REVISTA ACCB ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE CRIADORES DE BOVINOS
CENÁRIO NOVO PARA A PRODUÇÃO DE LEITE Ninguém ousa antever qual será o novo patamar de preços, mas todos concordam que não serão mais aqueles observados anteriormente.
ENTREVISTA COM
AIRTON SPIES
Secretário de Estado Adjunto da Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina e Pesquisador da Epagri
GRANDES CAMPEÃS NAS EXPOSIÇÕES 2013 Pag 26 NÚCLEO REGIONAL VALE NORTE DO ITAJAÍ COMEMORA 40 ANOS Pag 32
EDIÇÃO 01/2014
Palavra da Presidente Queridos Leitores, É com enorme satisfação que iniciamos um ano novo, inspirados nas grandes realizações e grandes sucessos alcançados no ano que se findou. Desde a nossa posse, á exatos um ano, trabalhamos incansavelmente para cada vez mais proporcionar aos nossos associados, condições para desenvolver seus criatórios, aumentar a produtividade de seus animais e apresenta-los nas nossas exposições, bem como despontar de forma grandiosa em eventos de grande magnitude no Brasil. A exemplo da Feira de Avaré em São Paulo, onde os animais que se destacaram como grandes campeãs são de Santa Catarina. Durante todo o ano realizamos reuniões com nosso corpo técnico, Presidentes de Núcleos e alguns associados para solucionar problemas antigos e dirimir duvidas que vinham se arrastando ao longo tempo. Todos tiveram a oportunidade de dar suas opiniões, de forma democrática contribuir para traçar metas no sentido de alcançarmos os objetivos desejados, tornando nossa Associação uma entidade ainda mais coesa e unificada. Com a participação efetiva de nossos associados, foi possível termos pleno sucesso em nossas exposições e feiras, Feagrovale em Braço do Norte, onde tivemos a grata felicidade de reunirmos um número expressivo de animais de altíssima qualidade, e realizarmos um leilão extraordinário. A Mercoleite em Lages, mostrando toda a força da genética catarinense, a festa do Colono em Itajaí, cuja qual é famosa por sua acolhida aos expositores, e finalizando a Efapi, em Chapecó, que brindou a todos nós com sua enorme organização e indiscutível excelência genética de seus animais, em destaque a Raça Holandesa. Já o leite, no ano de 2013, indiscutivelmente teve seu valor no ápice de todos os tempos o que nos trouxe bons frutos de nosso trabalho. Porém, neste início de ano tivemos uma pequena queda nos valores, mas felizmente o calor e o fim das férias escolares vêm sendo nossos aliados para o aumento do consumo de leite e seus derivados, fazendo com que o preço volte a reagir. Mais uma vez sinalizo aos produtores de leite que se profissionalizem cada vez mais buscando uma boa genética aliada à tecnologia e manejo para que possam aproveitar ao máximo o momento que estamos vivenciando com o valor do leite. Assim sendo, agradecemos a todos os senhores e senhoras, profissionais, empresas parceiras, e principalmente ao nosso estimado associado, que proporcionaram a todos elevar nosso Estado ao cenário brasileiro, nos brindar e encher nossos olhos com a excepcional qualidade dos animais apresentados. Porém muito há que se fazer ainda, e é com esse entusiasmo e crença, que iremos durante todo esse ano de 2014, onde a nossa querida ACCB comemora seu cinquentenário, o qual me honra muito e me sinto privilegiada por estar à frente dessa grandiosa instituição, realizar muito mais em prol do produtor de leite catarinense. Mais uma vez eu gostaria de agradecer a todos que direta ou indiretamente se doaram a nossa ACCB, buscando enaltecê-la e torna-la grande e forte. E aproveitando a oportunidade, convidar a todos a comemorarmos juntos essa passagem dos 50 anos de ótimos serviços prestados ao produtor catarinense. A todos um 2014 de pleno sucesso! Boa leitura. Maria Rosinete Souza Effting Presidente
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Maria Rosinete Souza Effting Presidente da ACCB
ACCB Revista
PRESIDENTE Maria Rosinete Souza Effting VICE-PRESIDENTE Itamar Parizzi SECRETÁRIO GERAL Werner Sant’Anna 2º SECRETÁRIO Mário Jantsch 1º TESOUREIRO Valdir Schmoeller 2º TESOUREIRO Claudir de Costa CONSELHO FISCAL Décio da Fonseca Ribeiro Ivo Gutz Ivan P. O. Gomes Carlos Cassiano Ivo Prochnow Sebastião Manoel Nunes ENDEREÇO Rodovia Admar Gonzaga, 1.486 CEP 88034-000 - Bairro Itacorubi Florianópolis/SC Fone/Fax: (48) 3028 - 6443 (48) 9606 - 3011 Tim
www.accb.com.br PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Milkshow Marketing Rural contato@milkshow.com.br APOIO:
32 03 Palavra da Presidente 05 Diretoria 2013-2014
6
06 ACCB Jubileu de Ouro
10 Higiênie e Conservação
12 Interlactea 2013
14 Na Busca de Animais Geneticamente Superiores
18
16 EFAPI 2013 18 Entrevista com Airton Spies
21 16 Passos para Montar Feiras e Exposições 22 Calendário de Exposições 2014 23 Cenário Novo para a Produção de Leite 24 Feagrovale 2013
26 As Grandes Campeãs nas Exposições 2013 28 Ranking 2013
16
