ALTAR DOS SACRIFÍCIOS

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No Altar do SacrifĂ­cio Wagner Pedro Menezes

Altar dos SacrifĂ­cios

Editora A partilha

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Wagner Pedro Menezes DEDICATÓRIA DE GRATIDÃO

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Um dia alguém de fé e coragem sem limites tocou-me nos ombros e disse em tom de desafio: “Venha comigo! Quero lhe fazer uma revelação, falar de uma experiência que pode transformar nossas vidas”. Vinte anos depois, continuávamos unidos no ideal de levar adiante aquela descoberta, fazendo palestras em qualquer cidade que nos convidasse. Só que, desta feita, fazíamos pela primeira vez uma pregação em conjunto, justamente em sua terra natal, donde um dia partira para conquistar o mundo. Do altar dos sacrifícios de sua infância, meu amigo contemplava a propriedade onde nascera, o local dos verdes parreirais de uva que um dia seu avô cultivara, o local do velho moinho de farinha de seus pais. Olhava seu semblante emocionado, seu olhar brilhando com uma lágrima de saudade... “A uva tornou-se vinho, a farinha não mais acabou”, pensei com meus botões. Era a mais pura verdade! Daquele rincão gaúcho, aureolado pela simplicidade e inusitada fé de um povo laborioso, um dia partira um jovem idealista, com o propósito de transformar sua vida em “vinho novo”. Acabou por transformar a vida de milhões, que já o ouviram falando daquela “revelação”. Aquela farinha prensada e arduamente trabalhada, que transbordava do rústico celeiro do passado... Ah! Como abarrota e transborda muitos celeiros com seu testemunho! Como alimenta não só a vida, mas a alma dos que repetem sua experiência!


Wagner Pedro Menezes Apresentação:

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Após tantos anos viajando o Brasil pregando sobre o Dízimo e a Oferta na Comunidade, como missionário, pensava saber tudo sobre o tema.Quando o Wagner me enviou seu livro para avaliação, mesmo sabendo da enorme capacidade literária desse meu irmão de caminhada e fé, não imaginava fosse ser tão extraordinário, tão delicado e generoso como é. Altar dos Sacrifícios não é um livro como outro qualquer, em que se lê, e fica-se ileso a seus reflexos e consequências. Ele arremete-nos a uma experiência sensível com os mistérios divinos partilhados nos altares da vida. Ele é um livro testemunhal, por conseguinte, arrasta-nos com sua força evangelizadora a reflexões, sobre a mais pura e inspiradora intimidade com Deus. Intimidade que se origina na sensibilização de nossos corações, depois passa à compreensão do devido lugar dos bens materiais em nossas vidas e desagua na graça vivificante da misericordia divina e na caridade gratuita, dom divino, presente celeste. Longe de ser uma leitura presa nas contextualizações bíblicas do antigo testamento, Wagner nos presenteia com o evangelho encarnado em pleno século XXI, em que pessoas como eu e você, sob a ação do Espírito Santo,dispõem-se a tornar viva a palavra que é, e gera vida. Não há quem passe pelo mundo sem que seja convidado a experimentar a dor e o amor. Lembremos que entre a Cruz e a Ressurreição, há o altar dos sacrifícios,onde nos são dipostos todas as graças e benefícios celestes, para que possamos vencer o mundo como Cristo Venceu.


No Altar do Sacrifício “ Coragem eu venci o mundo” O tema dízimo, apresentado por Wagner neste livro, é uma das mais lindas formas de compreendermos o poder transformador do verdadeiro amor. Como a flor de Lotus que nasce em meio ao lodo no Egito, nasceu esta obra de Wagner, com o a mesma missão: fazer brilhar no escuro a beleza da vida . Sei das lutas desse meu companheiro, suas dores e os enormes desafios que enfretou e enfrenta. Você optou por vencer mais uma de suas batalhas criando. Um testemunho que com certeza ajudará a muitos. Parabéns meu amigo, que o Deus da vida e o Espírito que te inspirou nesta tarefa, possam te acompanhar ainda em muitos outros trabalhos. A vocês caros leitores, o que posso dizer senão que: desfrutem dessa benção, com os corações abertos à mudanças, que com certeza ocorrerão.

