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FIGURA 1 - O NASCIMENTO DE HÉRCULES

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 O PARTO NA HISTÓRIA

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O parto, momento que marca o nascimento de uma criança, é tratado na história como um evento natural e culturalmente, desde as antigas civilizações, visto como um episódio instigante e repleto de significados culturais (BRASIL, 2001).

Ao longo dos séculos, a forma de parir e a assistência ao parto passaram por intensas modificações. Até o século XVII, o parto era considerado uma temática feminina (Figura 1), baseado na presença da parteira, que na maioria dos casos se deslocava até a casa da parturiente e auxiliava na criação de um ambiente emocionalmente benéfico para a mesma (MALDONADO, 1991). Já a presença de homens durante o parto atendia a situações pontuais, quase sempre quando algo não acontecia de acordo com o esperado (OSAVA,1997).

Aos poucos, com o conhecimento teóricoprático, fruto do Renascimento, a obstetrícia passou a ser reconhecida como um método científico, majoritariamente com domínio do homem (VELHO; SANTOS; COLLAÇO, 2014). Dessa forma, começou a aparecer a figura do médico-cirurgião, corroborando para que o parto deixasse de ser tratado como um assunto feminino e passasse a ser um feito médico repleto de complexidades (MALDONADO, 1991).

1 Disponível em: <https://mitologiahelenica.wordpress.com/2015/06/15/onascimento-de-heracles-parte-iii-nascem-os-gemeos/>. Acesso em: 09 set. 2021. Figura 1 - O nascimento de Hércules Fonte: Mitologia Helênica1, 2015. (Pintura de Jean Jacques François Le Barbier)

Assim, várias mudanças foram sendo desenvolvidas e aplicadas. A posição do parto, antes vertical (sentada, em pé, de joelhos, de cócoras), utilizada em sociedades de variadas épocas anteriores (ATWOOD, 1980 apud MALDONADO, 1991), foi substituída pela posição deitada, por ser melhor para o

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