos e onze netos. “Quando ele conheceu minha mãe, ela ainda trabalhava no Comércio Federsen, que ficava do outro lado da Maria Dierschnabel, esposa. c i d a d e ” , l e m b r a , recordando as histórias contadas pelos seus pais. Como naquela época não existiam pontes que ligassem as duas regiões, para vê-la ele tinha que atravessar o Rio Itajaí-Açu de balsa. “Mas quando a balsa não funcionava, meu pai atravessava o rio a nado”, nos confidenciou Cecília na época da entrevista.

Um dos principais líderes do bairro Fortaleza, o Sr. Francisco Vahldieck faleceu no dia 13 de maio de 1952, aos 75 anos de idade. Cabe aqui nossa sincera homenagem a este ilustre cidadão blumenauense.

Acima uma foto do final da década 50, no cruzamento onde hoje é a Francisco Vahldieck com o Final da Hermann Tribess e o início da Samuel Morse. Na imagem a esquerda aparece o antigo salão fortaleza, construção ainda hoje existente. (Vavá Faróis)

Foto da enchente de 57 em outro ângulo e temos abaixo a direita a atiga e conhecida “casa amarela” propriedade dos Hutzelman.


Memória Histórica

na Barra da Velha, atacado pelos índios Botocudos. (Segundo informações obtidas no arquivo histórico de Blumenau)

Fritz Koegler Através da Lei nº 1891 de 03 de novembro de 1972 foi criada a Rua Fritz Koegler. A rua tem seu início na Rua Francisco Vahldieck, nº 1265 e o seu término na BR 470. O traçado da rua teve algumas alterações recentes devido a implantação da Via Expressa Paul Fritz Kuehnrich, o que trouxe muitas conseqüências fazendo com que alguns dos moradores da região tivessem que se adaptar a estas alterações bastante contrariados. Mas afinal, quem foi o Sr. Fritz Koegler?

Fritz Koegler nasceu no dia 7 de setembro de 1881

Obtivemos muitas informações com a Sra. Dorvalina Koegler, a dona Lina como é conhecida esta simpática e prestativa senhora, neta do Sr. Fritz Koegler nascida em 5 de Janeiro de 1949, e também com a Sra. Clara Hostin, Filha mais nova do Sr. Fritz Koegler , nascida em 24 de Outubro de 1928, em entrevistas concedidas nas tardes do dia 12 e 13 de abril de 2012. O Sr. Fritz Koegler Nasceu em 7 de Setembro 1881 em Blumenau, era filho de Franz Koegler, e Emma Geb. Juenger. O Sr. Franz, era um colono alemão que veio para Blumenau no dia 14 de Janeiro de 1852 e que depois de 9 dias por aqui, participou da defesa do acampamento do Dr. Blumenau

Fritz Koegler casouse com Luize Georg e juntos tiveram 11 filhos, sendo 7 mulheres e 4 homens. Dona Clara Koegler, a filha mais nova do Franz Koegler e a esposa Emma Sr. Fritz Koegler nos lembrou de que um destes filhos morreu muito novo, com cerca de dois anos e meio, vítima de engasgamento. Proprietário de um considerável volume de terras ao longo da Rua que hoje leva seu nome, o Sr. Fritz Koegler era também zelador deste trecho da estrada, sendo responsável pela manutenção e macadamização da rua na época. Nada de anormal a não ser o fato de que o ato de pavimentar com macadame as estradas era feito manualmente, ou seja: o macadame era extraído com golpes de picareta de uma mina situada onde hoje é a Rua 25 de Agosto, depois este material era carregado a pazadas na carroça puxada com cavalos, levado até o local onde era descarregado e espalhado com pás, enxadas e enxadões, tudo manualmente. Em dias de boa produtividade, eram feitas até dez cargas de macadame, nos conta dona Clara, que nos relatou também outra atividade exercida pelo Sr. Fritz Koegler: a de coveiro. S e g u n d o relatos de dona Clara, o Sr. Fritz Koegler era uma pessoa muito correta e adotava uma linha de educação rígida para com os filhos e netos.

Imagem das bodas de ouro de Fritz Koegler e Luize Koegler.

