BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC - SANTO AMARO

BACHARELADO ARQUITETURA E URBANISMO

MICHAEL VINICIUS DE LIMA

ORIENTADOR: Prof. Ms. MAURICIO PETROSINO

BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SÃO PAULO 2020


MICHAEL VINICIUS DE LIMA

BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

Trabalho de conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, da Unidade Centro Universitário Senac - Santo Amaro - Senac. Orientador: Prof. Ms. MAURICIO PETROSINO

SÃO PAULO 2020


FOLHA DE APROVAÇÃO

BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR Por MICHAEL VINICIUS DE LIMA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário Senac - Santo Amaro, defendido e aprovado em ___ de Dezembro de 2020, pela seguinte banca de avaliação:

_________________________________________ Prof. Orientador –Ms. MAURICIO PETROSINO

____________________________________ Prof.

_____________________________________ Prof.


AGRADECIMENTOS

Aos professores do curso de Arquitetura e Urbanismo que me forneceram todas as bases necessárias para a realização deste trabalho, compartilhando de seu conhecimento, dedicando e tempo, a fim de formar novos profissionais a está área que considero grandiosa. Assim como a coordenadora do curso, Valério Cassia dos Santos Fialho, por toda sua paciência e bondade demostrada nesses passados cinco anos. Aos Arquitetos que trabalho que contribuíram de forma direta com o conhecimento que hoje tenho através dos ótimos projetos que tive o prazer de participar. E por fim, e mais importante, a Jeová Deus que é a fonte de nossa sabedoria.

Dedico este trabalho a minha família - pais, esposa, filha e irmão, que serviram de base para que eu pudesse passar por esses cinco anos de estudo. E que são o combustível que me faz levantar todos os dias a fim de querer dar meu melhor.


RESUMO

ABSTRACT

O tema Bioarquitetura se tem feito cada dia mais presente dentro do campo da arquitetura. As construções que empregam seus conceitos, oferecem uma infinidade de benefícios econômicos, social e ambiental. Com isso, tendo em vista a sua importância, o presente trabalho aplicou seus conceitos, métodos e materiais para o desenvolvimento de um projeto de arquitetura residencial unifamiliar. Através da revisão bibliográfica buscou-se conceituar, o que ela é, seus benefícios, demanda, qual sua importância, características, materiais utilizados e aplicação no cenário nacional e internacional. Com o terreno e programa definidos, foi iniciado os estudos específicos do local da edificação, analisando minuciosamente todos os possíveis sistemas construtivos sustentáveis que poderiam ser adotados, dando primazia para os materiais já existentes na região. A fim de preservar os elementos naturais do terreno, foi feito o mapeamento das arvores. Em seguida, analisado os elementos climáticos para o conforto da edificação. Contudo, pode-se chegar a um projeto que promoveu de forma consciente as alterações em seu entorno, conseguindo atender as necessidades de habitação e uso para o homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, seguindo o tripé da sustentabilidade - Ambiental, Social e Econômico.

The theme Bioarquitetura has done each day more present within the field of architecture. The constructions that employ its concepts, offer a myriad of benefits of economic, social and environmental. With this in view of its importance, the present study applied its concepts, methods and materials for the development of a residential architecture design unifamiliar. Through the bibliographic revision we sought to conceptualize, what it is, its benefits, demand, which its importance, features, materials used and implementation at the national and international scene. With the terrain and defined program was initiated the studies specific to the location of the building, thoroughly analyzing all possible sustainable building systems that could be adopted, giving primacy to the materials already existing in the region. In order to preserve the natural elements of the land, it was done the mapping of the trees. Then analyzed the climatic elements for the comfort of the building. However, you can get to a project that promoted so aware of changes in your surroundings, managing to meet the needs of housing and use for the modern man, preserving the environment and natural resources, following the tripod of sustainability - Environmental, Social and Economic.

Palavras-chave: Bioarquitetura, ambiental, sustentabilidade, unifamiliar.

Keywords: Bioarchitecture, environmental, sustainability, single family.


SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7 1.1. 1.2. 1.3

Objetivo geral................................................................................................8 Justificativa. ...................................................................................................8 Metodologia...................................................................................................9

2. REFERENCIALTEÓRICO.......................................................................................9 2.1. Bioarquitetura...................................................................................9 2.1.1. Benefícios..............................................................................................10 2.1.2. Custo....................................................................................................10 2.1.3. Ecologia.................................................................................10 2.1.4. Eficiência................................................................................................11 2.1.3.1. Uso da água...............................................................................................11 2.1.3.2. Captação água da chuva........................................................................15 2.1.3.3. Energia e atmosfera..................................................................................17 2.1.3.4. Lixo........................................................................................................18 2.1.3.4.1. Resíduos da obra..............................................................................18 2.1.3.4.2. Resíduos do uso da edificação.........................................................18 2.2. Demanda.................................................................................19 2.3. Importância da Bioarquiteura....................................................................19 2.4. Princípios básicos da Bioarquiteura...................................................19 2.5. As principais características da bioarquiteura...............................20 2.6. Materiais de construção Sustentável....................................................20 2.6.1. Bioconcreto............................................................................20 2.6.2. Telhado verde...........................................................................................21 2.6.3. Tinta Ecológica..........................................................................................22 2.6.4. Replast...........................................................................................22 2.6.5. Lâmpadas LED..........................................................................................22 2.6.6. Argamassa de argila.................................................................................22 2.6.7. Taipa de pilão............................................................................................23 2.7. Conforto ambiental.....................................................................................24 2.7.1. Conforto Térmico.......................................................................................24 2.7.2. Conforto Acústico......................................................................................25 2.7.3. Conforto Lumínico.....................................................................................25 2.8. Referências Projetuais...............................................................................26 2.8.1. Projeto Responsável – Habitação Unifamiliar...................................26 2.8.2. Águas Perma Solar Firma – Habitação Unifamiliar............................27 2.822. Sede Mundial das Testemunhas de Jeová - Warwick, Nova York.............28

3. PROPOSIÇÃO...........................................................................................................31 3.1. 3.2. 3.3. 4.4. 4.5. 4.6. 4.7. 4.8. 4.9. 4.10. 4.11.

Estudodecaso..................................................................................................32 Estudo dos ventos......................................................................................36 Implantação................................................................................................42 Elevações...................................................................................................46 Plantas.......................................................................................................51 Cortes.........................................................................................................55 Hidraulica...................................................................................................54 Águas Pluviais..........................................................................................67 Esgoto........................................................................................................69 Elétrica.......................................................................................................70 Gás............................................................................................................71

4. CONCLUSÃO......................................................................................................72

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA......................................................................73


INTRODUÇÃO A concepção para Bioarquitetura, é considerar nos projetos arquitetônicos o respeito à vida e ao meio ambiente, trazendo os ideais de uma sociedade sustentável e saudável, que tenha por primícias preservar a vida do planeta em seus inúmeros ecossistemas. Fazendo uso das técnicas primitivas, onde o homem adaptava a arquitetura ao clima onde ela seria inserida, a bioarquitetura tendo por objetivo integrar as edificações ao ecossistema local, criando espaços mais vívidos, envoltos pela natureza.

“A Bioarquitetura é uma ciência comprometida com o desenvolvimento global, onde todos os processos de sua cadeia de produção são cuidadosamente analisados. De modo interdisciplinar, a evolução dessa ciência caminha de mãos dadas e colabora com o progresso de outras áreas, sejam elas sociais, econômicas, culturais, educacionais e ambientais.” (Fonte: Site Colégio de Arquitetos)

Segundo o Conselho Brasileiro de construção sustentável, a construção civil hoje, consome cerca de 75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades, e gera 80 milhões de toneladas por ano de resíduos. Além disso, a construção das edificações resulta em impactos ao ambiente que é inserida. Quase sempre, fazendo alterações no solo, na flora e tendo impactos na fauna local. Com isso, é notório a necessidade da diminuição de recursos naturais, da geração de resíduos e projetos que se integrem com o ecossistema local. Para tal, foi proposto um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de habitação e uso do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.


1.2. JUSTIFICATIVA

1.1. OBJETIVO Projetar uma residência unifamiliar, seguindo os conceitos da Bioarquitetura, estudando os seguintes aspectos: • Estudo dos conceitos da bioarquitetura. • Análise dentro dos campos: Custo, ecologia, eficiência, demanda, importância e características. • Análise dos materiais e tecnologias utilizados. • Estudo de conforto térmico, acústico e lumínico. • Estudo e análise de projetos arquitetônicos que fazem uso da bioarquitetura.

A construção civil gera grandes impactos ambientais. Segundo o site da GBC Brasil, 75% de todos os recursos naturais extraídos do planeta, são direcionados para o setor. Em âmbito nacional, de acordo com dados da Eletrobras, as edificações são responsáveis por 50% do consumo da matriz energética. O seguimento também é responsável por 40% de todo o resíduo produzido pela atividade humana e pela emissão de um terço de gases do efeito estufa com o uso de insumos, como cimento e aço. Sem contar com a queima de diesel no transporte dos materiais para os canteiros, que teríamos um aumento substancial. Além destes fatores listados, as edificações geram impactos direto no solo, fauna e flora em que são inseridas. Com isso, se mostra necessário projetar e construir de maneira sustentável. E a bioarquitetura é um ramo da arquitetura que busca minimizar os impactos ambientais gerados nesse setor. Trazendo o conceito de “que é possível, viável e necessário construir edificações utilizando tecnologias contemporâneas combinado com arquitetura vernacular que é a forma de construir pensando nos elementos climáticos, como o vento e a insolação, e utilizando os recursos naturais presentes no ambiente onde estão inseridas. Além disso, o foco não é apenas manter uma estética agradável, mas proporcionar a melhor qualidade habitacional. Portanto, é de responsabilidade dos profissionais da área de construção reverter a sedimentada imagem de vilã ambiental que carrega o segmento. A fim de diminuir os impactos causados, e seguindo dessa forma os preceitos da bioarquitetura.

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1.3. METODOLOGIA

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A fim de se atingir o objeto proposto, projeto de arquitetura residencial unifamiliar, dentro do termo bioarquitetura, em primeiro momento, foram feitas pesquisas de forma a entender amplamente seus conceitos e problemas. Para isso, foi estudado na revisão de literatura livros pertinentes ao tema, assim como sites, blogs e referencias projetuais dentro da escala proposta. Na sequência, a análise dos dados coletados, a fim de definir quais soluções encontradas na etapa anterior serão aplicadas no projeto. Por fim, a elaboração do projeto de arquitetura residencial unifamiliar, levando em conta os preceitos estudados na etapa anterior.

Abaixo teremos o contudo de estudo que foi a base para o projeto de residência unifamiliar desse trabalho de conclusão de curso, que teve por primícias os conceitos da Bioarquiteura. O projeto levou em consideração todos os itens de esutudo que segue.

