O átrio, o nosso objeto de projeto, é um local transitório, um local de passagem entre o exterior do edifício 4 da faculdade e o seu interior, as salas de aula e as casas de banho. O objetivo do programa seria transformar este local, antes de mais, num café, mas também num lugar diferente, que pudesse interagir de forma mais pessoal e direta com o utilizador. A minha ideia base foi realçar uma das características deste local de passagem, tornando-o num “limbo”, num espaço que embora tenha que existir, não existe. Um local onde as pessoas possam divagar e explorar, perderem-se e encontrarem-se. Porque só nos encontramos quando nos perdemos. O meu átrio é composto por formas verticais opacas, paredes que formam um labirinto onde os utilizadores ao explorarem, encontraram alguns locais de consolo onde podem sentar e conviver. No centro desta desordem nasce uma pequena copa, iluminada pelas claraboias existentes, onde os utilizadores possam usar as várias máquinas de venda automáticas e micro-ondas. O que pretendi foi criar um local efémero, pontual e provocador o suficiente para alterar rotinas viciadas e provocar uma vontade de transformar, de ir contra e de arriscar. As vontades mais importantes que considero que um projetista necessita de ter.