SAGRADA LITURGIA - Celebração da Vitória de Cristo

Page 1

Edes Andrade Pereira

Sagrada Liturgia Sagrada Liturgia celebração da vitória de Cristo 3ª edição revisada e atualizada segundo novo acordo ortográfico

Editora a Partilha 2010


Índice

9 Apresentação

11

Instituições Litúrgica

19 Ministérios exercidos pelos diáconos e acólitos

31

Gestos e posições do corpo

39

Símbolos litúrgicos

47

Objetos da celebração litúrgica


71

O espaço celebrativo

85 Cores e vestes Litúrgicas

99

Vestes eclesiásticas

105

Alguns símbolos Litúrgicos

141

Símbolos Litúrgicos ligados à natureza

145

Conclusão

147

Referências bibliográficas

149

Notas


Sagrada Liturgia - celebração da vitória de Cristo

são símbolos desperdiçados. Assim sendo, apresentarei aqui alguns símbolos que fazem parte das Celebrações Litúrgicas.

AeZ São duas letras maiúsculas do alfabeto grego (Alfa e Ômega), que são aplicadas a Cristo, Princípio e Fim de todas as coisas. De fato, quando Jesus disse a João: Ap 22,13 – A Jerusalém Messiânica. “Eu sou o Alfa e o Ômega” disse-lhe que ele era “o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.”

O Alfa e o Ômega são, respectivamente, a primeira e a última letra do alfabeto grego. Portanto, dizer que Jesus é o Alfa e o Ômega é dizer que Ele é o primeiro e o último, porque essas expressões na substância são idênticas. O fato de Jesus ter dito ser o Alfa e o Ômega confirma a sua divindade como nos atesta São João no Apocalipse ao dizer que ouviu Deus Pai afirmar quanto se segue: Ap 21,6 – A Jerusalém Celeste. Está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida …. (Ap 21,6)

Cordeiro O cordeiro é um símbolo cheio de significado, se o considerarmos à luz da Sagrada Escritura. O Nascimento do Cordeiro, na Primavera, marca a volta da vida em toda a sua pureza, beleza e fragilidade. Já visto como símbolo de renovação em todos os ritos antigos, o cordeiro era designado para ser o animal, por excelência, dos sacrifícios. Desta maneira a oferenda de Abel é agradável a Deus. Gn 4,1-5 – O rompimento da fraternidade 1 O homem se uniu a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz 40


Edes Andrade Pereira

Crucifixo Cruz é um forte símbolo para as comunidades cristãs. Lembra o Amor que amou até o fim. É necessário, importante e litúrgico ter uma Cruz com o Cristo sofrido, pendurada na parede central do presbitério, como é tão comum em nossas Igrejas. Como, também, ter sempre uma cruz processional (com o Crucificado, o Ressuscitado). A Cruz processional precede a procissão de entrada e saída da celebração; lembra que a meta da nossa vida, a cada dia, é o amor, capaz de dar a vida. Além da Cruz, outras “imagens do Cristo, de Maria e dos Santos podem compor o conjunto do espaço, desde que não sejam repetidas” (cf. IGMR, 278). Acima do altar deve existir um crucifixo para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu sacrifício redentor. Vemos em Mt 26,28, que Jesus deu a seus discípulos o sangue da aliança que será derramado por muitos para o perdão dos pecados. Mateus 26,28 – A Instituição da Eucaristia 28 Pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados. 29 Eu lhes digo: de hoje em diante não beberei desse fruto da videira, até o dia em que, com vocês, beberei o vinho novo no reino do meu Pai.

INRI São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenum Rex Iudaeorum, que em português significam: Jesus Nazareno Rei dos Judeus (cf. Mt 27,37). Estas letras foram colocadas no alto da Cruz quando Jesus estava sendo crucificado. O Evangelho de São João nos informa que essas palavras estavam escritas em três línguas: Aramaico, Latim e Grego, sobre a Cruz de Jesus ( Jo 19,19-22). Portanto, os Evangelistas constatam a presença do letreiro e fazem a tradução. São Marcos disse: “O Rei dos Judeus” 43


Edes Andrade Pereira

JHS São as iniciais das palavras latinas Iesus Hominium Salvator, que significam: Jesus Salvador dos Homens. Geralmente são empregadas nos paramentos litúrgicos, nas portas dos tabernáculos e nas Hóstias, que aliás, para as Consagradas, faz-se a seguinte leitura com estas letras: Jesus Hóstia Santa, ou Jesus Homem Santo.