2.1 BIOARQUITETURA Bioarquitetura é a arte de projetar que tem por primícias o respeito e harmonia com o ecossistema em que será inserida, não deixando de lado o conforto, beleza e funcionalidade da edificação. “O prefixo bio, que significa vida, confere a essa linha da arquitetura um DNA que a diferencia do método convencional de projetar. O profissional dessa escola busca criar edificações mais ‘vivas’ e que se assemelhem aos ambientes naturais onde estão inseridas”, define o arquiteto Márcio Holanda Cavalcante, titular do escritório Baixo Impacto Arquitetura. Ao projetar o arquiteto deve considerar o aproveitamento das características climáticas de cada região para que se tenha conforto térmico, acústico e lumínico, que é uma das diretrizes da bioarquitetura. “Outro ponto importante é priorizar os materiais naturais e aqueles produzidos regionalmente. Com isso, há redução da poluição gerada nos processos de transformação da matéria-prima e diminuição dos gases emitidos no transporte até a obra” destaca o arquiteto. Dentro do contexto Bioarquitetura, encontramos as construções ecológicas, sustentáveis e as bioclimáticas. Assim como, aquelas erguidas com base na sabedoria milenar dos povos orientais e ocidentais. “Ao criar um projeto que tenha por conceito a bioarquitetura, a escolha das “tecnologias, técnicas construtivas e materiais deixa de estar restrita à análise de aspectos técnicos e estéticos. Assim, nesse tipo de concepção, ela passa a considerar, também, todo o ciclo de vida útil e a cadeia produtiva dos materiais.” Isto é, a bioarquitetura exige que se estude minuciosamente os materiais que serão aplicados na construção e tecnologias. Levando em consideração os impactos ambientais que estes geraram a curto e longo prazo. Seu design também foge do convencional, fazendo uso de formas orgânicas e naturais. São construções que se assemelham e, em muitos casos, se misturam aos ambientes naturais onde estão inseridas.

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2.1.1 BENEFÍCIOS Se tem por inúmeras vantagens a aplicação dos conceitos da bioarquitetura na construção. Podendo ter por ponto de partida em sua construção a diminuição no uso racional de recursos naturais, na geração de resíduos, menor interferência no solo e ajuda na economia local. Na sequência, uma casa mais saudável, que não se utiliza de materiais que emitem contaminantes ao meio ambiente e usuário. Que permite a interação com a natureza que a cerca. Mais econômica, “pois tem otimização da energia comprada e produz grande parte da energia renovável que consome (como através de placas solares para aquecimento de água e geração de energia fotovoltaica), bem como do consumo de água que pode ser minimizado através de captação de água da chuva, reciclagens e reuso das águas”. 2.1.2 CUSTO Visando que o tempo médio estimado da vida útil de um edifício é 50 a 100 anos, tendo casos que podem durar mais de 60 anos sem apresentar qualquer problema. A bioarquitetura a longo prazo, sempre será mais vantajosa no âmbito custo e benefícios. Se tratando do curto prazo, período de construção, temos fatores que se mostram mais vantajosos e outros não. Segundo Marcio Holanda de Cavalcante – Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especializado em Permacultura pelo IPEC e pelo Instituto de Permacultura da Bahia em Bioconstrução pelo Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bioarquitetura Tibá - “Algumas diretrizes podem aumentar e outras reduzir os custos da obra”. Temos por exemplo, o planejamento de conforto e iluminação natural, que iram economizar com os equipamentos e infraestrutura de climatização artificial e iluminação. Em contra partida, “as instalações prediais dos sistemas de autonomia em água e energia, como reservatórios, tubulações e equipamentos, tendem a aumentar o custo inicial da obra. “Quando se pensa em sustentabilidade, é preciso planejamento para médio e longo prazo. Assim, teremos sistemas de menor consumo energético e menores custos ao longo de sua vida útil”, destaca o arquiteto. De maneira geral, o valor adicional dependerá do nível de autonomia predial de cada obra.”

Segundo GBC Brasil, na fase de construção, a arquitetura sustentável sai cerca de 5% mais cara que uma arquitetura convencional. Todavia, esse adicional é recuperado durante o uso, com a economia de água e energia-sustentável, e manutenção do edifício. 2.1.3 ECOLOGIA Fator esse primordial para o desenvolvimento de uma arquitetura sustentável. “De acordo com o Conselho Brasileiro de construção sustentável, a construção civil hoje, consome cerca de 75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades, e gera 80 milhões de toneladas por ano de resíduos. Entre os benefícios do uso da arquitetura sustentável estão a diminuição do uso racional de recursos naturais, da geração de resíduos e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Em média, com esse tipo de construção, é possível reduzir cerca de: 35% das emissões de CO2; 20% à 50% do consumo de energia; 40% à 50% do consumo de água; 50% à 80% dos resíduos gerados.” (Fonte: Site www.arquitetoleandroamaral.com)

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2.1.4 EFICIÊNCIA Este tipo de arquitetura é muito mais eficiente em todos os sentidos. Além de se preocupar com a eficiência energética e hídrica, focam também na diminuição dos desperdícios de materiais, nas distâncias que eles percorrem para chegar na obra. Para isso todas as etapas da obra são pensadas de forma a minimizar os impactos e diminuir os resíduos. O próprio projeto utiliza da luz natural, ventilação, da vegetação e de materiais que possuem inércia térmica como recursos para garantir que o projeto se encaixe nas exigências de um projeto sustentável.

2.1.3.1.Uso da água De acordo com o Plano de Implementação da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Johanesburgo, 2002), a água é fundamental para a paz a para sustentabilidade. A água é mais que um patrimônio da humanidade, é um elemento vital para todos os ecossistemas do planeta e sociedades humanas, devendo ser compartilhada com as gerações atuais e futuras que habitam as bacias hidrográficas e suas fronteiras. Devido ao descaso com a utilização deste incomensurável bem, corre-se o risco de não mais contar com este recurso na qualidade que propicia vida saudável, nem em quantidade suficiente para gerar riquezas e desenvolvimento. É necessário eliminar a ideia de que a água é um bem infinito e que a renovação natural e o volume dos recursos hídricos por si só têm a capacidade de autodepuração. Nessa perspectiva, a educação e a participação da população são fundamentais. O senso de comprometimento das pessoas para com os recursos hídricos passa pela compreensão do papel fundamental que a água tem para todos os seres vivos, incluindo os seres humanos. Deve-se considerar a política hídrica como instrumento básico para o desenvolvimento sustentável, bem como a necessidade de tornar essa política peça central da administração ambiental (CDMAALC, 1990). O capítulo 18 da AGENDA 21 (Programa de Ação das Nações Unidas na Cúpula da Terra), documento oficial elaborado na ECO-92 - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), cita que as atividades econômicas e sociais dependem diretamente do suprimento e da

qualidade da água, sendo essencial determinar métodos que possibilitem assegurar uma oferta de água na quantidade e qualidade adequadas. Devem ser satisfeitas as necessidades hídricas para que o país alcance um desenvolvimento sustentável, e, ao mesmo tempo, devem ser preservadas as funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas, adaptando as atividades humanas aos limites da capacidade de absorção de seus impactos pela natureza. O sistema de aproveitamento da água da chuva é considerado um sistema descentralizado de suprimento de água, cujo objetivo é de conservar os recursos hídricos, reduzindo o consumo de água potável (KOENIG, 2003). Esses sistemas captam a água da chuva que cai sobre superfícies, direcionando-as a reservatórios de armazenamento para posterior utilização. Antes do desenvolvimento dos grandes sistemas centralizados de fornecimento de água, a água da chuva era coletada através de uma infinidade de superfícies – mais comumente telhados- e armazenada em tanques no próprio local de utilização. Há muito tempo, em diversos locais ao redor do planeta, já existia a coleta e o armazenamento de águas pluviais para uso doméstico, irrigação, criação de animais e outras finalidades. Entretanto, com o advento dos grandes sistemas centralizados de tratamento e distribuição de água, e equipamentos para perfuração de poços mais baratos e eficientes, os sistemas para coleta de água da chuva acabaram menos valorizados. Um renovado interesse na coleta de água da chuva está surgindo, principalmente pelo: • O aumento dos custos econômicos e ambientais do fornecimento de água cen-

tralizado ou da perfuração de poços; • Questões relativas à saúde, com respeito às fontes de água utilizadas e o trata-

mento de águas poluídas; • Uma percepção da relação custo/benefício associada à confiabilidade da água

da chuva. Segundo o IEHAM – Instituto de Estudios del Hambre, aplicar as técnicas de coleta de água pluvial para utilizá-la posteriormente é um conceito simples. A precipitação da chuva é independente de qualquer sistema centralizado e desta forma a captação e utilização da água da chuva promove a autossuficiência e contribui para incentivar uma maior valorização deste recurso. Coletar água da chuva não significa apenas conservação dos recursos hídricos, significa também conservação de energia, já que o montante de energia necessário

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para operar um sistema de água centralizado construído para tratar e bombear água através de uma vasta rede não é utilizado. A coleta de água da chuva também contribui para minimizar a erosão local e enchentes causadas pelo escorrimento superficial de superfícies impermeabilizadas como pátios e telhados, pois parte desta água coletada é armazenada. lidade da água da chuva é influenciada pelo fato de não entrar em contato com o solo que pode ser fonte de diversos poluentes que frequentemente são despejados nas águas superficiais e que podem contaminar o lençol freático. No entanto, a qualidade da água da chuva pode ser influenciada pelo local onde ela cai, pois emissões atmosféricas industriais localizadas podem afetar sua pureza. Entretanto, períodos prolongados de estiagem proporcionam na água de chuva escoada sobre superfícies de telhados, um aumento nos valores de parâmetros como: turbidez, cor aparente, condutividade, sólidos dissolvidos e alcalinidade. Supõe se que este fenômeno ocorra devido ao aumento do acúmulo de matéria orgânica e outros poluentes sobre as superfícies das coberturas. Uma vez que a chuva entra em contato com o telhado ou outra superfície de coleta, muitas impurezas como poeira, fezes de pássaros, bactérias e outros contaminantes podem ser lavados para dentro do sistema de armazenamento. No entanto, procedimentos comuns para descartar a água dos primeiros minutos de chuva, de modo a lavar a superfície coletora e limpar a atmosfera carregada de poeira, sempre são adotados como medida de precaução. Seja qual for o tamanho do sistema de coleta de água da chuva, pode-se decompô-lo em seis componentes básicos (DUARTE, 2007): A.

Área de captação (telhado);

B.

Calhas e tubulações, para condução ao tanque de armazenamento;

C.

Filtro como telas e/ou peneiras;

D.

Cisternas ou tanques de armazenamento;

E. Sistemas prediais exclusivos para água de chuva, seja por gravidade ou através de bombas. A norma NBR 15527 Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos (ABNT, 2007), que apresenta os requisitos para aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis, aprovada em setembro de 2007, contém alguns métodos para dimensionamento de reservatório para água pluvial, são eles: Rippl, Maior período de Estiagem, Métodos empíricos (Brasileiro, Alemão e Inglês) e Simulações.

