Season_3

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Nº 03

Maio/2008

Se a fé move montanhas, porque não mover uma ilha...

Reviravolta? Afinal, quem E o mocinho?



>: Equipe Editor Janssen Barufe Miane Nabarro Design Janssen Barufe Miane Nabarro Jader Miane Nabarro Coordenador de publicidade Matheus Jacob Paulin Colunistas Alice Ferreira Carol Couto Marcus Almeida de Souza Thiago Bastos Thiago de Souza Lima Vagner Wojcickoski Victor Darmo Consultores Victor Darmo Marcus Vicícius de Moraes Sousa Tatiane Storch Tradução e adaptação Thiago de Souza Lima Apoio Website DarkUfo Portal Lost Brasil Blog Dude We Are Lost Blog LostEscotilhaBrasil Todas as imagens e textos com créditos aos seus devidos autores. A revista Season é contra pirataria, um projeto sem fins lucrativos.

CHEGAMOS A MAIS uma edição, estamos conseguindo montar uma equipe sólida que se esforça a cada dia para trazer informação e entretenimento para os fãs desse maravilhoso seriado. Nessa edição traremos conteúdo que segue a linha das edições anteriores, como a ficha dos personagens e um guia sobre as estações Dharma e entidades do seriado, estamos chegando ao final da quarta temporada que promete um fechamento com chave de ouro. Infelizmente ficaremos nove meses a deriva, porém, é apenas mais um motivo para estarmos fazendo nosso trabalho dedicadamente para durante esse período de pausa, trazer algum conteúdo e manter o público entretido. Espero que curtam o material. Grande abraço a todos. Janssen Barufe Miane Nabarro janssen_ogro@hotmail.com


>: Índice FICHA DOS PERSONAGENS

ENTIDADES

8. Alguns detalhes da vida

34. Oceanic Airlines

dos passageiros do trágico vôo 815 da Oceanic

CIÊNCIA x RELIGIÃO

22. A batalha continua... TRAGADOS PELA ILHA

quem vencerá?

25. Conheça o destino

dramático das vidas cobradas pela ilha

ESTAÇÕES DHARMA BENJAMIN LINUS

A ILHA

32. A Pérola

15. De vilão a mocinho?

12. O principal personagem da série

DICAS DO MÊS

5. Confira algumas dicas para se entreter enquanto Lost não volta

MURAL SEASON

7. Lançamos nessa edição o nosso quiz

Entrevista Season 18. Entrevistamos Daniel Melo, o homem por trás do Portal


>: FIQUE POR DENTRO COM NOSSAS DICAS!

N

o dia 29/04, tivemos o grande fechamento da quarta temporada de Lost. Para eu e todos os grandes fãs da série, que ainda estão recuperando o fôlego, pelo incrível desfecho da trama, 8 meses de espera chegam quase a "matar". Que tal então conferir dicas do o que fazer durante esse longo período?

Dica Cinema - Speed Racer Nosso já conhecido Dr. Jack Sheppard ( Mathew Fox ), estréia no longa metragem Speed Racer, que atualmente se encontra em cartaz nos cinemas. Ele é o Racer X, irmão desaparecido do jovem Speed (Emily Hirsch) que deseja se tornar campeão mundial de automobilismo, baseado no popular desenho animado da TV. O filme não recebeu boas críticas e foi intitulado como uma "bad trip". Se você curte o desenho e quer fazer um programinha com a família, vale à pena conferir, mesmo que seja apenas para analisar a atuação do nosso Lostie.Conta com outros nomes conhecidos no elenco, como John Goodman e Susan Sarandon. Caso você seja extremamente crítico, e não gosta de filmes previsíveis com explosões multicoloridas e temáticas “infantis” dos desenhos animados, fuja de Speed Racer e passe para nossa próxima dica.

Dica DVD - Ponto de Vista (Vintage Point) Mathew Fox aparece em outro longa, que já se encontra em DVD. Ele é o agente Kent Taylor, do serviço secreto, juntamente com Thomas Barnes (Denis Quaid), são designados para proteger o presidente Ashton, numa conferência contra o terrorismo. O presidente é baleado e a trama se desenrola nas investigações para encontrar o atirador. É o típico filme americano feito para as grandes massas, mas que não deixa de proporcionar tensão e ótimas cenas de ação. Conta com um elenco de forte, grandes estrelas como Forest Whitaker e Sirgouney Weaver também fazem parte da trama. Se você ama aquele bom e velho filme de ação, vale a pena conferir, mas se sua área não é filmes, nossa próxima dica deve "satisfazer" suas necessidades.

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Dica Série - Fringe

Dica Game - Lost: Via Domus

Que tal dar uma chance para expandir seus horizontes televisivos na nova série do criador de Lost, J.J. Abrams? A expectativa em torno da série é grande, já que seu orçamento foi bem caro (mais de 11 milhões de dólares), assim como o de Lost. O elenco é composto por Joshua Jackson (Dawson´s Creek), John Noble (Senhor dos Anéis: Retorno do Rei) e a novata Anna Torv. Drama que vai explorar a tênue linha entre a ficção científica e a realidade. Quando os personagens se encontram numa série de eventos sobrenaturais inexplicáveis. Curiosamente, a série também apresentará um acidente aéreo. Estréia 26 de agosto, das 20h as 22h, na Fox Americana. Não perca! Nossas edição, e divirta-se!

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Dicas

dessa

O Game já foi lançado há alguns meses, mas se você não conferiu, que tal disponibilizar umas horinhas na sua agenda pra mergulhar nessa aventura? O personagem principal é Elliot, um fotógrafo que sofre amnésia após a queda do voô 815, e é constantemente ameaçado por um estranho homem que pede a ele as "fotos". No desenrolar da trama, Elliot vai recuperando a memória aos poucos e procurando meios de escapar da Ilha. Deixa a desejar em alguns momentos por ser extremamente previsível, e pela dublagem dos personagens ue em grande parte não foi feita pelos atores, mas em compensação, gráficos espetaculares são apresentados e você percorre todas os locais previamente mostrados na série, com direito a perseguições do Lostzilla. O game está disponível nas versões PC/ PS3/ XBOX 360


Mural Season Quiz Season Estamos lançando nesta edição o nosso quiz, esperamos com isso fazer com que nós fãs voltemos a ver os primeiros episódios e assim, além de conseguir as respostas para as perguntas também entender melhor o que vem acontecendo e passou por despercebido. As regras serão as seguintes: 1. Serão 20 perguntas por edição, a cada edição será lançado um ranking dos 10 melhores pontuadores; 2. Cada resposta correta valerá 1 ponto, as que estiverem incorretas obviamente não valerão nada;

6. As perguntas serão anexadas num bloco de texto juntamente com o arquivo PDF da revista, então aquele que quiser participar apenas responda e nos envie no email citado anteriormente.

por Carol Couto lostzila_kate@hotmail.com

Qual a cor do cachorro branco do Walt?

3. Para cada edição serão mostrados os episódios em que aparecem as citações das perguntas; 4. O prazo de entrega das respostas será de 10 dias após a publicação, deverão ser enviadas para o email "quizlost@hotmail.com"; 5. Cada pessoa só poderá enviar um email e esse email deverá sempre ser o mesmo para que se possa acumular os pontos no ranking;

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"Estávamos voando a 6 horas, quando o rádio quebrou, voltamos para aterrizar em Fiji, mas caímos numa turbulência, estávamos a mil milhas fora do curso, eles estão nos procurando no lugar errado!" - Pilot I


H

urley é um latino residente de Los Angeles. Antes da queda do avião, Hurley estava envolvido num acidente onde ele e mais 23 pessoas estavam num píer que desmoronou, matando duas pessoas. Acreditando que seu peso era a causa da queda da plataforma, Hurley sentiu-se extremamente culpado e entrou num estado catatônico: não fazendo nada, além de comer sem parar. Quando ele se livrou desse estado, sua mãe o internou numa clínica psicológica (onde, sem que ele saiba, Libby também era uma paciente). Na clínica, o médico de Hurley, Dr. Brooks, tentou amenizar a culpa que Hurley sentia, explicando que o píer fora projetado para suportar apenas 8 pessoas, então a presença de Hurley é um ponto controverso a plataforma teria desabado quer ele estivesse lá ou não. Hurley também conheceu Dave, um homem que parecia ser a única pessoa normal naquele lugar, que o aconselhou a comer tudo o que quisesse e ignorar as ordens do Dr. Brooks para fazer regime e tomar o remédio Clonazepam. Conselho este que Hurley seguiu. Até que Brooks tirou uma fotografia de Hurley e Dave. E quando mostrou a imagem para Hurley, só ele estava ali , ou seja, Dave “não existia”. Apesar de Hurley entender que Dave era um amigo imaginário, se bem que era bem real, uma vez que ele bateu em Hurley, e este conseguiu escapar da clínica psicológica com a ajuda da aparição. Mas, no último minuto, Hurley recusou escapar porque queria se curar, rejeitando Dave. Isso foi um grande passo na recuperação de Hurley, e ele foi dispensado da clínica, pouco tempo depois. Hurley voltou ao seu antigo

emprego no Mr. Cluck's Chicken Shack e mudou-se de volta para a casa de sua mãe. Um dia, ele se tornou bastante rico, quando ganhou 114 milhões de dólares na loteria usando os números que estavam sempre sendo murmurados por um paciente psiquiátrico chamado Leonard. As pessoas em torno de Hurley estavam sendo atingidas por má sorte, principalmente seus familiares. Hurley, entretanto, continuava a ter inacreditável boa sorte e suas aquisições só acumulavam: o seguro pago por causa de uma fábrica sua que tinha pegado fogo e causado algumas mortes; sua falsa prisão resultou num substancioso acordo e ele adquiriu o domínio de uma fábrica de caixas na Califórnia, onde Locke trabalhou. Quando o avião da Oceanic Airlines caiu na ilha, Hurley tinha em torno de 156 milhões de dólares em conta. Apesar disso, Hurley acreditava que os números que ele usou para ganhar o dinheiro na loteria — 4, 8, 15, 16, 23, 42 — eram amaldiçoados. Idade: 26-27 anos Profissão: Milionário, Mr. Clucks

ex-empregado

no

Situação: Foi para Áustralia encontrar o real significado dos números.