Peixe O peixe é o símbolo de Cristo. No início do cristianismo, em tempos de perseguição, o peixe era o sinal que circulava entre os cristãos para representar o Salvador. É que as iniciais da palavra peixe na língua grega – “ICHTUS” significa “o peixe”. Para os cristãos acabava sendo uma linguagem codificada. Cada letra da palavra formada pela inicial, significa: Iesou Christos Theou Uios Soter, isto é: Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador. Por todas essas razões, o peixe, tema iconográfico muito difundido nos primeiros séculos, ornamentou muitas vezes as paredes das catacumbas e hoje encontra-se espalhado nos paramentos, nos objetos e nos espaços litúrgicos. Citações bíblicas: Antigo Testamento: Gn 1,26.28; 9,2; Ex 7,18.21. Dt 4,18; Sl 8,8; 105,29; Is 50,2; Ez 29,4-5; 38, 20; 47,9-10. Novo Testamento: Mt 7,10; 12,40; 13,47; 14,23; Mc 6, 38.41.43; Lc 11, 11; 24,42; Jo 21,6.8-11.13; 1 Cor 15,39.

PX Este símbolo é formado por duas letras do alfabeto grego (PX) e correspondem ao C e R português. Ajuntando as duas, formam as iniciais de CRISTÓS = Cristo, aquele que venceu o último inimigo, a Morte. Este símbolo encontramos gravado nos Paramentos Litúrgicos, nos Altares, nos Tabernáculos e nas Toalhas do Altar. 45


Edes Andrade Pereira

colocar as Partículas e Hóstias Consagradas. Portanto, é um recipiente para a conservação e distribuição das Hóstias Consagradas aos fiéis e guardadas no Sacrário.

Ânfora São vasos de vidro ou niquelados espessos que servem para colocar os Santos Óleos: Crisma - Catecúmeno - Unção dos Enfermos. Só deverão ser utilizados quando houver alguma celebração destes sacramentos. Devem ficar bem guardados para que não haja violação, profanação ou uso indevido daquilo que é sagrado, mas que sejam usados apenas por pessoas devidamente autorizadas pelo Bispo ou pelo Padre no momento da celebração. I Reis 17,12 – Em Serepta: O milagre da Farinha e do Óleo. Pela vida de Deus, respondeu a mulher, não tenho pão cozido: só tenho um punhado de farinha na panela e um pouco de óleo na ânfora; estava justamente apanhando dois pedaços de lenha para preparar esse resto para mim e meu filho, a fim de o comermos, e depois morrermos. 12

Bolsa de viático É uma pequena bolsa de pano branco, com ziper ou botão para fechá-la, ficando presa a um cordão, para pendurar ao pescoço e ser levada ao seu destino. Nesta bolsa é colocada a Teca com as Hostias Consagradas, que são conduzidas pelo Ministro Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística aos doentes, aos idosos e as outras pessoas que estão em casa impossibilitadas de se locomoverem até a Igreja ou Capela para participar das ações litúrgicas.

Bursa Era uma bolsa quadrangular que servia para 51


Sagrada Liturgia - celebração da vitória de Cristo

colocar o corporal, sobretudo quando estivesse levando o Santíssimo Sacramento para os enfermos. Esta Bursa evitava sujar, manchar ou perder o corporal que, era estendido numa mesinha e sobre ele se depositava a Âmbula ou Teca para a distribuição da Sagrada Comunhão. A Bursa era revestida de seda ou estofado segundo a cor litúrgica. Hoje em dia está em desuso.

Caldeirinha Vasilha portátil com alça, onde se coloca água benta para as diferentes aspersões litúrgicas. É sempre pequena, dourada ou prateada. Acompanha esta peça o Aspersório, que é um instrumento em forma de bastão, com o qual é aspergida água benta nas pessoas e nos objetos.

Cálice (gr. Potérion) É uma taça de metal ou outro material nobre, onde se coloca o vinho que vai ser consagrado na Eucaristia ou Santa Missa. Hoje, também, existe cálice de cerâmica que apresenta a mesma finalidade. O cálice é usado somente para a Consagração do Vinho, que é transformado verdadeiramente em o Sangue de Cristo, não devendo ser utilizado para outras finalidades.

