P o r t f รณ l i o
Miguel Ribeiro
Sumário
Capas Aberturas Capítulos Mais atitude Mais conhecimento Para relembrar
Apresentação
Francisco Miguel Ribeiro da Silva miguelribeiro.dg@outlook.com @designmiguelribeiro +55 9 9641 0549
designmiguelribeiro.wordpress.com
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epois de descobrir, explorar e transformar, o ano de saída da escola traz uma mistura de sensações para o aluno do Ensino Médio. É momento de conquistas, partidas, encontros, dúvidas... Ciclos são fechados para que novos comecem. Diante dessas e de outras possibilidades, é importante aliar o conhecimento adquirido em sala de aula à vivência do cotidiano. A escolha da profissão também pode não ser a tarefa mais simples: nesse caso, o que mais importa é a trilha a ser percorrida, e não o ponto de chegada. Neste livro, você encontrará diversos caminhos que têm o mesmo destino: o futuro. Escolhaepois o seude descobrir, explorar sem medo. Arriscar também é e transformar, o ano de saída aprender. da escola traz uma mistura de
PRÉ-UNIVERSITÁRIO LIVRO
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Vamos lá?
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Portfólio Miguel Ribeiro COLEÇÃO
<<LIVROS>>
LIVRO DO PROFESSOR
PRÉ-UNIVERSITÁRIO
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epois epois de de descobrir, descobrir, explorar explorar ee transformar, transformar, o o ano ano de de saída saída da da escola escola traz traz uma uma mistura mistura de de sensações sensações para para o o aluno aluno do do Ensino Ensino Médio. Médio. É É momento momento de de conquistas, conquistas, partidas, partidas, encontros, encontros, dúvidas... dúvidas... Ciclos Ciclos são são fechados fechados para para que que novos novos comecem. comecem. Diante Diante dessas dessas ee de de outras outras possibilidades, possibilidades, éé importante importante aliar aliar o o conhecimento conhecimento adquirido adquirido em em sala sala de de aula aula à à vivência vivência do do cotidiano. cotidiano. A A escolha escolha da da profissão profissão também também pode pode não não ser ser a a tarefa tarefa mais mais simples: simples: nesse nesse caso, caso, o o que que mais mais importa importa éé a a trilha trilha a a ser ser percorrida, percorrida, ee não não o o ponto ponto de de chegada. chegada. Neste Neste livro, livro, você você encontrará encontrará diversos diversos caminhos caminhos que que têm têm o o mesmo mesmo destino: destino: o o futuro. futuro. Escolha Escolha o o seu seu sem sem medo. medo. Arriscar Arriscar também também éé aprender. aprender.
PRÉ-UNIVERSITÁRIO LIVROS
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Vamos lá? Vamos lá?
LIVROS
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LÍNGUA PORTUGUESA
REVISÃO FINAL
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REVISÃO FINAL
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Aberturas ����������������������������
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Aberturas
CRESCER OU REPRODUZIR? EIS A QUESTÃO!
Krill-antártico (Euphausia superba) – r-estrategista: Tamanho corporal médio entre 5 e 6,5 cm; Vivem entre 2 a 7 anos; Os filhotes não recebem cuidado dos pais; Geralmente atingem a maturidade sexual aos 3 anos de idade; Produzem em média 4 filhotes por gestação; Gestação de 10 dias.
BIOLOGIA
Por que será que alguns seres vivos são tão grandes e outros, tão diminutos? E por que alguns animais têm tantos filhotes, enquanto outros têm apenas um ou dois por vez? A resposta está no gasto energético! Os seres vivos obtêm energia de diferentes formas e essa energia é consumida pelas diferentes atividades metabólicas. Algumas dessas atividades demandam mais energia do que outras. Por exemplo, crescimento e reprodução possuem um elevado gasto energético e são conhecidas como demandas conflitantes. Isso significa que algumas espécies tendem a direcionar mais energia para o crescimento, denominadas espécies K-estrategistas, enquanto outras alocam mais energia na reprodução, as r-estrategistas. Compare as estratégias de uma baleia-azul e de um krill, um crustáceo minúsculo, para compreender as diferenças entre essas estratégias.
Se você pensar em outras espécies, verá que a maioria delas não se encaixa em nenhuma das duas estratégias. Na verdade, elas possuem uma estratégia intermediária entre K e r. Independentemente de como a energia é consumida em um organismo, todos os seres vivos precisam obter essa energia de alguma maneira. Nesta unidade, você conhecerá os meios pelos quais as células obtêm energia – denominados metabolismos energéticos – e pelos quais os seres vivos se reproduzem.
Baleia-azul (Balaenoptera musculus) – K-estrategista: Tamanho corporal médio entre 25 a 27 m; Vivem entre 80 e 90 anos; Os filhotes recebem cuidado por 2 ou 3 anos; Começam a se reproduzir a partir dos 5 anos de idade; Produzem apenas 1 filhote por gestação; Gestação de 11 a 12 meses.
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Começo de conversa 1. A espécie humana (Homo sapiens) seria uma espécie K-estrategista, r-estrategista ou intermediária? 2. Relembre os conteúdos abordados ao longo deste ano e discuta com os colegas sobre quais são os principais metabolismos energéticos dos seres vivos.
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BIOLOGIA 2
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Características gerais dos mamíferos
Filo Chordata Mamíferos
Identidade dos seres vivos
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Como surgiu a lactação? A classe Mammalia (do latim mamma, que significa seio) reúne os mamíferos, animais cujas fêmeas apresentam as glândulas mamárias, que fornecem leite para amamentar os filhotes. Por isso, a lactação é uma das características mais marcantes deste grupo. As evidências sugerem que a lactação surgiu nos ancestrais dos mamíferos, animais que ainda colocavam ovos, pertencentes ao táxon Synapsida. Acreditase que glândulas sudoríparas, encontradas no ventre dos sinapsídeos, secretavam uma substância antecessora ao leite materno, e que continha água e anticorpos. Essa secreção era liberada ao redor dos ovos, sendo uma fonte de hidratação e de proteção extra para os filhotes desses animais. Neste capítulo, serão abordados as demais características gerais dos mamíferos e os principais representantes deste táxon.
Além da lactação, a endotermia é um fator primordial que permite que os mamíferos habitem os mais diversos ambientes, como as regiões polares, os trópicos, os mares, as florestas e os desertos. As evidências paleontológicas sugerem que os mamíferos apareceram no período Triássico (251-200 milhões de anos atrás), na Era Mesozoica, representados, inicialmente, por formas pequenas, cujos restos consistem, em sua maioria, em dentes e mandíbulas. Atualmente, são catalogadas cerca de 5 400 espécies de mamíferos. Os animais dessa classe apresentam grande variabilidade na forma e no tamanho e diversos nichos ecológicos. O tamanho corpóreo desses animais é bastante variável. Por exemplo, a baleia-azul, o maior mamífero, atinge trinta metros de comprimento e pode pesar 190 toneladas. O elefante africano, com três metros e meio de altura (até os ombros) e 6 600 quilos, é o maior mamífero terrestre atual. Já o musaranho-pigmeu (Suncus etruscus) e o morcego-nariz-de-porco-de-kitti (Craseonycteris thonglongyai), com cerca de três a quatro centímetros de comprimento e até dois gramas de peso, são os menores mamíferos descobertos até hoje. Algumas características típicas dos mamíferos são:
� O ouvido interno dos mamíferos é composto por três ossículos: a bigorna, o estribo e o martelo; presença de glândulas mamárias, que se tornam ativas no final da gestação por ação hormonal e � Aproduzem leite com substâncias nutritivas para a nutrição dos recém-nascidos. corpo é total ou parcialmente recoberto por pelos, que crescem de uma papila do próprio pelo � Osituada na base do folículo piloso, imerso na camada dérmica da pele. Os pelos são ricos em queratina e seu crescimento é contínuo. folículos pilosos estão ligados às glândulas sebáceas, que fornecem uma secreção oleosa para lu� Os brificar os pelos e a pele. Os mamíferos apresentam, ainda, glândulas odoríferas, que podem ter odor fétido, como nos cangambás, e glândulas sudoríparas que produzem o suor, uma secreção aquosa usada na regulação da temperatura corpórea e na excreção. Os anexos – como unhas, cascos, garras, espinhos e chifres – também podem estar presentes. diafragma, localizado entre o tórax e o abdômen, coberto com peritônio, separa o celoma � Oemmúsculo uma cavidade torácica anterior, abrigando o coração, os pulmões e a cavidade abdominal posterior com as outras vísceras. Os seus movimentos de contração e relaxamento bombeiam o ar para dentro e para fora dos pulmões. dentição é diferenciada em dentes incisivos, caninos, pré-molares e molares. Os caninos são utilizados � Apara a caça ou para a defesa; os pré-molares e molares são utilizados para cortar e esmagar alimentos,
Reconstrução de uma espécie de sinapsídeo que habitou o território brasileiro durante o Terciário Superior, o Trucidocynodon riograndensis.
já os incisivos são usados para raspar alimentos, como também para cortá-los.
Expectativas de aprendizagem
� Identificar as características próprias e exclusivas dos mamíferos.
� Conhecer as principais
ordens que formam essa classe.
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BIOLOGIA 2
Filo Chordata
Tubo nervoso dorsal oco
Protocordados
Filo Chordata
Um tubo longitudinal e dorsal ao canal alimentar, sendo a porção anterior do encéfalo. Origina-se a partir de uma invaginação da ectoderme na superfície do corpo, acima da notocorda.
Protocordados
Identidade dos seres vivos
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CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA DA NATUREZA NATUREZA EE SUAS SUAS TECNOLOGIAS TECNOLOGIAS
Notocorda Bastão fibroso, cilíndrico, com células contendo uma matriz gelatinosa, envolvidas por tecido conjuntivo. Nos anfioxos, serve como ponto de apoio para os músculos, permitindo o movimento da cauda e funcionando como esqueleto axial. Nos vertebrados, é substituída pela coluna vertebral durante o desenvolvimento embrionário, sendo derivada do mesoderma do embrião.
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Por que Cordados? O filo Chordata inclui animais que possuem grandes diferenças morfológicas entre si. Basta observar uma baleia e um sapo, ou um gavião e uma ascídia, para perceber que a diferença é discrepante. Portanto, não é incomum se questionar: por que todos esses animais são agrupados no mesmo filo? O que os une?
Uma resposta evolutiva... Durante a evolução dos cordados, as espécies pertencentes a esse grupo divergiram intensamente umas das outras. No entanto, algumas características foram conservadas evidenciando a ancestralidade comum de todas as espécies dentro desse táxon. Durante a fase embrionária denominada nêurula, por exemplo, todos os cordados apresentam o mesmo padrão básico de organização corporal, exibindo estruturas exclusivas, como as expostas a seguir.
Fendas faríngeas
Estabelecer as relações
evolutivas entre os principais grupos taxonômicos de cordados.
Também conhecidas como fendas faringianas ou branquiais, são aberturas laterais da faringe que evoluíram com função respiratória e alimentícia. Nos cordados aquáticos com respiração branquial, dão origem às brânquias dos adultos. Nos demais cordados, cujos adultos possuem respiração pulmonar, elas se fecham durante o desenvolvimento. As fendas faríngeas são formadas pela invaginação do ectoderma externo, enquanto as bolsas faríngeas, pela evaginação do endonderma que reveste a faringe.
Conhecer as relações
filogenéticas entre as principais linhagens do grupo dos protocordados.
Conhecer a morfologia,
os sistemas funcionais e a história natural desses animais.
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Expectativas de aprendizagem
Cauda musculosa pós-anal Possibilita a locomoção livre-natante por ondulação lateral do corpo, juntamente com as contrações e o relaxamento da musculatura somática, além de conferir rigidez à notocorda. Nos cordados aquáticos, serve para a natação; nos jacarés e lagartos, atua como arma de defesa e ataque; em certos primatas, a cauda é preensora, permitindo que o animal se segure nos galhos das árvores; nas aves, serve como leme durante o voo, como contrapeso ao empoleirar-se e para exibição durante o cortejo dos machos em diversas espécies. Já no ser humano, atrofia-se e forma o final da coluna vertebral (cóccix).
Essas quatro são exclusivas e diferenciais dos cordados. Neste capítulo, você irá estudar outras características desses animais. Além disso, você irá conhecer quem são os protocordados e por que eles recebem esse nome.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Características gerais dos cordados
Origem e filogenia dos cordados
O termo Chordata, que dá nome ao filo, deriva do latim chorda (corda), referindo-se à notocorda, uma das características que indicam a ancestralidade comum de todos os cordados. Além disso, esse filo inclui animais triblásticos, enterocelomados, deuterostômios, bilatérios e possuem sistema digestório completo. Os cordados são altamente distintos morfologicamente e funcionalmente, o que é resultado de um longo processo de irradiação adaptativa. Além disso, eles possuem grande diversidade de estratégias de alimentação e de reprodução, de comportamentos e de hábitats ocupados – os cordados estão presentes desde zonas oceânicas abissais até elevadas cadeias montanhosas. Certamente, os cordados são os animais mais familiares, pois os seres humanos mantêm contato direto e constante com eles através de animais domésticos, de rebanhos, de zoológicos etc. Aliás, o filo Chordata revela uma notável biodiversidade, com cerca de 64 mil espécies descritas.
O filo Chordata, assim como os filos Echinodermata e Hemichordata, possui animais deuterostomados. Isso significa que, durante o desenvolvimento embrionário desses organismos, o ânus é formado antes da boca. Por isso, esses três filos formam um táxon, Deuterostomata, o qual divergiu dos demais invertebrados (Protostomados) há aproximadamente 570 milhões de anos. Essa estimativa se baseia nos registros paleontológicos, os quais sugerem uma ampla distribuição geológica dos cordados, sendo evidentes em rochas do Período Cambriano (505 a 570 milhões de anos atrás). Uma espécie bem característica desse registro fóssil é Pikaia gracilens, considerando por diversos cientistas um dos primeiros cordados. Juntamente com inúmeros fósseis pertencentes a outros filos, Pikaia foi encontrado em rochas datadas de 500 milhões de anos atrás presentes em Colúmbia Britânica, Canadá. O nome desse conjunto de fósseis é denominado Fauna de Burgess Shale, um importante depósito fóssil. Desde o Cambriano, o grupo dos cordados tem se diversificado intensamente e hoje possui táxons bastantes distintos entre si. Nesse contexto, a classificação desses animais baseia-se na substituição do tecido conjuntivo, que forma a notocorda, por tecido ósseo. Em alguns cordados, denominados protocordados, não ocorre essa substituição, sendo a notocorda a única estrutura de sustentação do corpo. Eles são considerados cordados mais basais, pois não possuem crânio nem coluna vertebral e encontram-se distribuídos nos subfilos Cephalochordata e Urochordata. São exemplos de cefalocordados os anfioxos e de urocordados as ascídias. A hipótese filogeneticamente mais recente colocar o subfilo Urochordata como grupo-irmão de Craniata (Vertebrata), o qual inclui os cordados que possuem uma estrutura rígida, o crânio, protegendo o encéfalo. Além disso, uma característica presente na maioria dos vertebrados é a formação, nos indivíduos adultos, da coluna vertebral a partir da notocorda.