31 The Royal 2013 32 Núcleo Regional Vale Norte do Itajaí Comemora 40 Anos 34 Melhores Lactações por Idade Raça Holandesa 46 Melhores Lactações por Idade Raça Jersey
26 10 4 • Revista ACCB • www.accb.com.br
DIRETORIA 2013-2014 Diretoria
CONSELHO
CONSELHO FISCAL
PRESIDENTE Maria Rosinete Souza Effting
DELIBERATIVO TÉCNICO
Décio Ribeiro
Vamiré Luiz Sens
Ivo Gutz
Rodrigo H. Haas
Ivan P. O. Gomes
Luiz A. Dias marçal
SECRETÁRIO GERAL Werner Sant’Anna
Carlos Cassiano
Alvaro Claudino dos Santos
Ivo Prochnow
Nancy Cristina Leonhard
2º SECRETÁRIO Mário Jantsch
Sebastião Manoel Nunes
Zenir Terezinha
VICE-PRESIDENTE Itamar Parizzi
Adenílson Sutil
1º TESOUREIRO Valdir Schmoeller
Sérgio Antunes Batalha
2º TESOUREIRO Claudir de Costa
Ildemar Brayer Pereira
DIRETOR DE EXPOSIÇÕES Giovani Riscarolli
Luiz Fernando Nodari
Sergio Landir Bechtold Manuel Vicente L. Rodriguez
DIRETOR DE FOMENTO RAÇA JERSEY Edésio Oenning
João Arthur da C. Traverso
DIRETOR DE FOMENTO RAÇA HOLANDESA Félix Muraro Junior
Volmir Nonnemacher
SUPERINTENDENTE TÉCNICO DO SRG Vamiré Luiz Sens
Presidentes de Núcleo Blumenau Lages Concórdia Chapecó Xanxerê Pinhalzinho Rio do Sul Braço do Noste Pres. Getúlio São José do Cedro Meio Oeste
Nelson Ziehsldorff Décio Ribeiro Celso Munaretto Mauro Zandavalli Doilio Moschetta Jean Elieser Reiter Ivo Prochnow Valdir Scmoeller Wilson Oscar Korte Roni Mezzalira Itamar Alessi
Vamiré Luiz Sens Aristorides Melo Ildemar Pereira (Terrinha) Enedi Zanchet José Roso Adenilson Sutil Marçal Manolo Alvaro dos Santos 5 • Revista ACCB • www.accb.com.br
nelson@semex.com.br decio@iscc.com.br cabanhaserraazul@yahoo.com.br ncriadores@yahoo.com.br
(47) 9928-7600 (49) 9983-0669 (49) 9989-0288 (49) 8885-0801
reiter@pzo.com.br luaninhadaher@hotmail.com
(49) 3366-1397 / 9925-5141 (47) 8809-1962 (48) 9135-3352
giovanirisca@yahoo.com.br ronimezzalira@yahoo.com.br
Andre Jaureguy Macos Osachuki João Artur Traverso Sérgio Landir Bechtold Rafael Casaletti Rodrigo Reichert Haas Marcos Antonio Sordi Jean Carlos Berwanger Vitor Hugo
(49) 9965-8254
Inspetores Atuantes Diego Heinzen Elias Anderson Maldaner Elinton Weinert Carneiro
ACCB JUBILEU DE OURO
Preservando e Aprimorando o Patrimônio Genético Catarinense.
Fonte: Entrevista com o senhor Sebastião Manoel Nunes (77 anos), criador da raça Holandesa – Granja da Mara em Paulo Lopes-SC, fundador do Sindicato Rural de Florianópolis, primeiro Presidente do Núcleo de Florianópolis e sócio-fundador da ACCB.
V
amos nos remeter ao ano
Em 1961 o então Governador Celso Ramos,
seu amigo pessoal e também criador da
de 1951, quando então o
um lageano criador da raça holandesa e
raça Holandesa, Sebastião Manoel Nunes,
Governador do Estado de
que dirigia
a Fazenda Santa Tereza na
convidaram o médico veterinário Moacir
Santa Catarina era o sen-
região de Canasvieiras, em Florianópolis,
Tomé de Oliveira, o também agrônomo
hor Irineu Bornhausen, que percebendo a
juntamenzte com o senhor João Maria
Lauro Forte Bustamente e Alvaro Muller da
necessidade do Estado de Santa Catarina
Cavallazzi, responsável pela Fazenda
Silveira, para criarem a primeira Associação
em organizar e fundamentar a agricultura,
Ressacada no sul da Ilha e um apaixonado
de produtores de leite de Santa Catarina.
criou a primeira Secretaria da Agricultura
pelo gado leiteiro, criaram o Projeto Gado
no Estado. Sendo que o primeiro a dirigir
Leiteiro. Nessa época existiam 3 bacias
Após várias reuniões ao longo daquele
esta pasta foi o senhor Vitor Peluzo. O
leiteiras na ilha de Santa Catarina. A bacia
ano, onde no mês de abril, no auditório
Governador Irineu também foi também o
do Itacorubi, que era responsável pela pro-
do edifício das diretorias no centro de
responsável pela obra que iria ligar o plan-
dução diária de aproximadamente 10.000
Florianópolis, foi plantada a semente para
alto serrano ao litoral catarinense, que hoje
kg de leite, a Bacia do norte da ilha e a
a fundação de uma associação que reuniria
conhecemos como a Serra do Rio do Rastro,
bacia do sul da ilha.
os produtores de gado leiteiro de Santa
que facilitou e beneficiou o transporte, não
Catarina, com a finalidade de organizar os
só de animais, mas também da produção
No ano de 1964, João Cavallazzi, um
criadores e proporcionar incentivos para
agrícola e muitos outros produtos.
agrônomo e exímio conhecedor da criação
fomentar e desenvolver a genética dos
de animais leiteiros, juntamente com
animais.
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Ex-Presidentes da ACCB: José Elias, Hercilio da Luz Collaço, João de Maria Cavallazzi, Miguel Kristakis, Edson Cardoso, Maurilio dos Santos, Flavio Francisco Pedroso, Mário Lindner, Edésio Oenning, Wilson Pazzini, Vamiré Luiz Sens, Lucas Miura, Hugo Girolamo, Décio da Fonseca Ribeiro, Nelson Eduardo Ziehlsdorff, Celso José Munaretto. Atual Presidente: Maria Rosinete Souza Effting – Criadora da Raça Jersey – Fazenda Guinther – Braço do Norte-SC.
