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Sangue frio de Taremi decide dérbi de emoções

Iraniano marcou, de penálti, o golo que valeu a vitória aos dragões. Marcano foi expulso a meio da segunda parte e os boavisteiros ameaçaram o empate.

Os pontos estão pela hora da morte na luta pelo título e a frase voltou aplicar-se na vitória tangencial do F. C. Porto sobre o Boavista. Num dérbi intenso, as panteras venderam cara a derrota, consumada num penálti convertido por Taremi, na segunda parte.

Para quase todo o público que deixou o Dragão perto da enchente, esse foi o grande momento de uma tarde de sofrimento.

Pouco depois, Marcano cometeu um erro gritante, foi expulso por agarrar Ricardo Mangas, que seguia isolado, e o Boavista aproveitou a superioridade numérica para cheirar o empate. Por falta de pontaria alheia, numas vezes, noutras por mérito de Diogo Costa e companhia, o F. C. Porto segurou os três pontos que o mantêm a quatro pontos do Benfica.

Sérgio Conceição devolveu à titularidade quatro dos jogadores que tinham sido poupados na Taça de Portugal, manteve Eustáquio no meio-campo e os dragões estiveram sempre por cima, mas não tiveram arte para desmontar a estratégia de Petit.

Concentrada, a equipa do Bessa não cometeu erros a defender, nem deu espaços comprometedores. À exceção de um cabeceamento perigoso de Otávio e de uma bola salva perto da linha de baliza num canto, o F. C. Porto ficou longe do golo até ao intervalo e até podia ter sido o Boavista a desfazer o nulo, num remate de Seba Pérez que o guarda-redes portista ia transformando no 0-1 com uma defesa, no mínimo, atabalhoada.

O técnico portista não gostou do que viu e mudou três peças ao intervalo, sem efeitos imediatos. Talvez a sentir a pressão de ter de ganhar para manter vivo o sonho do título, a equipa da casa queria fazer as coisas depressa e foi numa insistência na área que teve a recompensa: aos 57 minutos, Franco foi derrubado por Mangas, Taremi não tremeu e desbloqueou o marcador. O Boavista nem teve tempo para ir abaixo porque a expulsão de Marcano foi quase imediata. Com muito tempo para jogar, o jogo mudou, o F. C. Porto agarrou-se à vantagem e a ameaça da igualdade pairou, num final emocionante, com lances de perigo nas duas áreas. Com litros de suor e pouco discernimento à mistura, o resultado manteve-se.

Mais: Por vezes não acontece, mas neste jogo Pepê subiu de produção quando passou para lateral após o intervalo. O Boavista esteve bem a defender, à exceção do penálti, e criou perigo a jogar com mais um.

Menos: Marcano quis dominar a bola e teve de agarrar Mangas para evitar uma ocasião clara de golo. O erro podia ter custado caro ao F. C. Porto. Manafá e Evanilson justificaram a substituição ao intervalo.

Árbitro: Jogo difícil para Rui Costa, que acertou no penálti e na expulsão de Marcano. Na primeira parte, Taremi caiu na área e levou amarelo por simulação, mas o lance deixa dúvidas.

JN/MS

Sporting intermitente cumpre missão ao vencer o Famalicão

Japonês Morita abre marcador e Esgaio faz o segundo golo. A pensar na Taça, minhotos pouparam oito titulares.

Em ritmo despreocupado e já próprio de fim de temporada, o Sporting bateu (2-1) o Famalicão, com golos de Morita e Ricardo Esgaio, e mantém-se tranquilamente no quarto lugar. A missão foi porém facilitada no arranque da partida pelo facto dos minhotos terem poupado oito titulares, tendo em vista o jogo da segunda mão da Taça de Portugal, frente ao F.C. Porto. No segundo período, alguns pesos pesados famalicenses entraram no relvado e a cantiga mudou: Coates marcou na própria baliza e Cádiz obrigou Adán a uma defesa de muita qualidade. Até ao fim, o resultado foi muito disputado.

O golo do japonês Morita, aos 18 minutos, foi o ponto de partida para uma exibição razoável dos leões. Na véspera, Ruben Amorim tinha pedido atitude e o conjunto respondeu com lances agradáveis, bem interpretados por Nuno Santos, Pote e, sobretudo, por Edwards. Aliás, pertenceu ao inglês a assistência para o golo do japonês. Após o intervalo, Esgaio aumentou a vantagem - o primeiro golo com a camisola dos leões - e tudo parecia controlado até o Famalicão reduzir. Com as saídas de Pedro Gonçalves e Trincão, o Sporting perdeu força ofensiva, em contraponto com a do Famalicão, que adquiriu capacidade extra com as entradas de Iván Jaime e Cádiz. O Sporting acabou, no entanto, por segurar a vantagem.

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