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arquivos da imigração

mas na lista de Lisboa e Porto e são: José Cordeiro Amarelo, trabalhador agrícola, solteiro de 27 anos, natural de Arrifes, Ponta Delgada, e Ricardo Cordeiro trabalhador agrícola, solteiro de 25 anos, natural de S. Roque. Tarde demais certamente para saber do seu paradeiro, já que, se forem vivos, terão agora 96 e 97 anos. Será que foram mesmo para o Brasil? Será que algum leitor pode ajudar? A saga continua…

Quando for escrito o último capítulo...

A Biblioteca e Arquivo Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros, instalados no Palácio das Necessidades em Lisboa, têm sido, ao longo dos anos, um dos meus lugares favoritos de pes quisa sobre a imigração portuguesa para o Canadá. Nos anos 70, nas minhas primeiras visitas, era ób vio que grande parte dos dossiers, listados como “Confidenciais”, estavam ainda sem autorização para acesso do público em geral. O 25 de Abril ti nha acontecido há relativamente pouco tempo. Os funcionários que tomavam as decisões em cada pedido, reviam os documentos decidindo-se pela segurança, não arriscando a abrir ao público algo que pudesse comprometer os seus autores. Na minha última visita, durante o verão passado, foi evidente o melhoramento e progresso consegui do pelos funcionários do Arquivo.

Cinquenta anos depois da Revolução, encontrei um manancial de manuscritos e registos verdadeiramente singulares que abrem uma janela enorme ao mundo antigo dos cônsules, embaixadores e tantos outros funcionários da diplomacia em geral. A maioria das descrições e notícias são benignas e informativas como por exemplo, a notícia da inauguração do “Madeira Park” de Toronto em julho de 1964. Há outros documentos, contudo, que nos fazem abrir a boca de espanto, como por exemplo os comentários sinistros dum cônsul sobre um líder da então recém-formada comunidade portuguesa de Montreal.

para repatriamentos. Disseram-lhe que “só poderia regressar se estivesse louco ou atacado de doença grave…Pensei ir para o corte de madeiras, mas voltei a adoecer. Vi que, se ali continuasse, era o fim. Graças a Deus que os meus pais puderam dar-me de novo a vida e mandaram-me dizer que iam pagar a viagem do meu regresso”. Quando conclui a leitura desta reportagem, somente uma figura bailava na minha cabeça, o autor de “Bastardos da Pátria”, Lourenço Gonçalves, que viveu entre nós, em Toronto, nos anos 1960.

Há, todavia, muitos mais documentos como este, fascinantes para historiadores e sociólogos. As guerras e quezílias nas associações das “colónias” como eram denominadas as nossas comunidades; o esforço dos cônsules e políticos para subornar os jornais comunitários a defenderem o Estado Novo, etc. Mas acima de tudo manuscritos e documentos que nos ajudam hoje a compreender melhor os desafios que enfrentaram esses pioneiros - os nossos pais e avós, quando chegaram a estas terras, pavimentando o caminho para os que

Mundo

46 Mortos

Novo ministro dos Transportes grego pede desculpa a famílias das vítimas de acidente

O novo ministro dos Transportes grego, Giorgos Gerapetritis, pediu esta quinta-feira (2) desculpa aos familiares das vítimas do acidente com dois comboios ocorrido terça-feira (28) e que provocou, segundo um balanço provisório, 46 mortos.

“Gostaria, antes de mais nada, de pedir desculpa às famílias das pessoas que perderam a vida e aproveito para fazer uma autocrítica completa do sistema político e do Estado”, declarou Gerapetritis, ao apontar falhas graves na rede de comboios grega, admitindo “deficiências crónicas” no setor ferroviário público.

Copenhaga

Ícone da Dinamarca vandalizado com as cores da Rússia

A estátua da “Pequena Sereia”, em Copenhaga, foi vandalizada com as cores da Rússia. Polícia investiga novo ataque a um dos símbolos mais conhecidos da Dinamarca.

Abase onde repousa a estátua da “Pequena Sereia”, um dos símbolos mais conhecidos da Dinamarca, foi vandalizada com as cores da bandeira da Rússia. A polícia de Copenhaga abriu uma investigação e procura vestígios que possam levar à identificação do autor ou autores da pintura.

O branco, azul e vermelho da Rússia podem indiciar um apoio ao regime de Moscovo, que invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022. A pintura confundiu os turistas

Cultura

que na manhã de quinta-feira (2) passaram no local para ver um dos símbolos de Copenhaga e da Dinamarca.

