1 minute read

Famílias dormem juntas para vencer frio de 5 oC e chuva

Clayton neves Karina Campos

“Frio é bom para quem tem condições de aproveitar”. A frase é dita por Gleidiana dos Santos, 50 anos, moradora da favela Mandela. Para quem não tem como se aquecer, a frente fria não é nada confortável. A chuva que não deu trégua em Campo Grande nesta quarta-feira (14) castigou comunidades carentes, erguidas de forma improvisada com telhas e lonas.

Advertisement

Dona Maria abriu as portas da casa pela manhã para mostrar a realidade de quem tem pouco. A casa de poucos cômodos tem goteiras espalhadas. A alternativa foi improvisar uma “cabana” com lona e cobertores em volta da única cama, a mesma que abrigou os 4 netos. Foi necessário dormir junto, na tentativa de se esquentar.

“Não dormi essa noite, fico cuidado e protegendo [netos] enquanto chovia. Teve dia que dormimos segurando um guarda-chuva. Fiz uma cabana com as cobertas para não molhar e sentir o vento gelado. Ganhei umas cobertas, mas elas molham tudo com a chuva”, disse a mulher de 67 anos.

‘Sacolinha nos pés’

Entre as vielas, a água acumula, a falta de escoamento deixa a trilha barrenta e escorregadia. Dona Maria fala que é necessário usar sacolinha nos pés para chegar ao destino. Ela reforça que outras casas teriam o acesso dificultado pelo barro e acúmulo de água. “Minha casa não está entre as piores”.

Cerca de 200 famílias vivem na comunidade. Gleidiana relata que o frio nunca é opção aproveitável e aconchegante para os carentes. Ter o barraco sem goteira ou frestas para

Homem de 57 anos é encontrado morto com sinais de hipotermia

Danielle errobiDarte

Sidirlei Carvalho, 57 anos, foi encontrado morto com sinais de hipotermia na Rua Osvaldo Aranha, no Jardim Monumento, na manhã desta quarta-feira (14). A perícia não constatou sinais de violência no corpo.

A Polícia Civil e a Perícia constataram o óbito, possivelmente ocasionado por hipotermia em decorrência do frio. O corpo foi encontrado por um funcionário de uma madeireira.

A polícia e o Samu foram acionados logo que o funcionário chegou e viu o morador de rua na calçada. Ele ainda foi verificar se o homem estava respirando e, como viu que não, acionou o socorro.

This article is from: