Jornal de Abrantes - Maio 2013

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MAIO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5507 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Bombeiros insatisfeitos com Associação Humanitária enquanto Câmara garante que o serviço vai melhorar págs. 3 e 9

ESPECIAL EDUCAÇÃO

MUDANÇAS

Obras no hospital Mudanças no Quartel A Câmara Municipal atribuiu à Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes uma verba na ordem dos 200 mil euros para obras no edifício do hospital da cidade. Quanto à Escola Prática de Cavalaria, vai ser transferida para Mafra, recebendo Abrantes uma unidade polivalente do exército. Págs. 4 e 18

AUTÁRQUICAS

Três autarcas prestam contas às populações Os homens que ao longo dos últimos anos têm estado à frente das Câmaras de Constância, Sardoal e Mação apresentam o balanço daquilo que fizeram. Um resumo das entrevistas dadas à Antena Livre desvenda algumas dúvidas e apresenta certezas sobre o que terá ficado por fazer. Págs. 6 e 7

EVENTO

Sete escolas da região de influência do Jornal de Abrantes apresentam-se nas suas diferentes perspetivas, desde a oferta formativa que têm até aos projetos que desenvolvem. Na foto, espetáculo produzido e levado ao palco pelos alunos da Escola Dr. Manuel Fernandes. Págs. 13 a 16 págs. 3 e 9

Jornal de Abrantes faz anos e apresenta Gala com Antena Livre A Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes vai ter a sua 8ª edição no dia 31 de maio. O certame volta a acontecer no Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes. Numa noite cheia de glamour e emoção, voltarão a ser galardoadas empresas, pessoas e/ou instituições da região. Pág. 25


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

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jornal abrantes

MAIO 2013

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

A rua D. Miguel de Almeida, no centro de Abrantes, está cortada ao trânsito há cerca de dois meses. A solução parece tardar em chegar.

Editora Joana Margarida Carvalho (CP.9319)

Talvez, daqui a muitos anos, alguém ainda goste deste papel

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Redação Francisco Rocha

Ricardo Alves (CP. 9685) ricardo.alves@lenacomunicacao.pt

Alves Jana André Lopes Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

INQUÉRITO

Que significados têm, atualmente, feriados como o 25 de Abril e o 1.º de Maio?

Secretariado Isabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Grafedisport, S.A.

Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

GERÊNCIA Francisco Santos Ângela Gil

Patrícia Bica

Pedro Félix

João Guedes

33 anos, Vila Nova da Barquinha – Socióloga

37 anos, Alferrarede - Técnico de moldes, Instrutor de artes marciais

27 anos, Vila Nova da Barquinha – Proprietário de mercearia

O 25 de Abril é para mim o momento mais importante da história contemporânea de Portugal e apesar de ter nascido depois do 25 de Abril sempre comemorei este dia com a imensa felicidade que me ensinaram, valorizando a liberdade que nos foi oferecida. No momento atual em que muitos direitos laborais adquiridos com 25 de Abril estão a ser negados, em que não se honra a Constituição nascida dos ideais de Abril, é cada vez mais importante comemorar ambas as datas.

Os mesmos. O 25 de Abril foi um passo muito importante, deu uma grande volta ao país e acho que é o que estamos a precisar agora, apesar de achar que estamos como estamos por culpa própria, vivemos muito tempo além das nossas possibilidades. O 1.º de Maio dá valor ao que temos, direitos, ordenados, férias. É um dia em que realmente se dá algum valor ao que fazemos.

Vivo-os com um pouco de indignação, porque acho que não se devia comemorar. Não é tempo de comemorações, devíamos pensar noutras coisas. O estado do nosso país é quase caótico, não se vê luz ao fundo do túnel. Devíamos protestar contra o nível de austeridade, estamos cada vez mais asfixiados, temos de pensar sempre no dia de amanhã porque o hoje está caótico.

São tempos estranhos, estes, em que nos dizem que as tecnologias e os suportes digitais é que vão determinar a nossa vida, pelo menos em termos de comunicações. Dizem, há já muitos anos, que a imprensa em papel está condenada. E se as previsões são más para os jornais nacionais, então os regionais… coitados. Todos os dias juntam os anúncios de morte às dificuldades do dia-a-dia. Como se já não bastasse a luta pela sobrevivência financeira, ainda insistem em buzinar a teoria do “fim do papel”. O Jornal de Abrantes é, de facto, um dos poucos resistentes que, em Portugal, contam com mais de cem anos. Faz este mês 113 anos, para sermos mais precisos (ver páginas 20 e 21). Tanta coisa mudou, mas a vontade de estar próximo dos cidadãos mantém-se. E a melhor prova disso é a carta simpática que recebemos, de um leitor fiel que nos dá conta do seu carinho, ou o comentário de um menino, numa escola aonde fomos, dizendo que o pai lê sempre o Jornal de Abrantes. Estes gestos e estes comentários não nos são indiferentes. Marcam quem todos os meses insiste em chegar a mais um aniversário. Hoje não damos conta dos que partem para outros países nem registamos os nomes dos meninos e meninas que fazem exames, como se fazia há muitas décadas atrás. Mas vamos acompanhando uma parte da vida destas comunidades, na esperança de que, talvez, um dia, daqui a muitos anos, alguém ainda goste de folhear estas páginas para se surpreender com a nossa vida de hoje, escrita em papel. Hália Costa Santos

SUGESTÕES Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Aníbal Marques

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia

jornaldeabrantes

IDADE 70 anos RESIDÊNCIA Abrantes PROFISSÃO Reformado

UMA POVOAÇÃO Pego (Aldeia das casas baixas) UM CAFÉ Chave d’Ouro PRATO PREFERIDO Arroz de tamboril UM RECANTO PARA DESCOBRIR O Açude UM DISCO New York Frank Sinatra UM FILME Leão da Estrela UMA VIAGEM A Moçambique UMA FIGURA DA HISTÓRIA António de Spínola

UM MOMENTO MARCANTE A morte do comandante de Companhia na Guiné UM PROVÉRBIO Quem canta seu mal espanta UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO A realização dum Campeonato do Mundo de Pesca em Abrantes UM SONHO Continuar a ter saúde como até aqui


ENTREVISTA 3

MAIO 2013

JOÃO FURTADO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ABRANTES

“Entendemos que a associação é a única solução para resolver problemas dos bombeiros” João Furtado, 55 anos, chefe de turno na central Termoeléctrica do Pego, é o presidente da recém-criada Associação Humanitária de Bombeiros voluntários de Abrantes (AHBVA). Faz parte da centena de fundadores que responderam ao apelo da autarquia. Sindicato (SNBP) e Associação Nacional de Bombeiros profissionais (ANBP) prometem lutar pelo que consideram uma ilegalidade. João Furtado desmente e garante que bombeiros municipais não perdem regalias ao passar para a AHBVA. Aguarda-se apenas a autorização da Associação Nacional de Proteção Civil (ANPC) para criação do corpo de bombeiros

Em que moldes vai a AHBVA gerir o corpo de bombeiros? As associações humanitárias fazem a gestão do corpo e da própria associação, que tem atividades próprias. O corpo, do ponto de vista operacional, é 100% independente; em termos organizacionais depende em parte da associação. Quando se fala nos 100 fundadores da sociedade civil, fala-se de quem? Começámos as primeiras reuniões no final de janeiro, com cerca de 15 elementos. A comissão instaladora já era composta por vários quadrantes – pessoas como o Dr. Humberto Lopes, Alberto Margarido, o Dr. Mor - com personalidades político-sociais perfeitamente definidas, e pessoas que como eu, que não têm diretamente a ver com a política. Integrámos este projeto pois entendemos que é a única solução para resolver este conjunto de problemas que afeta pessoas que trabalham na corporação e a prestação de serviço do corpo de bombeiros. A oposição teceu várias crí-

ticas ao processo, nomeadamente por ter sido uma solicitação da presidente da autarquia. Esta crítica faz sentido? Não vejo uma crítica, vejo uma constatação. De facto, a autarquia deparou-se com um caminho sem qualquer saída, todos os outros caminhos foram barrados, e foi o único percurso que se entendeu ser viável para resolver estas situações, nomeadamente, pagamento aos voluntários. Em relação à questão mais sensível para a ANBP e o SNBP: quem não quiser passar para a AHBVA será transferido para outros serviços… Não posso comentar. O que sei é o que tenho ouvido publicamente e em reunião com os próprios bombeiros. Para os bombeiros profissionais é importante a garantia da antecipação da reforma. Por lei, os profissionais municipais têm a hipótese de a ter e se não for acautelado eles passam a um regime geral e perdem essa regalia. A CMA já disse, e está escrito - as leis suportam essa situação - que as pessoas não perderiam essa benesse. O que me parece é que essas pessoas em vez de estarem a tentar negociar a garantia com a CMA estão a pôr entropia no sistema por vias indiretas. Quantos bombeiros profissionais estão afetos à autarquia, a ANBP e SNBP? Fala-se em 19. Quantos estão dispostos a passar para a AHBVA? Não. Esse é o número que se envia para a comunicação social, não são 19. São nove e uma parte está de alma e coração com a AHBVA, nomeadamente os comandos e até alguns dos mais antigos. Foi aprovada a minuta de protocolo para a passagem dos meios físicos e humanos para AHBVA, o que é que isso significa concretamente?

mento muito grande em todas as vertentes, nomeadamente a nível de recursos humanos. Temos talvez os melhores meios do distrito, mas a resposta neste momento é fraca. É essa situação que queremos resolver rapidamente, com o reforço de meios e sua organização.

Joana Margarida Carvalho

RICARDO ALVES

João Furtado: “Neste momento a corporação tem um número muito limitado de •bombeiros profissionais”

O protocolo diz que a CMA está disponível para ceder os meios que entender de uma forma voluntária e que garante o seu regresso em qualquer altura, e isso é definido por lei. Significa que tem de dar um prazo de 30 dias para regressar, ou por iniciativa do próprio trabalhador ou por iniciativa da AHBVA por não os querer na associação. Esse privilégio garante, a meu ver na plenitude, o regresso ao posto de trabalho inicial. Portanto, os bombeiros que sejam cedidos à AHBVA têm garantido o regresso ao seu posto de trabalho sem perda alguma de regalias? Por ser uma cedência por interesse público existem leis que definem essa regulamentação e nela existe esse direito, e sobre a reforma, esse é um dos direitos que não perdem.

A ANBP e o SNBP falam em mais uma ilegalidade, tem fundamento? A ANBP tem uma posição desde há algum tempo. Tudo com que não concorda diz que é ilegal. Felizmente as leis não são feitas pela ANBP. Enquanto a AHBVA já tinha toda a constituição legal a ANBP dizia que nós não existíamos. Agora, como já não pode dizer isso, porque a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) veio dizer que afinal existimos, diz que não temos corpo de bombeiros, e de facto não temos. Mas faz parte do processo normal de construção de um sistema destes. A ANBP não concorda, e tem todo o direito, mas não é ilegal. A autorização da ANPC – processo remetido dia 16 de abril – para criação do corpo na AHBVA vai chegar a tempo para começar em

maio? Era importante ser um processo rápido, um sim ou um não. Uma situação indefinida iria pôr o concelho numa má situação, em termos de proteção civil. Neste momento a corporação tem um número muito limitado de bombeiros profissionais, que no fundo estão por detrás destes problemas, e temos um conjunto mais significativo de voluntários que como não recebem há dois meses. Fácil e naturalmente podem escolher outras associações. Alguns já saíram, o que significa que não teremos os meios físicos e humanos para socorrer as populações no período crítico. Vai ser necessário contratar mais pessoal? Na nossa análise há claramente um défice de recursos humanos. Por iniciativa da CMA houve um investi-

A lei dos compromissos imposta às autarquias, que obriga a uma grande contenção no recrutamento, é também uma das razões para a criação da AHBVA? Foi uma das razões fundamentais. No fundo, a AHBVA, e todas as do país - que são 450 contra 19 municipais têm liberdade de contratar mais profissionais ou aumentar o quadro de voluntários. Na nossa ótica ambas as situações são perfeitamente lógicas. A nossa natureza legal é de um corpo misto de bombeiros e não um corpo profissional e vamos manter essa situação. A alteração é que esses dois grupos têm de conviver normalmente, o que não acontece agora. A CMA prepara-se para doar cerca de 600 mil euros para a AHBVA, mas esta dá abertura a apoio e investimento privado. A verba ora doada pode ser reduzida ao longo dos anos? Sim, o que está traçado em protocolo é que a CMA vai doar a verba enquanto a associação disponibilizar o serviço. No dia em que a associação deixe de disponibilizar o serviço a CMA suspende imediatamente o pagamento, não há aqui nenhum problema legal. A AHBVA tem mecanismos que lhe permite obter verbas adicionais, através de sócios individuais e colectivos, da ANPC, com subsídios legais que fornece a todas as associações. Em princípio no próximo ano iremos negociar um reajuste do protocolo com a CMA, que muito provavelmente será uma redução.

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4 DESTAQUE

MAIO 2013

Hospital de Abrantes vai entrar em obras com o apoio da autarquia

Joana Margarida Carvalho

Novos espaços para Centros de Saúde

• A intervenção no Hospital de Abrantes visa melhorar as condições dos utentes e dos profissionais A Câmara Municipal atribuiu à Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes uma verba na ordem dos 200 mil euros para a concretização de intervenções no edifício do hospital da cidade. O protocolo de obra foi celebrado entre o Município, a Liga de Amigos do Hospital e o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), no passado dia 17 de abril. As obras vão permitir a reabilitação das coberturas e a pintura do edifício, entre outras intervenções previstas. Joaquim Esperancinha, presidente da administração do CHMT, disse que o protocolo firmado “foi essencial”, uma vez que o CHMT não tem capacidade financeira para avançar com obras de requalificação estruturais na unidade de Abrantes, adiantando um pouco do trabalho que está a ser desenvolvido:

“Já foram criados na urgência circuitos diferentes para doentes urgentes e não urgentes e vamos iniciar este mês com a beneficiação do acesso à urgência. Já está finalizado um aumento da capacidade pós-anestésicos. Está prevista a melhoria das condições do bloco operatório, a eliminação de infiltrações no bloco de partos, a criação de um espaço de internamento de curta duração na urgência”, entre outras intervenções. Já Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, explicou o motivo pelo qual o CHMT entrou numa reorganização profunda e lembrou as dificuldades que os utentes têm sentido, como consequência da divisão das valências hospitalares. No seu entendimento, é necessário melhorar o acesso de saúde:

“A maior dificuldade está na vida dos cidadãos devido à distribuição de valências pelas três unidades do CHMT, Abrantes, Tomar e Torres Novas. Os transportes são deficitários, apesar de algumas soluções já existirem a esse nível, e a vida dos profissionais de saúde está comprometida com esta divisão”. Maria do Céu Albuquerque falou ainda em “instabilidade” e numa necessidade de se fazer mais. “Há uma carta hospitalar que ainda ninguém conhece, que está a causar instabilidade em todos. As taxas moderadoras são pouco compatíveis com os recursos financeiros da população. É necessário preservar o acesso aos cuidados de saúde, é fundamental olhar para os cuidados de uma forma integrada, entre os cuidados de saúde primários, os hospitalares e, se pos-

sível, os continuados.” A autarca ainda explicou que a verba concedida resulta da relação e de contactos estabelecidos entre autarquia e o CHMT. “Nós temos feito um trabalho de acompanhamento relativamente a todas as reorganizações realizadas, e tivemos conhecimento de um conjunto de debilidades que o edifício da unidade de Abrantes apresenta. Sabemos que CHMT tem alguns problemas do ponto de vista orçamental, pois também está a realizar outro tipo de intervenções e, assim, entendemos que deveríamos apoiar a realização de um conjunto de obras. Estamos convictos que este investimento vai trazer as melhores condições para todos os utentes e profissionais do hospital.” Joana Margarida Carvalho

O edifício da antiga garagem da Rodoviária vai passar a albergar o Centro de Saúde de Abrantes. A Câmara de Abrantes cedeu, a título gratuito, o espaço para que aquela unidade de saúde ali possa funcionar e assume as obras de adaptação por inteiro. Esta decisão resulta da aprovação, em reunião do executivo municipal, da minuta do protocolo de colaboração a estabelecer entre o Município de Abrantes e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). A autarquia reconhece, em comunicado, que “as atuais instalações da Unidade de Saúde de Abrantes, a funcionar no edifício do Hospital, não reúnem condições para acolhimento humanizado e atendimento compatível com os modernos padrões do Serviço Nacional de Saúde”. A Câmara vai lançar em breve a empreitada de construção das instalações, propriedade do Município. Depois, a ARSLVT assumirá as obras de conservação, após a cedência da infraestrutura. Também no caso da Extensão de Saúde em Rossio ao Sul do Tejo a Câmara vai transferir os meios financeiros necessários para o investimento nas instalações, para além das eventuais

comparticipações externas que o mesmo venha a ter. Segundo o comunicado da autarquia, as atuais instalações apresentam uma estrutura física funcionalmente desajustada, não reunindo neste momento as condições para prestar modernos cuidados de saúde à população que a elas acorrem. Assim, a Câmara Municipal de Abrantes vai delegar competência na Junta de Freguesia de Rossio Ao Sul do Tejo para a realização da empreitada de construção das instalações da Unidade de Saúde local, a localizar no edifício do antigo mercado diário. A intervenção, integrada no âmbito de uma candidatura ao Programa Comunitário “Mais Centro”, tem o valor estimado de €1.400M. Entretanto, a Câmara, a Junta e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vão estabelecer um Protocolo de Colaboração, através do qual a Câmara irá ceder as instalações, a título gratuito para o efetivo funcionamento do posto de saúde. Enquanto isso, a ARSLVT compromete-se com os encargos decorrentes da utilização do espaço e a assegurar as obras de conservação.