Candelabro Grande castiçal com ramificações; a cada uma delas corresponde um foco de luz. Pode ser colocado ao lado do Santíssimo Sacramento para a adoração dos fiéis, como também nos degraus que dão acesso ao presbitério. Êxodo 25,31-32 – O Candelabro. Farás um candelabro de ouro puro; o candelabro, o seu pedestal e a sua haste serão em relevo; os seus Cálices, os seus botões e flores 52


Edes Andrade Pereira

formarão com ele uma só peça. Seis braços sairão dos seus la­dos: três braços do candelabro de um lado e três braços do candelabro do outro lado.

O candelabro de ouro era a única fonte de luz no Santo Lugar. Era mostrar a mesa dos pães da proposição e nunca ser mostrado. Permanecia aceso constantemente e nunca deixava de iluminar. Esta era uma lembrança constante de que Deus estava com o seu povo. A Bíblia diz que Deus é luz, e n’Ele não há treva alguma. Quando o apóstolo João disse, “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”.

Carrilhão O carrilhão é um sino com dois, três ou quatro badalos. Habitualmente é usado em alguns momentos litúrgicos como: na Epiclese, na hora da elevação do Corpo e do Sangue de Cristo e no momento da Doxologia. A bem da verdade, na hora da Consagração não se deve tocar nem sino, nem carrilhão, nem violão, nem teclado, nem músicas instrumentais, nem fundo musical, nem jaculatória, nem mantra... Neste momento, a assembleia celebrante deve ficar em profundo silêncio, com o olhar fixo no Corpo e no Sangue de Cristo, que estão sendo elevados e apresentados pelo presidente da celebração.

Castiçal Utensílio com apenas uma ramificação, que serve de suporte para colocar apenas uma vela, um foco de luz. Devem ser colocados dois castiçais na frente do Altar, um em cada extremo. É aconselhável que se evite colocar as velas em cima do Altar, mas ao seu lado ou à sua frente.

Chave do sacrário Segundo as prescrições da Congrega53


Sagrada Liturgia - celebração da vitória de Cristo

na âmbula e, depois da consagração, são verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Cristo, distrubuídas aos fiéis. As que não foram comungadas, chamadas de Reservas Eucarísticas, são depositadas no Sacrário para distribuição da comunhão dos enfermos ou distribuídas na missa seguinte. Mesmo partidas, e fracionadas, são o próprio Corpo de Cristo, por isso o Padre, o Diácono, os Acólitos e Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, devem tomar todo o cuidado para evitar que pessoas que não tenham consciência levem para suas casas as partículas consagradas para outras finalidades. Se caírem no chão, devem ser consumidas pelo ministro. Se o chão estiver sujo, poderão ser dissolvidas em água limpa e colocada na Pia Batismal ou noutro lugar que ninguém passe ou possa pisar. Os ministros que atendem os doentes, levam as Hóstias dentro da Teca, que deve ser protegida pela Bolsa do Viático, enrolada no corporal ou no sanguinho e nunca solta nas mãos.

Incenso O incenso é uma resina de aroma suave extraída de várias plantas, usada sobre brasas nas celebrações litúrgicas. Produz uma fumaça que sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações a Deus. O incenso é utilizado em momentos particulares das celebrações, graças ao uso do turíbulo, (um recipiente de metal que contém brasas) sobre as quais se colocam grãos de incenso para, de forma solene, incensar o altar, a cruz, o círio pascal, as oferendas, o presidente da celebração, os concelebrantes, as imagens de Cristo, os fiéis.

Issope ou aspersório O instrumento com que se faz a aspersão é chamado de Issope, porque, primitivamente, usavam para este fim, um raminho de planta que tinha esse nome. Hoje é um objeto de metal em forma de pequeno bastão, que é conhecido também como “Asperge”, ou “Aspersório” com o qual o ministro joga água benta sobre o povo 58


Edes Andrade Pereira

ou objetos. A água fica na caldeirinha, (que é uma vasilha com alça), ou pode ser posta dentro do bastão, que é um recipiente com pequenos furos em uma das pontas, por onde sai a água, quando o bastão é agitado. Também é conhecido pelos nomes de “aspergil” ou “aspersório”.

Jarra com bacia Esta jarra serve para que o presidente da celebração possa lavar as mãos como gesto de purificação. O Diácono também purifica as mãos, porque ele ajuda na distribuição da comunhão dos fiéis. Após o Presidente da celebração e o Diácono terem lavado as mãos, os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística devem lavá-las no sentido de purificação e até mesmo higiene, porque eles vão ajudar a distribuir a Sagrada Comunhão aos fiéis e as mãos têm que estar muito bem limpas.