Dona Lina, neta do Sr, Fritz Koegler e que mora no local onde antigamente residia seu avô, (hoje seria mais ou menos na altura do nº 500


A casa do Sr. Fritz Koegler, construida em 1937 e ainda hoje existente. (estima-se que a foto acima seja do início dos anos sessenta).

da rua) nos contou que quando nova, no final dos anos 50, o Ribeirão Fortaleza, que passa por este local tinha um grande volume de água cristalina e muito limpa. Nela pescavam grande quantidade de peixes como jundiás, traíras e cascudos. Estas águas movimentavam um engenho de açúcar de propriedade da família, existiam também no local, além de muitas pastagens, pés de laranja, tangerinas, caquis, jabuticabas, plantações de cana, milho e aipim. Além dos animais como as vacas para obtenção do leite, os cavalos utilizados na lavoura e nos serviços de transporte, tinham também os animais de corte, como porcos, patos, marrecos, gansos e muitas galinhas. Vale lembrar que antes da chegada da energia elétrica, a conservação da carne era difícil. Matar um animal de grande porte era algo complicado pela dificuldade de conservar a carne. Ou utilizava-se o sal para fazer a carne seca, ou defumavam-se os pedaços, ou então se colocava a carne já frita em grandes latas ou barricas com banha de porco, o que conservava a carne por um longo período. Dona Clara nos lembra que seu pai Fritz Koegler mantinha em determinada época uma grande plantação de abacaxis, que produziam belos frutos, porém esta atividade teve que ser abandonada, devido a alergia que os espinhos provocavam em sua mãe Luize, pois na época as mulheres não usavam calças compridas para proteger as pernas, o costume era utilizar apenas vestidos compridos. Os banhos na época eram tomados no ribeirão, já que a água era muito limpa e no inverno a água era esquentada e tomava-se

banho em coxos de madeira, onde também se lavavam as roupas. Dona Lina nos fala a respeito de uma casa de comércio antiga, na esquina onde hoje é a Instaladora Krauss onde se comprava: Café, Trigo, Sal e Querosene. Lembra-se também da carroça da companhia Jensen, que passava de tempos em tempos, trazendo carne, linguiça, morcilha entre outros produtos desta importante companhia de outrora.

As sete filhas do Sr. Fritz Koegler. Hoje somente duas delas ainda estão vivas, a dona Clara é a primeira da esquerda p/direita.

Ricardo Koegler pai da dona Lina faleceu com 38 anos vítima de infecções provocadas pelo tétano. Isto nos mostra um pouco das dificuldades enfrentadas na época com relação as condições de saúde. Dona Lina nos relata também que frequentava o Colégio Machado de Assis, que teve seu acesso bastante facilitado após a construção da ponte Irineu Bornhausen, na Itoupava Norte. A ponte foi construída pelo governo do estado e foi inaugurada em 1953. Antes disto a travessia do rio era feita por uma balsa. O Sr. Fritz Koegler faleceu no dia 06 de maio de 1966, aos 85 anos de idade.


Memória Histórica

Hermann Tribess Principal corredor de serviço do Bairro Tribess, a Rua Hermann Tribess simboliza a evolução deste jovem bairro. A extensão da rua que já teve caráter rural, com plantações e criação de animais, hoje é um misto de composição comercial e residencial. O nome da via está ligado a um dos primeiros moradores da região. As primeiras picadas da rua foram abertas por esse alemão radicado no Brasil chamado Hermann Tribess.

Em entrevista realizada em 12 de abril de 2012 com as netas do Sr. Hermann Tribess, a Sra. Ivone Krutzsch e dona Iracema Luciani, (ambas nascidas Tribess), elas nos contaram um pouco dos fatos e da rotina desta numerosa família. “A vó Ottília sempre ficou morando com o nosso pai, Gustavo Tribess e ela contava muitas histórias para nós, como a história de que o Hermann Tribess foi o primeiro morador aqui desta rua, relatava que ele dizia ter sido muito difícil abrir a rua, atividade feita com machado, foice e facão e que primeiro só tinham um ranchinho de palha, depois aos poucos, construíram a casa. Eram realmente muito pobres.” Nos relata dona Ivone. “Ela contava também que veio com 4 anos da Alemanha e conheceu o Hermann em Joinville. Ele também havia vindo da Alemanha. Juntos tiveram 15 filhos e que mais tarde se dividiram: um foi para o Mato Grosso, outro para o Paraná, seis para Trombudo e sete ficaram por aqui. “ Na casa da foto abaixo moravam 18 pessoas, o casal Hermann e Ottília, os 15 filhos

Hermann Tribess nasceu na Alemanha em fevereiro de 1865

Nascido na Alemanha em 25 de fevereiro 1865 veio para o Brasil como imigrante, onde se destacou como agricultor. Foi o primeiro morador da rua e um dos primeiros da região. Por isso era referência para os outros moradores que começaram a viver por estes lados. Sua esposa, Ottília Augusta Blaesing, era Filha de Guilherme Blaesing e Augusta Senker. Nasceu em sete de maio de 1871 na Alemanha e imigrou para Blumenau em 1873 com seus pais. Ottília casou-se com Hermann Tribess, com quem teve 15 filhos, sendo 12 homens e 3 mulheres, criaram todos nas atividades rurais.

