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LABORATÓRIO 5: práticas culturais, socioeconomia e educação PROJETO 5.2. Ciência e cultura na reinvenção educomunicativa Coordenação: Michèle Sato Dezembro de 2011

Penso que os homens deste lugar são a continuação destas águas ~ Manoel de Barros (fotografia: Regina Silva)


SUMÁRIO Pág. 3

Introdução

Pág. 5

Subprojeto 5.2.1 – Comunicação e arte

Pág. 7

Subprojeto 5.2.2 – Biorregionalismo, território, trabalho e conflitos socioambientais

Pág. 11

Subprojeto 5.2.3 – Avaliação Ecossistêmica do Milênio

Pág. 13

Sistematização

Pág. 16

Outras informações

Pág. 15

Bibliografia

Pág. 17

Produção científica

LISTA DE FIGURAS, TABELAS E APÊNDICES Figura 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

pág. 4 4 6 8 9 9 10 11 12 13 14 14 20

título Audiência nos acessos de 3 blogs diferentes Audiência científica pela educomunicação Interação do subprojeto 5.2.1 com os demais laboratórios Interação do subprojeto 5.2.2 com os demais laboratórios Mapa social dos grupos vulneráveis do Pantanal Mapa dos conflitos socioambientais do Pantanal Principais causas dos conflitos socioambientais no Pantanal Interação do subprojeto 5.2.3 com os demais laboratórios Importância do mito nas comunidades Pantaneiras Localização geográfica de São Pedro de Joselândia, Barão de Melgaço, MT Pantaneiros de São Pedro de Joselândia Incidência da pobreza em MT Gráfico da produção científica (2010-2011)

Tabela 1 2

pág. 10 10

título Atividade voltada à economia solidária na região do Pantanal de MT Motivação da criação de empreendimentos da economia solidária

Apêndice A B

pág. 22 24

título Conflitos socioambientais dos municípios pantaneiros de MT Mapa das comunidades pantaneiras de MT


LABORATÓRIO 5 PROJETO 5.2 – CIÊNCIA E CULTURA NA REINVENÇÃO EDUCOMUNICATIVA

INTRODUÇÃO Diversos centros de ciências, museus, eventos, revistas ou seções em jornais, além de todo aparato na Internet como blog, site, listas de discussão ou meios de informação científica circulam cotidianamente num volume de informação absurdamente alto, entretanto a ciência ainda não conseguiu se popularizar na sociedade. Segundo Moura (2011), a última Conferência Mundial de Jornalismo Científico, em Qatar 2011, reuniu 786 jornalistas de 81 países e embora a quantidade de jornalismo científico tenha aumentando, ainda é pequena a audiência das notícias científicas. Um estudo realizado em São Paulo por Carlos Vogt (MOURA, 2011), revela que embora a população tenha admiração pelos jornalistas e pelos cientistas, a maioria (76% da população paulista) ainda não lê notícia científica. Gerenciamos três blogs, o primeiro ligado ao Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT)1, com conteúdo principalmente de Mato Grosso, relacionados aos processos de direitos humanos; o segundo pela Rede Mato-Grossense de Educação (REMTEA)2, abarcando essencialmente as atividades da rede e algumas notícias de meio ambiente; e um terceiro pelo projeto “Ciência e cultura na reinvenção educomunicativa”3, ligado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU). Embora possa parecer um exemplo pueril, as estatísticas do Google também dão provas que a ciência não tem audiência. Os 3 blogs têm criação em meses diferentes, mas todos no primeiro semestre do ano de 2011. Enquanto o blog dos direitos humanos dispara na frente com cerca de 50 acessos diários (14.331 acessos, criado no final de junho de 2011); a REMTEA diminui para 12 acessos diários (2.480 acessos, criado em janeiro de 2011); e finalmente o blog do projeto científico que registra aproximadamente 3 visitas diárias (1.122 acessos, criado em abril de 2011)4 [figura 1]. Segundo Vogt (2010)5, a expressão “cultura científica” tem três sentidos possíveis: a cultura DA, PELA e PARA a ciência. Numa espiral de possibilidades, é uma produção da ciência (pelos cientistas); a educação científica nos níveis profissionalizantes (cientistas, professores e estudantes de graduação e pós-graduação); a popularização das ciências aos níveis mais fundamentais (cientistas, professores, estudantes de todos os níveis, administradores de museus, centros ou estações de ciências); e finalmente a divulgação científica para toda sociedade (com acréscimo dos jornalistas).

1

http://direitoshumanosmt.blogspot.com/ http://remtea.blogspot.com/ 3 http://cienciaeculturanareinvencaoeduco.blogspot.com/ 4 Os números de acesso são do dia 28 de novembro de 2011, 23 horas e 20 minutos. 5 http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=57&id=724 2


abril Acesso mensal

janeiro

Acesso total

junho

Figura 1: audiência nos acessos de 3 blogs diferentes, criados em 2011

O mundo está cheio de fontes e recursos científicos, mas a sociedade ainda não incorporou a cultura científica. O Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) parte da hipótese de que a ciência não possui audiência, e necessita inovar em seus métodos para que a ciência seja conhecida pela sociedade. Ancorados na premissa de Vogt, mas ampliando os cenários, partimos do pressuposto de que há um quadrante de interação entre ciência, educação, comunicação e arte, e que há que se sublinhar o papel da sociedade, para além dos tradicionais protagonistas das ciências. Em outras palavras, compreendemos que a cultura científica necessita da AUDIÊNCIA científica, em seus quatro pilares da educomunicação [figura 2]: (I) Produção e publicação das ciências (cientistas); (II) Educação científica em todos os níveis (cientistas, professores e estudantes); (III) Divulgação científica (cientistas, professores, estudantes, jornalistas, administradores de museus, centros ou laboratórios); (IV) Audiência científica (cientistas, professores, estudantes, jornalistas, administradores de museus, centros ou laboratórios COLETIVAMENTE COM A SOCIEDADE, sendo esta a principal protagonista).

Figura 2: Audiência científica pela educomunicação (Modificado de Vogt, 2010).