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S

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ayid Hassan Jarrah nasceu em 1968 em Bagdá. Estudou na universidade do Cairo, Egito. Serviu na Guarda Republicana do Iraque por cinco anos. Primeiro foi oficial de comunicações, depois foi promovido para a inteligência. Capturado durante a operação americana tempestade no deserto, conheceu Sam Austen, foi obrigado a assistir a um vídeo em que sua vila era devastada por um gás tóxico e a torturar seu comandante, Tariq, por informações. Depois disso começou a ser assombrado por memórias de seu tempo como torturador. Conversou na parte traseira de um caminhão militar dos EUA com Sam Austen, que estava olhando uma fotografia de Kate quando criança, antes de ser abandonado no deserto com alguns trocados dados por Joe Inman. Reencontrou sua antiga paixão/amiga de infância, Nadia, que foi supostamente interrogada por ele. Após receber ordem para matá-la, ajudou-a a fugir, na fuga teve de atirar em seu superior, e depois atirou em sua própria perna. Em algum momento de sua vida, Sayid aparece trabalhando em um restaurante, quando foi avisado por

outro funcionário de que um homem estava lhe aguardando. O homem se apresentou como Sami e elogiou a comida de Sayid convidando-o para cozinhar em seu restaurante. Ao chegar lá, Sayid foi apresentado à esposa de Sami, Amira que tinha os braços queimados. De repente Sayid foi dominado por vários homens e levado a um porão onde foi surrado para que confessasse ter torturado a esposa de Sami, mas o muçulmano só negava. Em outro momento, ainda acorrentado, Amira foi ver Sayid segurando um gato e disse que só queria que ele admitisse que a tinha torturado e que o perdoava. Sayid admitiu aos prantos ter causado as queimaduras nos braços da mulher. Foi pego na Inglaterra por membros da CIA, que seguiam seus movimentos e obrigado a para se infiltrar num grupo terrorista em Sydney para descobrir o paradeiro dos 300 quilos de C4 (explosivos) roubados em troca de informações sobre o paradeiro de Nadia. Teve de convencer Essam Tasir, seu antigo colega de quarto na universidade do Cairo, a se transformar num homem bomba para que os oficiais da inteligência recuperassem os explosivos roubados. Contou ao homem que os tinha entregado para a CIA no último momento para que ele pudesse escapar, mas Essam surtou ao saber que seu suposto amigo o tinha entregado por uma mulher, e se matou. Sayid ficou mais um dia na Austrália, para se responsabilizar pelo corpo de seu “amigo” e dá-lo um enterro digno de um Muçulmano. Idade: 37 anos Profissão: Oficial de Comunicações na Guarda Republicana do Iraque, promovido para Oficial da Inteligência e torturador Situação: Encontrar seu amor de infância, Nadia, nos EUA.


A

pós a morte de sua mãe, quando Shannon Rutherford era pequena, seu pai casou-se com Sabrina Carlyle, quando tinha oito anos. Shannon sempre foi a filhinha do papai, sempre protegida e essa relação permaneceu durante muito tempo. Quando tinha 18 anos, ela era professora de balé. Enquanto estava dando uma aula, recebeu uma ligação de sua madrasta dizendo que seu pai havia sofrido um acidente de carro. Adam foi levado para o Hospital São Sebastião e Jack era o médico de plantão no pronto-socorro, mas ele escolheu salvar a motorista do outro carro: Sarah. Adam foi dado como morto às 8:15 da manhã. A morte do pai abalou-a completamente, primeiro por causa de sua relação tão próxima com o pai e segundo porque sua madrasta não lhe deu apoio. Shannon conseguiu uma bolsa para ir à prestigiosa escola de dança Martha Graham em Nova Iorque, mas não tinha dinheiro suficiente para ir, visto que sua madrasta havia cortado o dinheiro que ela recebia anteriormente do pai, e Shannon tinha ficado sem direito à herança. Embora Boone, seu meio-irmão, tivesse oferecido dinheiro, ela não

aceitou, pois queria provar que podia se virar sozinha. Sendo assim, foi para a França, onde passou um ano trabalhando como babá. O emprego tinha sido oferecido a sua amiga por Philippe, e mesmo ela tendo avisado a Nora que não era uma boa idéia aceitar o emprego, ela acabou aceitando. Enquanto esteve em Paris, Shannon aprendeu francês cuidando dos filhos de Philippe. Em algumas cenas deletadas da 2ª Temporada, fica explícito que ela teve um caso com Philippe. Depois do trabalho como babá, começou a enganar e tirar dinheiro de seu meioirmão e/ou sua mãe. Boone disse que já havia pagado a três homens para terminarem com ela. Um dos últimos golpes de Shannon foi dizer a Boone que seu atual namorado abusava dela, embora morassem juntos. Esse foi até Sydney para salvar a "irmã" e descobriu que era um truque. Depois que Bryan fugiu com todo o dinheiro dela, Shannon procurou o irmão, o seduziu e os dois transaram. Na manhã seguinte da transa, eles pegam o Vôo Oceanic 815 para "retornar" a Los Angeles. No aeroporto esperando o vôo, Nikki e Paulo foram interrompidos por Shannon reclamando num tom de voz alto sobre uma carência de assentos na área de espera e sobre Boone ser responsável por não ter conseguido passagens de primeira classe. Boone educadamente pede Paulo que o empreste sua cadeira extra, e ele concorda, mas Shannon vai embora, acusando sua "paquera com garotos" de estar os atrapalhando. Idade: 21 anos Profissão: Professora de Balé Situação: Voltando pra Los Angeles com Boone após se separar de seu marido na Austrália.

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uito já foi dito em relação a este misterioso “ser” que está sempre saindo da boca dos nossos personagens. O fato é que desde a primeira temporada houve várias especulações sobre o pôrque de eles estarem ali. Alguns perceberam porém que estivessem talvez apontando suas expectativas nos locais errados. Pois poucos realmente se perguntaram por que a Ilha os queria ali. Êpa, a Ilha os queria ali? Por que não? Volta e meia alguns dos personagens tratam a Ilha como uma terceira pessoa. E parece que talvez seja mesmo! Não no sentido de pessoa humana, mas talvez como uma entidade eletromagnética extra-sensorial. Ok, vamos assimilar isto. Eletromagnetismo foi estudado inicialmente no final do século XVIII pelos cientistas Charles Augustin e Henry Cavendish que observaram as substâncias eletricamente carregadas e os ímãs. Outro cientista que também auxiliou nas pesquisas, porém já no século XIX, foi Michael Faraday (ih, já ouvi este sobrenome em LOST). Eletromagnetismo é a relação entre forças elétricas e magnéticas que se tornam interdependentes, daí então o nome. Podemos observar efeitos eletromagnéticos em várias situações abordadas na série, já que o excesso de ondas eletromagnéticas é capaz de influenciar o comportamento celular do corpo humano, danificar aparelhos elétricos e até mesmo desorientar o vôo de algumas aves e aviões: a chave no pescoço de Jack na segunda temporada, a própria

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implosão da escotilha, e outros efeitos comprovados hoje em dia como a cura do câncer (saudações à Rose), tratamentos de esterilidade (Jin) e recuperação de pessoas com problemas nervosos e de coluna (Locke?). Agora o que isso tem a ver com o fato da Ilha ser vista como um “ser”? Bom, O corpo humano também irradia ondas eletromagnéticas em freqüências baixíssimas de infravermelho que são produzidas pelo calor do próprio corpo, composto por células carregadas de átomos e elétrons. É a vibração dessas células que permite a realização de exames como a tomografia, por exemplo. Conclusão: A Ilha emite ondas eletromagnéticas como o nosso próprio corpo! Ah, mas espera aí... só por isso ela é um ser pensante??? Não só por isso! Vamos então ao segundo ponto: extra-sensorialidade. A Percepção ExtraSensorial é aquela que ocorre independentemente da visão, da audição, ou de outros processos sensoriais. Ótimo, até porque ninguém ainda viu uma Ilha com olhos, ou ouvidos (que bizarro!!!). Então se a Ilha se comunica com outras pessoas é através desta forma. Existem quatro ramos extra-sensoriais. Primeiro a telepatia: a consciência de uma pessoa passa a interagir com a de outra. Ótimo exemplo seriam as comunicações de Desmond com... ele mesmo. Mas na verdade um Desmond que não é o atual (tá meio complicado???). Segundo a clarividência: que é o conhecimento adquirido de um evento sem o uso dos sentidos. Mais um ponto para Desmond com suas visões. Ter-


ceiro a precognição: conhecimento que uma pessoa pode ter dos pensamentos futuros de outra pessoa, ou de eventos futuros. Uma das palavras que Locke mais fala na série é “supposed” que dificilmente traduzem ao pé-da-letra. Esta palavra dá um sentido de “supostos”, ou “que deveria ser desta forma”, como se Locke soubesse como deve agir independente de já ter feito aquilo antes. Como ele saberia agir em situações daquele tipo? Na realidade parece que ele é o personagem que mais contato tem com a Ilha, tratando-a realmente como uma pessoa. Estaria a Ilha se comunicando com ele? O quarto ramo é a psicocinese: onde a pessoa consegue mover objetos ou outros seres somente pensando neles (O que foi aquilo que ocorreu na cabine do Jacob???). Pra fechar, podemos concluir então que se a Ilha não é alguém, pelo menos ela age como tal. Um ser que interage

com os outros que estão a sua volta, mesmo sem utilizar-se de sentidos humanos, e que interfere em suas vidas, tornandoas um pouco diferentes do que na verdade costumavam ser. Até o momento ela não falou com nenhum de nós, então estamos esperando o desfeche da estória para saber do que se trata a Ilha... Ou será que não???