Lavabo É um recipiente com água benta que fica nas paredes ou pilastras das Igrejas. Serve para os fiéis umedecerem os dedos e se aspergir em pedindo proteção, paz, saúde e Bênçãos Divinas. Nas Igrejas Antigas é muito comum encontrarmos, logo na entrada, uma pequena vasilha com água benta. Nos tempos hodiernos, as novas construções das Igrejas não trazem mais nas pilastras ou paredes, o lavabo com Água Benta, ficando restrito apenas aos momentos de Aspersão.

Lavatório É uma pia que fica na sacristia, tendo nela toalha e sabonete para que o Sacerdote e o Diácono possam lavar as mãos an59


Edes Andrade Pereira

presença de Cristo crucificado e ressuscitado no meio do seu povo. Ter muito cuidado para que a Cruz esteja limpa e seja colocada em cima do presbitério, ao lado do Altar, retirando apenas no término da celebração com a procissão final.

Suporte para as galhetas É um recipiente que sustenta e protege as galhetas que contém água e vinho que serão usados no momento das Oferendas. Temos várias formas de pratinhos: dourados, prateados, de madeira, de cerâmica, etc. Deve-se ter o cuidado na escolha para que seja simples, mas que exprima a beleza e que acompanhe o estilo dos outros objetos a serem usados numa celebração litúrgica.

Teca Teca (grego, théke e em latim, theca = caixinha, estojo, cofrinho). É um estojinho ou caixinha redonda, geralmente de metal, com tampa, onde se levam as Partículas Consagradas para os enfermos. Os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística a carregam numa bolsinha de couro ou de tecido para protegê-las. Ali são levadas para a comunhão dos irmãos enfermos, idosos e pessoas impossibilitadas de irem a Igreja.

Turíbulo É um vaso de metal pendurado em três correntes, que serve para colocar as brasas e incenso durante a celebração. O coroinha deve segurá-lo pelas correntes e movimentá-lo com cuidado, para que o calor das brasas acesas, sopradas pelo vento, produza fumaça perfumada pelo incenso e 67


Edes Andrade Pereira

Observem: “Não devem subir ao Ambão, o comentarista, os(as) Cantores(as), e quem dá os avisos”,22 estes devem desempenhar seu papel em um outro lugar, na estante do comentarista, que fica do lado oposto do Ambão.

Átrio O cuidado para que cada pessoa se sinta bem e seja bem acolhida, demanda uma série de serviços e espaços. A entrada ou átrio tem a função de acolher, recepcionar, preparar, predispor, informar, fazer a transição. Neste átrio, um mural, com cartazes, avisos, fotos das atividades pastorais, das ações caritativas que a celebração suscita e a comunidade promove, uma frase do Evangelho do dia, contribui para introduzir no mistério celebrado. (Guia Liturgco-Pastoral. CNBB, 2004).

Baldaquino A partir do século XVII, o baldaquino era um elemento arquitetônico de madeira, mármore ou metal, sobranceiro ao altar, em substituição ao cibório: baldaquino de São Pedro em Roma, baldaquino do Val-de-Grâce em Paris. Em algumas procissões é usado também o baldaquino móvel como proteção para os celebrantes, ou seja, uma armação transportável que sustenta o estofo e é levado por algumas pessoas.

Batistério Desde o séc. IV são conhecidas as edificações desti­nadas à administração do Batismo, quase sempre nas pro­ximidades das Igrejas principais. A menor frequência do batismo dos adultos e a supressão da imersão reduzi75


Edes Andrade Pereira

enquanto não estão no altar: cálice com a patena, âmbulas, galhetas, o missal, o lecionário, o evangeliário, manustérgio, jarra com bacia etc. É necessário uma credência perto do altar, não encostada a ele, mas num lugar discreto e de fácil acesso.

Estalas Normalmente numa Celebração Litúrgica, a equipe Arqui(diocesana) de Eventos fica responsável a preparar bem o espaço litúrgico como: ornamentação do espaço, objetos que serão utilizados na celebração (também chamados de objetos litúrgicos), lugares para os que vão exercer algum ministério na celebração (coroinhas, ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, proclamadores da Palavra, salmista), lugares para os diáconos, para os concelebrantes e para o presidente da celebração. Portanto, estalas são os bancos reservados aos membros do clero, para se acomodarem durante a celebração litúrgica.

Estante do comentarista É uma estantezinha móvel que serve de apoio para colocar livros ou folhetos de canto. Esta estante deve ficar abaixo do presbitério do lado oposto do Ambão. Serve para o comentarista, ou animador, fazer o comentário, animando e motivando a comunidade para a celebração. Esta estante deve ser diferente do Ambão, em forma e dignidade.

