Jornal de Abrantes Abril 2013

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ABRIL 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5506 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Uma petição e um abaixo-assinado estão a circular em Abrantes, e na internet, fazendo pressão para que a pediatria volte ao Hospital local. Um grupo organizado de cidadãos lança o alerta: “em situações de emergência o transporte para Torres Novas pode colocar em causa estados clínicos”. Paulo Vasco, do Conselho de Administração, garante que “a qualidade de atendimento melhorou significativamente na pediatria depois da restruturação” do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Pág. 6

Cidadãos movimentam-se para recuperar a pediatria no Hospital de Abrantes ELEIÇÕES

ENTREVISTA

VINHOS

Novos candidatos autárquicos, partidários e independentes

“Os portugueses deviam pensar nas vantagens da cortiça”

O setor vitivinícola continua a ser uma aposta na região

Júlia Amorim assume a corrida para manter a Câmara de Constância nas mãos da CDU, enquanto no Sardoal surge um grupo de independentes. Em Abrantes, Elza Vitório, do PSD, vai lutar pelo lugar do Maria do Céu Albuquerque, do PS, que se recandidata. Págs. 4 e 5

A Sofalca, que trabalha com aglomerado negro de cortiça, foi distinguida com o Prémio Excelência PME’s 2012. Paulo Estrada, um dos seis irmãos desta empresa familiar, explica os contornos de uma gestão cuidada. E apresenta a nova aposta no design e decoração. Pág. 3

A Casal da Coelheira remodelou a sua loja de atendimento ao público e apresenta um novo investimento de um milhão de euros, com o apoio de fundos comunitários. A Adega Quinta da Parrada dá os primeiros passos no setor, mas já pensa na internacionalização. Pág. 11


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

ABRIL 2013

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Editora Joana Margarida Carvalho (CP.9319)

Aceitar as críticas

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Redação Ricardo Alves (CP. 9685) ricardo.alves@lenacomunicacao.pt

Alves Jana André Lopes Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado Isabel Colaço

Alferrarede vai perder sede de freguesia na próxima reorganização administrativa do território. Esta é uma forma de protesto e de luto da Junta de Freguesia.

INQUÉRITO

Já sabe se vai receber ou pagar IRS e fez algumas poupanças para fazer face a aumento de impostos?

Design gráfico António Vieira

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Grafedisport, S.A.

Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

José Guedes

António José Augusto

Maria Agostinho

58 anos, Funcionário Público, Abrantes

72 anos, Reformado, Abrantes

68 anos, Relojoeira, Abrantes

Em princípio vou receber. Porque tem sido habitual, receber todos os anos. Embora vá ser um bocadinho menos este ano, por causa do aumento da taxa do IRS. Tenho algumas poupanças. Embora seja muito difícil poupar com aquilo que se recebe hoje em dia.

Pelos meus cálculos… vou pagar e não é tão pouco quanto isso, que eles ficam logo com o dinheiro à entrada! Pago e pago bem. Com aquilo que o Gaspar nos dá, o que é que podemos poupar? A pergunta está mal feita. Devia ser: quanto é que falta por mês para que você suporte as despesas que tem necessidade?

Vou pagar, porque pelos meus cálculos vou pagar. Receber, nunca recebi. Não tenho poupanças, os ladrões roubam-me tudo. Já fui roubada três vezes em 700 e tal mil euros, portanto não tenho poupanças.

GERÊNCIA Francisco Santos Ângela Gil

Quando determinados assuntos começam a borbulhar na comunidade devem ter reflexo na imprensa da região, por muito que isso gere algumas incompreensões. Os temas polémicos que recentemente têm vindo a lume acabam por refletir, quase na sua essência, opções de gestão. Falta dinheiro, há cortes que têm que ser feitos e essas opções também geram incompreensões. Mas a verdade é que só quem está à frente de instituições (sejam elas públicas, privadas ou de solidariedade social) é que se sujeita a críticas em alta voz. Porque só quem não assume responsabilidades (porque não pode ou não quer) é que está livre de ser alvo das análises públicas. Às vezes é difícil explicar o que verdadeiramente aconteceu ou o que verdadeiramente está em causa. Porque frequentemente os contornos das questões são mais complexos do que aquilo que os responsáveis pelas tais opções podem dizer na praça pública. Por outro lado, ainda não temos uma vivência em sociedade que nos permita exigir que quem denuncia o faça de rosto destapado. Por isso os jornalistas assumem o compromisso de proteger as suas fontes de informação quando se justifica o anonimato. Como alguém disse, este é um caminho que se faz caminhando. E enquanto o interesse público continuar a ser o mais importante, o que se deve fazer é desenvolver todas as tentativas no sentido de elucidar as comunidades. Sobretudo em matérias que têm diretamente a ver com a vida das pessoas. Às vezes não se consegue. Às vezes fica-se pela rama. Mas pelo menos os cidadãos não ficam com a sensação de que assuntos importantes passam sempre ao lado. E nesta opção que a imprensa faz, naturalmente que também pode ser criticada… HÁLIA COSTA SANTOS

SUGESTÕES Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia

jornaldeabrantes

Carlos Grácio IDADE 57 anos RESIDÊNCIA Abrantes PROFISSÃO Professor de Ensino Secundário

UMA POVOAÇÃO Belver UM CAFÉ Sopadel PRATO PREFERIDO Cozido à portuguesa UM RECANTO PRA DESCOBRIR Passeio pedonal em Belver até à fonte velha UM DISCO Contos velhos rumos novos de Zeca Afonso UM FILME Era uma vez na América de Sérgio Leone UMA VIAGEM Cruzeiro no rio Volga entre S. Petersburg e Moscovo

UMA FIGURA DA HISTÓRIA D. João II, pela sua visão de futuro UM MOMENTO MARCANTE Ter concluído a licenciatura UM PROVÉRBIO Quem sabe faz a hora, não espera acontecer UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um passeio de Catamaran no Tejo entre Belver e o Fratel UM SONHO Ver este país em melhor situação


ENTREVISTA 3

ABRIL 2013

PAULO ESTRADA, DA SOFALCA, APRESENTA O POTENCIAL DO AGLOMERADO NEGRO DE CORTIÇA, DESDE O ISOLAMENTO ATÉ AO DESIGN

“Temos muita vontade de inovar e de resolver problemas” Depois fomos visitados por outro designer, o Toni Grilo, que faz umas peças muito giras, que são os Macarrones, que são vendidos em França. Acabámos de o contratar como diretor criativo para desenvolver a marca que entretanto criámos, a BlackCork. Apesar de termos a nossa marca queremos continuar a ter parcerias com arquitetos e designers. Por exemplo, neste momento o arquiteto Pedro Campos Costa está numa exposição em Hong Kong com 300 candeeiros e três sofás em formato tridimensional que são nossos.

HÁLIA COSTA SANTOS

Como é que a Sofalca fez a diferença num percurso de 1966 até aos dias de hoje? Contrariamente ao que era prática na altura, a Sofalca não se instalou numa zona industrial nem no Norte. Instalou-se em Abrantes, no meio da floresta, junto da matéria prima e junto do caminho de ferro, reduzindo custos. Ainda antes do 25 de abril, foi instalada na Sofalca a primeira caldeira de queima mista, para aproveitar o então lixo vegetal da cortiça que resulta no processo de limpeza, que hoje se chama biomassa. Fomos pioneiros e hoje somos 95% autosuficientes energeticamente . Depois do 25 de abril tivemos um ano muito complicado porque deixou de se vender. Em 1975 criou-se a Isocor, com a quase totalidade dos fabricantes de aglomerado negro de cortiça, para vender no estrangeiro a um preço único. Neste momento, a produção da Isocor é toda da Sofalca. A sobrevivência também tem a ver como uma boa gestão de cus-

Que outras apostas têm feito? Temos colaborações com instituições de ensino superior. Assinámos recentemente um protocolo com a ESTA, como forma de aprender com as teorias e utilizar as sinergias. E a Universidade da Beira Interior está a desenvolver uma peça feita com a nossa cortiça para coberturas ajardinadas horizontais e verticais. O projeto chama-se Geogreen e é muito interessante.

Hália Costa Santos

A Sofalca é uma empresa sediada em Abrantes que trabalha com aglomerado negro de cortiça e que exporta cerca de 80% do seu produto. Acabou de ser distinguida com o Prémio de Excelência 2012 para Pequenas e Médias Empresas. Começou em 1966, com outros sócios, mas atualmente pertence na totalidade aos seis irmãos da família Estrada, filhos de um dos fundadores, estando três deles a trabalhar na fábrica. A terceira geração acaba de entrar, num momento em que novos desafios se colocam. Paulo Estrada, o irmão mais velho dos três, fala em nome da família sobre um percurso que se fez com uma mistura de cautela na gestão e de inovação em equipamentos e produtos. As especiais características térmicas, acústicas e ecológicas da cortiça, combinadas com o momento de crise, fazem com que este produto volte a ser procurado para o isolamento de edifícios, sobretudo no campo da reabilitação. O facto de se tratar de um produto 100% natural contribui para a sua crescente utilização em objetos de design e decoração.

• Paulo Estrada: “O Prémio (PME Excelência) veio reconhecer o mérito da nossa gestão” tos. A gestão da Sofalca é feita diretamente pelos irmãos. A nossa presença diária desde as 8 horas cria com os trabalhadores um clima familiar de colaboração. Os outros produtos que entretanto surgiram prejudicaram a cortiça? Até à década de 50/60 a cortiça não teve concorrência, não havia outros produtos de isolamento. Depois começaram a aparecer os derivados do petróleo e as lãs minerais, que vieram fazer muita concorrência à cortiça. Perdemos muitos mercados, mas aqueles onde nos mantivemos foi sobretudo pela excelência de a cortiça negra ser um produto 100% natural, sem cola, reciclável, eterno, ecológico, leve e saudável. Temos uma classificação francesa A+ que certifica a qualidade do ar interior. Para além disso é isolante térmico e acústico, quando muitos dos concorrentes só fazem isolamento térmico. É verdade que a cortiça arde, mas é de combustão lenta e não liberta

gases tóxicos. E, curiosamente, tem a mesmo classificação da esferovite, que arde em cinco segundos quando a cortiça leva uma hora a arder. Para resolver o problema podemos aplicar um verniz que não arde. Vai encarecer o produto, mas é uma solução. Era importante que o Governo determinasse que as obras públicas deviam ser feitas com cortiça, porque é um produto nacional. Os próprios portugueses, quando fazem obras, deviam pensar nas vantagens da cortiça. Que novas aplicações foram surgindo para a cortiça? A aplicação tradicional era a caixa de ar com material isolante pelo meio. Depois apareceu o capoto, que permite revestir toda a casa por igual sem uma segunda parede, podendo dar-se o revestimento que se quiser. É mais resistente ao impacto e tem a vantagem de ser permeável ao vapor, deixando as casas respirar. Outra aplicação é a cortiça como revestimento à vista em que

a única alteração é que a cortiça passa para uma cor mais clara. Mas suporta as condições térmicas mais severas, desde climas de neve até aos 50 graus. Recentemente, a regulamentação dos coeficientes de produtividade térmica e acústica que as casas têm que ter permitiu-nos crescer no mercado interno. O que é que a Sofalca tem vindo a fazer para não estar tão dependente da construção? Fizemos aquela pergunta óbvia: o que mais se pode fazer com a cortiça? Havia já no mercado uma tendência que era ‘a cortiça está na moda’ e resolvemos aderir a essa moda. Vimos algumas peças a designers internacionais e vimos que podíamos fazer peças ao nosso jeito. Houve uma designer que nos consultou, a Ana Mestre, que já tinha a marca Corque. Encomendou-nos uma peça que até agora é a mais mediática: a Lagarta. Tem a marca Corque, da designer, mas é produzida pela Sofalca.

Como é que receberam o Prémio de Excelência 2012? As nossas condições e as condições de trabalho são as mesmas de há muitos anos. O que temos agora é mais exposição, por causa dos protocolos e dos projetos em que temos investido. O Prémio veio reconhecer o mérito da nossa gestão, que embora seja familiar é atualizada, assim como a capacidade que temos tido de responder aos desafios, sobretudo em épocas de crise. Também temos ajudado muitas instituições. Como é que vê o futuro? O futuro é um pouco como a cortiça: ora está em cima ora está em baixo. É incerto, mas também é promissor. Vamos andando, com muita cautela, porque os custos são muitos. Temos muita vontade de inovar e de resolver problemas. Com o desenvolvimento da marca BlackCork vamos continuar a apostar na qualidade dos nossos produtos. Temos esperança de que se conseguirmos valorizar o produto pelo mobiliário as pessoas percebam que também é um bom produto para isolamento.

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4 AUTÁRQUICAS

ABRIL 2013

PSD ANUNCIA ELZA VITÓRIO EM ABRANTES E JOSÉ DA LUZ EM CONSTÂNCIA

Autárquicas aquecem com anúncios de candidaturas em toda a região RICARDO ALVES

Aos poucos, novos candidatos à liderança das autarquias vão sendo conhecidos. Quatro alternativas à continuidade foram apresentadas nas últimas semanas.

Elza Vitório é a candidata nomeada pela Comissão Política de Secção de Abrantes do PSD para concorrer à Câmara Municipal de Abrantes (CMA). A nomeação tem ainda de ser analisada pela Comissão Política Nacional dos social-democratas aguardando-se a homologação. No entanto, tudo aponta para que Elza Vitório seja apresentada publicamente, juntando-se aos candidatos já conhecidos: pelo PS, Maria do Céu Albuquerque, que se recandidata a um segundo mandato à frente da autarquia; pelo CDS-PP, Luís Reis. Em entrevista à Antena Livre, Manuela Ruivo, presidente da Comissão Política abrantina do PSD, traçou o perfil da candidata: “uma mulher com grande currículo, licenciada em Finanças, que tem demonstrado as suas competências como profissional ao longo da sua carreira, com uma grande capacidade de liderança e humildade”. Para Manuela Ruivo, estas são as características“imprescindíveis para liderar a CMA”. A presidente da Comissão Política do PSD afirma ainda que “não há ninguém no concelho, neste momento, com as capacidades de criação e desenvolvimento económico” apresentadas por Elza Vitório. E que o PSD, com esta candidatura, “pretende mostrar à população que é uma alternativa, após décadas de governação socialista, que nos colocou com a segunda taxa mais alta de desemprego do distrito, que levou ao êxodo das pessoas das zonas rurais e não criou alternativas aliciantes para o retorno e fixação no nosso concelho dessas mesmas pessoas, nem dos jovens”, referindo-se em espe-

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• Abrantes já tem duas candidatas no feminino cial aos jovens licenciados. Elza Vitório nasceu em Tramagal e é licenciada em Finanças, tendo sido diretora dos Centros de Formação Profissional de Tomar e Abrantes. Atualmente é diretora do Centro de Formação Profissional de Santarém. Politicamente, a candidata social-democrata integra a Mesa da Assembleia do partido em Abrantes e foi deputada na Assembleia Municipal de Abrantes.

