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Ronaldo sorri à Arábia mas erra na avaliação

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O futuro da rádio

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Palavras de CR7 encaixam na estratégia de promoção à liga saudita. Esta época, a Premier League já investiu cinco vezes mais em transferências.

Cristiano Ronaldo lançou a polémica, quando disse que a liga saudita já superava o campeonato neerlandês e turco, e alargou as críticas às cinco maiores ligas do futebol europeu, antes de deixar uma farpa à ida de Messi para a MLS, onde vai jogar no Inter de Miami. “A manter-se os investimentos, a liga saudita será cada vez mais apetecível. Este ano inscrevem oito estrangeiros e podem jogar todos no onze inicial”, explica, ao JN, Jorge Teixeira, empresário que vem trabalhando o mercado saudita nos últimos anos. Porém, em termos de transferências, os sauditas gastaram pouco mais de 213 milhões de euros para reforçar as equipas, bem longe da Premier League, que já investiu cerca de 1.100 milhões de euros em contratações. A Série A gastou até ao momento 434,7 milhões, a Bundesliga mais de 403 milhões, a Ligue 1 mais 382,8 milhões e La liga 231,7.

“Quanto a mim, a liga saudita já é mais forte do que a portuguesa. Tirando os quatro grandes, as restantes equipas são niveladas por baixo, porque não temos como atrair melhores jogadores. Uma equipa de menor dimensão da Arábia Saudita tem capacidade financeira para contratar qualquer jogador em Portugal”, acrescenta Jorge Teixeira.

Independentemente do nível a que a liga saudita se encontra, o Saudi Public Investment Fund (PIF), fundo que já detém o Newcastle, prepara-se para adquirir 75 por cento do Al Ahli, Al Ittihad, Al Hilal e Al Nassr e prometem alavancar a Saudi Pro League ao top 10 das melhores ligas do mundo.

“Tenho a certeza que a liga saudita vai melhorar nos próximos anos, mas as maiores ligas do Mundo vão continuar a ser as maiores. Os sauditas nunca serão maiores do que as cinco maiores ligas do Mundo. A comparação com a americana parece-me mais uma provocação, por causa do Messi”, salienta Artur Fernandes, empresário da Stellar Group. “Fará parte do contrato do Ronaldo, porque são candidatos à organização do Mundial de 2030 e têm de se promover, ter estruturas e passar uma boa imagem. Compreendo a excitação, mas comparar ligas é desproporcionado, até porque eles têm vários handicaps de distância, climatéricos, políticos e outros que terão de ultrapassar paulatinamente”, sublinha.

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