No dimensionamento do sistema de armazenamento e utilização da água da chuva é preciso considerar principalmente o volume demandado de água (vaso sanitário, gramado ou jardim, máquina de lavar roupa e lavagem de carro) de acordo com estimativas de utilização diária (litros/dia), índice pluviométrico e período de estiagem. O cálculo da superfície de captação deve conter a área de telhado de coleta da água de chuva e os níveis de precipitação estimados para a região, considerando que uma parte inicial da água coletada deve ser descartada. Nesse tipo de técnica é imprescindível que as edificações sejam dotadas de calhas e condutores verticais para o direcionamento da água da chuva do telhado ao reservatório. As calhas e condutores horizontais e verticais devem atender a ABNT NBR 10844 e devem ser observados o período de retorno escolhido, a vazão de projeto e a intensidade pluviométrica. O subdimensionamento desses componentes pode reduzir significativamente a eficiência de coleta, comprometendo o funcionamento de todo o sistema de aproveitamento de água de chuva. Além disso, para evitar a entrada de galhos, folhas e outros materiais grosseiros devem ser instalados dispositivos para remoção de detritos. Estes dispositivos podem ser, por exemplo, grades e telas que atendam a ABNT NBR 12213, sendo preferíveis os modelos auto-limpantes. Para os casos em que a água da chuva é utilizada para fins potáveis, recomenda-se a realização de processos de tratamento mais completos, como a filtração em filtros de areia ou de carvão ativado. Vasudevan e Pathak (2005) recomendam sistemas simples de filtração, composto por pedregulho, carvão e areia, para comunidade de baixa renda. Após passar por um processo de filtração, a água da chuva a ser utilizada para fins potáveis deverá passar por uma etapa de desinfecção, a qual pode ser realizada de forma simples através da fervura ou da cloração, ou de forma mais sofisticada por radiação ultravioleta (FENDRICH & OLIYNIK, 2002). Podem-se elencar 4 fatores críticos de dimensionamento de reservatório para água de chuva: 1.

Regime de chuvas local: A média anual, distribuição destas durante o ano e a variação ano a ano serão decisivos no dimensionamento do reservatório. Altos índices pluviométricos e distribuições mais constantes das precipitações ao longo do ano permitem a utilização de menores volumes de reservação.

2.

Área de captação: A quantidade de água que poderá ser captada é função da área disponível, sendo este um dos parâmetros necessários para calculo do reservatório.

3.

Demanda: A quantidade e o tipo de demanda são fundamentais para deter-

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minar o tamanho do reservatório. Vários fatores devem ser observados: população residente, hábitos de usos e tipos de consumo aos quais será destinada a água pluvial. 4.

Nível de risco aceitável: O tipo de consumo a que será destinada a água de chuva e a existência de outras fontes para suprimento deste, implicará no grau de risco aceitável ao esvaziamento do reservatório influenciando no seu dimensionamento. Por exemplo, se instalado numa área urbana, que dispões de outras fontes seguras de abastecimento o risco aceitável será bem maior que numa área onde este é a única fonte de água disponível.

Cálculo do reservatório de descarte da precipitação inicial A NBR 15527:2007 - Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos (ABNT, 2007), recomenda-se a instalação no sistema de aproveitamento de água de chuva de um dispositivo para o descarte da água de escoamento inicial, com descarte de 2 mm da precipitação inicial, em geral. O descarte da precipitação inicial pode ser feito de maneira simples e eficiente seguindo os princípios de funcionamento: 1.

Por sistema de boia: Completado o volume do reservatório dedicado à eliminação de primeira chuva (com resíduos e sujeira), a entrada de água é vedada por uma bola flutuante e uma tampa em forma de cone e então toda água, teoricamente sem resíduos, agora é direcionada para o reservatório de armazenamento.

2.

Por extravasão: ao se completar o volume do reservatório de primeira chuva, o mesmo extravasa, fazendo com que a água passe para o reservatório de armazenamento. A diferença para o primeiro exemplo é a vedação, que neste caso não ocorre.

Na Fotografia 1 – Filtro auto-limpante para materiais grosseiros, pode-se observar um solução simples para filtrar á água da chuva ao passar pelo condutor vertical. Neste modelo, a sujeira grosseira fica retida na tela devidamente inclinada e então é descartada pelo fluxo de água.

A Figura 1 – Descarte de precipitação inicial ilustra um dispositivo de eliminação das chuvas iniciais, melhorando a qualidade da água armazenada. Neste sistema, não há a vedação completa entre a água a ser descartada e água que segue para o reservatório, funcionando assim por extravasão. Método de Rippl Este método permite dimensionar o reservatório de água de chuva de acordo com:

1. Chuva média mensal (mm) 2. Demanda constante mensal (m³) 3. Área de captação (m²) 4. Produção mensal de chuva (m³) – Coeficiente de escoamento superficial,

chuva média por mês e área de captação.

Figura 1 – Descarte de precipitação inicial Fonte: BB1 Presencial 2 Pin (2013)

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Temporizadores de Banho

São pequenos aparelhos que quando instalados ao chuveiro você pode definir um tempo padrão para os banhos, assim que o tempo se esgota o aparelho desliga o chuveiro. Pode ser uma boa alternativa para famílias grandes onde é difícil controlar o tempo de banho principalmente das crianças e adolescentes. Este é barato, fácil de encontrar e de instalação bastante simples.

Torneiras que economizam água

O arejador é um dispositivo que pode ser instalado em torneiras e ajuda consideravelmente na economia de água, chegando em níveis de 25% a 50% de água a cada uso. Ele aumenta a quantidade de ar na saída da água, e dessa forma, há a redução do volume de líquido sem perda da sensação de pressão. Outro dispositivo com essa função é o pulverizador (spray tap) de vazão constante. Ele é instalado na saída da torneira e transforma o jato de água em um feixe de pequenos jatos semelhante a um chuveirinho. O spray tap é capaz de reduzir a vazão para valores entre 0,06 litros por segundo e 0,12 l/s.

• Redutores de vazão Esses pequenos acessórios são acoplados às torneiras ou chuveiros com o objetivo de reduzir a quantidade de saída de água. Tem um impacto prático, mas será que você precisa mesmo da vazão atual das torneiras da sua casa? São baratíssimos, facilmente encontrado em qualquer loja de ferragens e você perderá apenas alguns minutos instalando-os na sua casa.

Já os restritores de vazão são pequenos anéis que podem ser instalados nas torneiras que controlam a quantidade de água. Existem kits com vazão entre seis litros e 14 litros por minutos. A instalação é muito simples: basta fechar o registro geral, desenroscar a torneira e posicionar o anel na saída de água, entre o cano e base da torneira. Reguladores de vazão ou redutores de pressão fazem sentido em locais destinados a lavagens com manuseio de peças, como cozinhas e lavabos, mas não são ideais para máquinas de lavar ou torneiras de jardim. Além dos dispositivos de controle de vazão e pressão, existem alguns que utilizam a regulação por meio de temporizador mecânico ou automático, que liberam o líquido por tempo ou volume pré-determinado.

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A torneira com sensor infravermelho é uma opção. Ela só é acionada quando as mãos são percebidas pelo sensor - o fluxo cessa quando as mão são retiradas do campo. As torneiras de fluxo determinado são muito comuns em estabelecimentos comerciais. Elas consistem em uma torneira com botão que, uma vez acionado, libera um fluxo determinado de água, fechando-se após um tempo determinado.

Muitas marcas já possuem descarga acoplada com botão de acionamento duplo, permitindo ao usuário a escolha entre dois volumes de água de descarga. O volume maior é igual ao volume útil da caixa, e o menor é igual a 50% deste volume e deve ser utilizado quando houver na bacia somente dejetos líquidos. A utilização desse simples dispositivo pode significar economia de até 75% se comparados com produtos tradicionais.

Alguns modelos de vasos com pias acopladas já estão sendo comercializados no mundo. A invenção reutiliza a água da pia para as descargas. (Fontes: Site www. ecycle.com.br | www.lopes.com.br )

• Bacias sanitárias e dispositivos de descarga A quantidade de água potável desperdiçada em descargas é absurda. Não é razoável que a mesma água utilizada para consumo humano sirva para eliminar dejetos. Apartamentos que utilizam descargas pela coluna de água podem gastar até 20 litros de água cada vez que são acionadas. Se não for viável utilizar água pluvial ou de reuso na descarga, algumas outras medidas podem ser adotadas para reduzir esse consumo. As bacias sanitárias com volume de descarga reduzido (VDR), são conjuntos caixa acoplada que funcionam com volume reduzido de água por descarga. Elas possuem volume diferente de acordo com o fabricante, país e região. No Brasil, capacidade é de seis litros, nos EUA, de nove a seis litros e na Europa, de nove a três litros.

2.2.3.1 Captação água da chuva A água da chuva é destilada e cai sem cobrar impostos. Recolher essa água que vem do céu e aproveitá-la é uma tendência forte na busca de soluções para economizar água potável. A ideia é não perder a água da chuva que cai no telhado. Se ela não for captada, vai acabar se infiltrando na terra, ou então, pode ir para o sistema de águas pluviais urbano. Se esse sistema estiver sobrecarregado, a água não captada vai aumentar o caos dos alagamentos. A água de chuva captada nos telhados não é potável porque entra em contato com impurezas por onde passa. No entanto, é boa para vários usos como descarga de vasos sanitários; lavagem de carros e calçadas ou irrigação de jardim. Em alguns casos, pode ser usada na lavagem de roupas.

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Na ilustração, temos um esquema de como fazer captação de água da chuva. A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d’água elevada. A partir da caixa d’água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar. A captação de água da chuva pode ser aplicada em residências, condomínios, prédios comerciais e industriais. Seu custo ainda é alto, mas vai se pagando aos poucos com a economia na conta de água. O consumo de água tratada em uma residência pode cair a menos da metade com a instalação de um sistema de captação de água. A captação de água pluvial traz várias vantagens para o ambiente. Primeiramente, reduz o consumo de água potável, que custa caro e agride o meio ambiente com a criação de represas, consumo de produtos químicos, etc. Em segundo lugar, a captação de água da chuva reduz o fluxo de água que corre para o sistema de águas pluviais durante as chuvas. Isso pode aliviar os transtornos com alagamentos pois a água será liberada aos poucos nos dias seguintes à chuva. O sistema de captação consome pouca energia e a maioria de seus componentes pode ser fabricada com plástico reciclado.

Outra possibilidade para a captação de água da chuva são os pisos drenantes no quintal. Eles drenam a água da chuva e assim ajudam a minimizar o acúmulo de poças e enchentes. Os pisos porosos são capazes de drenar e ela não se perde para a rua, penetrando no solo e ajudando a irrigar profundamente as plantas de seu jardim. Além disso, são antiderrapantes e podem ser utilizados em jardins, calçadas e garagens. Eles têm uma boa relação entre custo e benefício e absorvem até 90% da água sobre sua superfície. Existem pisos drenantes feitos de pneu reciclado, que podem ser utilizados em calçadas, beiras de piscina e áreas de recreação infantil. Optar por gramados em vez de cobrir tudo com cerâmicas é uma boa opção e proporciona diversos efeitos positivos. Eles evitam alagamentos, e oferecem conforto térmico, visto que as cerâmicas refletem calor para dentro da casa. (Fonte: Site www.radames.manosso.nom.br/ambiental/agua | www.ecycle. com.br/component) 2.1.3.3. Energia e atmosfera A eco eficiência energética é o um dos pilares para sustentabilidade em uma edificação. Através dela é possível diminuir de forma rápida os impactos no ambiente e tornar a manutenção do imóvel mais acessível (MINISTÉRIO DO MEIO AMBEINTE). Na certificação LEED, essa possui intuito de encorajar o uso de energia limpa e de fontes renováveis nas edificações, a utilização de equipamentos eficien-

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tes, sistemas de iluminação inteligentes, entre outros (GBC BRASIL, 2014). Dentre as formas para implantação da eco eficiência energética no edifico estão: -Aproveitamento dos recursos naturais; -Aquecimento solar da água; -Energia fotovoltaica; -Energia eólica e sistemas de equipamentos que levam a uma significativa economia de energia. Vantagens da energia solar segundo Moraes (2007): • Os recursos são inesgotáveis (energia solar); • Não prejudica a flora e a fauna nem a qualidade do ar e da água; • Não provoca inundações de grandes áreas; • Não gera ruídos; • A vida útil dos equipamentos é longa (30 anos); • Instalada diretamente no local de consumo, não requer linhas de transmissão; •