PSD Constância aposta em José da Luz Em Constância há mais um candidato à câmara municipal, desta vez dos social-democratas. José Horta da Luz já foi candidato em Constância, nomeadamente à Assembleia de Freguesia também pelo PSD e junta-se aos outros candidatos, António Mendes, major paraquedista, pelo Partido Socialista e a atual vereadora eleita pela CDU, Júlia Amorim [ver página 5].

José Horta da Luz é ex-sargento do exército e também professor desde 1997. Tem ainda um passado ligado à comunicação social da região, tendo sido redator do Jornal Abarca, chefe de redação do Jornal de Abrantes, diretor do jornal Gazeta do Tejo e diretor do Jornal Mensageiro do Tejo. Também é cofundador da associação Rádio Jornal de Constância. O PSD foi a terceira força política mais votada em Constância nas últimas eleições em 2009, com 10,94% dos votos.

Independentes em Sardoal O Grupo de Independentes de Sardoal (GIS) é liderado pelo cabeça de lista Rui Serras na corrida autárquica em Sardoal. Rui Serras, de 40 anos, empresário licenciado em Gestão de Empresas, foi entrevistado nos estúdios da Antena Livre e defendeu a necessidade de “fixar os jovens e dar-lhes oportuni-

dades de emprego”. O candidato independente defende ainda que se deve voltar “o foco para a floresta, uma das grandes riquezas do concelho, senão a maior”. Na base da criação do GIS está, segundo Rui Serras, “o facto de ser necessário uma mudança após 36 anos do mesmo”. A candidatura reuniu as assinaturas necessárias para avançar para a corrida eleitoral e, para além das listas para a Câmara Municipal de Sardoal, o movimento independente vai concorrer também à assembleia municipal. “Estamos numa fase de prospeção e diálogo no terreno”, conta Rui Serras. “E vamos equacionar se apresentaremos listas para as juntas e assembleias de freguesia do concelho.”

Jorge Faria: “Uma cidade para as pessoas” O candidato socialista à Câmara Municipal do Entroncamento (CME) foi re-

ceber o secretário-geral do partido ao comboio, no dia da sua apresentação, dia 15 de março. A viagem feita de comboio serviu de mote para o tema da degradação do mundo ferroviário na cidade: “Temos de preservar o património e melhorar as acessibilidades e a segurança de todos quantos no seu dia a dia necessitam de recorrer ao comboio”, criticando as condições atuais da estação e também do espaço ferroviário na cidade. O desemprego e a segurança foram outros temas que suscitaram muitos aplausos na noite de apresentação. Num dia marcado pelas previsões pessimistas sobre o desemprego em Portugal, Jorge Faria criticou a “inação” do atual executivo de maioria PSD, liderado por Jaime Ramos, afirmando que é preciso apostar “no desenvolvimento de parcerias com vista à criação de incubadoras de empresas”, “melhorar as condições de atratividade

de novas empresas”, bem como apoiar as empresas que existem no concelho”.

Candidato preocupado com falta de segurança O tema da segurança foi igualmente motivo para arrancar aplausos das cerca de três centenas de pessoas presentes no jantar, acusando a Câmara de não ter tido “capacidade para fazer com que a nova esquadra da PSP ficasse do lado norte da cidade - freguesia de Nossa Senhora de Fátima”, o que, segundo Jorge Faria, garantiria “uma diminuição dos níveis de insegurança sentidos naquela zona da cidade” e contribuiria para o “desenvolvimento de uma nova centralidade”. O bairro social Frederico Ulrich tem sido foco de insegurança no Entroncamento, a nova esquadra da PSP vai localizarse junto à estação de caminho de ferro por opção da mesma.


POLÍTICA 5

ABRIL 2013

A atual vereadora foi apresentada no dia 14 de março como cabeça de lista para a Câmara Municipal de Constância (CMC). Perante cerca de uma centena de pessoas, na conhecida esplanada ‘Pezinhos no Rio’ junto ao Tejo, perto da Casa Memória Camões, Júlia Amorim apresentou a sua candidatura contando com a presença dos deputados eleitos pelo PCP na Assembleia da República. Os deputados António Filipe e Madeira Lopes, eleitos pelo distrito de Santarém, marcaram presença na apresentação. O mesmo não se pode dizer de Máximo Ferreira, atual presidente da CMC, eleito pela CDU, que duas semanas antes anunciara a sua não recandida-

tura, após apenas um mandato à frente da autarquia. No entanto, Júlia Amorim não deixou de elogiar o trabalho do ainda presidente da autarquia: “um homem com grande prestígio nacional, que de uma forma desinteressada projetou a ciência astronómica a nível do país e até internacionalmente”. A candidata, professora licenciada em Biologia e Geologia pela Universidade de Aveiro, autarca há mais de 25 anos, recordou a altura em que António Mendes, ex-presidente da autarquia e atual presidente da Assembleia Municipal, a convidou para a Junta de Freguesia de Constância, dando o mote para uma breve alusão à sua carreira autárquica que desde

1994 se centra na Câmara Municipal, como vereadora. Reforçar a coesão do território concelhio, valorizar o potencial humano e turístico e promover definitivamente a presença de Luís de Camões em Constância como pólo de atração cultural são algumas das propostas e objetivos que Júlia Amorim apontou para seduzir o eleitorado. Mas também prometeu lutar pelos serviços públicos que existem no concelho. A candidata criticou a “passividade” da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT): “Temos de ser firmes, a nossa Comunidade, ao nível do Médio Tejo, tem de ter um peso, uma força, uma expressão na região. A CIMT tem de ser forte e são os presidentes

Joana Margarida Carvalho

CDU apresentou Júlia Amorim para manter Constância

Amorim, a primeira mulher a contar da esquerda, é uma candidata que •querJúlia definitivamente promover Camões

do Médio Tejo que têm lá assento”. Reforçando a sua ideia, afirmou que, “com convicção e tristeza” vê “muita passividade na Comunidade e na obrigação de todos quantos têm assento nela, a Comunidade não é para cada um gerir o seu concelho”. Para a candidata, a CIMT “deve ser reorganizada para rentabilizar os recursos necessários para que o nosso território como um todo seja a expressão do nosso país e tenha um

crescimento sustentado na nossa região”. A mandatária da candidatura de Júlia Amorim é Anabela Grácio, diretora do Agrupamento de Escolas Luís de Camões de Constância. Na apresentação elogiou a candidata distinguindo algumas das suas características: “experiência, sensibilidade social, combatividade e capacidade de trabalho em equipa”. António Mendes, autarca histórico no concelho, rec-

andidata-se à presidência da Assembleia Municipal. Mendes foi presidente da autarquia durante 24 anos, até 2009, substituído no cargo por Máximo Ferreira. Os candidatos conhecidos em Constância são António Luís Mendes, pelo PS, José da Luz, pelo PSD, e agora Júlia Amorim, pela CDU. Todos estes candidatos têm em comum o facto de serem reformados. Ricardo Alves

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6 SAÚDE

ABRIL 2013

PAULO VASCO, DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, GARANTE QUE ESTÁ TUDO BEM E QUE A QUALIDADE DO ATENDIMENTO MELHOROU

Joana Margarida Carvalho

Petição e abaixo-assinado para pediatria voltar para o Hospital de Abrantes

Grupo de Cidadãos de Abrantes não percebe por que é que as valências de pediatria, neonatologia e maternidade estão separadas

“Parece que é necessário acontecer uma desgraça para que algo seja alterado ao nível do Centro Hospitalar do Médio Tejo”. É desta forma que o Grupo de Cidadãos de Abrantes (GCA) resume as suas preocupações. Em declarações ao Jornal de Abrantes, este grupo defende que o facto de não haver a valência de pediatria em Abrantes é problemático. O plano de reorganização das unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas foi apresentado em janeiro do ano passado. Desde então, as especialidades dos hospitais foram divididas. Na altura, Paulo Vasco, do Conselho de Administração do CHMT, afirmou que era necessário ver as três unidades “como um único hospital, com corredores de 30 km em vez de 30 metros”. Adiantou que com esta reorganização os utentes iriam “ganhar qualidade nos serviços prestados”. Hoje, é esta qualidade que, segundo o GCA, “está posta em causa”, nomeadamente no que diz respeito à separação do serviço de pediatria (que se encontra em Torres Novas) e da neonatologia e da maternidade (centradas em Abrantes). Foi devido a esta separação de valências que o GCA lançou uma petição (disponível online e tam-

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bém a circular pelo centro histórico de Abrantes) que tem como nome e objetivo o “Regresso da pediatria ao Hospital de Abrantes”. Também, há cerca de um mês, um abaixoassinado está a circular pela mesma causa. O objetivo é recolher cerca de cinco mil assinaturas para que o documento chegue às mãos do ministro da Saúde. O GCA começou por explicar ao JA que o “mais grave” e o “mais incompreensível” é o serviço de pediatria funcionar num hospital onde apenas existe “uma urgência básica, onde não há o apoio do serviço de ortopedia, anestesia e cirurgia, pois é em Abrantes que todas estas valências estão reunidas”. Com a separação da pediatria, da neonatologia e maternidade, em Abrantes acaba por estar centrado apenas um único pediatra de urgência. Para esta fonte, em situações de risco, “é claramente insuficiente”. Para além disso, “em situações de emergência o transporte para Torres Novas pode colocar em causa estados clínicos”. O GCA apresenta como exemplo das suas preocupações uma situação que aconteceu há cerca de um mês, quando uma criança recorreu à urgência de Abrantes: “O profissional que estava na triagem reparou que a criança

apresentava umas manchas e que não estava nada bem. Em vez de a enviar para Torres Novas, onde se encontra a pediatria, o mesmo profissional acabou por encaminhar a criança para a consulta de pediatria em Abrantes e rapidamente o médico que estava de serviço percebeu que se tratava de uma “Sepsis Meningocócica”, uma situação de alto risco, onde a evolução do problema é bastante rápida. Como a urgência pediátrica não se encontra em Abrantes, não havia material clínico para resolver a questão. Graças ao bom profissionalismo, a criança acabou por ficar bem. Caso a mesma tivesse ido para Torres Novas, tal como estava previsto, poderia chegar lá em muito mal estado ou já sem vida.” Os membros do GCA acrescentam que “caso uma criança necessite de cuidados cirúrgicos deve ser enviada para Abrantes, contudo em Abrantes não existe o serviço de internamento pediátrico, logo isto não faz sentido algum”. Devido a estas situações referidas, o GCA já pediu pareceres técnicos ao Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos e à Comissão Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, que reforçaram a importância de a pediatria permanecer integrada

numa instituição onde haja as especialidades que se encontram em Abrantes. Paulo Vasco, do Conselho de Administração do CHMT, referiu que está tudo a correr bem, e afirmou que “do ponto de vista da direção clínica que lidera a reorganização do CHMT a qualidade de atendimento melhorou significativamente na pediatria depois da restruturação”.

Medicina Interna vem para Abrantes já em maio O Conselho de Administração do CHMT reuniu no passado dia 21 de março e deliberou concentrar o serviço de internamento de medicina interna na unidade de Abrantes, a partir do dia 6 de maio. Paulo Vasco, do Conselho de Administração do CHMT, referiu à Antena Livre que “esta é última reorganização a ser feita”, que assenta numa estratégia de ter serviços únicos, transversais a todo o Centro, no quadro de uma cultura institucional única, promovendo “a sustentabilidade do CHMT”. A atividade de ambulatório da medicina interna manterse-á descentralizada nas três unidades do CHMT. Joana Margarida Carvalho

Posição da presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque “Como tem sido público, temos acompanhado de perto os efeitos das mudanças operadas no âmbito da Reorganização Hospitalar, pelo que quis saber junto da Administração do Centro Hospitalar e o que nos foi transmitido é que essa possibilidade concorre para a estratégia da manutenção das três unidades a funcionar. Percebemos as dificuldades de funcionamento. Estamos a par das preocupações dos profissionais médicos e da própria população. E sabemos que o serviço prestado pelas três unidades, seria muito mais eficiente e mais eficaz se houvesse uma única Unidade hospitalar com todas as valências. Pese embora Abrantes tenha perdido algumas valências importantes como é o caso da Cirurgia Programada, Otorrinolaringologia e Pediatria, percebemos também os ganhos que tivemos nomeadamente com a criação de uma Urgência Médico-cirúrgica. Apesar das decisões serem em primeira instância da Administração, logo do ministério que tutela a área da saúde, a Câmara tem sempre acompanhado de perto as alterações operadas na nossa unidade local, e, manifestado a sua voz sempre que está em causa a defesa dos interesses da comunidade local. Aproveito a oportunidade para anunciar que já na próxima reunião do Executivo Municipal irei propor para aprovação de um apoio à reabilitação e pintura do edifício da Unidade Hospitalar de Abrantes, dando o nosso contributo para assegurar a adequada prestação de cuidados às populações na Unidade de Abrantes”.


SAÚDE 7

ABRIL 2013

O MÉDICO FERNANDO SIBORRO DEFENDE QUE “INVESTIR EM DUAS EXTENSÕES DE SAÚDE É ESBANJAR DINHEIRO”

População de Montalvo não quer ter consultas em Constância em várias. “Investir em duas extensões de saúde é esbanjar dinheiro, as pessoas ficam bem servidas em Constância, onde vão ter a possibilidade de ter consultas diárias e médico de família, algo que não estava a acontecer.” Para Fernando Siborro, a centralização de meios é, também, uma forma de atrair novos médicos para o interior do país: “Os colegas mais novos só vão querer trabalhar aqui se houver concentração de meios. Estamos apenas a preparar o futuro da região.” Júlia Amorim, vereadora com o pelouro da ação social na CM de Constância, considerou que esta situação parece um “capricho médico”, uma vez que a autarquia já se disponibilizou a fazer o transporte do médico de Constância para Montalvo e a assegurar todas as condições necessárias.