A inovação da educomunicação faz emergir o último quadrante, que além de cientistas, professores, jornalistas ou administradores de museus, é a sociedade que necessita absorver a informação científica e devolvê-la à sua maneira. Neste contexto, a educomunicação pressupõe uma intervenção que consiga divulgar a informação científica, promover o processo educativo da aprendizagem científica, incitar a intervenção participativa e finalmente construir a audiência científica contextualizada nos âmbitos biorregionais. No caso específico do projeto 5.2, embora a planície pantaneira seja considerada de forma mais plena, nosso lócus de ação se dá em São Pedro de Joselândia, comunidade que muitas vezes tem seus moradores inábeis em grafar ou ler o mundo das palavras escritas. Neste contexto, a arte tem papel essencial em promover a audiência científica por meio do teatro, desenhos, mapas mentais, pinturas, artesanatos, danças, música ou cadernos pedagógicos produzidos pela e junto com a comunidade. Assim, um segundo objetivo do projeto 5.2 é aliar ciência com poesia amalgamada pela educação ambiental. Para tal audiência científica, 3 subprojetos se aliam em temáticas específicas, dando um conjunto do território e identidades; dos conflitos existentes e dos meios de resistência; das leis e dos desejos de melhoria de vida; da labuta do trabalho e as relações com o artesanato; das relações de gênero e do imaginário mitológico; e finalmente das festas, das canoas, de violas de cochos e tantas outras expressões culturais que formam o mosaico da educação ambiental pantaneira.

SUBPROJETOS SUBPROJETO 5.2.1 - COMUNICAÇÃO E ARTE PESQUISADOR/A Péricles Vandoni Luigi Sousa João Quadros Camila Vandoni Iara Barcelos Aitana Salgado Maria Liete Silva Débora P.Mansilla B.Dielcio Moreira Michèle Sato

STATUS 6º ano fundamental, ELPC 7º ano fundamental, ELPC 8º ano fundamental, SESI 2º ano médio, ELPC 2º ano médio, ELPC Estudante da Espanha Doutoranda UFMT Dra. SEDUC Dr. Comunicações, UFMT Dra. Educação, UFMT

OBJETO INVESTIGATIVO Animais na seca e cheia Animais na seca e cheia Água e fotografia Crianças e as percepções socioambientais Crianças e as percepções socioambientais Jovens e a percepção do ciclo das águas Educomunicação como audiência cientifica Formação de professores e políticas públicas Jornalismo científico Arte, educação científica e materiais educativos

Parceiros: SEDUC, Escola Livre Porto Cuiabá e SESI Escola Suporte financeiro extra: FAPEMAT (jornalismo científico e mapa social), CNPq (mapa social), bolsa de estudos da Espanha (ministério de meio ambiente) Participantes diretos: 95 PESSOAS * Não há dados sobre os estudantes da escola que estiveram envolvidos nas oficinas.


OBJETIVOS GERAIS Promove o diálogo de saberes entre o conhecimento universal (científico) e biorregional (popular) com ênfase na comunicação e pedagogia (educomunicação) que favoreça a mediação entre o INAU e a comunidade. Propõe o jornalismo científico, o programa de rádio comunitária, o mapa mental, e a interação com jovens da escola e da comunidade pela utilização também da Internet (blogs). Além disso, propõe a formação de professores em educação ambiental, fomentando a construção de Projetos Ambientais Escolares Comunitários (PAEC), e promovendo a educação científica de 5 pesquisadores mirins da Escola Livre Porto de Cuiabá e da SESI Escola. Finalmente mantém diálogos de interação com os demais 4 laboratórios para os processos do jornalismo científico, além da estreita parceria com os subprojetos 5.2.1 e 5.2.2 [figura 3].

Figura 3: interação do subprojeto 5.2.1 com os demais laboratórios

METODOLOGIA Fenomenologia (Gilles Deleuze e Maurice Merleau-Ponty) para compreensão dos fenômenos, na interpretação das percepções socioambientais que os moradores possuem do habitat, da biodiversidade, das águas ou dos locais de Joselândia. Pesquisa participante (Paulo Freire) e sociopoética (Jacques Gauthier e Michèle Sato) no sentido da intervenção comunitária, das oficinas de arte, do diálogo entre os saberes (laboratórios do INAU e comunidade), da aprendizagem colaborativa e da produção de novos saberes. Observação participante, entrevistas não estruturadas e oficinas populares, além da pesquisa bibliográfica. RESULTADOS 1. Jornalismo científico na revista “UFMT CIÊNCIAS” (interação com os laboratórios 1, 2, 3, 4 e 5); 2. Classificação dos habitats de Joselândia de acordo com as comunidades (interação com o laboratório 1);


3. Matriz de interação sociedade e ambiente tendo o cambará como tema gerador (interação com os laboratórios 2 e 3); 4. Percepção sobre a saúde (interação com laboratório 4) e dos trabalhos ecossistêmicos (interação com subprojeto 5.2.3); 5. Mapa interativo do território de Joselândia (interação com subprojeto 5.2.2); 6. Processo formativo da educação científica envolvendo os 5 pesquisadores mirins (relatórios de pesquisa no blog do projeto:http://cienciaeculturanareinvencaoeduco.blogspot.com/) EM PLANEJAMENTO • Articulação entre a secretaria de educação para o curso de formação de professores; • Incentivo aos Projetos Ambientais Escolares Comunitários (PAEC); • Número especial da UFMT Ciências referente ao projeto INAU; • Evento sobre jornalismo científico; • Cadernos pedagógicos (cambará e mapa social de Joselândia); • Matriz perceptiva das crianças, homens e mulheres sobre o ambiente pantaneiro.