Tome nota O endóstilo é uma estrutura compartilhada pelos cordados e que está relacionada à alimentação. Localiza-se na faringe das ascídias, dos anfioxos e das larvas de lampreias. É um órgão ciliado e secreta muco, o qual conduz pequenas partículas de alimentos filtradas para o estômago. No entanto, nos demais cordados, o endóstilo dá origem à glândula tireóidea, que tem a função de produzir hormônios reguladores do metabolismo.
Ilustração representando a fauna marinha de Burgess Shale, datada do Período Cambriano. Destaque para a espécie Pikaia gracilens, à direita.
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Aberturas
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Monarquia em crise
Cai a monarquia, começa a república
D. Pedro II foi o líder que mais tempo ficou à frente do governo brasileiro: seu reinado durou 49 anos. Os últimos vinte anos desse governo foram marcados por uma série de crises que, pouco a pouco, levaram à queda da monarquia. Ao longo dessas duas décadas, D. Pedro II perdeu apoio de grupos importantes, como a elite cafeicultora, o Exército e a Igreja. Além disso, o grande custo econômico da Guerra do Paraguai (1864-1870) também pode ser citado como um dos fatores que ajudam a entender essa crise. Wikimedia Commons
Desde a década de 1920, os descendentes da família real, que governou o Brasil durante o século XIX, voltaram a viver em território brasileiro. Em 1993, ocorreu uma consulta popular, chamada de plebiscito, para decidir se o país manteria o atual regime republicano ou se o substituiria por uma monarquia. No fim da consulta, o regime republicano saiu vitorioso com 66% dos votos. Apenas 10% das pessoas votaram pelo retorno da monarquia. Em 2017, uma pesquisa de opinião feita pelo Instituto Paraná Pesquisas indicou que 85% da população brasileira é contra o retorno desse regime ao país. Essa visão negativa pode ser associada a transformações políticas e sociais que ocorreram nas últimas décadas do século XIX, quando a monarquia recebeu críticas de diferentes setores da sociedade brasileira. Nesse período, ela foi associada à crise econômica e à dificuldade em modernizar o país. Isso provocou um lento desgaste do governo de D. Pedro II e motivou um golpe militar em 1889, instaurando a república no país. Neste capítulo, você verá como essa transição aconteceu.
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A criação de leis que restringiam a escravidão no país também motivou muitas críticas ao governo. Dentre elas, estavam a Lei do Ventre Livre, de 1871, e a Lei dos Sexagenários, de 1885. Contrários à abolição, parcelas das elites exigiam, inclusive, que o governo os indenizasse caso seus escravos conquistassem a liberdade. Esse processo culminou com a assinatura da Lei Áurea, em 1888, que levou a elite cafeicultora a defender o fim da monarquia e a implantação de uma república no Brasil.
O que se está preparando... pobre Brasil!, charge de Candido Faria, publicada na revista O Mosquito, em fevereiro de 1876. O periódico tecia suas críticas à monarquia com charges carregadas de humor e ironia.
Ideias republicanas no Brasil
A disseminação das ideias republicanas vinha acontecendo no Brasil desde a década de 1870, junto a diferentes setores da sociedade brasileira, como as classes médias urbanas, os fazendeiros, políticos, militares, membros da Igreja, entre outros. Esses grupos defendiam que a implantação de uma república seria a única maneira de modernizar o país e promover o seu desenvolvimento.
O Museu Imperial, popularmente conhecido como Palácio Imperial, possui o principal acervo do país relativo ao Império brasileiro. Ele está situado no centro histórico da cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.
História
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Acadianos formam o Primeiro Império Mesopotâmico.
Início do Médio Império no Egito.
Primeiro Império Babilônico na Mesopotâmia.
Novo Império no Egito.
1650 a.C. Fim do Médio Império no Egito.
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2300 a.C. Fim do Antigo Império Egípcio.
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Suméria já conta com diversas cidades-Estados.
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Cerca de 3000 a.C.
Wikimedia Commons
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Invenção da escrita na Suméria.
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Cerca de 3500 a.C.
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Pré-História
Unificação do Alto Egito e Baixo Egito. Início do Antigo Império.
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Começo de conversa Aprendizagens essenciais •
Conhecer os principais conceitos de História.
•
Aprender sobre a origem do ser humano e o povoamento do planeta.
•
Compreender como surgiram as primeiras civilizações do planeta e suas principais características.
Dos ancestrais às civilizações
Muitos dos alimentos são de origem vegetal. São frutas, verduras e legumes que chegam às mesas das pessoas graças à agricultura. Você procura se informar sobre a origem dos produtos agrícolas que consome? Preocupa-se em saber se são alimentos orgânicos ou transgênicos, por exemplo? Procura saber se foi aplicado agrotóxico nesses produtos? Por quê? Você já ouviu falar de alguma dessas classificações? Qual?
Dominar a técnica da agricultura foi uma das grandes conquistas do ser humano. Desde então, homens e mulheres puderam deixar de se deslocar de um lugar a outro em busca de alimentos e passaram a cultivá-los. Essa prática começou há mais de 10 mil anos e transformou a vida dos seres humanos. Foi com o domínio do cultivo agrícola que se organizaram as primeiras sociedades, especializaram-se funções e surgiram hierarquias sociais bem como, com base nelas, o poder dos governantes. Neste livro, você vai conhecer um pouco de toda essa história.
O Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos em todo o mundo. Diariamente, 40 mil toneladas de comida são jogadas fora. Essa quantia daria para alimentar 19 milhões de pessoas. Você já parou para pensar sobre isso? Como essa questão é tratada em casa? Conte sua experiência para seus colegas.
Ben Goode/Shutterstock
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Laura Dibi/Shutterstock
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Wikimedia Commons
Galeria de Arte da Web/Wikimedia Commons
Raphael
Shutterstock
Você provavelmente já ouviu falar das personagens chamadas de Tartarugas Ninja, originadas nas histórias em quadrinhos e, hoje, já presentes em séries de televisão e filmes. Elas, após sofrerem mutações, tornaram-se guerreiros e têm o objetivo de deixar a cidade de Nova York livre de perigos. Porém, um detalhe que pode passar despercebido a muita gente é a origem dos nomes de cada tartaruga. Raphael, Donatello, Leonardo e Michelangelo receberam seus nomes de forma a homenagear seus xarás que foram exímios artistas participantes de um movimento cultural da Idade Moderna denominado Renascimento.
Divulgação
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Humanismo, Renascimento e Reforma Protestante
Michelangelo
Da esquerda para a direita: O casamento da Virgem Maria, pintura de Rafael Sanzio; São Jorge, estátua esculpida por Donatello; La Gioconda ou Mona Lisa, tela de Leonardo da Vinci; e Davi, escultura de Michelangelo.
Neste capítulo, você estudará o contexto histórico em que se deu o surgimento do Renascimento, o qual foi caracterizado por mudanças artísticas, culturais e políticas.
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Aberturas
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CAPÍTULO
A produção dos espaços rurais
Características e transformações das estruturas produtivas H18,19,20 André Nery/Shutterstock
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Expectativas de aprendizagem
Compreender a produção do espaço rural, a partir das técnicas utilizadas pelo ser humano, no decorrer do tempo histórico.
Entender as principais atividades agrárias desenvolvidas no espaço rural, bem como sua dinâmica.
Identificar os impactos ambientais provenientes de atividades humanas sobre o espaço rural.
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Portfólio Miguel Ribeiro
GEOGRAFIA
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Desde tempos remotos, o ser humano, utilizando os meios instrumentais pelos quais faz sua vida, transforma o espaço no qual está inserido. Suas ações desencadeiam transformações no espaço rural, cenário de diversas atividades produtivas importantes, como agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo e turismo. Um marco histórico importante para a estruturação social se deu durante o Neolítico – 9500 a.C. a 8500 a.C. –, quando os aglomerados humanos que viviam no continente asiático observaram que os grãos que caíam no solo germinavam, dando origem a novas plantas. Sendo assim, o ser humano deixou de ser caçador e coletor, passando a ser agricultor. O surgimento da agricultura foi um divisor de águas da evolução humana, pois possibilitou o sedentarismo e, a domesticação de animais, bem como a posterior divisão social do trabalho. Ela foi fundamental para a estruturação das civilizações do Oriente Próximo, que se concentraram em regiões com potencial edáfico, encontrando, nos vales fluviais, terreno fértil ao desenvolvimento de práticas agricultáveis. No passado, a vida humana dependia fortemente do que era possível extrair do meio rural, visto que a cidade era, até então, um núcleo vinculado a atividades administrativas e comerciais. Com a Revolução Industrial, desencadeou-se um processo de deslocamento de centralidade econômica, social e simbólica do espaço rural. A partir desse episódio histórico, as inovações tecnológicas transformaram uma parcela da sociedade agrícola em uma sociedade industrial. Isso implica dizer que a mecanização do campo redefiniu as relações entre urbano e rural. Ao longo dos séculos, apesar de as técnicas utilizadas para as atividades mencionadas anteriormente resultarem no esvaziamento demográfico do campo, elas não diminuíram sua relevância. O espaço rural apresenta grande complexidade, com dinâmica e modo de vida diferentes do espaço urbano. Dessa forma, estudar os espaços rurais implica desvendar a dinâmica das transformações e das relações sociais entre os diversos agentes, condicionados por modelos e atividades produtivas.
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Aberturas
Relações globais
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Hoje, o Brasil se insere no contexto do mundo globalizado. Um mundo em que as evoluções tecnológicas, com modernos sistemas de transporte e de comunicação, e os avanços nas áreas comerciais possibilitam o contato entre pessoas de qualquer ponto do planeta em instantes. Também é possível viajar de um país a outro em poucas horas e até adquirir mercadorias vindas de qualquer lugar. Tudo isso era impensável até algumas décadas atrás. Esses são alguns exemplos de benefícios da globalização. Mas será que eles alcançam a todos? Ou se constatam desigualdades nas relações globais? Esse e outros temas você verá ao longo desta Unidade.
Ditadura Civil-Militar
1968
Lei de Anistia no Brasil
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS
Compreender o processo de transição para a redemocratização.
•
Identificar mudanças mundiais no pós-Guerra Fria, bem como os processos de globalização e neoliberalismo.
•
Compreender problemas políticos e sociais globais, como crises econômicas e terrorismo.
•
Compreender a crise econômica do período de transição para a redemocratização, o processo de estabilização econômica e as características do neoliberalismo no Brasil.
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Compreender questões ligadas a problemas sociais no Brasil, bem como os contextos sociais e políticos do país nos últimos anos.
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Decretado o AI-5
1979 Arquivo Nacional
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1964
Paula Cinquetti/Agência Senado
Conhecer o período da Ditadura Civil-Militar no Brasil, os mecanismos estatais de controle, as formas de oposição e as medidas econômicas do período.
José Cruz/Agência Brasil
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2019
Impeachment de Dilma
2013
Início do governo Bolsonaro
2016
Jornadas de junho no Brasil
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Portfólio Miguel Ribeiro
Imagine que a internet deixasse de existir. De que maneira isso afetaria o seu cotidiano? Discuta essa questão com os colegas.
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Cite exemplos de como os efeitos da globalização estão presentes em seu cotidiano.
1989
Brasil adota política neoliberal
1991
Campanha das Diretas Já
Primeira eleição presidencial direta no Brasil desde 1964
1990
Esfacelamento da URSS e início da Guerra do Golfo
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Acervo IFHC
1983
2011
Crise econômica mundial
2003
Protestos do movimento Occupy Wall Street; no Brasil, início do governo Dilma
2008
Início do governo Lula
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Terroristas atacam os Estados Unidos. Começa a Guerra ao Terror
2001
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Início do governo FHC
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Começo de conversa
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Capítulos �����������������������������
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Capítulos
FIQUE LIGADO! As Cruzadas, de Ken Hill. Coleção Guerras que Mudaram o Mundo. Ática. Livro paradidático sobre as Cruzadas. <https://youtu.be/joDNebrXyhk>. Documentário dublado sobre as Cruzadas produzido pelo canal norte-americano History. A Idade Média passo a passo, de Vincent Carpentier. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. A obra aborda, de forma didática e clara, as principais características das sociedades medievais e as transformações ocorridas a partir da Baixa Idade Média em diversas partes da Europa.
EXPLORE SEUS CONHECIMENTOS 1. (UTFPR) Entre o final do século XII e início do próximo, com o fortalecimento do comércio e o crescimento dos centros urbanos, os europeus começaram a estreitar contatos com o Oriente. Através de rotas comerciais, vinham especiarias e tecidos, como a seda, que chegavam ao Mar Mediterrâneo pelo Mar Vermelho, costeando o Egito, ou pelo Mar Negro, atravessando os Estreitos de Bósforo e Dardanelos. Esse período foi próspero na Península Itálica, especialmente para os mercadores de a) b) c) d) e)
Nova Délhi e Calicute. Pequim e Xangai. Londres e Manchester. Gênova e Veneza. Paris e Lyon.
2. (IFSUL) As feiras eram geralmente realizadas nos burgos (núcleos populacionais que surgiram nas cercanias dos castelos). Nessa época, os núcleos urbanos se ampliaram, e novos muros foram construídos para abrigar a expansão urbana e para proteger as atividades comerciais que eram realizadas nos burgos. O texto acima refere-se às feiras da Baixa Idade Média, as quais constituíam a) um instrumento de comércio local das cidades, para abastecimento cotidiano apenas de seus habitantes. b) áreas exclusivas de venda de produtos agrícolas. c) um sistema amplo de comércio da época, que abastecia os burgos. d) locais fixos para comercialização somente da produção dos feudos.
3. (IFSP) Os mestres-artesãos, proprietários das oficinas e detentores do conhecimento técnico necessário à produção, os companheiros ou oficiais jornaleiros, trabalhadores especializados e remunerados, e os aprendizes compunham o quadro de um sistema de produção criado na a) b) c) d) e) 36
Idade Moderna e denominado fábrica. Baixa Idade Média e denominado corporação de ofício. Antiguidade Clássica e denominado colonato. América Colonial e denominado engenho. Alta Idade Média e denominado vassalagem.
