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CRIME

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Caldo Verde

Caldo Verde

Trata-se da adaptação por Mário André de uma história de Fernando Pessoa que já em 1914 tinha escrito «Um dos poucos divertimentos intelectuais que ainda restam ao que ainda resta de intelectual na Humanidade é a leitura de romances policiais».

Numa carta a Adolfo Casais Monteiro (13-1-1935) explicou o seu anseio de abrir a publicação das suas obras não com um livro do género de «Mensagem» mas com «uma novela policiaria» só que «ainda não a consegui completar». Depois de «A implosão» (2021) e «O caso do quarto fechado» (2022) este novo trabalho de Mário André revela o pulsar do quotidiano de Lisboa no qual os protagonistas são «quatro tipos mórbidos de homem: o idiota, o louco, o génio e o criminoso» conforme prefácio de Ricardo Belo de Morais.

Embora se dedique à banda desenhada apenas desde 2015, Mário André alcançou um estatuto especial no seu trabalho; o olhar, a sensibilidade e o traço rigoroso não se confundem com outro qualquer.

O herói é Abílio Quaresma (1865-1930), médico sem clínica que vive entre álcool e tabaco num quarto da Rua dos Fanqueiros. Nasceu em Tancos mas vive em Lisboa onde decifra charadas do «Almanach de Lembranças» e ao mesmo tempo ajuda o Inspector Guedes nos casos mais difíceis. Tem um lema curioso: «Contra argumentos não há factos».

com pompa e circunstância no ano passado que iria privatizar a saúde.

O financiamento público do setor da saúde deveria ser fonte de orgulho nacional no Canadá. Quem defende e acredita na privatização dos cuidados de saúde está redondamente enganado. Estes acham que os privados devem ser autorizados a trabalhar juntamente com o Serviço Nacional de Saúde do Canadá (Medicare). Dos países que fazem parte da (OCDE) Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico com serviço nacional de saúde financiado pelo estado, o Canadá tem já uma percentagem entre público de 70% e privado de 30% dos gastos com saúde.

Mas 30% é já uma grande fatia se tivermos em consideração que ainda há bem pouco tempo praticamente 100% dos cuidados médicos oferecidos aos canadianos estavam sob a total responsabilidade do Governo. Um dos grandes problemas da privatização do sistema são

Concretamente no Ontário é preocupante a sistemática privatização de mais e mais serviços de saúde. E este aumento é alimentado pelo governo conservador de Doug Ford sem que a população seja consultada se será realmente isto que quer e que benefícios isto lhe traz.

O governo continua a afirmar que a privatização economizará o dinheiro dos contribuintes, embora haja evidências abundantes de que a privatização não economiza dinheiro e que quase sempre resulta numa qualidade inferior do serviço.

Até nos testes COVID-19 o Governo adjudicou uma grande parte desse serviço a privados. Temos já aqui na província do Ontário oitocentos (800) unidades de saúde privadas que, entre outros serviços, oferecem serviços de diagnóstico, cirurgias, diálise, raios-x e ultrassons, estudos de sono. Não é justo o pobre e o rico não terem o mesmo direito à saúde. Isso é inadmissível.

Christine Elliot, ministra da Saúde do Governo Provincial do Ontário, anunciou

Os hospitais privados estavam proibidos desde 1973, mas infelizmente parece que estamos a retroceder. Que pena. Esta medida será um golpe mortal para o serviço de saúde do Estado e será também o fim de um acesso por igual a todos, de algo que deve ser da única responsabilidade do Estado, o bem-estar e a saúde dos cidadãos canadianos.

O Serviço Nacional de Saúde reduz e de que maneira as diferenças sociais. É um grande suporte e uma grande bandeira do combate à desigualdade.

Qualquer pessoa que precise de um médico vai ao hospital, mas querem tirar-nos isso, um serviço prestado gratuitamente. Não deixemos que nos usurpem um dos grandes privilégios da nossa sociedade.

Mas como diria Walt Disney “a melhor maneira de iniciar é parar de falar e começar a fazer”, por isso não deixemos que nos tirem algo que tanto demorou a conquistar.

“O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação.” - Oscar Wilde

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