Sendo que 3 meses depois, em 24 de
foi transferida para o prédio daque-
julho de 1964, foi empossada a primeira
la instituição, em seguida, centro de
Diretoria da então chamada Associação
Florianópolis, e atualmente ocupa as
Catarinense de Criadores de Gado
dependências da Secretaria de Estado
Leiteiro. Na ocasião o primeiro Presidente
da Agricultura e Pesca, onde no ano de
foi o senhor José Elias, Vice Presidente
1991 o então Secretário Odacir Zonta,
Padre João Alfredo Roor (administrador
a pedido do criador Edésio Oenning
da Fazendo do Colégio Catarinense), o
(Presidente da ACCB na ocasião), acolheu
Secretário Geral Lauro Bustamante e
gentilmente nossa associação. Sendo que
o Primeiro Secretário Alvaro Muller da
o atual Secretário João Rodrigues man-
Silveira.
tém essa acolhida que muito beneficia todos os produtores de leite de nosso
A ACCB teve sua primeira sede junto
Estado e proporciona todas as condições
ao Projeto Gado Leiteiro na Rua Araújo
necessárias para que a ACCB desenvolva
Figueiredo, sendo que com a posse
plenamente seus trabalhos de melho-
do senhor Marcos Vandressen como
ramento genético das raças Jersey e
Presidente da Federação da Agricultura,
Holandesa.
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“No ano de 1964 criaram a primeira associação de Produtures de leite de Santa Catarina”.
ESPECIAL
Campanha Sócio Benemérito da ACCB 50 Estamos proporcionando algum impar para os nossos associados, ou seja, além da atual valorização que a ACCB tem por todos os seus associados, esse ano em especial estamos comemorando 50 anos de nossa entidade, sendo assim segue uma oportunidade para você associado que queria fazer adesão a este plano especial:
•Valor R$ 500,00 divididos em 2 parcelas de R$ 250,00 - 20.07.14 e 20.09.14 •Anúncios tipo rodapé em todas as edições da ACCB em 2014 - sendo que a ACCB providencia a arte. •Certificado em placa de aço inox personalizada a ser entregue na festa dos 50 anos da ACCB
•Exemplares extras da revista aos sócios beneméritos da ACCB.
•Selo da fazenda no site da ACCB durante o ano de 2014.
O que o setor leiteiro tem a dizer sobre os 50 anos da ACCB? “Parabéns ACCB, 50 anos de dedicação, valorização, melhoramento e preservação do patrimônio genético das Raças Holandesa e Jersey de Santa Catarina para o Brasil. Fico impressionado pela competência de como os criadores de Santa Catarina criam seus animais e produzem este tão expressivo volume de leite.” Altair Antonio Valloto Superintendente da APCPRH “Parabenizo a ACCB pelo meio século de trabalho profícuo em prol das raças produtoras de leite o que se espelha nos grandes resultados conseguido nas mostras de nossa amada raça Jersey. Torço pelo sucesso da Presidente Rose e sua equipe na gestão de nossa co-irmã.” Claudio Nery Martins Presidente da ACGJRS
“Congratulations for 50 years of service to the breeders in Brazil. After having the honour of judging Holsteins and Jerseys in Brazil for the past 20 years, the breeders should be complimented on the great strides they have made.” Robert Jarrell Jurado Candense
“São 50 anos de trabalho árduo, para preservar a genealogia do rebanho bovino do Estado de Santa Catarina, Parabéns.”
Éverson da Silva Nunes
Gerente Comercial Select Sires do Brasil Genética Ltda. 8 • Revista ACCB • www.accb.com.br
calendário2014 exposições 08 a 16 de março FEMI Xanxerê
21 a 27 de julho
02 a 06 de abril
FESTA NACIONAL DO COLONO Liajaí
EXPOFRAI Fraiburgo
20 a 25 de maio EXPOMERCO Chapecó
04 a 08 de junho XI FEAGROVALE
25 a 27 de julho EXPOCEDRO São José do Cedro
Braço do Norte
28 de maio a 01 de junho
09 a 13 de julho
14 a 19 de outubro
FESTA ESTADUAL DO LEITE
1ª EXPO-LEITE
EXPOLAGES
Pinhalzinho
Lages
Pres. Getúlio
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Gráfico 1 - MÉDIA GERAL DE CBT E CCS DOS REBANHOS AVALIADOS
Gráfico 2 – CBT e CCS de acordo com a higiene dos equipamentos de ordenha 3394
2500
3480
3500
2127
3000 2000
2500
Boa
1500
2000
632
1000
1500
500
0
Regular 1315
Ruim
1000
Contagem Bacteriana Total CBT (UFC/ml. x 103)
Contagem de Células Somáticas CCS (cel./ml x 103)
567
691
797
500
0
Contagem Bacteriana Total CBT (UFC/ml. x 103)
Contagem de Células Somáticas CCS (cel./ml x 103)
Gráfico 3 – CBT e CCS de acordo com a conservação dos equipamentos de ordenha
HIGIENE E CONSERVAÇÃO Efeito da higiene e conservação das instalações e dos equipamentos de ordenha sobre a contagem bacteriana total e contagem de células somáticas em rebanhos leiteiros do oeste de Santa Catarina.
4935 5000 4500 4000 3500
Boa 2523
3000
Regular
2500 2000
Ruim 1457
1500
588
1000
675
781
500 0
Contagem Bacteriana Total CBT (UFC/ml. x 103)
Contagem de Células Somáticas CCS (cel./ml x 103)
Por: Adriana Alves Martins de Souza(1), Sergio Antonio Bogdano Bajaluk(2), Gilberto Antonio Pagliarini(3), Rubia Claudia Ferrari Royer(4).