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Portfólio Miguel Ribeiro
Nome do Arquivo: 2017-HIS-7-Cap2-M15_Império Mongol (1294) Fonte do mapa: BECK et al. World History Atlas: Patterns ofi Interaction. 2009,
DADOS EXTRAS: Indicação: solicitante Altura: 9 cm Largura: 12 cm Procedência: pasta da cartografia
Enquanto ISSO... O império de Gengis Khan
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No século XIII, a atual região da Mongólia era formada por diversas tribos, divididas em clãs (grupos de pessoas que tinham um ancestral em comum). Os chefes dessas tribos eram conhecidos como khan. Em 1206, um desses khan, Temudjin, promoveu a unificação das diferentes tribos em torno de seu poder. Ele foi aclamado como Gengis Khan, ou seja, o khan dos khan. Tinha início, assim, o Império Mongol. Contando com uma eficaz cavalaria e Império Mongol (1294) uma tropa hábil no uso de arco e flecha, 40ºE 4 0ºE E 120ºE EUROPA P E UR ROPA PA os mongóis deram início a um amplo processo de conquistas territoriais, domiKiev nando um vasto império que se estendia Lago # Baikal de Pequim, na China, até o Mar Cáspio, no Me M Caracórum # Mar M ar de d i ar Tashkent Ta T shkent te rrâ oeste asiático. Gengis Khan morreu em Ma ar ne Marr A ral Aral # Mar o Pequim Amarelo A marelo Cáspiio Cá Cáspi 1227 e foi sucedido por seu filho, Ogoda, Bucara Samarcanda Balashagun r que ampliou ainda mais as fronteiras do ce ân Cabul eC AL od império. Em 1260, Kublai Khan, neto de ó p ic rró A T o c i ic IA r érs Pé P ARÁBIA I IA Gengis Khan, assumiu o poder. Ele morÍÍNDIA ÍN DIA IA I OCEANO PACÍFICO P CÍF PA Í ICO ÍF reu em 1294, e o império começou a se Cidade N Mar Campanhas de enfraquecer, até que, em 1368, chegou ao Arábico Gengis Khan Campanhas de fim, dividindo-se em vários reinos. 0 1.100 1. 100 2.200 2. 200 km seus sucessores #
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A estátua gigante de Gengis Khan é declarada a maior do mundo. Com 40 metros de altura e 227 toneladas métricas de aço inoxidável, a imagem do lendário cavaleiro foi erguida em 2008. Atualmente, dentro da base da estátua, os visitantes podem ver uma réplica do lendário chicote dourado de Gengis Khan e provar a culinária tradicional.
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Capítulos
AGORA É COM VOCÊ!
“Processo histórico”?
Você viu que o fato histórico é um acontecimento no tempo e no espaço. Agora, imagine a situação a seguir. Em abril de 1999, foi inaugurado em Fortaleza, no Ceará, um dos maiores centros culturais do país, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Um historiador, interessado em saber mais sobre esse espaço, decidiu fazer uma pesquisa e, primeiro, quis saber por que esse local se chama Dragão do Mar. Para descobrir, consultou jornais, livros, revistas e internet. Após pesquisar nessas variadas fontes, o historiador descobriu que o nome “Dragão do Mar” refere-se a uma pessoa, o jangadeiro cearense Francisco José do Nascimento (1839-1914), conhecido entre os amigos como “Chico da Matilde”. Em 1881, época em que diversos setores da sociedade começavam a se envolver na luta pelo fim da escravidão no Brasil, Chico da Matilde liderou uma greve de jangadeiros em Fortaleza. Ele e seus companheiros se recusaram a transportar até os navios, em suas jangadas, os escravos que iriam trabalhar nas fazendas de café do Sudeste. Por sua atuação no movimento, o jangadeiro passou a ser chamado de Dragão do Mar. Assim, Chico da Matilde se transformou em símbolo da resistência da população cearense contra a escravidão. E, nessa luta pelo fim do regime escravocrata, o Ceará se antecipou ao governo imperial e, em 1884, aprovou uma lei declarando extinta a escravidão na província. No restante do país, a escravidão seria abolida somente em 1888. Esse relato representou parte do processo histórico de luta pelo fim da escravidão no Ceará e no Brasil como um todo. Mas qual é a diferença entre fato histórico e processo histórico? Para responder essa pergunta é importante observar, primeiramente, que a situação apresentada contém diferentes fatos históricos. Veja:
• •
1. Você viu neste capítulo o que é fato histórico. Agora cite um fato histórico específico de sua cidade.
2. Que evidências um historiador do futuro poderá encontrar sobre a época atual? Liste cinco evidências materiais e cinco imateriais.
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em 1881, Chico da Matilde liderou uma greve de jangadeiros;
em 1884, o Ceará declarou a libertação dos escravizados na província; em 1888, foi abolida a escravidão no Brasil.
Com base nisso, desenvolve-se o raciocínio que, apesar de os fatos históricos serem acontecimentos pontuais no tempo e no espaço, eles não ocorrem de Jornal Libertador noticiando o fim da escravidão no Ceará, em forma isolada, estando relacionados a outros fatos, que se lê, na grafia da época, a seguinte manchete: “Homenagem a provincia do Ceará pela libertação total dos seus escravisados.” como ocorreu no exemplo anterior. Esse conjunto de fatos inter-relacionados é chamado de processo histórico. Dessa maneira, o historiador que desejava saber por que o centro cultural de Fortaleza se chama Dragão do Mar descobriu que esse nome está conectado ao processo histórico da luta abolicionista no Ceará.
3. Você já ouviu o mesmo fato ser narrado ou descrito de modos diferentes? Por que isso acontece? Tente se lembrar de uma história assim e conte-a aos colegas.
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Por ter sido organizado pela Igreja Católica, o marco inicial do calendário gregoriano é o ano de nascimento de Jesus Cristo, considerado o ano 1. Isso significa que o ano de 2018 indica que se passaram 2 018 anos desde o nascimento de Cristo.
Para ir ALÉM Os calendários islâmico e judaico O islamismo e o judaísmo são religiões que também têm seu próprio calendário. O calendário islâmico, por exemplo, foi elaborado com base no movimento da Lua (não no do Sol, como o gregoriano). É um calendário lunar, dividido em 12 meses; cada mês com 29 a 30 dias e o ano com 354 ou 355 dias. Já o calendário judaico é chamado de lunissolar, pois os meses têm base no ciclo da Lua e o ano, no do Sol. Existem anos com 12 meses e outros com 13. Cada mês varia de 29 a 30 dias. Assim, o número de dias do ano é variável, indo de 353 a 385. Os dois calendários também têm marcos iniciais. O ano de início do calendário islâmico corresponde ao ano 622 do calendário gregoriano, ano em que Maomé, fundador da religião islâmica, teria fugido de Meca para Medina (assunto que será estudado no capítulo 16), duas cidades situadas na atual Arábia Saudita. Já o calendário judaico tem como marco inicial o dia em que Adão teria sido criado por Deus. Segundo os hebreus, dia 7 de outubro de 3761 a.C. Com base nesses dados, pode-se fazer uma comparação: no dia 15 de novembro de 2018 do calendário cristão, os muçulmanos estarão no ano de 1440, e os judeus, no ano de 5779 de seus respectivos calendários.
AGORA É COM VOCÊ!
1. Diferencie fato histórico de processo histórico e apresente um exemplo de cada.
2. As sociedades humanas inventaram diferentes formas de calendários ao longo do tempo. Compare e diferencie os calendários gregoriano, islâmico e judaico.
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Quando um historiador busca identificar o tempo de um fato histórico, você acha que ele se baseará no tempo cronológico ou da natureza? Ao estudar o passado, os historiadores utilizam constantemente o tempo cronológico. Por isso, dizem, por exemplo, que Pedro Álvares Cabral chegou ao litoral da atual Bahia em 1500. Ao usar anos para identificar e especificar os fatos históricos na linha do tempo da humanidade, o tempo cronológico é adotado e privilegiado. Mas os historiadores também trabalham com um outro tipo de tempo: o tempo histórico. Esse tempo está relacionado à duração dos processos históricos de cada grupo, povo, país etc. Para você entender, veja a comparação entre os processos históricos da escravidão de africanos em três países: Brasil, Haiti e Estados Unidos. No Brasil, a escravidão começou no início do século XVI e permaneceu até o século XIX. A ruptura desse processo deu-se em 1888, quando a escravidão foi abolida. Por isso, esse é um exemplo de continuidade histórica. Assim como no Brasil, a escravidão no Haiti começou nas primeiras décadas do século XVI. Permaneceu até 1804, ano em que uma revolta promoveu a ruptura desse processo. Os haitianos não só acabaram com a escravidão, como também expulsaram do país os europeus que a sustentavam. Já nos Estados Unidos, o trabalho de africanos escravizados começou em 1619 (século XVII) e permaneceu até 1863, quando uma lei pôs fim à escravidão, estabelecendo a ruptura do processo. Assim, para o historiador, o tempo histórico da escravidão no Brasil vai do começo do século XVI até 1888; já o tempo histórico da escravidão no Haiti dura do começo do século XVI até 1804; e, nos Estados Unidos, esse mesmo tempo histórico se estende de 1619 a 1863. Ou seja, uma mesma questão – a escravidão – pode ter diferentes tempos históricos, pois os processos históricos observados em cada país tiveram durações diferentes. É por isso que se diz que o trabalho do historiador é pesquisar e interpretar as continuidades e as rupturas das sociedades. E mesmo quando ocorrem rupturas em um processo histórico, muitos aspectos nele observados podem permanecer. Por exemplo, se hoje os negros sofrem preconceito no Brasil, pode-se dizer que isso é uma continuidade histórica, que dura desde os tempos da escravidão.
Ao final do tempo histórico da escravidão nos Estados Unidos, o conflito entre a manutenção ou não da escravidão originou a chamada Guerra de Secessão, que representaria a possibilidade de uma continuidade ou de uma ruptura desse processo histórico.
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Tempo histórico
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O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é um famoso centro cultural, histórico e turístico de Fortaleza, no Ceará. Na foto, vista da praça e do domo do planetário pertencentes ao Centro. Maio de 2017.
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Assim como o detetive, o historiador pode entrevistar pessoas, coletando relatos para obter dados sobre o tema de sua pesquisa. Ele também pode recorrer a profissionais de outras áreas para incrementá-la, ampliando o conhecimento sobre o tema em estudo. Imagine, por exemplo, um historiador que deseja pesquisar como a Seleção Brasileira se preparou para participar do Campeonato Mundial de Futebol de 1958. Ele poderá procurar por diferentes fontes materiais, como reportagens da época, gravações de programas de rádio, fotografias, documentos oficiais da Confederação Brasileira de Desportos (entidade responsável pelo futebol na época). Também poderá ler livros de outros estudiosos que já pesquisaram sobre o assunto e até entrevistar os diferentes profissionais que participaram desse campeonato, como jogadores, dirigentes, membros da comissão técnica etc. De posse de todas as informações e de todos os dados de pesquisa, o historiador irá elaborar um texto com suas conclusões. O texto pode ser curto, como um artigo, ou mais extenso, como um livro. Ainda assim, deve-se considerar que esse texto não traz “a verdade absoluta” sobre a Seleção Brasileira do Campeonato Mundial de Futebol de 1958. Outro historiador pode fazer uma pesquisa utilizando as mesmas fontes e chegar a conclusões diferentes. Isso acontece porque a História não trabalha com noções de verdade, mas sim com as de interpretação, que variam de acordo com o modo de os historiadores observarem suas fontes.
Phael Nogueira/Shutterstock
Nota As evidências podem ser materiais e imateriais. Documentos impressos, jornais, fotografias, cartas, textos, pinturas, vídeos, registros de depoimentos orais, mobílias, moedas, ferramentas etc. são exemplos de evidências materiais. As evidências imateriais, como o modo de fazer um bordado, o jeito de contar uma história, a técnica de produzir um objeto, um tipo de música, não são palpáveis, mas podem ser transmitidas entre gerações.
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AGORA É COM VOCÊ!
A civilização cretense
1. As crenças religiosas tinham grande importância na sociedade egípcia. Por causa delas, por
Na época em que o Egito vivia seu período conhecido como Antigo Império (3200 a.C.-
exemplo, que os egípcios desenvolveram as práticas de mumificação. Explique o que eram essas práticas e por que a sociedade egípcia as praticava.
-2300 a.C.), desenvolvia-se, na Ilha de Creta, no Mar Mediterrâneo, a civilização cretense, também chamada de civilização minoica. Não se sabe a origem do povo que formou a civilização minoica. O que os historiadores sabem é que, por volta de 2500 a.C., a Ilha de Creta já abrigava inúmeras
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cidades. Seus moradores eram hábeis artesãos, e muitos artefatos, feitos por eles com pedra, tijolo e metal, perduram até os dias atuais. Uma de suas obras mais significativas é o Palácio de Cnossos, uma construção de 20 mil metros quadrados que seria do rei Minos, cujas paredes são enfeitadas com grande quantidade de afrescos (pinturas com pigmentos à base de água no recém-aplicado gesso). Por volta do ano 2000 a.C., os cretenses desenvolviam importante atividade mercantil, realizando comércio com diversas populações do Mediterrâneo, como a civilização egípcia, e com povos da Mesopotâmia. Também tinham expandido seu poder para a região continental da Europa, na
2. Entre as construções mais conhecidas dos antigos egípcios, estão as pirâmides. Qual era a fina-
Península Balcânica, onde hoje se encontra a Grécia.
lidade dessas construções?
Por volta do século XV a.C., Creta foi devastada por terremotos e disputas entre suas cidades. Enfraquecida, a população foi dominada pelos aqueus, um povo originário do continente europeu, que, posteriormente, daria origem à civilização grega, que será estudada no capítulo 9.
Parte da entrada norte do Palácio de Cnossos, assentamento minoico, em Creta, na Grécia.
Anton Chygarev/Shutterstock
Imagens: Divulgação
FIQUE LIGADO! Contos e lendas do Egito Antigo, de Brigitte Évano, Companhia das Letras, 1998. O livro reconta diversas tradições religiosas e mitológicas do Egito Antigo em linguagem didática e acessível. Assim, é um excelente recurso para se conhecer mais sobre as crenças desse povo. As fabulosas histórias dos deuses do Egito, de Dominique Joly, Ibep, 2007. O livro mostra como os deuses do Egito se relacionavam e apresenta diversos aspectos dessa civilização. Egito Antigo: histórias da Antiguidade, de Stewart Ross, Companhia das Letrinhas, 2005. O livro combina aventura em quadrinhos e dados históricos sobre os egípcios.
<http://www.arqueologiaegipcia.com.br> O site traz informações sobre o Egito Antigo.
<http://www.louvre.fr/en/routes/ daily-life-egypt>
A página traz objetos do Egito Antigo que
fazem parte do acervo do Museu do Louvre, em Paris.