Estante presidencial Esta estante serve para que o presidente da celebração utilize-a em todo o Rito Inicial (da Saudação presidencial até a Coleta ou Oração do dia), na Liturgia da Palavra (Homilia, Profissão de Fé e Preces da assembleia). Na Liturgia Eucarística (Oração pós comunhão); e nos Ritos Finais (Bênção e Despedida). Segundo a Sagrada Liturgia, o presidente da celebra79


Edes Andrade Pereira

Lamparina Nas igrejas e capelas, ao lado do Sacrário, para incessantemente proclamar e reverenciar o Santíssimo Sacramento, fica acesa, dia e noite uma lamparina. Essas lamparinas simbolizam nossa fé sempre vigilante e jamais adormecida diante do Senhor. A lâmpada pode ser de azeite, de cera ou elétrica que fica diariamente junto do sacrário no qual se guarda o Santíssimo. É um sinal da presença de Cristo, a luz do mundo. Deve estar acesa sempre que houver Hóstias Consagradas no Sacrário. Pode ser usada uma vela, chama de óleo ou mesmo lâmpada elétrica.

Nave (gr: naos. Latim: navis). Refere-se ao espaço fechado de um Templo, onde se reúnem os fiéis para participar das ações litúrgicas. A nave é parte central da igreja, o corpo do Templo por onde passam as procissões nas ações litúrgicas. Também, porque pelo seu feitio e altura, parece um grande navio ou uma grande nave. Esta parte pode apresentar várias formas: pode ser retangular, quadrada ou em semi-círculo. Quase todas as igrejas têm uma só nave. Normalmente, a nave tem bancos ou cadeiras para os fiéis. Quase sempre há capelas laterais ao longo da nave.

Porta principal Toda Igreja tem uma porta principal e algumas outras portas laterais. Geralmente todos entramos pela porta principal. As procissões iniciais adentram a igreja por ela. Se estiver fechada, devemos esperar abrí-la para que a entrada dos fiéis seja solenizada, evitando as entradas pelas portas laterais. 81


Sagrada Liturgia - celebração da vitória de Cristo

ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital importância, respeitando a cultura e o costume de nosso povo e a Tradição.

Branca Simboliza a ressurreição, a vitória, a paz, a pureza, a alegria cristã e o Cristo vivo. É usada na Quinta feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o tempo Pascal, no Natal, na Festa do Senhor (exceto as da Paixão), dos Santos (quando não Mártires) nas Festas de N. Senhora.

Verde Simboliza o crescimento e a esperança que todo cristão deve professar. Usa-se em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor ou dos Santos, em que usa-se a cor da festa.

Vermelha Simboliza o fogo purificador do Espírito Santo, o sangue, o amor divino e o martírio. Por isso, é a cor de Pentecostes. Lembra também, o sangue derramado pela causa do Reino. Usa-se esta cor nas Missas de Pentecostes, no Domingo de Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira da Paixão, nas festas dos Apóstolos, dos Santos Mártires e Evangelistas.

Roxa Simboliza a preparação, penitência, conversão e a serenidade. É usado no Tempo do Advento, na Quaresma, até a Quinta-Feira da Semana Santa, nos Ofícios e Missas pelos mortos e Confissões. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, para distinguir da espiritualidade Quaresmal, que é de conversão, penitência, oração, jejum, esmola... a do Advento é feliz expectativa, de esperança, desejo da chegada do Filho de Deus que vai nascer). 86


Edes Andrade Pereira

Rosa Raramente usada nos dias de hoje, simboliza uma breve “pausa” na tristeza da Quaresma e na preparação do Advento para celebrar a alegria. O rosa pode ser usado no 3o Domingo do Advento (Gaudete) e no 4o Domingo da Quaresma (Laetare). Esses domingos são classificados, na liturgia, de domingos da Alegria, por causa do tom jubiloso de seus textos.

Preta Esta cor simboliza a morte, a dor, a tristeza e o luto. Usava-se em algumas celebrações litúrgicas como nos funerais e nas missas pelos mortos. Atualmente vem sendo substituída pela cor roxa. Está caindo em desuso a cor preta.

