Reflexão sobre o Catecismo da Igreja Católica para a família

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Padre José Carlos Pereira, CP

Reflexão sobre o Catecismo da Igreja Católica para a família

Padre José Carlos Pereira, CP

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Sumário

Observações preliminares.......................................................................5 O prólogo do catecismo - porta de acesso à obra....................................9 Primeira parte - A profissão de fé........................................................15 Primeira Seção: “Eu creio” – “Nós cremos”........................................16 Segunda Seção: A profissão da fé cristã...............................................24 Exercícios de aprofundamento do credo...............................................36 Segunda parte - a celebração do mistério de cristo..............................38 Primeira Seção: A Economia sacramental............................................38 Segunda seção: Os sete sacramentos da Igreja.....................................41 Exercícios de aprofundamento dos sete sacramentos...........................49 Terceira parte - A vida em cristo.........................................................51 Primeira Seção: A vocação do homem: a vida no Espírito...................51 Segunda seção: Os dez mandamentos..................................................56 Exercícios de aprofundamento dos dez mandamentos.........................59 Quarta parte - A oração cristã..............................................................61 Primeira Seção: A oração na vida cristã...............................................61 Segunda seção: A oração do Senhor: “Pai Nosso!”..............................65 Exercícios de aprofundamento do “pai nosso”.....................................68 Considerações finais.............................................................................70 Sugestões bibliográficas para aprofundar os temas..............................72 4

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OBSERVAÇÕES PRELIMINARES O Catecismo da Igreja Católica está dividido em quatro partes que servem como eixo para guiar a nossa fé, conforme indicou o Papa Bento XVI na Carta Apostólica PORTA FIDEI, de 11 de outubro de 2011, onde ele tece importantes considerações sobre o Catecismo da Igreja Católica como um dos principais instrumentos de formação cristã e fortalecimento da fé. Nesta Carta Apostólica, com a qual se proclamou o ano da fé, o Papa recorda que o Catecismo da Igreja Católica é um subsídio precioso e indispensável para se chegar a um conhecimento sistemático da fé.1 É, portanto, uma ferramenta indispensável. À vista disso, pretendemos aqui retomar o Catecismo da Igreja Católica, sob o viés da Carta Apostólica Porta Fidei e simplificá-lo, de modo que contribua para alcançar o objetivo proposto pelo Papa para o ano da Fé. Para isso, perseguiremos três metas fundamentais: informar – formar – transformar. Ao mesmo tempo, estas metas servirão de método para entender o Catecismo da Igreja Católica e sua estrutura. Entender para melhor colocá-lo em prática a serviço da fé, eis um dos propósitos deste subsídio. Destas metas se desdobrarão os procedimentos que ajudarão a firmar na fé cada batizado, tornando-o, assim, um cristão consciente do seu compromisso eclesial, individual e comunitário. A primeira parte deste subsídio tem como objetivo informar, ou seja, explicar de modo simplificado, parte por parte, a estrutura do Catecismo da Igreja Católica. A segunda parte visa ser um recurso para ajudar na formação (formar) dos fiéis, ajudando-os na consolidação da sua fé. Para isso, propomos uma espécie de “leitura orante do Catecismo da Igreja 1 Cf. Carta Apostólica sob forma de Motu Próprio Porta Fidei do Sumo Pontífice Bento XVI com a qual se proclama o ano da fé. São Paulo, Paulinas, 2011, p. 16, nº 11. Padre José Carlos Pereira, CP

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Católica, cujo objetivo é atingir a terceira e última meta: transformar. Assim, o subsídio ora proposto tem como objetivo a evangelização para a transmissão da fé, tornando cada fiel um verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo, como pediu a Conferência de Aparecida e Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos (outubro/2012). Antes, porém, quero destacar a importância dada ao Catecismo na Carta Apostólica Porta Fidei que serve como porta de acesso ao Catecismo da Igreja. Nesta Carta2 o Papa Bento XVI recorda os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.3 Sua publicação teve como objetivo, entre outras coisas, “ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé”.4 Destacou que o desejo dos Bispos era de que o Catecismo fosse um instrumento a serviço da catequese (idem) e, com isso, queremos que esse subsídio seja também um instrumento da catequese e sirva como “porta” para o Catecismo da Igreja. Vale lembrar que antigamente a catequese era conhecida como “catecismo”. Essa expressão é oportuna porque remete diretamente a este Compêndio das doutrinas da Igreja Católica, o qual é essencial para a formação dos batizados e a consolidação da fé, dentro da Igreja, comprometido com ela, conforme lembrou o Papa na Carta Apostólica Porta Fidei, ao referir-se ao Catecismo da Igreja: “‘Eu creio’: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Batismo. ‘Nós cremos’: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. ‘Eu creio’: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: ‘Eu creio’, ‘Nós cremos’”.5 Assim, “a profissão de fé é um ato simultaneamente pessoal e comunitário”, afirma Bento XVI, lembrando a primeira parte do Catecismo da Igreja Católica, que enfatiza a profissão de fé, como veremos mais adiante, na primeira parte deste subsídio. Como foi dito anteriormente, a Carta Apostólica Porta Fidei (nº 11) acentua a importância do Catecismo da Igreja Católica como um subsí2 3 4 5 6