Uma nova resposta para a população idosa do concelho de Abrantes está a surgir na Encosta da Barata. Tratase do novo lar “Domus Pacis”, que estará concluído no próximo mês de setembro. Com um investimento de cerca de três milhões e meio de euros, que surgiram de candidaturas ao Programa Operacional Potencial Humano e de

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recursos à Banca, este novo equipamento vai ter disponíveis cerca de 70 camas. O cónego José da Graça, presidente do Centro Social Inter-paroquial de Abrantes e responsável pela obra, explicou que o público-alvo a quem se destina este novo lar são sobretudo os habitantes das freguesias de São João e São Vicente. Referiu ainda

Francisco Rocha

Abrantes ganha um novo equipamento social

• Lar de idosos vai garantir 70 camas

que “este tipo de empreendimentos são estritamente necessários numa altura de grande envelhecimento da população da região”. Para este novo lar, José da Graça adiantou que serão criados cerca de 30 a 35 postos de trabalho. João Rei, arquiteto responsável pela obra, explicou que fez uma aposta clara nos es-

paços de lazer “amplos, luminosos e agradáveis”. O equipamento está dividido em três pisos com cave: dois destinados aos quartos, outro destinado ao departamento administrativo e um outro a cave, que vai ser uma zona de serviço. A empresa construtora responsável pela obra é Alpeso Construções SA. JMC


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6 POLÍTICA

MAIO 2013

Autarcas prestam contas Com a proximidade das autárquicas 2013, a Antena Livre iniciou, durante o passado mês de abril, uma viagem pela região. Pelo estúdio têm passado, e vão continuar a passar, os autarcas do Médio Tejo que agora prestam contas aos munícipes. O Jornal de Abrantes publica o resumo dessas entrevistas.

MÁXIMO FERREIRA E UM DOS PONTOS ALTOS DO SEU MANDATO

Máximo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Constância (CMC), fez um balanço sobre o mandato. Na estreia das entrevistas rumo às autárquicas 2013, na Antena Livre, o autarca anunciou que não se vai recandidatar. Um dos mais reputados astrónomos portugueses aceitou, em 2009, o repto lançado pela CDU para suceder ao histórico António Mendes na corrida à CMC. Na conversa mantida com Máximo Ferreira, foi notória a clivagem que se criou com personalidades do executivo anterior, muitas delas, a maior parte, ainda ligadas aos atuais órgãos autárquicos.

Ponte sobre o Tejo encerrada A questão em torno da ponte sobre o Tejo “foi um dos aspetos mais difíceis”, afirmou o ainda presidente da CMC, que no dia 20 de julho de 2010, quando a ponte foi encerrada, “estava determinado a enfrentar o problema e resolvê-lo”, admitindo, no entanto, que “muitas pessoas de Constância não tenham compreendido bem a forma como geri o problema”. “Consegui o que estabeleci: o entendimento com a Câmara da Barquinha, depois com um secretário de Estado com relações muito difíceis com o executivo anterior e um ministro que se dispôs a encarar o assunto apesar da sua complexidade”. Em setembro de 2012 a ponte reabriu, “não foi fácil convencer os governantes e entidades envolvidas, não foi fácil acalmar os cidadãos, uns tinham a ponte fechada e outros queriam abrir a ponte sem fazer cedências”.

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Ricardo Alves

“Cumpri a promessa que fiz aos alunos que não iriam para a secundária sem estrearem a nova escola”

• Máximo Ferreira: “Levo alguma pena por não ter conseguido tudo” Curiosamente, a ponte que liga as duas margens do concelho acabou por ser um ponto de afastamento dentro da coligação: “Penso que ficaram marcas dessa ocasião e tem alguma coisa a ver com a minha intenção de não me recandidatar, alguma mágoa com que fiquei e insatisfação com que ficaram outras pessoas.” Apesar dos afastamentos, enquanto autarca, considera que o objetivo foi alcançado, “a ponte está reaberta e reclassificada, temos ponte para mais 50 anos”.

Uma revolução na educação Máximo Ferreira vai deixar a autarquia com um parque escolar renovado. Desde 2009 contam-se a inauguração do Centro Escolar (CE) de Stª Margarida, a construção e inauguração do CE de Constância e as sementes lançadas para o de Montalvo. Se o primeiro, inaugurado no dia 15 de setembro de 2011, “foi um projeto do executivo anterior”, o de Constância foi

um desafio para Máximo Ferreira. “O que se fez depois foi concretizar a carta educativa, também aprovada pelo executivo anterior.” O autarca contou como lidou com o projeto e construção do CE de Constância e os problemas com que a autarquia se deparou com a redefinição dos financiamentos por parte do Estado já com a construção do de Stª Margarida em curso. “O Ministério da Educação penalizou bastante a Câmara com essa redefinição. Já no de Constância, estava sobredimensionado, no meu ponto de vista. O que fiz foi adaptar, reduzir, para que as coisas não fossem tão dramáticas. Um centro escolar que custou 1.5 milhões custou apenas 350 mil euros à autarquia. Digo ‘apenas’ 350 mil porque o de Stª Margarida custou-nos perto de 1 milhão.” No dia 1 de abril, dia da inauguração do CE de Constância, surgiu o anúncio de

que o concurso para Montalvo estava lançado.

A sucessão Após apenas um mandato, quatro anos, o autarca vai abandonar a política. Como candidata pela CDU avança Júlia Amorim, vereadora na autarquia. Na apresentação da candidatura notou-se a ausência de Máximo Ferreira. Apesar de não ter respondido com objetividade ao porquê da sua ausência, o autarca sentiu “o respeito absoluto dos órgãos nacionais do partido, nunca me pressionaram nem sugeriram uma atuação. O mesmo não posso dizer das estruturas locais, aquilo a que costumo chamar “peixe miúdo”, afirmou. A estrutura política da CDU no concelho foi um peso com que teve de lidar: “Não é bom nem é mau, é o que é. A minha obrigação era encontrar modos de aproveitar o bom.” Dias antes da apresentação de Júlia Amorim a mesma partilhou uma frase na página pessoal de uma

conhecida rede pessoal em que se lia «quem não luta ao seu lado durante a batalha não merece estar ao seu lado após a vitória». O post não deixou de criar algumas ondas. “Lamento essa afirmação, alguns funcionários da Câmara entenderam como uma ameaça, tentei acalmálos. Penso, não posso afirmar, que tenha sido um momento infeliz”, respondeu taxativo. Num balanço do mandato ficam algumas certezas: “Levo alguma pena por não ter conseguido tudo.” E conclui que o problema não é o trabalho, mas sim os “escolhos que aparecem no caminho”. Para além da satisfação durante a reabertura da ponte, Máximo Ferreira escolhe a inauguração do CE de Constância como outro ponto alto “que passou por problemas mais complexos que a própria ponte”. Lembra que conseguiu “cumprir uma promessa que fiz há uns dois anos aos meninos que estavam no 1º e 2º anos, de que não iam para a secundária sem estrearem a nova escola”.

Autárquicas 2013: perfilam-se mais nomes Em Vila Nova da Barquinha o PSD já avançou com o nome do seu candidato às eleições Autárquicas 2013, que deverão realizar-se em outubro. Luís Valente é o escolhido, ele que é advogado e presidente da concelhia do PSD do concelho, e já foi membro da Assembleia Municipal da Barquinha. Pelo PS deverá avançar Fernando Freire, atual vereador na autarquia e cuja apresentação se realizará na primeira semana de maio.

Entroncamento No concelho vizinho, no Entroncamento, avança David Ribeiro pela CDU para concorrer à Câmara Municipal, seguido de Mário Eugénio, sendo Telma Jorge a cabeça de lista à Assembleia Municipal, na qual é acompanhada por António Ferreira.

Chamusca O atual vice-presidente, Francisco Matias, é o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal da Chamusca. Matias é o primeiro nome da lista que conta ainda com Manuela Marques, João Gabriel Rodrigues, Vítor Hugo Costa e Cristina Maurício. A apresentação realizou-se no dia 13 de abril, na qual se ficou a saber que José Braz é o primeiro da lista que concorre à Assembleia Municipal.

Golegã

“Em princípio, voltarei ao Centro de Ciência Viva (CCV), não vejo razões, a não ser a minha vontade, para não voltar”, afirmou Máximo Ferreira. Aliás, quando se fala de astronomia nota-se a diferença nos olhos e discurso. “Já falei com dois candidatos e disse que a minha decisão de não participar mais na política é irreversível. Mas para trabalhar nisto que eu sei fazer, a disponibilidade é total, apenas exijo que haja lealdade no trato e nos procedimentos.”

José Godinho Lopes é o candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara Municipal da Golegã, que vai concorrer com o até agora outro conhecido candidato, Rui Medinas, pelo PS. Godinho Lopes concorre contra os socialistas que, liderados por José Veiga Maltez, ocupam os cinco lugares no executivo. Precisamente Veiga Maltez, impedido de se recandidatar à presidência devido à lei de limitação de mandatos, anunciou que vai ser o candidato dos socialistas a presidente da Assembleia Municipal da Golegã.

Ricardo Alves

Ricardo Alves

Regresso à astronomia


POLÍTICA 7

MAIO 2013

MIGUEL BORGES, VICE-PRESIDENTE DA AUTARQUIA DE SARDOAL

Quatro anos de mandato dedicados ao trabalho de proximidade com a comunidade sardoalense. É assim que Miguel Borges, vicepresidente da autarquia de Sardoal, começa por caracterizar o trabalho desenvolvido no concelho. A redução da dívida do município foi, nas palavras do autarca, uma das tarefas mais árduas, mas que já começou a ter um final feliz. A dívida da Câmara Municipal de Sardoal caminhava para os 10 milhões, hoje está nos 6 milhões de euros. Miguel Borges fala numa gestão cautelosa na qual as boas opções têm de ser feitas: “Neste momento nada se adquire no município sem termos vários orçamentos para comparar. O nosso olhar incide no investimento cauteloso,

mas sobretudo na despesa, estabelecendo prioridades e usando da melhor forma os dinheiros públicos.” A requalificação do Parque Escolar, da escola sede da vila, ficou por concluir neste mandato. Segundo o autarca, depois de um estudo realizado e de algumas avaliações efetuadas, aquela escola precisaria de 1 milhão e trezentos mil euros de intervenção. Apesar desta constatação, Miguel Borges justificou o atraso do empreendimento não pelo valor em causa, mas por este ser um “processo já demasiado longo, complicado e que chegou numa altura de grande crise, onde os fundos comunitários ficaram parados”. Não ficando por aqui, o autarca ainda acrescentou que as opções do Ministério da Educação

para com o Sardoal também não foram as mais corretas, e que a má gestão da empresa Parque Escolar veio refletirse nesta situação: “As verbas na Parque Escolar não foram bem geridas, o dinheiro não esticou e, como estávamos no fim da fila, ficámos de fora, mas não desistimos, é um objetivo para avançar.” A ação social tem sido uma das grandes apostas da Câmara Municipal de Sardoal. Miguel Borges explicou que o trabalho está a ser desenvolvido em várias frentes, com a loja social, com os equipamentos sociais e com o agrupamento de escolas. São cerca de 60 famílias que o município apoia. O autarca fala na existência de alguma pobreza envergonhada: “ Há aquelas famílias que facilmente identificamos como

Joana Margarida Carvalho

“Fazer política regional é estar próximo da comunidade”

• Miguel Borges: “Nada se adquire no município sem termos vários orçamentos” os carenciados, mas depois há aqueles que vão surgindo, mas que não se encaixam de todo naquilo que são os padrões de carência. Temos de encontrar outro tipo de estratégias de aproximação, e uma delas é o apoio que damos ao nível das escolas, onde o município suporta um suplemento alimentar para crianças necessitadas.” Face ao afastamento de Fernando Moleirinho, atual presidente da autarquia, das lides políticas, Miguel Borges

assumiu um lugar de destaque. Em entrevista à Antena Livre, o autarca minimizou a questão e referiu que é com agrado que recebe esta confiança delegada em si pelo atual presidente, chegando mesmo a explicar que não houve qualquer tipo de estratégia: “Esta visibilidade é benéfica para mim, é verdade, mas também é certo que quando estou a responder pelo Sardoal o Sr. Presidente está na Câmara Municipal a trabalhar em prol dos

interesses da nossa comunidade.” A aposta na Semana Santa, no património religioso e na cultura é uma das premissas básicas para Miguel Borges, que olha para estas autárquicas 2013 com alguma serenidade, afirmando que caso o PSD volte a liderar “é um grande desafio que estou pronto a agarrar, para continuar afirmar o nosso potencial”. Joana Margarida Carvalho

SALDANHA ROCHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MAÇÃO

Saldanha Rocha, presidente da autarquia de Mação, sentou-se no estúdio da Antena Livre e começou por dizer que no olhar dos nossos governantes o “interior do país é um parente pequeno e pobre que significa pouco para a capital Lisboa”. Ao fim de 15 anos como autarca, sente que a realidade pouco mudou: “O interior não tem sido olhado como um parceiro de bem para o desenvolvimento harmonioso do país. Não percebo porquê, pois temos todas as capacidades para tal.” Neste último mandato, segundo o autarca, Mação aproveitou da melhor forma os fundos comunitários para investir e a proximidade foise manifestando na ação da Câmara Municipal. Alguns projetos ficaram em carteira,

como a requalificação da Avenida da República no centro da vila ou como a construção de uma variante em Envendos, que iria ajudar ao desenvolvimento empresarial. Mas Saldanha Rocha destacou aqueles que seguiram por diante, como o novo auditório cultural Elvino Pereira, o trabalho desenvolvido pelo Instituto Terra e Memória na promoção cultural e turística do concelho e o trabalho que incide na intervenção florestal (e que carece de uma manutenção e atenção constantes). A aposta na vertente gastronómica tem sido uma das máximas da autarquia. Saldanha Rocha exaltou a Marca Mação, mas referiu que ainda há bastante trabalho por fazer: “Não nos sen-

timos satisfeitos porque podíamos ter ido mais longe. A Marca foi um feito no setor dos industriais das carnes, foi um grande avanço levar os empresários a perceber que juntos e unidos podemos ter um ganho diferente. Já ao nível dos azeites o trabalho não foi tão profícuo. Este trabalho da Marca tem de ser mais acelerado e consubstanciado, mas obviamente que são necessários recursos que não estão tão presentes agora, devido às dificuldades que o país atravessa.” Saldanha Rocha aproveitou para dizer que Mação vai apostar durante os próximos meses em três festivais gastronómicos com outras iguarias: enchidos, arroz doce e azeite, à semelhança do que já acontece

Joana Margarida Carvalho

“O interior não tem sido olhado como um parceiro de bem”

Saldanha Rocha diz que a gastronomia é uma das apostas da autarquia desde •sempre

com a lampreia. Para o autarca, esta é uma forma de atrair diversos públicos mostrando o que de melhor se faz no concelho. A ação social é uma das preocupações da Câmara Municipal de Mação. O autarca considerou que esta é uma área cada vez mais “vasta” e “preocupante” pois abarca vários problemas. Saldanha Rocha enumerou as valências que a autarquia dispõe a este nível: “Temos o

banco local do voluntariado, o programa ‘Estimular’, que atua ao nível das crianças detetando problemas de aprendizagem e outras carências, o arrendamento jovem, o apoio à natalidade, etc”. Face ao grande envelhecimento dos munícipes de Mação, o ainda presidente referiu que esta é uma das grandes preocupações da autarquia, “que tudo tem feito para demonstrar a importância da natalidade”.

Saldanha Rocha terminou dizendo que chega ao fim destes 15 anos “cansado” e com a sensação que já não é o mesmo: “Costumo comparar-me com um carro que tem o motor gripado, que já não tem a mesma força.” Saldanha Rocha admitiu que vai dedicar-se a outras frentes, referindo que Vasco Estrela é a pessoa certa para garantir o futuro dos maçaenses. Joana Margarida Carvalho

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REGIÃO 9

MAIO 2013

Elza Vitório apresenta candidatura sob o lema “bem-querer a Abrantes” O Castelo de Abrantes foi o local escolhido pelo PSD para proceder à apresentação da sua candidata às próximas eleições autárquicas de 2013 – Elza Vitório, sob o lema “bem-querer a Abrantes”. Elza Vitório, natural de Tramagal, começou por dizer que estava a viver um momento de grande emoção. Na sua apresentação intervieram, para além da candidata, Moreira da Silva, vice presidente do PSD, Miguel Vitorino, presidente da JSD de Abrantes, Carina Oliveira e a presidente da concelhia, Manuela Ruivo. No discurso de apresentação, Elza Vitório salientou os principais problemas do concelho: a baixa densidade populacional; o envelhecimento da população; o elevado nível de desemprego de longa duração, o que determinará a concentração das preocupações desta candidatura em grandes áreas

de prioridades. Ao nível das propostas, Elza Vitório incidiu os seus objetivos na criação de emprego e na área social, privilegiando um discurso centrado na coesão social e no envolvimento dos diferentes atores empresariais e instituições da economia social; na revitalização do centro histórico da cidade; na interação entre as freguesias e a sede do concelho; e na promoção do desenvolvimento rural, em particular no apoio à área agrícola e às florestas e na promoção do ambiente. A promoção do rio Tejo, da albufeira do Castelo do Bode e da preservação dos aquíferos e do meio ambiente no concelho, são outras linhas condutoras do seu programa eleitoral. A apresentação de Elza Vitório foi abrilhantada por um momento de dança a cargo do grupo Espaço I Dança.

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais emitiram no passado dia 11 de abril um comunicado conjunto no qual demonstram o seu total desacordo em relação à criação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes. Os presidentes de ambas as entidades acusam a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, de não esclarecer a sua posição em relação à corporação de bombeiros municipais. Para breve, em Abrantes, está prevista uma marcha de protesto bombeiros de todo o país. Fernando Curto, presidente da ANBP, explicou o motivo da discórdia e contou que aguardam a marcação de uma reunião com a Câmara Municipal:“É necessário manter o corpo misto de Bombeiros em Abrantes, pois foi funciona bem, mas, infelizmente, e teimosamente, a presidente da autarquia quer alterar. Não percebemos o porquê desta decisão, que passa pela criação de uma nova Associação Humanitária.”

Hália Costa Santos

Joana Margarida Carvalho

Bombeiros... o centro da discórdia com autarquia

Presidente da Câmara garante: “Não estamos •a extinguir um serviço de bombeiros”

Já Sérgio Carvalho, presidente do Sindicato de Bombeiros Profissionais, explicou que o “serviço público pode ser destruído” e afirmou que “Abrantes está a fazer o contrário de outros municípios portugueses”. Apesar da defesa do serviço público, as questões que preocupam mais os presidentes do Sindicato e da Associação Nacional são as relacionadas com a defesa da carreira profissional. O sindicalista Sérgio Carvalho refe-

riu que essa perda da carreira pode estar em causa com a criação da Associação Humanitária. Sérgio Carvalho defendeu a sua profissão falando em “humilhação”, no caso de os bombeiros com ligação contratual à Câmara serem confrontados com outras ocupações profissionais, isto se recusarem a passagem para a Associação Humanitária. A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, em declarações

à Antena Livre, explicou que não está prevista qualquer extinção do corpo de bombeiros municipais, mas antes uma melhoria do serviço. A cooperação vai deixar de ter a gestão da autarquia para passar para mãos da Associação Humanitária, que “vai garantir um melhor serviço de proteção e socorro dos cidadãos”. A autarca adiantou que “aquilo que a Câmara se propõe fazer é a passagem dos meios técnicos, físicos e uma componente financeira suficiente, portanto a verba que está no orçamento anual, para a posse da Associação Humanitária”. Sobre a carreira dos bombeiros municipais, Maria do Céu Albuquerque explicou que os mesmos terão de optar: “Ou ingressam na Associação ou serão reconduzidos para outros serviços camarários, não perdendo qualquer regalia financeira.” A autarca acrescentou que há um conjunto de bombeiros profissionais que vão estar nas mesmas circunstâncias. Ricardo Alves e Joana Margarida Carvalho

JMC e FLPR

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10 REGIÃO

MAIO 2013

“Há médicos que deixaram de saber falar com os doentes”

Hália Costa Santos

“Onde falham os médicos?” foi o tema da conferência que abriu as XI Jornadas de Urologia, organizadas pelo Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Médio Tejo levou a efeito, de 19 e 20 de abril, no Hotel dos Templários, em Tomar. Este evento caracterizou-se por ter “excelentes comunicadores” a apresentar, para mais de 400 profissionais de saúde, temas atuais recorrendo a uma linguagem acessível. Na conferência inaugural, Isabel Santos, médica de família em Oeiras e professora, reconheceu que existe da parte dos médicos algumas falhas na forma como abordam os doentes, resultando algumas dessas falhas da falta de tempo: “Alguns dos cidadãos pensam que o tempo é determinado pelos médicos, mas não é assim. Por exemplo, nos cuidados de saúde primários, temos 15 minutos para falar com uma pessoa. Se quisermos fazer um exame objetivo e observá-la, isso demora mais do que 15 minutos.” De acordo com Isabel Santos, “a segunda falha é que há médicos que deixaram de saber falar com os doentes, falam muito, mas viram as costas às preocupações dos doentes. Mesmo quando só

Rastreio visual e auditivo a 370 alunos

• Isabel Santos lembrou que os médicos só têm 15 minutos para cada doente vai renovar a medicação, alguns médicos não indagam sobre os motivos ocultos, ou seja, o que leva a pessoa à consulta”. Mas existe também problemas em passar mensagens dentro da própria comunidade médica: “A forma como se transmite a informação científica é muito pouco clara porque se destina a vender uma conclusões que se quer passar e não a verdade da investigação.” João Dias, diretor do Serviço de Urologia e organizador das Jornadas, sublinha o facto de as expetativas relativas às XI Jornadas de Urolo-

gia terem sido superadas: as mesas-redondas e as conferências tiveram “grande participação da audiência”. Para além disso, o encontro foi marcado pelo convívio e pela homenagem a António Requixa, médico que faleceu recentemente. “No mundo de hoje temos de nos lembrar dos amigos.” Ao longo dos dois dias foram ainda abordados temas como “Memória – no envelhecimento normal e na demência” e o Carcinoma da Próstata. João Dias lembra que este “é um tema sempre muito atual”, acrescentando

que é uma doença “passível de ser curada se for diagnosticada precocemente, sendo o carcinoma mais frequente no aparelho urinário do homem”. O aumento da esperança média de vida e o envelhecimento são desafios que se colocam aos profissionais de saúde, como refere João Dias, que afirma que o tratamento médico ou cirúrgico “tem que se adaptar à realidade” e que os profissionais devem atuar na perspetiva de serem “úteis à pessoa e práticos para lhe trazer o maior benefício”.

Programa de incentivo a microempresas

Desde o dia 11 de abril que o Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA) é uma instituição certificada com o nível EXCELLENCE pela norma EQUASS na Gestão da Qualidade em todas as respostas sociais. O CRIA, fundado a 23 de março de 1977, com o objetivo de educar, formar, ocupar e integrar pessoas portadoras de deficiência, tem procurado, desde essa data até agora, não só aumentar o número de respostas sociais, mas também melhorar a qualidade dos serviços que presta. Nos últimos anos, e de-

‘Valorizar’ é um programa de valorização económica das regiões que contempla um incentivo às microempresas. No concelho de Abrantes este programa também vai abranger as freguesias do núcleo urbano, São João e São Vicente, portanto o comércio tradicional do centro histórico. “O Valorizar” surge no âmbito do QREN, com um fundo 38,5 milhões de euros para a promoção do empreendedorismo em microempresas já existentes e não para a criação de novas empresas. As mi-

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Muitas vezes, é nesta ação que são despistadas e resolvidas situações anómalas no campo da visão e da audição, que podem condicionar a capacidade de aprendizagem dos nossos jovens”. Esta atividade tem o apoio da Direção Regional de Educação de Lisboa, dos municípios e dos Agrupamentos de Escolas de Abrantes, Mação e Sardoal, dos técnicos da Associação Portuguesa de Prevenção Visual e dos técnicos da Clínica do Ouvido. Regista-se ainda o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da Óptica Alípios, da SarClínica e da AMS – Publicidade.

Enfermeiros em luta pela defesa dos seus direitos

FR e HCS

CRIA com certificado de excelência pois de cuidada preparação, o CRIA solicitou ao European Quality in Social Services, EQUASS, em Bruxelas, a certificação da sua Gestão da Qualidade nos vários serviços que presta. Em janeiro de 2011 foi-lhe concedida a certificação Assurance pela norma EQUASS, primeiro nível desta certificação. Agora, depois de uma auditoria à instituição, recebe o segundo nível dessa certificação. A auditoria teve lugar em março passado, tendo sido analisado o relatório interno de avaliação da instituição, em todas as suas respostas sociais.

O Rotary Clube de Abrantes, no desenvolvimento do seu programa de ação para o ano rotário 2012/2013, realizou, em março, o rastreio visual e auditivo a todos os alunos do 1º ano do ensino básico dos concelhos de Abrantes, Mação e Sardoal. Foram rastreados 370 alunos, envolvendo-se também as suas famílias e toda a comunidade escolar. Em comunicado, o Rotary Clube explica que “é muito gratificante a forma calorosa como somos recebidos nas escolas e as mensagens de apoio que nos são transmitidas pelo trabalho que desenvolvemos.

croemepresas podem aceder a um financiamento de 50% a fundo perdido sobre as despesas investimentos que forem consideradas elegíveis para a realização do projeto, bem como vai apoiar a criação de novos postos de trabalho, num máximo até dois. As condições para apresentação das candidaturas, estão disponíveis em http://www.pofc.qren. pt/concursos/concursosabertos. As candidaturas decorrem até 9 de dezembro de 2013.

Os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo encetaram, no dia 26 de abril, uma jornada de luta em prol da defesa dos seus direitos. A greve iniciou-se às 11h nas três unidades que constituem o centro. Os profissionais exprimiram as principais preocupações e dificuldades que tem sentido no exercício das suas atividades e que de alguma forma podem condicionar a qualidade do trabalho. Em declarações João Damásio, enfermeiro e representante do sindicato, explicou os principais mo-

tivos da luta que passam pela qualidade do serviço de enfermagem prestado e da garantia de saúde aos utentes. “A violação dos direitos dos enfermeiros como o direito ao descanso, às folgas, feriados como se encontra legislado; situações onde não estão a ser garantidos o acesso ao estatuto de trabalhador estudante ou ainda as licenças de paternidade e aleitamento”. João Damásio explicou que houve uma redução de 8 enfermeiros que se traduziu em 25 mil horas de cuidados de enfermagem ao ano.


REGIÃO 11

MAIO 2013

FESTA DO INATEL

Almoster foi campeão Foi a equipa do Almoster que fez a festa, no dia 1 de maio, em Abrantes na final distrital do Inatel, ao sagrarse campeão distrital. Esta equipa, que tinha eliminado as Sentieiras nas meias-finais, bateu o Benfica do Ribatejo nos penaltis (5-4) depois de um nulo no tempo regulamentar de jogo. Já de manhã, também no dia 1 de maio, a equipa do Espinheiro ganhou a série 2 desta prova, ao vencer o Arados por 2-1. Mas a festa distrital do Inatel não é apenas um ou dois jogos de futebol. Todos os anos a final do campeonato distrital é uma grande festa de desporto e cultura e, este ano, não fugiu à regra. A organização pertenceu ao Centro Cívico de Alferrarede velha que, com o apoio da autarquia, preparou um dia em cheio para quem se deslocou ao estádio municipal.

Grupos de dança, o Rancho Folclórico do Centro Cívico, a Banda de Rio de Moinhos, lançamento de paraquedistas, grupo de baile e porco no espeto vendido a preço simbólico fizeram o cartaz. Por outro lado, os dois jogos de futebol constituíram o ponto alto do evento mas, à tarde, ainda houve tempo para jogos de escolinhas, com a participação do Benfica de

Abrantes, Núcleo Sportinguista de Alferrarede e União Desportiva Rossiense. Henrique Santos, presidente do Centro Cívico de Alferrarede Velha, era um homem satisfeito pela dimensão o evento e só lamentava o facto de a sua equipa ter ficado nas meias finais. “Se tivéssemos equipas do concelho de Abrantes nesta final a festa era muito maior”, salien-

tou o dirigente, mas mesmo assim mostrou-se agradado com o que viu: “Inatel e Câmara Municipal saíram satisfeitos com a organização, penso que correu bem”. O Centro Cívico conseguiu juntar cerca de meia centena de voluntários que, nas mais variadas tarefas, contribuíram para o êxito da iniciativa. Artigo da responsabilidade da equipa desportiva da Antena Livre

Resultados Campeão distrital – Almoster (venceu o Benfica do Ribatejo nos penaltis por 5-4 após 0-0 no jogo) Vencedor da Série 2 – Espinheiro (venceu Arados por 2-1) Prémio Disciplina – Vale de Cavalos Melhor marcador da prova – Diogo Rosado (Alferrarede Velha)

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12 EDUCAÇÃO

MAIO 2013

VILA NOVA DA BARQUINHA

Escola Ciência Viva comemorou primeiro aniversário entre amigos colares de Alferrarede, Rio de Moinhos e Bemposta, no concelho de Abrantes, deu uma pequena palestra no auditório da escola e afirmou que o projeto em VNB “elevou a fasquia”. Aires Mateus explicou que “um projeto é sempre o resultado de muitos fatores e este teve o contexto mais extraordinário e mais profissional que já encontrámos”. O arquiteto elogiou a autarquia, “verdadeiramente interessada em desenvolver um programa de grande ambição com relação ao programa central que era uma escola, apostou seriamente na criação e transformação do pretexto da escola numa coisa mais poderosa”, o que, na sua opinião, “pode verdadeiramente vir a influenciar a educação e as futuras gerações na região”.

Um projeto inacabado

Ricardo Alves

A data levou cerca de uma centena de pessoas ao edifício projetado pelo arquiteto Manuel Aires Mateus no dia 17 de abril. Os visitantes, populares, profissionais educativos, representantes da parceira Universidade de Aveiro, a responsável pelo programa, e representantes autárquicos ouviram o arquiteto falar sobre as ideias por detrás do projeto. O primeiro aniversário da Escola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha (VNB) proporcionou uma estreia a Manuel Aires Mateus. “Acho que é a primeira vez que me acontece apresentar um edifício dentro do edifício, o que é ainda mais divertido do que quando estamos a imaginá-lo.” O arquiteto, também responsável pelos projetos dos centros es-

• Arquiteto Aires Mateus fala sobre a inspiração que teve para fazer a obra Igualmente fundamental foi, para Aires Mateus, a contribuição da Universidade de Aveiro, “a escola é quase uma coautoria entre ambos. É raro haver uma programação como existe aqui e fun-

damental porque a qualidade da pergunta é sempre a ambição da qualidade da resposta”. A universidade aveirense é a responsável pelo Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC) e a conceção e

equipamento do laboratório de ciências para o ensino formal das ciências para os primeiros anos de escolaridade e do espaço de educação não formal de ciência aberto ao público.

Boas ideias podem sair de pequenos territórios

“As guerras não valem nada”

Gavin Eccles, professor e consultor inglês que vive em Portugal, esteve em Abrantes para falar de Marketing Internacional. Numa palestra organizada pela ESTA para apresentar a nova Pósgraduação em Marketing Territorial, o especialista deixou bem claro que existem grandes oportunidades para as regiões do interior, ao contrário do que muitos pensam. Habituado a promover produtos e regiões internacionalmente, Gavin Eccles contrariou a ideia de que o futuro passa pelas grandes cidades: “As boas coisas e as boas ideias não vêm necessariamente do centros urbanos.”

“Gangues” é o nome do filme que está a ser feito de raiz pelos alunos do 4º ano da EB1 da Bemposta. André Lucrécio, de nove anos, conta que se trata da história de uma guerra entre frutas e legumes que acaba bem. A lição é que “as guerras não valem nada”, como explica Joana Marchante, de 10 anos. António Tomás, professor da turma da Bemposta, explica que o filme de animação foi inteiramente concebido pelos alunos, que tiveram a ideia de usar alimentos, escreveram o argumento, elaboraram o ‘storyboard’, construíram as per-

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Gavin Eccles deixou um conjunto de dicas que podem e devem ser aproveitadas por quem, na região, está a pensar na internacionalização. Em vez de tentar promover um produto isoladamente, a solução deve passar por consórcios de empresas. Por exemplo, todos os produtores de vinhos, juntos, a promoverem os seus produtos. Defendeu que há que perder o medo da concorrência e, em vez disso, apostar num trabalho em conjunto, mais forte e com maior capacidade de resposta para grandes encomendas. No fundo, o que este especialista defende é que é

preciso ter visão, combater a inércia, pensar em mercados que não sejam os mais óbvios, trabalhar com parcerias e tirar partido do que é local. Nesta lógica de acentuar que projetos e ideias muito boas podem partir de regiões como Abrantes, Gavin Eccles reconheceu que a nova pósgraduação da ESTA, em Marketing Territorial (na qual vai dar aulas), pode ser uma excelente oportunidade para partilhar conhecimentos e experiências que permitam criar novas ideias de negócio com vista a promover a região. A Câmara Municipal e a TAGUS apoiam esta nova formação da ESTA.

sonagens, os cenários e desenvolveram os restantes processos de realização. Este filme é apenas um dos que está a ser criado no âmbito do projeto “Realizadores de Palmo e Meio”, organizado pela Associação Palha de Abrantes e o Espalhafitas cineclube. Todo este trabalho foi realizado em ambiente de aula com o apoio da formadora Graça Gomes. Na sua opinião, “uma coisa é não saber o que está por trás do cinema de animação, outra coisa é saber desconstruir aquilo que vemos”. Sem guerras nem gangues, todos estes pequenos

O presidente da autarquia, Miguel Pombeiro, descreveu um projeto em constante evolução: “A parte física está consolidada, a outra parte da inovação e do projeto educativo é algo que estará sempre inacabado e temos de nos empenhar para concretizarmos a intencionalidade inicial do projeto.” Após os discursos e palestra, os presentes tiveram direito a uma visita guiada pelo próprio arquiteto, Manuel Aires Mateus. A celebração do aniversário foi uma iniciativa da Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitetos, representada pelo seu presidente Pedro Costa, em parceria com o Município e Escola Ciência Viva de VNB. Ricardo Alves

realizadores trabalham. Enquanto o professor dá a aula, dois alunos, à vez e acompanhados pela formadora, vão mexendo as personagens do filme e tirando as fotografias necessárias, quase três mil, para a produção deste filme animado. Enquanto João Catroga grava as imagens, Lara Rodrigues certifica-se que as bocas e os olhos das personagens estão no sítio. As curtas-metragens realizadas vão estar em exibição entre os dias 20 e 24 de maio de 2013, no Cineteatro de São Pedro, em Abrantes. Filipa Gonzaga

aluna de Comunicação Social da ESTA


ESPECIAL EDUCAÇÃO 13

MAIO 2013

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Escolas da região com ensino secundário apresentam as suas marcas distintivas Num momento em que estudantes e as suas famílias se preparam para o final de mais um ano é letivo, é também tempo para começar a preparar o próximo. Conhecer um pouco melhor as escolas com oferta de ensino secundário, na zona de influência do Jornal de Abrantes, é o objetivo deste Especial Educação. Lançámos-lhes o desafio de se apresentarem, destacando os projetos, as parcerias, as pessoas e as infraestruturas. Sete das escolas responderam

afirmativamente. Com esta informação, os jovens que se preparam para entrar no ensino secundário ficarão, certamente, a conhecer melhor o que os espera. Este é um Especial Educação que conta com o apoio do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), uma opção a ter em conta pelos jovens da região, que entretanto vão terminar o ensino secundário, e que pretendem fazer o seu percurso num ensino superior profissionalizante e… perto de casa.

• Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, aposta no rigor, no esforço contínuo, na curiosidade intelectual e no gosto pelo saber

Escolas Dr. Manuel Fernandes apostam no rigor, na curiosidade intelectual e na criatividade * História, Vontade e Dinamismo Não é possível fazer a história recente de Abrantes sem destacar o papel fundamental que o LICEU desempenhou como escola de referência por onde foram passando diversas gerações e com muitos frutos de que todos os abrantinos se orgulham (médicos, gestores, advogados, docentes universitários, políticos, jornalistas,…). É esta memória e esta responsabilidade que, agora no Agrupamento Dr. Manuel Fernandes (desde 2008), procuramos continuar, com dinamismo e com vontade de fazer sempre melhor todos os dias. Dispondo de um Projeto Educativo (PE) construído de forma amplamente participada por todos os atores educativos, temos por ambição “ajudar os alunos a encontrarem um caminho que, através do trabalho e do empenho, transforme os seus sonhos em realidade….”( in PE).

Formação integral dos nossos alunos As escolas do Agrupamento Dr. Manuel Fernandes colocam o foco da sua atuação no trabalho realizado dentro da sala de aula. É aí que muito se decide, é no, e para o trabalho aí realizado que alunos, pais e professores devem conjugar esforços para que, além de conhecimentos, os alunos adquiram uma atitude de rigor e de esforço contínuo, que, em con-

junto com a curiosidade intelectual e o gosto pelo saber, os dote de uma base sólida para as aprendizagens futuras. Em complemento ao trabalho central realizado na sala de aula, no nosso agrupamento temos a preocupação deixar espaço aos alunos para que os seus gostos e preferências pessoais se manifestem. Assim, nas nossas escolas encontramos atividades diversificadas, que vão desde a música (grupo de bombos e tuna, em formação) ao cinema de animação, passando pelo desporto escolar e pelos jogos matemáticos (ambos com resultados relevantes a nível nacional), pelas aulas de culinária, pelo Plano Nacional de Cinema, pelo Borboletário (projeto apoiado pelo programa Ciência Viva), por vistas de estudo diversas, etc.

O nosso Ensino secundário A Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes (ESMF), escola sede do agrupamento, está, pela sua história e identidade, especialmente vocacionada para preparar os alunos para o prosseguimento de estudos no ensino superior. No entanto, temos também sabido dar o nosso contributo para o ensino profissional na região em que Abrantes se insere, apresentando uma oferta diversificada. No próximo ano letivo apresentamos como novidades a oferta do Alemão e de um curso

profissional na área do teatro – Curso de Interpretação – que conta com a mais-valia de ser apadrinhado por um dos maiores encenadores portugueses: Jorge Silva Melo. O seu apoio, será certamente um garantia da qualidade do trabalho que pretendemos desenvolver nesta nova oferta. Em complemento ao ensino rigoroso e exigente já referido, os nossos alunos do ensino secundário encontram um ambiente de escola estimulante e com espaço e tempo para manifestarem a sua criatividade e a sua iniciativa. São disso exemplo os momentos musicais de sua iniciativa na Biblioteca, as atividades da Associação de Estudantes ao longo do ano letivo e o espectáculo musical “As sem razões do amor”, que será apresentado no Cine-Teatro S. Pedro no dia 3 de maio. Realçamos ainda o papel da Associação Juventude Amiga, das exposições temáticas itinerantes (em 2012/13: do Instituto Científico Tropical, da UNESCO, do Parlamento Europeu, do Museu da República e da Resistência, do Museu do Azulejo), das Conferências do Liceu e do Livro de Curso (12.º ano).

As nossas vitórias - resultados dos exames nacionais no último ano lectivo, pois, mesmo num contexto difícil, nos exames do 9º ano os nossos resultados

estão no grupo das 20% melhores escolas do país e nos exames do ensino secundário fazemos parte do grupo das 25% melhores escolas do país (in, http://besp.mercatura.pt/pagina. php?codPagina=1) - envolvimento e diálogo permanente com as 5 Associações de Pais e Encarregados de Educação de todas as escolas do agrupamento - as parcerias com diversas entidades fazem parte do nosso trabalho do dia a dia, de que destacamos a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, a ESTA, a Associação Palha de Abrantes, a Escola Prática de Cavalaria, entre outras entidades - a satisfação dos nossos alunos: 70% estão globalmente satisfeitos com a escola, com a relação que os professores e os directores de turma estabelecem com eles - a satisfação dos pais: 75% estão satisfeitos com a comunicação com professores e directores de turma e 70% manifesta-se satisfeito com a ordem e disciplina existente na escola. Se quiser conhecer melhor o nosso trabalho visite-nos em http://www.esmf.pt * Entre a produção e a impressão desta edição, foi conhecida a fusão entre o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes e o Agrupamento de Escolas de Tramagal dando origem a outro Agrupamento que, provisoriamente, se chamará Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes.

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14 ESPECIAL EDUCAÇÃO

MAIO 2013 Publicidade

O Agrupamento Escolar do Tramagal tem diversas parcerias, com entidades públicas e privadas, com vista a melhor desenvolver os seus projetos

Tramagal, uma escola que reconhece e valoriza o desempenho dos seus alunos O Agrupamento Escolar de Tramagal fundamenta a sua ação na formação integral de todos os membros da comunidade educativa, tornando-os intervenientes ativos e participativos, promotores da inovação e mudança. Coerente nos princípios que estabelece, distribuidor de responsabilidade, flexível no seu desenvolvimento, inovador, atento às realidades locais e às aspirações de cada um, o Agrupamento assume-se como entidade promotor do sucesso escolar e educativo, com plena abertura à sociedade envolvente. Atualmente, tem em funcionamento 23 turmas (desde o ensino pré-escolar ao Ensino Secundário), com o total de 450 alunos.

Oferta Educativa A escola é um organismo autónomo, mas a

sua ação faz-se com os recursos do contexto em que se insere, devendo ser, por um lado, um polo dinamizador da evolução progressiva do meio e, por outro, correspondendo à necessidade da futura integração harmoniosa da população escolar na vida ativa. Reconhecendo que a escola tem um papel fundamental a desempenhar, sentimos que devemos ajustar a oferta formativa às necessidades do mercado, apostando na formação dos nossos jovens, diversificando as ofertas, numa tentativa de ir ao encontro das suas reais necessidades / interesses. Assim, após o levantamento de dados e a análise das informações recolhidas junto da população escolar, relativamente às saídas profissionais / prosseguimento de estudos, colocámos em funcionamento o Curso Profis-

sional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva e o Curso Ciências e Tecnologias. Com a incerteza que caracteriza a atual situação do nosso Agrupamento (em processo de agregação) as informações quanto às ofertas formativas a disponibilizar não poderão ser consideradas definitivas. Deste modo para o próximo ano letivo prevê-se oferecer o Curso Profissional Técnico de Apoio Psicossocial assim como o Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. Pretende-se também a abertura de um Curso de Educação e Formação, Tipo 2 de Operador de Informática. No que concerne o ensino regular dar-se-á continuidade ao Curso de Ciências e Tecnologias.

Mérito A Escola reconhece o desempenho dos seus alunos e valoriza-o, afixando um Quadro de Honra no átrio, publicando também o mesmo na página WEB do Agrupamento. No início de cada ano letivo, a nossa benemérita, Dra. Maria Helena Duarte Ferreira, oferece um prémio monetário ao aluno que realizou todo o seu percurso no Agrupamento e tenha entrado no Ensino Superior. Na mesma ocasião, os alunos com melhor desempenho recebem também uma lembrança e a Caixa de Crédito Agrícola de Tramagal atribui um prémio ao aluno que se destaque pelos seu valores e atitudes (cooperação, solidariedade, respeito,…). No ano letivo passado, a aluna de 12º ano com melhor média foi Ana Carolina Alarico, com 18 valores, em Ciências e Tecnologias.

Parcerias O Agrupamento celebra parcerias nas diferentes áreas, com o objetivo de estabelecer uma cooperação interinstitucional e transfor-

mar a Escola num centro de aprendizagem abrangente e alargado aos diferentes horizontes da comunidade educativa.

Projetos Educação para a Saúde, Eco-Escolas, Escola Electrão, Olimpíadas da Matemática, Olimpíadas da Química, Rádio Escolar, Clube de Artes e Música, Jornal Escolar, Concursos Concelhio e Nacional de Leitura, Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, Clube de Jardinagem,… É de salientar a participação ativa nas Provas de Desporto Escolar onde os nossos alunos alcançam resultados dignos de registo. Exposição no espaço DRELVT, Lisboa – obras de pintores famosos recriadas pelos alunos, na disciplina de Educação Visual Exposição de presépios e Exposição “ Os Direitos da Criança” – abertas à comunidade Colaboração com a Universidade da Terceira Idade de Tramagal, partilhando experiências e recursos humanos; Receção dos idosos dos Centros de Dia, com a apresentação de músicas e teatro.

Infraestruturas A Escola sede dispõe de salas de aula equipadas com computador, quadros interativos e vídeo projector; Salas de informática; Centro de Recursos, Campo de jogos e Pavilhão Gimnodesportivo (da CMA e utilizado pelos nossos alunos). Alguns espaços da escola sede necessitam de reabilitação, já solicitada mas ainda não realizada.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA DE REI

O ensino regular a par do ensino articulado de música O Agrupamento de Escolas de Vila de Rei é constituído pela escola sede, escola básica e secundária do centro de Portugal, e pelo jardim-de-infância. Na escola sede, somos 50 docentes, quase 380 discentes, 29 assistentes, dos quais seis estão sempre disponíveis para um atendimento personalizado nos serviços administrativos, e 23 assistentes operacionais, sempre disponíveis para atenderem e encaminhar qualquer visitante do nosso agrupamento. São eles o cartão-de-visita do agrupamento desde o momento que entram, 7h30m, até ao momento em que saem,19h30m. São eles os primeiros confidentes, são eles os primeiros a fazerem o curativo, são eles os primeiros que encaminham e são eles que preparam o ambiente de conforto e segurança que os nossos

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jovens e as suas famílias merecem. Convém relembrar que existe uma equipa que nos alimenta e que bem que elas cozinham. A aposta do agrupamento é na oferta formativa de qualidade, e que grandes profissionais nós temos. Constituem uma equipa coesa e com ambições de levar os nossos alunos a serem os melhores profissionais seja a área que for…. Assim, a oferta vai desde o pré-escolar, ao 1º Ciclo, ao 2º ciclo, com a oferta do ensino articulado de música, ao 3º ciclo até ao ensino secundário regular, com a oferta de científico, humanidades, curso profissional de técnico de turismo. A nossa missão é sermos uma escola de referência na região, para tal contribui o nosso projeto educativo…

Agrupamento de Escolas de Vila de Rei releva que promover um ensino •de Oreferência é o grande objetivo


ESPECIAL EDUCAÇÃO 15

MAIO 2013

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• Vários projetos ligam o Agrupamento à comunidade

construídos, que se constituem como exemplos de infraestruturas capazes de conciliar a exigência do trabalho educativo e os serviços de apoio à família fundamentais nos atual contexto social e tem, no presente ano letivo uma população de cerca de 700 alunos, 70 docentes e 25 membros do pessoal não docente. Uma família educativa onde a principal linha condutora é o investimento na aprendizagem.

mesmo tempo, desenvolver uma forte ligação comunitária e ao local. Exemplos desses projetos são as Pomonas Camonianas e o Grupo Moviritmos – um grupo de percussão e ginástica que tem sido chamado para várias atuações em diferentes contextos e localidades, para além da aposta no desporto, nomeadamente na ginástica, equitação e natação.

O que nos distingue… As nossas apostas …

Constância oferece respostas diferenciadas para públicos diversos O Agrupamento de Escolas de Constância teve a sua instalação em 1999, cimentado num trabalho que já era articulado entre as diversas escolas do concelho através do desenvolvimento de projetos comuns, e sem imposição legal. A Escola sede do Agrupamento, Escola Básica e Secundária Luís de Camões, que completou 21 anos de funcio-

namento, deve o seu nome à profunda ligação que Constância tem com um dos maiores poetas portugueses. O Agrupamento de Escolas de Constância é composto, para além da Escola Básica e Secundária, pelos estabelecimentos de ensino de Montalvo e dois Centros Escolares – Santa Margarida e Constância - recentemente

Para além do ensino regular, nos diversos ciclos de ensino, tem sido proporcionado um conjunto de ofertas educativas de vertente profissional, com principal ênfase nos cursos de restauração – cozinha e bar, com sucesso do ponto de vista de enquadramento profissional e taxa de conclusão. Outra vertente da formação escolar é a aposta no ensino articulado da música, existindo, atualmente, três turmas de ensino articulado onde os alunos desenvolvem – em parceria com o Choral Phydellius e a Associação Filarmónica de Montalvo - as aprendizagens específicas na área da música. Para além do ensino formal, o Agrupamento tem vários projetos que procuram desenvolver competências nos seus alunos e, ao

Este agrupamento distingue-se pela profunda ligação que tem à comunidade onde se insere, pela articulação do trabalho educativo com os diversos parceiros e é reconhecido no âmbito regional e nacional pela qualidade do trabalho pedagógico desenvolvido, com respostas diferenciadas para os diversos públicos que o agrupamento serve, do qual a organização das disciplinas de Inglês, Matemática e Português por nichos de aprendizagem e a oferta de percursos escolares diferenciados são exemplos que convergem para o desenvolvimento da sua missão: proporcionar a todos os seus alunos um percurso educativo de sucesso, permitindo o desenvolvimento das suas capacidades e aptidões.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SARDOAL

Ambiente familiar, onde todos se conhecem pelo nome e a Associação de Estudantes, do refeitório escolar e do Pavilhão Gimnodesportivo. Os professores de Educação Física podem ainda lecionar natação nas suas aulas, devido ao protocolo existente entre a Câmara Municipal e a Escola que permite a utilização da Piscina Coberta.

Cursos A Escola tem como oferta formativa o Curso Científico-Humanístico (Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades) e Cursos Profissionais, sendo que este ano tem em funcionamento o 3º ano do Curso de Técnico de Turismo e o 2º ano do Curso de Técnico de Auxiliar de Saúde.

• Sardoal destaca-se em várias áreas, desde o Ambiente até ao Badmington O Agrupamento de Escolas de Sardoal possui como escola sede a Escola EB 2,3/S Dra. Maria Judite Serrão Andrade. Natural de Sardoal, licenciada pela Universidade de Coimbra em ciências históricas e filosóficas, a Dra. Judite foi a fundadora da Escola e a grande impulsionadora do Ensino Público na vila de Sardoal. Trata-se de uma escola pequena, com um ambiente familiar em que

todos se conhecem pelo nome.

Infraestruturas Apesar de antiga, a Escola encontra-se bem equipada, existindo um computador e um vídeo-projetor em todas as salas, alguns quadros interativos e computadores portáteis para requisitar. Os alunos podem ainda usufruir do polivalente onde se encontra o Bar

Projetos O Agrupamento de Escolas de Sardoal pauta-se pelo seu dinamismo e espírito ativo, sendo desenvolvidos por professores e alunos uma multiplicidade de projetos. E-Twinning, Programa Eco-Escolas, Parlamento dos Jovens, Projeto EMPRE – Empresários na Escola, Rock in rio/Escola Eletrão, Desporto Escolar, Clube da Fotografia Digital, Clube do Leitor e “A falar é que a gente se entende” – Mediação de Conflitos, são ape-

nas alguns deles.

Prémios e Distinções Foram vários os prémios que o Agrupamento foi alcançando ao longo dos tempos. Podem apontar-se como exemplos o Prémio Nacional 2012, na categoria especial Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações alcançado pelo E-Twinning; o Prémio Escolar da Fundação Montepio, em 2009; e Melhor Empresa EMPRE 2012, alcançado pelos alunos da 2700 turma do Curso Profissional de Técnico de Turismo no âmbito do Projeto EMPRE. Este ano uma aluna do 7º ano conseguiu a Medalha de Bronze no Concurso “Uma Aventura Literária 2013 - Modalidade Olimpíadas da História”. No âmbito do Desporto Escolar, este ano letivo, a Escola alcançou 1º, 2º e 3º lugares em diversas categorias de Ténis de Mesa e Badmington e o 2º lugar numa das categorias do MEGASPRINT. No âmbito do Programa Eco-Escolas, a escola tem merecido ao longo dos anos distinções que reconhecem o trabalho desenvolvido na defesa do ambiente.

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16 ESPECIAL EDUCAÇÃO

MAIO 2013 Publicidade

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERDE HORIZONTE, MAÇÃO

A promoção do património e o empreendedorismo, entre outras apostas Agrupamento e oferta formativa O “AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERDE HORIZONTE” foi homologado em 11 de Abril de 2001. O nome do Agrupamento funda-se no facto do município de Mação se integrar, na altura da sua constituição, na maior mancha privada de pinheiro bravo da Europa. A cor verde marcava todo o horizonte do concelho, daí que a marca “Verde Horizonte” fosse adotada pelo município e pelo Agrupamento de Escolas. Para além do ensino regular, o Agrupamento tem, na sua oferta formativa para 2013/14, dois Cursos de Educação e Formação (Comércio e Floricultura e Jardinagem) e seis Cursos Profissionais: no 10º ano, Proteção Civil, Mecatrónica Automóvel e Serviços Jurídicos; no 11º ano, Hotelaria e Restauração e Técnico Profissional de Saúde; no 12º ano, Técnico Profissional de Marketing.

desenvolvidas no Agrupamento Vertical de Escolas Verde Horizonte. - Projeto “Aprender ciências experimentando” - Transmitir conhecimentos científicos de forma acessível, despertando o espírito científico nos alunos e desenvolver o gosto pela ciência. - Projeto no âmbito da educação em empreendedorismo - Proporcionar aos alunos uma visão geral de empresa, incutindo e potenciando competências empreendedoras. - Projeto “Um olhar sobre o nosso Património Cultural – Memórias do Passado” - Contribuir para o conhecimento do património cultural e para a aproximação familiar e social entre gerações. Clube Europeu - Participação e organização de atividades que contribuam para a dimensão europeia na educação e na comunidade escolar.

Projetos

Prémios/distinções

- Projeto SAPEeN - A Sala Apoio e Preparação para o Estudo dos Exames Nacionais (SAPeEN) é um espaço onde se faz um apoio individualizado ou em grupos aos alunos que vão realizar Exames Nacionais no ano letivo de 2012/2013. - Projeto 100% - Melhorar os níveis de assiduidade, comportamento e aproveitamento escolar. - Projetos: Jornal “ Horizontes”, Verde horizonte On-line e Televisão “Horizontes “ - Divulgação e promoção do conjunto de atividades

Gonçalo Matos, 1º lugar nas Olimpíadas Nacionais da Matemática; 1º lugar no concurso “Marie Curie, uma mulher pioneira na investigação científica” da UBI – 2011; 2º lugar no concurso “Se eu fosse ... cientista” do jornal Ciência Hoje do Ciência Viva – 2011; EmpreEscola (Concurso de empreendedorismo): Melhor ideia empresarial do Distrito; Prémio de Mérito atribuído pela CMM ao melhor aluno de Ciclo do Agrupamento; Prémio Gonçalo de Matos atribuído ao me-

• Um dos seis cursos profissionais é de Hotelaria e Restauração lhor aluno do 12º ano do Concelho de Mação.

Vitórias Desportivas Dois alunos ficaram apurados para as regionais de Natação, foram ainda mais dois convidados para participar devido ao desempenho da equipa. Nas Atividades Rítmicas Expressivas a equipa alcançou o 2º lugar da Zona Norte. No Futsal feminino obteve, nos regionais, o 2º lugar.

Parcerias A CMM oferece aos melhores alunos do Agrupamento uma semana na Universidade (Júnior) do Porto e promove Viagem à Europa.

O Museu de Mação promoveu um projeto em todo o concelho denominado “Um olhar sobre o nosso Património Cultural: Histórias das nossas Memórias”. Biblioteca Municipal desenvolve vários projetos ao longo do ano letivo, em parceria com o Agrupamento.

Salas apetrechadas Todas as salas têm computador e projetor, tendo ainda algumas quadros interativos. Pavilhão Desportivo e Ginásio - Utilização diária das Piscinas Cobertas que se encontram junto à escola. Três laboratórios devidamente equipados. Refeitório e Restaurante Pedagógico.

ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE ABRANTES

Para além do ensino, a exploração agrícola como atividade económica Criada em 1989, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), fruto da vontade de um conjunto de entidades promotoras, foi criada pelo D. L. nº 26/89 e a 22 de maio de 2000. Transformada em escola da rede pública dos estabelecimentos de ensino do Ministério da Educação e Ciência, tem como lema das éclogas de Virgílio, “carpent tua poma nepotes”. A formação ministrada desenvolve-se dentro da Matriz Rural que nos caracteriza e abrange um conjunto de áreas que vão desde a agricultura, floresta, equitação, turismo ambiental e rural, higiene e segurança, proteção civil, animação sociocultural e padaria/pastelaria. Para além da formação/qualificação, a EPDRA apresenta-se como promotora das atividades económicas e sociais, sobretudo no âmbito das áreas da formação ministrada e na região onde se insere. Esta é uma região de um enorme valor cultural, grande biodiversidade ambiental, resultado da convergência das províncias do Ribatejo-Alentejo e Beiras. Fruto da atividade inerente à formação, a EP-

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Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), •na AHerdade da Murteira, com as suas valências de apoio à formação

DRA, produz e transforma uma variada gama de produtos agrícolas, de qualidade reconhecida, que comercializa diretamente e em conjunto com outros produtores da região, num projeto designado de “PROVE”. Atendendo ao conjunto de infraestruturas existentes nos dois polos (herdade e centro escola) oferece alojamento a alunos oriundos das mais variadas regiões do País, bem

como de países de expressão Portuguesa, com quem mantem protocolos, nomeadamente ( São-Tomé e Príncipe, Moçambique e Cabo Verde) apresentando-se assim como uma escola Multicultural. A EPDRA mantém protocolos/parcerias com escolas congéneres do sul de França, região da Estremadura Espanhola e faz parte da Associação Portuguesa das Escolas Profissionais

Agrícolas que é associada das escolas Profissionais Agrícolas da Europa. É geminada com o Instituto Médio Agrário de Boane – Moçambique. Ao nível da Biblioteca Escolar colaboração com a escola do 1º ciclo de Mouriscas e a Associação de Terceira Idade de Mouriscas (ACATIM), na exploração agrícola participação na iniciativa de venda de cabazes hortofrutícolas (Prove) com outros produtores da região, participação em diversas atividades, tais como feira da doçaria, encontros Ibéricos do Azeite, Rota do Tejo, feira Nacional de Agricultura, bolsa de Turismo de Lisboa, Feira das Qualificações, etc… Neste ano letivo a EPDRA mantém em funcionamento diversos cursos profissionais e de Educação Formação, num total de 320 alunos, 58 professores e 34 não docentes, num espaço escolar constituído por dois polos, uma herdade com 62 há e o edifício centro escola, com capacidade para alojar 120 alunos. A equipa diretiva é constituída pelo diretor, João Quinas, pela subdiretora, Rita Alves, e pelo diretor adjunto, Paulo Vicente.


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18 DEFESA

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Ana Rita Martins

“Procuramos melhorar e rentabilizar os recursos que temos”

• Chefe-General do Estado-Maior do Exército no 35º Aniversário da Brigada Mecanizada O General Chefe de EstadoMaior do Exército (CEME), Artur Pina Monteiro, esteve, no dia 9 de abril, no Campo Militar de Sta. Margarida para presidir às comemorações militares do 35º aniversário da Brigada Mecanizada (BrigMec). Foi recebido com as honras militares pelo Major-General Comandante da Brigada, António Xavier Lobato de Faria Menezes. “Orgulho nos meus homens”. Estas foram as primeiras palavras que o Comandante da Brigada Mecanizada utilizou para descrever tudo o que sentiu ao ver o desfile das forças em parada, com cerca de 600 homens apeados e 200 em viaturas. A Brigada Mecanizada tem todos os anos forças destacadas para o Kosovo, Líbano e Afeganistão. Para o MajorGeneral António Menezes, todas as missões internacionais

são “prioridade do exército”. Lembrou que, por Portugal pertencer a um conjunto de alianças que garante a segurança de forma global, “temos de ter alguma credibilidade e por vezes o vetor militar é utilizado como parceiro credível”. Sobre cortes financeiros que possam vir a prejudicar a Brigada, o Comandante apenas refere que “as medidas são tomadas sempre em permanência, tentando que os recursos cheguem, planeando tudo e, portanto, ainda não foi afetado nada do treino operacional”. Numa alocução alusiva às comemorações do dia, o CEME referiu que a Brigada Mecanizada, “apesar dos constrangimentos financeiros, consegue mostrar que utiliza e sabe utilizar os meios de que dispõe”, mantendo uma particularidade de força decisiva,“aquela

que reúne em si própria as valências de uma força”. Ao descrever o que sentiu durante a cerimónia, o CEME referiu: “Como comandante do Exército, senti-me confortado”. À margem das celebrações do 35º aniversário da Brigada Mecanizada, e questionado sobre alguns dos problemas que o país atravessa, Pina Monteiro mostrou-se otimista em relação aos cortes que o Exército possa vir a sofrer, referindo que o sistema militar continua a ser importante para garantir segurança e proteção das pessoas: “Não há nenhum país que não tenha Forças Armadas, estas estão intimamente ligadas ao Estado, ao país.” Sobre as dificuldades financeiras, o CEME relembra que todos “estamos em contenção, procuramos melhorar e rentabilizar os recursos que temos”, não se pode “exigir

do país o que o país não nos pode dar neste momento”, o mais importante é “haver vontade coletiva”. Artur Pina Monteiro disse ainda que o encerramento de unidades militares só acontecerá “em último caso”, uma vez que “as unidades produzem força e se fecharmos unidades deixamos de ter força”. Por isso, o Exército está “a preparar a reorganização” nas grandes cidades de Lisboa e Porto. O CEME explicou que vai “procurar concentrar” tudo o que sejam órgãos de serviços administrativos e de apoio. Quanto a Sta. Margarida, frisou que “este campo militar tem sido importante e determinante no treino operacional do Exército, com capacidades das quais não podemos abdicar”. Ana Rita Martins

aluna de Comunicação Social da ESTA

MILITARES DA BRIGADA MECANIZADA REGRESSAM DO KOSOVO

“Consciência de dever cumprido”

O Agrupamento Índia/ FND/KFOR, unidade mobilizada pelo Quartel de Cavalaria da Brigada Mecanizada, regressou do Kosovo no passado mês de março, com “a consciência de dever cumprido e de ter contribuído com a sua ação para a estabilidade e paz ” naquela região, conforme sublinhou o Major General da Brigada Mecanizada. No dia 8 de abril foi feita a entrega do Estandarte Nacional, símbolo que acompanhou a força durante os seis meses na missão de paz. “Satisfação e orgulho” foram as palavras que o comandante da força, Tenente-Coronel José Talambas, usou para descrever o momento. Ao longo destes seis meses, o Agrupamento Índia, constituído por militares portugueses e húngaros, e ao comando do TenenteCoronel José Talambas, manteve-se sempre como uma força de reserva tática. “Dizia aos meus homens que nós éramos o último machado, se alguma coisa corria mal tínhamos de chegar e resolver a situação.”

Semanalmente trabalhavam em treinos operacionais com todas as forças do teatro, “quer fossem americanos, alemães ou qualquer outra nacionalidade”. No teatro de operações, foram executadas diversas operações onde foram postos à prova conhecimentos que os militares levaram do teatro nacional. “Fomos várias vezes referidos como aqueles que tínhamos a maior qualidade em termos de formação, cumprindo todas as missões que nos foram atribuídas, com extrema dedicação e profissionalismo”, referiu com orgulho o Comandante da força. Num balanço final, o Comandante do Agrupamento confessou: “Quando vim embora com a minha força senti um misto de saudade e de regozijo, porque voltamos para a nossa família, para o nosso país, mas também senti que deixámos lá algo, o nosso coração ficou um bocadinho no Kosovo.” Se pudesse, “voltaria já amanhã”. ARM

Escola Prática de Cavalaria sai de Abrantes O Exército tem sido, nas últimas décadas, alvo de sucessivas reestruturações, cujo objetivo principal sempre foi a adequação do dispositivo de forças às necessidades reais do país. O processo de reestruturação do Exército português já levou à extinção das regiões militares, ao encerramento de unidades, à transformação de outras, à descentralização de órgãos

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superiores do Exército e à desburocratização das suas estruturas. Presentemente, vamos ter oportunidade de assistir a mais alterações desta natureza e que vão começar a ser implementadas já a partir de outubro com início do novo ciclo de instrução. Foi assim que, à margem das celebrações do 35º aniversário da Brigada Mecani-

zada de Santa Margarida, o Chefe do Estado-Maior do Exército–General, Artur Pina Monteiro, anunciou, no âmbito de mais uma reestruturação do Exército, a transferência de várias unidades militares para a futura Escola de Armas em Mafra. Desta forma, a Escola Prática de Cavalaria, sediada em Abrantes, vai para Mafra, recebendo Abrantes uma unidade poli-

valente do exército. Já o Regimento de Engenharia nº 1, situado na Pontinha em Lisboa, vai aumentar a sua capacidade operacional com a deslocalização, para as instalações da Escola Prática de Engenharia de Tancos, em Vila Nova da Barquinha. Como referiu ao Jornal de Abrantes o Tenente-Coronel de Cavalaria Jorge Pedro, porta-voz do Exército, “esta

mudança decorre no âmbito do projeto de reestruturação do exército português e vai envolver as escolas práticas de Infantaria, Artilharia, Cavalaria, Engenharia e Transmissões que desta forma vão dar origem à futura Escola das Armas, em Mafra”. A implantação global da Escolas Práticas em Mafra vai demorar cerca de dois anos. O General Artur Pina Mon-

teiro disse que o Regimento de Artilharia nº 5, situado na Serra do Pilar, no Porto, vai ser transferido para Vendas Novas, onde está neste momento instalada a Escola Prática de Artilharia, e que a nova Escola das Armas deverá começar a funcionar no “início do próximo ciclo de instrução” militar, no mês de outubro. Francisco Rocha


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20 JORNAL DE ABRANTES FAZ 113 ANOS

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Jornal de Abrantes, entre a defesa da Democracia e o folhetim Fundado precisamente há 129 anos, em 16 de março de 1884, surge em Abrantes, numa primeira vez, pela mão de Neves Holtreman, o Jornal de Abrantes. Depois de um breve interregno de alguns anos surge novamente, agora de forma contínua, em maio de 1900. Assumindo-se como “folha politica, litteraria e noticiosa” é, ainda hoje, um marco da imprensa regional e um dos poucos sobreviventes da imprensa secular em Portugal, facto que só por si merece consideração e homenagem. É justamente isso que se pretende aqui realçar: a evocação desse património coletivo ao serviço dos anseios da região e a recordação dos seus primórdios editoriais. A redação situava-se na Rua da Corredoura entre o Largo de Sant’Ana e o fundo da travessa do Teatro o que constituía motivo de orgulho já que era impresso e composto na sua totalidade, em Abrantes, em tipografia própria. Este aspeto não era de todo estranho à população uma vez que desta forma eram criados postos de emprego e se mantinha o sentido regional dos seus conteú-

dos. Tinha quatro páginas e custava quatro cêntimos. Conforme podemos observar no epíteto do seu cabeçalho, a linha editorial era Defensora da Democracia, dos princípios Liberais e do Partido Progressista, defensor dos interesses nacionais e da região certamente o mais antigo e o jornal de maior expansão da região centro do país. Entre mezinhas de xaropes e pastilhas para o estomago, o unguento das necessidades único que cura feridas antigas em pouco tempo e rabanos iodado para creanças rachiticas e escrupholosas, ressalta também uma página destinada a um folhetim, normalmente um romance sentimental ou dramático, de um autor da época, que por certo faria as delícias de muita gente, uma vez por semana, como se de uma telenovela se tratasse. Nesse sentido, propusemo-nos desfolhar as suas pálidas folhas marcadas pelo passar dos anos e tentar descobrir o sentir da época e das populações para acontecimentos dignos de registo na vida da nossa sociedade. Os episódios escolhidos foram, respetivamente, o 25 de abril

de 1974 e as cheias de 1979, do rio Tejo. O que perpassa da sua leitura é uma interpretação sentida, por vezes inflamada e eufórica, duma revolução que nos veio trazer a democracia, depois de 48 anos de ditadura fascista expressa, por exemplo, no título de um dos artigos “ o movimento histórico do 25 abril” e o “programa da Junta de Salvação Nacional” e “General Spínola governa o país” e as grandes manifestações do 1º de Maio “verdadeiramente grandiosas e entusiásticas”. Já sobre as cheias do rio Tejo, revela-se a tristeza e o desespero das pessoas, naquelas que foram uma das maiores cheias de que há memória e a que chamavam “Tejada” e que eram “motivo de todas as conversas das gentes da baixa Abrantes” e o agradecimento ao presidente da Junta, José Pombo, que viveu estes problemas “mesmo a sério” como nos revela Salgado Tomás. Fica aqui a recordação de décadas de História que, semana após semana, agora mês após mês, segue na senda dos desígnios dos seus pioneiros. Hoje, como outrora, ao

Parabéns sob ameaça Um jornal centenário pode morrer? Pode. Mas não deve. A morte de um jornal é sempre um desastre. A de um jornal centenário é ainda maior. Uma história de serviço a uma região, como é a do Jornal de Abrantes, torna-o um património coletivo e cria maior responsabilidade de futuro. Mas também torna mais difícil, mesmo arriscada, uma mudança significativa. Que é, no entanto, necessária, urgente. Essa mudança fêla o JA em 2009. Sou suspeito, mas devo dizê-lo que a fez com êxito. Mudou e manteve-se vivo, com o mesmo espírito de serviço à região, continuando a ser reconhecido por isso. Mas o mais importante não é o já feito, mas o por fazer. Um jornal pode morrer de um momento para o outro. Por isso, os próximos anos são sempre potencialmente mortais. Vemos a nível mundial a morte

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progressiva da imprensa escrita, cujos títulos estão a migrar para o digital, mas com grandes dificuldades em encontrar aí a sustentabilidade económica. É o fim do jornalismo escrito? Há quem diga que o jornal local ou regional, com um jornalismo de proximidade, tem futuro. Mas não vai ser fácil. Antes de mais, continua a ter de enfrentar todas as dificuldades do jornalismo, acrescidas de ser um jornalismo de proximidade. O jornalista encontra-se quase todos os dias com aqueles que são objeto da sua informação. Por isso está sujeito a muitas formas de pressão, subtil ou direta. Mas o que parece comum é a falta de gestão – e tem sido este o ponto fraco do jornalismo de província, com os jornais a morrerem, ou manterem-se numa morte lenta. O negócio não é apetecível por falta de rentabilidade. E não há jorna-

lismo profissional que se sustente sem receita que pague os profissionais. Sendo assim, o principal problema é mesmo o da profissionalização de uma gestão ou a criação de um modelo de negócio capaz de garantir ao mesmo tempo um bom produto de jornalismo e a criatividade que lhe dê a sustentabilidade económica. Terá de enfrentar a prova da crise económica, o desafio das novas tecnologias e um público cada vez mais exigente. E terá, para isso, de dispor de uma boa teoria para fazê-lo, pois sem uma boa teoria não se encontram bons resultados, dado que o acaso não é amigo de confiança. E uma coisa parece certa, o jornalismo dominante nas escolas e nos grandes jornais não parece ser a resposta necessária. Ou seja, está tudo por fazer. Alves Jana

serviço da população de Abrantes. Como curiosidade, aqui se transcreve um aviso da primeira edição: “O Jornal de Abrantes não pode sustentar-se sem a proteção das pessoas a quem remetemos o primeiro número e ás quaes o favor da sua assignatura; ás que não quiserem assignar pedimos o obse-

quio de devolverem o jornal, na certeza porém, depois de recebido e não devolvido, as consideraremos assignantes e lhes enviaremos em tempo o competente recibo.” Francisco Rocha


JORNAL DE ABRANTES FAZ 113 ANOS 21

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Histórias da nossa História O Jornal de Abrantes – Semanário Democrático iniciou a sua publicação a 27 de maio de 1900, atravessou todo o século XX e chegou aos nossos dias. É o maior exemplo de continuidade na imprensa escrita local.

11 março Comprar e vender. Processo quase tão velho como a História da Humanidade. Mas o que se compra e o que se vende hoje não é o mesmo que se comprava e vendia noutros tempos. Recuemos mais ou

menos um século. Fomos espreitar o Jornal de Abrantes de 1929, exatamente no mês de março e fomos ver o que a publicidade então. E era assim:

Mas havia também os serviços que se anunciavam, e aqui encontramos: Oficina de tanoeiro Faz todos os trabalhos de tanoaria Em Alferrarede Berta Ramos – Parteira diplomada Faz partos, consultas sobre gravidez, injeções e tratamento de senhoras Grátis aos pobres Rua Santos e Silva - Abrantes

Regimento de Infantaria 2 O Conselho Administrativo deste regimento, faz público, que dia 7 de Abril, pelas 14 h, procederá à venda em hasta pública de todas as botas deixadas ficar pelas praças ultimamente licenciadas

Vende-se arreio de charrete Trata Manuel Nunes Pratas de Abrantes

Vende- se CAL Em pequenas e grandes quantidades Manuel Ferreira Papoula Alferrarede

Vende-se Grafonola Trata António Filipe / R.5 Out. Abrantes

Vende-se carro de bois Pouco usado, trata Joaquim Paulo Stª Margarida, Constância

Quartel de Abrantes, 22 Março 1929

Vende-se uma mula Trata Zeferino Alves da Silva, Rocio de Abrantes

Vende-se bagaço de azeitona À fanga ou à tonelada Trata Felismino Paulo, Constância

Com estes juros vê-se que ainda não tinha chegado a grande crise de 1929. Essa só iria aparecer em Outubro…

Serviço de Carreiras Entre a estação de Abrantes e a cidade A POPULAR Chapelaria, sapataria e camisaria Executa calçado de agasalho e polainas Executa também todos os trabalhos de chapéus de senhora e criança pelos últimos modelos Tudo a preços que ninguém faz! Prª Barão da Batalha - Abrantes Casa Bancária Mena &Pinto Descontos, transferências e todo o género de operações bancárias, exceto cambiais Recebem depósitos vencendo os seguintes juros: Depósitos à ordem – 5% Depósitos a 3 meses – 6% Depósitos a 6 meses – 8% Depósitos a 12 meses – 10% Mas até lá… Bebam todos Cerveja Jansen, porque a Jansen é a melhor cerveja que há!

Momentos que ficaram 25 março A imprensa escrita teve muito dinamismo em Abrantes. Ainda no séc. XIX surgiram vários jornais, afetos a diferentes linhas políticas, uns regeneradores, outros progressistas e, mais no final do século, a influência republicana fez-se sentir. Uns e outros foram aparecendo e desaparecendo. O Jornal de Abrantes – Semanário Democrático iniciou a sua publicação a 27 de maio de 1900, atravessou todo o século XX e chegou aos nossos dias. É o maior exemplo de continuidade na imprensa escrita local. Ler estes jornais antigos é passear por um mundo diferente, povoado de pequenos e grandes acontecimentos que vão ajudando a compor a história dos lugares. Aquilo que se escreve, aquilo que se anuncia, os recados que se mandam, aquilo que se oferece e agradece revelanos muito sobre os comportamentos sociais da época em que se escreveu. Pegámos num Jornal de Abrantes de 1927, e nele podemos ler muitas coisas,

algumas impensáveis para os dias de hoje, a título de exemplo: Havia uma rubrica mensal que se chamava:

O Ventre de Abrantes No mês de junho findo foram abatidas no matadouro municipal da cidade as seguintes rezes: Bois adultos – 2 Carneiros - 288 Era o movimento da carne que se consumia na cidade. Havia também uma rubrica semanal que se chamava:

Partidas e chegadas - No sudexpres de 3ª feira partiram para Paris e Berlim os nossos amigos Benjamin Paisana, de Penhascoso e Francisco Martins Ruivo, de Alvega; - Estiveram em Abrantes na última semana os nossos amigos: Manuel António Natálio, de Lisboa, Joaquim António Ferreira, de Constância e José António Silva de Azambuja;

- Partiram de Abrantes para a Curia o Sr. Adelino Lemos e esposa e o Sr. José Prates para Coimbra Assim todas as semanas, durante anos seguidos fazendo o registo dos que chegavam e dos que partiam, por um dia, por alguns dias, por umas curtas férias…

Fizeram exame Era outra rubrica certa. Em determinadas épocas do ano lá estavam as listas dos alunos examinados e aprovados nos vários níveis de ensino – escola a escola, aluno a aluno. Sem faltar o nome do professor ou professora que levava os alunos a exame. É verdade que eram muito poucos, mas aparecer no jornal era um modo de valorizar quem estudava. Estes são apenas alguns ecos curiosos da nossa imprensa escrita local, de há quase 100 anos atrás, mas muito mais haveria para registar. Isilda Jana

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22 DIVULGAÇÃO

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ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DO CENTRO DE PRÉHISTÓRIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR

Mesa-Redonda Peninsular “A Morte Protegida” O Centro de Pré-História do Instituto Politécnico de Tomar, em colaboração com a Câmara Municipal de Abrantes, o Instituto da Terra e Memória, o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, a Associação Cultural da Beira Serra, a Associação de Estudos do Alto Tejo, o Instituto Arqueológico de Mérida e a Universidade de Alcalá organizam no dia 11 de maio do corrente uma Mesa-Re donda onde discutiremos o tema genérico da Arqueologia da Morte. A morte provoca no ser humano uma vulnerabilidade que, conjuntamente com o medo do desconhecido, ocasiona um tratamento singular sobre o ente que partiu. Paralelamente a esta sensação de

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insegurança vemos surgir, ao longo da Pré-História, uma vontade de organizar de forma sistemática o lugar dos mortos, seja ostensivamente, como no caso dos monumentos megalíticos, seja na dissimulação da paisagem, como é o caso das grutas-necrópole, cistas e tumuli. O estudo das realidades de contextos arqueográficos passados dá-nos uma perceção de como se construíram os sistemas de crenças e o universo simbólico gerando uma possibilidade de entendimento da forma como a morte era vista na Pré-História recente. Podemos deduzir, antes de mais, que haveria uma participação comum da co-

munidade e dos parentes mais chegados, logo, estaríamos perante uma atitude participativa e ativa por parte de todos os elementos do grupo nos vários momentos do evento fúnebre, ou seja, desde que o óbito é declarado, incluindo todos os momentos posteriores até que os rituais se completassem. Muitas outras considerações podem ser tecidas. É o que esperamos que aconteça neste nosso encontro sobre as várias perspetivas de finitude. Ana Rosa Cruz

professora do Instituto Politécnico de Tomar

Semana Europeia da Vacinação 2013 – de 22 a 27 de Abril A Direção-Geral da Saúde (DGS) associa-se pelo quarto ano consecutivo à Semana Europeia da Vacinação, que este ano se realiza entre 22 e 27 de Abril. É uma iniciativa promovida anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – Região Europeia, para divulgar informação sobre os benefícios da vacinação e aumentar a adesão aos programas de vacinação. A Unidade de Saúde Pública do ACES Médio Tejo enquanto gestora local do programa de vacinação, não podia deixar de cooperar com esta iniciativa. A vacinação é considerada uma das mais importantes conquistas da saúde pública do século XX. Este sucesso deve-se à evolução técnica e científica que ocorreu no desenvolvimento de vacinas, à existência de Programas de Vacinação consistentes, ao envolvimento de técnicos de saúde e adesão das populações.