A casa de Hermann Tribess, que abrigava sua numerosa família

e a mãe de Ottília, Augusta Bläsin nascida em 1839 e falecida em 1937, com 98 anos. Nas atividades agrícolas podemos destacar que plantavam milho, aipim, feijão e alimentos em geral para a sobrevivência, plantavam também a cana de açúcar pois tinham um engenho onde produziam o melado e açúcar mascavo. Viviam também de caça e pesca que eram muito farta e abundante na época. Dona Iracema nos conta que outra


Os doze filhos do Sr. Hermann Tribess (abaixo não estão as três filhas)

atividade agrícola que exerciam, era o plantio de fumo e na época da safra, levavam o resultado de sua colheita para a Cia. Souza Cruz, atravessando a cidade de carroça. Na volta da viagem o pai Gustavo comprava balas de coco para alegrar a garotada. Dona Iracema nos contou também que muitas vezes aos domingos à tarde, ao invés de brincarem como era costume, ajudavam na colheita do fumo.

passavam a cada 14 dias, trazendo algumas mercadorias que não tínhamos”. Uma curiosidade sobre a Oma Ottília, como era conhecida foi que ela obteve o prêmio de mãe mais idosa no concurso instituído pela firma Hermes Macedo, em maio de 1962. Tinha então 91 anos de idade.

Frequentavam a escola e iam sempre a pé com a estrada cheia de lama e mato. Na foto abaixo tirada em 1956, registra a foto da turma que frequentava a escola estadual na Fortaleza Alta, com a professora Lina Scheidemantel em seu aniversário.

Desfile de Reis, na saída da Hermann Tribess com a Francisco Vahldieck

Turma de 1956: Era comum os alunos irem descalços para a escola.

Dona Ivone fez questão de destacar que sua mãe, dona Emma Tribess gostava muito de crianças e sempre que possível fazia doações e ajudava as pessoas e a comunidade. Um fato importante destacado pelas irmãs foi de que naquela época, não podia faltar sal, muito utilizado, e querosene para as lâmpadas. Outra lembrança marcante que nos relatam: “Os carroções da Cia Jensen

Vale destacar que a família sempre participou de eventos, Desfile de 2 de Setembro em 82 como os tradicionais bailes de rei e rainha, além de desfiles cívicos na cidade, como o da foto acima, onde dona Ivone e dona Iracema participaram do desfile de 2 de setembro em 1982, onde carregavam a foto do fundador da colônia, Dr. Blumenau no desfile em sua homenagem. Hermann Tribess faleceu em 21 de Janeiro de 1931, com 66 anos de idade.


Memória Histórica -

Sr. Júlio Michel

Conforme prometido na última edição do Guia, fizemos para esta edição o levantamento histórico do Sr. Júlio Michel e quem muito contribuiu para isto foi a Sr. Leane Michel, neta do Sr. Júlio Michel, e também a Sr. Hilka Michel, filha mais nova do Sr. Júlio Michel, que em maio de 2013 completou 85 anos. Estas simpáticas senhoras, basicamente conversando em alemão, puderam enfim nos responder afinal, quem foi o Sr. Júlio Michel.

A foto abaixo, feita na comemoração das bodas de ouro do casal em 1956 aparecem as testemunhas do casamento, o Sr. Fernand e Clara Lippel, o Sr. Júlio e Emília Michel e o Sr. Henrich e Frida Lueders, e em pé atrás do casal aparece a Sra. Agnes Michel, que era casada com o Irmão do Sr. Júlio Michel, o Sr. Gustavo Michel, proprietário na época, das terras onde hoje é o terminal Fortaleza.