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INTRODUÇÃO:

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Dinheiro e fé se misturam? Eis uma questão não tão simples de ser respondida. O aspecto financeiro, na vida de uma pessoa de fé, traz consigo uma luz vermelha, um sinalizador para sua consciência, mormente quando alcança certo status ou sucesso na profissão. Não há como ignorar tal sinal de advertência, quando a sociedade em que vive está alicerçada sobre gritante disparidade social e injusta distribuição de rendas. Soa-lhe ao ouvido o clássico exemplo do camelo e sua agulha. Como alcançar a prosperidade sem perder o Reino dos Céus? Eu lhe asseguro, a resposta está neste livro. Uma descoberta suada, lenta, que consegui ao longo de quase duas décadas de muitas experiências e aprendizado com o povo, mas especialmente, que encontrei na imersão de um estudo bíblico aliado à vida de muitos personagens, do passado e do presente. Uma experiência que resolvi viver. A princípio, você pode estar se perguntando: Terá esse autor a chave do sucesso? Depende do que você entende por sucesso. Se o que você almeja é apenas o sucesso material, por favor, não perca seu precioso tempo, não leia esse livro. Pare por aqui mesmo! Agora, se em sua vida, o sucesso que almeja é concebido com


No Altar do Sacrifício um mínimo de paz de espírito, coerência com sua fé, sintonia com os Planos de Deus, então continue. Estamos falando a mesma língua. Aqui poderemos misturar fé e dinheiro, a vida material e espiritual, a sua vontade e a vontade Daquele que o fez alguém na vida. A pessoa de fé é aquela que busca crescimento, que faz render seus dons, multiplica seus talentos (na época de Cristo, uma espécie de moeda financeira) e sai em busca da plenitude oferecida por Deus, não só neste reino, porém, com maiores ansiedades, também no Reino dos Céus. Então o autor é alguém bem sucedido? Se você me pergunta sobre o aspecto material, talvez não. Para ser sincero, escrevi este livro numa das mais difíceis fases de minha vida financeira, com problemas aparentemente insolúveis, mas que foram se resolvendo à medida que fazia minha parte da melhor forma possível e entregava nas mãos da Providência as questões em aberto. O próprio livro nasceu dessa experiência de dor e abandono, quando oferecia a Deus o pouco que me restava; colocava meus dons a serviço! O resto, bem o resto Deus cuidaria. E vem cuidando, desde então, pois que as respostas se sucedem dia-a-dia, às vezes não da maneira desejada, mas seguramente de forma santificada. O que não percebemos ou propositadamente ignoramos, é que nossas vontades e ambições não estão em sintonia com o projeto de Deus em nossas vidas. Agora, no aspecto espiritual, posso lhe afirmar com segurança: Deus se manifesta prodigiosamente e acumula de bens aqueles que fazem de seus projetos uma extensão e complemento da vontade divina. É exatamente esse aspecto – que não valorizamos ou desconsideramos como essencial na busca do sucesso almejado – que nos é oferecido em abundância, sem sequer nossa percepção

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e gratidão. Os patriarcas bíblicos foram exaustivamente agraciados por Deus, não apenas na questão material, na abundância de seus descendentes, na conquista de terras para seu povo, mas especialmente na predileção e proteção divinas. Se você quer ser um destes, quer se igualar aos maiores reis da história bíblica, transformar sua vida de forma radical, libertar-se por completo das preocupações triviais, que só nos roubam o prazer de uma vida digna, mais amena e santa, venha comigo! Acompanhe-me nestas páginas, que lhe revelarei o segredo. Mostrar-lhe-ei um dízimo apenas. Uma pequenina parcela de uma experiência que também pode ser sua. Não se assuste, mas a


