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CLIMA Enxurradas inundam ruas e invadem casas pela cidade

Fábio oruê

A chuva em várias regiões de Campo Grande causaram enxurradas que invadiram casas, inundaram ruas e alagaram bairros. A previsão é que as precipitações continuem pelo menos até esta quarta-feira (18).

Na Avenida Bandeirantes, leitor do Jornal Midiamax informou que a enxurrada arrastou carros. Motociclista que tentou enfrentam a força da água não deu conta de ir contra a correnteza.

No Silvia Regina, ponto da Avenida Capibaribe precisou de apenas 12 minutos de chuva para alagar. No trecho da avenida entre as Ruas Catende e Gilbratar, mais baixo, a água acumulou com alguns minutos de chuva.

“Isso acontece toda vez que

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Motociclista desafiou a força das enxurradas na região da Bandeirantes

chove a anos e anos e ninguém toma uma providência”, disse uma leitora ao Jornal Midiamax. Também houve alagamentos em pontos do Jardim Noroeste.

Água invade casas

Na Avenida Marechal Deodoro, no Guanandi, em pouco tempo de chuva alagou a via e a água invadiu a calçada. Situação caótica foi enfrentada por moradores da parte baixa. A chuva que vinha de cima ficou acumulada em região do bairro e invadiu casas.

O mesmo aconteceu no Bonança, que ficou alagado –a água chegou no joelho dos moradores em alguns pontos. Morador

Fotos: Fala Povo/WhatsApp

Usuários do Terminal Bandeirantes registraram de alagamento a ‘cachoeira’

teve a casa invadida pela enxurrada, que formou até correnteza.

Terminal Bandeirantes

Vídeo enviado ao Jornal Midiamax mostra a situação à qual passageiros do Terminal Bandeirantes, na região do Guanandi, foram expostos, com a água invadindo até a área coberta do terminal –que deveria servir de abrigo nessas situações.

“Pobre é triste. Além de andar de ônibus, ainda tem que passar por tudo isso”, diz uma usuária. “Olha só a cachoeira aqui. Todo mundo molhado. Não tem para onde você correr. Olha o tamanho da cachoeira”, continuou.

Em 15 minutos, água toma corredor de ônibus inacabado

ranziel oliveira

Bastaram apenas 15 minutos de chuva para o cruzamento das Avenidas Marechal Deodoro (início da Gunter Hans) e Panambi Vera ficar alagado na tarde desta terça-feira (17).

A via abriga um dos corredores de ônibus inacabados. Conforme um comerciante, os alagamentos começaram depois da obra que não foi concluída pela prefeitura.

“Antes a água da chuva descia normalmente. Desde que fizeram esse corredor de ônibus e não terminaram a obra, começou a alagar. Eles não fizeram drenagem, alagou em menos de 15 minutos”, disse Juliano da Silva Sousa, 38 anos.

“Sem o sistema de drenagem ficou assim. Agora a água entra no meio dessa obra inacabada e sai arrancando tudo: terra, placas de obras e pedras vêm parar aqui na minha calçada”, concluiu.

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Cruzamento da Marechal Deodoro com a Panambi Vera ficou encoberto

A prefeitura informou que está sendo feita a revisão de itens da planilha para reequilíbrio econômico-financeiro. Concluído o processo, a obra será retomada.

Caos nos corredores

Regiões da cidade vivem um cenário de caos com as obras de corredores de ônibus, muitas inacabadas, que custaram mais de R$ 110 milhões ao município.

Na gestão de Marquinhos Trad (PSD), apenas 24% das obras dos corredores foram concluídas. A administração municipal foi selecionada em 2020 para financiamento de mais R$ 93,1 milhões para modernização da malha viária da cidade.

No entanto, a prefeitura perdeu a linha de crédito porque a gestão de Marquinhos deixou a cidade negativada no Cauc e no Cadin, com gastos acima do teto da LRF e mais de R$ 1,5 bilhão de financiamento já contratados.

Inmet renova alertas de tempestade e chuvas em MS

O Inmet emitiu 3 alertas que variam de tempestade a chuvas intensas em Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (17). A condição favorece o risco de alagamento, estrago em plantações e queda de árvores.

Os avisos são válidos até as 10h desta quarta (18). O primeiro, com grau de severidade laranja, de perigo, é de atenção para chuva entre 30 e 60 mm por hora ou de 50 e 100 mm ao dia, com ventos intensos de 60 a 100 km/h e queda de granizo. Há chances de corte de energia durante o temporal em 65 cidades no oeste, centro, leste e sudeste.

Já na região sul e extremo norte são previstas chuvas intensas, com alerta amarelo, de volume entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia. Os ventos podem atingir de 40 a 60 km/h, com isso é baixo o risco de prejuízos. (Karina Campos)

Moradora reclama de ‘abandono’

Nathália Alcântara/Jornal Midiamax

Crateras na Rua Leandro da Silva Calina dificultam a vida de moradores

Priscilla Peres ranziel oliveira

“São seis anos de esquecimento”, segundo Elizandra Araújo, moradora da Rua Leandro da Silva Calina, no Mario Covas. Ela reclama da situação da via, cheia de buracos, onde desce enxurrada da chuva –o que causa diversos transtornos.

Ela contou que o asfalto só chegou até a Rua dos Topógrafos e todas as paralelas sofrem com buracos e enxurradas nos dias de chuva. “Há 6 anos não passa uma máquina nessa rua, Até a pé cai no buraco”, diz.

Ela conta que a região também sofre com abandono em relação a limpeza. “Tiraram famílias que moravam em uma invasão aqui e deixaram o lixo e o mato para trás”.

Lucas Eduardo, de 23 anos, mora nessa rua desde criança e não enxerga melhoras na situação. “Moro aqui há mais de 10 anos. No carnê do IPTU consta que tem asfalto, mas ele só vem até ali em cima. Essa rua é problemática, sempre alaga e não passa carro”.

Na enxada

Há três quadras dali, no cruzamento das Ruas dos Topógrafos e Paulo Ubiratan, dois colegas lutavam para evitar danos em uma residência. “Quando chove desce muita terra, o nível de água sobe ao ponto de invadir e alagar a casa”, disse Bernaldo Alves, 69, enquanto manuseava a enxada.

“Recentemente perdemos alguns itens na casa por causa da chuva. Por isso, assim que parou de chover forte nos viemos pra rua, para tirar e a terra e não deixar alagar de novo”, disse o colega Alberto Rosário, 66.