O Sr. Júlio Michel Faleceu em 21 de Abril de 1961, com 80 anos. Agradecimentos a Família Michel pelas imagens e relatos, e a Família Hoeltgebaum, pela imagem abaixo. Casa da Família Hutzelmann

Júlio Michel - Agricultor e feirante muito conhecido Júlio Michel, nasceu em 16 de março de 1881, era filho de Georg e Maria Michel, provavelmente imigrantes alemães, casou-se em 15 de agosto de 1906 com Emíla Michel e tiveram 10 filhos, sendo 5 homens e 5 mulheres. Tinham um considerável volume de terras ao longo da rua que hoje leva seu nome, e nestas terras cultivavam roças com produtos para subsistência, como aipim, batata doce, milho, feijão entre outros, além de muitas hortaliças, criavam também gado de leite e de corte, com muitas aves para consumo, o que era normal para a época. Dona Hilka nos lembrou que seus pais faziam feira com uma carroça e vendiam de porta em porta, comercializando os produtos excedentes que produziam. Uma curiosidade que a Sr. Leane Michel nos relatou era que a sua Avó, a Sra. Emília não sabia falar português, então quando era necessário ir até o centro da cidade, fazia o percurso de ida em volta sem pronunciar uma única palavra, devido ao medo da repressão quanto a lingua alemã, infelizmente muito presente por aqui naquela época.

Rua Bruno Hoetgelbaum

Vista geral da Fortaleza (1962), na extrema esquerda bem ao fundo a casa da


Na foto acima, feita nas bodas de ouro do casal Michel, o retrato de uma época (1956), amigos e familiares se reuniam na casa do homenageado e os eventos eram grandes celebrações, primeiro a religiosa e depois as festividades, servindo o que se tinha de melhor. (nesta imagem, vemos o Sr. Fritz Spernau, ao lado da Sra. Michel)

Rua Júlio Michel

Rua Francisco Vahldieck

Casa da Família Chicatto (hoje pizzaria atrás do terminal)

família Hutzelmann (hoje em frente ao Dico Sport), a rua que aparece com várias casas é a Bruno Hoetgelbaum, atualmente as casas não existem mais.


Memória Histórica

Helga Cicatto Na última edição do Guia Comercial Fortaleza/Tribess (2013) contamos um pouco da história de vida do Sr. Júlio Michel, um dos moradores ilustres da Fortaleza em um passado não muito distante, e que atualmente denomina uma importante rua de nosso bairro.

Nesta edição, iremos avançar alguns anos e narrar a bela história da Sra. Helga Cicatto, sobrinha do Sr. Júlio Michel e uma moradora muito conhecida e respeitada no passado, e que hoje empresta seu nome ao terminal rodoviário urbano do bairro, popularmente conhecido como terminal da Fortaleza.

Helga (ao centro) e suas irmãs, Hilda e Wera

sua atenção, sempre contando com o valoroso apoio de sua esposa Agnes e suas três filhas. Nas belas fotos que fazem parte deste levantamento histórico, podemos ver na imagem ao lado, o registro do aniversário de 21 anos de Helga, com um buquê de flores, e na foto acima Helga no meio de suas irmãs. Um fato pitoresco e marcante narrado pela Sra. Lissila Plautz (filha de dona Helga e que contribuiu com estas imagens e narrativas), foi que em 1911, quando Gustav Michel e Agnes casaram, (pais de Helga) ainda em plena lua de mel, veio a maior enchente até então registrada, (nos números de hoje teria atingido aproximadamente a cota de 16,9 metros) Gustav e Agnes subiram no sotão da casa onde moravam, até que surgiu um amigo e os tirou dali, levando para um local mais alto, no meio do mato, e ali eles ficaram até as águas baixarem. A casa ficava no mesmo local onde foi construída a nova, nos anos 50.

Helga em seu aniversário de 21 anos, em 03/06/1941

Helga Cicatto nasceu como Helga Michel, no dia 03 de junho de 1920, era filha de Gustav Michel e Agnes Michel, e tinha mais duas irmãs, Hilda e Wera Michel. Gustav Michel, pai de Helga, era irmão de Júlio Michel e possuía um considerável volume de terras ao longo da rua que hoje leva o nome de seu irmão, e as atividades relacionadas à manutenção das plantações e pastagens e os cuidados com as criações de gado para subsistência, como as vacas de leite, galinhas e porcos ganhavam

Helga e Oscar em seu noivado, em 23 de dezembro de 1941


A “Festa das 100 Mulheres” como ficou conhecida a busca da Rainha (Helga Cicatto) e das princesas do Tiro do CCT Fortaleza Tribess

Helga Michel casou-se com Oscar Cicatto no dia 04 de dezembro de 1942, passando desde então a assinar seu nome como Helga Ciccatto. Dez anos mais tarde, em 1952 iniciaram a construção de sua nova casa, que foi concluída em 1953 e ainda hoje pode ser vista atrás do Terminal da Fortaleza, abrigando uma pizzaria conhecida no bairro.

