3 minute read
BCE aumenta taxas de juro em
50 Pontos Base
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou uma subida das suas taxas de juro em 50 pontos base, o quinto aumento consecutivo.
Com esta decisão, a principal taxa de juro das principais operações de refinanciamento passa agora para 3%, a taxa aplicável aos depósitos ficará em 2,50% e a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez passa a ser de 3,25%. No comunicado que divulgou após a reunião, o BCE indicou que “tenciona aumentar as taxas de juro em mais 50 pontos base na próxima reunião”, em março, “e avaliará então a trajetória subsequente da política monetária”.
“O Conselho do BCE prosseguirá a trajetória de subida significativa das taxas de juro a um ritmo constante e mantê-las-á em níveis suficientemente restritivos para assegurar um retorno atempado da inflação ao seu objetivo de 2% a médio prazo”, explicou a instituição.
O BCE começou a subir as taxas de juro em julho do ano passado, sendo este o ciclo mais rápido de subidas desde a sua criação em 1999, com quatro aumentos consecutivos em seis meses de 250 pontos base, a que se juntam os 50 pontos de quinta-feira (2), uma trajetória destinada a travar a elevada taxa de inflação na zona euro. “As futuras decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro diretoras continuarão a depender dos dados e a seguir uma abordagem reunião a reunião”, referiu o banco central.
JN/MS
Austrália
Banco clandestino internacional desmantelado em Sydney
A polícia australiana anunciou ter desmantelado um grupo criminoso australiano-chinês a operar como um banco multinacional clandestino. Há nove detidos e foi apreendido numerário no valor de 97 milhões de euros.
APolícia Federal Australiana indicou em comunicado que o grupo “funcionava como um banco multinacional não regulamentado, capaz de sacar reservas de dinheiro em vários países do mundo para facilitar transações para clientes criminosos”.
A máfia, sediada em Sydney e denominada Avarus-Midas, “facilitou transações ilícitas “através de múltiplas jurisdições por múltiplos meios”, incluindo compras de terceiros, máquinas de casino, trans-
União Europeia
ferências informais e outros meios, acrescentou a polícia em comunicado.
“Esta foi uma organização sofisticada criada para facilitar a circulação de fundos independentemente da origem, propósito ou prejuízo para a comunidade australiana”, disse a comissária adjunta do Comando Oriental da polícia federal, Kirsty Schofield. A operação, lançada no início do ano passado, em colaboração com a polícia da Malásia e de Hong Kong, terminou na quarta-feira (1), em Sydney, onde no dia anterior foram detidas nove pessoas. As autoridades também apreenderam mais de 150 milhões de dólares australianos (97 milhões de euros) em bens, dinheiro, criptomoedas, artigos de luxo e armas de fogo.
JN/MS
Vai abrir em breve um centro para investigar crimes de agressão russos na Ucrânia
O centro que vai ser instalado em Haia, nos Países Baixos, para investigar eventuais crimes de agressão russos na Ucrânia, poderá entrar em funcionamento dentro de pouco tempo, anunciou, esta quinta-feira (2), a presidente da Comissão Europeia.
Aideia não é novidade, mas Ursula von der Leyen oficializou-a em Kiev, na Ucrânia: “A Rússia tem de ser responsabilizada nos tribunais pelos seus crimes odiosos. Tenho o prazer de anunciar hoje a criação de um centro para investigar o crime de agressão que vai ser instalado em Haia [...], vamos poder lançá-lo rapidamente.”
Ladeada pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no arranque de dois dias de contactos entre responsáveis da União Europeia e de Kiev, von der Leyen referiu que “os procuradores da Ucrânia e da União Europeia estão a trabalhar em conjunto” e a “recolher provas” que comprovem os crimes cometidos pela Federação Russa desde o início da invasão, a 24
Guerra
de fevereiro do ano passado. O centro, que vai ser coordenado pela Agência da União Europeia para a Cooperação em Justiça Criminal (Eurojust), vai “obrigar Putin a pagar pela sua guerra atroz”, declarou.
Moscovo também “tem de pagar a destruição que provocou e vai contribuir para a reconstrução da Ucrânia”, afirmou a presidente da Comissão.
Por isso, a União Europeia está a “trabalhar com os parceiros” para encontrar uma maneira de utilizar “os bens públicos da Rússia para a reconstrução” do território ucraniano depois da guerra.
Reino Unido recebeu 160 mil refugiados ucranianos até ao fim de janeiro
O Reino Unido já recebeu 160.100 refugiados desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a maioria acolhida por benfeitores desconhecidos, de acordo com estatísticas atualizadas na quinta-feira (2) pelo Ministério do Interior britânico e recolhidas até ao final de janeiro.
Passado quase um ano desde o início do conflito, 46.400 ucranianos chegaram através da via de reagrupamento familiar, acolhidos por familiares residentes em território britânico, enquanto os restantes 113.700 foram recebidos por desconhecidos dispostos a recebê-los nas respetivas casas.
Um total de 265.500 ucranianos pediram visto de entrada desde 4 de março de 2022, dos quais 217 mil foram aprovados até o momento.
O programa “Homes for Ukraine” [Casas para a Ucrânia] foi criado pelo Governo, que prometeu pagar aos “patrocinadores” mensalmente 350 libras (400 euros no câmbio atual) para acolher refugiados durante pelo menos seis meses.
Após o sucesso inicial da adesão, este esquema encontrou problemas, com ucranianos a queixarem-se de espaços impróprios e de anfitriões duvidosos.
O aumento do custo com a energia e alimentação também terá, segundo organizações humanitárias, contribuído para a deterioração das relações.
Até novembro, cerca de 3000 agregados de refugiados declararam-se sem abrigo, tendo sido ou alojados temporariamente em hotéis ou habitação social.
O Executivo tem estado sob pressão para aumentar o pagamento de 350 libras aos anfitriões, mas o Governo só aceitou subir o valor para 500 libras (570 euros) se continuarem para além de 12 meses.