<http://super.abril.com.br/ciencia/ a-fantastica-ciencia-do-antigo-egito> Reportagem da revista Superinteressante que traz informações sobre o desenvolvimento da ciência no Antigo Egito.
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Para ir ALÉM A cidade medieval
Situação semelhante aconteceu nas imediações dos burgos, espaços urbanos fortificados. Os que viviam do lado de dentro dos burgos eram conhecidos como burgueses. Eram pessoas livres, que não estavam presas a nenhum senhor feudal. Por isso, no século XI, o termo “burguês” passou a significar “pessoa livre”. Pode-se dizer que foi nesse momento que a burguesia surgiu como grupo social. Cada vez mais, mercadores foram se instalando do lado de fora dessas muralhas, formando o que o historiador Leo Huberman chamou de “burgo extramural”. Em pouco tempo, esse espaço externo tornou-se mais importante do que o próprio burgo. Paliçadas foram construídas ao seu redor, e as antigas muralhas fizeram-se desnecessárias. Assim, constituía-se uma nova cidade, maior e mais dinâmica economicamente. Entre 1100 e 1300, surgiram na Europa Ocidental cerca de 140 novos centros urbanos. A maior parte dessas cidades nasceu dentro dos próprios feudos e, por isso, seus moradores precisavam pagar taxas e impostos aos senhores feudais. Para conseguir autonomia – ou seja, criar suas próprias leis, estabelecer seus próprios tributos etc. –, as cidades necessitavam das cartas de franquia, fornecidas pelos senhores feudais. Em diversas ocasiões, essas cartas eram dadas de forma pacífica, mas em outras só eram obtidas com o uso da força. No boxe da próxima página, o historiador Jacques Le Goff analisa as características da nascente cidade medieval, que via o comércio se expandir e a economia crescer.
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma cidade da abundância, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas. É também um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É ainda o centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o senso de beleza. É, além de tudo, um sistema de organização de um espaço fechado com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças, e que é guarnecido por torres. Mas também é um organismo social e político baseado na vizinhança, no qual os mais ricos não formam uma hierarquia e sim um grupo de iguais – sentados lado a lado – que governa uma massa unânime e solidária. [...] Os textos que possuímos sugerem uma oposição fundamental com respeito à residência: as cidades para os mercadores e os burgueses, os castelos e as florestas para os barões e os cavaleiros. LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário temático do Ocidente medieval. Bauru: Edusc; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2002. v. 1. p. 223-226. (adaptado)
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Na fotografia, parte da cidade de Carcassonne, na França, fundada no século XIII e a mais conservada cidade medieval da Europa.
Na fotografia, vista aérea de uma cidade medieval murada construída no século XIII em Monteriggioni, província de Siena, na Itália.
As oficinas
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Com a expansão urbana, os feudos foram se enfraquecendo cada vez mais. Diversos camponeses, inclusive, fugiam para as cidades em busca de liberdade. Ali, muitos abriam pequenas oficinas, nas quais exerciam atividades variadas, como sapateiros, ferreiros, tecelões etc. Os artesãos, donos desses empreendimentos, eram conhecidos como mestres. Eles detinham o conhecimento técnico necessário para a produção de suas mercadorias. Se o negócio progredisse, os mestres podiam contratar um ajudante, conhecido como oficial, ou então ter jovens aprendizes, que ingressavam nas oficinas ainda crianças a fim de aprender a profissão. Os pais desses aprendizes custeavam o aprendizado por um período de dois a doze anos e, quando os jovens dominavam o ofício, estavam em condições de abrir sua própria oficina. Os mestres eram donos tanto da matéria-prima como das ferramentas, e ainda se encarregavam de fazer a venda de seus produtos. A partir do século XII, esses mestres passaram a se congregar nas chamadas corporações de ofício, ou seja, associações nascidas com o objetivo de defender os interesses coletivos das diferentes categorias de artesãos.
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A Igreja também marcava presença no campo das artes: as peças teatrais apresentavam encenações de passagens bíblicas; a pintura enfatizava as personagens cristãs; na música, destacouse o canto gregoriano, um gênero de música vocal usado nas celebrações religiosas. A presença da fé cristã no mundo medieval também pode ser observada na arquitetura, especialmente na imponência das grandes catedrais, que foram erguidas em várias regiões da Europa. A magnitude dessas obras tinha por objetivo passar aos fiéis a ideia da grandiosidade da Igreja e de Deus. Essas construções surgiram, principalmente, entre a metade do século XII e a metade do século XIII. São dessa época, por exemplo, a Catedral Notre - Dame, a Catedral de Chartres e a Catedral de Reims, todas no atual território francês. Ricamente decoradas com estátuas e rosáceas, essas catedrais traziam vitrais e pinturas que representavam diversas passagens bíblicas. Foi uma forma que a Igreja Católica encontrou para que seus fiéis, por meio do olhar, se familiarizassem com os fundamentos da crença cristã, uma vez que boa parte da população, naquele tempo, era analfabeta. Enfim, mais do que um ambiente de oração, as igrejas e as abadias constituíram um espaço de afirmação dos pressupostos católicos. t
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Vitral com representações de personagens e símbolos cristãos.
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Visão externa da Catedral de Chartres, na França, considerada um dos mais importantes monumentos em estilo gótico do mundo.
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LER E DESCOBRIR 1. O historiador de arte E. H. Gombrich discute, no texto a seguir, o impacto que as igrejas
medievais exerciam sobre a população das aldeias. Leia a passagem selecionada com atenção e depois responda ao que se pede. Hoje não é fácil imaginar o que uma igreja significava para as pessoas daquele período. Somente em algumas velhas aldeias do interior podemos ter ainda um vislumbre de sua importância. A igreja era, geralmente, o único edifício de pedra em toda a redondeza; constituía a única construção de considerável envergadura muitas léguas em redor, e seu campanário era um ponto de referência para todos os que vinham de longe. Aos domingos e durante o culto, todos os habitantes da cidade ali podiam encontrar-se, e o contraste entre o edifício grandioso e as casas primitivas e humildes em que essas pessoas passavam a vida devia ser esmagador. Não admira que toda a comunidade estivesse interessada na construção dessas igrejas e se orgulhasse de sua construção. Mesmo do ponto de vista econômico, a construção de um mosteiro, que levava anos, devia transformar uma cidade inteira. A extração de pedra e seu transporte, a ereção de andaimes adequados, o emprego de artífices itinerantes, que traziam histórias de terras longínquas, tudo isso constituía um acontecimento importante nesses dias remotos. GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999. p. 171.
a) Por que, segundo o autor, as igrejas impressionavam os moradores de uma aldeia medieval?
b) Com base na leitura do texto, explique a importância da construção de uma igreja para a vida econômica daquela sociedade medieval.
c) Por que Gombrich afirma: “Hoje não é fácil imaginar o que uma igreja significava para as pessoas daquele período. Somente em algumas velhas aldeias do interior podemos ter ainda um vislumbre de sua importância.”?
d) O contraste entre uma igreja medieval e a moradia dos camponeses impressionava a população local. Esse impacto sobre a população, em sua opinião, é uma característica exclusiva das grandes obras do passado ou, nos dias de hoje, existem construções que também provocam impactos semelhantes na população? Justifique sua resposta.
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LER E DESCOBRIR 1. A seguir, encontram-se duas pinturas representan-
do uma mesma situação, mas pintadas em épocas diferentes. Trata-se da representação de Nossa Senhora (também conhecida como madona ou madonna) segurando Jesus Cristo como bebê. Indique as principais diferenças entre as obras e explique o porquê de a pintura da direita representar melhor a arte renascentista.
b) Aponte três aspectos dessa pintura que evidenciam as diferenças entre uma pintura renascentista e uma pintura medieval. Se necessário, reveja uma pintura medieval nos primeiros capítulos deste livro.
c) Em sua opinião, a qual tipo de público se destina essa obra? Justifique sua resposta.
Igreja Católica em xeque
2. A pintura a seguir foi feita em 1483 pelo artista Sandro Botticelli (1445-1510). Trata-se de uma
© 2016 The National Gallery
têmpera e óleo sobre madeira chamada Vênus e Marte. A obra encontra-se hoje na Galeria Nacional de Londres, na Inglaterra. Especialistas acreditam que o quadro foi feito para adornar o dormitório de um casal. Após analisar a imagem com atenção, responda às questões seguintes.
A Igreja Católica não ficou imune às ideias humanistas que se propagavam pela Europa no século XVI. Como você estudou, a Igreja era a instituição mais poderosa da época, tinha grande poder político e exercia forte influência na população. Porém, aos poucos, começou a ser criticada publicamente devido à corrupção e aos abusos morais praticados por seus representantes. O livro Elogio da loucura, de Erasmo de Roterdã (já citado neste capítulo), por exemplo, fazia uma série de críticas a essas posturas da Igreja. Quem também começou a criticar a Igreja Católica foi o monge Martinho Lutero (1483-1546), professor da Universidade de Wittenberg, no Sacro Império Romano-Germânico (em linhas gerais, a atual Alemanha). Ele recriminava, principalmente, o fato de a Igreja vender indulgências aos fiéis e cargos eclesiásticos.
Indulgência é o perdão concedido pela Igreja à penitência (isto é, à necessidade de purificação espiritual) que se deve pelos pecados cometidos. Conforme crê a fé católica, um fiel que vem a falecer logo após receber indulgência total tem acesso direto ao paraíso, não precisando passar por uma etapa de penitência (purgatório) para se purificar.
A construção da Basílica de São Pedro, no Vaticano, acentuou a aversão de Lutero à venda de indulgências pela Igreja Católica, pois, embora anterior à basílica, a venda de indulgências foi intensificada devido à sua construção. A grandiosidade do templo chama a atenção ainda nos dias atuais. Na foto, vista da fachada da Basílica.
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a) Faça uma pesquisa e diga quem são as personagens representadas nesse quadro. Em seguida, dê sua opinião sobre qual mensagem o artista procurou transmitir.
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Após o fim da guerra, a população do Paraguai era, em sua maior parte, formada por crianças e mulheres. Na foto, do período posterior ao massacre ocorrido em 1860, população recebe cuidados médicos.
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Durante os seis anos do conflito, ocorreram muitos massacres de ambos os lados, resultando em um elevado número de mortos. Diversos combatentes – entre eles, crianças e adolescentes – também morreram vítimas de cólera, malária, fome e frio, decorrentes das dificuldades enfrentadas e das péssimas condições de higiene. A guerra arrasou a economia paraguaia, que teve suas indústrias destruídas, e provocou a morte de parcela significativa da população masculina daquele país. Muitos brasileiros também morreram, e o conflito resultou em um grande endividamento do governo imperial do Brasil.
Definição de fronteiras
Durante o Império, o governo brasileiro precisou lidar com o problema das fronteiras e negociar acordos com países vizinhos. Isso gerou diversos conflitos e tensões, principalmente no território sul do Brasil. Ainda durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro sofreu uma importante derrota nessa região, quando a Província Cisplatina declarou sua independência e se separou do Império. Posteriormente, o governo brasileiro passou a atuar de forma mais ativa no sul, intervindo nas nações vizinhas para atender seus interesses e consolidar suas fronteiras. Esse foi um fator importante nas tensões que provocaram a Guerra do Paraguai. A vitória brasileira nesse conflito acabou forçando a nação paraguaia a assinar um tratado em 1872 que estabelecia de forma definitiva as fronteiras brasileiras no sul da América e assegurava a posição estratégica que o império desejava nessa parte do continente. A definição das fronteiras por meio de guerras não foi a única estratégia utilizada pelo governo brasileiro. Para conseguir controlar uma porção bastante extensa do território amazônico mais ao norte, por exemplo, o governo adotou uma postura diplomática, realizando acordos fronteiriços com Peru, Venezuela e Bolívia. Com esses acordos, o Brasil conseguiu ganhos territoriais significativos.
O Exército brasileiro se fortalece
Um dos desdobramentos da Guerra do Paraguai foi a organização do Exército brasileiro. Até o início do conflito, o Exército tinha pouca relevância política no país e contava com poucos recursos e com um pequeno número de soldados. Por isso, para recrutar combatentes para a guerra, o governo brasileiro viu-se obrigado a adotar uma série de estratégias. Uma dessas estratégias foi a criação do corpo de Voluntários da Pátria, formado por homens que se alistavam espontaneamente para lutar pelo Brasil no Paraguai. Não havia muitas exigências para participar dessa força; bastava ter entre 18 e 50 anos de idade para poder se alistar. O governo também oferecia dinheiro e outras compensações financeiras àqueles que se oferecessem para compor esse grupo militar. 24
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Porém, a violência da guerra, as péssimas condições de vida nos quartéis e nos acampamentos militares e a falta de grandes recompensas fizeram com que muitas pessoas, especialmente os membros da elite, evitassem o alistamento. Isso obrigou o governo a adotar novas estratégias: prometeu alforria a todos os escravos que ingressassem no Exército e ofereceu indenização aos senhores de escravos que alistassem seus cativos. Também foi posto em prática o recrutamento obrigatório, mas muitas pessoas convocadas chegaram a pagar os mais pobres para que fossem em seu lugar. Como consequência, o Exército brasileiro passou a contar com um grande contingente de pessoas pobres, membros da classe média sem recursos para evitar o recrutamento, negros libertos e até mesmo trabalhadores escravizados. Essas pessoas ocupavam os postos mais baixos. Os cargos militares elevados eram ocupados apenas por representantes das elites. Mulheres também participaram da guerra, tanto na frente de batalha, ajudando na organização dos acampamentos e apoiando as forças armadas, quanto na produção de equipamentos e alimentos utilizados nos combates. Tudo isso contribuiu para o crescimento do Exército, que, depois da guerra, tornou-se uma força importante no país. Os comandantes das forças armadas ganharam influência política e passaram a pressionar o governo para obter recursos, novos equipamentos militares e treinamento dos soldados. Além disso, como será tratado mais adiante, muitos militares aproximaram-se dos partidos, envolveram-se em questões políticas importantes – como a campanha pelo fim da escravidão – e contribuíram decisivamente para o fortalecimento da oposição à monarquia, articulando o golpe que resultou na proclamação da República, em 1889.
Acreditando que o conflito seria breve, muitas pessoas se alistaram para o Exército brasileiro, inclusive ex-escravos. Vários senhores também libertaram seus cativos e os enviaram como substitutos de si próprios e também de parentes e amigos. No total, a Guerra do Paraguai mobilizou entre 150 mil e 200 mil brasileiros. Na foto, de cerca de 1868, tropas brasileiras em frente ao mercado de Tayi, no Paraguai.
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O governo brasileiro fez inúmeras promessas aos Voluntários da Pátria. Porém, com o prolongamento da Guerra do Paraguai e o seu final, muitas dessas promessas não foram cumpridas. Na imagem, oficiais brasileiros posando para foto durante a guerra.