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UM DESAFIO PARA TODOS 11 Minha primeira pregação sobre o dízimo foi na Estância Turística de Campos Novos Paulista, diocese de Assis, no ano de 1988. Antes, já fazia parte do Instituto Meac, viajando pelo Brasil com outras atividades de animação missionária. Para mim, o dízimo era ainda um desafio, não só pessoal, mas, sobretudo comunitário. Vinha de encontro a uma necessidade gritante da Igreja, cujo aspecto financeiro exigia uma ação rápida e eficaz. Nosso Instituto aceitou esse desafio. Quando cheguei à paróquia de Campos Novos, encontrei lá um velho amigo de infância e colega de estudos, Padre Afonso Maurílio. Sempre sorridente e acolhedor, mostrou-se constrangido naquele dia desculpando-se por não me oferecer, em sua cozinha, nem mesmo um café. “Vamos andar por aí, Wagner! Quem sabe alguém nos ofereça um almoço!”, desafiou-me já à porta. O padre se alimentava da caridade alheia. Como em todos os nossos trabalhos, a paróquia adquiriu certa quantidade do livro Dízimo e Oferta na Comunidade, como instrumento de conscientização a ser


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distribuído durante as celebrações. Ao final dos trabalhos, Pe Maurílio, mais uma vez constrangido, confessou-me: “Sabe Wagner, não tenho dinheiro para pagar esses livros. Mas trouxe você aqui porque acredito na promessa de Deus, no desafio do dízimo como experiência comunitária. Vou pagá-los com um cheque pré-datado. Vou aguardar a resposta de Deus”. Uma semana depois, Pe Maurílio me telefonava autorizando o desconto do cheque. - Mas como? Você já conseguiu o dinheiro? -Você disse para confiar, não foi? Pois então? Durante a semana, uma pessoa me pediu que celebrasse uma missa em sua fazenda. Fui e celebrei. Fiquei conhecendo uma família maravilhosa, que residia na capital e só de vez em quando vinha até à fazenda. Naquela semana, resolveram celebrar uma missa de ação de graças... Quando voltava para casa, o fazendeiro colocou um envelope no bolso de minha camisa. Ao abrí-lo, aqui em casa, encontrei nele um cheque no valor exato do cheque que lhe dei! Assim começava minha longa caminhada de animação do dízimo pelo Brasil, uma coletânea de experiências, aprendizado, testemunhos e milagres. É claro que o aspecto financeiro está sempre presente, mas não é a chave desse desafio. Considero-o, inclusive, uma experiência secundária, tentadora sim, mas perigosa, pois essas não são as únicas bênçãos que podemos buscar e merecer dos “reservatórios dos céus”. Talvez seja a última na escala de nossos merecimentos. O desafio que Deus nos faz, quando devolvemos seu dízimo com fidelidade, passa por uma avaliação de nossas necessidades reais e primordiais, desde o campo das necessidades da alma, a questão psicológica, o aspecto de saúde, os conflitos pessoais, a multiplicação dos dons, o crescimento intelectual