Em Portugal, são administradas vacinas desde o início do séc. XIX, nomeadamente a vacina anti-variólica. No entanto foi a partir de 1965 com a introdução do Programa Nacional de Vacinação (PNV), que se verificaram as reduções mais notáveis na morbilidade e mortalidade por doenças infecciosas, sobre as quais incidiu a vacinação. Uma das maiores vitórias foi a erradicação da Varíola desde 1980, uma doença até ai responsável por inúmeras mortes. O Programa Nacional Vacinação é um programa universal, gratuito e acessível a todas as pessoas presentes em Portugal. As vacinas são administradas localmente pelos enfermeiros dos Unidades de Saúde, tendo como consequência a ocorrência de uma acentuada diminuição em Portugal das doenças transmissíveis, evitáveis pela vacinação. A erradicação de algumas doenças, como a poliomielite,

a difteria, o sarampo, a rubéola e o tétano, deixou de ser uma utopia, uma vez que no presente, devido ao sucesso do PNV, essas doenças quase não existem em Portugal Actualmente são várias as vacinas que fazem parte do PNV, nomeadamente, BCG (anti-tuberculose), DTPa (difteria, tétano e tosse convulsa), Hib (haemophilus influenzae tipo B) VIP (anti-poliomielitica inactivada), MenC (meningite C), VASPR (anti sarampo, rubéola e papeira), Td (tétano e difteria), VHB (antihepatite B) e HPV (Papiloma Humano – cancro do colo do útero). Para manter o controlo das doenças evitáveis pela vacinação, é essencial que a população continue a acreditar e a aderir ao PNV. Dirija-se ao seu Centro de Saúde. Saiba o seu estado vacinal. Fernando Nogueira

Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo


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MAIO 2013

Quem Paga o Estado Social em Portugal?

• Um edifício cedido por Fernando Bandarra Lurdes Martins, da direção do Palha de Abrantes - Associação Desenvolvimento Cultural, não podia estar mais feliz com a inauguração do Sr. Chiado, ideia que acalentava há muito e agora só possível com disponibilidade de Fernando Bandarra, proprietário do espaço que o cedeu gratuitamente à Associação. O objetivo é que o espaço seja um local para a promoção das mais variadas manifestações culturais, sejam elas o teatro, a pintura, a música, a fotografia, o cinema ou conferências e debates. No antigo espaço Chiado, junto aos Paços do Concelho, em pleno centro histórico da cidade de Abrantes, o Sr. Chiado abriu no passado dia 19 de abril. A cerimónia de abertura contou com apresentação do livro de Raquel Varela sobre a crise econó-

Francisco Rocha

Investigadora Raquel Varela: “Na maioria dos anos os trabalhadores até pagam •a mais”

de um modelo matemático, que os trabalhadores “pagam o suficiente para todos os gastos sociais do Estado”. De acordo com a autora do livro, “na maioria dos anos os trabalhadores até pagam a mais, apesar de o Governo nunca ter prestado contas”. A oradora tentou ainda analisar “alguns dos principais equívocos associados às análises economicistas justificativas do fim do Estado Social, tantas vezes evoca-

das como se se tratassem de uma força invencível da Natureza - o Estado-providência teria fim à vista por não ser financeiramente sustentável, por provocar monstruosos défices orçamentais, estagnação económica, crescimento da dívida pública, etc.” Segundo Raquel Varela, “este discurso neoliberal cria uma cortina de fumo sobre a realidade que importa aclarar”. Mais do que uma opinião

pessoal ou mesmo ideológica, o livro é um estudo académico que calcula da forma o mais exata possível, com os dados que existem, a relação entre gastos sociais do Estado e os impostos pagos pelos assalariados. O livro é fruto de um trabalho que não inclui só economistas; colaboram nele historiadores, um filósofo, um físico e um médico. Francisco Rocha

mica e a sustentabilidade do estado social, ela que é uma investigadora destas matérias (ver texto ao lado). Lurdes Martins adianta que um dos principais objetivos deste espaço será “congregar várias vontades e objetivos, entre os quais se destaca a revitalização da cidade e do seu centro histórico, dar movimento e trazer mais pessoas à cidade”. No programa de atividades da Palha de Abrantes para o Sr. Chiado constam já três outras atividades: a exposição intitulada “25 de abril, a memória não se apaga”, até 3 de maio; a apresentação do livro Setembro Vermelho de Cândido Ferreira, a 30 de abril; um momento musical com José Mário Moura e Alfredo Gomes. Francisco Rocha

As caras da rádio CARINA VIEIRA

“Saúde & Bem-Estar” Poderia ser a voz de qualquer uma rádio no norte do país, uma vez que é natural de Afife, no concelho de Viana do Castelo. Mas é em Abrantes que Carina Vieira, há alguns anos, dá voz à rubrica “Saúde & Bem-Estar”, de segunda a sexta-feira na rádio Antena Livre às 02h00, 08h15, 10h45 e 16h00. E se à partida pode parecer estranho o porquê de fazer rádio em Abrantes, a explicação é afinal muito fácil. Carina Vieira decidiu um dia ser jornalista, devido a ter entrado no mundo da rádio há alguns anos atrás, na rádio Afifense e foi na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA)

que viria a acabar por realizar o seu curso. A jornalista, em Abrantes desde 2000, acabaria por fazer o seu estágio curricular e mais tarde também o estágio profissional na rádio Antena Livre, onde acabaria por ser convidada para continuar ligada à estação emissora e à coordenação do Saúde & Bem-Estar, que produz e apresenta dando aos ouvintes da rádio conselhos para uma vida mais saudável…como comer melhor e saudavelmente…a importância do exercício físico…a saúde oral…entre outros. São questões pertinentes que no Saúde & Bem-Estar

DR

Para inaugurar o Sr. Chiado (ver texto ao lado), a Palha de Abrantes – Associação para o Desenvolvimento Cultural, convidou a historiadora e investigadora Raquel Varela, que fez uma conferência sobre o tema do seu último livro: “Quem paga o Estado Social em Portugal?” Este livro pretende provar, com números e factos, utilizando dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Eurostat, que os trabalhadores portugueses contribuem para o Estado Social o necessário para pagar a sua saúde, educação, bem-estar e infra-estruturas, o que contraria a tese oficial, muito em voga, de que o nosso problema é termos vivido acima das nossas possibilidades ou que a Segurança Social não é sustentável. Nas suas páginas, fazem-se contas e chega-se à conclusão de que alguém ficou com o dinheiro dos nossos impostos. O livro põe a nu as contradições do sistema capitalista. Segundo a historiadora, trata-se de um estudo científico que prova, através

Novo espaço cultural em Abrantes

Carina Vieira: “Uma ouvinte atenta pediu para •nunca acabar com este espaço”

são frequentemente abordados, chamando a atenção de quem a ouve para pormenores importantes no dia-a-dia de cada um de nós! Carina Vieira contou ao JA que“há uns meses atrás, numa pastelaria em Alferrarede, uma senhora soube através de uma amiga comum que

era eu quem na rádio falava sobre questões de saúde e veio falar comigo para me conhecer e para me pedir para nunca acabar com este espaço. Claro que é muito bom ter este tipo de feedback, que acaba por me fazer uma responsabilidade ainda maior ao preparar este espaço”.

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MAIO 2013

Foi na sequência de mais uma noite de “Entre nós e as palavras...”, projeto desenvolvido pela Biblioteca Municipal António Botto, que Júlio Magalhães visitou a cidade de Abrantes, no passado dia 17 de abril. Com o objetivo de apresentar o seu último romance “Não nos Roubarão a Esperança”, o conhecido jornalista fez encher a biblioteca e proporcionou um bom serão para todos aqueles que o esperavam. A obra foi apresentada por Maria de Fátima Loureiro, habitante da cidade florida. Jornalista e atualmente diretor geral do Porto Canal, Júlio Magalhães diz que é fácil conciliar a vida de jornalista com a vida de autor, sabendo definir

bem as prioridades. “Um jornalista tem que ser um autor, o jornalista escreve histórias e, portanto, o livro é escrever histórias. Só não conciliamos se nos dedicarmos a outras coisas. Temos que ter prioridades, há pessoas que gostam de outras coisas, eu também não sou só jornalista e escrevo livros. Jogo basquete, faço surf, jogo golfe, vou ao cinema gosto de viajar. Há tempo para tudo na vida.” Considerando-se um pouco romântico - “não sou assim lamechas, mas sou um bocadinho romântico” -, Júlio Magalhães considera que “a vida é um romance”. Acrescenta que “o que procuramos na vida é sermos felizes e os romances

Cristina Silva

“O sucesso dos meus livros tem a ver com o facto de eu aparecer na televisão”

Júlio Magalhães apresentou em Abrantes o seu novo livro

fazem-nos felizes”. A verdade é que o livro “Não nos Roubarão a Esperança” é o seu quinto romance e Júlio garante que no

próximo ano terá que estar outro livro nas bancas. “Até março do próximo ano tem que haver outro livro. Ainda não es-

colhemos o tema, ainda vou falar com a editora, eles tem uma ideia a propósito das manifestações dos últimos tempos, mas ainda não está nada decidido.” Quando recebeu o convite para escrever o seu primeiro livro, Júlio Magalhães explicou à editora que “não era escritor e que não tinha capacidades para escrever um livro”, mas depois de tanta insistência por parte da mesma acabou por aceitar. Uma das condições para aceitar foi que o seu livro “tinha que ser um livro com registo jornalístico”. O jornalista já conta com cinco livros escritos e todos eles, segundo o próprio, “são grandes reportagens jornalísticas”. Todos eles têm

grande aceitação por parte do público e Júlio Magalhães tem uma explicação para este facto: “O sucesso dos meus livros tem a ver com o facto de eu aparecer na televisão”. De jornalista a autor Júlio Magalhães refere que prefere ser “jornalista, de longe!” E acrescenta: “É isso que sou! Autor ou escritor, ainda não! Só sou um jornalista que escreve umas histórias e que escreve uns livros, conta umas histórias em livros. Mas um dia gostava de passar para o patamar só de autor. Só passar a vida a viajar e a escrever livros. Isso era o meu sonho!”

que gosto de trabalhar e porque gosto de comunicar com as pessoas. O que me interessa é o contacto com o grande público, porque os pintores e os artistas devem estar próximos de toda a gente.” Assim, já Cargaleiro doou algumas das suas obras para várias entidades. “São entidades onde o público está em permanente contacto e isso é uma maneira de chegar às pessoas”, conclui. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, agradeceu

à Fundação Cargaleiro o facto de ter permitido que os abrantinos possam ver as obras do pintor em Abrantes. “Entendemos que a arte é isto, a arte é pública, a arte tem que se dar ao cidadão e nós, enquanto autarcas, e enquanto autarcas vizinhos, temos que trabalhar em consonância para levar aquilo que cada um dos municípios tem.” A exposição estará patente até 31 de maio.

João Santos

aluno de Comunicação Social da ESTA

“O trabalho de cada um deve ser mostrado não só nas grandes cidades, capitais, mas também nas pequenas cidades, de maneira a poder ter um contacto mais direto com as populações e, sobretudo, com os jovens das escolas.” Quem o disse foi o Mestre Manuel Cargaleiro, na inauguração da sua exposição na Galeria de Arte da Câmara Municipal, em Abrantes, no passado dia 5 de abril. “Na minha vida sempre apostei na descentralização, portanto, comecei desde muito

novo, não só em Portugal, mas também no estrangeiro. Já sou residente em Paris há 58 anos, e sempre gostei de organizar exposições fora de grandes centros e depois convergir para o grande centro”, afirmou o pintor e escultor. Cargaleiro, que já recebeu inúmeros prémios e condecorações, garante que não se move pelas distinções:“Os prémios não são uma coisa que me envaideça. É uma coisa que não estou a contar, nem trabalho para isso. Não trabalho para receber prémios. Trabalho por-

Hália Costa Santos

“Não trabalho para receber prémios”

Cargaleiro, em Abrantes, na inauguração da sua exposição

Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo no dia 25 de maio Foi com o propósito de sensibilizar as comunidades ribeirinhas para estas manifestações de religiosidade que o projeto de Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional Imaterial e a Associação para a Promoção da Cultura Avieira (APCA) decidiram consagrar, este ano, o 4º Congresso Nacional da Cultura Avieira ao tema “A religiosidade dos Avieiros”. Assim, vai integrar entre outras manifestações a bênção da bateira Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo, a consa-

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gração e a coroação da imagem de Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo e o 1º Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo. O 1º Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo irá concretizar-se na forma de um cortejo religioso fluvial, em oito etapas, realizado solenemente pelo rio Tejo, desde Constância até Trafaria. No dia 25 de maio, as embarcações tradicionais taganas transportarão imagens de santos da devoção dos pescadores de cada comunidade representada. O cor-

tejo será encabeçado pela bateira Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo que transportará a imagem de Nª Sr.ª dos Avieiros e do Tejo. Às 10h00 será a saída da imagem da Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo da Igreja Matriz de Constância, em procissão até ao Tejo, sendo feita a bênção das embarcações participantes. Prevê-se que o cortejo chegu à Pria do Ribatejo pelas 11h30, onde será feita uma pequena cerimónia de acolhimento e de despedida

à imagem de Nossa Senhora. Pelas 12h15 os barcos estarão em Tancos e às 13h00 será a chegada a Vila Nova da Barquinha. Depois de almoço a partida será pelas 15h00, sendo a Chamusca a paragem seguinte, com celebração de Missa Campal, às 16h00. O destino final é a Azinhaga, pelas 19h30. A imagem da Santa será então transportada para a sede da Junta de Freguesia ou para uma Capela. Francisco Rocha

Débora Dias

aluna de Comunicação Social da ESTA

Passeios no Tejo, em embarcações tradicionais A 18 de maio, no âmbito das comemorações do 179º aniversário da Junta de Freguesia do Rossio-ao-Sul-Tejo, vai assistir-se ao retorno dos barcos tradicionais. No espelho de água do Tejo, dois catraios e uma canoa transportarão quem quiser dar um pequeno passeio no rio. Trata-se de uma experiência única, sem custos para os participantes. “Levaremos três embarcações de tamanho médio até ao Rossio para andarmos nesse lençol de água que está em frente a Abrantes, que era um pilar da economia portu-

guesa porque era um nó nevrálgico no transporte pela via da água de todo o tipo de mercadorias”, explica Carvalho Rodrigues, da Marinha do Tejo. Carvalho Rodrigues, também proprietário da canoa ‘Ana Paula’, antecipa um grande momento: “Esperamos dar uma grande alegria àquelas pessoas de 90 e tal anos que fizeram do rio a sua vida. Para as pessoas mais velhas será trazer-lhes uma lagrimita ao canto do olho; para as mais novas é para terem uma experiência única de um país único que somos nós.”


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ES ROCK NA VILA HÁ 10 ANOS EM VILA DE REI

Boss Ac e Filipe no programa deste ano Até ao dia 16 de maio está patente, no restaurante Trincanela, no Parque São Lourenço, em Abrantes, mais uma exposição da Trinc Arte. O surrealista António Carvalho (Toni) expõe, pela primeira vez em Abrantes, quadros a óleo sobre tela profundamente íntimos e pessoais. A inauguração decorreu num clima agradável e com um grande intercâmbio de sugestões e incentivos ao artista.