I
ntrodução: A implantação da Instrução Normativa No51/2002 - MAPA a partir de 2005 e da Instrução Normativa No62/2011 - MAPA a partir de 2011, possibilitou o diagnóstico da qualidade do leite no país de forma individualizada e a implantação de programas de qualidade da matéria prima pelas empresas preocupadas em melhorar a qualidade do leite que recebem. Grande parte destes programas, a partir do diagnostico citado, têm como forma de trabalho identificar possíveis problemas no ambiente e no manejo de ordenha dos produtores cujas análises revelam altas contagens de células somáticas e/ ou bacteriana total, implementando mudanças de forma a enquadrar a qualidade do leite nos padrões legais. O presente trabalho avaliou os efeitos das condições de higiene e conservação das instalações e equipamentos de ordenha sobre as Contagens Bacterianas Totais e Contagens de Células Somáticas dos rebanhos analisados, de forma a caracterizar a importância destes parâmetros na melhoria da qualidade do leite.
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Material e Métodos: Foram analisados dados obtidos a partir de levantamentos realizados entre março/2011 e março/2013, em 312 propriedades leiteiras com 5751 animais em ordenha, localizadas em 34 municípios da região oeste de Santa Catarina, Brasil, que fornecem leite para empresas sob Serviço de Inspeção Federal. Os mesmos foram baseados na lista de verificação mostrada na Figura 1. Foi calculada a média aritmética destas contagens para as propriedades divididas de acordo com os grupos encontrados nos levantamentos, descritos nos Gráfico 2, 3, 4 e 5 para os parâmetros de conservação dos equipamentos de ordenha, higiene dos equipamentos de ordenha, conservação das instalações de ordenha e higiene das instalações de ordenha. Resultados e Discussão: A média geral de CBT dos rebanhos avaliados foi de 2.127 x 103 UFC/ml. e de CCS 632 x 103 cel./ml., representadas no Gráfico 1. As médias de CBT (UFC/ml) e de CCS (cel./ml) observadas para cada parâmetro citado encon
Gráfico 4 – CBT e CCS de acordo com a higiene das instalações de ordenha 4539
5000
Gráfico 5 – CBT e CCS de acordo com a conservação das instalações de ordenha 6000
5083
4500 5000
4000
Boa
3500
2666
3000 2500 2000
Ruim 1413
2817
573
706
Regular
3000
2000
1500 1000
Boa
4000
Regular
Ruim 1611
763 598
1000
675
854
500 0
Contagem Bacteriana Total CBT (UFC/ml. x 103)
Contagem de Células Somáticas CCS (cel./ml x 103)
0
Contagem Bacteriana Total CBT (UFC/ml. x 103)
Contagem de Células Somáticas CCS (cel./ml x 103)
conservação das instalações. Observou-se também nos levantamentos realizados e nos resultados encontrados a relação entre os parâmetros higiene e conservação, pois em muitos casos problemas na conservação de instalações e equipamentos levam a maior dificuldade na higienização dos mesmos, com consequência comum de aumento dos valores de CBT e CCS. Conclusões: A Contagem Bacteriana Total e a Contagem de Células Somáticas têm sido utilizadas como indicadores de qualidade do leite, sendo diretamente ligadas ao manejo de ordenha e correlacionadas diretamente entre si. O presente trabalho mostrou que a higiene e a conservação das instalações e equipamentos de ordenha são fatores a serem trabalhados em conjunto nas ações tram-se nos Gráficos 2, 3, 4 e 5.Pode-se observar a de assistência técnica a produtores de leite, pois a influência direta de todos os parâmetros avaliados identificação e correção de problemas dos mesmos na qualidade do leite, neste trabalho caracteriza- podem levar a melhoria da qualidade do leite. da pelos valores de CBT e CCS. Em relação a CBT, propriedades com equipamentos e instalações de ordenha com higiene e conservação classificados como RUIM tiveram Contagem Bacteriana Total de 2,65 a 3,39 vezes maior do que propriedades com os mesmos parâmetros classificados como BOM, com as maiores diferenças observadas em relação a conservação dos equipamentos. Em relação a CCS, propriedades com equipamentos e instalações de ordenha com higiene e conservação classificados como RUIM tiveram Contagem de Células Somáticas de 1,32 a 1,42 vezes maior do que propriedades com os mesmos parâmetros classificados como BOM, com as maiores diferenças observadas em relação a 1-Médica Veterinária, Fiscal Federal Agropecuário – Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal/SC–MAPA– Pinhalzinho/SC SIF 1894 - Rodovia BR282 KM 582 Lote 140 Linha Anta Gorda CEP 89870-000 Pinhalzinho/SC. Tel.: (49) 3366-5900. Email:adriana.alves@agricultura. gov.br 2-Médico Veterinário, M.Sc., Fiscal Federal Agropecuário – Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal/SC–MAPA–UTRA/Blumenau. Email: sergio.bajaluk@agricultura.gov.br 3-Agente de Inspeção Convenio SAA/CIDASC/MAPA. Email: sif1894@agricultura.gov.br 4-Assistente Administrativo a serviço da Inspeção Federal. Email: sif1894@agricultura.gov.br 11 • Revista ACCB • www.accb.com.br
I N T ERLACTEA 2013 INTERLACTEA 2013 TEM GRANDES DESTAQUES DE SC
P
BUR JR. SAYONARA 1932 TE
IVANA 966 ACTION DA MAYA-TE
12 • Revista ACCB • www.accb.com.br
ela primeira vez o maior evento da cadeia produtiva na América Latina foi ao interior do estado de São Paulo, de 11 a 16 de novembro de 2013, a Exposição Internacional do Agronegócio do Leite aconteceu na cidade de Avaré/SP e teve a participação de mais de 1.400 animais de oito raças leiteiras, entre elas, Girolando, Gir Leiteiro, Simental, Jersey e Holandesa, o maior evento da cadeia produtiva na América Latina. Santa Catarina sente-se extremamente orgulhosa por ser o Estado de origem da vaca grande campeã da exposição ILMA 453 JADE DA ALVORADA-TE, criador Casemiro Marin de Lages - SC de propriedade de Terra Santa Agrpn. Tivemos também a Vaca com o título de Reservada Grande Campeã da Raça Jersey foi a Tulipa 235 Jade do Cruzeiro, do criatório de Décio da Fonseca Ribeiro de Lages-SC, e do expositor Cabanha da Maya. Nessas ocasiões é possível ver a força da genética de Santa Catarina no Brasil. Confira mais alguns resultados: JERSEY No Torneio Leiteiro Até 36 Meses tivemos como primeira colocada a Cabanha da Maya com a vaca Ivana 966 Action da Maya-TE que produziu 82,630 kg de leite em dois dias. Na categoria Acima de 36 Meses, a campeã foi Maira do Dane’s Sítio, animal do criador e expositor José Nereu Gomes, que teve produção total de 98,120 kg em dois dias. O Grande Campeão da Raça foi o touro Janota 1101 Jade da Maya, do criador e expositor Cabanha da Maya. O Título do Reservado Grande Campeão ficou com o touro Marconi Governor Jopx, do criador e expositor Agrobull. A Campeã Júnior foi Getaway da Maya, do