Pode ser incorporada à arquitetura;

No ponto de vista de Adam (2001) apud Michael (2001), esquematicamente existem três modos de transformar a energia solar em edifícios;

a) incorporando dispositivos bioclimáticos ao edifício: jardins de inverno e outros para aquecimento e ventilação de ambientes b) por meio de painéis coletores solares, que aproveitam a radiação solar como fonte de energia térmica, para aquecimento da água; c) uso do sistema fotovoltaico, que converte energia solar em energia elétrica por meio de painéis de captação, geralmente implantados nas coberturas e telhados dos edifícios. Os módulos fotovoltaicos são compostos por células de silício, que têm a propriedade de produzir eletricidade quando expostas à luz; mesmo em dias nublados, os módulos geram energia. 17-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


2.1.3.4. Lixo A natureza trabalha em ciclos – “nada se perde, tudo se transforma”. Animais, excrementos, folhas e todo tipo de material orgânico morto se decompõem com a ação de milhões de microrganismos decompositores, como bactérias, fungos, vermes e outros, disponibilizando os nutrientes que vão alimentar outras formas de vida. Até o início do século passado, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema. A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matérias-primas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de contaminação para o meio ambiente ou de doenças. Recentemente começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso. Precisamos, ainda, reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos mais encarar todo lixo como “resto inútil” mas, sim, como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo. (Fonte: www.mma.gov.br) 2.2.3.4.1. Resíduos da obra Alguns números alarmantes mostram que os resíduos provenientes da construção civil são um grave problema para a sociedade e podem continuar sendo se algumas medidas não forem tomadas. Segundo um artigo intitulado “Gestão de Resíduos da Construção Civil”, do professor Pedro Carlos Schenini, da Universidade Federal de Santa Catarina, a construção civil é a maior fonte geradora de lixo de toda sociedade, já que seus entulhos podem chegar a representar até 70% da massa total de resíduos sólidos urbanos de uma cidade brasileira de médio e grande porte. Clique aqui e dê sua opinião sobre esse assunto.

Tamanha geração de resíduos resulta de um dos setores que mais movimentam dinheiro no mundo e que, conseqüentemente, mais consomem matéria-prima também. Ainda segundo o professor Schenini, 66% da madeira consumida de florestas naturais – e que muitas vezes não sofrem remanejo adequado – têm como destino a construção civil. O setor também é o que mais consome recursos não-renováveis como o cobre e o zinco, cujas reservas têm estimativa de durarem apenas mais cerca de 60 anos. O professor Antônio Edésio Jungles coordena o Grupo de Gestão de Construção (GGC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que tem como objetivo exatamente estudar formas eficientes de gestão de materiais na construção civil. Segundo ele, a reciclagem é importante, porém, o melhor mesmo é estudar formas de diminuir ao máximo a geração de resíduos.Ele diz que há alguns caminhos que podem ajudar na minimização de resíduos e o consumidor consciente deve ficar atento. Com tal volume de demandas, em breve, o mundo não terá mais como sustentar tamanha farra de uso de recursos e geração de lixo. Pior do que isso, as construções podem ficar cada vez mais caras e inacessíveis à população de baixa renda. As alternativas para esse problema não são simples, mas o consumidor consciente pode ajudar, adotando algumas medidas relativamente simples para minimizar os resíduos de sua construção. O primeiro cuidado é a contratação de profissionais qualificados. “Hoje, o maior desafio para evitar os desperdícios na construção civil é encontrar mão-de-obra qualificada”, diz o professor. A segunda recomendação diz respeito à compra de materiais de boa qualidade, usar material muito barato pode trazer muitos prejuízos à construção e ao meio ambiente. Finalmente, antes de começar a construir, é preciso ter um projeto muito bem planejado. “Se você parte de um projeto bem-feito, cerca de 70% do que será gasto já está definido. Planejar bem garante a qualidade do projeto, evita desperdícios e gastos inesperados”, completa o professor. (Fonte: www.akatu.org.br) 2.2.3.4.2. Resíduos do uso da edificação O Ministério do Meio Ambiente estima que a reciclagem de uma única lata de alumínio economiza energia suficiente para manter uma TV ligada durante três horas. Para produzir uma tonelada de papel é preciso 100 mil litros de água e 5 mil KW de

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cada 100 toneladas de plástico reciclado economizam 1 tonelada de petróleo. Uma tonelada de papel reciclado economiza 10mil litros de água e evita o corte de 17 árvores adultas. Um quilo de vidro quebrado faz 1kg de vidro novo e pode ser infinitamente reciclado. Estes são apenas alguns exemplos de como o meio ambiente é favorecido pela prática do descarte sustentável.

2.3 Importância da Bioarquiteura

A bioarquitetura é o futuro. Essa é a arquitetura que mais busca promover a interação entre espaços e ecossistemas, que mais preserva atualmente e para o futuro. Por buscar utilizar materiais locais a bioarquitetura evita a necessidade de transportes de longa distância e já proporciona uma economia até nessa fase.

2.2. Demanda As recomendações da bioarquitetura estão sendo gradativamente mais bem aproveitadas pelo mercado da construção civil nacional. Ainda mais agora que os empreendedores estão assimilando a urgente necessidade do reequilíbrio ambiental de nosso planeta. “Outro fator que também está impulsionando o aproveitamento do conceito em novos empreendimentos é a demanda por edifícios que priorizem a saúde do usuário, associada ao bem-estar ambiental”, explica Márcio Holanda Cavalcante. Segundo Cavalcante, qualquer projeto pode ser elaborado em conformidade com os ensinamentos da bioarquitetura, ou seja, de casas populares a empreendimentos de alto padrão. “Não há qualquer impedimento. É preciso apenas ter bom senso nas escolhas das tecnologias mais adequadas para cada caso”, diz ele. (Fonte: Site www.aecweb.com.br)

Segundo a ONU (Organização das nações unidas), cerca de 85% da população mundial estará morando nas grandes cidades até o ano de 2027. Como arquitetos, temos o dever de estudar os impactos que isso pode causar e planejar as nossas cidades para receber essa população de forma correta, evitando problemas maiores no futuro. Considerando a situação atual do país, onde temos um déficit habitacional com o surgimento de submoradias, não estamos prontos para essa grande densidade de pessoas nas cidades. Cabe aos profissionais da área de construção surgir com soluções para que desde já nós consigamos diminuir esses impactos e possamos já planejar o futuro e a bioarquitetura é uma dessas soluções. 2.4 Princípios básicos da bioarquitetura O projeto que leva em consideração a bioarquitetura, deve partir da leitura da paisagem local onde será inserido, assim como o estudo para o uso dos materiais, tecnologias e a interação humana, de forma particular, que fara uso daquele espaço. Além do mais, independentemente do tipo de construção, seja uma casa, um edifício, pequeno ou grande porte, se for uma construção sustentável, algumas características são comuns a todos.

LEED Fonte: GBC Brasil – Gráfico do crescimento de edificações LEED no Brasil até 2019 22Im

Desde o projeto, do planejamento, da obra em si e dos materiais escolhidos, todas as construções sustentáveis vão ter um objetivo ecológico que as fazem prezar pelo uso dos mesmos materiais e das mesmas soluções arquitetônicas, desde que elas se encaixem na proposta do projeto. (Fonte: Site www.arquitetoleandroamaral. com/bioarquitetura/)

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2.5.

As principais características da bioarquitetura.

As principais características da bioarquitetura são: • A Redução de desperdícios na construção e uma preferência por sistemas modulares; • Preferência por pouca movimentação de terra; • É feita uma análise do ciclo de vida dos materiais, dando preferência às matérias-primas renováveis, retornáveis, recicláveis e reutilizáveis; • Preferência por materiais certificados; • Busca a redução de materiais que são tóxicos e que consomem muita energia para serem produzidos; • Busca garantir o conforto, é feito o aproveitamento de luz e ventilação naturais; • Preferência por materiais e mão de obra local; • Uso da arquitetura vernacular sempre que possível; • É feita a gestão do uso de água durante a execução da edificação. O uso de sistemas para aproveitamento de águas cinzas, por exemplo, é fundamental; • É feito o controle e gestão da emissão de resíduos; • A reciclagem e o reuso são fortemente incentivados; • Alta valorização da permacultura. Materiais de construção Sustentável

2.6. Materiais de construção Sustentável

Você já ouviu falar da Arquitetura Vernacular? Esse tipo de arquitetura preza pelo uso de materiais locais, algumas vezes de técnicas tradicionais, de tipologias regionais e adequadas ao ambiente. Ela se integra ao ambiente por utilizar materiais orgânicos e ter grande resistência ao tempo. Esse tipo de construção utili-

za técnicas que contribuem para um bom isolamento térmico e acústico. A arquitetura vernacular é um dos princípios básicos da bioarquitetura, mas não é possível ser amparado unicamente nela, por isso, as demais tecnologias também se fazem necessárias. Essa arquitetura precisa ter um bom relacionamento com tecnologias contemporâneas. Em relação aos materiais, os mais usados são a madeira, metais e cerâmica. Os

telhados verdes também são bastante usados. Esse recurso funciona como isolante térmico, além de disponibilizar um ganho de área no telhado e proporcionar conforto acústico. 2.7.1. Bioconcreto

As bactérias só são ativadas quando entram em contato com a água e o oxigênio – e é exatamente isso que ocorre quando um fissura no concreto se forma. Sua proliferação é eficiente a ponto de em poucas semanas elas serem capazes de produzir carbonato de cálcio suficiente para fechar as rachaduras. O chamado bioconcreto é produzido a partir da combinação das bactérias com mais dois aditivos: esporos do bacillus pseudofirmus e nutrientes de lactato de cálcio. Portanto, trata-se de uma solução sustentável, capaz de gerar economia tanto em material quanto em mão de obra. A sua aplicação é ainda mais simples: em forma de spray. Uma vez concluídos os estudos sobre o bioconcreto, agora os pesquisadores estudam como ele se sai em um intervalo de dois anos. O material foi utilizado em algumas construções no sul da Holanda e será monitorado para que se possa chegar a conclusões definitivas sobre a sua utilização. Além disso, o material foi empregado também na construção de canais de irrigação no Equador, em uma região na qual os abalos sísmicos são bastante frequentes. Apesar de os resultados até agora serem animadores, ainda não há uma previsão de quando o bioconcreto será disponibilizado em escala comercial. Contudo, se depender dos esforços da equipe chefiada por Jonkers, sua expectativa é que dentro de no máximo cinco anos essa solução se torne uma realidade para os consumidores.