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Portfólio Miguel Ribeiro
Brasil no fim do Império
2. Como a Questão Religiosa contribuiu para enfraquecer o governo de D. Pedro II?
O golpe de 1889
CALIXTO, Benedito. Proclamação da República. 1893. 1 original de arte, óleo sobre tela, 123,5 cm x 200 cm. Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo.
Em 1889, o governo brasileiro já se encontrava profundamente desgastado. Grupos que defendiam propostas republicanas iniciaram a articulação que levaria à derrubada do governo. Eles sabiam que o apoio dos militares era imprescindível para a organização de qualquer movimento que pretendesse substituir a monarquia por uma república. Ao longo do ano, republicanos e militares que criticavam o governo começaram a negociar o processo de fim do império e início da república. Nesse momento, a figura do marechal Deodoro da Fonseca voltou a se destacar, pois tinha grande influência no Exército e, ao mesmo tempo, boas relações com o imperador. O marechal, inclusive, era contrário ao movimento republicano. Ele defendia apenas uma intervenção militar que implementaria reformas políticas no país. No entanto, outras lideranças civis e militares acabaram convencendo-o a apoiar a causa republicana, insistindo na ideia de que essa era a única forma de resolver os problemas do Brasil e de fortalecer o Exército nacional. No dia 15 de novembro, militares liderados pelo marechal depuseram o gabinete de ministros. Em seguida, o imperador recebeu a notificação da derrubada da monarquia e foi informado de que ele e sua família deveriam abandonar o país. A família real partiu na madrugada do dia 17 de novembro para a Europa. A população não se envolveu ativamente na queda do regime, nem para defender a monarquia nem para apoiar os militares. Também não houve resistência de setores da elite que poderiam defender D. Pedro II. Assim, o movimento ocorreu sem grande envolvimento de outras parcelas da sociedade, além dos republicanos e militares envolvidos nos acontecimentos.
A sociedade brasileira no final do Império era bastante diferente daquela do início do Segundo Reinado (1840). Durante esse período, a maior mudança social que ocorreu no Brasil foi a abolição da escravidão, que pôs fim na relação social mais violenta do país e possibilitou a disseminação do trabalho assalariado nas mais diferentes regiões da nação. A população que vivera escravizada até então passou a desempenhar diferentes funções na sociedade, mas continuava enfrentando intenso preconceito racial, consolidado ao longo dos séculos de escravidão. Além disso, a falta de medidas sociais para as populações negras dificultou o processo de integração dos ex-escravos e de seus descendentes. Na maioria das vezes, essas pessoas encontravam dificuldades para conquistar salários dignos e superar a pobreza ou a miséria. Outra mudança importante no perfil populacional brasileiro foi o ingresso de imigrantes no país. Eles começaram a chegar em grande número a partir da década de 1880, ajudando no crescimento acelerado da população brasileira, tanto no campo quanto nas cidades. O final do Império também foi marcado por transformações culturais e pela modernização do país. Do ponto de vista econômico, ocorreu o início de uma diversificação das atividades produtivas. Embora o café continuasse sendo o principal produto da economia brasileira, novas atividades produtivas começaram a se desenvolver. Teve início um processo de industrialização, além da exploração da borracha e de outras matérias-primas em diferentes regiões do país. Ainda assim, a sociedade continuava profundamente desigual. Grande parte da população brasileira vivia na miséria ou na pobreza, encontrando dificuldades para se sustentar e viver com dignidade. A maior causa dessa desigualdade era a intensa concentração de riqueza e poder político em uma pequena parcela da população. O governo imperial não criou medidas políticas que revertessem essa desigualdade, por isso ela foi intensificada ao longo do Segundo Reinado. O processo de derrubada da monarquia e de implantação de uma república, liderado apenas por setores das elites, também não contribuiu para a criação de um governo que atendesse os setores mais populares da sociedade brasileira. Em função disso, essa forma de governar teve início em um país profundamente desigual, situação que se manteve quase inalterada ao longo da Primeira República.
Nota Entre as décadas de 1880 e 1930, a população dos grandes centros urbanos cresceu ainda mais que a média brasileira. Apesar de superar a população rural apenas na década de 1960, as transformações iniciadas no final do Império ajudaram a criar grandes centros urbanos no país, não mais limitados ao Rio de Janeiro e a outras poucas cidades consideradas, à época, importantes.
Teia do SABER
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Nasce o cinema Ao longo do século XIX, uma série de invenções permitiu o registro de imagens e a criação de efeitos óticos, percebidos pelos espectadores como movimento. Essas invenções possibilitaram, no final do século, o desenvolvimento de aparelhos que efetivamente registravam imagens dinâmicas, dando origem ao cinema. As primeiras exibições de filmes ocorreram entre 1893, quando Thomas A. Edison apresentou seu quinetoscópio nos Estados Unidos, e 1895, quando os irmãos Lumière apresentaram o cinematógrafo, na França. Ambos os dispositivos permitiam a exibição de imagens em movimento previamente registradas. 12
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VOCÊ CONSTRÓI
Antes de começar Discutam a respeito do uso da tecnologia na escola e nos estudos e façam uma lista com os pontos positivos e os negativos de tal uso. Façam um levantamento de fontes de referência que abordem o assunto, tanto a favor quanto contra. Definam três tópicos a serem discutidos dentro dessa temática. A turma deve ser dividida em dois grupos: um grupo deverá representar um posicionamento favorável ao uso de tecnologia em escolas e nos estudos; outro, um posicionamento desfavorável a isso.
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Escolham um ou dois moderadores, que ficarão responsáveis por mediar o debate regrado.
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Preparação do tema e da argumentação
E você, o que acha do uso de tecnologia nas escolas? Agora que você e seus colegas conhecem mais sobre o assunto, que tal organizarem um debate para que todos tenham a oportunidade de apresentar os respectivos pontos de vista? Para isso, levem em consideração as instruções a seguir.
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Cada grupo terá de fazer um levantamento de informações e dados que possam contribuir com a construção da argumentação, seja a favor, seja contra. Lembrem-se de que a qualidade e a legitimidade das informações e das fontes são fundamentais para a credibilidade dos argumentos.
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Organizem os argumentos de acordo com os tópicos de discussão.
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Distribuam a participação entre os componentes do grupo ao longo do debate.
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Acompanhem o levantamento de informações e dados dos grupos.
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Organizem as ideias para apresentar a temática, os tópicos e as regras no dia do debate.
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Estejam preparados para fazer anotações ao longo do debate, além de controlá-lo e organizá-lo, para poder introduzir a conclusão e fazer o encerramento, colocando em evidência um consenso ou uma ponderação entre os dois pontos de vista.
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Bom debate!
Organização do debate
Façam um levantamento do tempo disponível para o debate ― uma ou duas aulas? Elaborem um roteiro sequencial para o debate. Por exemplo:
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Moderadores apresentam a temática, os tópicos que serão discutidos e relembram as regras do debate.
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Moderadores colocam em pauta o primeiro tópico.
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Fala do outro grupo.
Fala inicial: grupo a favor ou contra (pode ser feito um sorteio para definir a ordem).
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Moderadores colocam em pauta o segundo tópico. Fala dos grupos (um de cada vez).
Moderadores colocam em pauta o terceiro tópico. Fala dos grupos (um de cada vez).
Neste capítulo, você estudou:
Fala conclusiva dos grupos.
Fala de encerramento dos moderadores.
debate regrado; modalização epistêmica; operadores argumentativos; debate.
Organizem as regras do debate, levando em conta o tempo em cada etapa e a conduta esperada para que o debate de fato aconteça.
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Capítulos
Nota
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A palavra algarismo deriva justamente do nome de al-Khwarizmi. Os algarismos hindus introduzidos e difundidos por al-Khwarizmi no Império Árabe, no século IX, ficaram conhecidos como algarismos indo-arábicos. Eles chegaram posteriormente à Europa, onde se popularizaram, de fato, a partir do século XV. Até então, os europeus utilizavam a numeração romana.
Estudando a técnica de calcular dos indianos, baseada em nove algarismos mais o zero (praticamente a mesma usada hoje), al-Khwarizmi publicou, em árabe, um livro apresentando as propriedades desses números. Essa publicação contribuiu para a difusão dos algarismos pelo Império Muçulmano. Era o começo do estudo da Álgebra pelos árabes. Em pouco mais de um século, já haviam descoberto as frações decimais capazes de solucionar problemas como o da herança deixada pela mulher ao marido e aos filhos, que você acabou de ler. Matemáticos árabes também solucionaram antigos problemas geométricos e algébricos, desenvolveram importantes estudos de Trigonometria e ainda introduziram novidades nos estudos matemáticos realizados pelos antigos gregos. Outro campo no qual os árabes realizaram grandes avanços foi o da Astronomia. O próprio al-Khwarizmi é considerado um dos pioneiros no uso do astrolábio para estudar a posição dos astros. As tabelas que fez com base nesse estudo permitiram aos estudiosos saber a hora do dia ou da noite observando a posição do Sol ou de outras estrelas.
Na imagem, instrumento utilizado por astrônomos na observação de um objeto a partir de locais diferentes. O instrumento foi construído pelo muçulmano Taqi al-Din entre os anos de 1577 e 1580, quando esteve em atividade no Observatório de Istambul, fundado por ele.
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Monumento a Muhammad Ibn Musa al-Khwarizmi, na cidade de Khiva, no Uzbequistão.
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Com essas tabelas, também era possível localizar com precisão a posição do Sol, da Lua e dos cinco planetas visíveis a olho nu (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno). Esses conhecimentos revelaram-se extremamente úteis para os muçulmanos, pois assim conseguiam saber as horas reservadas para as cinco orações que os fiéis deviam fazer ao longo do dia e calcular o dia em que tem início o calendário islâmico.
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Portfólio Miguel Ribeiro
A arquitetura islâmica
Uma característica da arte islâmica é sua relação com a religião. Isso pode ser observado, por exemplo, na arquitetura, que se destacou principalmente na construção de mesquitas, com o uso de arco em forma de ferradura e a decoração com azulejos, mosaicos e arabescos – padrões que misturam formas geométricas e motivos florais. A cultura árabe-muçulmana foi responsável pela construção de grandes mesquitas. A Grande Mesquita de Samarra, erguida no século IX, em Bagdá, por exemplo, ocupava uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados e, por 400 anos, foi a maior do mundo, até ser destruída pelos mongóis, povo originário da Ásia. Outras mesquitas representativas podem ser encontradas em Córdoba, atual cidade espanhola, que por cinco séculos esteve sob o domínio muçulmano; Istambul, na Turquia, onde foi construída a Mesquita Azul; e Cairo, no Egito, onde se destaca a mesquita do sultão Hassan. Já em Agra, na Índia, o Taj Mahal é o mais famoso mausoléu da arquitetura islâmica.
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Interior da Mesquita Azul, Istambul, Turquia, 2011.
AGORA É COM VOCÊ!
1. De que maneira os conhecimentos matemáticos dos indianos influenciaram o desenvolvimento da Matemática entre os árabes?
2. Os princípios da religião islâmica contribuíram para o desenvolvimento de diversos campos do conhecimento. Um exemplo disso é a Astronomia. Explique qual é a relação entre o desenvolvimento dos conhecimentos astronômicos dos povos islâmicos com os princípios dessa religião.
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Mais Atitude ��������������������������
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Mais Atitude
1.
Empatia
Com base na matéria do Correio Braziliense, discutam, em grupos: como a empatia pode, de fato, mudar a sociedade? Expliquem.
2.
Ao falar em “vidas brasileiras”, a novela Malhação chama a atenção para diversas realidades de personagens, diversas vidas e histórias. Na nossa relação com o outro, temos sempre a opção de nos colocarmos no lugar dele. Nisso consiste a empatia. Sobre esse tema, leia o texto a seguir, trecho de uma reportagem publicada na revista do Correio Braziliense.
Muitas mudanças da sociedade começam no nosso cotidiano. Que tal ajudar a estimular atitudes empáticas em lugares que frequentamos? Podemos começar pela comunidade que formamos na escola. a) Olhando para o dia a dia, listem ações e atitudes que revelam empatia. b) Elaborem cartazes com mensagens/reflexões curtas e positivas, cada um com alguma sugestão de ação que expresse empatia ou atitudes relacionadas a ela. Alguns exemplos:
Colocando-se no lugar do outro
Você costuma se
colocar no lugar do outro?
“A empatia é a força mais poderosamente perturbadora do mundo, só fica atrás do amor.” A frase é da professora canadense Anita Nowak, que pesquisa esse sentimento e como ele pode mudar a sociedade
JC Juliana Contaifer
ssoa
pe untar à ra perg parou pa está? Você já mo ela co do la do seu
RR Renata Rusky
postado em 01/01/2017 08:00
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Sem empatia, sobra intolerância, bullying, violência. Sem gastar um segundo imaginando como o outro se sente, de onde vem, em qual contexto foi criado, ao que foi exposto, sem se lembrar que cada um tem sua história e sem tentar entender como é estar na pele do outro, surgem os crimes de ódio, as discussões acaloradas nas redes sociais, o fim de amizades de uma vida toda. É preciso ter empatia para aprender que não existe verdade absoluta, que tudo depende do ponto de vista. Segundo uma pesquisa da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil não é dos países mais empáticos do mundo. Sim, somos conhecidos pela alegria e pela hospitalidade, mas quando falamos em se colocar no lugar do outro e tentar entender o que ele sente, ainda estamos muito longe do ideal. O estudo analisou respostas de um questionário aplicado em 61 países, com 104 mil pessoas, que tentava medir compaixão e empatia em situações hipotéticas. O Brasil ficou em 51º na lista, atrás de países como o Equador, Arábia Saudita, Peru, Dinamarca e Emirados Árabes, por exemplo. Mas o problema do egocentrismo e da falta de amor ao próximo não é exclusivo dos brasileiros. É uma preocupação mundial. [...]
Valorize a tolerância e o respeito às diferenças.
3.
Exponham os cartazes em diferentes lugares da escola. Combinem os lugares com o seu professor.
CONTAIFER, Juliana; RUSKY, Renata. Colocando-se no lugar do outro. Correio Braziliense, 1º jan. 2017. Disponível em: <https:// www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2017/01/01/ interna_revista_correio,562973/o-que-e-empatia-e-como-ela-e-colocadaem-pratica-no-brasil-e-no-mundo.shtml>. Acesso em: 8 maio 2019.
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Protagonismo
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Que tal agora, em grupos, você e os seus colegas organizarem uma apresentação sobre os movimentos musicais mais expoentes dessa época no Brasil? Para isso, sigam os passos a seguir:
1. 2.
