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Campo Grande, MS - Quinta-Feira, 16 de Setembro de 2021
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COTIDIANO PANDEMIA
Mariane Chianezi ranziel Oliveira Enquanto muitas pessoas deixam de ir atrás das doses da vacina contra a Covid-19, mesmo pertencendo a algum grupo prioritário, existem aqueles que atravessam divisas para garantir a imunidade. Emanuela Spieker, 16 anos, viajou 1.000 km para garantir a segunda dose do imunizante em Campo Grande. Moradora de Curitiba (PR), a adolescente, com comorbidade, veio até a Capital tomar a
dose de reforço da Pfizer. “É uma alegria muito grande poder me imunizar, é uma oportunidade que estão dando aqui em Campo Grande”, disse. A mãe da jovem, Fabiola di Paoli, 48, disse que, na primeira viagem, chegaram de carro e, desta vez, para otimizar o tempo, viajaram de avião. Ela explica que a filha sempre quis se imunizar, que a ansiedade falou mais alto e a família se organizou para vir la a Campo Grande, pioneira na vacinação em adolescentes com comorbidades.
Hospital da Capital zera número de pacientes internados com Covid-19 Cassems/Divulgação
Com placas, profissionais comemoram após ‘zerar’ pacientes com coronavírus
Mylena rOCha O Hospital Cassems de Campo Grande tem motivos para comemorar: depois de um ano e meio de pandemia, a unidade conseguiu zerar os pacientes internados com coronavírus. A boa notícia foi divulgada nas redes sociais, onde os profissionais da Saúde exibem plaquinhas em comemoração. “Zero paciente Covid”, são estes os dizeres que os funcionários exibem com orgulho ao tirar as fotos nos corredores do hospital. No pico da pandemia, a unidade chegou a ter 170 pacientes internados com coronavírus. O pior momento da pandemia parece ter passado de vez,
agora que Mato Grosso do Sul tem mais da metade da população com o esquema vacinal completo. “Era difícil imaginar o dia em que teríamos esse cenário: nenhuma internação pela doença. Esse dia chegou e mais do que comemorar queremos reforçar a importância de mantermos rigor na adoção das medidas preventivas. Vacine-se!”, recomenda. Profissionais de saúde ainda alertam que as pessoas devem continuar tomando cuidados, como a higiene das mãos, evitar aglomerações e utilizar máscaras. “Continue se cuidando, cuidando do outro e que, por hoje, essa imagem traga esperança de dias melhores para todos nós”.
Covid infectou 371,2 mil no Estado Mato Grosso do Sul soma 371.282 casos de Covid-19, com 237 novos registros nesta quarta-feira (15). Houve mais 7 mortes, conforme boletim da Secretaria de Estado de Saúde. O Estado tem média móvel de 6,4 mortes e 134,4 infectados por dia. O total de vítimas fatais chega a 9.484 desde o início da pandemia. Campo Grande respondeu
por 5 mortes e 165 novos casos. De 371.282 casos, 360.546 pacientes se recuperaram e 159 seguem internados. Destes, 63 estão em leitos clínicos e 96 em UTIs. A taxa de ocupação de leitos de UTI públicos global nas 4 macrorregiões é de 50% em Campo Grande, 60% em Dourados, 44% em Três Lagoas e 59% em Corumbá. (MR)
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que as portas estão abertas para todos. “A gente abre as portas para todos os Estados e seres humanos, independentemente de cor, raça, etnia ou conta bancária”, comentou. O titular da Secretaria Municipal de Saúde, José Mauro Filho, explicou que a vacinação de Emanuela é permitida, apesar dela morar em Curitiba. “De acordo com cadastro, comprovando a comorbidade, não criamos empecilho para as pessoas se vacinarem”.
PMCG/Divulgação
Adolescente viaja 1.000 km por vacina contra a Covid
Emanuela Spieker, de 16 anos, veio de Curitiba em busca da imunização
Setembro registra queda de 56% no total de mortes pelo novo coronavírus em MS A primeira quinzena de setembro apresentou queda de 56% de mortes por coronavírus em comparação com o mesmo período do mês passado. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde e mostram um cenário positivo diante do avanço da vacinação em Mato Grosso do Sul. O Estado chegou a metade da população com a imunização completa. Dados da SES apontam que até terça-feira (14) foram 73 mortes por coronavírus no Estado. Em comparação com a primeira quinzena do mês passado, é possível perceber a queda: foram 168 óbitos registrados no mesmo período em agosto. A redução chega a 63% com a comparação dos casos novos registrados da doença em setembro. Neste mês, são 2.464 ocorrências, enquanto no mesmo período de agosto foram confirmados 6.770. O quadro
Arquivo
Cenário positivo da vacinação impactou nas internações e óbitos por Covid
de redução de casos tem reflexo direto nas internações nos hospitais. “A queda nos indicadores da Covid no Estado começa a partir de julho e segue em declínio de casos e mortes em agosto e setembro. A taxa de contágio da doença está abaixo de 0,90 desde 15 de julho, estando agora em 0,84, o que significa que a cada 100 pessoas com Covid, elas transmitem a doença para outras 84”, explicou a secretaria.
Delta Mesmo com a queda, a secretária adjunta Crhistinne Maymone pede cautela. Ela cita que a presença da variante delta exige que os moradores continuem com os cuidados, como o uso de máscaras, higiene das mãos e evitar aglomerações. “Essa variante que já está em circulação no Estado possui transmissão muito superior às demais variantes, há estudos que indicam que ela é 6 vezes mais transmissível”, pontua. (MR)
Técnica de enfermagem é mordida por filha de paciente
Henrique Arakaki
ThaTiana MelO Gabriel neves Confusão na UPA Coronel Antonino acabou na delegacia do Centro na manhã desta quarta-feira (15), depois que uma jovem mordeu a mão de uma técnica de enfermagem, de 51 anos, reclamando da demora no atendimento, segundo a versão da funcionária à polícia. Na versão, a mulher chegou à unidade com a mãe, que reclamava de dores abdominais, pedindo para que ela fosse atendida rapidamente, mas a téc-
Servidora da UPA Coronel Antonino teve a mão mordida por filha de paciente
nica auxiliava outro paciente. Como a autora fazia confusão, a vítima foi atender a paciente, mesmo o caso não sendo grave. Após o atendimento, a jovem continuou a gritar e filmar. De repente, segundo a técnica,
a autora avançou, mordendo a sua mão. Ela teria ameaçado a médica e outra enfermeira. “Todo dia tem uma agressão. Tem colegas que já sofreram até fraturas”, disse a técnica, há 24 anos na área.
