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COMPETIÇÃO EQUILIBRADA

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Conseguir estruturar uma competição equilibrada, que não conduza a resultados muito desnivelados, de forma reiterada, é uma das componentes críticas do PEAJ. É necessário perceber claramente que, sem jogos equilibrados, ou seja, sem dificuldades ou com dificuldades excessivas, a evolução das equipas e dos jogadores fica seriamente comprometida ou atrasa-se significativamente, para além do deficit motivacional criado2 . De facto, não é com um número muito reduzido de jogos difíceis por época, que se atingem patamares de excelência, num futuro próximo.

Assim sendo, e como ponto de partida, diremos que treinadores e dirigentes, dos escalões de formação devem, sempre que possível, colocarem as suas equipas e jogadores, em quadros competitivos adequados ao seu Nível de Domínio do Jogo (NDJ), mesmo que não correspondam ao seu real escalão e isso possa hipotecar, eventualmente, a conquista de um título

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Esta problemática é particularmente relevante ao nível do escalão sub-16 (masc/fem.), onde se verifica um elevado número de jogos bastante desnivelados, com tendência a perpetuaremse ao longo de grande parte da época, em grande parte das Associações Regionais. Na grande maioria dos casos esta situação deve-se à opção por modelos competitivos desajustados (Anexo 1 e 2).

Na esfera do escalão sub-14 (masc./fem.), embora surjam resultados muito desnivelados, numa primeira fase, a tendência é de melhoria desta situação ao longo da época, por opção de modelos competitivos ajustados (Anexo 3 e 4)).

Nos restantes escalões Minis, Bambis e Manitas, a questão dos resultados desnivelados não se coloca (ou não se devia colocar) pois, por sugestão federativa, o resultado dos jogos não deve ser contabilizado. Contudo, não deixa de haver jogos desnivelados, pelo que é necessário implementar um conjunto de medidas de carácter estritamente pedagógico, já definido pela FPA, que ficam ao critério dos treinadores, tendentes a equilibrar os jogos. Complementarmente, sugiro que ao nível dos Encontros e Festand’s, deva ser garantido um espaço/tempo em que os jovens, momentaneamente sem qualquer vínculo clubístico, se defrontem agrupados pelo seu “Nível de Domínio do Jogo”. Tudo isto, obviamente, por acordo entre treinadores e dirigentes.

2 Refira-se a propósito, que esta questão já preocupava, legitimamente, há largos anos, os praticantes de “futebol de rua”, que criavam uma série de regras, no sentido de não deixar desequilibrar os desafios, de modo a não perderem o entusiasmo e a motivação (sempre a “dar luta”). Basta agora, que nos inspiremos na sua conduta, de alto valor pedagógico.

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