No ano em que comemora o 10º aniversário, o Festival Rock na Vila aposta num programa com diferenciados géneros musicais, com bandas da região. Filipe Pinto, Boss AC e o DJ Fernando Alvim são alguns dos principais nomes musicais que vão marcar presença em Vila de Rei, nos dias 31 de maio e 1 de junho, no festival que já é uma referência na zona centro. O Rock na Vila, com entrada gratuita, decorre no Par-

que de Feiras, junto ao edifício dos Paços do Concelho, e conta, no dia 31 de maio, com os concertos de Black Shot, banda vilarregense, PopXula, naturais da Sertã, e Filipe Pinto, vencedor do programa Ídolos (SIC) em 2010. O dia 1 de junho começa com a banda Hollow Page, formada por jovens de Abrantes, seguida dos Planeta Vaca, com membros de Mação e Abrantes e o cabeça de cartaz, Boss AC. As duas noites terminam

com a música na Tenda Eletrónica. Os DJ Salavisa e Pete Days, de Vila de Rei, animam o final da noite de 31 de maio, enquanto o DJ Fernando Alvim exibirá toda a sua irreverência no dia 1 de junho. Mas nem só de música é feito este festival. A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires vai acolher a inauguração da exposição de cartoon “Eça e Portugal”, de Ricardo Campus, e um Torneio de Pro

Evolution Soccer. Para os visitantes que queiram fazer campismo será cedido um espaço anexo à Câmara Municipal, também com entrada gratuita. O festival decorre há 10 anos consecutivos em Vila de Rei, e por lá já passaram grupos como Virgem Suta, Mónica Ferraz, David Fonseca, Rita Redshoes, Clã e Da Weasel. André Lopes

Depois de terem esgotado por três vezes, em 2012, a sala da Sociedade Artística Tramagalense e uma vez o Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes, já em 2013, com canções dos anos 60, o Projeto Viver a Música está de volta, desta vez com um espetáculo dedicado aos anos 70. A estreia terá lugar na Sociedade Artística Tramagalense a 31 de maio, pelas 21h30.

VIII Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes A Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes vai ter a sua 8ª edição no dia 31 de maio. O certame, que sem dúvida marca a agenda cultural da região, volta a acontecer no Cine-Teatro São Pedro, na cidade de Abrantes. Anualmente, numa noite cheia de glamour e emoção, ali são galardoadas empresas, pessoas e/ou instituições da re-

gião cuja atividade se revele de importância. Totalmente produzida pela equipa dos dois órgãos de comunicação social, esta gala traz também até Abrantes todos os anos um ou vários convidados nacionais que são galardoados habitualmente nas áreas da música e do jornalismo. O jornalista Júlio Magalhães, no ano

passado, ao discursar após receber o seu galardão referia que “cada vez mais, a realidade do país passa de uma forma mais direta pelo órgãos de comunicação regionais, como são o caso da Antena Livre e do Jornal de Abrantes, que noticiam de forma exemplar o que se passa na região”. A produção da Gala tem

praticamente tudo pronto para mais uma grande noite mas, naturalmente, os nomes dos galardoados serão conhecidos apenas durante o espetáculo. Na área da música, vai ser feita, como sempre, uma aposta nos valores da região.

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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

Espetáculo de ópera em Vila de Rei Vila de Rei recebe pela primeira vez um espetáculo de canto lírico, no dia 4 de maio, pelas 21 horas. O Recital de Ópera, “O Canto na Primavera”, conta com as vozes de Mário João Alves e Liliana Coelho e com o acompanhamento de João Tiago Magalhães, no piano, e terá lugar no Auditório de Vila de Rei. Do repertório do

sarau de ópera fazem parte várias árias e duetos de compositores como Mozart, Donizetti, Gounod, Verdi e Leonard Bernstein. Mário Alves é formado em Canto no Conservatório Superior de Música de Gaia na classe da soprano Fernanda Correia e prosseguiu os seus estudos em Génova. Passou já pelos principais teatros de Itália, Japão e

AGENDA DO MÊS

Nova Iorque. Liliana Coelho faz parte do corpo docente do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e orienta artisticamente o Coro de Camara Manuel Giesteira. O pianista João Tiago Magalhães licenciou-se em Piano de Acompanhamento na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Realizou também

Abrantes

cursos de direção coral com Hubert Velten, Paulo Brandão e Denis Dupays e dirigiu o Coro Sexta Napolitana até 2007.

Dez anos dos Dead Combo

Primeira edição do Festival Tejo em Abrantes Abrantes vai acolher um novo festival de música nos dias 31 de maio, 1, 7 e 8 de junho. O Festival Tejo, a ter lugar no Outeiro de São Pedro, nas imediações do Castelo de Abrantes, já tem a programação completa, contando com Teresa Gabriel, Black Bombain, The Black Mamba, Kwantta e DJ Vipe nos principais nomes musicais. António Miguel Oliveira, de 31 anos, promotor do festival, assegurou ao Jornal de Abrantes que “o orçamento ronda os 16 mil euros, e, por isso, as entradas serão pagas”. No dia 31 de maio, o festival recebe a música de Teresa Gabriel, do grupo Balancé e do DJ Vibe, K.E.N.N.Y, DJ Tom e Francisco André. Black Bombain

e o Vipe MC atuam, no dia 1 de junho, com o DJ Jiggy, Johnny Happy e Tritbech. O Festival Tejo prossegue a 7 de junho com os concertos de The Black Mamba, Kwantta, e os DJ Miss Pink, Stormers, Rossy Rossato e Frostbite, enquanto o último dia recebe as bandas Viralata, The Scart, Dog Days. A ideia de criar o Festival partiu de António Oliveira, DJ de ocupação profissional, e tem a cooperação da Câmara Municipal de Abrantes, dos promotores do Festival do Oeste e da Associação Envolve, de Rossio ao Sul do Tejo. O promotor espera que o festival seja para repetir nos próximos anos “e que venha a estar no roteiro dos grandes festivais do país”.

Os Dead Combo festejam este ano dez anos de música, de discos e de palco. A dupla de músicos, Tó Trips e Pedro Gonçalves, sobe ao palco do Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes, no dia 17 de maio, num concerto retrospetivo do caminho percorrido entre o rock, fado, tango, pop, word music e jazz. É nesta mescla de géneros musicais que os Dead Combo compõem os seus temas, espelho de realidade e matéria de ficção. Pedro Gonçalves, o gangster da banda, toca contrabaixo, guitarra e piano, e Tó Trips, o cangalheiro, na guitarra formam a banda que se foi reinventando sem perder a essência da música

portuguesa. Foi pelo gosto à música portuguesa que gravaram, em 2003, uma música dedicada a Carlos Paredes. O primeiro álbum, “Vol. 1”, viria em 2004, enquanto o segundo volume, “Quando a Alma Não é Pequena”, seria editado em 2006. Em “Lusitânia Playboys”, o terceiro disco (2008), a banda chegou ao reconhecimento do público, e em 2011 lançam “Lisboa Mulata”, uma viagem cheia de cor e ritmo até África. A dupla espera ter novo cd em 2014, mas até lá vão andar em digressão com o concerto de celebração. Os bilhetes para o concerto em Abrantes estão à venda no Posto de Turismo e têm o preço de 10 euros.

Mostra de Teatro de Abrantes A VII Mostra de Teatro de Abrantes, que acontece entre 4 e 18 de maio, em diferentes locais do concelho de Abrantes, tem a particularidade de se realizar no mês em que o Grupo Palha de Abrantes comemora 15 anos de existência. No dia 4 de maio será inaugurada a sede e, à noite, pelas 21h30, o grupo de teatro estreia a peça “Arlequim nas Ruínas de Lisboa”, de Norberto Ávila, com repetição no domingo, dia 5, pelas 16h30. No

segundo fim-de-semana, a Mostra de Teatro percorre São Facundo, com a peça “O Morgado de Fafe em Lisboa”, Rio de Moinhos recebe a “Dama das Camélias”, o Centro Paroquial de Martinchel acolhe “Deus”, enquanto a peça “Sobre a mesa de cabeceira” sobe ao palco do Centro Social e Paroquial de Vale das Mós. No dia 18 de maio, a Mostra de Teatro termina no Cine-Teatro São Pedro com a peça “Uma bomba chamada Etelvina”.

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ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

Até 5 de maio – Exposição “O Azulejo em Portugal” – Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, das 17h às 21h12 Até 12 de maio – Exposição “Projeto Igualdade de Género e não Discriminação” – Biblioteca António Botto Até 15 de maio – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Concelho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a domingo, das 10h às 18h Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos 4, 5, 11 e 18 de maio – VII Mostra de Teatro de Abrantes – Abrantes, São Facundo, Rio de Moinhos, Martinchel e Vale das Mós 11 de maio – Palestra “A Morte Protegida, Discursos Arqueográficos e Discursos Mentais” – Biblioteca António Botto, das 9h às 17h 13 a 30 de maio – Exposição “Motivos de Abrantes e outros”, pintura, artes plásticas, artes decorativas e trapologia pela UTIA – Biblioteca António Botto 14 de maio – V Gala de Dança Sénior – Cine-Teatro São Pedro, 14h30 15 de maio – Encontro com o escritor José Vaz e apresentação da obra “Celestino, rato de biblioteca” – Biblioteca António Botto, 11h e às 14h30 17 de maio –Concerto com Dead Combo – Cine-Teatro S. Pedro, às 21h30 20 a 24 de maio – VIII Animaio – Realizadores de palmo e meio – Cine-Teatro São Pedro 30 de maio – Entre nós e as palavras com Nuno Camarneiro – apresentação da obra “Debaixo de algum Céu”, por Maria do Céu Estibeira – Biblioteca António Botto, 21h30 31 de maio – Gala Antena Livre – Cine-Teatro São Pedro, 21h30 31 de maio, 1, 7 e 8 de junho - Festival Tejo – Concertos com Teresa Gabriel, Black Bombain, The Black Mamba, Kwantta, DJ Vibe, entre outros - Outeiro de São Pedro, Castelo de Abrantes Cinema – Org. Espalhafitas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30: 8 de maio – “Barbara” 15 de maio – “Oslo, 31 de agosto” 29 de maio – “Django Libertado”

Barquinha Até 3 de junho – Exposição “Pedra que rola não cria limo”, de Pedro Valdez Cardoso – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 4 de maio – Palestra “Os Trabalhadores da Companhia Real dos Caminhos de Ferro no Entroncamento”, por Carlos Manuel Barbosa – Centro Cultural, às 17h 10 de maio – Noite cultural com música de Ricardo Oliveira e Francisco Fanhais – Clube União de Recreio, Moita do Norte, 21h evento pago 13 e 14 de maio – Workshop “Arquivo da Memória”, com coordenação de Frederico Corado – Auditório da Escola

Constância Até 5 de maio – Exposição “Metamorfose”, pintura de Maria Clara Lopes da Silva – Posto de Turismo Até 31 de maio – Mostra bio-bibliográfica sobre Manuel Maria Barbosa du Bocage – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 11 de maio a 2 de junho – Exposição “Constância – História e ruelas de poesia”, pintura de Álvaro Mendes – Posto de Turismo 17 e 18 de maio – Dia Internacional dos Museus –Museu dos Rios e das Artes Marítimas, das 14h às 17h30 22 de maio – Dia do Autor Português – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, 10h30 DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 10 de maio – “Heidi na Cidade” 17 de maio – DVD Surpresa 24 de maio – “O Salta-pocinhas” 31 de maio – “Um Mundo sem fim 2”

Mação 11 de maio a 30 de junho – Festival de Enchidos, Presuntos e Maranhos 25 de maio – Feira de artesanato – Largo dos Bombeiros

Sardoal Até 25 de maio – Exposição Coletiva de Pintura de Arte Contemporânea, trabalhos de Eduardo Santos Neves, Luísa Nogueira, Maria João Franco, Oliveira Tavares, Paulo Canilhas e Tersa Mendonça – Centro Cultural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30: 11 de maio – “Oz – O Grande e Poderoso”

Vila de Rei 4 de maio – Recital de Ópera “O Canto na Primavera”, com Mário João Alves, Liliana Coelho e João Tiago Magalhães – Auditório Municipal, às 21 horas 18 de maio – “XI Maio a Cantar” – Encontro de Grupos de Cantares com o Grupo “A Bela Serrana”, Grupo Instrumental da Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Peroguarda e do Grupo Cant´Abrantes – Auditório Municipal, às 21h 19 de maio – IV Mercado Medieval – Música, dança, jogos tradicionais, artesanato, gastronomia local – Rua Santo António, 9h às 17h30 31 de maio e 1 de junho – Festival Rock na Vila - 6 bandas e 3 DJ – Campismo, desporto aventura, torneio de PES, exposição – Recinto de festas


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MAIO 2013

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE - Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia cinco de Abril de dois mil e treze, exarada de folhas cento e dezoito a folhas cento e vinte, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E CINCO – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores GRACINDA ROSA LUCAS DUARTE TRINDADE e marido PEDRO DUARTE TRINDADE, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Souto, do concelho de Abrantes e ele da freguesia de Alguber, do concelho de Cadaval, residentes na Rua Rosália de Castro, número 16, primeiro andar esquerdo, em Lisboa, DECLARARAM, que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do seguinte: UM) Prédio Misto, sito em Água das Casas – Quintal do Cabeço, na freguesia de Fontes do concelho de Abrantes, composto na parte urbana de casa térrea para habitação, com a área de trinta e seis metros quadrados e na parte rústica de cultura arvense, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar de Norte com Estrada Pública de Sul com Herdeiros de Manuel Dias Júnior, de Nascente com José Martins e de Poente com Eduardo da Conceição Moura e Maria da Conceição Moura, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz urbana sob o artigo 446 e na matriz rústica sob o artigo 183 da secção G. Dois) Prédio Rústico, sito em Quintal do Cabeço, na freguesia de Fontes, do concelho de Abrantes, composto de cultura arvense, com a área de cento e quatro metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com José Martins, de Sul com Herdeiros de Manuel Dias Júnior e de Poente com Herdeiros de Emília Maria, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 180 da secção G. Que, eles justificantes são possuidores dos prédios acima identificados por partilha meramente verbal, com os demais herdeiros, por óbito de seus pais e sogros António Lucas Júnior e mulher Alexandrina Rosa, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Agua das Casas, Fontes, Abrantes, em data anterior a mil novecentos e noventa, logo há mais de vinte anos e que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista e com conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, habitando-o, conservando-o, fazendo obras de manutenção, amanhando-os, cultivando-os, limpando o mato, cortando a madeira na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respetivos impostos, verificando-se assim todos os requisitos legais para a aquisição dos citados imóveis seja por usucapião. - Esta conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrario ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 05 de abril de 2013

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES RUA DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA - 2200-416 ABRANTES

VENDE LOTEAMENTO NA ENCOSTA SUL Orientado a Sul Freguesia de São João - Área do terreno -10 960 m2 - Aprovada construção de 27 fogos; - Composto por: - 15 (quinze) MORADIAS e 2 (dois) PRÉDIOS com 12 (doze) Apartamentos. - Vende-se por bom preço; - Local privilegiado; - Poderemos aceitar permuta com construído; AS PROPOSTAS, EM CARTA FECHADA, DEVERÃO SER DIRIGIDAS À SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES ATÉ AO DIA 31 DE MAIO DE 2013 NOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS ATÉ ÀS 16H00 A ABERTURA PÚBLICA DAS PROPOSTAS SERÁ EFETUADA NO DIA 03 DE JUNHO DE 2013 PELAS 17H00 NA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES RUA DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA. 2200-416 ABRANTES RESERVA-SE O DIREITO DE NÃO SEREM CONSIDERADAS AS PROPOSTAS QUE NÃO INTERESSEM

Abrantes, 09 de Abril de 2013 PEL’A MESA ADMINISTRATIVA O PROVEDOR António Alberto Melo Dias Margarido

A Notária Sónia Maria Alcaravela Onofre Jornal de Abrantes, edição 5507 de maio de 2013

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Diamantino dos Santos 29.11.1928 - 17.04.2013 Abrantes

AGRADECIMENTO

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Josefa Bento Joaquina Serra Mourato Crato – Abrantes

AGRADECIMENTO

Seus filhos, genros, nora e netos agradecem por este meio a todas as pessoas que se interessaram pelo estado de saúde deste seu familiar, que participaram nas exéquias deste seu ente ou que por qualquer meio manifestaram o seu pesar.

A sua família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pela sua saúde durante a sua doença, a velaram e acompanharam á sua última morada.

A todos o seu bem-haja.

A todos os nosso profundo reconhecimento.

jornaldeabrantes


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