No Altar do Sacrifício e, talvez por último, o problema financeiro. No entanto, todas essas graças e bênçãos estão lá, à espera de uma atitude de desprendimento nosso; de uma solicitação, um pedido que não se limite aos interesses pessoais, individualistas, egoístas de nossa sede de bem viver, mas que possuam ao menos um pouco de visão coletiva; que se estenda ao bem estar e benefício não só pessoal, mas por primeiro daqueles que fazem parte de nossa existência, nossa vida comunitária. Quando lemos sobre o desafio do dízimo, numa clássica passagem de Malaquias (3,10), um detalhe não pode fugir à nossa reflexão: Deus não nos fala no singular e nem promete a uma única pessoa, mas ao povo. Congrega a comunidade, a todos, para acreditarem em suas promessas. “E vereis se não vos abro os reservatórios dos céus, e derramo minhas bênçãos sobre vós”. Portanto, o dízimo é um desafio comunitário. Não é uma experiência isolada, egoísta, interesseira, pois que seu mecanismo de ação exige a participação de todos. “Vós, o povo todo”. Agora, quando nossa vida de fé está em sintonia com os planos de Deus, quando olha para as necessidades de seu povo e se mobiliza na ação de transformar esse mundo, de promover esse povo, de buscar a salvação não só pessoal (ninguém se salvará sozinho), mas de todos aqueles que caminham conosco, então a história será diferente. Aqui o dízimo é um desafio pessoal. Veremos, mais adiante.

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O DINHEIRO NÃO COMPRA TUDO Há muitos que fazem sua opção pelo dízimo como se fizessem uma aposta qualquer numa casa lotérica. Jogam com a gratuidade dos céus. “Quem sabe dou sorte!”. Visam a multiplicação do dinheiro investido, calcados na promessa literal de Deus em Malaquias: “...derramarei minhas bênçãos, abrirei as cascatas dos céus, darei mais do que precisas, além do necessário”. São as raposas do altar. Negociam com Deus a multiplicação de suas posses como se o altar fosse um balcão de investimentos, uma banca de apostas. Talvez até o seja, porém numa perspectiva muito mais rentável do que as mesquinhas aspirações humanas. O dinheiro, as riquezas e até mesmo os poderes das autoridades humanas revestem-se de uma responsabilidade maior diante de Deus. Seremos julgados com critérios diferenciados, mais rigorosos quando houver privilégios adquiridos e sobre os quais pesarão a maneira como conduzimos a administração dos bens recebidos. Ilustra claramente a


No Altar do Sacrifício parábola do administrador infiel, que você encontrará no capítulo 16 do evangelho de Lucas. O dinheiro é peso sobre os ombros. Configura-se como uma responsabilidade a mais, da qual prestaremos conta em nosso juízo. “Dinheiro na mão é vendaval”, diz a canção popular. Uma verdade objetiva para nos dizer que dinheiro fácil qualquer brisa pode levar ou provocar uma tempestade em nossas ambições desmedidas. Quem não suar a camisa na aquisição de seus bens, não fizer de seu trabalho um ato de louvor a Deus, não santificar o seu ganho com a força de um salário justo aos olhos de Deus, dia mais, dia menos, verá tudo ser levado pelos turbilhões de um descuido ocasional. Um outro exemplo é a lei do menor esforço. Você conhece alguém que tenha ganhado altas somas em dinheiro, seja numa loteria ou jogatina qualquer, prosperar financeiramente? São raras as exceções, mas a grande maioria volta logo à estaca zero. Não consegue administrar aquilo que nada custou ao seu esforço pessoal, que nada representou para sua história de vida, sua luta árdua para sobreviver. É também o caso de muitas heranças que se dissipam rapidamente, logo após o inventário. Deus rejeita o dinheiro fácil. A questão financeira na vida cristã deve estar associada ao suor e sacrifício. Afinal, nossa fé é herança da doação total de um homem, cuja meta única foi trabalhar arduamente a seara que o Pai lhe confiou. Rejeitou o dinheiro, a paga humana, o poder, para oferecer a única riqueza que possuía, o único bem que sua história primorosa escreveu, sua vida. Moldouse à vontade Daquele que colocou o mundo a seus pés. A vida de Jesus foi a odisséia do maior dos operários, o carpinteiro que trabalhou com perfeição as duras tábuas do coração humano.