Joana Margarida Carvalho

Foi à margem da conferência de imprensa sobre as festas anuais de Constância que o executivo camarário anunciou que o posto de saúde de Montalvo estava em risco de encerrar portas. Passados três dias, na Casa do Povo de Montalvo, uma sessão de esclarecimento juntou a população, o executivo e Fernando Siborro, médico de família do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo. Às 18h30, hora que supostamente iria arrancar a sessão pública, a sala já se encontrava cheia de rostos preocupados sobre o que estava previsto a acontecer ao nível das condições de saúde. Fernando Siborro começou por explicar que a extensão não iria fechar. A novidade é que os montalvenses terão de se deslocar à extensão de saúde de Constância caso tenham a pretensão de ter um médico de família e consultas: “Eu e a doutora Lurdes vamos receber os utentes sem qualquer problema, mas os mesmos terão de se deslocar até à vila. Não queremos,

• O salão da Casa do Povo foi pequeno para os muitos cidadãos preocupados não temos meios e não dá para andar a dispersar recursos pelo concelho. São estas as nossas condições.” Foi após estas palavras que muitos dos presentes na sala acabaram por confrontar o médico com algumas questões: “E os transportes? E o dinheiro para pagar esses mesmos transportes?” Ao fim de poucos minutos, e em clima de discussão, Fernando Siborro acabou por abandonar a sessão.

Mais tarde, em declarações à Antena Livre, o médico explicou que a centralização de serviços de saúde na extensão de Constância está relacionada com uma melhor coordenação e qualidade de serviço prestado. “Na vila, somos sempre dois médicos e podemos apoiar-nos mutuamente. Quando um necessita de faltar o outro irá prestar o serviço. Caminhamos para a centralização de meios e não para a disper-

são dos mesmos. Estamos a falar de uma freguesia que está bem perto de Constância e que tem transporte. Isto de ter médico ao pé da porta já era.” Fernando Siborro ainda referiu que as condições ao nível do posto de saúde de Montalvo não são as melhores e que já não tem idade para andar de um lado para o outro, acrescentado que o investimento deve ser centrado numa extensão e não

População enche livro de reclamações No passado dia 18 de março, a extensão de saúde

de Montalvo continuou a ser motivo de notícia. A população da freguesia deslocou-se à extensão de saúde na tentativa de conseguir consultas com um médico de família, mas sem efeito. Um livro de reclamações não chegou para os muitos que mostraram por escrito o desagrado desta reorganização anunciada por Fernando Siborro. Já no dia 20 março, o executivo camarário e o presidente da Junta de Freguesia estiveram reunidos com a nova diretora do ACES do Médio Tejo, na tentativa de resolver a questão. Em declarações à Antena Livre, Júlia Amorim explicou que o entendimento dos médicos mantém-se: “A posição é que os utentes vão ter médico de família, o que é bastante positivo, mas somente na vila de Constância. Vamos, portanto, continuar ao lado das populações nesta luta.” Joana Margarida Carvalho

ISABEL SANTOS ABRE JORNADAS DE UROLOGIA DO CHMT

“Onde falham os médicos?” é o tema da conferência inaugural das Jornadas do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que decorre em Tomar nos dias 19 e 20 de abril. A oradora da conferência inaugural será Isabel Santos, professora auxiliar convidada da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, médica de família no ACES de Oeiras e membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Segundo a organização das Jornadas, “trata-se de um tema sempre atual e que gera grande expetativa nos profissionais de

saúde que participarão na décima primeira edição deste evento”. Para João Dias, diretor do serviço de Urologia do CHMT e responsável por estas Jornadas, a conferência inaugural é “um momento aguardado com expetativa”. Este ano, as Jornadas do Serviço de Urologia do CHMT têm como tema geral “Conversando Urologia: de todos para todos”. Pretende-se envolver profissionais de saúde de diferentes áreas em torno da especialidade, estreitando a ligação, nomeadamente entre o serviço de Urologia do CHMT e a Medicina Geral e Familiar. As Jornadas também

têm como objetivo promover o intercâmbio de saberes, proporcionar um espaço de debate e discussão sobre temas que constituem pontos comuns entre a Urologia e a Medicina Geral e Familiar, entre especialistas e clínicos gerais. No primeiro dia dos trabalhos, após a sessão de abertura e antes da conferência inaugural, terá lugar a Homenagem a um Amigo: Dr. António Requixa. Usarão da palavra Paulo Vasco, urologista e atual diretor clínico do CHMT, e Francisco Rolo, urologista do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Recorde-se

que António Requixa, prestigiado médico do serviço de Urologia e Transplantação dos Hospitais da Universidade de Coimbra e especialista em Andrologia, era orador e participante habitual nas Jornadas do Serviço de Urologia do CHMT, tendo falecido em junho de 2012. As Jornadas reunirão, durante dois dias, mais de duas centenas de participantes, contando com a presença e o saber científico de alguns dos maiores especialistas do nosso país, contribuindo deste modo para a formação global dos profissionais de saúde.

DR

“Onde falham os médicos?”

• O médico António Requixa (à direita) será homenageado Em comunicado, a organização do evento salienta que “a confirmar a reconhecida qualidade e importância destas Jornadas do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo, contam este ano

com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, Sociedade Portuguesa de Andrologia e Associação Portuguesa de Urologia”.

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8 ABRANTES

ABRIL 2013

ABRANTES

Vereadores do PSD lançam livro sobre o concelho

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte e oito de Março de dois mil e treze, exarada de folhas cento e doze a folhas centro e catorze – verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E CINCO -A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores DIAMANTINO DOS SANTOS SEBASTIÃO, e mulher FLORINDA DOS PRAZERES ALVES, casados no regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Abrantes (São Vicente), do concelho de Abrantes e ela da freguesia de Santiago de Montalegre, do concelho de Sardoal, residentes na Rua do Campo de Futebol, número 6, Casais de Revelhos, Alferrarede, Abrantes, DECLARARAM que, por exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico sito em Casais de Revelhos, na freguesia de Alferrarede, do concelho de Abrantes, composto de figueiras, olival, cultura arvense em olival, horta/pomar, oliveiras e vinha, com a área de três mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do Norte com Maria dos Anjos Pombo Batista dos Santos, de Sul com Manuel Dias, de Nascente com Manuel Maria de Sousa Maia Mendes, Filomena Pereira Maia Mendes e Ana Sofia Pereira Maia Mendes e Poente com Estrada Pública, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 100 da Secção G. - Que o referido prédio se encontra matricialmente inscrito em nome do justificante marido. - Que o prédio está actualmente descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número QUATRO MIL SEISCENTOS E NOVENTA E TRÊS/Abrantes (São Vicente) e lá inscrito a favor dos justificantes pela inscrição Ap.4, de 04/03/1957, na proporção de dezanove quarenta avos de um prédio rústico, composto de terra de semeadura de sequeiro, com oliveiras e figueiras, no sitio de Bate Cova – Casais de Revelhos, da dita freguesia de Abrantes (S. Vicente), do concelho de Abrantes, que no todo confronta de Norte com Manuel Silvano, de Sul com Zacarias Baptista Soares, de Nascente com António Lourenço Galinha, e de Poente com Estrada Pública e Manuel Dias Pombo, inscrito na matriz sob o artigo 1136, e foi adquirido a QUINTINO ALVES VENÂNCIO e mulher ROSA LOURENÇO, casados entre si no regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Abrantes (S. Vicente), do concelho de Abrantes e ela da freguesia de Valhascos, do concelho de Sardoal, residentes em Alferrarede, Abrantes. - Que, porém, com a passagem do Cadastro Geométrico no concelho de Abrantes, aqueles dezanove quarenta avos deram origem ao prédio hoje matricialmente inscrito sob o artigo 100 da Secção G, da freguesia de Alferrarede, do concelho de Abrantes, acima já descrito. - Que, eles justificantes, se encontram na posse do referido prédio desde a data da referida escritura, há mais de cinquenta anos portanto, usufruindo de todas as utilidades pelo mesmo proporcionadas, limpando as árvores e os matos, apanhando a fruta e a azeitona, pagando os respetivos impostos, com ânimo de quem exerce um direito de propriedade próprio e legitimo, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, de modo pacífico, contínuo e público, sendo reconhecidos por toda a gente como seus donos, pelo que se pode afirmar que adquiriram o identificado prédio por usucapião, título este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais. - Está conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 28 de Março de 2013 A Notária (Sónia Maria Alcaravela Onofre) (Jornal de Abrantes, edição 5506 de Abril de 2013)

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sível melhorar a segurança de Abrantes”. “Em defesa do Estado de Direito e da Igualdade de Oportunidades” são outras temáticas abordadas, tal como explicou o vereador: “A defesa de um Estado de Direito onde a liberdade de expressão e a liberdade de concursos públicos e de admissão de pessoal seja feita independentemente das pessoas serem socialistas e independentemente do controle das associações por via de subsídios e financiamentos”. “As Reformas Estruturais” constituem o quinto capítulo, no qual os vereadores se referem à reforma administrativa do Estado. No último capítulo, “Cada caso é um caso”, são abordadas as situações concretas das suas intervenções na autarquia de Abrantes. A edição do livro foi integralmente paga pelos autores e tem cerca de 200 páginas.

Joana Margarida Carvalho e Francisco Rocha

Uma obra “com um grande substrato ideológico”

É necessário fazer uma “revolução afetiva” Frei Bento Domingues, religioso que tem marcado a opinião pública ao longo de duas décadas pelas suas posições, esteve em Abrantes, convidado pelo Rotary Clube. Num jantardebate falou sobre da dimensão política da Fé, explicando que ela “está em tudo, quando nos converte aos outros”. E alertou para aspetos essenciais: é preciso usar a inteligência, promover a solidariedade, desenvolver o afeto e ter juízo! “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. As pessoas têm de ter dinheiro, mas não é para sermos escravos do lucro, porque ele não dá para todos.” Por isso, Frei Bento Domingues defende a existência de “instituições que fossem à medida humana”. E acrescenta que cada um deve dar o melhor de si, mas em função dos outros, defendendo a economia do bem

comum. “Ou nos safamos juntos ou nos afundamos. ” Frei Bento Domingues acredita que “não desenvolvemos o espírito de solidariedade porque não há o sentido do conjunto”. Na sua opinião, a dimensão cristã da política passa por “desenvolver o sentido de que todas as capacidades que tenho e de que todos os meus talentos são para pôr ao serviço do conjunto”. Defende que as pessoas têm que dar o melhor de si mesmas na família, na empresa, na escola, na universidade, onde for possível. Para isso, apresenta uma solução: “É necessário uma revolução. Não de tiros, porque isso só apressa a morte. Mas uma revolução afetiva: desenvolver todos os meus talentos, mas não é só para mim! É esta nova consciência que faz parte do Evangelho: Jesus desco-

Hália Costa Santos

em seis capítulos sobre vários valores e posições bem definidas. Santana Maia Leonardo fez uma pequena descrição dos capítulos: o primeiro é a “Cidade Imaginária”, que fala “sobre a gestão autárquica sobre os megas projetos autárquicos sem grande viabilidade e sustentabilidade, como a RPP Solar ou o Museu Ibérico de Abrantes ”. No segundo, denominado “um Concelho Solidário”, estão referidas “as intervenções na área social, da solidariedade entre pessoas, mas também entre as localidades do concelho, estando a sede do concelho a tornar-se numa estrutura macrocéfala esvaziandose de conteúdo a intervenção das freguesias”. De seguida, surge um capítulo dedicado à Segurança: “O concelho viveu com graves problemas de segurança. Só com a intervenção dos autores, a coragem de denunciar situações de insegurança, foi pos-

Joana Margarida Carvalho

Em jeito de prestação de contas aos munícipes de Abrantes, no final de um mandato de quatro anos (2009/13), os vereadores do PSD da Câmara Municipal de Abrantes, Santana Maia Leonardo e António Belém Coelho, lançaram no passado dia 30 de março, na Biblioteca António Botto, o livro “Amar Abrantes. O nosso conselho”. Trata-se do elencar das diversas atividades e intervenções dos autarcas no decurso destes últimos quatro anos. Segundo Santana Maia, é uma obra “com um grande substrato ideológico, já que se vive num mundo pós moderno em que tudo é circunstancial e em que as pessoas tendem a olhar para os políticos numa perspetiva muito pessoal, como se de um clube de futebol se tratasse”. Ambos os vereadores da oposição acreditam que a sociedade deve ser uma sociedade de valores para toda a vida. O livro é, assim, dividido

Frei Bento Domingues lembrou que no mundo “há •recursos para tudo”

briu que era amado por Deus e disse que a sua tarefa então era amar os outros. E como é? É despertar nos outros o melhor deles.” “Esta civilização acabou, já não dá nada, porque o seu princípio está errado. Dizem que agora há globalização, mas globaliza-se a asneira! Está tudo em contacto, mas não está em contacto o serviço recíproco, mas sim a mentalidade da exploração recíproca!” Frei Bento Domingues lembra ainda que Jesus nunca fez

um partido político, nem uma creche, nem um lar de idosos. “Não fez nada! Mas deu uma pedrada no charco humano. Houve algum milagre que resolveu alguma coisa? Por que é que não deixou a fórmula dos milagres? É que isso são parábolas, são gestos simbólicos, para dizer que não nos falta nada! O que nos falta é juízo! Há recursos no mundo para tudo, sem forem bem administrados, bem repartidos e bem desenvolvidos.” HCS


REGIONAL 9

ABRIL 2013

Jardim da República entrou em obras A intervenção de requalificação do Jardim da República, no centro de Abrantes, já começou. Segundo a autarquia, o objetivo é tornar o espaço mais polivalente, com maior segurança e salubridade. Para alcançar esse objetivo estão previstos vários níveis na operação sendo que, informou a Câmara Municipal em comunicado, serão executadas “caldeiras para as árvores e supressão de alguns canteiros, que serão preenchidos com calçada à portuguesa”, ao mesmo tempo que se vai proceder à “remoção do lago e da calçada envolvente, tendo em vista o seu preenchimento com área verde (relvado) com a finalidade de criar um espaço verde, de lazer e polivalente”. Esta opção é justificada pelo facto de “o equipamento há muito estar desativado, não se justificando a sua manutenção”.