por Thiago Bastos professornasa@hotmail.com

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Nome: Benjamin Linus Local de origem: nascido a 51 km de Portland, Oregon. Profissão: atua como líder dos outros Representado por: Michael Emerson Altura: 1,73m Primeira Aparição: 2x14 - One of Them Estado Civil: solteiro

M

ichael Emerson, (53 anos de idade nascido em Toledo, Iowa) americano formado na escola de atuação M.F.A no Alabama em 1995, Graduou-se pela Universidade de Drake em artes dramáticas, casado a aproximadamente 10 anos com a também atriz Carrie Preston. Em sua carreira, Emerson trabalhou em diversos ambientes dando vida a personagens misteriosos e violentos na maioria das vezes, com sua participação no episódio “Phantom” da série televisiva Law & Order: Criminal Intent, onde interpretava um assassino de

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crianças; também fez uma pequena participação no episódio “Sunshine Days” de Arquivo X. E no cinema seu trabalho mais conhecido foi no primeiro filme da série “jogos mortais” onde Emerson faz um personagem chamado "Zep Hindle" que passa a maior parte do filme monitorando a tortura das vítimas capturadas em sistema de câmeras muito similar em alcance e tecnologia ao que ele usa na Ilha. Agora sim estamos onde interressa, a ilha. Cenário principal da série recordista de audiência também conhecida como “lost”: Um avião atravessa uma barreira magnética que divide dois mundos distintos: a realidade e o sobrenatural. De um lado, os sobrevivente liderados por Jack Shephard (Matthew Fox)e do outro “os outros” liderados pelo “senhor dos mistérios” Benjamim Linus ou simplismete Ben, inúmeros são os sinônimos para caracterizá-lo. Destaque para seu lado sagaz, sua deslumbrante inteligência e poder persuasivo a ponto de estar envolvido em quase todos os mistérios da série: desde o assassinato de toda a iniciativa Dharma à queda do avião. Para os fãs de Ben, cada episódio desde “One of them” 04x14 quando fez sua primeira aparição é uma peça desse quebracabeça vivo. Pra Michael o que mais chama atenção em Ben é a ambiguidade que o cerca, o humor frio e o carinho que ele tem por juliet. Outro fato marcante na história de lost é quando Ben, no episodio 04x11 diz não ser o líder dos outros sempre. Jacob seria o líder, a chave de todos os mistérios, em seguida, Ben, e agora, Locke vem se destacando como o propulsor do caminho à salvação da ilha, talvez por isso Ben tenha tanta inveja de John. Nesse mesmo episódio, “Cabin Fever”, nos flashbacks, conhecemos a história de Locke, e nada de

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coincidências ou destino, realmente estava tudo planejado. John fora escolhido desde o ventre (o mesmo aconteceu com Aaron, tudo indica que ele subistituirá John) filho de Emily, Locke nasceu prematuro de 6 meses, depois de um acidente sofrido por Emily, quem lhe deu o nome de john, rejeitado por sua mãe, anos depois, com uma nova família, recebe a visita de Richard Alpert, que numa tentativa frustada pretendia levá-lo a uma escola para garotos especiais. Quando adolescente, também recebeu o convite recusado para um acampamente científico, certamente seria na ilha. Com o passar dos anos, se torna um homem frustrado, principalmente após fraturar a espinha ao ser jogado do 8º andar pelo seu pai biológico, isso faz com que ele desacredite em milagre. Ao cair na ilha, seus ideais mudam quando percebe que foi milagrosamente curado. Como toda ação traz uma reação, do outro lado da ilha Ben descobre um tumor espinhal, a ilha não precisava mais de Ben agora seu novo líder era John Locke. Ben sabia que sua liderança estava com os dias contados e não poderia ficar de braços cruzados foi quando se infiltrou entre os sobreviventes sendo capturado por Rousseau, inicialmente ele alegou que seu nome era Henry Galé, o que é uma mentira. Ao decorrer da história, descobre-se que Hanry Gale na verdade é Benjamim Linus, e que nasceu a 51 km de portland, Oregon. Lembra da história de John? Veja como Ben e Locke tem muito em comum. Seus pais eram Roger e Emily Linus. Emily entrou em trabalho de parto no sétimo mês de gestação durante um passeio na floresta, decorrido as complicações ela morreu, e em seu leito ela pediu que seu filho se chamasse Benjamim, Roger nunca perdoara Ben pela morte de Emily. Com o passar dos anos as dificuldades começam a aparecer e Roger


tem problemas em conseguir emprego, é quando Horace Goodspeed o convida a trabalhar na ilha inicialmente como faxineiro, posição que não o agradava, o que Roger não sabia é que sem Ben, ele não teria valor algum, e por isso destratava o garoto e fazia questão de esquecer a data do seu aniversário, pois era o dia da morte de Emily. Assim como John, Ben também teve seu primeiro encontro com Richard Alpert na sua infância, após uma de suas visões freqüentes de sua mãe, e como John, Ben ainda não estava preparado. O ódio pela Dharma é tao grande que pode levar o garoto a fazer uma besteira como matar a todos, o que para Richard seria uma ótima unir o útil ao agradável. As histórias se confundem, não para nós, fãs, que sabemos muito bem os interesses de cada um dos dois. De um lado a cautela de Bem, do outro a fé de John, ambos carregam na bagagem mortes, torturas, chantagens, o que os difere é a coragem que sobra em um e falta em outro. Ben matou toda Dharma, inclusive seu pai, indiretamente, matou Goodwin por causa de Juliet, seqüestrou Alex de Rousseau tendo-a como sua filha. John não teve coragem sequer de matar o homem que tanto lhe fez mal, seu pai, isso não faz de Benjamim melhor que Locke, pelo contrário, nessa fase do jogo, Ben é apenas um pino do tabuleiro.

Durante a quarta temporada, Ben esteve muito calmo, vulnerável, com certeza ele está preparando uma jogada de mestre para retomar seu posto, não faz seu estilo ter de se submeter a qualquer pessoa se não a Jacob. Pena a ilha não pense assim, mas a vida é uma roda gigante e ao mesmo tempo em que você está em cima jogando pedrinhas, pode descer num piscar de olhos e receber uma chuva de pedras provocada por suas ações. Agora ele tem um objetivo: vingar a morte de sua filha adotiva Alex, e podem esperar porque a quinta temporada promete uma reviravolta nos casos e, quem sabe, Ben não encontra um grande amor depois de tantas desilusões como Roussueau, Juliet e a menina dos bonecos, Annie, um amor na sua vida seria uma boa razão para quebrar o gelo do seu coração e trazer à tona um Ben até então desconhecido em meio a tanto ódio pelo seu arqui-rival Charles Widmore, e as dificuldades em salvar a ilha. Então que venha o começo do fim onde conheceremos os mocinhos, os vilões, e a verdadeira face de nosso mestre Benjamim Linus, ou será que este também é um nome falso? Suposições nunca são demais quando o assunto é “Lost”.

por Marcus Almeida de Souza kytovynyprince@hotmail.com

Benjamin Linus quando jovem chegando à Ilha

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D

aniel Melo (também conhecido com frost, dell e urso) - 27 anos - Taurino, mora em Sampa City mas daria tudo para se mudar. Help-desk 24/7 no MSN e e-mail, não gosta de 'sugadores' e admira um 'obrigado' e um 'por favor'. Filmes, música, jogos (x360!!) e longas caminhadas na praia assim que o sol nasce. (pff... até parece) são os passatempos. Gosta de dormir na hora que der sono e odeia ser acordado por telefone ou por coisas bestas, embora só durma 5 horas por dia. (time is money!). Assiste a uma porrada de séries, embora poucas sejam realmente interessantes. Por incrível que pareça, LOST não é sua série favorita.

Daniel Melo (dellmelo) Season - Como e quando você teve a idéia de criar o Portal Lost Brasil?

SE - Qual seu seriado preferido e o que mais lhe chama atenção nele?

Daniel - Fiquei sabendo uma semana antes

DM - Difícil dizer. Depende muito da tempora-

que Lost iria estrear nos EUA através de um site de cinema. Isso foi em 15 de setembro de 2004.

da. Lost teve uma 1ª temporada fantástica. Nip/Tuck, que não é muito conhecida, também teve ótimas temporadas, assim como House, Boston Legal, Prison Break, Atualmente acho que minha série favorita é The Big Bang Theory.

SE - O que te levou a isso? DM - Eu sempre gostei de ter fóruns. Antes do LostBrasil eu tinha fóruns sobre jogos, cinema, informática. Achei que Lost era perfeito para um fórum. As pessoas podiam comentar no fórum o que acabaram de assistir e discutir as teorias e especulações.

SE - Você te a ajuda de mais alguém na criação, era uma equipe já desde o inicio ou você criou sozinho e depois a equipe foi formada?

SE - Você desde o inicio pretendia se basear somente no seriado Lost ou tinha em mente outros shows?

rum e comecei a divulgá-lo. Percebi que tinha algumas pessoas competentes e com vontade de ajudar e fui montando a equipe para atualizar, moderar, etc...

DM - Eu não era muito fã de seriado. Comecei a assistir séries em 2004. Lost foi uma das primeiras. A idéia sempre foi dar mais atenção para apenas um seriado, mas sempre dei espaço no fórum para outras, tanto as que vejo e não vejo.

