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Uma estrelinha a brilhar na contagem decrescente

Se para Roger Schmidt faltavam 13 jogos para o título, agora restam 12. Mas águias sofreram muito para vencer. Bis de João Mário resolveu jogo. Anderson, do Vizela, e o técnico alemão foram expulsos.

OBenfica venceu em Vizela e consolidou a liderança da Liga, mas passou por muitas dificuldades para, no fim das contas, somar os três pontos em disputa e retirar um jogo à contagem decrescente de Roger Schmidt, na luta pela conquista do título.

Se João Mário acabou por ser a figura do jogo, ao assinar os dois golos num triunfo por... 2-0, o Benfica foi muito feliz, não só na forma como chegou à vantagem, como também pela maneira como foi capaz de a conservar. O Vizela bateu-se bem, foi infeliz na finalização e quando tentava o último esforço para chegar ao empate, acabou por ficar reduzido a 10, por abuso de amarelos de Anderson. Depois, João Mário, de penálti, na compensação, fixou o resultado final.

Se nos registos da partida ficarão sobretudo os dois golos de João Mário, o que se passou

Creditos: DR ao minuto 65 ilustra na perfeição a incapacidade de o Vizela responder à eficácia do adversário. Osmajic, em boa posição, desviou para a trave, a bola sobrou para Kiko Bondoso e este acertou no poste! Muita passividade do Benfica na abordagem defensiva, mas a ser capaz de segurar, então, a margem mínima.

A estrelinha do líder da Liga já tinha brilhado na primeira parte, altura em que chegou à vantagem na melhor fase do opositor. Com Neres e Gonçalo Guedes nos lugares de Chiquinho e Rafa, respetivamente, o Benfica tomou cedo conta do jogo, mas antes de desfazer o nulo, foi ao Vizela que pertenceram as melhores chances para marcar. Primeiro valeu a intervenção de Vlachodimos e depois foi Nuno Moreira, em posição frontal e após uma falha de António Silva, a atirar por cima.

A forma como o Vizela foi perdendo o respeito ao adversário acabou por acelerar o golo das águias. Numa transição rápida conduzida por Gonçalo Guedes, David Neres fez a assistência para o golo inaugural de João Mário.

Nas segunda parte, o Benfica geriu o resultado, sofreu muito, mas acabou a festejar, podendo dizer-se que acabou por ganhar para o susto.

Mais: João Mário vive época de sonho, fez um bis e é o melhor marcador da Liga. Vlachodimos brilhou na baliza,

Menos: Dificuldades de Claudemir a segurar o volume de jogo do adversário. Intranquilidade da defesa das águias, que

Árbitro: Dúvidas na queda na área de Osmajic (55m). Amarelo a Otamendi aceita-se. Anderson (duplo amarelo) e Roger Schmidt foram bem expulsos. JN/MS

Dragão bate de frente no VAR e vê o topo mais longe

Campeão nacional perde em casa com o Gil Vicente, fica a oito pontos do Benfica e pode perder segundo lugar. Vermelhos a João Mário e Uribe mudam história do jogo.

lombiano, aos 52 minutos, valeu o segundo amarelo e, com nove jogadores em campo, o F. C. Porto ainda chegou ao empate, mas Eustaquio estava fora de jogo. Os dragões lutaram, literalmente, até à exaustão, mas a luta pelo título fica muito mais difícil.

Que golpe de teatro na Invicta. O F. C. Porto saiu derrotado na receção ao Gil Vicente e ficou a oito pontos do Benfica, podendo perder, esta segunda-feira, o segundo lugar do campeonato, caso o Braga bata o Vitória no dérbi minhoto. Os campeões nacionais entraram muito bem no jogo, Taremi reencontrou o caminho dos golos, mas a expulsão de João Mário, por indicação do videoárbitro, e uma grande penalidade, também ela assinalada pelo VAR, mudaram o curso dos acontecimentos e deixaram a equipa de Sérgio Conceição com uma montanha para escalar. O esforço dos nove atletas que ficaram em campo foi devidamente reconhecido pelos adeptos, que lhes prestaram uma enorme ovação após o apito final.

Catorze segundos de jogo e já o Dragão explodia de alegria com um remate cer-

Creditos: DR teiro de Taremi, mas o lance foi anulado por fora de jogo e adiou, por pouco tempo, o 1-0. Quatro minutos, contra-ataque perfeito nos pés de Otávio e Namaso, com o inglês a servir o ponta de lança iraniano para dar vantagem aos azuis e brancos que, pouco depois, viram Pepê falhar de forma escandalosa já na pequena área. Grande surpresa no onze, Namaso também poderia ter escrito outro guião, mas o pontapé do avançado embateu com estrondo na barra da baliza minhota.

Em cima da meia hora um enorme buraco no lado esquerdo da defesa portista abriu caminho a Zé Carlos e o lateral serviu Fran Navarro para o empate, com o cenário a piorar aos 35 minutos, quando o VAR alertou Rui Costa para um corte com a mão de João Mário. O lateral, que tinha visto o amarelo em campo, foi expulso e já depois de Murilo ter acertado no ferro da baliza portista, outro lance de análise de Tiago Martins na Cidade do Futebol: o pisão de Uribe não passou em claro e Murilo, de penálti, deu a volta ao marcador. Uma entrada imprudente do médio co-

Sinal mais: Fujimoto e Murilo dinamitaram o lado esquerdo da defesa do F. C. Porto e Aburjania brilhou no meio-campo. Em dia de 40.º aniversário, Pepe foi um autêntico guerreiro e lutou até à exaustão.

Sinal menos: Ainda antes do primeiro vermelho já se tinha percebido que Wendell não estava bem e o perigo gilista surgiu sempre por aquele flanco. Uribe, já com amarelo, entrou duro e deixou a equipa com nove.

Árbitro: A expulsão de João Mário parece exagerada: estavam mais defesas na zona. Bem no penálti e na expulsão de Uribe. O gilista Zé Carlos escapou duas vezes ao segundo amarelo. JN/MS

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