Cf. nº 4, pp. 5-6. O catecismo da Igreja Católica tornou-se público em 11 de outubro de 1992. Cf. Carta Apostólica Porta Fidei, nº. 4, p. 6. Cf. Catecismo da Igreja Católica, nº 167, p. 55. In. Carta Apostólica Porta Fidei, nº 10, p. 15.

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dio precioso e indispensável para um conhecimento sistemático da fé. Assim, o documento que inaugura o ano da fé, tem neste Catecismo o seu maior aliado. Sua importância é tanta que o Papa classifica o Catecismo como “um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II”. Tão importante que Bento XVI retoma o que escreveu João Paulo II, por ocasião da abertura do trigésimo aniversário deste Concílio, sobre o papel do Catecismo no processo de renovação da vida eclesial, destacando a sua importância como compêndio de normas seguras para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial.6 Estas normas devem ser retomadas e aprofundadas em todos os setores de nossa Igreja, inclusive na catequese e na formação dos agentes de pastoral leigos e consagrados. Assim, o ano da fé é uma proposta oportuna para retomar o Catecismo da Igreja Católica e valorizar a riqueza nele contida. Riqueza esta da qual damos uma amostra, como “aperitivo” para aguçar o desejo de aprofundá-lo e extrair dele aquilo que ele tem de melhor para a nossa fé. Assim, este livreto busca dar um contributo em prol da redescoberta e do estudo deste importante documento da Igreja, o qual, segundo o Papa Bento XVI, é uma síntese sistemática e orgânica dos conteúdos fundamentais da fé (cf. Porta Fidei, n. 11). Segundo Bento XVI, no Catecismo da Igreja Católica “sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história” (idem). É, segundo ele, uma “memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé” (idem). Deste modo, conhecer o Catecismo da Igreja e se esforçar para vivenciar seus ensinamentos são meios seguros de abastecimento da fé, pois ele é inteiramente fundamentado na Palavra de Deus e na tradição da Igreja, sempre coerente com os seus princípios. Este subsídio tem como propósito, entre outras coisas, destacar a estrutura do Catecismo da Igreja. Estrutura esta, que, segundo Bento XVI, “apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária” (idem). Com base na Carta Apostólica Porta Fidei, o grande desafio aqui é mostrar que o conteúdo do Catecismo da Igreja Católica 6 Cf. João Paulo II. Constituição Apostólica Fidei depositum (11 de outubro de 1992): AAS 86 (1994), 115 e 117. In: Carta Apostólica sob forma de Motu Próprio Porta Fidei, n. 11, p. 16. Padre José Carlos Pereira, CP

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“não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja” (idem), e isso se dá de diversas maneiras, dentre elas, pela profissão de fé e pela vida sacramental, embasadas na liturgia, na qual Cristo, neste processo de construção da sua Igreja, opera. Assim, o Catecismo da Igreja Católica, “é um verdadeiro apoio da fé”, afirma a Carta Apostólica do Papa (nº 12). Esse apoio da fé está aqui sintetizado, cujo objetivo continua sendo o mesmo: ser um instrumento que dê sustentação à fé, servindo de subsídio para a formação dos catequistas e demais agentes de pastoral, leigos e consagrados, como dissemos no início, porque esses agentes de pastoral são “os que têm a peito a formação dos cristãos” (idem), afirma o Papa Bento XVI. Assim sendo, vejamos de modo sucinto, parte por parte, o Catecismo da Igreja Católica, e o que ele tem de essencial para a formação cristã e o fortalecimento da nossa fé.