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DM - Desde o começo já tive ajuda. Criei o fó-

SE - Algum dia imaginou que o Portal tomaria à proporção que tem hoje sendo considerado o maior da América Latina sobre Lost? DM - Já somos um dos maiores do mundo (ri-


sos). Não fazia idéia porque não sabia se a série iria ter o sucesso que tem hoje. Começamos com um fórum pequeno, hospedado de favor e com o tempo fomos precisando de mais e mais. Hoje estamos num servidor dedicado que fica nos EUA e aguenta bem as visitas.

SE - Quais seus planos para o futuro? Pretende incrementar o site com mais algumas novidades ou até mesmo abordar outros seriados? DM - Já temos uma área que chama "Outras séries", onde damos espaço para o pessoal comentar outras séries. O Portal já ocupa bastante a equipe. Ter um outro fórum sobre outra série no momento seria quase impossível. Toda atenção está voltada para o LostBrasil. Estamos sempre incrementando o site. Temos planos mas nem sempre podemos colocá-los em prática. Ou por motivo de direitos autorais ou de programação. Mas estamos sempre colocando novidades.

SE - Como sabemos, Lost não é sua série predileta, então qual real motivo de ter feito site dedicado a tal?

SE - Dentro desse conceito, você acredita que Lost esteja realmente perdendo audiência desde a primeira temporada ou acredita que a cada episodio fica ainda mais incrível vê-lo? DM - A 1ª temporada da maioria dos seriados é fantástica. Muita gente ficou impressionada com Lost e, por ser um seriado, as pessoas queriam ter as respostas o mais rápido possível. Com certeza perdeu bastante audiência mas é normal com qualquer série. Conheço muita gente que está na 1ª temnorada e está adorando. Sai um espectador, entra outro.

SE - Qual maior mistério para você em Lost e quando você gostaria de vê-lo revelado?

"Já somos um dos maiores do mundo (risos). Começamos com um fórum pequeno, hospedado de favor e com o tempo fomos precisando de mais e mais. Hoje estamos num servidor dedicado que fica nos EUA e aguenta bem as visitas."

DM - Acho que o maior seria sobre a Ilha, seus mistérios. O que ela realmente é e porque tanta gente tem interesse nela. Foi dito pelos produtores que o formato da ilha, vista de cima, iria impressionar muita gente. Até hoje estou esperando por isso. (risos).

SE - Qual seu personagem preferido e qual sua relevância dentro do grupo dos

DM - Quando criei o LostBrasil, não assistia

sobreviventes?

muitas séries. E na época achei que um fórum seria perfeito para as pessoas discutirem e comentarem sobre os episódios.

DM - Sempre foi o Locke. Desde o episódio

SE - Algumas pessoas dizem que os roteiristas e produtores estão se perdendo diante do emaranhado de mistérios e ligações que aparecem a cada episódio, o que acha disso? DM - Eu achava isso mas acredito que eles ainda estão no controle. Como Lost já tem um final decidido (6ª temporada em 2010), já deixa mais fácil para eles resolverem tudo. Espero que consigam.

que mostra ele antes de cair na ilha ser um paraplégico. Com o tempo, esse interesse no personagem só foi aumentando e hoje acredito que seja o principal de todo o seriado.

SE - Quem você gostaria de ver “morto” por não fazer um papel que realmente traga interesse aos telespectadores? DM - São muitos. (risos). O Jack poderia ir embora, a Kate. Eu gostava de Claire até antes do bebê dela nascer mas depois disso... pode ir também.

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SE - O que espera das ultimas duas temporadas que teremos pela frente? DM - Respostas e mais surpresas. A 4ª temporada está excelente e com novidades que deixam qualquer um de boca aberta. Não acho que esse ritmo irá diminuir nas próximas 2 temporadas.

SE - O que gostaria que ocorresse no final, no ultimo episodio? DM - Gostaria que tudo fosse explicado de forma convincente e inteligente. Colocaram muitos mistérios e estão resolvendo aos poucos. Gostaria que respondessem tudo. E também não foi muito fã de final feliz. (risos). Poderia terminar em algo mais trágico.

SE - Por fim, deixe uma mensagem para todos aficionados por Lost e que acompanham seu trabalho no Portal Lost Brasil. DM - Gostaria de agradecer principalmente aos colaboradores do site. Graças a eles que estamos online. Não temos ajuda de nenhuma emissora e são eles que mantém o servidor dedicado, que é bem caro, ativo e funcionando. E também recomendar Lost para quem ainda não viu. É uma excelente série e, como as outras, demora para tudo se resolver.

"Sempre foi o Locke. Desde o episódio que mostra ele antes de cair na ilha ser um paraplégico. Com o tempo, esse interesse no personagem só foi aumentando e hoje acredito que seja o principal de todo o seriado."

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Sua fonte de spoilers, comentarios e amenidades sobre Lost

http://dudewearelost.blogspot.com


C

omo um ser vivo, a ilha de Lost parece ter vontade própria, muitas vezes contrárias aos desejos de seus hóspedes, cujas crenças os conduzem a se gladiarem entre si em busca da grande verdade. Fé e razão: duas forças antagônicas ou protocooperativas?

Nesta quarta temporada que findou, ficou ainda mais claro que a grande luta entre os habitantes da misteriosa ilha vai muito além da disputa territorial entre os losties e os Others. Com o se encorpar dos diversos dramas pessoais e as doses lexotânicas dos flashs do futuro, percebemos claramente que, num porvir, amigos e inimigos farão parcerias bizarras. Vemos Said e Ben trabalhando juntos e os tão apegados Jack e Kate com traços contundentes de desgaste da relação. Da mesma forma, nos surpreendeu o retorno de Michael a ilha a convite dos próprios Others. E por fim, a grande união que já antevíamos: o “casamento” entre Locke e Bem, unidos pelo bem da ilha. Com tantas quebras de partidos e formações de parcerias inusitadas, o quadro maior que se revela é a trégua entre ambos os grupos em prol da vida. Os losties querem mais que tudo o resga-

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te, para fugir da precariedade e efemeridade da vida num ambiente hostil e incompreensível à razão. Others, por sua vez, lutam para impedir a chegada de um navio cargueiro que aparenta trazer o sonhado resgate. Agora, Others e losties estão pela primeira vez, lutando pela vida. O que muda é o ponto de vista.

Para alguns dos sobreviventes do acidente da Oceanic, o resgate parece ser a única fonte de “salvação”. Assim defendem fervorosamente personagens com o Jack, que por várias vezes afirmou que tiraria os seus de lá, custe o que custasse. Esta crença de a libertação que consiste na saída da ilha foi várias vezes rebatidas por Ben e tem outros adeptos como Locke e o próprio Sawier, que já pensou em continuar na ilha mesmo havendo a possibilidade de resgate. Kate também já viveu este dilema, ao pensar no resgate como uma nova forma de isolamento: passar o resto de sua vida presa numa ilha ou arriscar ser resgatada e passar o resto de sua vida num cárcere pelos crimes que cometeu? Para Loke, o melhor mesmo é ficar na ilha. Na ilha ele havia recuperado o movimento das pernas e, por dedução, ao sair da ilha voltaria a ser uma pessoa com limites, “presa” numa cadeira de rodas. Para Locke, melhor seria ficar preso numa ilha, mas com as duas pernas. Da terceira temporada em diante, outros fatores de tensão foram sendo apresentados. De o dilema sair ou não da ilha, passamos para o: defender ou não a ilha de novos invasores?

Para os Others a ilha é algo sagrado, que deve ser preservado a todo custo e cujo solo é aguardado por um enviado. Esse tipo de dogma toma forma na fala de Ben, que em diversos momentos dá a entender


que Locke teria uma missão a cumprir na ilha. De fato, vemos que desde a infância Locke é um ser acompanhado por pessoas estranhas. Sua chegada a ilha despertou a atenção dos Others e os fez suspeitar que fosse ele o tal “escolhido”. Por isso, foi proposto a ele o assassinato do próprio pai como prova de predestinação. Seria Locke o “enviado dos céus”? Locke não teve a frieza necessária para tanto, mas com a ajuda de Richard que indicou Sawier para a missão, o pai de Locke foi morto e, aos olhos dos Others, a prova havia sido cumprida. O sacrifício de um parente como prova de predestinação dos deuses já foi usada muito antes de Lost. No Antigo testamento Javé pede a Abraão que sacrifique seu filho, como prova de amor. Abraão chegou a levar seu filho ao altar para o sacrifício, mas na hora que a mão de Abraão ia com a lâmina de encontro ao filho, um anjo teria detido o golpe. Assim, Deus provou seu servo e ainda impediu uma tragédia. O fato é quem no inconsciente coletivo, o transcendente sempre nos cobra um “sacrifício”. E este sacrifício traz consigo a assinatura do crente, a ratificar sua adesão à fé. Assim, defender a ilha com a própria vida deixa de ser uma questão racional e se torna uma questão de fé.

empecilho para isso.Visto neste ângulo, Ben agrega em si o mito de um chefe de religião. É ao mesmo tempo, sacerdote, rei e profeta. Lidera, tem o poder e um inimigo a ser combatido, como todas as principais religiões do mundo. Com o sumiço mágico da ilha, diante de todos, fica para a próxima temporada a espera por novas pistas sobre o de fato é a ilha. Se para a Dharma é uma região com propriedades desconhecidas a serem estudadas, para Ben e os seus seguidores a ilha é algo transcendente, cultuada e pela qual vale entregar a própria vida. Mas não é claro até que ponto Ben está comprometido. Ele já entregou a vida de muitos pela ilha, inclusive a de sua própria filha. Só não sabemos se ele estaria disposto a abdicar da própria. Por isso, ainda é um crente obtuso.