• Árvore com “acentuada inclinação para o lado do quiosque” deverá ser removida Sobre a remoção de árvores, que tem causado alguma celeuma junto dos utilizadores do jardim, a nota informativa da autarquia vem reafirmar o que Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara, havia

afirmado à Antena Livre há cerca de um mês. Serão “salvaguardadas as árvores existentes - cedros, magnólias, castanheiros da índia e tílias, entre outras - desde que estejam sãs”. Uma das árvores de grande porte

ESTACIONAMENTO NO CENTRO HISTÓRICO DE ABRANTES

Moradores e comerciantes com direito a dísticos As novas regras para estacionamento no Centro Histórico estão em vigor desde 15 de março. Os moradores, comerciantes e prestadores de serviços podem requerer os dísticos (que permitem o parqueamento em determinadas zonas) para os seus veículos junto do Gabinete para o Centro Histórico Mais Rua, na Rua D. Miguel de Almeida. As duas propostas aprovadas em reunião de Câmara com alterações em matéria de estacionamento, bem como a sua regulação, surgem no âmbito da estratégia de intervenção que tem vindo a ser desenvolvida pelo município de Abrantes para a regeneração do Centro Histórico. O regulamento aprovado para

o estacionamento de veículos no Centro Histórico da Cidade de Abrantes tem como principais objetivos a estruturação da oferta de estacionamento, a mobilidade e rotatividade na circulação automóvel e, simultaneamente, a criação de melhores condições para residentes, comerciantes e prestadores de serviços do centro histórico da cidade. O título de estacionamento de residente é um dístico intransmissível que titula a possibilidade de determinado veículo estacionar nos lugares de estacionamento condicionado, emitido pelo município e identifica o prazo de validade e matrícula do veículo. São emitidos um máximo de dois títulos de residente por fogo, em

função das viaturas de que os residentes disponham, e poderão requerer a sua atribuição, as pessoas singulares com residência habitual na área. Quanto ao título de comerciante ou prestador de serviços é um dístico emitido pelo município, intransmissível e que titula a possibilidade de determinado veículo estacionar nos lugares de estacionamento condicionado. A validade máxima do título é de um ano findo o qual o titular poderá proceder à sua revalidação. Só pode ser emitido o máximo de um título de comerciante ou prestador de serviços por estabelecimento.

é a que está junto ao ‘Quiosque República’ e que, informa a autarquia, “deverá ser removida no decurso da obra de Requalificação do Jardim da República”. A justificação tem a ver com a análise feita ao exemplar,

que apresenta “uma forma desequilibrada, decorrente da má condução inicial e práticas antigas de poda, exibindo cicatrizes de grandes dimensões no tronco principal e uma acentuada inclinação para o lado do quiosque”. A autarquia informou igualmente que após a “análise técnica ao conjunto das espécies arbóreas, concluiu-se que alguns exemplares se encontram deformados”. Assim sendo, deve “ser ponderada a sua substituição, de forma faseada, ao longo do tempo”. Novamente fica a ressalva de que novas espécies serão plantadas no lugar das árvores que tenham que ser retiradas. A intervenção em curso no Jardim da República enquadra-se nas medidas de Regeneração Urbana para o Centro Histórico abrantino. Ricardo Alves

Apoio PRODER: a última fase já arrancou Até ao dia 30 de abril, estão abertas as candidaturas ao apoio da abordagem LEADER, do Programa Nacional de Desenvolvimento Rural (PRODER) para 2013. Numa fase inicial estão disponíveis 370 mil euros que serão distribuídos pelas medidas de diversificação de atividades na exploração agrícola, criação e desenvolvimento de microempresas, desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer, conservação e valorização do património rural. Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS, explicou à Antena Livre que esta nova fase arranca com 370 mil euros, mas que este não é um valor fechado. “Há hipótese de haver mais verba libertada para outros projetos e, assim sendo, os interessados não se devem condicionar pelos valores de arranque”. Face a outros empresários que tenham apostado nos apoios do

PRODER no passado, Pedro Saraiva explicou que devido à atual situação do país “os empresários não estão avançar ao ritmo desejado” mas, mesmo assim, “regra geral os empresários têm mantido os projetos e há bastante atividade e bons resultados”. O técnico coordenador da TAGUS explicou ainda que quem tem interesse em candidatar-se nesta última fase aos apoios da abordagem LEADER deve ter vontade de apostar, capacidade de sustentabilidade, noção de enquadramento do projeto na região e na estratégia da TAGUS, assim como alguma formação e competência profissional. “O importante é que o projeto esteja bem pensado, estruturado, com pernas para andar. A capacidade financeira é essencial, mas, acima de tudo, é necessário vontade e querer fazer”. JMC

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10 TURISMO

ABRIL 2013

Receitas inovadoras de enchidos e fumeiro A TAGUS irá dinamizar no próximo dia 5 de abril um showcooking, especialmente dirigido para os restaurantes da região, e um petisco, para o público em geral. Esta ação promocional pretende destacar os enchidos e o fumeiro do Ribatejo Interior. No âmbito da sua estratégia de valorização e promoção dos produtos locais de Abrantes, Constância e Sardoal, a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior propõe uma iniciativa que se irá dividir em dois momentos: um workshop de preparação de entradas para estabelecimentos de restauração, a acontecer pelas 16h00, e um Merendas com Personalidades, destinado ao público em geral e marcado para as

19h00. Os cozinheiros serão Bruno Martins e Filipe Janeiro, dois abrantinos e alunos finalistas da Escola Superior de Hotelaria do Estoril, que irão estar no dia 5 de abril na Praça dos Sabores, no Mercado Criativo de Abrantes (antigo mercado municipal) a mostrar receitas

inovadoras de enchidos e fumeiro. Os objetivos que a Associação de Desenvolvimento do Ribatejo Interior pretende alcançar com este workshop são os de sensibilizar os restaurantes para a importância de utilizar estes produtos locais, despertando a curiosi-

Pousada da Juventude já reabriu

dade destes estabelecimentos para novas formas de aplicação dos enchidos na sua oferta gastronómica. Para falar sobre a confeção e outras curiosidades sobre os enchidos e o fumeiro estarão presentes três produtores do Ribatejo Interior: Guilherme Tomé, Margaridos & Margaridos e MF – Salsicharia Artesanal. Para esta Merendas com Personalidade é obrigatório fazer reserva (pracasaboresabrantes@gmail.com ou 91 055 93 05). Esta ação promocional de enchidos e fumeiro do Ribatejo Interior conta com o apoio da abordagem LAEDER, do Programa Nacional de Desenvolvimento Rural (ProDeR).

A Pousada da Juventude de Abrantes já retomou a sua atividade normal depois de ter estado encerrada durante o inverno, por decisão da Secretaria de Estado do Desporto e Juventude. O encerramento, durante o inverno, de nove Pousadas da Juventude, operadas pela Movijovem (que se encontra em fase de liquidação) foi justificado “pelas reduzidas taxas de ocupação e com os défices de exploração elevados que estas unidades apresentam”.

Segundo a informação disponibilizada pela presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, o edifício apresenta diversas deficiências estruturais, pelo que se está a proceder a uma avaliação das necessidades de conservação e de manutenção das instalações. Paralelamente, a autarquia está a avaliar o modelo de gestão do equipamento, por forma rentabilizar esta infraestrutura, o que requer um investimento de 150 mil euros.

Vila de Rei ultima preparativos para a Grande Rota do Zêzere A autarquia de Vila de Rei está já a ultimar as obras a incluir nos percursos vilarregenses da Grande Rota do Zêzere, com abertura prevista para o início do Verão. O projeto partiu de uma iniciativa conjunta de 14 municípios e irá permitir percorrer todo o caudal do Rio Zêzere, desde a nascente, próximo de Manteigas, até à sua foz, em Constância, através de trilhos para percorrer a pé ou de bicicleta, ou ainda descer o rio em canoa. Vila de Rei foi um dos municípios que deram início a este projeto, sendo que a Grande Rota do Zêzere terá uma extensão de 47 quilómetros ao longo do concelho, percorrendo quase toda a margem da barragem bem como as localidades mais próximas (Vilar do Ruivo, Fernandaires, Alcamim, Zaboeira e Cabecinha), terminando na Praia Fluvial do Penedo Furado. A autarquia explica, em comunicado, que “a participação de Vila de Rei na Grande Rota do Zêzere assume um importante papel no delinear

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de todo o projeto, sendo um dos concelhos com maior extensão de percursos ao longo de toda a Rota, e ao possuir estações intermodais que permitem aos utilizadores alterar o seu modo de deslocação”. Nesse sentido, a autarquia providenciou a colocação de nova sinalética e placards informativos, a abertura e limpeza de caminhos e a colocação de duas pontes em madeira ao longo do

percurso. Para Paulo César, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Vila de Rei, “a participação na Grande Rota do Zêzere apresenta-se como mais uma importante forma de dinamizar o Turismo da região, numa medida que esperamos que traga novos visitantes ao Concelho e aos nossos serviços de alojamento e restauração”.


ECONOMIA LOCAL 11

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TRAMAGAL

Casal da Coelheira recebe um milhão de euros para crescer ainda mais Um milhão de euros é o montante do investimento que o Casal da Coelheira, em Tramagal, vai canalizar para a modernização da produção dos seus vinhos. Na base desta decisão estão as necessidades de aumento da capacidade de vinificação, aumento da área de estágio e armazenagem de vinho engarrafado, bem como numa aposta na divulgação dos produtos, com a construção de uma nova loja. Nuno Falcão, enólogo e um dos responsáveis pela quinta, disse ao JA que este investimento é necessário para acompanhar o crescimento que tem sido notório nos últimos anos. “É um facto que este investimento vai permitir que tenhamos condições para laborar e produzir uma quantidade de vinho superior e com condições melhores, mas também vai-nos permitir conseguir ter condições de estágio e armazenamento para volumes superiores, isto tudo devido à conquista de

• Uma nova loja para vender diretamente ao comprador mercados que temos alcançado”. Recentemente, Rússia e Estados Unidos são as novas apostas da Quinta do Casal da Coelheira, tal como explicou o enólogo: “Foi com estes países que entendemos que devíamos começar a criar

oportunidades de negócio e, felizmente, o investimento tem dado frutos. Quanto à Rússia, estamos numa fase de consolidação; nos Estados Unidos estamos a finalizar o primeiro negócio, para enviar a primeira encomenda.” O mercado brasileiro é um ca-

minho a seguir e Nuno Falcão diz que espera incrementar a presença dos seus vinhos nesse país o quanto antes. Foi através de programas de apoio que a Quinta Casa da Coelheira conseguiu o investimento. “Candidatámonos a dois programas, um

dois hectares. Hoje já reúne cerca de cinco. O vinho chegou à mesa em 2010, ano em que se realizou a primeira colheita. Em 2011 e 2012 o processo repetiu-se. Trata-se de um vinho tinto, que tem como nome “Quinta da Parrada”. Tem apenas touriga nacional, sendo, portanto, um vinho de monocasta. Desde então, a produção é de cerca de 20 mil litros e o vinho pode ser encontrado já nos estabelecimentos de restauração do concelho de Abrantes. Os espaços comerciais e as grandes superfícies são os objetivos seguintes, tal como conta Américo Dias: “Não queremos dar um passo maior que a perna. Tivemos uma boa aceitação do produto,

JMC

• SOLUÇÕES PARA INÍCIO DE EMPRESAS E RECUPERAÇÃO DE NEGÓCIOS

Joana Margarida Carvalho

Foi lançado apenas em 2010, mas “foi muito bem recebido pelos restaurantes da região”. Quem o diz é um dos responsáveis da Adega Quinta da Parrada, Américo Dias, que faz a gestão da marca “Quinta da Parrada”, juntamente com o seu filho e neta, no concelho de Abrantes. A história deste nascimento é bem simples. A Quinta da Parrada nasceu no ano de 1918, mas foi há cerca de 25 anos que foi adquirida pela família Dias. O motivo que levou à aquisição do espaço foi, segundo Américo Dias, “o gosto pela produção agrícola e mais tarde pela vinificação”. Dez anos mais tarde, a vinha foi implantada, começando com

res sazonais e tem uma produção anual de cerca de 300 mil litros. Os vinhos Casal da Coelheira têm sido distinguidos nacional e internacionalmente nos principais concursos da especialidade.

CRÉDITOS

UM NOVO VINHO

Quinta da Parrada para a nossa mesa

PRODER e um LEADER, o que nos possibilitou a aquisição desta verba considerável”. A quinta do Casal da Coelheira produz vinhos há cerca de 100 anos, possui 65 hectares de vinha, 330 no total em terras, emprega 10 funcionários fixos, 10 colaborado-

• SOLUÇÕES DE CRÉDITO PESSOAL * Para início de negócio; projetos pessoais * Uma só assinatura no caso de casados

• CRÉDITO HABITAÇÃO E CONSOLIDADO

• Américo Dias e a neta, Ana Carolina Dias mas precisamos de continuar a apostar na qualidade e no aumento de quantidade para partirmos para outros objetivos, nomeadamente a internacionalização. É por aí que passa o futuro deste mercado.” A Adega Quinta da Parrada já emprega dois funcionários e, na altura da colheita, contrata profissionais especializados. Os equipamentos para o processo de vinificação são totalmente novos e surgiram com os capitais próprios da família Dias.