Helga e Oscar tiveram 4 filhas, Lissila, Odila, Odete e Lisete (in memorian). Helga sempre foi muito atuante na comunidade, participando de atividades religiosas e culturais e era reconhecida por isto, como podemos ver na foto acima, um registro da busca da Rainha e das Princesas do Tiro, com a destacada presença de exatamente 100 mulheres. Este fato foi motivo de orgulho para Helga e também muito marcante na comunidade. As festas de Rei e Rainha sempre foram muito populares, aguardadas com muita expectativa e ainda hoje são praticadas pelas sociedades de nossa região. Aqui no bairro temos a Sociedade Recreativa e Cultural Fortaleza Tribess que cultiva estas tradições, fundada em 1932 e suas principais atividades são o Bolão, Bocha, Tiro e Grupos Folclóricos. Foi para esta sociedade que se dirigiram todas as mulheres e convidados da foto acima. Helga Cicatto faleceu em 15 de Maio de 1995 e foi uma personagem marcante para a comunidade, seja por sua participação nas atividades e eventos, ou por iniciativas de apoio e caridade aos necessitados. Cabe aqui o registro de doação do primeiro terreno para a Igreja Luterana São Mateus, na Fortaleza.

Casamento de Oscar e Helga em 04 de dezembro de 1942

Contribuiram para elaboração desta matéria com relatos e fotos, as Sras. Odete Cicatto Benghi e Lissila Plautz, filhas de Helga Cicatto, a quem prestamos nossos sinceros agradecimentos.


Memória Histórica

Família Sasse A capa de nossa última edição do Guia em 2013, trouxe uma bela imagem de uma típica e centenária casa enxaimel existente no bairro Tribess, o que despertou a curiosidade e chamou bastante a atenção para um belo cenário existente aqui do bairro, e que muitas vezes nos passa despercebido devido ao ritmo de vida acelerado dos dias atuais. Mas afinal, de quem era esta bela e centenária casa?

Otto Sasse, nascido em 18 de janeiro de 1880 era brasileiro, filho de imigrantes alemães, casou-se com Ottilie Sasse (Nascida Berg). Ottilie era de origem alemã e veio para o Brasil com apenas 2 meses de idade. Otto e Ottilie casaram-se por volta de 1905 e, em 1906 veio a primeira filha, Irma, depois chegaram Helga em 1908, Emilie em 1910, Adele em 1913, Lydia em 1914, Edmundo em 1916 e, em 3 de janeiro de 1924 nasceu Otília, a filha mais nova. Infelizmente dois dias depois a Sra. Ottilie Sasse, esposa de Otto Sasse veio a falecer em decorrência de complicações pós-parto.

Otto Sasse em seu aniversário de 74 anos, com suas irmãs e suas filhas em Janeiro de 1954.

A partir de então a filha mais velha, Irma, então com 18 anos, assumiu todos os afazeres domésticos, onde cozinhava, limpava a casa, cuidava dos irmãos com dedicação e ainda costurava as roupas da família. Como costurava muito bem, atendendia encomendas “costurando para fora” como se dizia.

Otto Sasse, sua filha Emília, a nora Alrun e seu único filho homem, Edmundo. Data: Início dos anos 40.

A casa da Sasse como popularmente ficou conhecida, pertencia ao Sr. Otto Sasse e quem atenciosamente nos atendeu com depoimentos detalhados e preciosas imagens do arquivo de família, foi a Sra. Walburga Sasse, que é casada com Osmar Sasse, filho de Edmundo Sasse. Edmundo era o único filho homem da família Sasse, que era composta por mais seis irmãs sendo que o patriarca desta família era o Sr. Otto Sasse.

Irma, a filha mais velha e sua irmã Lydia. (aproxim. 1925)


O Bairro Tribess

Uma recordação peculiar: A foto tirada em Blumenau em 1935, revelada na Alemanha e remetida a família Sasse como cartão postal.