Vestes ou paramentos litúrgicos Os mi­nistros das celebrações litúrgicas usam, por causa de antiga tradição, determinadas vestes, diferentes das civis e geralmente conhecidas como paramentos. Devido à sua peculiaridade, dependendo da matéria, da forma, do ornamento e da cor, servem para esconder, nos ministros, a sua individualidade para ressaltar a função exercida a serviço da comunidade e a dignida­de. Além disso, a variedade dos paramentos litúrgicos manifesta a diversidade dos mi­nistérios que ocorrem no exercício da liturgia. Nos novos livros litúrgicos permaneceram raros traços de in­terpretação simbólica dos paramentos litúrgicos (e insígnias) e das suas cores. O modo como cada pessoa se veste diz muito da sua personalidade e da cultura. Na maioria das religiões, a veste é símbolo importante. Na Bíblia, Eliseu herda o Espírito do profeta Elias ao receber dele o seu manto. João Batista é apresentado no Novo Testamento como o profeta da austeridade, vestindo-se de couro e um cinto na cintura. Paulo escreve que toda pessoa batizada é revestida do Cristo. Gálatas 3,27-28. 27 Pois todos vós, que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de 87


Sagrada Liturgia - celebração da vitória de Cristo

Bento XIV – 1740 – 1758. Próspero Lambertini, nascido em Bolonha em 1675, tornou-se Arcebispo de Ancona em 1727, Cardeal em 1728 e Arcebispo de Bolonha em 1731. Após a morte de Clemente XII o Conclave o elegeu Papa, em 17 de Agosto de 1740. Morreu em Roma no dia 3 de Maio de 1758 com idade de 83 anos, sendo sepultado na Basílica de São Pedro.

A princípio, o amito envolvia a cabeça toda e só se puxava para trás nos momentos mais solenes da Missa. Simboliza a proteção divina, o revestimento de Cristo e de sua pureza. Hoje, é muito pouco usado, mas ao vestí-lo reza-se a seguinte oração: Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás. Amém.

Capa de asperge ou pluvial. Vem do (Latim Pluvia = chuva) ou (Pluviale = capa de chuva). Deriva da capa clerical e monástica dos séculos VIII e IX. Era um manto grande, aberto na frente e provido de capuz para resguardar da chuva durante as procissões. Passando a ser paramento litúrgico, sofreu diversas modificações e recebeu variados enfeites. Hoje é uma capa longa que chega aos pés do sacerdo­te para dar a Bênção do Santíssimo Sacramento, ao conduzí-lo nas procissões, nos funerais, celebração do Matrimônio e ao aspergir a assembleia. O bispo usa quando administra a Confirmação. É chamada “capa magna” ou “capa de asperge”, porque é usada também para aspergir o povo com a água benta.

Casula Casula (latim, casula = “casa pequena”, ou simplesmente “casinha”). Era um grande manto que cobria todo o corpo do Sacerdote, permitindo passar somente a cabeça. Sua função era simbolizar o 90


Edes Andrade Pereira

melhante, com mangas, que faz parte do hábito coral do bispo, vestida sobre a batina e coberta com a murça. Também os mestres de cerimônia podem usar a batina com a sobrepeliz numa ação litúrgica.

Roquete coroinha com túnica: É parecido com a sobrepeliz. Possui, porém, mangas compridas e estreitas. Deve ser usado em celebrações solenes, como nos apresenta a Instrução Geral sobre o Missal Romano n. 300. “Os ministros inferiores ao diácono podem trajar Alva ou outra veste legitimamente aprovada em cada região”.

Sobrepeliz No começo, a sobrepeliz tinha mais ou menos o tamanho da Alva. Depois foi diminuindo até que, modernamente, não vai nunca abaixo do joelho. Possui mangas largas e folgadas. Costuma ser de linho e pode ter rendas. Usam-na os clérigos, quando assistem às cerimônias da igreja ou desempenham alguma função eclesiástica. Também os seminaristas e religiosos usam a Sobrepeliz por cima da Batina para serem mestres de cerimónia durante a ação litúrgica.

Túnica Hoje existem alguns tipos de Túnica como: Túnica Alva; Túnica Morcego; Túnica Monge; Túnica com Prega; Túnica-Casula Afro Senegal; Túnica Monge Afro Mauritânia, etc. A Túnica é feita de linho ou outro tecido branco, que simboliza a pureza de coração com que o Sacerdote deve se aproximar do Altar, a mesa do Sacrifício. Representa também a Túnica branca com que Cristo foi vestido, por ordem de Herodes, para designá-lo como louco. 95


Edes Andrade Pereira

Batina Foi dito que uma simples cruz na lapela seria sinônimo de vestimenta eclesiástica, pedida pelo Cânon 284 do Código do Direito Canônico: Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais. No entanto, consultada a Comissão para a Interpretação Autêntica do Código do Direito Canônico, esta respondeu negativamente. Este é o texto: “A cruz na lapela também não o identifica, já que ela não é um hábito eclesiástico, mas um simples objeto religioso que pode ser usado por qualquer cristão”. (Março de 1994).