A empresa tem como objetivo estratégico consolidar a marca na região. Para Américo Dias, este é um negócio “onde é necessário um grande investimento, é um projeto a médio/longo prazo que não tem um retorno imediato. Cada produtor tem de fazer o melhor que pode e ir entrando no mercado”. A presença no facebook já foi marcada o site da Adega está em construção. Joana Margarida Carvalho

• SOLUÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ENTIDADES COM EXCESSO DE DÍVIDAS * Aplicável a empresas e Particulares com dívidas (mesmo em mora) a Bancos, ao Estado e outros

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REGIÃO 13

ABRIL 2013

Feira do Azeite em Mação com produtos regionais e animação Numa iniciativa da Cooperativa dos Olivicultores de Ortiga (COORTA), à qual se junta a Câmara Municipal de Mação, a Associação Pinhal Maior e a Junta de Freguesia de Ortiga, vai ser promovida a realização da Feira do Azeite, entre os dias 5 e 7 de Abril. O objetivo é a dinamização da fileira e a comercialização da produção local de azeite, juntamente com outros produtos tradicionais do concelho. A Feira do Azeite vai estar patente nas instalações da COORTA. Para além de azeite produzido na freguesia por métodos artesanais/tradicionais, estarão à venda outros produtos regionais (enchidos tradicionais, queijos de cabra, mel). Pedro Melo, presidente da COORTA, explica que “o objetivo principal desta iniciativa é a dinamização do olival através da

venda do azeite produzido na região”. O programa da feira vai incluir diversas manifestações culturais, exposições de fotografia e artesanato local, passeios pedestres e de barco na albufeira da Barragem em Ortiga, canoagem no Rio Tejo e desportos radicais. A iniciativa vai ainda contar com um Passeio TT e um Encontro de 2CV. Haverá música de rua e em palco. Celebra-se também o aniversário da elevação de Ortiga a freguesia (7 de abril de 1728), privilegiando, paralelamente, o rio com todos os seus passeios. Haverá passeios às oliveiras de grande porte, com mais de 2000 anos, que dão azeitona galega, a predominante na região. Francisco Rocha

Teatro Virgínia apresenta novo diretor artístico e próxima programação O Teatro Virgínia, em Torres Novas, tem um novo diretor artístico. Tiago Guedes foi apresentado à comunicação social em março, tendo dado a conhecer a programação do teatro para o quadrimestre de abril a julho. O coreógrafo afirmou estar perante uma “responsabilidade e um desafio enormes, uma vez que Torres Novas é o palco cultural da região”. A comprová-lo está a nova programação, com um caráter multidisciplinar de propostas. Já com o concerto esgotado, a cantora brasileira, Adriana Calcanhotto, uma das grandes apostas desta programação, vai atuar no dia 13 de abril. A Banda Sinfónica da PSP, com um concerto integrado no ciclo

• Tiago Guedes é novo diretor artístico Bandas Militares, vai estar no Teatro Virgínia no dia 11 de junho. Ainda na música, destaque para a americana Patricia Barber, uma das atuais divas do jazz, que apresentará o seu mais recente disco “Smash”, no dia 4 de maio, e

o concerto dos polacos Mozart Group, que prometem uma divertida fusão entre a música clássica e o cabaret musical, no dia 18 de maio. Na dança, o Virgínia recebe “O Baile”, da coreógrafa Aldara Bizarro, que conta com

a participação da comunidade, no dia 6 de abril. “Conquest”, de David Marques, tem lugar no dia 25 de maio, e “A Viagem”, de Filipa Francisco, fará a sua apresentação nos dias 12 e 13 de julho. Nas artes dramaturgas, a companhia de teatro Chapitô apresenta a sua versão de “Édipo” no dia 11 de Maio, enquanto o Grupo de Teatro Juvenil do Teatro Virgínia exibe a peça “Os Suicidas”, de Lola Arias, dias 19 e 20 de abril. A habitual Feira Medieval terá lugar no Centro histórico da cidade, este ano subordinada ao tema “Por Terras da Rainha Santa”, entre 27 e 30 de junho. André Lopes

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14 REGIÃO

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Balcão Multisserviços substitui o Posto de Atendimento ao Cidadão Resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Abrantes e a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), no dia 14 de março o Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC) foi reconvertido em Balcão Multisserviços (BMS). De 40 serviços que o PAC prestava em acordo com sete entidades, com o funcionamento do novo Balcão Multisserviços a população passa a usufruir de 78 serviços de 11 entidades. O Balcão Multisserviços segue o mesmo conceito

do PAC, mas apresenta um atendimento mais alargado de entidades já representadas, como é o caso do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) e ADSE (da Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas) e de novas entidades como o Centro Nacional de Pensões (CNP), a Caixa Geral de Aposentações (CGA), a Administração Regional de Saúde (ARS) e o ACP (Automóvel Clube de Portugal). Os serviços a prestar pelo BMS continuam a ser de um

nível de especialização de baixa complexidade, com um serviço de atendimento multifuncional e generalista, sendo os assuntos de maior complexidade encaminhados para as entidades respetivas. Para mais informações o Balcão Multisserviços está aberto de segunda a sexta feira, entre as 9H00 e as 12H30 e das 14H às 17H30, no Edifício Falcão, na Praça Raimundo Soares Nº18 (telefone 241 330 157 e email pac_abt_aalarico@ama.pt ou geral@cm-abrantes.pt).

Câmara de Abrantes dá parecer favorável à Associação Humanitária dos Bombeiros A Câmara de Abrantes aprovou, na reunião de Câmara de 4 de março, uma proposta no sentido de emitir parecer favorável à constituição da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes. Aprovou ainda um outro pedido para apoio administrativo e jurídico. A Associação foi constituída legalmente no dia 7 de fevereiro de 2013. Porém, a criação do corpo de bombeiros na sua dependência carece agora de pareceres de várias entidades bem como da autorização da Autoridade Nacional de Proteção Civil. A Câmara de Abrantes explica, em comunicado, que “a constituição desta entidade vem reforçar a resposta da

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Acesso a “habitação condigna”

• Oito fogos para habitação social em Vila de Rei A Câmara Municipal de Vila de Rei, através do Gabinete de Ação Social, abriu concurso para a atribuição de oito fogos para habitação, em Vale Galego. Até 30 de abril podem ser entregues candidaturas. Em comunicado, a autarquia de Vila de Rei explica que “esta iniciativa inserese na promoção da melho-

ria da qualidade de vida dos vilarregenses, objetivo que o município tem vindo a alcançar ao longo dos anos e a que se propõe continuar, mantendo uma forte política social e promovendo, com este projeto, o acesso à habitação condigna”. Poderão concorrer os cidadãos nacionais maiores ou emancipados, que te-

nham domicílio na área da jurisdição do concelho de Vila de Rei ou, que trabalhando na área de jurisdição do concelho, tenham intenção de aí ter o seu domicílio. Os interessados deverão dirigir-se ao Gabinete de Ação Social da Câmara Municipal para obter mais informações sobre o processo de candidatura.

Sardoal apoia candidaturas ao “Programa Valorizar”

• O objetivo da Associação é proteger pessoas e bens proteção civil ao nível local e regional, desejando a natural articulação com o corpo municipal de bombeiros que terá uma função nuclear e estratégica do serviço de proteção civil”. A Associação tem como de-

sígnios a proteção de pessoas e bens, nomeadamente o socorro a feridos, doentes e a extinção de incêndios, detendo e mantendo em atividade um corpo de bombeiros voluntários ou misto.

A Câmara Municipal de Sardoal está disponível para prestar apoio na apresentação das candidaturas das empresas do concelho que tenham interesse em aderir ao “Programa Valorizar – Criar Valor com o Território”. Este programa, destinado a microempresas, visa favorecer o crescimento económico sustentável e elevar o investimento empresarial, o emprego e a competitividade. O objetivo é valorizar o território do interior e de baixa densidade demográ-

fica e económica, através de um conjunto de políticas de estímulo à atividade económica produtiva de base regional e local, numa lógica de coesão territorial. Esta iniciativa enquadra-se no projeto SIALM – Sistema de Incentivos de Apoio Local a Micro Empresas, desenvolvido pelo Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro e pelo QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional. Este programa permite a candidatura de diferentes tipos de

projetos, em áreas variadas: Propriedade Industrial, Criação, Moda e Design, Organização, Gestão, TIC e Economia Digital. Qualidade, Ambiente, Inovação, Diversificação, Eficiência Energética, Responsabilidade Social e Igualdade de Oportunidades. Os interessados deverão contactar o Gabinete de Apoio à Presidência, através do email imprensa@cmsardoal.pt ou do telefone com o número 241 850 000.


DESPORTO 15

ABRIL 2013

Abrantes CUP F 7 juntou meio milhar de crianças Pelo segundo ano consecutivo o Sport Abrantes e Benfica (SAB) organizou um encontro de escolinhas de futebol que designou Abrantes Cup F7 e que, este ano, juntou mais de meio milhar de atletas oriundos de dez clubes. Foi no sábado, dia 23 de março, que a cidade desportiva de Abrantes acolheu 70 jogos de futebol de sete e de cinco entre as dez da manhã e as 18 horas. Sem classificação final, o Abrantes Cup F7 permitiu a 353 crianças e jovens dos 6 aos 12 anos de idade uma grande festa desportiva. Aliada a esta participação de atletas a presença de pais e acompanhantes criou um movimento fora do comum no estádio municipal. Resultados à parte, este evento pretende, segundo a organização, ser um marco no desporto em Abrantes e o presidente do clube, Paulo Neto, gostaria que fosse a comunidade, nos próximos anos a pe-

dir a sua realização. Luís Macieira, um dos elementos da organização, contou que o mesmo começou a ser preparado ainda o ano passado e que para este dia contou com o apoio de cerca de seis dezenas de voluntários. Um dos exemplos desta contribuição, foram algumas mães de atletas do Sport Abrantes e Benfica que estiveram entre as 7 da manhã e as 16 horas a fazer mais de 1.200 sandes, de fiambre e queijo, para os pequenos atletas. Mesmo com a crise económica do país, o SAB conseguiu reunir um conjunto de apoios, financeiros e logísticos, que permitiram subir o número de atletas dos 350, o ano passado, para os 535 este ano. Sendo este um evento da filial número 2 do Benfica, era natural a presença de equipas do clube lisboeta, assim como da águia que faz as delícias dos adeptos no estádio da Luz.

O patrono do torneio foi José Augusto, bi-campeão europeu pelo Benfica que destacou a importância destes eventos para fomentar o desporto que tanto gosta, o futebol. José Augusto acompanhou alguns dos jogos e recordou que no seu tempo, com oito ou nove anos jogava-se descalço e na rua. Por outro lado elogiou o complexo desportivo de Abrantes e deixou uma palavra de apreço pelo esforço dos “carolas” que dirigem a filial número dois do “seu Benfica”. No torneio participaram o Sport Abrantes e Benfica, Sport Lisboa e Benfica, Belenenses, Naval 1º de Maio, Académica de Coimbra, União de Leiria, Boavista, Sintrense, Alverca e os espanhóis do Badajoz.

Espaço da responsabilidade da Equipa Desportiva da Antena Livre

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16 EDUCAÇÃO

ABRIL 2013

ESTA lança Pós-Graduações em Jornalismo e Marketing “Jornalismo de Proximidade” e “Marketing Territorial” são as duas novas apostas da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes para uma formação pós-graduada de excelência, vocacionada para a especialização de profissionais nestas áreas. As aulas começarão em outubro e contarão com um corpo docente constituído por professores do IPT, de outras instituições de en-

sino superior, bem como com profissionais experimentados que colocarão o seu conhecimento ao serviço de programas de aprendizagem interactivo e focalizado na partilha de competências. Em ambos os cursos serão privilegiadas abordagens multidisciplinares que potenciem a aquisição de competências aplicadas às exigências dos mercados competitivos em que atuarão os

respetivos diplomados. Em abril, realizar-se-ão duas sessões públicas de apresentação destes novos cursos Pós-Graduados. A 24 de abril, será apresentada a Pós Graduação em “Marketing Territorial”, evento que contará com uma apresentação do consultor britânico Gavin Eccles - docente convidado que lecionará a disciplina de Marketing Internacional – sobre os processos e desafios

da internacionalização. Esta Pós-Graduação conta com o apoio do Centro de Desenvolvimento e Marketing Territorial do IPT. O processo de candidaturas a estas Pós-Graduações inicia-se a 02 de Maio. Mais informações sobre os planos curriculares e os processos de candidatura em www.esta.ipt.pt

Verbas atribuídas às escolas de Abrantes Em reunião de Câmara de 4 de março, a autarquia de Abrantes deliberou atribuir uma verba anual destinada ao pagamento de telefone e despesas de funcionamento das escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância do concelho,

calculada em função do número de alunos. Estas verbas serão distribuídas pelos agrupamentos escolares Dr. Manuel Fernandes, D. Miguel de Almeida e Tramagal. Em comunicado, a Câmara de Abrantes explica que,

“como forma de responder às necessidades e problemas emergentes da dinâmica educativa do concelho, e no âmbito das suas competências de planeamento e gestão dos equipamentos educativos, o município tem

procurado desenvolver e dinamizar uma série de projetos/investimentos”. São exemplos disso a atribuição da verba anual acima referida e que perfaz um total de 8.565,00€, bem como as transferências feitas em 2012,

no valor de 136.603,74€, para as Juntas de Freguesia, através de protocolos de delegação de competências e que permitem um regular funcionamento e manutenção das escolas do 1º CEB em 2012. São verbas que de há al-

guns anos a esta parte são utilizadas pela autarquia no apoio à Educação. Esta atribuição de apoios financeiros tem sido adaptada a uma nova realidade do parque escolar com a fusão de algumas escolas.

Concurso e venda de livros na Biblioteca de Vila de Rei A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei, está a promover, pelo segundo ano consecutivo, o Concurso “Leituras nas Pontas dos Dedos”. A iniciativa,

a decorrer entre os meses de março e junho, é aberta a todas as pessoas, sendo que cada participante é desafiado a ler no mínimo três livros, escolhendo as temáti-

cas que lhe der mais prazer. A cada leitor é entregue um Mapa de Leitura onde deverá registar as leituras realizadas e classificá-las quanto ao prazer retirado da sua leitura. Os

leitores que lerem três obras receberão um prémio no final do concurso. No mesmo espaço, até 26 de abril, decorre mais uma edição da CentroLivro Prima-

vera. Os visitantes têm a oportunidade de adquirir as mais variadas obras do mundo da literatura, incluindo os autores e os best sellers que o público mais aprecia, com diver-

sos descontos e promoções. No âmbito desta iniciativa serão ainda desenvolvidas atividades de promoção da educação, do livro e da leitura na comunidade.

Dia Mundial do Livro na Escola Solano de Abreu No próximo dai 23 de abril a biblioteca da Escola Dr. Solano de Abreu vai comemorar mais um Dia Mundial do Livro. Desta feita, o programa de atividades tem

como principal objetivo a a promoção da leitura e do livro. Ao longo do dia, entre as 11h00 e as 17h00, decorrerá uma maratona de leitura. Os alunos estão convi-

dados para participar neste desafio de ler, ininterruptamente, textos escolhidos pela equipa da biblioteca. A turma que tiver mais participantes terá como prémio

a participação na sessão Ler (n)as Estrelas, no planetário do Centro Ciência Viva que, nesse dia, estará instalado no Pavilhão da escola.

Reutilização de manuais escolares A Associação Vidas Cruzadas, de Abrantes, volta a lançar a campanha Reutilização de Livros Escolares. A poucas semanas do fim de mais um ano letivo importa chamar a atenção para a importância de dar os ma-

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nuais que tenham sido utilizados, mas que possam ser aproveitados por outras crianças. A Associação Vidas Cruzadas tem vindo a constituir um banco de livros com vista a ajudar as famílias que deles necessitem.