O Sr. Otto Sasse, com igual dedicação trabalhava muito e nada deixava faltar, mas com exceção de Irma, que cuidava da casa, todos os outros ajudavam na roça e nos afazeres comuns em uma propriedade rural no início do século passado, ou seja, vida dura nas roças e no manejo com o gado.

Nas imagens que temos aqui, sempre tendo a casa como “plano de fundo”, podemos ver em destaque acima, uma foto feita pela família Uehelmann, que morava na Alemanha e que visitou a família Sasse em 1935. Ao retornar para a Alemanha, revelaram a foto e mandaram como um postal, e escreveram em alemão no verso (detalhe no canto inferior direito), agradecendo o bom acolhimento, relatando que a viagem de volta foi muito boa (voltaram de navio) e que assim que pudessem, fariam uma nova visita e desejavam ainda que o cartão os encontrasse em boas condições de vida e muita saúde. Sobre a centenária casa, sabe-se que, inicialmente ela estava em um local mais baixo, mas no início do século passado, foi totalmente desmontada e remontada no local onde se encontra até os dias de hoje. O Sr. Otto Sasse faleceu com 79 anos, no dia 11 de novembro de 1959.

Otília, a irmã mais nova, sobre uma lambreta, em 1962.

Agradecimentos especiais a dona Walburga Sasse.


Memória Histórica

EEB Heriberto Joseph Müller

A Escola de Educação Básica Professor Heriberto Joseph Müller, localizada na rua Guttenberg, nº 80 no Bairro Fortaleza, comemorou no ano de 2012 50 anos de existência. Com aproximadamente 1100 alunos, divididos em 36 turmas de 1º ao 8º ano no ensino fundamental e de 1º ao 3º ano no ensino médio, funciona no período matutino, vespertino e noturno, sendo uma das maiores escolas do bairro.

Chegou ao Brasil em 1929 e permaneceu algum tempo em São Paulo e depois no Paraná, com a finalidade de continuar seus estudos superiores, lecionando ao mesmo tempo. O professor Muller fez então, entre outros, um curso de Filosofia. Em 1931 veio para Blumenau, onde começou a lecionar no Colégio Santo Antônio, naturalizou-se cidadão Brasileiro em 1933, no ano seguinte casou-se com Irene Schaefer, na cidade de Brusque. Desta união nasceram Margot Maria e Ingo José Müller. O Sr. Heriberto Müller foi professor de latim na escola Pedro II, professor de inglês, músico e organista da igreja matriz, tendo tocado até fins de 1954. Nunca deixou de poupar esforços para abrilhantar as missas e atos religiosos, porém a conselho médico foi obrigado a deixar esta função. Heriberto Joseph Müller faleceu em 16 de fevereiro de 1962 no Rio de Janeiro. Em 1962 foi criada a Escola Reunida André Vidal de Negreiros na época era localizada na Hermann Tribess, aproximadamente onde hoje funciona o Centro Infantil Algodão Doce, mais tarde foram construídas novas edificações e a escola mudou-se para o local atual, na rua Guttenberg, 80. Em 1963 em uma justa homenagem o nome da escola muda para Escola Reunida Professor Heriberto Joseph Müller. Em 1972 passa a ser Escola Básica e em 1987 passa a ter ensino médio.

Heriberto Müller, muito conhecido professor em sua época

No ano de 2012 a Escola Professor Heriberto Joseph Müller comemorou seus cinquenta anos de fundação, com muitas homenagens e trouxe o Sr. Ingo José Müller, Filho do Sr. Heriberto Müller, recebendo ele as homenagens alusivas a seu pai.

Heriberto Joseph Müller, o patrono da escola, nasceu em Berlim na Alemanha, em 26 de Agradecimentos a Professora Eliane Pereira, a Janeiro de 1906. Iniciou e terminou seus estudos Direção e colaboradores da Escola Heriberto Müller e ao primários e secundários em Berlim, formando-se Sr. Olímpio Dellangelo, autor da foto abaixo. professor e para continuar seus estudos superiores, foi a Bélgica, onde permaneceu por dois anos. Rua Júlio Michel Rua Francisco Vahldieck Escola Heriberto Müller

Vista geral do bairro Fortaleza, foto tirada do alto do morro da igreja (hoje inexistente - ano estimado 1967) Foto: Olímpio Dellangelo