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O PRÓLOGO DO CATECISMO PORTA DE ACESSO À OBRA Conforme foi dito no início, o Catecismo da Igreja Católica está dividido em quatro partes. Estas partes que formam um todo indivisível. A divisão é apenas didática, pois cada parte está estreitamente vinculada uma à outra, formando um único bloco, que consiste no conjunto completo da Doutrina da Igreja intitulada Catecismo da Igreja Católica. Estas partes funcionam como são uma espécie de colunas ou pilares, que sustentam o edifício de nossa fé e estão articuladas entre si. Se uma delas estiver comprometida, ela poderá afetar as outras, comprometendo, assim, toda a estrutura da fé. Desse modo, há que cuidar de todas, indistintamente. São elas: o Símbolo; os Sacramentos; os Mandamentos e a Oração. O Símbolo é a nossa profissão de fé. Aquela profissão que fazemos durante as Missas dominicais, conhecida também como “Creio” ou “Credo”. Às vezes a fórmula é recitada tão mecanicamente que não percebemos a sua importância para a fé e para a vida da Igreja. Porém, sua grandeza é tamanha que o Catecismo da Igreja dedica toda a sua primeira parte a este tema. Ele é, portanto, o conteúdo desta primeira parte, o primeiro pilar ou coluna desta obra monumental que é o Catecismo da Igreja e que vamos tratar de modo resumido, com indicações de como vivê-lo no dia a dia de nossa prática religiosa e no exercício de nossa fé Católica, Apostólica e Romana. Os sacramentos compõem a segunda parte do Catecismo. Eles são a “espinha dorsal” da Igreja. Tudo gira em torno deles e eles, por sua vez, comandam toda a nossa vida religiosa, nossa fé, desde o nascimento até a morte, figurado nos sete sacramentos. Três deles (Batismo, Eucaristia Padre José Carlos Pereira, CP

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e Crisma) fazem parte da iniciação cristã. A penitência é o sacramento que nos acompanha em todos os momentos da nossa vida, revelando a misericórdia de Deus diante de nossas fraquezas. O matrimônio e a Ordem são sacramentos da maturidade cristã, da escolha que fazemos na vida, enfim, da nossa vocação. E, por fim, a Unção dos Enfermos, que é classificada como um sacramento de cura, que nos fortalece para enfrentar as enfermidades e prepara para a eternidade. Enfim, “a segunda parte do Catecismo expõe como a salvação de Deus, realizada uma vez por todas por Cristo Jesus e pelo Espírito Santo, se toma presente nas ações sagradas da liturgia da Igreja (Seção 1), particularmente nos sete sacramentos (Seção II)”.7 A terceira parte do Catecismo trata da vida de fé propriamente dita. É o “coração” do Catecismo. Aqui é dado enfoque aos mandamentos de Deus. Os dez mandamentos são os norteadores de uma caminhada de fé que culmina no fim último do ser humano, que é conformar a sua vida à imagem e semelhança de Deus. O caminho para se atingir esse objetivo são as bem-aventuranças. Elas são a promulgação dos mandamentos de Deus a partir do Novo Testamento, na pessoa de Jesus Cristo e de seus discípulos de ontem e de hoje. Nesta terceira parte aprendemos o reto agir, na caridade e na liberdade de filhos e filhas de Deus. A quarta e última parte do Catecismo enfatiza a importância da oração, através da oração das orações, como disse Santo Agostinho, o Pai-Nosso. Aqui é tratado sobre o valor da oração na vida dos que creem. Cada uma das sete petições da oração do Pai-Nosso é alento para a nossa fé e nos dá esperança. “Com efeito, nesses sete pedidos encontramos o conjunto dos bens que devemos esperar e que nosso Pai celeste quer conceder-nos”.8 Vejamos um organograma que ajuda a entender a estrutura do Catecismo da Igreja Católica e a utilizá-lo melhor no processo formativo pessoal e comunitário. Esse organograma ilustra como estão organizados os temas e nos dá uma noção de conjunto da obra.

7 Cf. Catecismo da Igreja Católica, p. 16, nº 15. 8 Idem, p. 16. 10

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PRÓLOGO

1º Parte A Profissão de Fé O Credo

2º Parte Os sete sacramentos

3º Parte Os dez Mandamentos

4º Parte A Oração – O “Pai Nosso”

Estrutura do prólogo: no prólogo, o Catecismo enfatiza seis pontos fundamentais que oferecem um resumo de toda a obra. É como se estivéssemos diante de um índice comentado do Catecismo. Ele está distribuído da seguinte maneira: I - A vida do Homem Conhecer e amar a Deus

II - Transmitir a fé A catequese

III - O objetivo e os destinatários do Catecismo

IV - A estrutura do Catecismo

V - Indicações práticas para o uso do Catecismo

VI - As adaptações necessárias

Assim sendo, o Catecismo inicia colocando-nos diante de Deus: o ser humano e a sua relação com Deus. Não somos apenas seres sociais, somos seres criados à imagem e semelhança de Deus e, portanto, criaturas que se relacionam com seu criador. Desse modo, o primeiro passo é conhecer a Deus e esse conhecimento se dá através do amor que se Padre José Carlos Pereira, CP

