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Fora deste Mundo
Enquanto jogamos futebol político com o nosso planeta, outros estão a planear viagens espaciais para ocupar outros planetas onde a humanidade irá desencadear forças destrutivas semelhantes às que estão a fazer na Terra.
Aideia de viver noutro planeta tem vindo a fascinar os seres humanos há muitos séculos e uma viagem pelo nosso sistema solar evidencia a diversidade de mundos. A vida fora da Terra está a ser amplamente discutida, não só como um potencial sistema de reserva para o caso de a Terra ir de mal a pior, mas também como um meio de investigação científica para melhorar a nossa vida na Terra. A perspetiva tentadora de viver noutro lugar mostra a fraqueza humana, insatisfeita em proteger o que temos e pensando que seria fixe viver no lado exterior do mundo. A NASA continua a procurar sinais de vida no sistema solar, mas até agora não encontrou quaisquer perspetivas razoáveis de existência de vida lá fora. Os teóricos da conspiração e os especialistas em idiotice, continuam a insistir na existência de discos voadores e de pequenos seres com antenas na cabeça que visitam a Terra, mas essas pessoas provavelmente acreditam que a Terra é plana. Então, para quê a preocupação com as viagens espaciais e a vida noutros planetas? Para além da impaciência do ser humano, o espaço poderia ser utilizado para futuras guerras e assim, para dominar a Terra. A NASA está a planear outra viagem à Lua, que inclui um astronauta canadiano. Foi feito muito alarido a este respeito, mas no final os resultados alcançados, isto se a viagem for bem-sucedida, serão mínimos, uma vez que a sociedade se orienta para um mundo de inteligência artificial, que pode imitar quaisquer condições no espaço exterior. A corrida à Lua e depois a Marte inclui vários países, incluindo a China, a Índia e outros, que tentam provar quem possui o maior falo e mostrar ao mundo que também eles podem passar gases.
A colonização de outros planetas pode ser importante do ponto de vista de que os humanos podem destruir o planeta Terra tal como o conhecemos. Os conflitos geopolíticos estão a acontecer em todo o mundo, impulsionados por líderes neuróticos insatisfeitos com a ordem mundial
Leia a qualquer hora do dia mileniostadium.com Siga-nos nas redes sociais @mileniostadium e perturbados pelo seu egoísmo pessoal, ignorando aqueles que nunca poderão viver noutro lugar que não a Terra. Assim, o desafio para a NASA e para outras agências espaciais é encontrar um lugar onde as pessoas possam viver. Um planeta deve estar a uma certa distância da sua estrela, conhecida como a “zona habitável”, para ter temperaturas que permitam a existência de água líquida. Para além disso, deve ter uma atmosfera estável e um campo magnético que o proteja das radiações nocivas. Vejamos os potenciais planetas onde se pode pensar em viver:
• Vénus - um inferno perpétuo - o mundo mais quente do sistema solar. É para lá que vão os pecadores.
• Marte - está a ser explorado como um local com potencialidade, mas, até agora, não passa de uma paisagem estéril. Mudar-se-ia para lá?
• Lua - para além de dizer “Um passo de gigante...”, nada mais aconteceu desde então.
• Estação Espacial - se quer viver num preservativo gigante de metal e fazer amor enquanto flutua, este é o local ideal para si.
À medida que Elon Musk e outros testam foguetões cada vez maiores, o mundo assiste, maravilhado com as possibilidades. Este é um jogo de ricos que nunca afetará a vida do cidadão comum e, um dia para muitos, as viagens espaciais temporárias podem ser uma realidade, mas regressarão à Terra para desfrutar dos seus iates e mansões.
À medida que a investigação científica avança na vertente da colonização interplanetária, viver noutros planetas pode ser mais plausível. Os efeitos das nossas ações na Terra ditarão o progresso ou a regressão destes programas. A luxúria de sonhar com outros mundos deve ser temperada pela realidade dos tempos em que vivemos.
Porque não resolver os problemas da pobreza e do clima em vez de desperdiçar biliões de dólares em aventuras intergalácticas que, no final, podem revelar-se inúteis? Isto não quer dizer que não se deva criar um programa paralelo de viagens e exploração espacial para melhorar a sociedade, mas não o façamos apenas para mostrar quem tem o maior membro ou mais dinheiro.
Versão em inglês pág. 13
Madalena Balça Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com
Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com
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Redação: Adriana Paparella, Adriana Marques, Inês Barbosa, Inês Carpinteiro
Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Luís Barreira, Paulo Gil Cardoso, Raul Freitas, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.
Traduções: Inês Carpinteiro e David Ganhão
Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias
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