Memória Histórica

EEB Bruno Hoeltgebaum

A Escola de Educação Básica Bruno Hoeltgebaum, localizada na Rua Paula Hoeltgebaum, nº 131, no Bairro Fortaleza foi criada por uma portaria estadual e teve suas atividades iniciadas no dia 16 de Fevereiro de 1987, com 269 alunos, atualmente conta com aproximadamente 729 alunos, divididos em 29 turmas de 1º a 8º ano, no período matutino e vespertino. O senhor Francisco Hoeltgebaum, neto de um imigrante alemão, em acordo com o Estado, doou o terreno localizado no Bairro Fortaleza para a construção do prédio onde se instalaria a escola, e em homenagem ao seu pai, a nova escola foi denominada “Escola Básica Bruno Hoeltgebaum”.

Bruno Hoeltgebaum: Era muito procurado pelos agricultores Décimo terceiro filho de imigrantes alemães, nasceu em Indaial, em 10 de Agosto de 1887. Fez os primeiros estudos em Indaial e adquiriu bons conhecimentos sobre agricultura e comércio com seu pai que estudara técnicas agrícolas em Magdenburg e comércio em Berlin, na Alemanha, antes de imigrar para o Brasil. Desde Jovem trabalhou na propriedade agrícola dos pais, que produziam leite, café, fumo, além de produtos de subsistência comuns na região (milho, feijão, arroz, hortaliças e outras). Ao atingir a maioridade viajou para Porto Alegre a fim de auxiliar um de seus irmãos, estabelecido com Loja de Ferragens naquela cidade. Assumiu a loja, que passava por dificuldades, recuperou-a e

dirigiu-a por uma década. Em 1919, a loja de ferragens, situada na esquina da Rua Voluntários da Pátria com a Rua Barros Cassal, era uma das mais conceituadas de Porto Alegre, porém a poluição existente na área em que estava instalada, advinda da fuligem da Rede Ferroviária e do pó das ruas adjacentes faziam mal à saúde de Bruno Hoeltgebaum e ele, a conselho médico, resolveu voltar para Santa Catarina. Chamou então o seu primeiro empregado (gerente da Loja) Pedro Licht e entregou-lhe a loja, que funcionou até 1948, quando Pedro faleceu. De volta a terra natal, Bruno adquiriu uma propriedade no bairro da Velha, onde montou um curtume para um sobrinho. Em 1927, permutou a propriedade do bairro da Velha por duas áreas no bairro Fortaleza, para se dedicar à produção agrícola, em uma das áreas edificou sua residência e na outra está instalada hoje a Escola Básica que leva seu nome. Dedicou-se a agricultura (milho, arroz, feijão, mandioca, hortaliças, forrageiras), a criação (gado leiteiro, ovelhas, cabras, aves domésticas), a fruticultura e a apicultura. Foi pioneiro em piscicultura, implantando em sua propriedade uma criação racional de carpas, nos anos trinta. A sua experiência e os seus conhecimentos facilitaram o seu trabalho a favor da comunidade local. Os agricultores da região o procuravam para a solução de seus problemas e os técnicos governamentais encontravam nele, apoio para o seu trabalho junto aos agricultores da região. Em sua casa podiam-se encontrar normalmente, filhos e agricultores do interior, que ali encontravam alimentação, pousada e acesso a escola. Ele reconheceu a dificuldade dos filhos dos agricultores, que procuravam emprego no emergente parque industrial de Blumenau, em encontrar moradia. Iniciou então um programa de construção de residências simples, que locava aos interessados. Construiu dezenas de casas e estimulou os seus ocupantes a comprarem terrenos e a edificarem casa própria. A renovação periódica dos ocupantes permitiu que centenas de operários encontrassem um teto para as suas famílias ao chegarem a Blumenau. Nos anos cinquenta, Bruno Hoeltgebaum foi eleito Presidente da Associação Rural de Blumenau. Dedicou-se com afinco a solução de problemas do pequeno produtor rural de Blumenau. O direito ao atendimento médico e a aposentadoria do trabalhador rural foram metas concretizadas somente após sua morte. Bruno Hoeltgebaum casou em 1928 com Paula Bruch, que foi sua companheira durante 33 anos, e com quem teve um filho, Francisco Hoeltgebaum, que se formou engenheiro agrônomo e foi servidor do ministério da agricultura. Bruno Hoeltgebaum faleceu no dia 20 de outubro de 1961, aos 74 anos. Agradecimentos a Família Hoeltgebaum, a direção e aos colaboradores da Escola Bruno Hoeltgebaum.


