Dtinta2

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Meggie fez que sim. Ela reconhecera a letra na hora, embora não estivesse tão uniforme como normalmente. Seu coração começou a dançar dentro do peito. Ela seguiu ansiosamente as letras com os olhos, como se fossem um caminho que finalmente a levaria até Mo. — Que diabos está escrito aí? Não consigo decifrar uma só palavra — sussurrou Fenoglio. Meggie sorriu. — É a escrita dos elfos! — ela sussurrou. — Mo e eu a utilizamos como escrita secreta desde que eu li 0 senhor dos anéis, mas ele está um pouco destreinado. Cometeu muitos erros. — Bem, e o que diz? Meggie leu para ele. — Farid, mas quem é Farid? — Um garoto. Ele veio das Mil e uma noites quando Mo leu o livro, mas essa é outra história. Você o viu, ele estava junto com Dedo Empoeirado quando ele fugiu de você. Meggie dobrou o papel e olhou pela janela mais uma vez. Uma das criadas havia se levantado. Ela limpou a terra das mãos e olhou para o muro alto, como se sonhasse simplesmente voar por cima dele. Quem trouxera Gwin? Mo? Ou a marta a encontrara ali sozinha? Era muito improvável. Ela não ficaria zanzando em plena luz do dia sem que houvesse alguém por trás. Meggie enfiou o bilhete na manga do vestido. Gwin ainda estava sentado no batente, com um ar sonolento. Ele esticou o pescoço e começou a cheirar o ar lá fora. Talvez estivesse farejando os pombos que às vezes pousavam na janela. — Dê-lhe pão para ele não ir embora! — sussurrou Meggie para Fenoglio. Então ela foi até a cama e virou sua mochila de ponta-cabeça. Onde é que estava o lápis? Ela tinha um lápis, com certeza. Ali estava. Era quase um toco. Mas onde é que iria arrumar papel? Ela tirou um dos livros de Darius de sob o colchão e arrancou cuidadosamente a folha de guarda. Ela


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