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Benefícios telhado verde:

• Criação de novos habitats para animais e plantas – ampliação da biodiversidade; • Armazenamento de água e proteção contra efeitos excessivos de tempestades; • Produção de oxigênio e redução da poluição, incluindo gás carbônico; • Controle de ruídos, isolamento e redução das ondas eletromagnéticas;

2.7.2. Telhado verde Trata-se de um recurso usado na arquitetura para o plantio de árvores e plantas nas coberturas das residências e dos edifícios. Em outras palavras, ele tem a capacidade de inserir novas áreas verdes em locais que antes não era possível ter nenhum tipo de vegetação. A aplicação do telhado verde deve estar de acordo com a fauna local, ou seja, somente podem ser plantado o bioma original brasileiro. Para aplicar o telhado devem ser utilizadas duas técnicas: impermeabilização e drenagem. A impermeabilização consiste em aplicar produtos específicos para prover a cobertura do imóvel contra a ação da água da chuva. A drenagem, por sua vez, é um método para escorrer água de terrenos que estão muito úmidos usando tubos, valas, etc. Eles são instalados na superfície do telhado. Com uma aplicação bem-feita, o uso de telhados verdes, além de sustentável, gera muitos benefícios para os moradores que no local residem.

• Integração de novas tecnologias – aquecedores solares, sistemas de redução de consumo d’água, paredes e telhados verdes, fazendas verticais, criação de peixes e sistema de hidroponia; • Segurança alimentar – agricultura urbana e atividades de hoticultura em jardins comunitários; • Aumento da saúde e bem estar dos habitantes; • Espaços de convívio e lazer – playgrounds, prática de esportes, educação ambiental e atividades culturais e sociais; • A cidade torna-se mais atrativa com valores reais; • Redução de solos impermeáveis e o efeito de ilhas de calor – melhora direta no clima da cidade. (Fonte: Site www. archtrends.com) • Não oferecem risco à saúde de quem aplica a tinta e de quem habita o ambiente que recebe a pintura; • Permitem que a parede “respire” e controle a umidade do ambiente, contribuindo para que não sejam gerados fungos e mofo.

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2.7.4. Lâmpadas LED

2.7.3. Tinta ecológica

A tinta ecológica, ao contrário da maioria das tintas disponíveis no mercado, não contém materiais tóxicos ou derivados de petróleo e são formuladas com matérias-primas naturais. Uma pintura com tintas convencionais pode trazer sérios problemas para pessoas alérgicas ou crianças, devido aos COVs (Compostos Orgânicos Voláteis) que estão presentes nessas tintas. Os COVs, além de serem danosos à saúde, são fontes de poluição atmosférica e influem diretamente na qualidade do ar onde são aplicados. Existem três tipos de tintas ecológicas: as minerais, vegetais e com insumos animais. Quanto aos pigmentos possíveis de se usar – não tóxicos e sem metais pesados – estão os derivados de plantas e vegetais, óxido de ferro, insetos e minerais ( encontrados em lojas de artesanato na forma de pó). Já os ligantes podem ser feitos com amido, óleo de linhaça ou caseína. A argila pode ser utilizada como enchimento já que, uma vez emparelhada com farinha, reforça a capacidade de ligação do amido, além de ser um material de fácil acesso e, é claro, ecológico. As alternativas naturais aos solventes convencionais são os diluentes cítricos e a terebintina natural Mas, atenção! Para que seja verdadeiramente ecológica é necessário avaliar outros fatores além da matéria prima, é preciso analisar o produto desde a preparação até a distribuição, levando em consideração a embalagem e os gastos com energia e água para a produção. Benefícios da tinta ecológica: • As tintas ecológicas, além de não poluírem a atmosfera, não destroem a camada de ozônio e não agridem o meio ambiente; • Não oferecem risco à saúde de quem aplica a tinta e de quem habita o ambiente que recebe a pintura; • Permitem que a parede “respire” e controle a umidade do ambiente, contribuindo para que não sejam gerados fungos e mofo.

A crise energética e o aumento das tarifas de luz já estão causando impacto no bolso do consumidor brasileiro, que poderá arcar com contas até 40% mais caras este ano. Diante disso, o jeito é buscar alternativas para diminuir os custos, é claro, recorrendo às novas tecnologias de iluminação, mais econômicas e eficientes. Uma boa opção são as lâmpadas de LED, que chegaram ao mercado para atender a esses requisitos. Além de mais econômicas e consumir menos energia que as incandescentes, elas produzem mais luz. De acordo com especialistas, tais lâmpadas chegam a gerar uma economia de até 90% na conta de luz e duram de 30 mil a 50 mil horas, contra 1 mil das tradicionais. Outra vantagem apresentada pelas lâmpadas LED é que elas causam menor impacto ao meio ambiente. As lâmpadas de LED são fabricadas com uma estrutura 95% reciclável, o que torna o descarte muito mais fácil em relação às tradicionais. Além de diminuir a necessidade do uso de ar-condicionado, uma vez que a luz acesa não aquece o ambiente, gerando ainda mais economia de energia e redução na conta de luz. Os benefícios dessa tecnologia devem levar a sociedade, em curto e médio prazos, a modificar hábitos arraigados. Hoje, estima-se que 65% das residências ainda usam as lâmpadas incandescentes, que tiveram sua fabricação proibida no país pelo Ministério de Minas e Energia. A partir de julho, as lâmpadas incandescentes não estarão mais disponíveis no mercado. Segundo o presidente da FLC, João Geraldo, com as vantagens do uso da tecnologia, a expectativa é que haja crescimento do segmento de LED no mercado de iluminação, que, atualmente, tem ampliado sua fatia em 20% ao ano. “Com a crise energética, as empresas esperam aumentar as vendas em 40%, incluindo o consumo residencial, corporativo e do setor público.” O executivo destacou, ainda, que a FLC foi a primeira empresa a apostar na tecnologia no país, com a inauguração da primeira fábrica de lâmpadas de LED, em junho de 2014. 2.7.5. Argamassa de argila A argamassa de argila é totalmente sustentável e, tem como função assentar ou colar blocos, ela ainda pode ser aplicada sobre uma parede erguida e permitir que essa parede receba diversos revestimentos, como pintura ou cerâmica. Essa argamassa, ainda garante um grande desempenho termoacústico e diminui o aumento excessivo da umidade nos ambientes.

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2.7.6. Taipa de pilão Técnica construtiva bastante comum no período colonial do Brasil, a taipa de pilão continua presente em edificações modernas. Milenar, a solução mantém seu espaço por oferecer diferentes benefícios. Sua principal vantagem é o aproveitamento da terra retirada do próprio local onde a obra será executada, eliminando a necessidade de transporte de outros materiais. “É possível aproveitar até 100% da terra existente no canteiro”, destaca o arquiteto Rafael Loschiavo, fundador das empresas Ecoeficientes, ecoBeco, ecomódulo e cofundador da Noocity Brasil. O material permanece ambientalmente interessante durante toda sua vida útil. No momento de descarte, volta ao seu estado inicial de terra, ou seja, não gera resíduo. O conforto térmico é outra característica positiva da taipa de pilão. Mesmo sem a incorporação de outros elementos, ela é capaz de regular a temperatura interna da edificação. O uso da técnica construtiva cria estruturas totalmente sólidas e impermeáveis, sem trincas e rachaduras, devido à expressiva compactação da terra. FABRICAÇÃO DA SOLUÇÃO A taipa de pilão é fabricada com o uso de fôrmas de madeira, denominadas taipais. O barro é adicionado e compactado. “O pilador manual ou batedores pneumáticos podem ser usados nessa etapa”, diz o especialista. Quando utilizada a ferramenta mecânica, é possível produzir diariamente até 15 m² de paredes com 30 cm de espessura. A terra é disposta em camadas de, aproximadamente, 15 cm de altura e precisa ser pressionada até que atinja a densidade ideal. Quando o barro chega à altura equivalente a 2/3 do taipal, recebe elementos cilíndricos envolvidos por vegetação, geralmente folhas de bananeira. Esses materiais criam aberturas na taipa, chamadas de cabodás, que permitem o ancoramento da estrutura em nova posição. Ao final do procedimento, a fôrma é retirada e não há necessidade de aplicação de revestimentos. Dependendo do clima da região e do tipo de terra utilizado, é possível acrescentar no processo de fabricação alguns elementos para melhorar o desempenho do material. “O uso de um pouco de cimento permite a execução de parede com

maior estabilidade. Para repelir a água, são adicionados hidrofugantes e aditivo que impede o surgimento de fungos”, detalha o arquiteto. CONSTRUINDO COM TAIPAS DE PILÃO O uso do material tem que ser estabelecido já na etapa de projeto. No momento inicial, são planejados e calculados o isolamento entre a taipa e o piso; as alternativas para evitar o contato da parede com a chuva; os métodos de amarração entre as peças; e proteção contra umidade, entre outros recursos.

“A taipa de pilão é indicada para qualquer tipo de edificação, porém é mais utilizada em ambientes residenciais” Rafael Loschiavo

“A taipa de pilão é indicada para qualquer tipo de edificação, porém é mais utilizada em ambientes residenciais. Pela característica estética, acaba também sendo aproveitada em recepções de empreendimentos comerciais, por exemplo”, fala Loschiavo. Por outro lado, a solução não é recomendada para áreas que sejam bastante molhadas.

CARGAS E ESFORÇOS Quando executada com taipa de pilão, a parede não deve ser projetada para permanecer em balanço. O ideal é que sempre esteja “encaixada” em outras estruturas. Na etapa de projeto, também é importante prever o peso que será aplicado sobre a parede, evitando que toda a carga fique concentrada em um único ponto. “É fundamental distribuir esse peso”, ressalta o especialista. Apesar de permitir a passagem de sistemas elétricos e hidráulicos em seu interior, a parede de taipa de pilão não deve receber essas instalações, se possível. “A partir do momento em que existem outros elementos na equação, as propriedades da estrutura acabam sendo comprometidas. A recomendação é optar por soluções como o uso de cantoneiras ou tubulações aparentes”, comenta Loschiavo.

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TAIPA DE PILÃO X PAREDE DE CONCRETO As paredes elaboradas com taipa de pilão são tão duráveis e resistentes quanto as de concreto. No Brasil, existem exemplos de casas construídas com o material há mais de 300 anos e que permanecem íntegras. A solução é ainda mais resistente quando não sofre torção, ou seja, se o esforço ocorrer na vertical. “Se a parede sofrer elevado esforço horizontal, pode acabar tombando. Somente através do planejamento prévio é possível tornar os esforços coerentes com as propriedades do material”, destaca o arquiteto.

SUSTENTABILIDADE Segundo o especialista, não existe material totalmente sustentável. “A sustentabilidade é deixar para as próximas gerações a mesma disponibilidade de recursos que temos atualmente”, diz. Porém, a taipa de pilão pode ser considerada uma solução ecoeficiente, que são aquelas capazes de reduzir o consumo de recursos e maximizar o aproveitamento de alternativas renováveis. “A técnica é uma das maneiras mais ecoeficientes de construção e indicada para obras que visam o desenvolvimento sustentável”, finaliza Loschiavo.

2.6.

2.8.1.

Conforto Térmico

Um dos primeiros elementos a considerar ao projetar o conforto térmico é a criação de um exterior de construção eficiente. A envoltória de um edifício funciona como um filtro entre o clima exterior e o ambiente interno, estabilizando a atmosfera interna. O gerenciamento adequado do envelope resulta em um ambiente interno bem equilibrado e reduz o uso de sistemas mecânicos, contribuindo para uma estrutura mais sustentável. É essencial considerar o seguinte ao projetar: Isolamento, Ganho Solar, Inércia Térmica e Ventilação de Ar. A inércia térmica (a lentidão com que a temperatura de um edifício atinge a de seus arredores) é amplamente controlada pelos materiais e tipos de estrutura usados na arquitetura. Esses componentes reagem com o ambiente externo, garantindo que o interior permaneça mais frio - ou mais quente, dependendo da localização e necessidade - por um período mais longo. Tijolos e pedras são considerados materiais de alta inércia térmica, razão pela qual esses materiais são normalmente utilizados em ambientes quentes para manter o interior fresco por um longo período de tempo. Em regiões mais frias, os materiais de baixa inércia térmica (como a madeira) são comumente usados para que os interiores aqueçam mais rápido durante o frio.