SUBPROJETO 5.2.2 - BIORREGIONALISMO, TERRITÓRIOS, TRABALHO E CONFLITOS PESQUISADOR/A Eloísa Azeredo Liria dos Santos Rosana Manfrinate Michelle Jaber Samuel Oliveira Regina Silva Edson Caetano Lia Tiriba Alexandre Farias

STATUS Mestranda UFMT Mestranda UFMT Mestre / SEMA Doutoranda UFSCar Dr, REMTEA Dra, Instituto Caracol Dr, educação UFMT Dra, UFF Dr, Economia

OBJETO INVESTIGATIVO Trabalho e economia popular solidária Trabalho e produção dos saberes Gênero e relações com a água Mapa dos conflitos socioambientais Avifauna e etnoconhecimento Mapa social Mapeamento da cultura do trabalho Produção associada (colaboradora eventual) Economia ecológica

Parceiros: SEMA, UFSCar, REMTEA, Instituto Caracol (iC), UFF Suporte financeiro extra: CNPq (mapa social) e FAPEMAT (mapa social) Participantes diretos: 250 pessoas

OBJETIVOS GERAIS Busca compreender o território para além de um mero espaço geográfico, mas um ambiente que possui vidas. Na tessitura cultural, compreende as identidades existentes e seus conflitos socioambientais, bem como os desejos da melhoria da qualidade de vida. Na existência humana, o subprojeto compreende o trabalho como um meio identidário, pesquisando as relações táticas de trabalho e suas relações ambientais. Com forte interação com a avaliação ecossistêmica do milênio, busca, ainda, compreender o conhecimento biorregional sobre a avifauna e suas relações com os trabalhos ecossistêmicos. Enfatiza o papel das mulheres e os conhecimentos tradicionais passados de geração a geração, com cuidados com a saúde, trabalhos e empoderamento feminino.


Figura 4: interação do subprojeto 5.2.2 com os demais laboratórios

METODOLOGIA Fenomenologia (Maurice Merleau-Ponty) para compreensão e interpretação das percepções socioambientais que os moradores possuem do território, conflitos, avifauna, trabalho e relações de gênero. Pesquisa participante (Paulo Freire) e materialismo histórico (Karl Marx) no sentido da reinvenção econômica mais comunitária, com alternativas aos modelos de vida. Da possibilidade de interpretar os agravos ambientais e suas intrínsecas relações com a sociedade por meio da pesquisa do mapa social (Regina Silva). Observação participante, entrevistas semiestruturadas e não estruturadas, pesquisa bibliográfica, cartografia e processos formativos. RESULTADOS 1. Mapa social da região pantaneira com as principais identidades dos grupos sociais vulneráveis [figura 5]; 2. Mapa dos conflitos socioambientais do Pantanal [figura 6]; 3. Matriz de identificação dos principais conflitos socioambientais no Pantanal (apêndice A); 4. Mapa das comunidades Pantaneiras do Estado de Mato Grosso [apêndice B]; 5. Principais causas dos conflitos [figura 7]; 6. Atividades da economia solidária no Pantanal [tabela 1]; 7. Razões para atividades da economia solidária [tabela 2]; 8. 1 tese de doutorado concluída na UFSCar (Samuel Borges de Oliveira Jr); 9. Caderno pedagógico da avifauna e expressões culturais de Joselândia; 10. Caderno pedagógico do mapa social de MT, que inclui o Pantanal.


Figura 5: Mapa social dos grupos vulnerรกveis do Pantanal

Figura 6: Mapa dos principais conflitos socioambientais do Pantanal


Principais causas propulsoras dos conflitos socioambientais do Pantanal mato-grossense Disputa por terra

5%

5%

3%

5%

Desmatamento Assoreamento dos rios

17%

Contaminação hídrica - Esgoto e sedimentos

6%

Pesca e caça predatórias

16%

6%

Contaminação pro minérios

6%

Disputa por água

14%

8%

Turismo desordenado

9%

Empreendimentos - PCH e Hidrovia Falta de saneamento básico Queimada Conflito com unidades de conservação

Figura 7: principais causas dos conflitos socioambientais no Pantanal

TABELA 1 Atividades voltadas à Economia Solidária na região do Pantanal Mato-grossense Quantidade

Municípios envolvidos na pesquisa Barão de Melgaço Cáceres Nossa Senhora do Livramento Poconé Santo Antônio do Leverger TOTAL

15 11 25 39 7 97

TABELA 2 Motivação da criação dos empreendimentos da Economia Solidária Motivos 1. Uma alternativa ao desemprego 2. Obtenção de maiores ganhos em um empreendimento associativo 3. Uma fonte complementar de renda para os(as) associados(as) 4. Desenvolvimento de uma atividade onde todos são donos 5. Condição exigida para ter acesso a financiamentos e outros apoios 6. Recuperação por trabalhadores de empresa privada que faliu 7. Motivação social, filantrópica ou religiosa 8. Desenvolvimento comunitário de capacidades e potencialidades 9. Alternativa organizativa e de qualificação 10. Outro. Qual?

Total 308 236 377 239 222 2 61 84 90 56

EM PLANEJAMENTO • Um curso de extensão sobre economia popular solidária à comunidade de Joselândia, com foco aos membros da associação de micro produtores rurais; • Mapeamento da cultura do trabalho no Pantanal; • Intercâmbio entre as comunidades para aprendizagem coletiva sobre a economia popular solidária;


“Atlas” socioambiental do Pantanal (cultura do trabalho, avifauna, conflitos socioambientais, grupos sociais vulneráveis, trabalhos ecossistêmicos, terras indígenas, expressões artísticas, mitológicas e culturais, entre outras informações).

SUBPROJETO 5.2.3 - AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO PESQUISADOR/A André Manfrinate Adriana Werneck Lúcia Kawahara Imara Quadros Michèle Sato

STATUS Estudante de direito Mestranda UFMT Doutoranda UFMT Doutoranda UFMT Dra, educação UFMT

OBJETO INVESTIGATIVO Lei do Pantanal e a cultura de Joselândia Mitologia Pantaneira Festa e a dimensão cultural do milênio Canoa e a dimensão cultural do milênio Mitologia Pantaneira

Parceiros: REMTEA, Instituto Caracol (iC), OPAN, SESC Pantanal, United Nation Organisation, Cropper Foundation and Sub-Global Assessment (SGA) of Millennium Ecosystem Assessment Suporte financeiro extra: CNPq (mapa social), FAPEMAT (mapa social), SGA & Petrobrás (via OPAN) Participantes: 101 pessoas envolvidas diretamente. Não há cômputo dos envolvidos indiretamente.

OBJETIVOS GERAIS Sob a orientação mundial do programa da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (SubGlobal Assessment), identificamos alguns trabalhos ecossistêmicos de [figura 8]: • SUPORTE nos laboratórios 1, 2 e 3 (fotossíntese, nutrientes, solo, energia); • PROVISÃO nos laboratórios 1, 2, e 3 (alimentos, água, madeira, fibra); • REGULAÇÃO nos laboratórios 1, 2 e 4 (clima, doenças, insumos, resíduos); • CULTURA no laboratório 5 (religiosidade, valores, arte, estética). O subprojeto 5.2.3 faz um mapeamento dos principais trabalhos ecossistêmicos culturais, com especial ênfase: (a) na feitura das canoas; (b) na celebração de festas regionais; (c) na mitologia e valores que movem a fé dos pantaneiros e das pantaneiras; (d) e finalmente do conjunto de leis que existem sobre o Pantanal, buscando validar as atividades comunitárias do ponto de vista legal.

Figura 8: interação do subprojeto 5.1 com os demais laboratórios


METODOLOGIA Fenomenologia (Merleau-Ponty e Bachelard) para compreensão dos fenômenos, na interpretação das percepções socioambientais que os moradores possuem da natureza e dos bens e trabalhos ecossistêmicos. Pesquisa participante (Paulo Freire) e sociopoética (Gauthier e Sato) no sentido da intervenção comunitária. Possui uma forte inspiração etnográfica (Geertz e Bhabha) e, além disso, apoia-se na metodologia do próprio programa da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (Max Finlayson), com especial ênfase nas expressões culturais como festas e feitura de canoas. No campo dos estudos legais, a hermenêutica (Mauro Grün) perfaz a metodologia da compreensão jurídica sobre o Pantanal. RESULTADOS 1. Há pouca compreensão sobre as leis do Pantanal, o que obstaculiza que a comunidade seja favorecida pelo aparato jurídico; 2. Fortalecimento dos canoeiros, por meio de oficinas e a produção de um caderno pedagógico que pode favorecer a atração de turismo cultural e ecológico, valorizando o saber local; 3. Nas festas realizadas, a maioria dos produtos chega de fora da comunidade. Por exemplo, na festa de Cosme e Damião, 26 produtos são oriundos dos trabalhos ecossistêmicos de Joselândia, contra 35 de fora, revelando que aos poucos, a comunidade tem modificado seus hábitos e a cultura está menos “sustentável”; 4. Sistematização de algumas narrativas mitológicas e “seres encantados” do Pantanal, contribuindo para que as políticas públicas considerem a religiosidade, espiritualidade e valores como elementos das políticas públicas [figura 9]; 5. 1 oficina internacional com Max Finlayson e representantes indígenas para a compreensão da avaliação ecossistêmica do milênio e a produção de um caderno pedagógico escrito pelos próprios índios, com proposições para melhoria da qualidade de vida.

Figura 9: importância do mito na comunidade pantaneira


EM PLANEJAMENTO • Produção de um caderno pedagógico sobre as leis referentes ao Pantanal, bem como os riscos da aprovação do zoneamento e do código florestal; • Produção de um livro que alie a feitura da canoa com o turismo cultural, com as expressões artísticas e com os trabalhos ecossistêmicos para melhoria da qualidade de vida; • Compreender outros trabalhos ecossistêmicos como a viola de cocho, o pilão, a gamela, o laço e o coxonilho, artefatos culturais intrinsecamente oriundos da natureza e com potencial econômico local; • Compreensão dos trabalhos ecossistêmicos pela comunidade; • Sistematização da relação das festas com os trabalhos culturais; • Produção de um caderno pedagógico sobre a etnografia das festas e as relações com a avaliação ecossistêmica do milênio; • Sistematização da mitologia pantaneira; • Cartografia do imaginário, inicialmente indígena, mostrando os pontos cartográficos dos espíritos e da mitologia; • Produção de um caderno pedagógico sobre a cartografia do imaginário.

SISTEMATIZAÇÃO Embora alguns membros do projeto 5.2 trabalhem com vários municípios do Pantanal, considerando aspectos genéricos de Barão de Melgaço, Cáceres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Santo Antônio de Leverger, nosso lócus de atuação e pesquisa se dá em São Pedro de Joselândia, que apresenta um complexo de comunidades. Em outras palavras, sobrevoamos a paisagem pantaneira, mas pousamos em Joselândia para as intervenções, vivências e estudos empíricos [figura 10].

Figura 10: Localização de São Pedro de Joselândia, Barão de Melgaço, MT (SILVA; JABER; SATO, 2011).


Joselândia é um local bastante religioso, cujas festividades mantêm estreita conexões com os marcos religiosos cristãos, em especial à católica, que tem São Pedro como padroeiro da região. Vivem de maneira simples, mas sentem-se livres e felizes [figura 11]. As tradicionais expressões culturais estão sendo perdidas (cururu, siriri, viola de cocho, redes, etc.) e os novos valores são impostos principalmente pelos jovens. Tradição e inovação se conjugam neste espaço que ainda resiste aos avanços da Modernidade, mantendo algumas expressões culturais amalgamadas pela memória, narrativas, crenças e valores.

Figura 11: Pantaneiros de São Pedro de Joselândia (Fotografias: Regina Silva).

Há muito trabalho informal na região e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região pantaneira é um dos mais baixos em todo estado de MT. Constatamos que o Pantanal está sendo ameaçado pelas tendências desenvolvimentistas, já que o modo de vida pantaneiro está sendo alterado pela pecuária extensiva, pela exploração intensiva, seguida do desmatamento e da deterioração dos cursos de água. Embora a mídia e os discursos políticos enfatizem que os projetos desenvolvimentistas trazem riquezas, essas atividades não têm oferecido melhor qualidade de vida aos moradores da região. Isso é possível de observar pelo mapa de pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros (IBGE, 2008), em que os locais mais pobres de MT concentram-se na região do Pantanal [figura 12].