GRANDE CAMPEÃ DA RAÇA JERSEY ILMA 453 JADE DA ALVORADA-TE criador e expositor Cabanha da Maya, sendo que a bezerra Jacara 1112 Reward da Maya, do mesmo expositor, ficou com o título de Reservada Campeã Júnior. A Grande Campeã Vaca Jovem foi Henriqueta 801 Guapo da Maya, do criador e expositor Cabanha da Maya. Henriqueta 801 Guapo da Maya do criador e expositor Cabanha da Maya, também ficou com o título de 3ª Melhor Fêmea da Exposição. A Reservada Campeã Vaca Jovem foi Maureen Reagan Mamie da Capela Nova, do criador e expositor Fazenda Capela Nova. O Título de Grande Campeã de Raça foi para o expositor Terra Santa Agron com a vaca Ilma 453 Jade da Alvorada-Te. Já a reservada grande campeã foi a vaca Tulipa 235 Jade do Cruzeiro, do criatório de Décio da Fonseca Ribeiro de Lages-SC, e do expositor Cabanha da Maya. HOLANDESA Na HPB, os expositores que ocuparam o primeiro, segundo e terceiro lugares foram Regine Noordegraaf, Fazenda Morro Agudo e Maria Hubertina Gerarda Henderikx Lourenço, respectivamente. Na categoria Melhores Criadores, tivemos Fazenda Morro Agudo em 1º lugar, Maria Hubertina Gerarda Henderikx Lourenco em 2º lugar e Jan Johannes De Boer e/ou Fernando R. De Boer em 3º lugar. O Grande Campeão foi o touro G.C. Esteves Fausto Durham 32Fiv, do expositor Gilberto Carvalho Esteves. A Grande Campeã Fêmea Jovem foi a vaca Horizonte Anna 129 Windbrook Te, do expositor Jan Johannes de Boer E/Ou Fernand. Na categoria Campeã Vaca Jovem, tivemos a vaca Borg Kroontje Goldwyn 1356, de Ubel Borg e/ou Rogerio Egbert Bor. A Grande Campeã foi a vaca Diamantina Roca Goldwyn Tocha TE, do expositor Dirceu Antonio Osmarini. 13 • Revista ACCB • www.accb.com.br
Na Pista, a Campeã Vaca Jovem foi Bur Jr. Sayonara 1932 Te, expositor Hendrik de Coer e/ou Reinaldo Boer, que também ficou com o título de Grande Campeã. O Grande Campeão HVB foi o expositor Petrus Johannes Maria Dekkers com o touro Suzamara Morango Advent-Red Te. A Grande Campeã Fêmea Jovem HVB foi a vaca Constentation Brilhante Debonair Alessandro, expositor H. Dekkers e/ou Marisa. Os Melhores Criadores da Raça Holandesa Vermelha e Branca eleitos foram Hendrik de Boer e/ou Reinaldo de Boer, Márcio Maciel Leite e Armando Eduardo De Lima Menge. Já os três primeiros colocados na categoria Melhores Expositores HVB foram Hendrik de Boer e/ou Reinaldo de Boer; Márcio Maciel Leite e Adriaan Frederik Kok.<<
BORG KROONTJE GOLDWYN 1356
Dr. Vamiré Luiz Sens
A ACCB, visando as atender as normas técnicas esta-
Superintendente Técnico da ACCB
Associações Nacionais para evolução de grau de sangue,
belecidas pelos Conselhos Deliberativos Técnicos das que os animais alcancem determinados índices ou parâmetros de produção de leite juntamente com a obrigatoriedade de serem submetidos à classificação
Na Busca de animais
geneticamente superiores
linear. No ano de 2011 possibilitou que um técnico catarinense fosse treinado e capacitado para executar este trabalho, tornando possível a evolução do grau de sangue dos animais puros por cruzamento de origem conhecida à condição de Puros de Origem. Atualmente a ACCB em parcerias com as Associações Brasileiras das Raças Jersey e Holandesa, disponibilizam um sistema de gerenciamento de rebanhos via internet, denominado WEB LEITE. Este sistema é gratuito e está ao alcance de todos os associados, sem distinção, e possibilita através de informações enviadas pelo criador, gerar planilhas e gráficos que identificam a evolução do rebanho e animais que reúnem as condições necessárias para obter a evolução do grau de sangue. CONTROLE LEITEIRO DO REBANHO É a mais importante prova zootécnica para bovinos
A ACCB ao longo dos seus 50 anos sempre se preocupou com sua primeira missão, o melhoramento genético do rebanho leiteiro catarinense, bem como a qualidade de seu principal produto o leite. Com esse objetivo propicia e garante que seus associados tenham sempre ao seu alcance ferramentas que possibilitam atingir a excelência genética desejada. Nos anos de 1970 começou a desenvolver atividades relativas ao controle leiteiro nas mais diferentes regiões do Estado. Para tanto, Capacitou profissionais para atender as demandas que ao longo dos anos surgiram. Na década de 80 através de um convênio com o Ministério da Agricultura aprimorou esse trabalho, adquirindo equipamentos que permitissem a informatização, análise e identificação de animais superiores no Estado, possibilitando a todos criadores identificar e selecionar seus melhores animais, com vistas a formação de um plantel mais produtivo e eficiente. Com o passar do tempo, percebeu-se a necessidade de um local onde se concentrasse todo esse trabalho de pesquisa, elaboração e tratamento dos dados provenientes do controle realizado nessas propriedades. Após várias tratativas e passados 10 anos, foi instalado e credenciado pelo MAPA um laboratório de análise de leite no município de Concórdia – SC, permitindo desta forma, mensurar não só a produção e produtividade do rebanho, como também a qualidade do leite produzido (índices de células somáticas, gordura, proteínas, etc).