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concretiza nas nossas obras. Assim, “todos os fiéis de Cristo são chamados a transmiti-lo de geração em geração, anunciando a fé, vivendo-a na partilha fraterna e celebrando-a na liturgia e na oração”.9 Em seguida é dada ênfase ao tema da fé. Como transmitir a fé? O meio mais eficaz de transmitir a fé é a catequese. Assim, este segundo passo acentua a importância da catequese como instrumento de transmissão da fé. A Catequese não é composta somente daquelas etapas tradicionais que nós conhecemos na nossa paróquia, mas é o ensinamento da Igreja como um todo. Assim, o Catecismo acentua que catequese é “o conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar as pessoas a crerem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, por meio da fé, tenham a vida em nome dele, para educá-los e instruí-los nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo”.10 É, portanto, educação da fé em todas as etapas da vida e não apenas na infância. Porém, em certas etapas da vida ela precisa ser dada de maneira orgânica, mais sistemática, pois tem a função e o papel de iniciar na vida cristã. Deste modo, o Catecismo da Igreja chama a atenção dos catequistas, aqueles que têm diretamente essa incumbência, que têm a árdua missão de articular os ensinamentos em torno de determinado número de elementos da missão pastoral da Igreja. Assim sendo, a catequese não pode prescindir dos cinco elementos que indicamos abaixo. Eles são como que os pilares de sustentação da catequese: • • • • • •

Anúncio do Evangelho ou pregação missionária para suscitar a fé; Buscas da razão de crer; Experiências de vida cristã; Celebração dos sacramentos; Integração na Comunidade eclesial; Testemunho apostólico e missionário;

Sem esses elementos básicos nenhuma catequese cumpre o seu papel de formação e consolidação da fé. 9 Cf. Idem, p.14. 10 Cf. Idem, n. 4, p. 14. 12

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O terceiro passo do prólogo foca nos destinatários da catequese, ou seja, do Catecismo. A primeira pergunta que surge diante disso é: Existe um público específico a que se destina o Catecismo e, consequentemente, a sua ação, a catequese? Podemos dizer que não, pois o conteúdo do Catecismo da Igreja é para todos os cristãos católicos, os batizados, e também para aqueles que estão se preparando para o batismo. Em primeiro lugar ele tem um objetivo a cumprir: “apresentar uma exposição orgânica e sintética dos conteúdos essenciais e fundamentais da doutrina católica tanto sobre a fé como sobre a moral, à luz do Concílio Vaticano II e do conjunto da Tradição da Igreja”.11 Este objetivo está alicerçado em quatro pilares: • • • •

Sagrada Escritura (Bíblia); Santos Padres (Patrística); Liturgia; Magistério da Igreja;

Quando trata dos destinatários do Catecismo, há aqueles que são destacados em primeiro lugar, que são os responsáveis diretos pela catequese, como dissemos acima. Quem são eles? • • •

Bispos; Presbíteros; Catequistas

Não é apenas por uma questão de hierarquia, mas porque os Bispos são os “doutores da fé e pastores da Igreja”.12 Eles têm um papel preponderante na vivência e na propagação dos ensinamentos contidos no Catecismo. Em segundo lugar estão os padres. Eles são os que vão fazer essa mediação entre o bispo, os catequistas e demais povo de Deus, os fiéis leigos. São os intermediários no processo de vivência e propagação do 11 Cf. Idem, n. 11, p 15. 12 Cf. Idem. Padre José Carlos Pereira, CP

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conteúdo do Catecismo. Por fim, porém, não menos importantes, estão os catequistas. Eles são os que têm a tarefa essencial de fazer com que o conteúdo do Catecismo seja assimilado nas bases da Igreja. Vemos, assim, que estas três categorias de agentes de pastoral cumprem, naquilo que lhes corresponde, um papel fundamental como destinatários do Catecismo da Igreja. O quarto passo do prólogo expõe aquilo que já mencionamos no início: a estrutura do Catecismo. Esta estrutura está fundamentada nos quatro “pilares” já indicados acima: • • • •

O Credo (O Símbolo); Os sacramentos; Os mandamentos (a vida de fé); O Pai-Nosso (Oração);

Com estes “pilares” de sustentação, temos uma obra pronta para a edificação da fé em todas as suas dimensões. Uma obra completa que, se conhecida e vivida, fará grandes transformações na vida do fiel católico. Com este esquema nós temos o resumo do prólogo do Catecismo, que serve como porta de acesso a toda a obra. Porém, não podemos ficar somente na porta. É preciso adentrar a ela. É o que vamos fazer a seguir, retomando, parte por parte, todo o Catecismo, tendo sempre diante de nós os objetivos da Carta Apostólica Porta Fidei, do Papa Bento XVI.

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