Memória Histórica

EBM Francisco Lanser A Escola Básica Municipal Francisco Lanser foi edificada sobre o terreno doado pela família Lanser no dia 29 de janeiro de 1974, durante a gestão do prefeito Félix Theiss juntamente com os moradores que batalharam para este sonho se concretizar. A escola localiza-se na rua Alfredo Lanser, nº 133, transversal da Hermann Tribess, no bairro Tribess.

Mas afinal, Quem foi Francisco Lanser?

Faleceu em 14 de setembro de 1933, com apenas 43 anos, provavelmente em consequência de um acidente durante o trabalho na lavoura, quando machucou o pulmão (uma tora de madeira que se precipitou sobre ele). Quando morreu, sua esposa Mathilde esperava o 11º filho. Diante da necessidade do Bairro Tribess ter uma escola, seu filho Norberto Lanser fez a doação de um terreno onde foi construída a escola em 1974, e como tributo póstumo recebeu o nome Escola Básica Municipal Francisco Lanser. Depoimento da família do doador do terreno: “Norberto Lanser, nascido em 08 de junho de 1915, sempre teve em sua vida objetivos nobres e cristãos. Pai dedicado e exemplar, desde o início de sua vida matrimonial com Agnes Lanser, empenhou-se na organização da comunidade católica do bairro. Durante 25 anos esteve à frente da comissão da igreja. Vendo o bairro crescer com o aumento dos loteamentos e preocupado com o futuro das crianças, doou o terreno à comunidade onde, hoje está construída a escola.” “Foi um líder nato e comprometido com a comunidade, mostrando sempre grande interesse pela educação, pois considerava a escola, junto com a família, a casa onde se desenvolvem os homens conscientes e responsáveis em construir famílias livres numa sociedade fraterna e solidária.”

Francisco Lanser, falecido em 1933 com apenas 43 anos Filho de Peter e Theresia Lanser, imigrantes alemães que vieram à Blumenau em 1872. Nasceu em 26 de maio de 1890 em Blumenau. Casou-se com Mathilde Lanser e teve onze filhos: Norberto, Teresa, Hubert, Alfredo, Bruno, Laura, Verônica, Maria e Mathilde, Além de Leopoldo e Ruth que foram a óbito ainda crianças. Dos filhos de Francisco Lanser, continua viva apenas Mathilde (Lanser) Deschamps (que se trata de Alzheimer) e residente no Bairro Tribess. Francisco Lanser se dedicava ao cultivo da terra, em especial à produção de cana de açúcar e cachaça (alambique). Criava também animais (bovinos, suínos e aves) para consumo familiar. Foi sócio fundador da Sociedade Caça e Tiro Fortaleza. Na comunidade tinha como atribuição pública zelar pela ordem, como inspetor de quarteirão.

Norberto Lanser: Preocupação com o futuro das crianças


“Considerava o estudo a maior e melhor herança que os pais podem oferecer aos filhos, por ter a certeza de que é na escola que se formam homens de caráter, capazes de construir uma comunidade de valores humanos e cristãos, tão necessários à consciência pacífica e feliz.” A EBM Francisco Lanser tem como filosofia o desenvolvimento das potencialidades do aluno, tornando-o consciente dos seus direitos, responsável por seus deveres, crítico e participativo, motivando-o incansavelmente na busca pelo seu conhecimento. A escola funciona no período matutino e vespertino com turmas no pré-escolar e do 1º ao 8º ano do ensino fundamental, e conta com aproximadamente 970 alunos matriculados no ano letivo de 2013. Uma particularidade interessante desta instituição de ensino, é que dentro da estrutura física da Escola Básica Municipal Francisco Lanser, funciona no período noturno, a Escola de Ensino Médio Norbeto Lanser, com aproximadamente 198 alunos matriculados em turmas regulares do 1º ao 3º ano do ensino médio. Agradecimentos especiais a Professora Ivanir, aos demais colaboradores e a direção da EBM Francisco Lanser e a Sra. Felícitas Maria Lanser.

Informações fornecidas pela escola: Diretora Geral: Rosa Maria Brandalise Diretora Adjunta: Delci Terezinha Guerra Secretária: Eroni Maciel de Almeida Presidente da APP: José Érico Paulo Telefone da Escola: 3339-1670 E-mail: emb_franciscolanser@blumenau.sc.gov.br


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