Conforto Ambiental

Termos que normalmente são associados entre si no ramo da arquitetura e construção civil, apresentam conceitos diferentes e que não devem ser confundidos. Enquanto o conforto ambiental trata das condições físicas e psicológicas do ambiente percebidas pelo corpo humano, o termo sustentabilidade, na construção, é um termo muito mais abrangente, que envolve o uso racional dos recursos da construção, o impacto ambiental, a qualidade e durabilidade das construções, o atendimento aos níveis de conforto ambiental exigidos, a eficiência energética da edificação, a gestão dos recursos do edifício e o desmonte ou reúso dos materiais, tendo melhor análise com a ferramenta de Análise ou Avaliação de Ciclo de Vida (ACV). Os níveis de sustentabilidade em um empreendimento podem ser medidos através dos selos de certificação ambiental.

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2.8.2. Conforto Acústico

garantir o conforto lumínico aos usuários. Por exemplo:

A qualidade acústica interna depende de quão bem as fontes de som são controladas. Ruídos externos, internos, de impacto e de equipamentos são transmitidos através do ar ou da textura do edifício. A maneira que o ouvido humano percebe o som depende diretamente dos níveis de reverberação e absorção dentro do edifício. Para avaliar o conforto acústico de um edifício, o nível sonoro e a acústica da sala são avaliados. O nível de som é medido por níveis de ruído de fundo versus pico. A acústica da sala é medida pelo tempo de reverberação, nível de inteligibilidade e nível de privacidade. Dependendo da funcionalidade do edifício ou sala, diferentes requisitos acústicos serão aplicados. Ao projetar para o conforto acústico, considere as necessidades dos ocupantes, juntamente com fatores externos e arquitetônicos: o programa da construção, hábitos culturais, tipos de ruído, espectro de ruído, sistemas de construção e materiais. É desafiador prever o som com precisão. Mas é imprescindível antever os níveis de ruído externos por meio da análise do local e uma narrativa explicando os requisitos de desempenho do edifício, a estrutura do edifício e as necessidades de equipamento técnico. Análises no local não podem ser substituídas por simulações computacionais, já que elas não possuem ouvidos humanos. Em última análise, o desempenho acústico se resume aos acabamentos.

-Garantir que a luminosidade natural seja aproveitada ao máximo nas edificações; -Oferecer distribuição uniforme da iluminação dentro dos ambientes; -Fornecer uma combinação equilibrada entre iluminação natural e artificial; -Permitir o controle de brilhos e contrastes; -Adequar o tamanho e a posição das aberturas e orientação das fachadas, adotando, para tanto, os devidos dispositivos de proteção solar e refletividade das superfícies. (Referencia site: www.ugreen.com.br)

2.8.3. Conforto Lumínico

Um símbolo da premência do conforto lumínico na arquitetura, são as normas de desempenho voltadas especialmente para este tema, como a NBR 15575, que está em vigor desde 2013.

Esta norma consiste em um conjunto de diretrizes que prezam pela segurança, saúde e conforto do usuário em suas residências. Portanto, não poderia deixar de abordar requisitos que visam garantir iluminação agradável nas edificações residenciais. De acordo com a NBR 15575, algumas providências podem ser tomadas para 25-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


2.9. Referências Projetuais Aescolha das referencias a seguir se deu, levando em conta projetos que fizeram aplicação dos conceitos da bioarquitetura e por estarem dentro da escala do objeto proposto. Assim como, aspectos incomuns que serão aplicados no projeto proposto.

jeto responsável to dos inúmeros

para construir sua própria residência, convicbenefícios de se morar em uma casa ecológica.

Para a concepção do projeto, Michel estudou os ventos, a insolação e as riquezas naturais do terreno, adotando sistemas passivos para aproveitar ao máximo tais recursos, no intuito de construir uma casa confortável, mas ecológica.

2.9.1. Projeto responsável – Habitação Unifamiliar. -Local: Atibaia – SP -Conclusão: 2014 - Projeto: Michel Habib

Foram feitos usos de diversas técnicas construtivas da bioarquitetura, tais como: taipa de pilão, pau a pique com ripados de bambu, adobe e reboco de terra e cal.

“Os recursos foram utilizados de maneira responsável, todas as madeiras são de origem de demolição ou de reflorestamento, o bambu, que é uma planta de rápido crescimento e abundante na região também foi muito usado na construção e decoração.” (Fonte: Site sustentarqui.com.br/projeto-responsavel-bioarquitetura/)

A escolha para esse projeto de referência se deu devido a diversos fatores, em especial a escala que é a mesma considerada no projeto objeto. Se trata de uma residência localizada em Atibaia/SP, desenvolvido pelo arquiteto Michel Habib, que batizou com este nome por terem

sidos

adotados

sistemas

construtivos

ecologicamente

corretos.

Como já consideramos dentro dessa monografia, a bioarquitetura caminha lado a lado com a permacultura e Michel fez uso disso. Além da terra, quase todos os materiais aplicados foram adquiridos próximos ao local, muitos deles foram reutilizados; por exemplo as telhas foram interceptadas de uma demolição, garrafas de vidro foram utilizadas para fazer vãos de luz, entre outros. Outro fator da escolha desse projeto como referência projetual, foi suas grandes aberturas e espaços integrados. Isso permite maior fluidez do ar e entrada de luz natural.

Michel tem por especialização a biocontrução, e elaborou o pro-

26-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


R$/m², o qual inclui mão de obra, gerenciamento, materiais e serviços terceirizados. Todavia, a bioconstrução se mostra mais vantajosa com seu custo de manutenção, que é muito menor devido à alta eficiência energética alcançada. 2.9.2. Aquas Perma Solar Firma por CplusC Architectural Workshop. -Local: Sydney – Austrália; -Conclusão: - Projeto: CplusC Architecturak Workshop Essa referência teve grande interferência no projeto objeto proposto e vai de encontro as necessidades do programa pedido. Por fim, a gestão da água foi bem estudada, um sistema de coleta e uso da água da chuva tratada para fins não potáveis foi instalado. No jardim é possível observar detalhes que compõem a bacia de evapotranspiração para tratamento das águas negras e o sistema de tratamento das águas cinzas, assim como uma grande horta e a plantação de bambu.

No projeto encontramos “um sistema de aquaponia para captura de peixes, armazenamento de água da chuva para uso em toda a casa, um leito para filtrar água, uma criação de minhocas e galinheiro trabalhando em harmonia com uma horta produtiva, um sistema de água quente solar de tubo de vidro e um sistema de geração de energia fotovoltaica de 3KW para operar a casa e carregar o carro elétrico do casal.” Contudo, quebrando os paradigmas da construção sustentável ter um custo mais alto em comparação ao sistema convencional. De acordo com o arquiteto, a casa responsável teve aproximadamente o mesmo custo final de uma casa construída convencionalmente no mesmo padrão, com o total de R$1.800

A circulação vertical é desviada para a fachada frontal e uma escada circular é formada por uma série de elementos de vidro e madeira que funcionam como um jardim interno. A casa combina design arquitetônico inovador com iniciativas verdes.

27-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


Portas corrediças penduradas verticalmente, operadas por meio de uma roda dentada de cremalheira combinada com um contrapeso de concreto personalizado, abrem o interior da casa para o pátio e a cozinha possui uma conexão direta com o pátio posterior por meio de portas deslizantes e sobrepostas que desaparecem da visão.

Um pátio central oferece a todos os espaços internos luz natural superior e acesso a espaços verdes, apesar das restrições do terreno, enquanto o plantio é integrado à casa para melhorar a qualidade do ar interno.

2.9.2. Sede Mundial das Testemunhas de Jeová -Warwick, Nova York -Conclusão: 2016 - Projeto: Membros da Religião Depois de concluir a construção de sua nova sede mundial em agosto de 2016, as Testemunhas de Jeová foram oficialmente reconhecidas por seus projetos de edifícios e construções sustentáveis em Warwick, Nova York. A instituição Green Building Initiative (GBI), que avalia e classifica prédios comerciais levando em conta a preservação do meio ambiente, concedeu às Testemunhas de Jeová a maior classificação: quatro Globos Verdes pelos sete prédios que se qualificaram para a avaliação. 28-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


O telhado ecológico do Prédio de Escritórios/Serviços, composto de flora nativa plantada num meio de cultura, sobre uma membrana a prova dʹágua. A água da chuva é tratada no local para reduzir o consumo da água vinda do sistema público.

Rochas são retiradas durante uma fase inicial da obra de construção. Mais de 240 mil toneladas de rocha foram reutilizadas no local.

O projeto dasTestemunhas de Jeová incluiu preservar as árvores da propriedade e incorporar as árvores derrubadas ao projeto de construção. “Eu gostei muito porque eles trituraram as árvores que precisaram ser cortadas e as reutilizaram no projeto dos novos prédios”, diz Jeffrey Hutchinson, antigo gerente do parque Sterling Forest.

Foram colocadas mantas de controle de erosão e brita (pedras de vários

tamanhos)

para

ajudar

a

estabilizar

o

Para proteger o lago Azul contra o assoreamento, uma barreira de contenção foi construída ao longo da margem. Essa barreira tem uma parte flutuante em cima, uma cortina impermeável e uma pesada corrente de metal galvanizado presa na parte de baixo para dar estabilidade.

aterramento.

29-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


Contêineres de reciclagem industrial. Mais de 70% do entulho de construção foi retirado de aterros e processado em centros de reciclagem certificados.

O interior do Prédio de Escritórios/Serviços. O acabamento interior (pintura, revestimento de paredes e teto, etc.) cumpre os critérios estabelecidos pela Green Building Initiative para materiais com baixa emissão de poluentes, o que contribui para a saúde de seus ocupantes.

Trabalhadores instalando uma grade geotérmica, uma parte do sistema geotérmico que faz a circulação de fluidos 152 metros abaixo do solo. Ali a temperatura é moderada, mas acima do solo a temperatura varia muito do verão para o inverno. Um sistema geotérmico aproveita a temperatura estável abaixo do solo. Esse sistema transfere o calor do solo para o fluido circulante para ajudar a aquecer os prédios durante o inverno. No verão, ele usa o fluido para dissipar o calor dos prédios para o solo. Espera-se que o sistema geotérmico reduza em 40% o consumo da energia necessária para aquecer e esfriar os prédios.

