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TRANSPORTE COLETIVO | PÁGINA
from Midiamax Diário | 16 de janeiro de 2023 | Primeiro feminicídio do ano no Estado tem mulher de 49 ano
TRANSPORTE COLETIVO Sem reajuste salarial, motoristas de ônibus admitem greve
Mariane Chianezi
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Em espera por definição de reajuste salarial, motoristas do transporte público podem entrar em greve nesta semana. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano aguarda resposta das empresas para definir sobre paralisação a partir de quarta-feira (18).
Conforme o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, ofício foi encaminhado às empresas para que um posicionamento sobre o reajuste seja dado até terça (17). No dia 29 de dezembro, a categoria tinha reunião com o Consórcio Guaicurus –que reúne as concessionárias do setor– para definir o reajuste, mas empresários pediram prazo para nova reunião.
“Eles tinham pedido um prazo para tentar resolver a demanda deles com a prefeitura e hoje [sexta-feira, 13] encaminhei o ofício dando um prazo para resolver até terça, dia 17. Esse é o tempo máximo. Após isso, vamos tomar as medidas que acharmos que devemos tomar”.
Sobre possibilidade de greve, Freitas disse que há chance dos motoristas cruzarem os braços a partir do prazo estabelecido.
“É uma ferramenta que temos para pressionar. Se for preciso, vamos usar. Não vamos dar mais prazo, o que tinha que acontecer já aconteceu. Sei que atrapalha muita gente, mas se nada tiver definido até terça, vamos usar essa ferramenta”.
Negociação de reajuste
Há cerca de um mês os motoristas estão em diálogo com as detentoras da concessão. Eles pedem reajuste de 16%, mas os
Jornal Midiamax/Arquivo
Transporte coletivo pode parar em meio a negociação, afirma sindicalista
empresários ofereceram 6,4%.
Desde 22 de dezembro motoristas alertam sobre a paralisação. Neste dia o consórcio afirmou que a formalização de acordo passa pela definição da prefeitura a respeito do reajuste tarifário.
Em reunião da empresa com a categoria no dia 27 de dezembro, foi proposto aos motoristas reajuste de 6,4%, mas o sindicato rejeitou inicialmente. Um novo encontro foi marcado para o dia 29 e adiado após pedido do Consórcio Guaicurus. Desde então, não foi definida nova data de reunião.
Passagem a R$ 8?
Anualmente feito em novembro, as empresas de ônibus consideram que o reajuste da passagem do transporte público pode chegar a R$ 8. Atualmente, ela custa R$ 4,40 aos passageiros, mas, de acordo com o diretor-executivo do Consórcio, Robson Strengari, o novo preço considera diversos fatores, como a alta do combustível e INPC.
“O estudo ainda não foi concluído e a Agereg que decide, mas o reajuste chega em torno de R$ 8. Ainda temos nesse mês a negociação de reajuste salarial de funcionários, temos assuntos em andamento para mudanças”, afirmou. (MC)
EDUCAÇÃO
Sai designação para matrícula de alunos na Rede Estadual
PrisCilla Peres
A Secretaria Estadual de Educação publicou neste domingo (15) a lista de designação com os estudantes cadastrados na segunda etapa da pré-matrícula da Rede Estadual de Ensino, realizada entre 9 e 13 de janeiro. O passo seguinte será a efetivação da matrícula.
A lista está disponível no portal da Matrícula Digital (em http://www.matriculadigital. ms.gov.br) com os nomes dos estudantes e das escolas. A designação segue a ocupação das vagas nas unidades apontadas como 1.ª, 2.ª ou 3ª opções.
Para garantir a presença do estudante na Rede Estadual, pais ou responsáveis deverão seguir até a unidade designada com os documentos necessários.
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Atendimento
A SED disponibiliza contato com a equipe da Central de Matrículas pelo 0800-647-0028. Pais ou responsáveis podem buscar atendimento na sede da Central, na Rua Joaquim Murtinho, 2.612, Itanhangá Park. A Central funciona das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira.
Passageira abre guarda-chuva em ônibus para ‘fugir’ de goteira
Os desafios para andar no transporte público de Campo Grande são inúmeros: pontos descobertos, ônibus atrasados e terminais em situação precária, dentre outros. Mas em dias chuvosos, as dificuldades tornam a peleja ainda mais complicada.
Na sexta-feira (13), em que choveu na maior parte do dia, usuária tomou chuva no ônibus da linha 080 (Terminal Aero Rancho-General Osório). Para evitar se molhar onde deveria estar resguardada do temporal, ela abriu seu guarda-chuva.
Não é a primeira vez que passageiros recorrem ao método: o Jornal Midiamax já noticiou situação semelhante. “É assim que querem subir o valor do passe? Isso é coisa que nós usuários do transporte passamos”, disse uma leitora.
Fala Povo/WhatsApp
Flagrante mostra mais uma usuária recorrendo a guarda-chuva em ônibus
Chuva é desafio
Para a gerente de loja Maikele Paim de Souza, 28 anos, os horários dos ônibus, que já são atrasados, ficam mais complicados em dias de chuva. Uma das principais reclamações são os pontos de ônibus descobertos.
“Quando chove, os horários ficam piores, geralmente não é certo, fica mais complicado ainda. Deviam colocar mais ônibus, quando começa a chover forte a pessoa não consegue sair de casa, e aí ela perde o ônibus. Tem ponto com buraco, ficam cheios de lama ou não tem nem cobertura. Como você vai ficar esperando na chuva?”, disse.
Alaide de Jesus Pereira, 52, disse à reportagem que a chuva causa diversos atrasos nas linhas e deixa os trajetos até chegar no trabalho ou em casa bem mais longos. “Falta transporte a mais e a gente precisa ficar esperando nos pontos embaixo de chuva”, pontua.
Ela pega ônibus no Centro para o Terminal Guaicurus e lá, o 126 para ir ao Los Angeles. “Se eu perco o do Centro, perco o do terminal também. Na chuva, eles demoram. A pandemia ainda não acabou, mas os ônibus estão lotados. Nos pontos de ônibus não tem um que você não se molha. Se vem chuva de vento, mesmo nos terminais você se molha”. (MC)
Justiça barra decisão que anulava perdão de 269 multas às concessionárias
Mayara Bueno adriel Mattos
A Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu manter nulas 269 multas aplicadas pela Prefeitura de Campo Grande contra o Consórcio Guaicurus, que reúne as concessionárias do transporte coletivo da cidade.
Decisão da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Municipais) expedida em 2022 tinha anulado o perdão às penalidades e, diante da iminente obrigatoridade de pagamento, as empresas de ônibus procuraram o Judiciário.
Na decisão do juiz José de Andrade de Neto, mesmo que seja considerável cabível a cobrança das multas mais de 5 anos depois de sua aplicação –como é o caso, uma vez que os procedimentos da Agereg foram abertos em 2016–, se a má fé fosse comprovada, seria necessária a abertura de um novo processo administrativo sobre os casos em tela.
O início de um novo processo teria como objetivo “oportunizar o contraditório e a ampla defesa, já que dele decorreram efeitos concretos em desfavor do impetrante [o Consórcio Guaicurus]”, traz uma parte da decisão. de Campo Grande informaram que receberam 269 multas entre 2010 e 2012 e, a então diretora-presidente da Agereg, havia declarado nulas em 23 de novembro de 2016.
Para as empresas de ônibus, a medida da atual diretoria da Agência de Regulação de Campo Grande é ilegal, pois não ouviu ninguém das concessionárias antes de a expedir, além do fato de terem se passado mais de 5 anos.