Jack é o messias da razão. Com seus conhecimentos em medicina, sua tenacidade e seu espírito de liderança, procura com todas as forças conduzir seu rebanho para terra firme. Locke é o messias da fé. Acredita cegamente que na ilha tudo tem um

Desde o momento em que o jovem Ben Linus comete o morticínio de todos da Iniciativa Dharma e assume o comando ao lado os nativos da ilha, fica subentendido que Ben passa a crer em algo sobrenatural, a ver com aquela ilha. Ele crê nisso e sua fé o motiva a fazer tamanha barbárie. Ao mesmo tempo, a crença na ilha lhe traz inimigos e poder. Quem mais crê, mais é venerado pelos que seguem a mesma doutrina. Assim são os budas, os papas, os santos. E junto com esta notoriedade, quase que como uma conseqüência, vem junto o poder sobre as massas e também os inimigos. Como o grupo do Wildmore, que quer a ilha e seus segredos para si e vê em Ben um

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“por que”, e segue cegamente as interpretações que concebe sobre os fatos e também aquelas apresentadas por Ben. Tanto num extremo, como no outro, o erro atroz é o mesmo: a radicalidade. Todas as vezes que optamos por uma verdade drástica e irrevogável corremos o risco de nos decepcionarmos mais a frente com elas. E se nossa vida toda está cimentada nesta verdade, a desilusão com esta pode ser fatal. No futuro, vemos um Jack viciado em remédios, drogado em plena luz do dia, possuído qual um endemoniado, pelo sentimento de culpa de ter abandonado a ilha e deixado amigos para trás. Decepção similar aconteceu com Locke quando, ainda descrente, quebrou o computador vigiado por Mr Eko no qual eram digitados os bad numbers. Assim que a ilha entrou em colapso, veio o remorso por ter tomado aquela atitude radical. Outro momento que me toca muito na série foi a morte desnecessária de Charlie. Ele poderia perfeitamente ter saído daquela sala que era tomada pela água, trancar a escotilha e fugir com Desmont. Mas ficou latente na mente de Charlie aquela “previsão” do amigo, que dizia que, com sua ajuda, todos seriam resgatados, mas o preço seria sua morte. É bem provável que Charlie tenha morrido à toa. Até mesmo porque o resgate não aconteceu como o esperado. E o fato de ter morrido em nada mudou o rumo dos acontecimentos. Nestes fatos citados, podemos ver como a confiança radical numa determinada fé pode ser fatal. E da mesma forma, a confiança total na razão também pode ser estopim para o mesmo fim.

O ser humano nasceu dotado destas duas faculdades. A capacidade de racionalizar a realidade a partir da lógica e assim, prever com (certa margem de desvio) os acontecimentos futuros com base na causa e efeito. Mas

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como somos imperfeitos, se tivéssemos evoluído embasados unicamente na razão, jamais teríamos chegado até aqui. Pois a razão não estimula o ser humano à sua catarse máxima. Eis o grande segredo: não se vai para frente sem ter a fé, que é a crença naquilo que não se vê pelo puro raciocínio. Um candidato a concurso público, cuja vaga pretendida apresenta uma proporção de 1000 candidatos por vaga, incorre no sentimento de apatia diante da tal prova ao mensurar suas reais possibilidades. É aí que entra o ingrediente decisivo da fé: pode ser uma chance em mil, mas é uma chance. Então o candidato poderá se matar de estudar, como meio de se diferenciar entre os outros concorrentes. E num mundo onde todo mundo é “mais ou menos” dos mil candidatos por vaga, quantos será que realmente estudarão, com fé na possibilidade? Talvez menos que 20%. Então, a fé em que aquela vaga pode SIM ser sua, levou o candidato a lutar com os meios que dispunha até elevar sua margem de possibilidades de 1000/1 para 200/1. Ou seja, neste caso, a fé potencializa a razão. Se Jack tivesse os olhos mais abertos ao fato de que a ilha realmente apresenta propriedades inexplicáveis, talvez já tivesse usado isso a favor do seu grupo antes. Mas a descrença cegou-o de tal modo que Jack jamais parou para pensar no que se passa ou “como” se passa boa parte dos mistérios que acontecem por lá. Se a razão é uma análise das possibilidades, mensurando a margem de erro e acerto, a fé é o impulso para se lutar por uma dessas possibilidades. Aquela cuja luta traz sentido à nossa vida. O homem é capaz de fazer planos, quase sempre audaciosos. A fé é o combustível para que tudo isso aconteça. Pense nisso. Acreditar em algo e não o viver é desonesto. (Gandhi)

por Victor Darmo thundercroy@msn.com


A

única certeza que se tem durante nossa passagem por esse mundo é de que se vai morrer. Mas a causa, o motivo e a maneira como isso irá acontecer é um profundo mistério. Dotado de curiosidade acima de qualquer qualidade ou defeito, o homem sempre procurou respostas para tudo que acontece ao seu redor. Buscar informações a respeito das motivações, dos fatos e acontecimentos que levaram a causa mortis, seja na ficção, na vida real ou no imaginário popular, torna o término do ciclo da vida muito mais interessante. Indiferente se o incidente foi um afogamento, esfaqueamento ou se a criança corta os céus da cidade através de uma janela, é impossível abster-se às descobertas. Mas em LOST, qualquer suposição merece ser questionada. Qualquer prova merece ser contradita, qualquer certeza deve ser posta em dúvida. No primeiro episódio de LOST, o ca-

pela


os se instaura numa praia deserta de uma ilha qualquer no meio do pacifico. O pânico toma conta dos sobreviventes em meio a destroços do avião que há poucos minutos os transportava em total conforto e segurança. Através de Jack, ouvimos gritos de dor, de medo ou de angústia, pessoas correndo para todos os lados, mancando, presas sob partes do avião, desmaiadas, procurando alguém, ajudando a quem precisa ou simplesmente em estado de choque em meio à confusão; tudo abafado pelo som angustiante de uma turbina que se mantivera ligada, girando freneticamente, apenas respeitando a inércia. Um anúncio macabro de que algo esta por vir. De repente um homem percebe que um dos sobreviventes está prestes a ser sugado pela turbina. Esse homem é John Locke e apesar dos gestos e gritos para salvá-lo, a turbina o engole , provocando uma explosão e deixando um gostinho no ar do que irá, ou poderá acontecer. Os sobreviventes entendem que entre os destroços e dentro da fuselagem alguns corpos descansam, e não há mais o que fazer. Hurley é o primeiro a deixar bem claro o fato. Mas quem são esses felizardos que tiveram um final feliz na trama de Lost? Porque não tiveram mais uma chance em sua curta vida, e não se juntaram aos sobreviventes? Na busca pela cabine do avião, Jack, Kate e Charlie encontram mais corpos, alguns presos as poltronas próximas a cabine, e o co-piloto. (Que certamente estava sem cinto ou andando pela cabine no momento do acidente, caso contrário

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não teria sido lançado pela porta, quando esta foi aberta). Quantos sobreviventes? Pergunta o piloto a Jack, No mínimo 48. Com esse diálogo confirma-se o óbvio. Não é importante para a trama da série entender, ou saber quem são aqueles que não sobreviveram à queda. Por isso não há informações sobre eles, nem tão pouco alguém que tivesse laços maiores. Apenas uma lista de passageiros. Coloca-se um ponto final então na busca por respostas sobre o trágico fim dos passageiros do vôo 815. Com uma pequena cerimônia, é prestada uma homenagem digna de quem quer que sejam. Claire diz algumas palavras, e os corpos são cremados na praia. Esse foi o sacrifício que a ilha pediu pelo abrigo dos sobreviventes. Infelizmente o piloto do avião também não teve a sorte de conhecer a ilha. E pela primeira vez temos contato com o “Monstro-fumaça”, que os aterroriza durante boa parte da série. A partir de agora passamos a conhecer um pouco mais os sobreviventes, com a certeza pairando no ar, de quem nem todos chegaram a suas casas são e salvos. Viver numa ilha deserta por si só, prevê uma morte lenta, e impreterível. Mas a ilha se encarregará de fazer o serviço. Veremos então um breve resumo de todos que de alguma maneira foram tragados pela ilha, quem a ilha usou pra fazer esse trabalho, e as possíveis motivações que tornam cada morte imprevisível. Nos primeiros episódios, enquanto começamos a entender junto com os so-


breviventes o que está acontecendo e passamos a conhecê-los, descobrimos que há alguém entre eles, na qual não se pode confiar: Sawyer. Ele mostra toda a sua frieza impenetrável, deixando na praia um misto de alívio e assombro, ao atirar precisamente em um urso polar que estava assustando o acampamento. Obviamente todos se sentem agradecidos pela defesa inesperada que esse ilustre desconhecido oferece, mas... uma arma? De onde saiu? E porque ele não tinha contado pra ninguém? Bom, sabemos que Sawyer tem seus motivos para não confiar em ninguém. E certamente ninguém estava imaginando que ele seria o herói da ilha... Certamente que não. E logo ele mostra do que é realmente é capaz. Depois que conseguem organizar o acampamento, é hora de cuidar dos feridos. Jack usa todo o seu esforço pra salvar a vida do policial que estava no avião com Kate. Reúne medicamentos, curativos, e usa todo seu conhecimento pra aliviar a dor desse homem. Mas parece que nada que havia na fuselagem é suficiente. Mas Sawyer pode acabar com seu sofrimento. Ele grita de dor em sua barraca e deixa Sawyer muito irritado, isso o leva até ele, e com a promessa de que acabaria com o sofrimento de ambos, mira no peito e atira sem pestanejar. Jack ouve o disparo e corre pra ver o que acontece. Sawyer errou o coração. Ele sangrará até a morte, e sofrerá muito mais do que sofreria sem a ajuda de Sawyer. Mas ele não acabou com o sofrimento do policial, e sim de Kate. Agora ela estava livre. Quando tudo parece tranqüilo na ilha, algo inesperado acontece. Alguém está se afogando, e Charlie vem buscar ajuda. Jack vai atrás dele, e pula na água. Quando finalmente encontra alguém se debatendo, descobre que Boone estava tentando salvar uma mulher. Mas ela havia desaparecido. Nem os esforços desesperados de Jack foram suficientes para salvá-la. Mas quem era essa mulher? Ninguém a conhece, ninguém a viu. Só existe uma certeza, sua morte serviu pra mostrar que se eles não vivessem juntos,

morreriam sozinhos. E com essa certeza em mente Jack, acompanhado por Kate, encontra uma caverna no meio da floresta. E eles vêem ali uma chance maior de sobreviverem. Nela encontram água potável, e certamente um bom abrigo. Encontram dois corpos, ou o que restou deles, na entrada da caverna, um homem e uma mulher, que segundo o doutor estão ali há aproximadamente 40 anos. Isso prova que havia alguém na ilha, e que eles poderiam estar correndo perigo naquele lugar. Seria um aviso da ilha aos dois desavisados? O que significa as pedras encontradas na bolsa dos dois esqueletos? Jack e Kate têm coisas mais importantes pra se preocupar. Com a clara divisão do grupo, ambos os lados ficam mais vulneráveis. E a ilha não esta para brincadeira, de algum modo ela tem algo reservado pra cada um deles. E Jack também está nesse jogo. As paredes da caverna desmoronam, e o único médico da ilha está preso. Mas com a ajuda de Michael, Charlie consegue libertá-lo e libertar a si próprio. Mas a ilha reserva algo maior para Charlie. Ethan, o inimigo infiltrado, usa Claire como isca e pretende matar Charlie. Tenta enforcá-lo em uma árvore, mas Jack e Kate chegam a tempo, e o doutor deixando de lado a ciência e usando toda a sua raiva, golpeia o peito de Charlie com socos incontroláveis, até que ele volta a respirar. A ilha quer Charlie a todo custo, mas não desta vez. Kate e Sawyer encontram uma ca-

Nikky no momento que foi enterrada viva

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choeira no meio da floresta. Mergulham na água pra se refrescarem, e encontram dois corpos no fundo do lago. Os dois presos as poltronas do avião. E junto a eles Kate encontra uma maleta prata, que parecia ter algo de valor para Kate. Os dois corpos serviram como guardiões do que Kate procurava e também algo de maior valor, para outros dois personagens na trama. Enquanto Boone e Locke tentam descobrir uma maneira de abrir a escotilha, Locke o mantém prisioneiro pra descobrir suas verdadeiras motivações. Prepara uma pasta alucinógena, e a passa na cabeça de Boone. Este vê sua irmã Shannon sendo atacada pelo “Monstro fumaça”. Boone corre pra ela e a encontra ensangüentada nas pedras. É uma visão: mas seria uma alucinação provocada pela pasta de John, ou apenas mais uma armadilha da própria ilha? De qualquer maneira, essa era a motivação que Boone precisava. Ethan ameaça Charlie novamente, pede que traga Claire, ou irá matar um deles por dia. E cumpre o prometido na primeira noite. Mais um dos sobreviventes sem vínculos maiores com a trama é enterrado, e assim, nada sobre ele se mostra importante. Apenas mais um sacrifício da ilha pelas mãos de Ethan. Claire se sente culpada pelo que aconteceu, e se oferece pra servir de isca pra capturar Ethan. Quando o encontram, Jack tem uma luta ferrenha com ele. Mas antes que ele tenha tempo de dar as respostas que todos esperavam, é baleado várias vezes no peito. Por Charlie. A ilha disse que não queria que ele chegasse perto de Claire novamente. Ou foi Charlie que disse? Estava vingada a tentativa de assassinato de nosso Rock Star. Mas a primeira temporada ainda reserva algumas surpresas. Locke e Boone encontram na floresta um monomotor aterrissado em um penhasco, preso nas árvores. Locke perde momentaneamente o movimento das pernas e pede para Boone subir até lá. Encontra na cabine do avião um rádio que está funcionando, e quando ouve a

estranha mensagem, o avião despenca, com Boone e o grande segredo de Charlie. Locke recupera o movimento das pernas e leva Boone para Jack, mentindo sobre o acidente. E nosso herói faz o possível para salvá-lo, improvisa até uma transfusão de sangue com um espinho de ouriço do mar. Mas não foi possível. Com a morte de Boone é revelado ao grupo o segredo da escotilha. E todos os esforços agora se voltam para encontrar um meio de abri-la. Rousseau sabe onde encontrar dinamites. E os leva até um navio de escravos destinado a mineração, chamado Black Rock. Ele trazia uma bela carga de explosivos pra ajudar nos trabalhos. Artz o especialista em explosivos, e em insetos, os acompanha para ajudá-los a carregar a dinamite com segurança. E enquanto ele dá uma aula sobre o artefato, a dinamite explode em sua mão, fazendo-o em pedacinhos, e deixando todos cada vez mais preocupados. Felizmente o incidente não se repete. E com a explosão da porta da escotilha, chegamos ao fim da primeira temporada. Com os incidentes decorrentes dos últimos episódios da temporada anterior, inicia a segunda temporada. E o primeiro vislumbre da morte que temos nessa seqüência, se mostra quando os náufragos da balsa encontram do outro lado da ilha rostos poucos amigáveis. São capturados por quatro pessoas que acreditam que eles são responsáveis pelo massacre em seu acampamento. Ambos os grupos descobrem que são sobreviventes do vôo 815 da Oceanic Air. Michael quer encontrar seu filho Walt, e os cinco sobreviventes entre os 23 que conseguiram escapar com vida do acidente, decidem juntar se ao grupo maior para se protegerem dos ataques. Dos 23, 19 foram mortos ou capturados pelo que eles chamam de “Os Outros”. E estavam sobrevivendo como podiam escondendo-se na floresta e usando das habilidades de Ana Lucia e Sr. Eko, com a companhia de Bernard e Libby. Mas como isso acontece? Se durante todo esse tempo acompanhamos os 48 sobreviventes da outra parte do avião? Descobrimos no episódio 2-07 o que acon-


teceu com a parte de trás do avião. Caíram sobre a água próximo à praia, e o caos se instaura, simultaneamente ao que acontece na parte frontal do avião. Muitos feridos e 23 sobreviventes aguardam um resgate enquanto seu grupo vai se desmanchando um a um. “Os Outros” estão perto! No primeiro ataque, ouvimos o som de uma luta violenta, até que Ana Lucia liderando o grupo encontra Eko segurando uma pedra sob os corpos de dois estranhos. Não, eles não estão sozinhos na ilha. E enquanto tentam se conscientizar desse fato, mais três sobreviventes são levados para o interior da ilha. Eles enterram seus mortos, colhem comida e água, e fazem armas para se defenderem. Mas não serve para impedir o segundo ataque, onde as crianças são capturadas. Ana Lucia não quer saber de perder mais pessoas, persegue os raptores e mata um deles na briga. Nele descobre uma lista com os nomes de todos os que já foram levados e uma descrição de cada um deles. Isso leva a crer que há um espião entre eles. As pistas apontam pra Natham, ela o interroga dentro de um buraco, mas não descobre nada. Então Goodwin aparece para tirá-lo de sua prisão, apenas para entregá-lo a ilha. Goodwin conta pra Ana Lucia o que está acontecendo, eles levam primeiro os mais fortes, as pessoas boas, e por último as crianças. E admitiu ter matado Natham porque sabia que Ana Lucia descobriria tudo em breve. Inicia uma luta, e mais uma vez Ana Lucia sai vencedora, deixando Goodwin cravado em sua lança. Ana Lucia com duas mortes nas costas desaba e é consolada por Eko. Mas a ilha não tem piedade, e os usa para conseguir o que quer.

Os dois lados do avião se encontram, e em Lost, a tragédia parece estar sempre anunciada. Shannon está correndo na floresta sozinha com Saiyd em seu encalço, quando os encontra e é morta por um tiro certeiro. Saiyd não entende que Shannon não servia mais para a ilha e fica desconsolado. A trama se desenrola na escotilha, e com os quatro sobreviventes se integrando ao grupo. Até que Rousseau faz um prisioneiro no meio da floresta e o entrega aos sobreviventes do vôo para que decidam o que fazer com ele. Ele diz se chamar Henry Gale e afirma que não é um deles. Os interrogatórios continuam, um a um, até que ele admite a Saiyd que é um dos outros, mas que eles o matariam se contasse algo. Michael está ferido na escotilha, Ana Lucia quer desesperadamente uma arma, Locke está aflito por estar preso naquela escotilha com aqueles malditos números. Nesse clima, Henry foge, e Michael atira em si mesmo, para por a culpa em Henry, deixa Ana Lucia morta e Libby gravemente ferida. Mas nem Jack é capaz de trazer de volta o que a ilha quer levar. E assim com sentimento de revolta e vingança entre todos, que só a ilha é capaz de proporcionar, chegamos ao fim da segunda temporada. Saiyd encontra um barco a velas, e quer dar a volta na ilha pra surpreender os outros. Leva consigo Jin e Sun. Enquanto estão na praia preparando uma fogueira para chamar a atenção deles, Sun aguarda no barco. E é surpreendida por um ataque. Para se defender atira em uma deles, deixando a gravemente ferida. Os outros levam o barco e deixam os três na ilha. Jack, Kate e Sawyer são capturados pelos outros, por