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leiteiros destacando-se sua execução em países que possuem pecuária desenvolvida como no Canadá, Estados Unidos da América, Holanda, Alemanha, França e Inglaterra. No Brasil essa prática é pouco difundida, pois somente cerca de 3% das vacas leiteiras são submetidas ao controle oficial. O Serviço de Controle Leiteiro foi implantado objetivando complementar os trabalhos de desenvolvimento do Serviço de Registro Genealógico das raças leiteiras, através do gerenciando dos rebanhos, levando aos nossos clientes, informações de produção, qualidade e sanidade dos rebanhos leiteiros, visando à lucratividade na atividade leiteira. Este serviço está disponível a todos os criadores. O criador tem ainda, a opção dele mesmo encaminhar suas amostras e/ou através de profissional que presta assistência à sua propriedade. CLASSIFICAÇÃO PARA TIPO A Classificação Linear para Tipo visa a evolução genética dos rebanhos. A metodologia técnica da classificação para tipo, consiste na avaliação comparativa com o modelo ideal conhecida como “True Type”, observando e mensurando as características morfológicas externas do animal. Sua finalidade é a seleção de animais que exteriorizam através das suas características fenotípicas o potencial produtivo e reprodutivo, vida útil longeva e elevada resistência a problemas no manejo e meio ambiente como a altura do talão, conformação do casco, inserção dos úberes etc.
Evolução da Raça Holandesa
Evolução da Raça Jersey
Os esquemas acima demonstram como agir e proceder objetivando a evolução do grau de sangue dos animais de seu rebanho. Maiores orientações, poderão ser prestadas pelo Inspetor Zootécnico que atende a sua propriedade.Ser proprietário de animais POs, não é mais privilégio dos criadores mais abastados,independente da condição sócio econômica do produtor, a evolução de grau de sangue está ao alcance de todos os nossos associados.A prática do controle leiteiro e a classificação linear deverão ser implementadas no dia-dia do seu criatório tornando este objetivo possível. Evoluir é preciso, e também uma obrigação!
VANTAGENS DA CLASSIFICAÇÃO LINEAR: • Auxílio direto no acasalamento; • Animais com boas pontuações, têm maior valor de comercialização; • Requisito para transformar animais Puros por Cruzamento-PC em animais Puros de Origem-PO (terceira geração); • Análise dos pontos fracos e fortes de seus animais - individualmente e do rebanho; • Auxilia na venda e descarte de animais; • Relatórios mensais e anuais dos animais: Comparativos e Individuais.
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Jersey em destaque Grande Campeã: VS 152 EVITA DA DIAMANTIN; Expositor e criador MOACIR/VICTOR SOPELSA. Reservada Grande Campeã: VS 231 BETINA SULTAN DA DIAMANTINA; Expositor e criador MOACIR/VICTOR SOPELSA. Terceira Melhor Fêmea: DADIANE COMERICA DO LOCH; Expositor e criador ANTENOR LOCH. Campea Fêmea jovem: PODEROSA VALENTIN SCHMOELLER; Expositor e criador VALDIR SCHMOELLER. Reservada Melhor Fêmea jovem: GABRIELA VALENTIN DO LOCH; Expositor e criador ANTENOR LOCH. Terceira Melhor Fêmea jovem: VS297 NETA VALENTIN DA DIAMANTINA; Expositor e criador MOACIR/VICTOR SOPELSA. Campeã Vaca Jovem: VS 231 BETINA SULTAN DA DIAMANTINA; Expositor e criador MOACIR/VICTOR SOPELSA. Reservada Melhor Vaca Jovem: DADIANE COMERICA DO LOCH; Expositor e criador ANTENOR LOCH. Terceira Melhor Vaca Jovem: VS223 ANAMARA JULIAN DA DIAMANTINA; Expositor e criador MOACIR/VICTOR SOPELSA. Grande Campeão: BATMAN MINISTER DO LOCH; Expositor e criador ANTENOR LOCH. Reservado Grande Campeão: RICO 229 REAGAN DO S.A.B.; Expositor e criador SERGIO ANTUNES BATALHA. Torneio Leiteiro 2° Categoria Tor.Leiteiro : LUDIMILA 216 DA DDM; Expositor ERON PAULO BALDISSERA; Criador DELMI E DERLI ANTONIO MARTIORI. Torneio Leiteiro 1° Categoria Tor.Leiteiro: PITI IATOLA SCHOTTEN; Expositor GUILHERME GOTTARDI WERLANG; Criador VALDIR SCHOTTEN.