A veste dos clérigos é negra, representando luto ao mundo, para o qual o Sacerdote está morto. Possui um colarinho branco representando a pureza. Na frente possui trinta e três botões, representando a idade de Cristo, e nas mangas possui cinco botões representado as cinco chagas de Cristo.

Camisa clerical Esta roupa não é uma veste litúrgica, mas eclesiástica. Nela se destaca a Tala ou Pala (paleta branca de material plástico) utilizada para fechar o colarinho da camisa. Esta veste é usada por clérigos: Diáconos, Presbíteros e Bispos. É um distintivo, que serve para diferenciar o clero dos leigos. Alguns anos passados esta veste era obrigatória. Depois do Concílio Vaticano II, em 1965, tornou-se facultativa.

Clergyman O Clergyman é uma roupa eclesiástica que apenas o clero pode usar. É um conjunto que compõe: camisa clerical com a Tala ou Pala branca no pescoço, sapato preto, calça e paletó da mesma cor. Em muitas Dioceses esta prática passa despercebida, não sendo observada pe101


Edes Andrade Pereira

Ele quis temperar sua Luz inacessível. Foi numa gruta de Belém, para que Aquele que é Luz descesse até nós na sombra de sua misericórdia, no alimento sagrado, onde não somente ele esconde sua Luz, como também nos transforma Nela.

Ceia do natal A Ceia do Natal envolve muitas tradições familiares. Algumas famílias têm suas próprias receitas “secretas”, outras comem apenas os pratos natalinos tradicionais, como peru ou chester. Cada país tem em sua ceia de Natal algumas peculiaridades. Os russos, por exemplo, evitam a carne e os Jamaicanos usam e abusam das ervilhas em suas receitas para a ceia de Natal. Na Alemanha come-se carne de porco. Pratos tradicionais de tempero forte também são muito comuns durante a ceia de Natal. Na Austrália, onde as festividades natalinas acontecem durante o verão, as pessoas costumam fazer a ceia de Natal em praias. Na África do Sul, outro país que comemora o Natal durante o verão, é comum fazer a ceia em mesas colocadas do lado de fora das casas. A ceia de Natal brasileira incorporou várias receitas locais, como a rabanada e o bolinho de bacalhau, que chegou aqui com a colonização portuguesa, sem contar o Peru e o Pernil.

Coroa do advento. O que é? Entre os símbolos do ciclo do Natal, temos a coroa do Advento, que contém uma linguagem de silêncio mas que fala forte através do círculo, da luz, das cores, dos gestos correspondentes... É preparada com ramos de cipreste, de pinheiro ou de outra árvore ornamental que lembra a esperança cristã, alimentada com a proximidade do Natal e quatro velas que vão sendo acesas a cada domingo. 107


Edes Andrade Pereira

Papa João Paulo II – 1978 – 2006. Em 16 de Outubro de 1978, pela primeira vez depois de 456 anos, era eleito papa um não Italiano, o Arcebispo de Cracóvia, o Cardeal Karol Woityla. Nascido em Wadowice, em 18 de Maio de 1920, somente com enormes dificuldades pôde concluir os estudos do Ensino Médio e de Teologia, por causa da ocupação da Polônia pelos alemães, em consequência da Segunda Guerra Mundial. Ordenado presbítero em 1946, trabalhou a princípio na cura de alma, realizou estudos na Universidade de Cracóvia, em que se formou em 1953, tornou-se Bispo em 1958 e em 1964, Arcebispo de Cracóvia. Em 1967, o papa Paulo VI nomeou-o Cardeal. Em 13 de Maio de 1981, na praça de São Pedro, sofreu um atentado, em que foi gravemente ferido. Morreu em 2006.

Estandarte O estandarte é que apresenta a pastoral, o movimento, o grupo ou a entidade que vem em seguida. O seu papel é apresentar e anunciar quem vai entrar em cena, desfilar ou apresentar. Portanto, nas procissões que realizamos em nossas comunidades, é levado o estandarte do Apostolado da Oração, da Legião de Maria, dentre muitos e inúmeros outros. A Sacrosanctum Concilium diz que a Liturgia é o estandarte da Igreja, portanto a liturgia apresenta, mostra, dá a conhecer a vida celebrativa da Igreja. Conhecemos determinada Paróquia ou Comunidade pelo modo de Celebrar.

