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Rússia rejeita declaração conjunta na cimeira do G20
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, confirmou esta quinta-feira (2) em Nova Deli, na Índia, que não haverá uma declaração conjunta no final da reunião ministerial do G20 e culpou os países ocidentais pelo fracasso.
“Falámos com boas maneiras. Bem, os nossos colegas ocidentais tornaram-se muito maus nesta matéria. Não pensam mais em diplomacia, apenas fazem chantagens e ameaças a todos”, disse Lavrov aos jornalistas. “Infelizmente não foi possível aprovar a declaração conjunta dos ministros do G20, os nossos colegas ocidentais, tal como há um ano durante a presidência indonésia, tentaram (...) com mentiras e declarações retóricas, trazer a situação da Ucrânia para o primeiro plano”, declarou Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia espanhol, José Manuel Albares, já havia declarado que seria muito difícil a Rússia aceitar uma declaração conjunta. “Infelizmente, a intervenção do ministro [Lavrov] foi no âmbito da narrativa russa, negando a ilegalidade da guerra e não ouvindo todos aqueles que pedem paz para a Ucrânia”, disse Albares à agência de notícias EFE.
A China juntou-se à Rússia na recusa ao texto final da reunião do GV na Índia, rejeitando os pedidos de retirada das forças russas da Ucrânia que constam do documento. Os dois países foram os únicos membros do
G20 a não querer assinar a declaração que exige “a retirada completa e incondicional da Rússia do território da Ucrânia”. Albares manteve um encontro bilateral com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, sublinhando que “o importante é que a China tenha clareza sobre a ideia e a necessidade de paz”. “Estamos a falar de um país [China] que é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que tem uma relação com a Rússia que é evidente. O ministro chinês disse-me que está alinhado a favor da paz”, declarou Albares.
A reunião do G20, que acontecia em Nova Deli, na Índia, terminou na quinta-feira (2). JN/MS