Melhor Expositor: MOACIR/VICTOR SOPELSA Melhor Criador:MOACIR/VICTOR SOPELSA 16 • Revista ACCB • www.accb.com.br
Efapi 2013 EFAPI SURPREENDE COM ALTA
QUALIDADE GENÉTICA DOS ANIMAIS
A
conteceu em Chapecó/SC, entre os dias 04 e 13 de outubro, a EFAPI 2013. Durante o evento foi possível conferir o porquê de a produção leiteira em Santa Catarina ter registrado um crescimento de 340% nos últimos 10 anos, passando de 618 milhões de litros por ano fornecidos à indústria, para 2,103 bilhões de litros em 2012. Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Instituto Cepa) da Epagri, se considerar o total produzido, esse número chega a 2,7 bilhões de litros, o que torna o Estado o quinto maior produtor do país, com 8% da produção brasileira. No cenário nacional, enquanto o país apresentou um crescimento de 4% entre 2011 e 2012, a produção no Estado subiu 17,1%, de acordo com os dados do Instituto Cepa-Epagri. O Oeste sozinho responde por 70% da produção estadual. Os animais das raças Jersey e Holandesa foram julgados pelo Superintendente da Associação Paranaense da Raça Holandesa e um dos melhores profissionais na área de melhoramento genético do Brasil, Dr. Altair Valotto, que elogiou a qualidade dos animais apresentados. A raça Holandesa teve um grande incentivo com
Holandês em destaque Grande Campeã: DIETRICH TUCA 114 MILES; Expositor GELSON DALLA COSTA; Criador NILVO ILDO DIETRICH. Reservada Grande Campeã: LUSKI CEGONHA 386 CHAMPION; Expositor e criador LUCIANO SARVACINSKI. Terceira Melhor Fêmea: CABANHA MENINA 244 REECE; Expositor e criador NANCY CRISTINE LEONHARDT. Campea Fêmea Jovem: COSSER ELO 245590 SENTRY (432646); Expositor e criador DARCI COSSER. Reservada Melhor Fêmea Jovem: SIPAL ROYAL 828 BLADE 092598; Expositor e criador CLAIR ELOY DARIVA. Terceira Melhor Fêmea Jovem: LUSKI 519 MACHINIST (369); Expositor LUCIANO SARVACINSKI; Criador LUCIANO SARVACINSKI.
a presença do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovino da Raça Holandesa, Hans Jan Groenwold. A raça mostrou a força que tem no oeste, que aliado ao potencial genético, boa nutrição e manejo, garantem ótimos resultados na pista. Participaram do setor de bovinocultura da EFAPI 2013 aproximadamente 70 produtores, a maioria do oeste catarinense, alguns da região de Lages e Braço do Norte. Todos os animais em exposição são de propriedades certificadas, livre de brucelose e tuberculose, com acompanhamento de técnicos responsáveis e aval da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que faz a inspeção sanitária.
Campeã Vaca jovem: CABANHA MENINA 244 REECE; Expositor NANCY CRISTINE LEONHARDT; Criador NANCY CRISTINE LEONHARDT. Reservada Melhor Vaca jovem: WILIANNA 179 GENEVA (136); Expositor JOÃO GIRARDI; Criador QUERINO JOÃO HENN. Terceira Melhor Vaca jovem: PROFILHOS REALEZA GENEVA; Expositor ITAMAR E DENILSO ALESSI; Criador ITAMAR E DENILSO ALESSI. Grande Campeão: COSSER 3511 GENEVA (237 STROHER); Expositor e criador DARCI COSSER. Torneio Leiteiro 1° Categoria Tor. Leiteiro: DOBALDE 060630 THROTTLE; Expositor e criador ERON PAULO BALDISSERA. Torneio Leiteiro 2° Categoria Tor.Leiteiro: DOBALDE 851571; Expositor e criador ERON PAULO BALDISSERA. Melhor Expositor: DARCI COSSER Melhor Criador: ITAMAR E DENILSO ALESSI
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Um bate-papo sobre sanidade, alimentação animal, aftosa, brucelose, tuberculose e o apoio da secretaria de Agricultura ao Setor Leiteiro em Santa Catarina.
Entrevista com Airton Spies Secretário de Estado Adjunto da Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina e Pesquisador da Epagri
ACCB: QUANTO ÀS ENFERMIDADES (AFTOSA, BRUCELOSE E TUBERCULOSE) QUE ACOMETEM O GADO LEITEIRO EM SANTA CATARINA, QUAIS AÇÕES FORAM REALIZADAS NOS ÚLTIMOS ANOS PARA COMBATE-LAS?
animais doentes. O objetivo de Santa Catarina é atingir o status de área livre de brucelose a partir de 2017, quando a incidência deverá ser menor que 0,2% no rebanho.