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motivos ainda desconhecidos. Juliet pede ajuda a Jack que tente salvar Colleen, a mulher na qual Sun atirou. Ele reluta, mas aceita. Porém não consegue salvar a vida dela. Mas Jack esta habituado a ter a vida de outras pessoas em suas mãos, e as perde-las. E a ilha sabe disso. No meio da floresta Eko está inconsciente, foi atacado pelo “Monstro fumaça”, que o agarra e joga seu corpo contra as arvores. Quando Locke o encontra, Eko deixa bem claro que: “Vocês serão os próximos” E Charlie... A ilha o quer, e não irá desistir tão fácil. Mas não contava com as premonições de Desmond, que o salvou de um raio, de um afogamento, e de bater a cabeça nas pedras. Mas o próprio Desmond sabe que não conseguirá salvalo, é o seu destino. E o destino de Charlie é sucumbir à ilha. Hurley e Jin encontram mais um corpo na ilha. Mas isso não os surpreende mais, parece que aprenderam a lidar com a morte... Tem um uniforme da iniciativa Dharma, e seu nome é Roger. Descobrimos através de um flashback que Benjamin Linus, o falso Henry Gale, seu filho o exterminou dentro da Kombi onde eles o encontraram. E a Kombi serve para darlhes uma esperança de que coisas boas irão acontecer. Doce ilusão... Kate, Locke e Sayid encontram a estação Flame, e nela Mikhail. Tentam interrogá-lo e enquanto Kate e Sayid revistam a casa, Mikhail faz Locke de refém, e a Sra. Klug que atacou Kate, é feita de refém por eles. Temos um impasse, um refém pelo outro. Mas Mikhail resolve o problema. Atira no peito da Sra. Klug, e quando tenta suicídio, Sayid o impede. Ele pode ser útil. Mas a ilha tem outros planos pra ele. Andando pela selva, com Rousseau no grupo, os cinco encontram uma linha de pilares de concreto. Sayid alerta para o perigo, e Mikhail afirma que eles não funcionam. É o limite dos outros. Locke empurra Mikhail entre os pilares. Ele se contorce, seus olhos reviram, e cai morto(?) deixando todos impressionados. A história continua enquanto

A misteriosa morte de John Locke descobrimos pontos importantes sobre a ilha, sobre Ben, sobre Jack. Mas no acampamento algo estranho acontece. Nikki, a “stripper” corre, enterra algo, corre até o acampamento e cai "morta" em frente a Hurley e Sawyer. Começam a investigar e descobrem Paulo, o namorado de Nikki "morto" na floresta. As únicas pistas que aparecem são a coleção de insetos do doutor Artz. Mas o relacionamento dos dois não ia bem, por causa de um saquinho cheio de diamantes. Nikki pega uma aranha da coleção de Artz e a joga contra Paulo, que é picado por ela. Mas em seguida Nikki também sofre as conseqüências. Infelizmente ninguém desconfia que o veneno da aranha é capaz apenas de paralisar a pessoa por algumas horas. E os dois são enterrados vivos, junto com os diamantes. Desmond vê novamente a morte chegando pra Charlie, e esta disposto a deixar acontecer, se disso depender o resgate. Encontram na floresta uma mulher pendurada, presa por uma árvore com um pára-quedas. Ela tem um galho preso no peito. O que fazer para salvá-la? Enquanto decidem, Mikhail aparece entre as árvores, e eles o capturam. Mas ele oferece seus serviços de ex-médico do exército para salvá-la em troca de sua liberdade. Quando ela acorda, revela seu nome: Naomi. E quando eles contam que são sobreviventes do vôo 815 ela lhes revela algo surpreendente: o vôo 815 foi encontrado e não haviam sobreviventes. Eles estavam todos mortos. Enquanto isso Locke conta a Sawyer que capturou Ben e pede a ele


que o mate. Leva Sawyer até o Black Rock, e o tranca numa sala com um homem com um capus na cabeça, Anthony Coopper o pai de Locke. Sawyer descobre que eles têm algo em comum: o apelido Sawyer. Diante desse fato, ele descobre que foi ele quem acabou com sua vida. Usa uma corrente para enforcá-lo e o mata. No ultimo episódio da 3ª temporada quatro mortes. Quando Naomi esta prestes a conseguir a conexão através do transmissor, cai morta, com uma faca nas costas. Locke a matou. Realmente ele não quer sair da ilha. E Charlie tentando descobrir mais informações na estação Espelho e um meio de fuga, encontra Bonnie e Greta. Elas o mantém amarrados. Mikhail aparece e atira em ambas seguindo ordens de Ben. Desmond aparece e atira no peito de Mikhail. Mikhail consegue escapar mais uma vez da morte e coloca uma granada na janela da sala onde está Charlie, o que a deixa completamente inundada. Charlie esta preso na sala de controle tem informações importantes sobre o resgate, mas a única coisa que consegue dizer pra Desmond é “Não é o barco da Penny”. Charlie está se afogando, faz o sinal da cruz e morre. E assim chegamos ao fim da terceira temporada. Muitas surpresas nos reservam na quarta e até então última temporada de Lost. Naomi, não morreu com o ataque de Locke. Arrasta-se até a floresta, e quando Kate vai atrás dela, rende Kate com uma faca para pegar o telefone de volta. Mas não resiste e deixa um código para seus subordinados.

Ao invés de encontrarmos as respostas que esperamos, as perguntas aumentam, e as dúvidas também. Durante a temporada, novos personagens aparecem como uma possibilidade de resgate, e como uma esperança de sair dali. Bom, chegou a hora de Rousseau, Alex e Karl. A ilha também os quer. Eles param para descansar. De repente Karl é atingido. Ele cai, morto. Eles estão sendo atacados! Rousseau diz a Alex que a ama, pede que ela levante corra. Mas, antes de qualquer ação Rousseau é atingida e cai morta. Alex grita para salvar sua vida e pede que parem de atirar. Eles usam Alex para atingir Ben, e como ele não cooperou, Alex é morta em sua frente por Keamy. Mas Ben se vinga acerta-a por trás com uma pancada, e a esfaqueia no peito com fúria. E enquanto mais surpresas são esperadas, e apesar dos esforços de nossos heróis, o navio explode, deixando como vítimas Michael e Jin. E para finalizar com chave de ouro, descobrimos que John Locke está no velório junto com Jack. Dentro do caixão. As respostas ainda são esperadas. Mas uma certeza temos. Cada episódio, cada cena, mostra acontecimentos que desencadeiam uma série de outros. E assim, as mortes se tornam pontos chaves para a trama de Lost. A ilha precisa deles como precisamos de ar para respirar.

por Vagner Wojcickoski vgw@hotmail.com

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A PÉROLA


Dr. Dr.Mark Wickmund (Ep.Orientation)

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lá. Eu sou o Dr.Mark Wickmund e esse é o seu filme de orientação para a Estação 5 da Iniciativa Dharma. Estação 5 ou A Pérola, é uma estação de monitoramento onde as atividades dos participantes dos projetos da Iniciativa Dhama podem ser observadas e registradas; não só para a posterioridade como para a Iniciativa com um todo. Como a própria Karen DeGroot escreveu ‘Uma observação cuidadosa é a única chave para a verdade e a completo conhecimento’. Sua estada na Pérola durará três semanas e durante esse tempo, você e seu parceiro vão observar um experimento psicológico em progresso. Sua tarefa é observar parceiros em uma outra estação na ilha. Esses parceiros não saberão que estão sendo observados ou que são objetos de uma experiência. Trabalhando em turnos de oito horas, você e seu parceiro irão escrever tudo o que virem nos cadernos que lhes damos. Qual é a natureza desse experimento, vocês se perguntam. O que fazem essas pessoas acreditarem que elas estão lutando para completar suas tarefas? Você como observador não precisa saber. Tudo o que precisam saber é que os observados pensam que sua tarefa é da maior importância. Se lembrem, tudo o que ocorrer, não importa

qual minuto ou impotancia tiver, deve ser relatado. Quando um caderno estiver cheio, com os frutos de sua observação, coloque-o nos containers que lhes damos. Então, coloque o container no tubo pneumático e- pronto! Ele será levado diretamente até nós. No final de seu turno de oito horas vá até a Barca Pala que irá levá-lo até as barracas para você se preparar para seu próximo* (?)...em nome dos DeGroots, Alvar Hanso, e todos nós da Iniciativa Dharmaobrigado. Namaste e boa sorte.

Esse é a transcrição do vídeo de orientação da estação A Pérola a quinta estação das 6 criadas pelas Iniciativa Dharma, ela foi descoberta primeiramente por Paulo e mais tarde por Locke e Mr. Eko, de acordo com seu próprio vídeo de orientação sua função era monitorar a estação O Cisne e as outras estações por meio de câmeras escondidas. Uma primeira análise da estação pode levar a pensar em estudos psicológicos, mas a descoberta de uma câmera escondida na propria Pérola leva a pensar que os residentes da estação também são objetos de estudo. Um fato curioso que difere essa estação das outras é de ser a única a ter um vídeo de orientação gravado em uma fita U-matic.

por Alice Ferreira alice_tga@hotmail.com

Fita do vídeo de orientação da estacão Pérola

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oa tarde senhoras e senhores passageiros, são 14 horas e 15 minutos, dia 24 de setembro de 2004. A decolagem será iniciada em alguns instantes, em nome da Oceanic peço a atenção dos senhores para este breve vídeo sobre a nossa história. "Bem Vindos a Oceanic Airlines. 1974 - Onde tudo teve início A história começa em 1974 quando a Oceanic é fundada. Nosso Presidente Michael Orteig então, declara oficialmente o início de nossas atividades no Aeroporto Internacional de Sydney. Prestando serviço a várias localidades entre elas Seoul, Londres, Costa Rica, Los Angeles e Sydney.A companhia atua cerca de 25 anos, atendendo no mais alto padrão e proporcionando o melhor nível de serviços durante seu voo. Nossos funcionários são treinados e altamente qualificados para atendê-lo da melhor maneira, visando o conforto e bem estar de nossos clientes. Desejamos a você uma boa viagem, e que voe sempre conosco. A Oceanic Airlines, e Michael Orteig agradecem." "Senhoras e senhores, o comandante Seth Norris e sua tripulação, formada pelas comissárias, Cindy, Sonya, Michelle e pelos comissários JD e Hunter, lhes dão as boas vindas a bordo do Boeing 777, estamos dando inicio ao vôo 815 com destino Los Angeles.