Apesar da intensa censura sofrida pelos meios de comunicação – rádio, televisão e jornal –, o Regime Civil-Militar foi um período de grande produção artística. Teatro, cinema, novelas e músicas foram produzidos pelos mais diversos grupos, como forma de expressão de suas ideias, seus sentimentos e suas posições políticas. Durante esse período, novos gêneros e movimentos musicais surgiram, ao passo que outros ganharam força. Alguns artistas se destacaram por lutar pelos seus ideais, outros se dedicaram a compor canções sobre temas do cotidiano, enquanto alguns buscaram inovar nas melodias e nas letras de suas músicas. Independentemente do objetivo de suas composições, esses indivíduos marcaram uma geração, tornando-se agentes transformadores de seu caminho.
3.
Seu grupo deve escolher um movimento musical que foi popular durante a época do Regime Civil-Militar. Vocês podem escolher entre:
♦ Bossa nova;
♦ Jovem Guarda;
♦ Tropicalismo;
♦ Canções de protesto.
Realizem uma pesquisa sobre a história e as características do movimento escolhido. Selecionem uma canção para reproduzir para a turma, analisando e interpretando a sua letra, o contexto em que foi produzida e a atuação de seu cantor ou banda. Sua equipe também pode cantar e tocar a canção para os colegas ou escolher outro tipo de apresentação, como uma declamação. Na data combinada, apresentem aos colegas o que vocês pesquisaram sobre o movimento musical escolhido, a canção e o cantor ou banda que a interpreta. Após as apresentações, conversem sobre o que vocês aprenderam, o que consideraram mais interessante durante as reproduções das canções, as análises feitas e reflitam sobre como ser um cidadão participante e ativo em uma sociedade democrática.
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Você sabia que as músicas também são consideradas fontes históricas? Por meio delas, os historiadores podem obter informações sobre seus compositores e o contexto sócio-histórico em que foram produzidas. Além disso, podemos entender melhor a produção cultural de determinada época. Bastidores do Terceiro Festival da Record, em 1967. Na imagem, artistas como Rita Lee, Gilberto Gil, Chico Buarque e Geraldo Vandré.
Uma noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil. 2010, 85 minutos. Em meio a vaias e aplausos eufóricos, cantores de diferentes estilos e gêneros musicais se apresentam na final do III Festival da Músicas Popular Brasileira da TV Record. O documentário mostra a acirrada disputa, o clímax, os nervos a flor da pele e canções emblemáticas da produção musical brasileira na época da ditadura.
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Portfólio Miguel Ribeiro
Respeito
Agora é com vocês! Chegou a hora de pôr a mão na massa e difundir mensagens positivas sobre a importância do respeito. Vocês se dividirão em pequenos grupos para elaborar um videocast. 1.
Nossas palavras e ações têm efeitos sobre o outro. Por isso, nas nossas relações, é importante praticar o respeito. Em diferentes momentos da história, houve graves situações de desrespeito ao ser humano e à sua dignidade. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o racismo profundo pelo qual passou a África do Sul, no contexto de segregação ou apartheid, como você viu neste capítulo. Naquele difícil cenário, porém, havia pessoas que lutavam pela igualdade de direitos entre negros e brancos. No mesmo ano em que, no território sul-africano, a segregação racial era institucionalizada, nas Nações Unidas era lançada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
2.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação
videocast é um vídeo de curta duração, para divulgação de algum conteúdo na internet.
Selecionem trechos da DUDH que destacam de maneira especial a importância de atitudes de respeito. Agora, preparem a produção dos vídeos, considerando as seguintes orientações: ♦
Decidam entre si a atribuição de papéis, para as tarefas de gravação, redação do roteiro e das falas, apresentação propriamente dita e edição de vídeo.
♦
Escolham o local em que será feita a gravação (pátio, parque ou sala da escola, por exemplo).
♦
E gravem, não ultrapassando o tempo de 3 minutos.
♦
As falas devem destacar a importância de atitudes de respeito para com o outro, além de citar os trechos escolhidos na pesquisa.
♦
Utilizem algum programa de edição disponível na internet (eles indicam como fazer vinhetas e inserir sons em vídeos). Insiram também os créditos ao final, incluindo possíveis colaborações de outras pessoas que não sejam da equipe.
♦
Todas as escolhas devem ser aprovadas pela maioria dos colegas.
uns aos outros com espírito de fraternidade”.
1o Artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3. Sob a orientação do professor, convidem outras turmas, ou toda a comunidade escolar, para a exibição dos videocasts produzidos pelas equipes. Combinem data, local e horário para essa exibição. No dia combinado, cheguem com antecedência e deixem tudo organizado.
A DUDH está disponível no link a seguir e no QR Code ao lado. <https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf>.
Discuta com seus colegas a partir dos questionamentos propostos.
♦
Que formas de desrespeito vocês observam hoje em nossa sociedade? Na opinião de vocês, o que leva a cenários de desrespeito? Como eles são possíveis, mesmo com debates, conscientizações e avanços no mundo ao longo das últimas décadas? Fazemos a nossa parte no combate às diferentes formas de desrespeito? Nossas atitudes são pautadas pela valorização do outro e pelo respeito às diferenças?
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Responsabilidade
Um basta ao trabalho infantil
Sobre esse tema, você irá assistir ao vídeo disponível no link a seguir ou no QR Code. Ele é uma produção da ONG Repórter Brasil, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério Público do Trabalho. Meia infância Gabriele Leite/YouTube
https://youtu.be/_oeYCEYpaRo
O combate ao trabalho infantil se iniciou ainda durante a Revolução Industrial. Esse tipo de trabalho, além de pôr em risco crianças e adolescentes, prejudica o pleno desenvolvimento deles. Ao longo do século passado, lutas contra o trabalho infantil resultaram na criação de leis que proibiram a prática em grande parte do mundo, inclusive no Brasil. No entanto, apesar da proibição, ainda há muitas crianças que trabalham.
Em equipes de seis a oito membros, realizem as atividades propostas a seguir.
1. O que mais chamou a atenção de vocês no vídeo? Conversem entre si.
2. Que medidas são necessárias para a erradicação do trabalho infantil hoje? 3. Para contribuir com o combate ao trabalho de crianças e adolescentes,
que tal transmitir uma mensagem sobre a importância dessa luta? Assim, vivenciaremos também o senso de responsabilidade. Para isso, cada equipe irá gravar um vídeo de no máximo 5 minutos sobre os seguintes temas: Dados sobre o trabalho infantil no Brasil. Dados sobre o trabalho infantil no mundo. Consequências do trabalho para as crianças e os adolescentes. Quando e como o exercício de alguma atividade é permitido antes dos 18 anos. V. O que o Estatuto da Criança e do Adolescente diz sobre a proteção da criança e do adolescente e sobre o trabalho infantil.
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I. II. III. IV.
Para a produção do vídeo, sigam as orientações dadas pelo seu professor.
4. Agora é hora de divulgar. Lancem o vídeo no blog ou site da escola e
divulguem-no entre os seus amigos, familiares e professores e entre as outras turmas da escola. Dessa forma, vocês estarão ajudando a propagar essa importante mensagem.
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Mais Atitude
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Conhecimento inter e intrapessoal
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As marcas que você carrega
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Você consegue perceber essa influência em sua casa ou comunidade? Converse com seus familiares para descobrir a origem de seus antepassados. De onde eles vieram? Caso haja imigrantes, tente descobrir quando chegaram ao Brasil e que motivos os fez imigrar, se mantêm algum costume ou quais pratos típicos do país de origem gostam de preparar. Agora, faça uma pesquisa sobre a cidade ou região em que mora utilizando as perguntas a seguir como guia. 1. Sua localidade recebeu imigrantes no passado? Qual é a origem deles e o que os levou a imigrar? Converse com pessoas mais velhas da sua região para descobrir. 2. Há algum espaço dedicado à preservação da cultura dessas pessoas, como museus ou associações? 3. Quais costumes desses povos ainda podem ser vistos atualmente? 4. Os pratos típicos da sua região tiveram influência da culinária dos imigrantes? 5. Há palavras das línguas nativas dos imigrantes que são utilizadas hoje no dia a dia da comunidade? Escreva um pequeno texto no caderno contando suas descobertas e compartilhe com seus colegas.
A vinda de um grande número de imigrantes provocou mudanças sociais e culturais importantes no Brasil. Esses povos – alemães, japoneses, italianos, espanhóis, turcos, poloneses, entre outros – trouxeram novos hábitos e práticas sociais que se misturaram com as tradições brasileiras. Foi assim, por exemplo, que a língua portuguesa falada no país incorporou novas palavras e expressões estrangeiras; a culinária se diversificou e passou a incluir pratos inspirados em tradições de outros lugares; novos festejos e comemorações passaram a ser realizados em diversas comunidades rurais e, depois, também nas cidades. Os imigrantes trouxeram ainda novas ideias políticas e, especialmente nos centros urbanos, ajudaram a compor organizações sociais, como sindicatos, jornais e movimentos que lutavam por melhores condições de trabalho. Esse processo evidencia a maneira como diferentes culturas dialogam entre si e produzem novas práticas, mais ricas e diversificadas. Por isso, sempre que se pensar em cultura brasileira, é importante lembrar que ela é resultado do contato de diferentes povos e grupos sociais, como indígenas, africanos, europeus e asiáticos. 28
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Respeito
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“Apesar de ficar numa região com uma comunidade boliviana muito forte, a escola não tinha um projeto contra a discriminação. Os alunos estrangeiros eram muito estigmatizados, sofriam ameaças, eram xingados, chegavam até a pagar ‘pedágio’ ou eram coagidos a fazer coisas erradas para não apanharem”, conta Cláudio da Silva Neto, diretor da escola. Ele chegou à direção em 2011 e montou com alunos, professores e pais um novo projeto pedagógico para a unidade, que tinha muitos problemas com violência. Uma das mudanças promovidas na escola foi a de valorizar a cultura dos estrangeiros e conscientizar professores e alunos sobre os motivos da migração e as condições que eles encontravam ao chegar ao Brasil. “Das provocações que faziam sobre o trabalho escravo dos bolivianos e de que eles vinham para roubar emprego, os brasileiros passaram a entender a realidade daquelas famílias e começaram a ter admiração pelos estrangeiros e por terem outra cultura”, conta Cláudio. Thaís também sentiu a mudança no comportamento das pessoas do colégio e percebeu que elas passaram a ter curiosidade quando viam os bolivianos conversando em espanhol. “Com esses meses de aula, já dá até pra gente ter algumas conversas curtas em espanhol”, diz a menina que deseja ser advogada para ajudar outros imigrantes no país. Formação. A escola do Canindé é uma das 43 da rede municipal que, no ano passado, tiveram professores que passaram por uma formação pela ONG Repórter Brasil para combater o trabalho escravo. “Nossa ideia era trabalhar na prevenção e evitar que esse tipo de condição de trabalho acontecesse. O que encontramos foram casos de xenofobia em algumas escolas e a dificuldade dos professores em lidar com eles por falta de preparo”, contou Natália Suzuki, coordenadora do projeto A escola, segundo Natália, é um dos pontos de maior conexão entre os imigrantes e a comunidade local. Por isso, um olhar cuidadoso para a criança pode indicar problemas que aquela família esteja passando. “O professor descobre que o aluno, que chegava sujo ou tinha dificuldade de aprendizado, não vem de uma família relapsa, mas que vive em situação de pobreza ou de abuso.” Com o trabalho de valorização do migrante, Claudio conta que já teve casos de pais que pediram para que o filho fosse reprovado e ficasse mais um ano na escola – que só tem turmas até o 9o ano. “Era uma família síria que tinha medo da menina perder a confiança e o que aprendeu aqui por ter de ir para outro colégio.”
A identidade brasileira é fruto da mistura cultural de povos que já viviam no Brasil com os que migraram para cá. O respeito às pessoas de diferentes regiões, raças e culturas é fundamental. Ações e palavras têm efeito no outro. É importante agir com compaixão, ser gentil e compreensivo. Mesmo em um país tão plural como o Brasil, moradores de diferentes regiões ainda são resistentes a receber bem pessoas de outros estados e países. É muito difícil chegar em um ambiente diferente. Temos medo de não sermos acolhidos, de não nos enturmarmos. A xenofobia é definida como desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio, pelo que é incomum ou o que vem de fora do país. Leia o texto a seguir sobre como a aluna Thaís driblou o bullying e a xenofobia na sua escola.
Alunos combatem bullying e xenofobia Menina dá aulas de espanhol para colegas em escola pública de São Paulo; programa busca estreitar laços, ampliando as relações culturais Isabela Palhares, O Estado de S. Paulo 1o de julho de 2017 | 20h35 Nilton Fukuda/Estadão
PALHARES, Isabela. Alunos combatem bullying e xenofobia. O Estadão, 1o jul. 2017. Disponível em: <https://educacao.estadao.com.br>. Acesso em: 26 fev. 2019. (adaptado)
1.
Com base na leitura do texto, que ação(ões) a aluna Thaís organizou para reverter a situação de bullying e xenofobia no seu ambiente escolar? Thaís contou com que apoio para que seu projeto fosse bem-sucedido? Qual foi a importância desse apoio?
2.
É comum mudarmos de escola, cidade, estado ou país. Imagine que você chegou a um novo ambiente, sem conhecer o espaço, sem os amigos que fez durante a vida e sem o contexto cultural no qual foi criado(a). Como você lidaria com a mudança? Que atitudes você tomaria para tentar se aproximar das pessoas e conhecer melhor a nova cultura?
3.
A turma deve escolher uma frase que represente a experiência da questão anterior sobre as diversas mudanças que passamos no decorrer da vida e sobre o respeito às diferenças. É importante que todos sugiram frases e votem na que mais gostaram. Lembrem-se de respeitar as opiniões dos colegas, de escutar e de debater sobre os pensamentos diferentes.
4.
Elaborem um cartaz com a frase escolhida pela turma e deixem colado na sala de aula.
Thaís López pediu à escola para ministrar aulas de espanhol para tentar se aproximar dos colegas brasileiros.
