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FIGURA 10 – HOSPITAL SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE

recuperação (FONTES, 2007). Segundo Martins (2004), tal humanização do espaço, que contribui para o bemestar do paciente, é responsável, também, por alavancar a qualidade dos serviços fornecidos pelos profissionais da saúde envolvidos.

Com a finalidade de entender melhor o que seria esse processo de humanização do espaço da saúde, Lukiantchuki e Souza (2010) relatam que alguns arquitetos usam da analogia para definir esse conceito. As autoras destacam como mais recorrentes as analogias dos centros de saúde ao hotel, à relação com a natureza e obras de arte, ao lar e ao espaço urbano de convívio. Ao seguir esse raciocínio,

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a analogia com o hotel deveria levar a uma maior atenção e cuidado com as alas de internação; a natureza e a arte conduziriam à articulação do projeto a jardins e à integração deste com obras de arte; o uso da metáfora do lar permitiria a redução da escala dos ambientes hospitalares e a busca da possibilidade de personalização destes espaços; e, por último, a referência à cidade direcionaria o projeto a uma maior integração do espaço privado ao público (LUKIANTCHUKI; SOUZA, 2010).

No Brasil, a notável figura de uma combinação entre arquitetura, saúde e humanização é representada pelo arquiteto João Filgueiras Lima – Lelé – em suas obras de hospitais de reabilitação da Rede Sarah (Figura 10). Ao se apropriar de tecnologia e industrialização, o arquiteto é também sensível às preocupações com os

8 Disponível em: <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.153/4865>. Acesso em 09 set. 2021. usuários, tendo como foco a qualidade do atendimento e a atenuação das experiências, em geral, angustiantes e de ansiedade nos espaços de assistência à saúde (FONTES, 2007).

Figura 10 – Hospital Sarah Brasília Lago Norte Fonte: João Filgueiras Lima8, 2013.

Sendo assim, a humanização desses ambientes nada mais é que a entrega de qualidade do espaço construído, com o objetivo de fornecer ao seu usuário confortos físico e mental, por meio do uso adequado de componentes construtivos e ambientais. Tais componentes são responsáveis por promover estímulos e sensações aos indivíduos que, via de regra, são repercutidos em suas reações e atos. Para isso, é fundamental entender as características do público que irá servir-se do espaço e quais atividades serão desenvolvidas no mesmo, a fim de que seja projetado de forma apropriada (VASCONCELOS, 2004).

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