Durante a decolagem, o encosto de sua poltrona deverá estar na posição vertical, sua mesinha fechada e travada. Em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente, puxe a máscara para liberação do fluxo, coloque-a no seu rosto, ajuste o elástico em volta da sua cabeça e respire normalmente. Se estiver acompanhado de uma criança ou alguém que necessite de ajuda, coloque sua máscara primeiro antes de auxiliá-lo. Luzes de emergência ao longo da cabine indicarão 2 portas na parte dianteira, 4 saídas sobre as asas e duas portas na parte traseira. Os cintos deverão estar afivelados sempre que os avisos estiverem acesos ou enquanto permanecerem sentados. Para afivelar os cintos una as pontas, puxe a lateral para ajustar, para soltar levante a parte superior da fivela. Cartões com instruções detalhadas de segurança encontram-se nas poltronas à sua frente. Lembramos que os acentos de suas poltronas são flutuantes, em caso de pouso na água, retire-os o mais rápido possível para fora da aeronave. Por determinação judicial, está proibido o fumo à bordo e seu aparelho celular ou qualquer outro aparelho eletrônico que possa emitir ondas deverão estar desligados durante todo o vôo. Sejam bem vindos a bordo e tenham todos um bom vôo, obrigado!!!"

Sei que estas palavras definitivamente não foram as últimas para alguns dos passageiros do voo Oceanic 815. Eu devia estar lá, pilotando a aeronave, mas acabei sendo substituído, acho que pelo meu "mau comportamento". Meu nome é Frank Lapidus. Hoje é dia 10/01/2005, e acabei de me despedir do Doutor e dos outros sobreviventes. Estou no barco de Penny Widmore, a filha do meu ex-patrão, e olhando um pouco para trás ainda me pergunto o que há por trás do acidente do 815 e qual a relação da Ilha com os Widmore. Lembro-me como se fosse ontem. Fui substítuido por Seth, grande amigo meu, e o melhor piloto que conheci, depois de mim é claro. O 815 decolou e no dia seguinte já estava na TV e em todos os jornais a notícia do desaparecimento do Boeing 777. "Familiares dos passageiros do voo 815 descobrem desaparecimento do avião nos portões de desembarque." Fiquei surpreso e ao mesmo tempo preocupado. Sendo um piloto experiente e conhecendo os 777, confesso que fiquei pasmo de pensar na possibilidade de queda, já que esse modelo suporta grandes níves de turbulência, e por saber que o único incidente envolvendo este tipo foi algum tipo de pouso forçado. Mas o que me deixou preocupado e foi o fato de

Avião da Oceanic no episódio 'Lockdown'

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Avião da Oceanic mostrado no filme Momento Crítico Seth estar pilotando a aeronave, ficou muito apreensiva, e esperávamos que ele estivesse vivo em algum lugar. Mas depois de algum tempo, nossas esperanças foram se esgotando, ainda mais com a declaração oficial da Oceanic. "Estamos conduzindo a operação de busca mais longa da história da companhia, e é com grande pesar que declaramos: nenhum vestígio do 815 foi encontrado ainda.Estamos deixando a operação temporariamente."

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Daipra frente tudo se tornou um grande circo da mídia: parentes dos passageiros em protesto juntamente com vários funcionários da Oceanic, e até mesmo o principal técnico de TI Sam Thomas, que pediu demissão. O estranho foi repentinamente a Oceanic abandonar as buscas, acidentes aéreos nos oceanos costumam levar tempo para serem descobertos.Não estávamos nem pedindo pelo resgate dos corpos, mas apenas para encontrar o maldito avião! Pelo amor de Deus! E alegar que a Companhia vai encerrar suas atividades devido aos situação financeira causada pelo acidente do 815 não me soaram como pura verdade. Afinal de contas, uma Companhia Aérea com 25 anos não fecha do dia para, ainda mais a Oceanic que é reconhecida mundialmente pelos serviços bem prestados. Pode me chamar de Rei das Conspirações mais foi a partir deste ponto que comecei a suspeitar que havia algo grande por trás da cortina. Mais engraçado ainda, foi que poucos dias depois essa declaração, pesquisadores de um grupo chamado Grupo Maxwell, a bordo de um navio que supostamente estava procurando um navio de escravos chamado Black Rock encontrou o 815 na Fossa de Sunda. Como um pequeno grupo de pesquisadores em poucos dias repentinamente encontra os destroços, e a Oceanic, com todos os recursos investidos além de não encontrar, fecham? Era quase como se o avião tivesse aparecido ali e por mera coincidência, a pro-

fundidade era tão grande que os corpos nunca poderiam ser retirados dali. Mas ao assitir imagens dos destroços no noticiário enquando a CBW NEWS declarava todos os 324 passageiros mortos juntamente com a história, antes que pudesse finalmente desejar a Seth que descansasse em paz, vi que o corpo que supostamente pertencia a ele não tinha a aliança. Foi o momento que eu soube que aquele não era Seth, e sim uma grande armação. pois ele casou aos 19 anos com sua namoradinha de colegial e nunca tirava aquele anel do dedo. Cheguei a pensar que tudo tinha sido feito pelo governo ou até mesmo pela Oceanic por algum motivo misterioso. Telefonei para a Agência Nacional de Segurança nos transportes, e informei que tinha absoluta certeza que aquele não era o Piloto. "A Oceanic reabre os portões oficialmente!" Pensei: mas que diabos está acontecendo? A Oceanic deve estar sendo manipulada por alguma grande empresa ou alguém que tem grande interesse em algo nesse voo. Pouco tempo depois recebi um telefonema, sendo recrutado para viajar em um cargueiro até uma ilha no Pacífico Sul e transportar cientistas para a Ilha. A expedição era financiada por Charles Widmore, que parecia acreditar que aquele não era o voo 815, e que ainda podiam existir


alguns sobreviventes. Já no cargueiro as coisas começaram a ficar estranhas. Por várias vezes vi Keamy e Omar atirando com suas metralhadoras e comecei a pensar o porque exmilitares viajavam conosco. Comentei até com Kevin Johnson sore minha teoria, e ele parecia de certo acreditar em mim. Fui para a Ilha transportar Miles, Faraday e Charllote, encontrei sobreviventes e fiquei esperançoso em reencontrar Seth, mas fiquei sabendo que ele já havia passado dessa para melhor. Pelo menos a verdade finalmente foi esclarecida. Dai pra frente as coisas começaram a tomar um rumo diferente. Levava Sayid e seu amigo Desmond para o cargueiro, quando Des surtou e parecia ter contraído a mesma "coisa" que Minkowsky pegou. Mas ele melhorou após de um tempo, já Minkowsky acabou falecendo e Regina também enlouqueceu e suicidou-se. O Capitão Gault foi traído por Keamy e seus homens, fui obrigado a transportá-lo até a Ilha, onde eles arrasaram com parte dos sobreviventes e onde descobri que o objetivo real da expedição era trazer um homem chamado Benjamin Linus para Charles Widmore. A importância dele para Widmore não sei, mas sinto que eles tem problemas que não foram solucionados entre eles no passado. Transportei Jack, Kate e o bebê, Sawyer, Hugo e Sayid para o navio, mas por um vazamento de combustível, Sawyer sacrificou seu resgate pelo resto do grtupo, pulando do helicóptero para aliviar o peso. Mas descobrimos que no navio havia toneladas de C4 que explodiriam em alguns minutos. Então pegamos Desmond,abastecemos o quanto pudemos e voamos depressa. Infelizmente o cara coreano, marido de Sun ficou no navio na hora da explosão, fiquei triste pela moça, mas

não havia como voltar já que tinhamos pouco combustivel. A solução era, pousar novamente na Ilha e achar um meio de sair dali, ou encontrar algum combustível. Agora vêm a pior parte: A poucos quilômetros vimos um clarão e a Ilha simplesmente desapareceu! Diante de nossos olhos! E olhe que não tinha nem bebido tanto assim naquele dia! O helicoptero caiu no mar e fomos resgatados por Penny, filha de Charles Widmore. Conversamos todos, e os sobreviventes resolveram pegarum bote pra chegar a outra Ilha e inventar uma história completamente diferente do que eles viveram, e Desmond prometeu não deixar Widmore encontrá-lo. Então aqui estou, no barco de Penny, escrevendo tudo isto neste papel para que saibam: Oceanic, Charles Widmore e Os Sobreviventes ainda estão lá fora, temo que alguém me encontrem e façam perguntas demais, ou que eu seja torturado por alguns capangas para dar a localização da Ilha ou algo do tipo de filmes de gangsters. Após ler essas anotações, tire suas conclusões e veja se a Oceanic não é uma grande corporação manipulada e ao mesmo tempo manipuladora?! Oceanic. É a empresa intermediária nessa guerra de titãs. Se você encontrar essa nota, é porque fui apagado, ou deixei ela cair em algum lugar mesmo. Daí fica a seu critério desvendar o mistério e a acreditar ou não nas palavras desse velho piloto bebado. Frank Lapidus, Rei das Conspirações

por Thiago Lima ts-lima@hotmail.com

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