A obra do escultor Edvard Eriksen, a “Pequena Sereia” foi inspirada na personagem com o mesmo nome de um dos livros do dinamarquês Hans Christian Andersen. “Sentada” sobre duas rochas no cais de Langelinie, é um dos símbolos mais icónicos de Copenhaga e da Dinamarca, mas também uma vítima de “abusos”. Várias vezes “acordou” pintada - desta vez foi uma aparente manifesto de apoio à Rússia - já perdeu a cabeça pelo menos duas vezes e num outro amanhecer “deu à costa” sem um braço.

JN/MS

Disney censura clássicos de BD do Tio Patinhas por terem personagem racista

Fãs reagiram com desagrado à decisão, que abrange “O Pato Mais Rico do Mundo” e “O Sonho de uma Vida”. De acordo com a empresa, a personagem Bombie o Zombie não obedece à sua política de “diversidade e inclusão”.

ADisney decidiu censurar dois contos clássicos da banda desenhada do Tio Patinhas no âmbito de uma nova política para evitar histórias antigas com elementos discriminatórios. Em causa estão as partes 11 e 12 do volume “A Saga do Tio Patinhas”, de Don Rosa, nos quais surge uma personagem específica: Bombie o Zombie. Trata-se, como o próprio nome indica, de um zombie com que o Tio Patinhos se cruza numa excursão a África. A personagem, associada a estereótipos tribais africanos, surgiu numa época de violência racial generalizada, com os Estados Unidos mergulhados num sistema de segregação racial.

A decisão está, no entanto, a ser contestada pelos leitores, sobretudo por abranger duas bandas desenhadas, “O Pato Mais Rico do Mundo” (1994) e “O Sonho de uma Vida” (2002), particularmente apreciadas pelos fãs do Tio Patinhas.

A notícia foi avançada na conta oficial de fãs de Don Rosa no Facebook, que cita um porta-voz da Disney a dar conta de que as duas histórias não estão de acordo com o compromisso “de diversidade e inclusão” da empresa. “A Walt Disney Company está a conduzir um processo de avaliação do seu arquivo. Em função disso, algumas histórias que não se alinham com estes valores deixarão de ser publicadas. É o caso de ‘O Pato Mais Rico do Mundo’ e ‘O Sonho de uma Vida’. Estas histórias não farão parte de reedições ou coleções futuras”, esclarece o comunicado.

Decisão também questionada pelo próprio cartoonista. “Que outras histórias do Tio Patinhas serão agora banidas? Só as minhas? Talvez outras?”. O descontentamento dos fãs foi tal que a empresa já prometeu voltar a rever a questão.

JN/MS

Declarações no mesmo sentido foram feitas também pelo porta-voz do Governo grego, Iannis Oikonomou, numa conferência de imprensa em Atenas.

“Os atrasos [na modernização dos caminhos de ferros na Grécia] têm origem nas patologias crónicas do setor público grego, após décadas de fragilidades”, sublinhou Oikonomou, sublinhando que o chefe da estação de Larissa, a localidade mais próxima do acidente, no centro da Grécia, já confessou o erro, depois de detido também quarta-feira (1), tendo sido acusado de “homicídio por negligência”.

“A negligência e o erro foram admitidos pelo próprio chefe da estação”, acrescentou.

Minutos depois, o advogado de defesa do chefe da estação confirmou que o acusado já “reconheceu o erro”.

G20

A polémica tem subido de tom no país desde quarta-feira (1), pondo-se em causa o estado da rede ferroviária, que muitos consideram estar negligenciada.

O presidente do sindicato dos maquinistas, Kostas Genidounias, denunciou a falta de segurança nesta linha que liga Atenas e Salónica, as duas principais cidades da Grécia.

Quarta-feira (1), já o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, tinha admitido que a colisão de dois comboios ocorreu devido a “um trágico erro humano”.

“Tudo indica que o drama se deveu, infelizmente, a um trágico erro humano”, explicou Mitsotakis, já depois de o ministro dos Transportes grego, Kostas Karamanlis, ter anunciado a demissão após o acidente entre um comboio de passageiros e um de mercadorias, que colidiram frontalmente na mesma linha.

O chefe da estação de Larissa, a localidade mais próxima do acidente, no centro da Grécia, foi detido também quarta-feira (1) e foi acusado por “homicídio por negligência” e por ter sido a causa de “lesões corporais”.

Mitsotakis disse que a maioria das vítimas é “jovem”, já que muitos estudantes regressavam a Salónica após um fim de semana prolongado, na segunda-feira (27), dia feriado na Grécia.

“Devemos a essas vítimas uma resposta honesta”, acrescentou o chefe de Governo numa breve intervenção televisiva.

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