30-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


3. PROPOSIÇÃO

31-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


3.1 ESTUDO DE CASO

DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO

Como objeto de estudo foi selecionado um terreno localizado em Embu das Artes um município da Região Metropolitana de São Paulo, na Microrregião de Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, no Brasil. A escolha do terreno se deu por motivos profissionais, se tratando de um cliente da empresa a qual sou socio proprietário, Marcenaria L.A, que fará seu projeto de interiores conosco. E sabendo que estudo Arquitetura e Urbanismo, pediu minha ajuda para a realização do projeto de sua residencia. Considerando as necessidades do casal e o programa pedido, pude perceber que ia de encontro a minha vontade de fazer um projeto ecológico. Com isso, decidi aplicar o desafio que é o TCC com a realidade que enfrentarei no mercado. Como etapa inicial do projeto, foi analisado o terreno com relação ao entorno, sua topografia, vegetação existente, conforto ambiental, insolação da edificação, fluxo do vento dentro da edificação e estudo dos materiais que serão aplicados. Com relação ao entorno, se mostrou muito promissor visto possuir comércios de necessidades básicas próximos, que facilmente podem ser acessados a pé ou meios de transporte não poluentes. Assim como, escolas, parque, centro da cidade, transporte público a menos de 2 quilômetros. Dados do terreno: -Terreno: 360m² | 12 frente x 30 profundida -Taxa de ocupação: 0.70 -Coeficiente de aproveitamento: 1,00 -Zoneamento: Residencial, comercial e serviço.

O projeto da habitação unifamiliar contempla 130 m² de área construída de padrão popular a médio, composta por ambientes sociais integrados, sala de TV, sala de jantar, cozinha, 2 dormitórios e 1 suíte, 1 banheiro social, área para lazer com banheiro externo. A fundação é do tipo sapata corrida, de acordo com a sondagem do terreno e capacidade de carga, com fixação para os pilares de madeira. As paredes são compostas por blocos de terra prensada. A cobertura na parte social da edificação é de telhas ecológicas e estrutura de madeira. No lado dos dormitórios, telhado verde com telhas metálicas e estrutura de madeira com impermeabilização. A edificação possui sistema próprio de fornecimento de energia elétrica com as placas fotovoltaicas em sua cobertura, assim como um Aerogerado. Entretanto, é respaldada pela concessionaria local de fornecimento de energia elétrica. Para o fornecimento de água para fins não potáveis, conta com uma cisterna no pavimento inferior. Onde se coleta as águas do telhado, quintal, uso de pias e chuveiros. Os chuveiros são abastecidos com água quente vinda do boiler de aquecimento solar, com inversão para gás quando não atingido a temperatura desejada pelo usuário. Dentro da edificação na parte frontal, temos um viveiro todo de vidro com divisões internas especificas, com controle de luz, vento e temperatura, para criação de animais exóticos resgatados, pedido feito pelo cliente que é veterinário. Na parte externa temos uma horta vertical próximo da cozinha, como um quinta todo permeável. No pavimento inferior, fica a lavandeira e o galinheiro já existente no terreno. O terreno havia algumas arvores, sendo uma delas de Pau-Brasil, que foi preservada em seu local de origem, criando no projeto o jardim de entrada em seu entorno. As demais árvores do terreno foram realocadas para as laterais externas dos muros e fundo do terreno.

32-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


VISTA AÉREA

Na figura em vermelho, temos a área do terreno. É possivel ver no fundo e parte mais baixa do terro, uma mata preservada. Seu entorno é composto por lotes grandes, e casas espaçadas.

33-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


VISTA AÉREA COM DESTAQUE PARA VIAS E SERVIÇOS

Legenda Terreno da proposta Rodovia Regis Bittencourt Av. Elias Yazbek Centro de Embu das Artes Parque Francisco Rizzo Comércios Fórum, Detran, Bancos

Bairro Maria Auxiliadora

34-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ATUAL FRONTAL DO TERRENO

35-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


ESTUDO DA VENTILAÇÃO NATURAL E INSOLAÇÃO

Através do softerware Fluxovento, foi analisado o comportamento do vento dentro da edificação e determinado os tipos de janelas e tamanho de aberturas necessário para o conforto términco da edificação. Segundo pesquisar feitas no site Clima tempo, a edificação possui ventos dominates vindos do NO. Com isso, se chegou no resultado a seguir:

O

VENTILAÇÃO NATURAL

Poente

L

Nascente

Entrada de ar frio Saída de ar quente 36-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


Simulação de vento realizada pelo Sofeterware Fluxovento

Entrada de ar frio Saída de ar quente 37-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO

1. Orientação solar face Norte - Protege o sol do verão e permite a entrada do sol de Inverno. 2. Resfriamento por evaporação. 3. Efeito chaminé. 4. Abertura Zenital - Iluminação natural.

no período de sol e edificação aquecida ao anoitecer. 6. Cobertura Verde – Isolamento termoacústico. 7. Placa Fotovoltaicas para produção de energia e placas ACS para o aquecimento de água.

1 7

11

Nascente

6

2

10

8. Captação de água em cisterna pelas calhas. 9. Paisagismo nativo. 10. Ventilação cruzada. 11. Estrutura de madeira. 12. Qualidade do ar interno – Materiais sem toxidade e baixo PEX. 13. Alta permeabilidade do solo.

5. Paredes em terra –Irradiação de calor

8

4 3

5

9

1

12 13

38-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


7 3 4

2

1

39-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

5

6


TÉCNICA ADOTADA PARA A CONTRUÇÃO DAS PAREDES DA EDIFICAÇÃO E SUAS PROPRIEDADES.

40-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


Abaixo segue diagrama do canteiro para ser adotado durante o processo de contrução da residência. Manter o canteiro limpo organizado resulta na economia de tempo e materia prima.

41-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


42-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

4

3

5 B

A

7

6

8

A

D

D

Elevação 03 S

B

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17

DORMITÓRIO 02

PISCINA

C

CIRCULAÇÃO

A =1,84m²

Elevação 02

C

A =37,62m²

DORMITÓRIO 03 A =11,62m²

A =12,90m²

A =10,57m²

WC 03

A =29,00m²

SUÍTE MASTER

A =4,11m²

Elevação 01

CLOSET

A =8,85m²

GARAGEM

Proj. do alçapão

WC 01

A =3,65m²

HALL DE ENTRADA

C

A =2,56m²

SALA E COZINHA

ÁREA DA CHURRASQUEIRA

A =40,80m²

A =20,13m²

VIVEIRO A=3,45m²

JARDIM FRONTAL

A =19,07m²

Projeção da cobertura

E

Projeção do pergolado

A =22,86m²

D

Elevação 04

B

A

PLANTA PLANTA TERREO DE IMPLANTAÇÃO 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

43-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

PASSEIO PÚBLICO

Projeção da cobertura da garagem

DECK

Fachada

WC 02

A =5,88m²

R. JOÃO DOS SANTOS CHANTRE

Projeção do shaft


E

C

D

B

A

TELHA COLONIAL I=20% PAREDE VERDE TABEIRA

TELHA COLONIAL I=20% TELHADO VERDE I=20%

TABEIRA

TELHA COLONIAL I=20%

ABRIGO DA ENTRADA DE ENERGIA

TABEIRA ABRIGO DO HIDRÔMETRO

FACHADA 0

1

2

3

4

5m

44-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ILUSTRATIVA FACHADA

45-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


E

C

D

B

A

TELHA COLONIAL I=20% PAREDE VERDE TABEIRA

TELHA COLONIAL I=20% TELHADO VERDE I=20%

TABEIRA PERGOLADO

TELHA COLONIAL I=20%

HORTA VERTICAL PAREDE DE TERRA COMPACTADA

TABEIRA

ELEVAÇÃO 01 - GRADIO 0

1

2

3

4

5m

46-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


E

C

D

B

A

TELHA COLONIAL I=20% PAREDE VERDE TABEIRA TELHA COLONIAL I=20% TELHADO VERDE I=20%

TABEIRA PERGOLADO HORTA VERTICAL PAREDE DE TERRA COMPACTADA

TABEIRA

ELEVAÇÃO 02 0

1

2

3

4

5m

47-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


8

7

6

5

4

3

TELHA COLONIAL I=20% TABEIRA PAREDE DE TERRA COMPACTADA

TELHA COLONIAL I=20%

TELHA COLONIAL ABRIGO DO RESERVATÓRIO DE ÁGUA I=20%

TABEIRA TELHADO VERDE I=20% TABEIRA

ELEVAÇÃO 03 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

48-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

2


2

3

4

5

6

PAINEIS FOTOVOLTAICOS

7

8

TELHA COLONIAL I=20% TELHA COLONIAL I=20% TABEIRA

PAREDE DE TERRA COMPACTADA

ELEVAÇÃO 04 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

49-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ILUSTRATIVA DO CORREDOR DE ACESSO A HORTA

50-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

3

4

5

6

B

D

8

A

D

Elevação 03

TELHA COLONIAL I=30%

B

D Elevação 04

E B

A

PLANTA DE COBERTURA 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

C

10m

51-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

Fachada

C

PASSEIO PÚBLICO

C

Elevação 01

Elevação 02

COLETOR SOLAR DO RESERVATÓRIO TÉRMICO

R. JOÃO DOS SANTOS CHANTRE

A

7


1

2

4

3

5

6

B

D

8

A

D

Elevação 03

B

TELHADO VERDE I=30%

TELHA COLONIAL I=30%

PLACAS FOTOVOLTAICAS

TELHA COLONIAL I=30%

D Elevação 04

E B

A

PLANTA DO PAV. SUPERIOR 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

52-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

C

Fachada

C

PASSEIO PÚBLICO

C

Elevação 01

Elevação 02

Projeção da cobertura

R. JOÃO DOS SANTOS CHANTRE

A

7


1

2

4

3

5 B

A

7

6

8

A

D

D

Elevação 03 S

B

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17

DORMITÓRIO 02

PISCINA

C

CIRCULAÇÃO

A =1,84m²

Elevação 02

C

A =37,62m²

DORMITÓRIO 03 A =11,62m²

A =12,90m²

A =10,57m²

WC 03

A =29,00m²

SUÍTE MASTER

A =4,11m²

Elevação 01

CLOSET

A =8,85m²

GARAGEM

Proj. do alçapão

WC 01

A =3,65m²

HALL DE ENTRADA

C

A =2,56m²

SALA E COZINHA

ÁREA DA CHURRASQUEIRA

A =40,80m²

A =20,13m²

VIVEIRO A=3,45m²

JARDIM FRONTAL

A =19,07m²

Projeção da cobertura

E

Projeção do pergolado

A =22,86m²

D

Elevação 04

B

A

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

53-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

PASSEIO PÚBLICO

Projeção da cobertura da garagem

DECK

Fachada

WC 02

A =5,88m²

R. JOÃO DOS SANTOS CHANTRE

Projeção do shaft


1

2

3

4

5 B

A

D

6

7

8

A

D

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 S

B

Projeção do pergolado

C

ÁREA DE SERVIÇO

C

C

A =24,00m²

GALINHEIRO A =11,14m²

PASSEIO PÚBLICO

Reservatório de água da chuva 2000L

D E B

A

PAVIMENTO INFERIOR 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

54-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

R. JOÃO DOS SANTOS CHANTRE

Projeção da picina

SHAFT PARA A SUBIDA DE TUBULAÇÃO


GRAMA

A

C

B

D

E

TERRA

TELHA ONDULADA TElA DE ARAME

TEIA DE ARAME

COLETA DE ÁGUA

RESERVATÓRIO 500L PAREDE VERDE

RESERVATÓRIO 500L

ABRIGO TELHA COLONIAL I=20%

VENTILAÇÃO

RIPA DE MADEIRA ARGILA EXPANDIDA ESTRUTURA DO TELHADO TABEIRA

DET. 03 VIDRO

TABEIRA

DET. 04

SUPORTE DO VIDRO

PERGOLADO

TELHADO VERDE I=20%

DET. 03

DET. 05

ESQUADRIA

TABEIRA

HORTA VERTICAL PAREDE DE TERRA COMPACTADA

PAREDE DE TERRA COMPACTADA CAIXILHO

SALA E COZINHA

CIRCUL.