Para além de estimular a dádiva de livros escolares utilizados que possam ser reaproveitados, esta associação estimula a poupança: “Antes de comprar os novos manuais, veja os que temos disponíveis”. Os interessa-

dos em dar ou receber livros escolares podem dirigir-se à sede da Vidas Cruzadas, que fica nas antigas instalações da PSP de Abrantes, na Rua Grande, número 8.


CULTURA 17

ABRIL 2013

ARQUEÓLOGOS EXPLORAM VESTÍGIOS DE ARTE RUPESTRE NO CONCELHO DE ABRANTES

“Temos nesta zona uma paisagem determinada por pequenas serras, mas com vales extremamente inclinados. Provavelmente, na PréHistória, as populações utilizavam estas zonas como casa”, explica Ana Rosa Cruz, professora e responsável do Centro de Pré-História do Instituto Politécnico de Tomar (IPT). O local é o Lagar Fundeiro, na freguesia de Martinchel, em Abrantes. Com a sua equipa, Ana Cruz investiga vestígios pré-históricos. Na manhã de 12 de março, Fernando Coimbra, também professor do IPT e membro do Instituto de Terra e Memória (ITM), e Sara Garcês, aluna de doutoramento e membro do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, juntaram-se à equipa de Ana Cruz para mais um dia de trabalho arqueológico. São especialistas em Arte Rupestre e o seu contributo reveste-se, por isso, de importância especial. Os arqueólogos estão a analisar ‘covinhas’ e ‘caneletos’ (ou canais) visíveis em várias rochas. Acredita-se que tenham sido feitos em épocas bem distantes, mas não há certezas quanto ao que efetivamente representam. “A arte rupestre em covinhas e canais é, para a maior parte dos investigadores, monótona”, conta Ana Cruz. Mas isso não diminui o seu entusiasmo em relação à investigação que estão a fazer em Martinchel. Quanto mais não seja porque “até hoje ainda nenhum investigador conseguiu perceber qual o verdadeiro significado da ação de se fazerem covinhas”. A investigadora continua: “Há várias interpretações, o fenómeno existe em todos os continentes. As covinhas podem ser um tabuleiro de jogos na Galiza, e, por exemplo, algures numa ilha do Pacífico marcam-se covinhas num afloramento cada vez que uma criança nasce.” Fernando Coimbra explica que o trabalho começa pela

Raquel Botelho

“A Arqueologia, bem aproveitada, pode gerar riqueza”

• Ana Rosa Cruz mostra as ‘covinhas’ e os ‘caneletos’ limpeza: para se “limpar bem a rocha a luz tem de ser adequada”. Naquela manhã de março as condições não eram as ideais: “Hoje não é o caso, estão muitas nuvens.”

“A memória deve ser preservada” “O trabalho é feito apenas

numa área pequena, porque não temos meios financeiros, nem equipa suficiente para podermos investir em áreas mais dilatadas”, justifica Ana Cruz, na chegada ao local. A especialista conta que o trabalho dos arqueólogos já viu melhores tempos: “Este trabalho foi, em tempos, financiado pela Di-

reção-Geral do Património Cultural. Quando entrámos no IPT e começámos a trabalhar, tivemos apoio das Câmaras Municipais. Neste momento quase não estamos a ter esse apoio, as pessoas não têm dinheiro.” O IPT tem sido o grande suporte destes arqueólogos que trabalham na re-

gião, “cede o jipe, logo o gasóleo”. Ana Cruz acrescenta que todo o material tem de ser comprado pelos próprios arqueólogos. Mesmo assim, não deixam de pensar em novos projetos. “Pensámos e propusemos fazer roteiros turísticos, não só de Arte Rupestre”. O desafio foi lançado: “Não temos dinheiro para ter um circuito de Arte Rupestre feito em covinhas, em Abrantes. Se a Câmara entender que é um projeto com pernas para andar…” Para a equipa de arqueólogos, o trabalho desenvolvido nos Institutos Politécnicos é muito importante, uma vez que “têm como objetivo chegar às populações e resolver problemas locais”. Ana Cruz conta que o próximo passo será uma sessão de apresentação do trabalho que desenvolvem. “A pouco e pouco as pessoas vão conhecendo o nosso trabalho e percebem que não somos inúteis”. Fernando Coimbra é da mesma opinião: “A Arqueologia, bem aproveitada, pode gerar riqueza. Estamos a viver uma grande crise, mas se apagarmos a memória ficamos ainda pior.” Ana Cruz não compreende por que é que muitas vezes os arqueólogos são mal amados, uma vez que “a memória deve ser preservada e os profissionais da memória somos nós”. Apesar de o trabalho ser “extremamente cansativo” e dispendioso, também “é gratificante”. Ana Rosa Cruz adianta que “neste momento temos quatro núcleos de arte com covinhas em Abrantes, dois no vale do Zêzere e dois no vale do Tejo”. E os resultados só se conseguem com trabalho de equipa: “Ao contrário da maioria dos arqueólogos, damo-nos bem!”

Especialistas de diversos países em Mação Entre 4 e 13 de abril o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) organiza um Curso Intensivo de Gestão Integrada do Território. Esta formação, que atribui seis ECTS, conta com o apoio da Comissão Europeia e é desenvolvida em parceria com diversas Universidades europeias. Trata-se de um curso lecionado em Inglês e que será ministrado por um diversificado conjunto de docentes e de especialistas. Para além de envolver instituições de ensino superior, o curso é também o resultado de um outro conjunto de parcerias com diversas organizações nacionais e internacionais que atuam no campo do Património, assim como do setor empresarial. As instituições parceiras do Instituto Politécnico de Tomar para organizar este curso representam oito países: Universitá degli Studi di Ferrara (Itália), University of Technology of Brno (República Checa), Universidad Rey Juan Carlos (Espanha), National University of Arts, Bucharest (Roménia), Vilnius University (Lituânia), Ghent University (Bélgica), M. National d’Histoire Naturelle (França), Universitat Rovira i Virgili (Espanha), Jena University (Alemanha), Université Jean Monet (França) e Universitá Di Napoli Federico II (Itália). Para além disso, nove outras instituições se associaram a este curso Intensivo de Gestão Integrada do Territoritório: HERITY International, Conseil International de Philosophie et Sciences Humaines, Union Internationale des Sciences Préhistoriques et Protohistoriques, International Year for Global Understanding, Junta de Extremadura, Benefits and Profits, Comunidade Inter-Municipal do Médio Tejo, Nersant, Instituto Terra e Memória.

Daniela Barreto

aluna de Comunicação Social da ESTA

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18 CULTURA

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MUSEU ARTE PRÉ-HISTÓRICA E DO SAGRADO NO VALE DO TEJO, EM MAÇÃO

Exemplares de arte rupestre convivem com projetos inovadores A visita ao Museu de Mação começa nos cafés da terra. Os habitantes têm orgulho neste espaço, que faz da vila uma localidade multicultural. O Mestrado Erasmus Mundus atrai investigadores de diversos pontos do mundo e projeta esta região internacionalmente. Para além de exposições e de várias atividades, a investigação na área dos riscos naturais que afetam o património e o estudo da relação entre a arte préhistórica e a arte contemporânea marcam pontos em Mação.

A Câmara Municipal de Mação, com o intuito de proteger e promover o seu património arqueológico, promoveu a reorganização do Museu Municipal, que foi rebatizado como Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo. Desta forma, transformou-se num pólo estratégico de uma vasta rede de recursos que ao nível da investigação arqueológica beneficia da colaboração com o Centro de Pré-História, do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e do Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo de Vila Nova da Barquinha. O Museu é hoje o centro coordenador de importantes projetos europeus, na área dos riscos naturais que afetam o património e da relação entre a arte pré-histórica e a arte contemporânea. No âmbito de um protocolo com a Federação Internacional de Arte Rupestre, é a sede europeia do registo bibliográfico rupestre internacional. No quadro da colaboração com o IPT e com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, é a sede do Mestrado Erasmus Mundus em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre, acolhendo desde 2005 novos investigadores provenientes dos cinco continentes. O Museu de Mação foi criado em 1986, mas sofreu uma profunda reestrutura-

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ção a partir de 2003, que só culminou em 2005. Foi nessa reestruturação que se decidiu passar a apresentar exposições que, falando sobre a história e a arte rupestre, tivessem uma ligação potencial forte com as pessoas que vivem hoje com uma dimensão de internacionalização muito grande.

Gravura com mais de 20.000 anos marcou uma nova fase O ponto de viragem do Museu deu-se em 2000 com a descoberta, a 6 de setembro, de uma gravura rupestre paleolítica com mais de 20.000 anos, na margem do Rio Ocreza. Decorrente desta descoberta, e com uma nova direção e uma equipa rejuvenescida, iniciou-se uma necessária reorganização e inventário do Museu. Começou a ser delineado um programa para o Museu, apoiado por uma Comissão Internacional de Acompanhamento, no

qual constou a celebração de diversos protocolos entre a Câmara Municipal e várias entidades nacionais e internacionais. As a t u a i s e x p o s i çõ e s apoiam-se numa pequena parte das coleções do museu e falam sobretudo das origens da agricultura e da arte, já que a agricultura e o trabalho da terra são as bases culturais de Mação e se expressam em várias vertentes. Na primeira vertente existem atualmente três exposições permanentes, todas elas em torno da agricultura. Uma exposição virtual apresenta imagens de vários projetos do Museu no mundo e que faz parte de uma rede de salas digitais que está a ser implementada em toda a região do Médio Tejo, com a possibilidade de se entrar nos outros museus através delas . Uma segunda vertente é uma exposição tátil que foi pensada inicialmente para invisuais, mas que também serve de prática da cegueira

para normo visuais. Na terceira vertente, mais clássica, testemunham-se objetos relativos ao processo de transição entre o espaço doméstico e a arte rupestre . Finalmente, o Museu tem uma exposição temporária patente no Mosteiro dos Jerónimos, com o apoio do Museu Nacional de Arqueologia, que regressa em maio para poder circular um pouco por todo o país. No ano em que se celebra o ano de Portugal/Brasil, está a ser preparada uma exposição que vai estar patente em 14 dos 17 Estados do Brasil com um público estimado em cerca de meio milhão de pessoas. Este projetos fazem com que vivam permanentemente em Mação mais de 40 pessoas de mais de 15 países diferentes, com projetos permanentes em vários países, como a Grécia, Itália, Senegal, Namíbia, Cabo Verde, Brasil, Angola, El Salvador, Colúmbia, Costa Rica e ainda uma

parceria com a China. Estes projetos rodam todos em torno de duas vertentes: a discussão sobre a agricultura e a sustentabilidade das sociedades no passado e, ainda, como trabalhar a sustentabilidade hoje em dia. Na Conferência do Rio + 20 foi apresentado um novo sistema de gestão territorial que foi já adotado por vários Governos de Estados do Brasil, em colaboração com o Instituto Terra e Memória, que envolve o IPT. Estes projetos são da área do ambiente, gestão do território e segurança social.

Projetos de tratamento de lixo e de depuração de água A estratégia de trabalho que o Museu tem seguido, em parceria com empresas de Mação, é adotar soluções de qualidade, mas de baixo custo. O que inicialmente começou com projetos de museologia depressa se expan-

diu para atualmente, com a colaboração de investigadores brasileiros, se desenvolverem projetos de tratamento de lixo em Angola e um outro de depuração de água para comunidades que têm dificuldade no acesso à água potável. Do espólio do Museu constam as gravuras Rupestres de Cobragança, as pinturas Rupestres do Pego da Rainha e as gravuras Rupestres do Ocreza, no vale do Ocreza. Se se pode falar em joias da coroa para definir a riqueza do museu, o que só por si obrigariam a uma deslocação a Mação, uma está ligada ao património do passado e outra ao do presente. A primeira, a peça mais extraordinária será a da Trindade do Espírito Santo, uma escultura em pedra de Ançã. A outra, talvez ainda mais importante, para além da sistematização de toda a informação sobre a arte rupestre do Tejo, é sem dúvida o facto de se ter construído um espaço com as características do Museu numa terra onde vivem cerca de mil pessoas, que tem uma densidade de não portugueses talvez apenas equivalente a Lisboa, e que representa uma verdadeira manifestação de interculturalidade num território menos favorecido. Para além dos espaços de exposição, o Museu tem ainda à disposição dos seus visitantes uma Biblioteca especializada em Arte Pré-Histórica e Arqueologia e um variado programa de atividades e ateliers promovidos pelos Serviços Educativos especialmente vocacionados para públicos escolares. “A visita ao Museu começa ouvindo-se as pessoas de Mação nos cafés e restaurantes da vila onde se sente o orgulho que nutrem pelo seu Museu”, conforme é salientado pelo seu diretor, Luiz Oosterbeek. Francisco Rocha


CULTURA 19

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CONCRETIZA-SE UM DOS SONHOS DO GRUPO

Palha de Abrantes com nova sede cado pelo fascínio de uma das mais fulgurantes personagens da ‘commedia dell’arte’ e do Teatro em geral), permite uma breve análise do viver setecentista. De qualquer modo, entenda-se que as ruínas a que se refere o título não são apenas as resultantes do terramoto de 1755, mas também as da própria sociedade portuguesa, em muitos aspetos degradada, depois das forçadas magnificências de D. João V. O autor aflora alguns dos temas da irresistível ascensão de Sebastião José de Carvalho e Melo: a sua luta contra os Jesuítas; o fanatismo religioso; o atentado contra D. José I ou o oportunismo de tantos no momento da catástrofe. No passado mês de março, dedicado ao Teatro, em Abrantes, levaram à cena, no Cine Teatro, a 9 de março, o “Doido e a morte”, uma comédia de Raul Brandão. Um dos sonhos do grupo era a construção de uma sede que agora vai ser inaugurada na rua Maria de Lurdes Pintassilgo. Tal como refere Helena Bandos, depois de muitos anos de luta, que passaram pela antiga rodoviária ou o quartel de bombeiros, foi finalmente encontrado o espaço para acolher a sede do grupo que foi para o efeito cedido pela Câmara Municipal. Em parceria com uma empresa da cidade, procedeu-se ao restauro e melhoramento das instala-

ções por forma a acolher as necessidades do Grupo de Teatro. A nova sede, que será brevemente inaugurada, é um espaço arejado, cheio de luz, amplo que dispõe de duas salas grandes, outras de apoio e uma secretaria, uma sala de reuniões que eventualmente servirá também como espaço multifunções. Embora sem as necessárias comodidades, muito devido às obras de acabamento que ainda decorrem no local, foi já possível realizar dois ensaios. Existem vários projetos para este local de trabalho que será por um espaço de lazer, de formação e de outras atividades cénicas. Prevê-se para 4 de maio, pelas 12h00 a inauguração da nova sede. Esta data coincide também com a Mostra de Teatro que anualmente ocorre nesta época com espetáculos contínuos durante três semanas. Em cena têm o “Arlequim” de Norberto Ávila, comédia cujo enredo remonta a 1755 aquando do terramoto de Lisboa. Como curiosidade, espera-se que o autor esteja presente. Pretende-se também que, como a data coincide com as celebrações dos 15 anos de existência do grupo, se proceda a uma justa homenagem aos fundadores do grupo.