Figura 12 – Incidência de pobreza em MT Fonte: IBGE, 2008.


Sem enfatizar o lado utilitarista da pesquisa, reconhecemos que nem sempre a ciência resolve problemas. Todavia, no marco essencial da investigação em ciências humanas, com ênfase na educação ambiental, o projeto 5.2 busca investigar diversos temas: educação científica, jornalismo ambiental, educomunicação, arte, território, identidades, gênero, etnoconhecimento da avifauna, cultura do trabalho, economia popular e solidária, economia ecológica, conflitos socioambientais, trabalhos ecossistêmicos, canoas, festas religiosas, mitologia e legislação do Pantanal. Todos os pesquisadores envolvidos são preocupados em promover a audiência científica, por meio de cadernos pedagógicos construídos junto com as comunidades. A educação científica se dá em todos os níveis, desde o ensino fundamental, médio, graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. A identidade é outro tema transversal no projeto, já que investigamos a área pantaneira por meio de entrevistas com moradores e suas narrativas são essenciais à nossa pesquisa qualitativa essencialmente fenomenológica. Reconhecemos que as ciências acadêmicas não são as únicas fontes de conhecimento humano, e que as populações tradicionais possuem histórias, narrativas, mitos, crenças e fé que encerram um outro arcabouço de sabedorias que, se somados aos acadêmicos, podem melhorar o jeito de viver. A tessitura da educação ambiental, assim, despe-se do “ensino científico” e advoga por um “diálogo de saberes”. É a formação de um grupo pesquisador entre a universidade e a comunidade, construindo conhecimentos biorregionais pelo patrimônio universal consagrado pelas ciências, e que ousa a guinada conceitual e não apenas divulgar as ciências, mas essencialmente construir sua audiência pela pesquisa participativa e sociopoética. E porque somos diversos, cada ser humano tem suas marcas indeléveis de crenças e valores que corroboram na matriz perceptiva dos estudos fenomenológicos da educação ambiental. Nesta construção que nem sempre tem consenso, mas que também enfrenta seus momentos de caos e recuos, os avanços surgem pela criatividade e coragem de sair da mesmice, da mera reprodução da ciência ou da cópia de modelos hegemônicos. Todavia, também pela produção do novo, ainda que seja arriscado e com tendências a erros, mas, sobretudo na originalidade e na abrangência em se tramar diversas temáticas que possam fiar um mosaico que seja significativo e fidedigno ao cotidiano local. A rede ainda está sendo tecida e dá pistas que o balanço tem interrupções e que nem sempre se consegue bons sonhos, mas é na trança dos desejos que o labirinto se desfaz revelando a eloquência da esperança. REFERÊNCIAS IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA). Mapa da pobreza e desigualdade dos municípios brasileiros 2003. Rio de Janeiro: IBGE, 2008. MOURA Mariluce. Atrair a atenção do público é o grande desafio para os satisfeitos jornalistas de ciência. Revista de Pesquisa Fapesp, n. 188, outubro de 2011, p. 28-31. http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4524&bd=1&pg=1&lg= VOGT, Carlos. Ciência e bem-estar cultural. In Comciencia, revista eletrônica de jornalismo científico. Edição de 10 de junho de 2010 [http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=57&id=724]. Download: 10/06/10.


OUTRAS INFORMAÇÕES - COOPERAÇÃO COM OUTROS PROJETOS 1. Cartografia Social, com financiamento da Fapemat e CNPq; 2. O berço das águas, sob coordenação da Operação Amazônia Nativa (OPAN), com financiamento da Petrobrás; 3. Mapa social, com financiamento e suporte do Ministério Público Estadual; 4. Sub-Global Assessment of Millennium Ecosystem Assessment, Japan, Kenya, Trinidad and Tobago; 5. Ramsar Educational Committee, with Uganda Conservation Project.

Number of completed postdocs during the period. 0

- Number of postdocs in progress during the period. 0

- Number of PhD theses in progress during the period. 4

- Number of PhD theses completed during period. 2

- Numbers of Master dissertations completed during the period. 0

- Number of Masters dissertations in progress during the period. 4

- Number of Scientific Initiation students trained during the period. 1

- Number of Scientific Initiation students in progress. 1

- Number of junior students trained in progress 1

- POTENCIAL DE APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS FORMADOS: Setor público, essencialmente. - INTERAÇÃO COM O SETOR EMPRESARIAL: Sesc Pantanal. - POLÍTICAS PÚBLICAS: Além da presença de vários pesquisadores, o GPEA possui forte militância e abrange representantes do governo. Nossas pesquisas aliam, desta maneira, o pensar epistemológico das pesquisas, a práxis inscrita na militância e a ética axiomática no conjunto de proposições às formulações de políticas públicas.


PRODUÇÃO CIENTÍFICA (2010-11) (*) ATENÇÃO: As produções abaixo não são totalizantes de nossas vidas acadêmicas, mas foram selecionadas apenas aquelas que possuem relação à educação ambiental no contexto do Projeto INAU, seja em forma de contribuição nascida dentro do projeto ou para o projeto. ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS 1. JABER, Michelle Tatiane, SATO, Michèle. Polissemia dos conflitos ambientais do estado de Mato Grosso. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental. , v. 24, p. 443 - 459, 2010. 2. SATO, Michèle, TRAJBER, Rachel. Educar para a sustentabilidade. Pátio (Porto Alegre. 2002). , v. 2, p. 18 - 22, 2010. 3. SILVA, Regina Aparecida da, SATO, Michèle. Territórios e identidades: mapeamento dos grupos sociais do Estado de Mato Grosso - Brasil. Ambiente e Sociedade (Campinas). , v. 13, p. 261 - 281, 2010. Submetidos com aprovação, aguardando publicação: 1. QUADROS, Imara; SATO, Michèle; KAWAHARA, Lúcia. Deslizando da margem à correnteza: a mobilidade da canoa na arte da educação ambiental. AmbientalMente Sostenible. Galícia: Universidad de Coruña, 2012 (prensa). 2.SATO, Michèle; SILVA, Regina; JABER, Michelle. The roads of the social map: the insurgency of a research methodology in participatory mappings. Edited by Kate McCoy, Eve Tuck, and Marcia McKenzie, Environmental Education Research. Special issue Land Education: Indigenous, postcolonial, and decolonizing perspectives on place and environmental education research. Oxford: Routledge, 2012 (in press). Submetidos, aguardando parecer: 1. JABER, Michelle; SATO, Michèle. O mapeamento dos conflitos socioambientais do Estado Mato Grosso – Brasil. Submetido para apreciação da revista “Sociedade e Ambiente” da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 2. SILVA, Maria Liete; SATO, Michèle. Áreas Úmidas: a educomunicação socioambiental e a multiplicidade de saberes. Submetido para apreciação da revista “Pesquisa em Educação Ambiental” da Universidade de São Paulo (USP).