DORMITÓRIO 02

PAREDE DE TERRA COMPACTADA

DET. 04 VIGA DE MADEIRA ROLIÇA GRAMPO DE ANCORAGEM

PAREDE DE TERRA COMPACTADA

CORTE A-A 0

1

2

3

4

5m

DET. 05

55-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ILUSTRATIVA SALA DE JANTAR / COZINHA

56-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ILUSTRATIVA SALA

57-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


E

C

D

B

A

TELHA COLONIAL I=20% PAREDE VERDE

TELHA COLONIAL I=20%

TABEIRA

TELHADO VERDE I=20%

PAREDE DE TERRA COMPACTADA

PERGOLADO

PAREDE DE TERRA COMPACTADA

TABEIRA

ÁREA DA CHURRASQUEIRA

CLOSET

CORTE B-B 0

1

2

3

4

5m

58-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

HORTA VERTICAL


IMAGENS ILUSTRATIVAS QUARTOS E BANHEIRO

59-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ILUSTRATIVA DA ÁREA DE LAZER

60-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


8

7

6

5

4

3

2

1

TELHA COLONIAL I=20% TABEIRA

TELHA COLONIAL I=20%

PAREDE DE TERRA COMPACTADA TELHA COLONIAL I=30%

TABEIRA

TABEIRA

GARAGEM

PICINA

DET. 01

ÁREA DE SERVIÇO

GALINHEIRO

DET. 02

CORTE C-C 0

1

2

MADEIRA ROLIÇA

GRAMA 3

4

5

6

7

8

9

10m

GRELHA DE ESCOAMENTO

PISO PERMEÁVEL

CALHA DE ESCOAMENTO SOLO

DET. 01

61-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

DET. 02


1

2

3

4

5

6

7

8

TABEIRA VENTILAÇÃO TELHA COLONIAL I=30%

PAREDE DE TERRA COMPACTADA

ÁREA DA CHURRASQUEIRA

SALA E COZINHA

HALL DE ENTRADA

GARAGEM

PICINA

ÁREA DE SERVIÇO

GALINHEIRO

CORTE D-D 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

PAREDE DE TERRA COMPACTADA TELHA COLONIAL I=20%

10m

62-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


IMAGEM ILUSTRATIVA VISTA PARA A PISCINA

63-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

3

4

5

6

7

8

A RESERVATÓRIO DE ÁGUA QUENTE 100L

B

LEGENDA RESERVATÓRIO DE ÁGUA PLUVIAL TRATADA 500L

TUBULAÇÃO APARENTE TUBULAÇÃO EMBUTIDA (CHÃO OU PAREDE) TUBULAÇÃO DE ÁGUA FRIA

RESERVATÓRIO DE AGUA FRIA 500L

TUBULAÇÃO DE ÁGUA QUENTE TUBULAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS TRATADA TUBULAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS COTOVELO DE 90° CURVA DE 90°

C

TÊ COTOVELO DE 45° HIDRÔMETRO BOMBA

TUBULAÇÃO QUE SOBE

TUBULAÇÃO QUE DESCE

D E

PLANTA DO BARRILHETE 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

64-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

3

4

5

6

7

8

A B

Tubulação de água quente que passa por baixo da tubulação de água fria

Shaft para passagem de tubulação de água pluvial tratada do pav. inferior ao terreo

CLOSET

WC 02

A =10,57m²

A =5,88m²

Água pluvial tratada bombeada para o reservatório superior

A =12,90m²

DORMITÓRIO 02 A =8,85m²

WC 01

A =4,11m²

GARAGEM A =37,62m²

DORMITÓRIO 03

TUBULAÇÃO APARENTE TUBULAÇÃO EMBUTIDA (CHÃO OU PAREDE) TUBULAÇÃO DE ÁGUA FRIA TUBULAÇÃO DE ÁGUA QUENTE

Ramal Predial

A =11,62m²

TUBULAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS TRATADA TUBULAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS COTOVELO DE 90°

WC 03

CIRCULAÇÃO

A =1,84m²

C

SUÍTE MASTER

LEGENDA

CURVA DE 90°

A =3,65m²

HALL DE ENTRADA

COTOVELO DE 45°

A =2,56m²

ÁREA DA CHURRASQUEIRA A =20,13m²

HIDRÔMETRO

SALA E COZINHA A =40,80m²

BOMBA

ESCRITÓRIO

TUBULAÇÃO QUE SOBE

A =3,45m²

DECK

A =19,07m²

Hidrômetro

D

TUBULAÇÃO QUE DESCE

Abastecimento da concecionária

E

PLANTA DE HIDRÁULICA DO PAV. TERREO 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

65-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

3

4

5

6

7

8

A B

LEGENDA TUBULAÇÃO APARENTE TUBULAÇÃO EMBUTIDA (CHÃO OU PAREDE) TUBULAÇÃO DE ÁGUA FRIA TUBULAÇÃO DE ÁGUA QUENTE TUBULAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS TRATADA TUBULAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS COTOVELO DE 90° CURVA DE 90°

C

TÊ COTOVELO DE 45° HIDRÔMETRO BOMBA

TUBULAÇÃO QUE SOBE

Bombeamento de águas pluviais tratada Reservatório de águas pluviais 2000L

TUBULAÇÃO QUE DESCE

D E

PLANTA DE HIDRÁULICA DO PAV. INFERIOR 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

66-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

4

3

5

7

6

8

Calha 02

A Calha 01

Calha 03

B

C

Calha 04

D

Água pluvial não tratada que desce para o reservatório inferior

Calha 05

Pré-reservatório de águas pluviais

E

PLANTA DE ÁGUAS PLUVIAIS DO PAV. TERREO 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

67-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

4

3

5

6

7

A B

C

Água pluvial não tratada que chega do pré-reservatório superior

Reservatório de águas pluviais 2000L

D E

PLANTA DE ÁGUAS PLUVIAIS DO PAV. INFERIOR 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

68-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

8


1

2

4

3

5

7

6

8

A B

WC 02

A =5,88m²

CLOSET

A =10,57m²

SUÍTE MASTER A =12,90m²

DORMITÓRIO WC 01 02 A =4,11m² A =8,85m²

GARAGEM A =37,62m²

DORMITÓRIO 03 A =11,62m²

WC 03

CIRCULAÇÃO

A =1,84m²

C

A =3,65m²

HALL DE ENTRADA A =2,56m²

SALA E COZINHA

ÁREA DA CHURRASQUEIRA

A =40,80m²

A =20,13m²

ESCRITÓRIO A =3,45m²

DECK

A =19,07m²

D E

PLANTA DE ESGOTO 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

69-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


1

2

3

4

5

6

7

8

A CLOSET

WC 01

A =10,57m²

B

WC 02

A =4,11m²

SUÍTE MASTER

A =5,88m²

A =12,90m²

DORMITÓRIO 03 A =11,62m²

GARAGEM

DORMITÓRIO 02

A =37,62m²

A =8,85m²

Fiação de entrada, ver diagrama unifilar e quadro de cargas

WC 03

A =1,84m²

C

Q.D.L.F

SALA E COZINHA

HALL DE ENTRADA A =2,56m²

A =40,80m²

ÁREA DA CHURRASQUEIRA A =20,13m²

D E

PLANTA ELÉTRICA 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

70-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

ESCRITÓRIO A =3,45m²


1

2

3

4

5

6

A

7

8

PONTO DE CONSUMO VER DETALHE "B"

B CLOSET

WC 02

A =10,57m²

A =5,88m²

SUÍTE MASTER A =12,90m²

DORMITÓRIO 02 A =8,85m²

WC 01

A =4,11m²

DORMITÓRIO 03

GARAGEM A =37,62m²

A =11,62m²

WC 03

A =1,84m²

C

HALL DE ENTRADA

PONTO DE CONSUMO VER DETALHE "A"

ÁREA DA CHURRASQUEIRA A =20,13m²

SALA E COZINHA A =40,80m²

A =2,56m²

ESCRITÓRIO A =3,45m²

D REGULADOR 1º ESTAGIO VER DETALHE "A"

GÁS

E

PLANTA DO SISTEMA DE GÁS 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10m

71-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


4. CONCLUSÃO

O presente trabalho através do referencial teórico, pode chegar no objetivo esperado – Projeto Residencial Unifamiliar com a aplicação da Bioarquitetura. Com a pesquisa feita no decorrer desse ano, 2020, chegou-se em uma fundamentação solida para a elaboração do projeto proposto. Visando uma arquitetura simples, porém não simplória, a fim de poupar recursos e tempo, chegou-se em um projeto que atende as necessidades do programa pré-definido. Além de seguir as primícias do tema proposto – Bioarquitetura, que em suma é o respeito e harmonia com o ecossistema em que será inserida, não deixando de lado o conforto, beleza e funcionalidade da edificação. Foi observado durante os estudos a crescente do tema em novos projetos, assim como sua aplicação em caso de Retrofit. Pode-se observar também, sua grandiosidade por suas infindáveis técnicas para a elaboração do projeto e construção. Sendo elas, de estudos da carta solar a técnicas primitivas, como a taipa de pilão. Apesar da aplicação do tema estar em uma escala pequena, projeto residencial, os estudos se aplicam para qualquer escala de projeto. Exemplo disso encontramos na refecia projetual citada na página 28, Sede Mundial das Testemunhas de Jeová em Warwick, Nova York. A qual podemos encontrar aplicações de técnicas como telhado verde, aproveitamento de matéria prima do próprio terro, acabamento interno não toxico, dentre outras aplicadas no objeto proposto. Portanto, o projeto de proposição atinge seu objetivo levando em consideração as primícias que seguem o tema de estudo. Sendo ele pertinente para a área de atuação do curso de Arquitetura e Urbanismo.

72-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


Resíduos da Construção Civil. Disponível: < www.gr2residuos.com.br >

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sustentabilidade. Disponível: ABNT. ABNT NBR ISO 14001:2004: Sistemas da gestão ambiental –

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade>

Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ABREU, C., Como ser sustentável? Disponível: <http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/como-ser-sustentavel> ARAÚJO, M. A., A moderna construção sustentável. Disponível: http://www.idhea.com.br/pdf/artigos1.asp. CASTRO, A. S., GOLDENFUM, J. A.,1Uso de Telhados Verdes no Controle Qualitativo Quantitativo do Escoamento Superficial Urbano. In: VIII Encontro Nacional de Águas Urbanas. - Rio de Janeiro, 2008. Certificação LEED. Disponível: < http://www.gbcbrasil.org.br>. CplusC Architectural Workshop, Aquas Perma Solar Firma: https://sustentarqui.com.br/casa-autossustentavel-australia/ Manual Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil. Disponível: www.sindusconsp.com.br Michael Habib, Projeto responsável: https://sustentarqui.com.br/projetoresponsavel-bioarquitetura/ LENGEN, Johan Van. Manual Prático do Arquiteto Descalço. Ed.: UFRGS, Porto Alegre, 2004. Oliveira, Diego Rodrigues de et al. Proposta de modelo construtivo em wood frame: bamboo frame no Brasil. 8º Congresso de extensão universitária da UNESP, p. 1-7, 2015. Disponível: <http://hdl.handle.net/11449/142024>. 73-BIOARQUITETURA - PROJETO DE ARQUITETURA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


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