Francisco Rocha

A nova sede do Grupo de Teatro Palha de Abrantes está praticamente concluída. Será inaugurada em maio. Simultaneamente, o grupo comemora 15 anos de atividade. E março marcou presença nas atividades comemorativas do Mês do Teatro e em maio volta a organizar as Mostras de Teatro, nas freguesias do concelho de Abrantes. O Grupo de Teatro Palha de Abrantes iniciou a sua atividade em 1998 sob a orientação das professoras Helena Bandos e Maria Rosa Durão. A primeira peça apresentada pelo grupo foi “O Velho Ciumento”, de Miguel Cervantes, com a encenação de Helena Bandos, tendo-se realizado o primeiro espetáculo no Auditório da Santa Casa da Misericórdia em Abrantes, em maio de 1999. Do seu repertório constam já dezenas de peças. Entre as atividades do grupo constam as Mostras de Teatro, este ano já na sua 7ª edição, e que nos fins de semana de 4, 11 e 18 maio, se propõem a divulgar o teatro pelas freguesias do concelho. Atualmente estão a preparar a peça com que vão iniciar as celebrações: “O Arlequim nas ruínas de Lisboa”, de Norberto Ávila. A peça é uma ficção com fundo histórico nacional. Trata-se de um homenagem à arte do ator (na figura do protagonista Alceu Beringela, to-

Francisco Rocha

Helena Bandos e Artur Marques na nova sede do Grupo de Teatro

Março, foi o mês do teatro em Abrantes Foi há 50 anos que Jean Cocteau proferia a mensagem que inaugurava as celebrações do primeiro Dia Mundial do Teatro, criado pelo Instituto Internacional de Teatro da UNESCO. Desde então que, a 27 de março, se homenageia, um pouco por todo a parte, as artes do espetáculo. Portugal não é exceção. A festa faz-se nos palcos e representa-se um pouco por todo o país. Abrantes associou-se

a estas comemorações elegendo março como o mês do teatro. Assim, para comemorar esta efeméride, a Câmara Municipal de Abrantes em associação com várias organizações culturais da região, apresentou espetáculos teatrais com uma programação variada. A primeira peça a ser apresentada ao público foi uma comédia, “O Morgado de Fafe em Lisboa”, que subiu ao palco, pela mão do GET-

AS-Centro Cultural do Sardoal, no dia 1, no Cine Teatro S. Pedro, com encenação de José Paulo de Sá. A obra inspirou-se num texto de Camilo Castelo Branco. No dia 15 de março foi a vez de se representar outra comédia: “Bom Apetite”, representada pela Associação ”Créme de la Créme”. “Bom Apetite” é um espetáculo onde a comédia é levada ao extremo do absurdo, apoiada na tragédia, como

forma de contar uma história. A relação com o público é feita através da intimidade, sendo este transportado pela proximidade do ator com o público. Dentro de uma tendaútero, a peça “Na Barriga”, da Companhia Caótica-Associação é um espetáculo estimulante e terno que leva o público numa atribulada viagem ao sítio onde tudo começou. Tem por objetivo dar a explorar, reviver

e questionar o espetador sobre o seu próprio nascimento, através de imagens, sons e objetos. Tem ainda como curiosidade de envolver a comunidade, convidando elementos locais a participar na própria peça. “A Viagem” teatral chegou ao fim com a criação de Filipa Francisco, um projeto com o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego. “A Viagem” reinterpreta memórias e explora as liga-

ções entre o tradicional e o moderno, aborda o modo como as manifestações populares aderem e procuram a modernidade, originando novos significados, permitindo nova apropriação e novo entendimento do seu papel nos dias hoje. Francisco Rocha

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As caras da rádio

Tenda Duplex na Antena Livre “Na Tenda Duplex há lugar para todos…e para toda a música, com outros sons… outras vozes”…. É a partir deste slogan que acontece, de segunda a sexta-feira, este espaço da Antena Livre que está no ar às 07h00, 07h45; 11h20; 15h00 e 19h20. Com realização, produção e locução do Jornalista Ricardo Alves, “Tenda Duplex”, apesar de estar no ar há pouco mais de dois meses, conseguiu já conquistar muitos fãs. As chamadas músicas alternativas, ou do meio underground que muitas das vezes não entram nas playlists das rádios regionais ou nacionais, por serem alegadamente pouco comerciais ou muito barulhentas, dão o mote para cinco minutos de rádio onde se conta a história da banda, da voz e da vida das próprias músicas. Questionado pelo JA, o autor

desta rubrica descreve assim o novo conteúdo da Antena Livre: “Tenda porque remete para uma ideia de campestre, refúgio, paredes meias com a realidade urbana. Inicialmente pensei numa tenda num contexto urbano, no meio do trânsito de Abrantes, com as pessoas a passarem, reféns das suas rotinas, robóticas. A tenda como algo que as convidasse a entrar, sentirem curiosidade. Sinto que as pessoas ouvem certo tipo de música porque gostam, mas também porque não têm tempo para ouvir com calma, escolher, sentir, degustar. Renunciar à maioria é algo profundamente difícil. Duplex porque queria ver uma tenda com espaço para todos e porque o termo duplex remete para um luxo. E o luxo, na música, é acessível a todos. Há tanta música de qua-

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL - CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia sete de Março de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada de folhas oitenta e dois a folhas oitenta e cinco do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem traço D, na qual os Senhores, AUGUSTO SERRAS, Nif 128 806 885 e mulher LUDOVINA DE JESUS, Nif 191 733 938, ambos naturais da freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, residentes em Cimo dos Ribeiros, dita freguesia de Alcaravela, vêm justificar, que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio rústico, situado na freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, mas inscrito na matriz em nome do justificante marido. - Prédio rústico, sito em Taberna Seca, freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, composto por pinhal, com a área de dois mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com Maria de Lurdes Serras da Silva e inscrito na matriz sob o artigo 10 secção M, com o valor patrimonial de 48,81 euros, e para efeitos de IMT 132,56 euros, a que atribuem o valor de quinhentos euros que é também o valor atribuído a esta justificação. - Que, adquiriram o mencionado prédio por compra verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta e três a Daniel Batista e mulher Maria Carreira, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Louriceira, Mação, sem que ficassem a dispor de título formal que lhes permita efectuar o respectivo registo na competente Conservatória do Registo Predial; - Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, o imóvel, conservando-o e mantendo o mesmo, procedendo ao seu amanho, pagando os respectivos impostos e suportando os demais encargos. - Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacífica, contínua e do consenso que o prédio lhes pertence, desde o dito ano de mil novecentos e oitenta e três, conduziu à aquisição do direito de propriedade do identificado imóvel, por USUCAPIÃO, o que invocam, justificando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. - Está conforme o original, na parte respectiva. Sardoal, 7 de Março de 2013 A Conservadora, a exercer funções de Notário Nélia Carla Henriques Ferreira (Jornal de Abrantes, edição 5506 de Abril de 2013)

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lidade no mundo que desejei ter um espaço grande para a acolher toda. O público é todo aquele que gosta da música

que passa na Tenda Duplex, desde os blues ao rockabilly, do grunge à clássica, do indie ao pop alternativo, entre

outros. Não há que ter vergonha das músicas de que gostamos. As convenções sociais que nos obrigam a não gostar

daquilo nesta idade, ou disto naquela idade, são meio caminho andado para a morte da alma. Já assisti a centenas de concertos e já presenciei demasiadas lágrimas e sorrisos nos mesmos para saber que a música é intemporal. Vi muitas pessoas chorar perante as músicas que poucos ouvem e sei que em parte o fizeram porque se libertaram da amálgama a que chamamos maioria. Pertencer a uma minoria dá muito trabalho, mas é altamente remunerado em termos de alma. Num aparte, também gosto muito de loucura, de exaltação, cor, luz, noite e alegria. E gostava que todos escolhessem as suas, há uma música para cada um dos nossos sentimentos e não há um único sentimento igual de pessoa para pessoa.” Paulo Delgado e Ricardo Alves

Retrato UMA RUSSA EM ABRANTES

“Tenho saudades de mim” Encontramo-la com facilidade a um dos balcões da Padaria Pereira, vemos logo que é estrangeira, mas dificilmente lhe suspeitamos a história. Inga Abbud nasceu na Rússia, em Leninegrado, hoje S. Petersburgo. Viveu aí até aos seis anos, filha de pai russo, violinista, e de mãe ucranianaalemã, cantora lírica. Quando a mãe ficou viúva, mudou-se para a Ucrânia. Não é para admirar que tenha comprado, a crédito, um piano. Por isso Inga estudou música e toca piano. Tirou na universidade o curso de designer de equipamentos para transportes urbanos e foi casada na Síria durante dez anos. Tem um filho na Síria e uma filha na Ucrânia. Sempre pensou em sair, como muitos ucranianos. Chegou a Portugal em 2001. Trabalhou numa fábrica de fruta em Mafra, como trabalhadora doméstica no Porto, interna, mas não gostou, e depois em Loures, “mas já não dormia lá”. Há oito anos veio com amigas

• Inga Abud: “Eu gosto de Portugal” passear a Constância, encontrou uma ucraniana ao balcão da Sopadel… e ficou a trabalhar ali. Há seis anos mudou-se para a padaria Pereira. “Gosto muito deste trabalho, do cheiro a pão, aos doces da pastelaria. Gosto do ambiente do café.” Além deste, ainda arranja forças para outros trabalhos que lhe complementam o orçamento. De Portugal, aprecia de modo particular “Lisboa, com a sua arquitetura antiga, a natureza, o ar puro, tudo limpo e organizado, até nas aldeias pequenas. E a muita atenção à cultura. Gosto deste traba-

lho e Abrantes é muito bonita.” O pior? “Não sei. Às vezes, a falta de educação das pessoas. Muita burocracia, muitos papéis. Não gosto do sistema de saúde, não gosto: não percebo como é que uma pessoa ferida, ou com dor de barriga pode estar numa fila, não percebo. Mas não gosto de falar de coisas negativas. Eu gosto de Portugal. E sempre tenho encontrado pessoas boas.” Não aprecia o fado: “é muito triste”. Mesmo assim, tem discos de Mariza e Amália,“adoro”, mas “apetece chorar”. Quanto aos trabalhadores, “são pouco alegres, não sabem

divertir-se. E agora está pior”, acrescenta. “Eu, quando cheguei, era alegre. Agora já estou diferente. Eu tenho saudades de mim.” Vive com intensidade “a Quaresma”. Mas nos quarenta dias antes do Natal, isso mesmo, do Natal: não come carne, nem peixe, nem leite, nem queijo. E explica: “É para limpar o sangue.” Gosta muito de uma boa conversa, sobretudo de ouvir, em especial boas histórias. E de ler: “em especial os clássicos russos, e Maupassant. E também Fernando Pessoa.” É muito provável que fique por Portugal, se encontrar uma situação estável. Mas também não afasta a ideia de voltar à Ucrânia, onde tem casa, e onde vive a filha. Entretanto, continua a vender pão e a servir cafés. Ah, e a dar uma boa gargalhada de vez em quando. Talvez a desafiar para a alegria os trabalhadores mais tristes. Alves Jana


DIVULGAÇÃO 21

ABRIL 2013

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

ARQUEOLOGIA NA REGIÃO

Arte Rupestre no concelho de Abrantes

A importância da Saúde Oral

O dia Mundial da Saúde Oral comemorou-se a 20 de março. Este dia foi criado como forma de aumentar a atenção dedicada à saúde oral. A data serve para colocar em evidência a importância de manter a saúde da boca durante toda a vida com os hábitos corretos de higiene oral, alimentação adequada e a vigilância adequada. Essas medidas são consideradas básicas para a manutenção de uma boca saudável, isto é, sem sinais de cáries, doenças da gengiva, dor crónica, lesões cancerosas, perda de dentes e outras doenças ou distúrbios. A Saúde Oral é fundamental para a saúde em geral, bem-estar e qualidade de vida. Uma boca saudável é condição essencial para que as pessoas possam comer, falar e socializar sem dor, des-

conforto ou embaraço. O impacto das doenças orais na vida diária das pessoas é subtil, mas real, a sua influência faz-se sentir nas nossas necessidades mais básicas, alterando o nosso dia a-dia. A prevalência e a recorrência dessas doenças na vida das pessoas constitui uma epidemia silenciosa. É portanto fundamental garantir que a ”boca”esteja sempre saudável. E é por isso que eventos como o Dia Mundial da Saúde Oral são essenciais para alertar a população sobre os riscos de negligenciar os cuidados com a sua saúde. A maioria dos estudos revela que as doenças orais têm um elevado impacto económico nas sociedades mais desenvolvidas. As melhorias significativas na saúde oral das crianças nos últimos 20-

30 anos resultam de uma intervenção contínua e sistemática que é preciso manter e atualizar, na procura constante de uma consolidação e adaptação de comportamentos adequados. A Direção Geral da Saúde e a Ordem dos Médicos Dentistas comemoraram este dia, e a Unidade de Saúde Pública do ACES Médio Tejo associou-se a este evento, lembrando a importância de se criar uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais e que essa estratégia seja construída por todos: entidades governamentais, profissionais de saúde e todos os portugueses que em conjunto podem colocar Portugal a Sorrir!