LIVRO ORGANIZADO 1. SATO, Michèle (Org.). Eco-Ar-Te para o reencantamento do mundo. São Carlos: RiMa & Cuiabá: FAPEMAT, 2011, 351 p. CAPÍTULOS DE LIVROS PUBLICADOS 1. QUADROS, Imara. Arte popular: trilheira para a arte-educação-ambiental. In: SATO, Michèle (Org.). Eco-Ar-Te para o reencantamento do mundo. São Carlos: RiMa Editora & Cuiabá: FAPEMAT, 2011, p. 52-61. 2. SATO, Michèle. Cartografia do imaginário no mundo da pesquisa In: Educação ambiental para o semiárido. 1 ed. João Pessoa: EDUFPB, 2011, v.1, p. 539-569. 3. SATO, Michèle. Po-Éticas da educação ambiental In: Eco-Ar-Te para o reencantamento do mundo. São Carlos: RiMa & Cuiabá: FAPEMAT, 2011, v.1, p. 1-8. 4. SATO, Michèle. Territórios, identidades e ecologia de resistência In: Educação ambiental no mundo globalizado. 1 ed. João Pessoa: UFPB, 2011, v.1, p. 27-38. 5. SATO, Michèle, PASSOS, Luiz Augusto. Aato to kankyou kyouiku In: EDS (Jizoku kanou na kaihatsu no tame no kyouiku) wo tsukuru - chiiki de hiraku mirai he no Kyouiku. 1 ed. Kyoto : Minerva-shobo Press, 2010, v.1, p. 213-233.


6. SILVA, Maria Liete Alves. O cinismo do mundo. In: SATO, Michèle (Org.). Eco-Ar-Te para o reencantamento do mundo. São Carlos: RiMa Editora & Cuiabá: FAPEMAT, 2011, p. 134-141.

TRABALHOS PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS QUALIS (COMPLETOS) 1. CAETANO, E. ; SANTOS, L. K. . Reestruturação do processo produtivo: produção associada. In: I Seminário Nacional da Pós-Graduação em Ciências Sociais, 2011, Vitória. I Seminário Nacional da PósGraduação em Ciências Sociais, 2011. 2. KAWAHARA, L. S., QUADROS, I. P., SATO, Michèle. Arte popular e educação ambiental de resistência no pantanal: integrando saberes em diálogo In: V EPEA - Encontro “Pesquisa em Educação Ambiental”, 2011, Ribeirão Preto: V EPEA - Encontro “Pesquisa em Educação Ambiental”. Ribeirão Preto: USP, UNESP & UFSCar, 2011. v.1. p.1 - 14 3. KAWAHARA, L. S., QUADROS, I. P., SATO, Michèle. Pedagogia Pantaneira no trançado da identidade dos canoeiros, pela linguagem bilíngue da arte-educação-ambiental In: 34 reunião anual da anped, 2011, Natal: 34 reunião anual da anped. Natal: Anped & Ufrn, 2011. v.1. p. 1 – 16. 4. QUADROS, I. P., SATO, Michèle. Caminhos, encontros e escutas: fios de uma cosmonarrativa In: X Encontro de Pesquisa em Educação da ANPEd Centro-Oeste - Desafios da produção e divulgação do conhecimento, 2010, Uberlândia/MG. Anais do X Encontro de Pesquisa em Educação da ANPED Centro-Oeste - Desafios da produção e divulgação do conhecimento. , 2010, p. 1 - 15. 5. SATO, Michèle. Pot-pourri da ecologia de resistência. 34ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (ANPEd): Seção especial - direitos humanos, sujeitos e movimentos sociais: educação do campo, quilombola, ambiental e relações de gênero. In: 34 reunião anual da ANPEd, 2011, Natal: 34 reunião anual da ANPEd. Natal: ANPEd & UFRN, 2011. v.1. p.1 – 24.

CADERNOS PEDAGÓGICOS 1. OLIVEIRA JÚNIOR, Samuel Borges de, SATO, Michèle. São Pedro de Joselândia. Caderno Pedagógico. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2011. 2. QUADROS, I. P., SATO, Michèle, CORREIA FILHO, J. G. No caminho das águas, a feitura da canoa. Caderno Pedagógico. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2011. 3. SATO, Michèle, BUSATTO, I., SILVA, Maria Liete Alves, SILVA, Regina Aparecida da, FANZERES, A., REGINA, A. W., LIMA, Artema, JABER, Michelle Tatiane, ALBERNAZ, R., QUADROS, I. P., KAYABI, E. Avaliação ecossistêmica do milênio e o pensamento indígena. Caderno Pedagógico. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2011. 4. SILVA, Regina Aparecida da, SATO, Michèle. Mapa social. Caderno Pedagógico. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2011. Fascículos pedagógicos – Série Avaliação Ecossistêmica do Milênio 1. SATO, Michèle et al. Avaliação Ecossistêmica do Milênio: Comunidades. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2010. 2. SATO, Michèle et al. Avaliação Ecossistêmica do Milênio: Juventudes. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2010. 3. SATO, Michèle et al. Avaliação Ecossistêmica do Milênio: Tomadores de decisão. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2010.