Aos 12 anos, Thaís López, filha de bolivianos, dá aulas de espanhol para 30 alunos na escola municipal Infante Dom Henrique, no Canindé, região central de São Paulo. A menina teve a ideia de ensinar o idioma que aprendeu em casa para se aproximar dos colegas e tentar acabar com os “grupinhos” que se formam de acordo com a descendência de cada um. A proposta de Thaís foi bem recebida pelos colegas, e o curso que ela oferece tem quase 70 outros alunos na lista de espera. Mas o interesse pela língua e a vontade dos brasileiros de se aproximar dos imigrantes só aconteceram depois que a escola decidiu fazer um trabalho com todos os estudantes para reduzir o preconceito. 48
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Você já ouviu falar em Idade das Trevas para se referir à Idade Média? Essa expressão foi muito utilizada no passado. Isso porque, no senso comum, a Idade Média era vista como uma etapa negativa na história humana, tempo esse que supostamente teria sido marcado pela inexistência de produção artística, científica e tecnológica, ou seja, um momento de estagnação no desenvolvimento da humanidade. Contudo, o legado dessa época nos prova o contrário. A Idade Média foi um período de intensas transformações em variados campos. Para conhecer um pouco mais sobre as importantes inovações desenvolvidas nesse período, pesquisem, em grupos, avanços científicos, descobertas e invenções que aconteceram durante a Idade Média. Escolham também uma área artística para ser aprofundada durante a pesquisa: arquitetura, artes visuais, música ou literatura. Vocês irão confeccionar cartazes apresentando a relevância do que foi pesquisado para os dias de hoje e apresentar o que descobriram para a turma. Aproveitem para decorar os cartazes com elementos que lembrem o período estudado! Depois, com todos os colegas, discutam sobre as questões a seguir:
Desconstruindo a História
• Vocês sabiam que a Idade Média foi uma época tão rica em inovações artísticas e científicas? O que mais chamou a atenção do grupo? Resposta pessoal.
• Estar aberto ao novo foi importante para conseguir ter outra visão sobre o mesmo assunto? Como vocês acham que isso pode ajudar no estudo da História? Resposta pessoal.
A arquitetura da Idade Média se destacou pelo estilo gótico, como se pode ver na Catedral da Notre-Dame, em Paris. As altas torres passavam a mensagem de estarem mais próximas de Deus. As construções frequentemente eram decoradas com vitrais, umas das maiores manifestações artísticas da época.
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Inovação
Você estudou a história do continente africano, conhecendo algumas das principais civilizações antigas e suas particularidades. Mas o que você sabe sobre a África além do que foi apresentado no capítulo? Conhece, por exemplo, a produção cultural e literária da região? A escritora nigeriana Chimamanda Adichie chama a atenção das pessoas para o perigo de se conhecer apenas um ponto de vista de uma história. Para ela, é importante que a diversidade de pensamentos, interpretações e vivências seja conhecida e valorizada, evitando, assim, a criação e a disseminação de estereótipos. Leia o texto a seguir que fala um pouco sobre esse pensamento de Chimamanda Adichie.
“O Perigo da História Única”
[...] Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora Nigeriana que vem conquistando uma nova geração de leitores com seus romances de origem Africana. No ano de 2009 ela se apresentou no TED (Technology, Entertainment, Design) [...] e usou a sua própria história para exemplificar como pode ser ruim termos apenas uma versão das muitas narrativas existentes sobre pessoas e lugares espalhados por aí. Em sua fala ela relata que, quando pequena, lia muitas histórias sobre personagens ingleses, que tinham a pele clara, olhos azuis, comiam maçãs e brincavam na neve. Embora adorasse sonhar com aquilo que encontrava nas páginas dos livros, foi percebendo que eles pouco tinham a ver com o seu universo. Quando entrou na Universidade de Drexel (nos EUA), aos 19 anos, ela teve essa mesma estranha sensação de não se reconhecer na fala de sua companheira de quarto. A amiga presumiu que Chimamanda ouvia músicas tribais, conhecia animais selvagens e não sabia usar um fogão elétrico pelo simples fato de ter crescido no continente Africano. Tal realidade, porém, não combinava com o lugar em que viveu. Com o tempo, a escritora foi entendendo que as histórias que ouvimos, principalmente quando somos crianças, acabam influenciando a nossa percepção sobre as coisas, nos oferecendo um ponto de vista por vezes insuficiente a respeito delas. [...] “Como são contadas, quem as conta, quando e quantas histórias são contadas, tudo realmente depende do poder. Poder é a habilidade de não só contar a história de uma outra pessoa, mas de fazê-la a história definitiva daquela pessoa.” – ressalta Chimamanda. Ela acredita que insistir somente numa única face de uma narrativa significa negligenciar e tornar superficiais experiências complexas e tão ricas em detalhes. Isso inevitavelmente cria estereótipos, que se tornam um problema a partir do momento em que deixam incompleta a nossa compreensão sobre algo ou alguém. [...] Estarmos atentos às referências que oferecemos aos pequenos é, portanto, uma forma de garantir que conheçam a diversidade que existe no mundo e se interessem por ela, buscando, cada vez mais, pontos de encontro e interpretações sobre o que veem, leem, escutam… Isso dá sentido, engrandece o ser humano e, como a própria autora diz ao final de sua palestra: “quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso”. Disponível em: https://labedu.org.br/o-perigo-da-historia-unica/ <adaptado>
Agora organize-se em grupos e, com base nas reflexões de Chimamanda Adichie, imagine a seguinte situação:
e sua equipe são responsáveis por uma editora brasileira que está desenvolvendo um Você projeto de divulgação da cultura africana em seus variados aspectos (literatura, música, culinária, cinema, comportamento, pensamento acadêmico etc.). Por votação, decidiu-se que o tema da primeira criação desse projeto seria a literatura do continente africano.
Agora outra decisão precisa ser tomada: qual será essa criação? Em uma decisão compartilhada, escolham uma das opções a seguir. de conversa na televisão Antologia de escritores Roda ▷ Mediador: ▷ Organizador: ▷ ▷ ▷ ▷
▷ Autores: ▷ Temática: ▷ Divulgação:
literário Evento ▷ Autores convidados: ▷ ▷ ▷ ▷
Autor homenageado: Espaço: Temática: Divulgação:
Após escolher uma das propostas, debata com os colegas de equipe sobre os subtópicos – exemplo, que autores convidaríamos? Qual temática escolheríamos? Em que lugar faríamos? Como divulgaríamos o livro ou o evento? Escrevam no seu caderno as decisões tomadas em grupo. Também é importante que vocês façam um breve resumo sobre os autores escolhidos e definam o objetivo da editora ao promover literatura africana. Ao final apresente o seu projeto para a classe.
Da esquerda para a direita, Chimamanda Adichie, NoViolet Bulawayo e Nnedi Okorafor, por Fernardo Vicente.
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Autonomia
Liberdade consciente
O poema “Liberdade” (original “Liberté”) foi escrito pelo poeta francês Paul Éluard em meados do século XX. Impedido de circular pela França ocupada pelos nazistas, o texto chegou clandestinamente à Inglaterra pelas mãos do artista plástico pernambucano Cícero Dias. Lá pôde ser traduzido para diversas línguas e circular, inclusive em forma de panfletos, que eram distribuídos na Europa por aviões aliados. Nele, a liberdade, inscrita em tudo, é exaltada. Em muitos outros momentos da história, a liberdade foi motivo de revoluções. A palavra liberdade está gravada, por exemplo, na bandeira do estado de Minas Gerais, palco de um dos mais importantes movimentos revolucionários ocorridos no Brasil colonial: a Conjuração Mineira. Na bandeira está a expressão latina Libertas quae sera tamen, cuja tradução é “liberdade ainda que tardia”, lema do movimento separatista. A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, assim como outras manifestações que questionavam a ordem política e social no Brasil e no mundo, foram influenciadas pelo Iluminismo, corrente filosófica que compreendia a liberdade individual ou de um grupo como algo a ser alcançado por meio da razão. Esta seria a ferramenta para vencer a ignorância e a superstição e conquistar o conhecimento. Esse movimento em direção às “luzes” da racionalidade proporcionaria o autoconhecimento do indivíduo e o desenvolvimento da humanidade.
Liberdade
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Nos meus cadernos de escola Nesta carteira nas árvores Nas areias e na neve Escrevo teu nome Em toda página lida Em toda página branca Pedra sangue papel cinza Escrevo teu nome
Apesar de ser muitas vezes exaltada, a liberdade de manifestação de pensamento sofreu a imposição de limites em diferentes momentos históricos. Com seus colegas, faça um levantamento de períodos em que houve o impedimento da livre expressão de pensamento no Brasil e no restante do mundo, considerando as motivações e as contestações.
[...] Na saúde recobrada No perigo dissipado Na esperança sem memórias Escrevo teu nome
Atualmente, o desenvolvimento da internet tornou possíveis novas formas de expressão e de propagação de ideias. Questões sociais e políticas são discutidas frequentemente nas redes sociais, onde as pessoas costumam expor livremente a própria opinião. Essa liberdade de expressão nas redes sociais é irrestrita? Quais são os seus aspectos positivos e negativos? Discuta com seus colegas.
E ao poder de uma palavra Recomeço minha vida Nasci pra te conhecer E te chamar
Pesquise sobre a contribuição das ferramentas digitais para o desenvolvimento da cidadania dos jovens no mundo atual. Elabore um fôlder explicativo, a ser distribuído na escola, sobre as melhores formas de utilizar esses recursos para informar-se e expressar opinião a respeito de questões políticas e sociais. Considere, durante a elaboração, a importância do pensamento crítico e da liberdade de expressão.
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ÉLUARD, Paul. Liberdade. In: MAGALHÃES JÚNIOR, Raimundo. Antologia de poetas franceses: do século XV ao século XX. Rio de Janeiro: Gráfica Tupy, 1950.
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Cooperação
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Neste capítulo, você está estudando as medidas de massa e de capacidade. Que tal pôr em prática seu conhecimento aventurando-se na “Trilha das medidas”?
Ganha a equipe que chegar ao final primeiro. 142
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Se acertar, a equipe avança o número de casas indicadas na carta. Em caso de erro, permanece na mesma casa.
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Início
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Se o marcador parar em uma casa laranja, a equipe pega uma carta do monte laranja, lê e faz o que a carta afirmar que deve ser feito.
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Se o marcador cair em uma casa azul, a equipe pega uma carta do monte azul, lê e responde se é verdadeira ou falsa a afirmação lida.
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Escolham qual equipe começará o jogo. Essa equipe joga o dado e avança o número de casas que cair no dado.
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Coloquem as cartas laranjas em um monte e as cartas azuis em outro. Elas deverão estar viradas para baixo.
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Formem as equipes e cortem as cartas do anexo XX, página YY.
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Regras
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um dado; um marcador para cada equipe (pode ser uma borracha ou um apontador, por exemplo).
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Só serão necessários um tabuleiro e 36 cartas para cada equipe.
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tabuleiro da página ao lado;
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Material necessário
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Trilha das medidas
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Junte-se a 3 colegas e lembre-se: vocês precisaram cooperar uns com os outros, agindo com tolerância e empatia para chegar ao final dessa trilha!
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1. Faça previsões.
Resiliência
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a) Calcule o valor: b]de quanto você costuma gastar por semana. Resposta pessoal. b]de quanto você precisa guardar, no mínimo por semana para realizar a compra do teclado do seu vizinho antes de ele se mudar. 125,00
b) Considerando os gastos que você já tem (lanche, lazer etc.), é possível
Poupar para realizar sonhos
comprar o teclado ao final do mês? Espera-se que os alunos percebam que só será possível comprar o teclado caso os gastos
Às vezes, para adquirir algo que se quer muito, é preciso dinheiro e muita resiliência. Mas você sabe o que isso significa? Ser resiliente é não se deixar desestimular diante de situações difíceis, mas confiar em si mesmo e persistir em uma ideia ou projeto.
semanais não excedam R$25,00.
c) O que você pode fazer para garantir que terá o valor do teclado ao final do mês? Resposta pessoal.
Que tal exercitar essa habilidade?
d) Caso os seus gastos semanais não permitam a compra do teclado no prazo determinado, o que você deve fazer? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mostrem resiliência pensando em novas estratégias
Imagine que você estuda música como hobby e quer muito trocar o seu teclado. Seus pais já disseram que você terá que comprar o novo instrumento usando sua mesada. Esse instrumento novo custa R$ 1.000,00 na loja mais barata, e sua mesada semanal é de R$ 150,00. Como você tem outros gastos, pode ser que demore um pouco até economizar o dinheiro necessário. Ao pesquisar por alternativas mais baratas, você descobriu que um de seus vizinhos está de mudança para outro estado e que está vendendo o instrumento usado por R$ 500,00 reais. Como essa mudança acontecerá daqui a um mês, você terá esse prazo para juntar o dinheiro e comprar o instrumento.
econômicas para conseguir comprar o teclado, por exemplo, refazer o planejamento para comprar o teclado novo ou pesquisar em sites de compra e venda de objetos usados para comprá-lo mais barato.
2. Mantenha o controle e acompanhe o processo. Seja resiliente! Autoavalie periodicamente suas atitudes para verificar se está tudo saindo como o planejado para a realização desse projeto. As perguntas apresentadas a seguir podem te ajudar nessa tarefa. Registre as respostas no espaço seguinte. Você está confiante de que irá comprar a teclado de seu vizinho, de acordo com o planejamento feito?
Respostas pessoais.
Você se deparou com alguma situação que não lhe permitiu executar seu plano? Como você agiu? Você está persistindo na realização do seu sonho?
Como será possível realizar o seu desejo? Comece a fazer um planejamento!
Em algum momento, você precisou replanejar suas ações? O que precisou fazer? Como você se sentiu?
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Cooperação
Saiba ouvir o coleguinha, colabore com o grupo e tenha tolerância e empatia.
Neste capítulo, você está estudando sobre as possibilidades de determinado evento acontecer. Em Matemática, esse conteúdo recebe o nome de probabilidade. Que tal compartilhar seus conhecimentos sobre probabilidade de uma maneira diferente?
Desafio do Tangram Para enfrentar o desafio do Tangram, junte-se a 3 colegas. Vocês deverão utilizar as peças do Tangram que recortaram do anexo 4 (página XX). Serão necessárias todas as peças dos quatro participantes e a cooperação de cada um.
Sala de aula às avessas A partir de agora, você é o professor! Você deverá preparar uma pequena aula com o objetivo de discutir com seus alunos uma situação-problema de probabilidade. Para prepará-la, você deverá fazer um plano de aula. Ele será usado para definir como você conduzirá a aula e de que maneira a situação-problema será abordada. Para isso, pense a respeito dos seguintes questionamentos:
1. Quando terminarem o desafio, respondam às questões a seguir. Atividade prática. Respostas pessoais.
2. Seu grupo conseguiu concluir a tarefa?
Protagonismo
Sim.
Não.
b Quem são meus alunos? b Qual é o melhor método para que meus alunos aprendam esse conteúdo? b Vou usar algum material extra, como algum vídeo ou algum livro específico?
3. Todos os participantes do grupo se envolveram com a tarefa? Todos deram sugestões? Que sugestões funcionaram?
Onde irei conseguir esses materiais?
b Quais métodos eu utilizarei para avaliar se meus alunos realmente
Soube esperar minha vez de falar.
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Contribui com uma sugestão.
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Se dois dados forem lançados, é possível afirmar que a probabilidade de a soma ser par é maior que a probabilidade de a soma ser ímpar? Considere casos como 1 + 2 e 2 + 1 como respostas diferentes.