O Património da Pré-História recente do concelho de Abrantes tem vindo a ser alvo de pesquisa desde os primeiros anos deste século no que concerne, especificamente, aos trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Pré-História do Instituto Politécnico de Tomar. Este concelho é particularmente rico não só em termos de sítios que poderemos apelidar de habitat, como também de sítios de cariz funerário e de sítios que se enquadram numa outra área, a Arte Rupestre. Desta feita, o trabalho de campo que se desenvolveu no Lagar Fundeiro, freguesia

de Martinchel, constou de uma abordagem à arte rupestre implementada através dos métodos e técnicas da Arqueologia, fundindo assim as áreas da Arte e da Arqueologia numa só – a da Arqueologia Rupestre. É muito curioso observar que os signos descobertos nos grandes afloramentos de gnaisse, localizados na bacia hidrográfica do rio Zêzere, são sistematicamente os mesmos: covinhas e caneletos. Estas representações, que tipologicamente se conhecem por “covinhas”, são círculos escavados na rocha por abrasão e que possuem

variados diâmetros e profundidades. Elas podem surgir isoladamente ou em grupos, formando painéis e conjuntos que teriam naturalmente uma leitura clara e um significado para as comunidades que os produziram, mas que, infelizmente, está perdida para nós. São claramente o produto de uma intenção comunicativa inter-comunidade(s) indicando determinadas ideias ou regras que estariam à disposição de todos os que soubessem descodificar esta simbologia cognitiva.

Campanha solidária a favor do presidente de Concavada José Maria Rebelo Ferreira tem 52 anos, nasceu e cresceu na aldeia da Concavada. Desempenha funções de autarca há quase 24 anos e é Presidente da Junta de Freguesia há 12 anos. Participou ativamente na criação da sua freguesia e muito tem dedicado o seu tempo em prol do desen-

volvimento da localidade. Atualmente, o autarca encontra-se acometido de doença grave. Sónia Guerreiro, natural de Concavada, lançou uma campanha de solidariedade a favor do Presidente da Junta, que lhe permita uma deslocação à Alemanha para um tratamento on-

cológico. Entre outras manifestações de solidariedade estão previstas vendas de rifas, caminhadas e atuações musicais. Podem ser feitos contributos através do NIB 00070000-0010-9068-7412-3.

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22 CULTURA

ABRIL 2013

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

Exposição em homenagem a José Gomes

AGENDA DO MÊS

A exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes”, patente no Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Alentejo, em Vila Nova da Barquinha, tem como objetivo primordial homenagear José Gomes, “um homem íntegro”. No dia 3 de abril foi inaugurado o espaço memória José Gomes,

Abrantes

Dança Contemporânea de Olga Roriz no Cine-Teatro São Pedro, em Abrantes A Companhia Olga Roriz apresenta em Abrantes “Solos”, um espetáculo de dança contemporânea. No dia 5 de abril, pelas 21h30, sobem ao palco do CineTeatro São Pedro seis bailarinos numa criação com direção e coreografia de Olga Roriz, que apresenta uma sequência de solos com uma coesão de estilo. “Solos”, que foi concebido especialmente para um espaço cultural em Lisboa, procura revisitar vários espetáculos do reportório da Companhia: Confidencial (2004), Daqui em Diante

que recebe, até 31 de dezembro, a mostra de uma gama variada da geomorfologia da trilogia dos rios Nabão, Zêzere e Tejo, e da tipologia de sítios e de artefactos. José da Silva Gomes, um dos grandes impulsionadores da arqueologia na região do Médio Tejo, foi professor de Arqueologia no Instituto Politécnico de Tomar

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira no período horário das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30.

Arte Contemporânea em exposição no Sardoal

(2006), Inferno (2008), Nortada (2009) e Interiores (2009). A dança toma forma e sentido no corpo dos intérpretes Bruno Alexandre, Catarina Câmara, Maria Cerveira, Marta Lobato Faria, Olga Roriz e Pedro Santiago. A Companhia Olga Roriz foi fundada em 1995, caracterizando-se pelo facto de ser uma companhia de autor, com produções resultado de um intenso processo criativo, de reflexão e partilha. O preço do bilhete é de 4 euros e podem ser comprados no Posto de Turismo ou a partir das 19h do dia do espetáculo no CineTeatro S. Pedro.

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL - CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia treze de Março de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada de folhas noventa a folhas noventa e dois verso do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem traço D, na qual os Senhores, LUIS DIAS, Nif 106 527 029 e mulher MARIA DA ASCENSÃO, Nif 119 411 601, ambos naturais da freguesia e concelho de Sardoal, residentes na Rua Monte Além, n.º 4, Andreus, dita freguesia de Sardoal, vêm, justificar que são donos e legítimos possuidores dos prédios rústicos, a seguir identificados, situados na freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal: - UM: Sito em Vale Penedo, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, composto por eucaliptal, cultura arvense de sequeiro, oliveiras e horta, com a área de mil, seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Dias; do Sul com José Carvalho, do Nascente com Ribeiro do Poente com José Carvalho, inscrito na matriz sob o artigo, 54 secção P, com o valor patrimonial e atribuído de 56,46 euros, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal; - DOIS: Sito em Vale Penedo, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, composto por cultura arvense de sequeiro e oliveiras, com a área de cento e sessenta metros quadrados, a confrontar do Norte com Ricardo Dias; do Sul com António Lavrador Dias dos Santos, do Nascente com Caminho Público, e do Poente com Manuel Dias, e inscrito na matriz sob o artigo 61 secção P, com o valor patrimonial e atribuído de 2,69 euros, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial; - Que totalizam os valores patrimoniais dos prédios supra mencionados o valor de 59,15 euros, valor que é também o atribuído a esta justificação. - Que, os prédios estão inscritos na matriz em nome da herança de António Martins, a quem os adquiriram por compra verbal feita no ano de mil novecentos e noventa e um, mais exatamente ao referido António Martins e mulher Maria Carlota Mendes, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Andreus, Sardoal, sem que ficassem a dispor de titulo formal que lhes permita efetuar o respetivo registo na competente Conservatória do Registo Predial; - Que, desde logo, entraram na posse e fruição dos citados prédios, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades dos prédios, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, dos imóveis, conservando-os e mantendo os mesmos, procedendo ao seu amanho e suportando os diversos encargos com os prédios. - Que, esta posse em nome próprio, de boa-fé, pública, pacífica, contínua e do consenso que os prédios lhe pertencem, desde o dito ano de mil novecentos e noventa e um, conduziu à aquisição do direito de propriedade dos identificados imóveis, por USUCAPIÃO, o que invocam, justificando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. - Esta conforme o seu original, na parte respetiva. Sardoal, 13 de Março de 2013 A Conservadora, a exercer funções de Notário Nélia Carla Henriques Ferreira (Jornal de Abrantes, edição 5506 de Abril de 2013)

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e fundou o Núcleo de Arqueologia da Barquinha, do qual foi presidente até ao ano de 1995. Em 2012, José da Silva Gomes foi condecorado pela Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha com a atribuição da Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata, por se ter distinguido no campo social, associativo e cultural.

Seis artistas-plásticos integrados no Movimento de Arte Contemporânea (MAC) têm as suas obras expostas no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal. A mostra, que estará patente até 25 de maio, reúne trabalhos de Maria João Franco, Luísa Nogueira, Teresa Mendonça,

Paulo Canilhas, Eduardo Neves e Oliveira Tavares. O MAC é uma galeria de arte, de Lisboa, que tem por objetivo a promoção e divulgação de muitos artistas portugueses e estrangeiros, não só na arte contemporânea como noutros géneros artísticos.

Júlio Magalhães apresenta livro na Biblioteca Municipal António Botto Júlio Magalhães, diretorgeral do Porto Canal, é o próximo convidado da rubrica “Entre Nós e as Palavras”, dia 18 de abril, na Biblioteca Municipal António Botto, às 21h30. Maria de Fátima Loureiro apresenta a obra “Não Nos Roubarão a Esperança” (2012), que é retratada no cenário da Guerra Civil Espanhola para contar a história de dois irmãos portugueses, separados por convicções diferentes. Duarte e Pedro partem para o país vizinho, para combater em diferen-

tes lados da barricada. Um ao lado dos nacionalistas e o outro dos republicanos. Contudo, para além da violência e do drama do conflito, estes dois irmãos irão encontrar o amor… Júlio Magalhães foi jornalista e pivot da TVI, iniciou-se na escrita literária em 2008, aquando do lançamento do romance “Os Retornados - Um Amor Nunca Se Esquece”, sendo ainda autor de “Por Ti Resistirei”, “Um Amor em Tempos de Guerra” e “Longe do Meu Coração”.

Até 26 de abril de 2013 – Exposição “Os chapéus dos meus heróis”, 33 réplicas de chapéus de personagens da banda desenhada – Biblioteca António Botto, das 9h às 19h30 Até 15 de maio de 2013 – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Concelho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a domingo, das 10h às 18h Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos 4 de abril a 30 de junho – “Bailes”, recordar bailes antigos – Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 5 de abril a 31 de maio – Exposição “Cargaleiro. Pinturas” – Galeria Municipal de Arte 5 de abril – “Solos”, espetáculo de dança com Olga Roriz – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30 6 de abril – Ballet do Clube Náutico de Abrantes – Cine-Teatro São Pedro, às 15h 8 de abril a 12 de maio – Exposição “Projeto Igualdade de Género e não Discriminação” – Biblioteca António Botto 9 de abril – Conferência “Fernando Pessoa e a Construção de Heteronímia”, por Maria do Céu Estibeira – Biblioteca António Botto, às 18h 11 de abril – “Ler os Nossos com…” João de Matos Filipe, apresentação da obra “Cultura e Artes da Pesca Tradicional no Rio Tejo em Ortiga Mação” – Biblioteca António Botto, às 18h 12 de abril – Banda Sinfónica do Exército – Comemoração do dia da Arma e 123º Aniversário da Escola Prática de Cavalaria – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30 17 a 20 de abril – Jornadas da Juventude de Abrantes: “Emprego e empreendedorismo” – conferências, workshop, animação, concertos – Centro Histórico de Abrantes 18 de abril – Comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – Tenda Multiusos – Rossio ao Sul do Tejo, a partir das 9h30 18 de abril – “Entre Nós e as Palavras com…” Júlio Magalhães, apresentação da obra “Não Nos Roubarão a Esperança”, por Maria de Fátima Loureiro – Biblioteca António Botto, às 21h30 19 de abril – Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa – CineTeatro São Pedro, às 21h30 26 de abril – “Comemorar a Dança”, pelo Espaço Idança – Escola de Dança Contemporânea de Abrantes – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30 27 de abril – Festival de Tunas – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30 30 de abril – I Jornadas Biblioteconómicas de Abrantes: “As Bibliotecas Itinerantes” –Biblioteca António Botto, das 13h30 às 18h30 Cinema – Org. Espalhafitas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30 3 de abril – “Argo”, de Bem Affleck 10 de abril – “A Caça”, de Thomas Vinterberg 17 de abril – “Deixa-me Entrar”, de Tomas Alfredson 24 de abril – “César Deve Morrer”, de Paolo & Vittorio Taviani

Barquinha Até 3 de junho – Exposição “Pedra que rola não cria limo”, de Pedro Valdez Cardoso – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 6 de abril – Palestra “Turismo Criativo no Médio Tejo”, com Rui Carvalho - Centro Cultural, às 17h 13 de abril – Apresentação do livro “A Borboleta Zulmira”, de Daniela Rodrigues do Rosário – Biblioteca da Escola Ciência Viva 24 de abril – Comemorações do 25 de Abril – Clube de Instrução e Recreio – Moita do Norte

Constância Até 7 de abril – Exposição “Cantos e Recantos da Vila de Constância”, fotografia de fotógrafos amadores do Ribatejo – Posto de Turismo Até 30 de abril – Mostra bio-bibliografia de Jacob Grimm e Wilhelm Grimm – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill 2 a 7 de abril – 1º Ciclo Internacional de Órgão de Constância - Consultar programa específico 13 de abril a 5 de maio – Exposição “Metamorfose”, pintura de Maria Clara Lopes da Silva – Posto de Turismo 23 de abril – Dia Mundial do Livro, Maratona de Contos – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 5 de abril – “O Patinho Feio” 12 de abril – “Um Mundo Sem Fim” 19 de abril – “DVD surpresa” 26 de abril - “Capitães de Abril”

Mação EDITAL Nº 03/2013 MIGUEL JORGE ANDRADE PITA ALVES PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91 da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, se publicam as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordinária, realizada no dia 27 de fevereiro de 2013: - Designação dos representantes da Assembleia Municipal na CPCJ: (Deliberado por maioria, com treze votos a favor e cinco votos em branco, nomear os seguintes cidadãos eleitores: Sra. Jacinta Ramos, Sra. Lourdes Roldão, Sra. Inês Aparício e Sr. Luís Farinha); E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de estilo. Paços do Município de Sardoal, 11 de março de 2013 O Presidente da Assembleia Municipal Miguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

Até 17 de abril – Exposição “Entrelinhas”, caricaturas de escritores portugueses e estrangeiros, por António Antunes – Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, das 9h às 17h30, sábados das 14h30 às 17h30 5 a 7 de abril – Feira do Azeite em Ortiga – Venda de produtos regionais, música, animação de rua, exposição de fotografia e artesanato local – Instalações da Cooperativa dos Olivicultores de Ortiga

Sardoal Até 25 de maio – Exposição Coletiva de Pintura de Arte Contemporânea, trabalhos de Eduardo Santos Neves, Luísa Nogueira, Maria João Franco, Oliveira Tavares, Paulo Canilhas e Tersa Mendonça – Centro Cultural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 6 de abril – “Django Libertado” 20 de abril – “O Impossível”

Vila de Rei Até 6 de abril – Exposição “O Rosto de um Povo”, pintura de António Carvalho – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Até 30 de abril – Exposição “Concurso de Pintura e Desenho”, obras participantes no Concurso de Pintura e Desenho Padre João Maia – Museu Municipal Até 30 de abril – Centro Livro Primavera – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires


ABRIL 2013

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CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

ORAÇÃO DAS ALMAS Oh! Minhas treze almas dos aflitos a vós peço pelo amor de Deus, atendei o meu pedido minhas 13 almas dos aflitos, a vós peço pelo sangue que Jesus Cristo derramou na cruz, dai-me a vossa proteção, cobri-me com vossos braços e guarde no vosso coração e protegei-me com vosso olhar. Oh! Deus de bondade, vós sois meu advogado na vida e na morte, peço-vos, atendei aos meus pedidos, livrando-me dos males e dai-me sorte na vida, que os olhos do mal não me vejam, cortai as forças dos meus inimigos. Oh! Minhas 13 almas dos aflitos, se me fizeres que eu alcance esta graça (Pedir a graça), ficarei devoto e mandarei celebrar uma missa e também imprimir um milheiro desta oração. Rezar 13 Avé Maria. 13 Pai Nosso Durante treze dias C.L.

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