Matraca Instrumento de madeira firmado por tabuinhas movediças que se agitam manualmente produzindo um barulho surdo. É utilizada durante as celebrações litúrgicas da Semana Santa, substituindo os sinos durante este Tempo. O seu toque representa tristeza, luto, dor, recolhimento, piedade... 111


Sagrada Liturgia - celebração da vitória de Cristo

longo cachimbo. Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de trás da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos nos tempos hodiernos. a) As renas As renas são animais típicos do Pólo Norte, que segundo a lenda, puxam, no gelo, o trenó carregando o papai Noel. Esses animais são da família dos veados, cervos.

Presépio a) A História do Presépio de Natal Lucas 2,7 7 E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.

A palavra presépio significa “um lugar onde se recolhe o gado; curral, estábulo”. Ao lado do pinheirinho e dos presentes, o presépio é talvez uma das mais antigas formas de caracterização do Natal. Os cristãos já celebravam a memória do nascimento de Jesus desde finais do séc. III, mas a tradição do presépio, na sua forma atual, tem as suas origens no século XVI. Antes dessa época, o nascimento e a adoração ao Menino Jesus eram representadas de outras maneiras. As primeiras imagens do que hoje conhecemos como presépio de Natal foram criadas em mosaicos no interior de Igrejas e Templos no século VI e, no século seguinte, a primeira réplica da gruta no Ocidente foi construída em Roma. b) Presépio de Natal: o início da tradição No ano de 1223, no lugar da tradicional Celebração do Natal na Igreja, São Francisco, tentando reviver a ocasião do nascimento do Menino Jesus, festejou a véspera do Natal com os seus irmãos e 128


Edes Andrade Pereira

Estojo de missa (com 11 peças) Muitos padres têm várias comunidades, distantes umas das outras ou da Matriz. Não são raras as vezes que estas comunidades são desprovidadas dos materiais litúrgicos. Portanto, os sacerdotes devem utilizar uma pasta como esta para conduzirem alguns objetos litúrgicos necessários e indispensáveis que serão usados na Missa como: (Túnica, Estola, Cálice, Patena, Crucifixo, Âmbula, Aspersório, Corporal, Sanguinho, Galletas, os Santos Óleos para:Batismo – Crisma - Unção dos enfermos, Vela etc).

Tocha para procissão É salutar conservar o costume milenar da Igreja em fazer sempre as procissões com as imagens dos Santos e Santas. Geralmente nessas procissões são usadas tochas e lanternas para simbolizar o Cristo, Luz que ilumina todos os povos. Também relembra a noite em que Jesus foi traído. Os soldados foram ao encontro dele, sendo guiados por Judas Iscariotes, com tochas, lanças e lanternas.

Lança para bandeira Este instrmento serve para fixar a bandeira do grupo, do movimento ou pastoral de uma Paróquia ou Diocese. Quando há procissões, são levadas à frente para indicar que logo atrás estão os grupos ou movimentos pastorais alí representados, como o Apostolado da Oração, Legião de Maria, etc. É este distintivo que apresenta, de forma simbólica, os organismos pastorais da Igreja.

Cruz para Catecumenato A Cruz é símbolo de Cristo. Desse Cristo que nela morreu, mas venceu o último inimigo que é a morte. Portanto, quando a Cruz 139


Edes Andrade Pereira

do “lavabo” (abluções), e do “asperges”, este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo. A esses gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de “símbolos rituais”. A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus (Cf. Is 61,1; Lc 4,18). A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.

As cinzas As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas. Encerrando esse pequeno subsídio, guardemos então que toda a liturgia é ação simbólica. Assim, poderíamos ainda falar: do templo, da assembleia, dos sinos, do jejum, da esmola, das bênçãos, da ceia, da coroa do Advento, da palma, das flores, do anel, do canto, do abraço, da música, do cordeiro, da hóstia, dos ícones, do confessionário, do batistério, da arte sacra (em toda a sua vasta extensão) etc., como também, ainda, de tudo aquilo que diz respeito aos sentidos, tais como:

Olfato Sentimos o cheiro do incenso, das flores, respiramos o mesmo ar que os demais celebrantes;

Paladar Numa Celebração sentimos o gosto do pão e do vinho, ou seja, do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo;

Tato Nós tocamos nas outras pessoas, abraçamos, apertamos a mão 143


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.