5. Marque com um X as atitudes que você teve durante o trabalho em grupo.
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aprenderam o conteúdo? O objetivo da sua aula é levar seus alunos a resolverem corretamente a seguinte situação-problema.
4. Houve discordâncias? Como elas foram resolvidas?
Briguei com um colega. Ouvi a ideia de um amigo.
Lembre-se de que você terá que resolver o problema antes de dar aula sobre ele.
Fiquei calado vendo o grupo resolver o desafio.
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bbVocê mudaria algo no seu comportamento durante o trabalho?
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Após preparar seu plano de aula, forme duplas com um colega. Você deverá apresentar sua aula para ele e ele apresentará a dele para você.
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No filme A invenção de Hugo Cabret (2011), baseado no livro homônimo de Brian Selznick e dirigido por Martin Scorsese, conhece-se a história de um garoto órfão que vive em uma estação de trem, em Paris, no início do século XX. Hugo, o protagonista, guarda consigo um autômato (uma espécie de robô) quebrado, deixado como herança por seu pai antes de morrer. Durante sua rotina entre as engrenagens dos relógios da estação e seu trabalho para mantê-los a todo vapor, ele conhece Isabelle, uma jovem que tem a chave para todos os enigmas do autômato, levando-os a uma aventura recheada de mistérios. Observando as grandes engrenagens no filme, pode-se ter uma ideia de como esses mecanismos funcionam. Eles servem, basicamente, para guiar o movimento interno do relógio até fazê-lo chegar aos ponteiros, podendo manter ou inverter seu deslocamento e reduzir sua velocidade. Esse processo pode ser observado também nas engrenagens que compõem as marchas de uma bicicleta, conforme os casos demonstrados pelo Movimento Circular Uniforme (MCU). Em um relógio analógico clássico, por exemplo, era necessário dar corda em suas engrenagens diariamente, uma vez que essa ação causa o tensionamento de uma mola presente em seu interior, fazendo-a acumular energia. Essa energia é liberada de forma gradual através do giro das engrenagens, impulsionando o movimento dos ponteiros. Relógios mais atuais já contam com uma bateria de quartzo (SiO2), mineral que tem a propriedade de gerar pulsos elétricos ao ser pressionado. Essa substância começou a ser usada na indústria relojoeira, visando eximir o usuário da necessidade de dar corda manualmente. A energia gerada pelo quartzo é transmitida ao processador eletrônico do relógio, que, por sua vez, a fraciona e a divide em centésimos e minutos, informação que é mostrada em horas, minutos e segundos.
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CONHECIMENTO
As engrenagens de
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Cordyceps: fungos que transformam artrópodes em zumbis Fungos do gênero Cordyceps, que atualmente conta com mais de 400 espécies já conhecidas pela ciência, têm uma distribuição ampla pelo mundo, ocorrendo principalmente em florestas tropicais úmidas. Entretanto, a maioria das espécies habita grande parte da Ásia. Por lá, muitos até são comestíveis ou utilizados na Medicina tradicional. Segundo pesquisadores, cada espécie de fungo parasita uma espécie de artrópode, como aranhas, formigas, grilos, gafanhotos e mariposas, transformando-as praticamente em zumbis. Eles afetam o sistema nervoso central de suas vítimas, fazendo com que se desloquem à procura de locais bem ventilados e úmidos que favoreçam a reprodução do fungo. A vítima se fixa no local e fica parada enquanto o fungo se desenvolve e a consome viva. A incubação pode demorar até 3 semanas; e, então, o fungo lança seus esporos, infectando outros indivíduos da mesma espécie. “Em um caso em que a biologia é mais estranha do que a ficção, o parasita do causador das formigas-zumbis é também um fungo.” Dr. David P. Hughes, Universidade da Pensilvânia
Estes fungos são tão virulentos que podem, por exemplo, devastar colônias inteiras de formigas. Ainda que pareça devastador, o Cordyceps tem grande importância ecológica. Afetando espécies mais abundantes na floresta, o fungo impede que elas dominem o ambiente, permitindo a coexistência entre várias espécies de artrópodes. Sem a presença do fungo, espécies que competem melhor por recursos poderiam eliminar as competidoras inferiores, reduzindo a diversidade local. Ou seja, os fungos Cordyceps ajudam a manter a diversidade de artrópodes nas florestas. Além disso, eles também têm importância grandiosa na Medicina. Muitas espécies têm sido estudadas e revelaram propriedades promissoras em relação ao câncer e a pacientes com resistência à insulina. Diariamente somos bombardeados por milhares de esporos de uma gigantesca quantidade de espécies de fungos, e não somos infectados gravemente por nenhum, o que explica parte de nossa resistência a todos esses fungos, e também ao Cordyceps. Além disso, o fato de sermos animais de sangue quente e de nosso sistema imune ter evoluído em meio aos fungos nos torna imunes a eles. Mas os criadores do jogo The last of us usaram o Ophiocordyceps sinensis para apresentar como ocorreu a destruição da raça humana em seu cenário fictício, lançando mão de uma campanha de marketing, um vídeo, que muitos acreditaram como falso, mas que era de fato um documentário da BBC. Disponível em: <http://www.euquerobiologia.com.br>. Acesso em: 19 set. 2017. (adaptado)
Veja o vídeo da BBC:
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Mais Conhecimento
Película Coco, un tributo de Pixar a México El folclor y tradicionalismo de México es una fuente inagotable de fantasías que nos hace enorgullecernos de nuestras raíces. Uno de los tantos tesoros que nuestro país comparte con alegría y respeto es el Día de Muertos. Esta celebración ha sido representada en innumerables ocasiones alrededor del mundo enalteciendo el orgullo nacional. Por tal razón, Pixar y Disney no quedaron atrás y decidieron rendir un tierno homenaje con la película Coco.
Un mundo de tradición La historia sigue el sueño de Miguel, un niño mexicano de 12 años, para convertirse en un gran músico como Ernesto de la Cruz. A pesar de la prohibición de la música en su casa, el pequeño soñador visita el mausoleo de su ídolo el 1 de noviembre y tras varios acontecimientos termina en la tierra de los muertos. Es aquí donde Miguel comienza una divertida aventura acompañado de su perro xoloitzcuintle Dante, y una tramposa calavera llamada Héctor para descubrir su origen y seguir su pasión. [...] Coco fue tomada por una de las cabezas más respetadas de Pixar y Disney, Lee Unkrich. El director de Toy Story 3 y Monsters, Inc. decidió crear un mundo infinito de magia y amor hacia México. Bajo el guion del mexicano Adrian Molina, la producción realizó una exhaustiva y profunda investigación sobre el Día de Muertos. Mediante relatos e historias, los realizadores viajaron por Guanajuato y Oaxaca donde se impregnaron de todo el folclor mexicano.
Una carta de amor a México A través de diversas entrevistas, Unkrich ha revelado que la película Coco es una “carta de amor a México”. Además de estar repleta de homenajes a la cultura nacional, la cinta reúne un elenco de sangre latina. Anthony González interpreta a Miguel mientras que el histrión mexicano Gael García da voz al esqueleto Héctor. En tanto Benjamin Bratt da vida al cantante Ernesto de la Cruz, Renee Víctor a la abuelita de Miguel y Ana Ofelia Murguía a Mamá Coco. La historia de Coco es un homenaje rotundo de la riqueza cultural de México. Es un viaje por entre calaveras decoradas y flores de cempasúchil de las fantásticas tradiciones de México.
Divulgação
ESCUDERO, Miguel. Película Coco, un tributo de Pixar a México. Via México. Disponible en: <http://viamexico.mx>. Accedido el: 5 mar. 2018. (adaptado)
El xoloitzcuintle es una raza canina originaria de México, caracterizada por ser prácticamente sin pelo.
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Portfólio Miguel Ribeiro
Immigrant Song We come from the land of the ice and snow From the midnight sun where the hot springs blow The hammer of the gods Will drive our ships to new lands To fight the horde, singing and crying Valhalla, I am coming! On we sweep with threshing oar Our only goal will be the western shore
On we sweep with threshing oar Our only goal will be the western shore
©JonMcCoy2017
We come from the land of the ice and snow From the midnight sun where the hot springs blow How soft your fields so green Can whisper tales of gore Of how we calmed the tides of war We are your overlords
So now you'd better stop and rebuild all your ruins For peace and trust can win the day Despite of all your losing
Uma língua é, muitas vezes, barreira ao acesso a outras culturas, no entanto, cada vez mais, tem se mostrado ponte entre povos, crenças e culturas diversas. “Immigrant Song” é uma música lançada em 1970 pela banda Led Zeppelin. Robert Plant, cantor e compositor da banda, escreveu a canção em uma turnê na Islândia, onde Robert pôde conhecer a cultura da região e suas tradições, entendendo mais sobre o mundo dos nórdicos e vikings e produzindo uma canção sobre o descobrimento da América do Norte por esses intrépidos exploradores: “The song’s lyrics are written as if by Vikings rowing west from Scandinavia in search of new lands. These lyrics would seemingly make the Vikings ‘immigrants’ in a new land, and that land would be Canada. References to Viking conquests and the Old Norse were confirmed in a 1970 radio interview when Robert Plant of Led Zeppelin jokingly recalled: ‘We went to Iceland, and it made you think of Vikings and big ships.’”. A canção virou um marco da banda e ajudou a divulgar a descoberta do casal exploradores Helge e Anne-Stine Ingstad, que, entre os anos de 1961 e 1968, encontrou na região de Terra Nova, oeste do Canadá, vários vestígios arqueológicos que provaram a presença desses europeus na América do Norte em meados do ano 1000 d. C., mudando sobre a forma que vemos e víamos sobre o descobrimento do continente. Disponível em: <https://ottawarewind.com>. Acesso em: 18 jul. 2017. (adaptado)
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Para Relembrar ������������������������
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Para Relembrar
PARA RELEMBRAR
Cálculo de possibilidades nas brincadeiras de criança
O cálculo de possibilidades é muito utilizado em brincadeiras e atividades cotidianas. Observando algumas dessas situações, podem-se descobrir curiosidades sobre esse cálculo. Quantos caminhos diferentes Pedro pode fazer para chegar em sua escola passando pela padaria? Multiplicando o número de possibilidades que tem para ir da sua casa à padaria (4) pelo número de opções que possui para ir da padaria até a escola (3), Pedro descobriu que pode ir de sua casa até a escola, passando pela padaria, por 4 × 3 = 12 rotas diferentes.
Gabriel quer comprar uma blusa estampada. Ele gostou muito das estampas de cachorro e de gato e ficou interessado nas cores branca, azul e vermelha. Quantas opções de blusa e estampa Benício pode escolher? Para solucionar o problema de Benício, pode ser usada uma árvore de possibilidades. Observe: Cores da camisa
branca azul vermelha
Estampas
cachorro gato cachorro gato cachorro gato
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Portfólio Miguel Ribeiro
Qual é a chance de Marcela tirar um número par, se jogar o dado apenas uma vez? O dado tem 6 faces com números diferentes, porém apenas 3 deles são pares, por isso, a quantidade de números pares é 3 . A possibilidade 6 de Marcela tirar um número par na face superior do dado é 3= 1 = 50% . 6 2
Thaís está participando de uma rifa com suas colegas de turma. Quantas são as chances de Thaís ganhar?
Oba! Tenho duas chances em 2. 10, ou seja, 10
1 – Andrezza 2 – Joana 3 – Joana 4 – Letícia 5 – Thaís
6 – Thaís 7 – Andrezza 8 – Priscila 9 – Priscila 10 – Priscila
NESTE CAPÍTULO, VOCÊ ESTUDOU... ]] ]] ]] ]]
Imagens: Shutterstock
Para calcular o percentual de chances de Thaís ganhar a rifa, podem-se multiplicar os termos da fração 2 por 10. Assim, 2 10 20 20% 10 10 10 100 (forma percentual).
combinações variadas de elementos de coleções; como organizar as combinações em uma árvore de possibilidades; como calcular a probabilidade de determinados eventos; cálculos de probabilidade em situações-problema. 115
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Para Relembrar
PARA RELEMBRAR Que interessante, um novo quadro de ordens!
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Parte decimal
Décimos
Unidades
1
2
4
Décimos
Centésimos
,
1
4
6
,
0
2
0
,
3
0
7
,
5
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Parte inteira Centésimos
Lê-se por extenso 12,14
Doze inteiros e quatorze centésimos.
6,02
Seis inteiros e dois centésimos.
0,30
Três décimos ou trinta centésimos.
147,59
Cento e quarenta e sete inteiros e cinquenta e nove centésimos.
Observe que o número decimal apresenta uma parte inteira, valor que está antes da vírgula, e uma parte decimal (décimos e centésimos), valor que está após a vírgula.
Comparação de números decimais Quando se quer comparar dois números decimais, verificam-se primeiro as partes inteiras: se forem diferentes, o número que possuir a maior parte inteira será maior.
Se forem iguais, compara-se, em seguida, a parte decimal. Desse modo, o número que possuir a maior parte decimal será maior.
2,13 < 3,1
14,12 < 14,39
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Portfólio Miguel Ribeiro
Situação-problema com números decimais Após observar o valor de suas compras, Ana pagou com duas cédulas de R$ 20,00. Quando foi verificar o valor do troco, percebeu que ele não podia ser lido e decidiu calculá-lo. Quanto Ana recebeu de troco? Supermercado SUPER BARATINHO CUPOM FISCAL 1 quilo de arroz ��������������R$ 3,09 1 pacote de café ��������������R$ 4,48
40,00 – 35,37 4,63
1 lata de leite����������� R$ 23,17 1 bandeja de iogurte������� R$ 4,63
Eu recebi R$ 4,63 de troco.
Total ����������������������������R$ 35,37 Dinheiro ������������������������R$ 40,00 Troco�����������������������������
Operações com números decimais
11
27,68 + 54,70 82,38
7 11 13
82,38
– 54,70 27,68
Para efetuar adições e subtrações de números decimais, podemos usar o algoritmo formal. Para isso, é preciso considerar a posição da vírgula e, caso necessário, completar com o zero as casas decimais vazias.
NESTE CAPÍTULO, VOCÊ ESTUDOU... ]] ]] ]] ]] ]] ]] ]]
leitura e escrita de números racionais representados na forma decimal; comparação e ordenação números decimais; relação entre décimos e centésimos com a representação do sistema monetário brasileiro; localização na reta numérica de quantias expressas sob a forma decimal; resolução e elaboração de situações-problema envolvendo compra e venda; uso de estratégias pessoais e do algoritmo formal para efetuar adições e subtrações de números decimais; cálculos mental, por escrito exatos e estimados de resultados de adições e subtrações de números decimais. 37
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@designmiguelribeiro