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS COM PÔSTER 1. AZEREDO, Eloisa Rosana. CAETANO, Edson. As Mulheres da Associação Comunitária e de Micro Produtores Rurais de Joselândia: Um estudo sobre Trabalho e Produção de Saberes, II Semana Acadêmica da UFMT, 2011, Brasil. 2. CAETANO, Edson. AZEREDO, Eloisa Rosana. SANTOS, Liria Keli dos. GUERINO, Mariana de Fátima. Identidades, Trabalho e Cultura em São Pedro de Joselândia. II Semana Acadêmica da UFMT, 2011, Brasil. 3. JABER, Michelle; SATO, Michèle. Mapping of the socio-environmental conflicts: A look at the Pantanal of São Pedro de Joselândia. 2nd SCIENTIFIC EVALUATION MEETING OF INCT ÁREAS ÚMIDAS (INAU), Cuiabá. 2011.


4. KAWAHARA, L. S. I. ; QUADROS, I.; SATO, M. . Canoa pantaneira: a arte de esculpir uma identidade cultural de resistência. II Seminário REMP/MT: Olhares Educativos Sobre História, Memória E Arte. Canoa Pantaneira. Cuiabá, MT. 2011. 5. KAWAHARA, L. S. I. ; QUADROS, I.; SATO, M. Iconografias de um natifúndio guardador de águas: educação ambiental e arte popular da canoa pantaneira. II Seminário REMP/MT: Olhares Educativos Sobre História, Memória E Arte. Cuiabá, MT. 2011. 6. KAWAHARA, L. S. I. ; Festa de São Pedro e o saber pantaneiro observados à luz da Educação Ambiental. II SEMANA ACADÊMICA DA UFMT. Cuiabá, MT: 2011 7. KAWAHARA, L. S. I. ; QUADROS, I.; SATO, M. Canoe of Pantanal: an sculpture art of resisting cultural identity . 2nd SCIENTIFIC EVALUATION MEETING OF INCT ÁREAS ÚMIDAS (INAU), Cuiabá. 2011. 8. QUADROS, I.P. Educação Ambiental e arte popular da canoa pantaneira: iconografias de um natifúndio guardador de águas. II Semana Acadêmica da UFMT. Cuiabá, MT: 2011. 9. SANTOS, Liria Keli dos. CAETANO, Edson. Trabalho e Construção de Saberes na Comunidade do Imbé. II Semana Acadêmica da UFMT, 2011, Brasil. 10. SILVA, Maria Liete Alves. Joselândia: a educomunicação e o diálogo de saberes. II SEMANA ACADÊMICA DA UFMT. Cuiabá, MT: 2011 11. SILVA, Maria Liete Alves. Educommunication and creating spaces of dialogue 2nd SCIENTIFIC EVALUATION MEETING OF INCT ÁREAS ÚMIDAS (INAU), Cuiabá. 2011.

TRABALHOS PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS (RESUMOS) 1. OLIVEIRA JÚNIOR, Samuel Borges de, SATO, Michèle. Conhecimento local das áreas úmidas pantaneiras por moradores do distrito de Joselândia, Barão de Melgaço/MT In: VI Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - Territórios e Identidades, 2010, Cuiabá/MT. Anais do VI Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - Territórios e Identidades. , 2010. p. 258 – 259. 2. QUADROS, I. P., SATO, Michèle. Caminhos, encontros e escutas: fios de uma cosmonarrativa In: X Encontro de Pesquisa em Educação da ANPEd Centro-Oeste - Desafios da produção e divulgação do conhecimento, 2010, Uberlândia/MG. Anais do X Encontro de Pesquisa em Educação da ANPEd Centro-Oeste - Desafios da produção e divulgação do conhecimento. , 2010. p. 441 – 441. 3. QUADROS, I. P., SATO, Michèle. Urdindo serviços ecossistêmicos artísticos-culturais In: VI Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - Territórios e Identidades, 2010, Cuiabá/MT. Anais do VI Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - Territórios e Identidades. , 2010. p.61 - 61 4. SILVA, Maria Liete Alves, SATO, Michèle. A educomunicação e a construção de mapas de serviços ecossistêmicos In: VI Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - Territórios e Identidades, 2010, Cuiabá/MT. Anais do VI Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - Territórios e Identidades. , 2010. p. 46 – 48.

TRABALHOS TÉCNICOS 1. JABER, Michelle Tatiane, SILVA, Regina Aparecida; SATO, Michèle. Relatório Estadual de Direitos Humanos e da Terra. Relatório Estadual. Cuiabá: GPEA, UFMT, 2011. 2. JABER, Michelle Tatiane, SATO, Michèle. Mapa dos conflitos socioambientais, 2011. (Mapa, Cartas, Mapas ou Similares). 3. SILVA, Regina Aparecida da, SATO, Michèle. Mapa dos grupos sociais, 2011. (Mapa, Cartas, Mapas ou Similares).

MATÉRIA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM JORNAIS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1. SATO, Michèle. Antagonismo da liberdade. Revista Sina. Cuiabá/MT, p. 15 - 16, 2010. 2. SATO, Michèle. Uma Carta da Terra escrita pela educação ambiental. Revista Sina. Cuiabá/MT, p. 22 - 23, 2010.