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Dinheiro algum se sobrepõe a esses valores, a essa visão amplamente infinita que deveríamos ter, quando nossa existência busca somente “um tesouro nos céus”. A história do jovem rico é uma das passagens mais decepcionantes, desconcertante até, contadas por Jesus. Tudo lhe era favorável: sua fé, seu comportamento religioso, a prática dos mandamentos, a observância das leis, tudo, tudo. Mas, ao ser convidado a libertar-se de seu dinheiro, cabisbaixo, o jovem se afastou de Cristo. Esse é o dilema humano diante do altar dos sacrifícios. Temos muitas posses, muitos bens e valores que não necessariamente o dinheiro, mas que representam para nós o grande tesouro do qual não nos desvencilhamos com facilidade. Poderia citar o apego às nossas idéias pré-concebidas, a cultura moldada sobre pedestais de uma falsa intelectualidade, rotinas que nos são preciosas, passatempos, vícios, hábitos dos quais não abrimos mão, busca de sucessos pessoais sem a preocupação com os insucessos do irmão ao lado e assim por diante. “Vai, vende tudo o que tem”. Essa barreira do desapego inibe nossa naturalidade diante de Deus. Para muitos, seria mais simples se o dízimo fosse apenas dinheiro! No entanto, o banco de Deus prioriza mais seu “cartão de crédito” com Ele. Parcela suas dívidas, financia seu futuro, avaliando não as cifras do dinheiro, mas o saldo de sua conta corrente, o livro caixa de seu coração atento ou não às riquezas que o Pai lhe confiou. Alguém já falou: o dinheiro é um mal necessário. Diria eu, o dinheiro é um bem necessário. O desafio do cristão consiste em purificar, santificar os bens que Deus lhe concede. Seja através da responsável administração e multiplicação destes, seja na construção de canais que possibilitem um uso social de seus bens, ou mesmo no uso


No Altar do Sacrifício pessoal que faz de seu dinheiro, Deus-Pai, o Senhor de tudo, lhe pedirá contas um dia. O importante é não perder de vista a responsabilidade, a cobrança que lhe será feita pelo bom uso ou não, omissão ou multiplicação, dissolução ou administração confiável, de tudo o que acumulou na vida. O problema não é o dinheiro, mas a maneira como você o consegue e utiliza. Uma das colocações mais gratificantes que já ouvi, quando abordava o assunto em uma das muitas animações do dízimo que fiz pelo Brasil, foi o desabafo sereno de um dos ouvintes: “Hoje descobri que o dinheiro também pode ser santificado!” Bela descoberta! Exatamente a mensagem central da parábola do administrador, quando Jesus nos exorta a usar os bens terrenos sem injustiça sobre os irmãos e nem irresponsabilidade com os seus bens. “Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro”. O meio termo, a consciência de que nada na terra nos pertence, mas tudo está sob nossa administração, é a ótica de Jesus.

Quando damos o dízimo do dinheiro, estamos devolvendo um pouco do muito que Deus depositou em nossas mãos. Se o fizermos com arrogância ou

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Wagner Pedro Menezes esperando reconhecimentos públicos ou mesmo recompensas celestiais, não estamos devolvendo a Deus, mas cobrando Dele. Não temos esse direito. Dízimo apenas do dinheiro, qualquer ateu pode oferecer. Basta tê-lo.

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O ACOLHIMENTO É PATERNIDADE Ainda no primeiro ano de minhas pregações sobre o dízimo, em julho de 1989, fui convidado a animar a paróquia da cidade de São Sebastião das Amoreiras, no interior do Estado do Paraná. Lá chegando, procurei a casa do padre. Indicaram-me um casarão assobradado, quase em ruínas, com escoras nas paredes e vidros estilhaçados, sem falar na pintura inexistente. Fiquei em dúvidas. Seria ali a casa do padre? Ao bater palmas, um bando de crianças veio me receber. E, sorridentes, me confirmaram: “É aqui mesmo!” Enquanto meu filho caçula, o Vinícius, e eu, indecisos, fomos conduzidos ao interior da casa por crianças acolhedoras e felizes, um turbilhão de perguntas


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