MANUSCRITOS 1. SILVA, Maria Liete Alves. Cambará: espaços de intercientificidade. (Manuscrito) 2. KAWAHARA, L. S. I. Grupo pesquisador em educação ambiental: aprendendo nas “estradas de chão e de água” do pantanal. (Manuscrito)

SINOPSE ARTIGO 3 publicados 2 submetidos e aprovados, aguardando publicação (1 em inglês) 2 submetidos, aguardando parecer LIVRO 1 livro organizado CAPÍTULO DE LIVRO 6 capítulos de livros publicados TRABALHO COMPLETO 5 trabalhos completos em eventos Qualis MATERIAL EDUCATIVO 4 cadernos pedagógicos com ISBN 3 fascículos pedagógicos EVENTO CIENTÍFICO 11 pôsteres 5 resumos TRABALHO TÉCNICO 2 mapas técnicos com ISBN 1 relatório de direitos humanos MATÉRIA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA 2 textos em revista de comunicação de massa MANUSCRITO 2 artigos em desenvolvimento Figura 13: Gráfico da produção científica (2010-11)


PROJETO 5.2. INAU

RELATÓRIO DE PESQUISA PROJETO 5.2 Ciência e Cultura na Reinvenção educomunicativa Cuiabá: 01 de dezembro de 2011. AUTORIA DESTE RELATÓRIO: Michèle Sato (Coordenadora) André Manfrinate Eloísa Azeredo Imara Quadros Liria Santos Lúcia Kawahara Maria Liete A. Silva Michelle Jaber Regina Silva Rosana Manfrinate Samuel Borges de Oliveira Jr


APÊNDICE A - Conflitos socioambientais dos municípios pantaneiros Organizado por: Jaber, M. & Sato, M. (Fonte: I e II Seminários de Mapeamento Social. GPEA/UFMT, GTMS) Região de Planejamento

Região 07 – PóloCáceres

Municípios que compõe

Causas propulsora dos conflitos socioambientais

Grupos Sociais envolvidos

Município de ocorrência

Araputanga / Cáceres/ Campos de Júlio / Comodoro / Conquista D’Oeste / Curvelândia/ Figueirópolis D’Oeste / Glória D’Oeste / Indiavaí / Jauru / Lambari D’Oeste / Mirassol D’Oeste / Nova Lacerda / Pontes e Lacerda / Porto Esperidião / Reserva do Cabaçal / Rio Branco / Salto do Céu / São José dos Quatro Marcos / Sapezal / Vale de São Domingos /Vila Bela da Santíssima Trindade

Construção da Hidrovia Paraguai-Paraná;

Pantaneiros, ecologistas x empresários, governantes Pantaneiros, ecologistas x grandes prod. rurais e governantes MST x Incra

Cáceres

Pantaneiros, ecologistas, comunidade local x grandes prod. rurais e governantes Morroquianos x Icmbio

Cáceres

Caceresenses x Estado

Cáceres

Agricultoresfamiliares x fazendeiro

Cáceres – Com. São Bento

Morroquianos x acampados

Cáceres

Morroquianos x grandes produtores rurais Ecologistas, agricultores familiares x Estado IndígenasNambikwara x Posseiros

Cáceres

Ribeirinhos, assentados x grileiros, grandes produtores rurais

Cáceres

Desmatamento, assoreamento das nascentes e dos rios; Disputa por território, falta de regularização fundiária; Uso abusivo de agrotóxicos e disputa por água;

Conflito entre comunidades e unidade de conservação (UC); Moradias inadequadas, queimadas e falta de saneamento básico; Controle da mina d’água por fazendeiro; Disputa por território - ocupação ilegal por acampados; Desmatamento (monocultura da teça), disputa por territórios; Contaminação hídrica, assoreamento do rio, disputa por água; Desmatamento l, disputa por território e ameaças de morte; Assoreamento do rio, falta de água, desmatamento; Desmatamento, assoreamento de rios e pesca predatória; Disputa por território, desmatamento ilegal, extração ilegal de minérios;

Cáceres, Cáceres

Cáceres

Cáceres Comodoro

Cáceres Porto Esperidião


Região de Planejamento

Região 06 – PóloCuiabá

Municípios que compõe

Causas propulsora dos conflitos socioambientais

Grupos Sociais envolvidos

Município de ocorrência

Acorizal / Barão do Melgaço / Chapada dos Guimarães / Cuiabá / Jangada / Nobres /Nossa Senhora do Livramento / Nova Brasilândia / Planalto da Serra / Poconé / Rosário Oeste / Santo Antônio do Leverger / Várzea Grande

Desmatamento para pecuária extensiva, contaminação hídrica e disputa por território, queimadas; Resíduos sólidos vindos pelo rio Cuiabá, aterram os corixos e córregos; Pesca Predatória, matança de animais silvestres e turismo predatório; Assoreamento dos rios, desmatamento e contaminação hídrica (sedimentos e agrotóxicos); Extração ilegal de minérios, assoreamento;

Pantaneiros x grandes produtores rurais

Barão de Melgaço – Comunidades de Joselândia Barão de Melgaço – Comunidade Estirão Poconé – Parque Nac. do Pantanal – PA Limoeiro Poconé – PARNA

Pantaneiros x garimpeiros

Poconé

Conflito entre comunidades biorregionais e unidade de conservação (RPPN/SESC); Turismo predatório, ocupação em áreas de preservação permanente, desmatamento;

Pantaneiros x empresários

Barão de Melgaço

Pescadores artesanais x turistas

Barão de Melgaço

Disputa por território, falta de demarcação de território quilombola, desmatamento ilegal, queimadas, falta de saneamento básico; Disputa por território, assoreamento dos córregos e contaminação do solo por garimpos, Disputa por água (controle da Mina d’água);

Quilombolas x grandes produtores rurais

Nossa Senhora do Livramento. Mata Cavalo

Quilombolas x grandes produtores rurais x garimpeiros e fazendeiros

Poconé

Pesca Predatória e assoreamento dos rios; Pesca predatória - discriminação dos pescadores profissionais e fazendeiros;

Pantaneiros x pescadores Pantaneiro x fazendeiro x pescador

Poconé Barão de Melgaço

Pesca predatória, poluição dos rios (resíduos sólidos vindos de Cuiabá); Turismo predatório;

Disputa por território (quilombolas x fazendeiros), desvio do leito do rio acabando com rio;

Pantaneiros x moradores da região do planalto Pantaneiros x turistas e caçadores Pantaneiros x prod. rurais x garimpeiros

Barão de Melgaço pescadores profissionais x turistas

Quilombolas x fazendeiros

Praia do Poço Santo Antonio do Leverger Poconé – comunidade do Jejum


APÊNDICE B - MAPA DAS COMUNIDADES PANTANEIRAS DO ESTADO DE MATO GROSSO. Organização: R. SILVA; M. SATO, 2011.

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