AIRTON SPIES: Santa Catarina apresenta um status diferenciado em relação à sanidade animal em função de um grande esforço que vem sendo realizado há quase cinco décadas pelo Governo e pelo setor privado no combate às principais doenças. Para eliminar a febre aftosa, uma ação de vacinação e os cuidados na entrada de animais e derivados em Santa Catarina resultaram na conquista do Certificado de Área Livre de Aftosa sem Vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2007. Esse status que só Santa Catarina tem no Brasil, nos permite exportar carne suína para países como o Japão e outros mercados exigentes em qualidade e que pagam bem, nos dá uma vantagem competitiva. Santa Catarina é o único estado brasileiro em que todo o rebanho bovino e bubalino é obrigatoriamente rastreado com brincos fornecidos pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) desde 2007. Quanto à Brucelose e Tuberculose, as principais ações são a busca ativa de animais doentes por meio de exames, e seu sacrifício sanitário em caso positivo, com a devida indenização do produtor rural por meio de recursos do Fundo Estadual de Sanidade Animal – Fundesa. O Fundesa recebe recursos do governo e do setor privado e é administrado pela Secretaria da Agricultura e da Pesca. De 2004 a 2013, o Fundesa já pagou R$ 14,5 milhões para indenizar 11.775 bovinos sacrificados, em mais de 2.000 propriedades. Desses casos, 5.015 foram por brucelose e 6.760 por tuberculose. Também fizemos, com a colaboração do MAPA, o inquérito epidemiológico da Brucelose e da Tuberculose. Constatamos baixa incidência, porém o estudo revelou algumas regiões com maior número de casos, nas quais agora está sendo feito um esforço concentrado para eliminar o problema. Como regra geral, em Santa Catarina os bovinos não são vacinados para brucelose, sendo que a vacina B19 é proibida e a RB51 é utilizada apenas por médicos veterinários nos focos da doença, como auxílio na proteção dos rebanhos que tiveram algum contato epidemiológico com
ACCB: COMO FUNCIONAM AS BARREIRAS SANITÁRIAS? SPIES: As barreiras sanitárias são mantidas pela Cidasc, empresa vinculada à SAR, que é responsável pela execução das ações de defesa sanitária animal e vegetal no estado. Nos pontos de divisa de Santa Catarina com o Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina, nas rodovias por onde são transportados animais e produtos derivados existem 67 barreiras com agentes que inspecionam veículos e cargas. Nas grandes rodovias, temos os corredores sanitários, pelos quais as cargas podem passar, mediante um lacre feito pela Cidasc na entrada e sua correspondente verificação na saída na outra fronteira do estado. Com isso, o estado pode permitir a passagem de bovinos de outros estados em seu território, porém eles não podem permanecer em Santa Catarina. Além das barreiras fixas, são mantidas barreiras de rechaço e barreiras móveis, atuando com auxílio de câmeras e outros recursos eletrônicos. Dependendo do tipo de carga, os veículos também podem ser submetidos a uma pulverização com desinfetantes. ACCB: EM ESPECIAL A BRUCELOSE E TUBERCULOSE, QUAIS PREJUÍZOS ELAS TRAZEM PARA A ECONOMIA E COMERCIALIZAÇÃO DOS ANIMAIS? SPIES: Os animais doentes são uma ameaça à saúde humana e devem ser eliminados. Quando a propriedade pro-
“Santa Catarina é o único estado brasileiro em que todo o rebanho bovino e bubalino é obrigatoriamente rastreado com brincos fornecidos pela Cidasc desde 2007.”
18 • Revista ACCB • www.accb.com.br
dutora de leite têm animais doentes com brucelose ou tuberculose, existe o risco de contaminar as pessoas que trabalham com os animais e os consumidores do leite e derivados, quando não processados adequadamente. Por exigir a eliminação dos animais doentes e por interditar a propriedade para comercialização dos animais e do leite, os prejuízos econômicos são enormes. Já registramos casos em que mais de 90% das vacas de uma propriedade tiveram que ser sacrificadas e a família perdeu sua renda por um período longo. ACCB: QUE MECANISMOS A SECRETARIA DE AGRICULTURA SE UTILIZA HOJE PARA FISCALIZAR E COMBATER ESSAS ENFERMIDADES NO ESTADO?
“A economia catarinense deve muito à ACCB pelo seu importante trabalho nesses 50 anos SPIES: Para a aftosa a vigilância e o controle de fronteiras, além da orientação aos produtores são os principais mecanismos utilizados pela SAR e sua vinculada, a Cidasc. Quanto à brucelose e tuberculose, os inquéritos epidemiológicos e os exames, com a consequente eliminação dos animais doentes e sua indenização pelo Fundesa representam a nossa estratégia principal. Entretanto, como estamos buscando reduzir a incidência de brucelose para menos de 0,2% até 2017, a busca ativa de animais doentes e o uso pontual de vacina RB51 são mecanismos importantes. O acompanhamento da movimentação de animais por meio da Guia de Trânsito Animal eletrônico e-GTA e o monitoramento de abates em frigoríficos para detectar possíveis propriedades que possam ter animais doentes são outros mecanismos importantes para combater essas enfermidades. ACCB: QUAL A ATITUDE DIFERENCIAL TOMADA QUE FEZ SC CONSEGUIR ELIMINAR COMPLETAMENTE ESSES MALES E QUE OUTROS ESTADOS NÃO CONSEGUIRAM? SPIES: A integração de ações e as parcerias entre o setor público e o setor privado com certeza contribuíram muito. A parceria do governo do estado com o governo federal, por meio da SAR e do MAPA permitiram implementar as ações necessárias, como nos tempos da vacina para eliminar a aftosa e as ações de prevenção que a Cidasc executa. O setor privado, por meio do Sindicato das Indústrias da Carne (Sindicarne) e o Sindicato das Indústrias do Leite (Sindileite) também contribuiu de forma decisiva com recursos e ações. A criação do Instituto Catarinense de Sanidade Animal (ICASA) que é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) foi outra estratégia fundamental em Santa Catarina e certamente um diferencial para conquistar o status de excelência sanitária. 19 • Revista ACCB • www.accb.com.br
Airton Spies também é Engenheiro Agrônomo, Administrador e Doutor em Economia dos Recursos Naturais.
ACCB: QUAIS OS BENEFÍCIOS PARA OS CRIADORES DEPOIS QUE SANTA CATARINA OBTEVE A CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL (OIE) COMO ESTADO LIVRE DE FEBRE AFTOSA SEM VACINAÇÃO? SPIES: O maior benefício para os criadores é o acesso ao mercado de países que exigem essa condição certificada pela OIE. Ou seja, considerando que a razão para produzir é vender com lucratividade, vender para países que pagam mais e são fiéis aos seus fornecedores é uma forma de gerar mais renda para o produtor. Isso vale principalmente para a carne suína, da qual Santa Catarina é o maior produtor e exportador brasileiro. Mas vai valer também para o leite, quando o Brasil se tornar um grande exportador. Além disso, os criadores de Santa Catarina não têm o custo da vacinação periódica para a febre aftosa. ACCB: NOS DIAS DE HOJE, QUAIS PROGRAMAS A SECRETARIA DE AGRICULTURA MANTÉM PARA FOMENTAR E DESENVOLVER O SETOR LEITEIRO CATARINENSE? SPIES:O leite é o setor que mais cresce atualmente no agronegócio catarinense e o estado já é o quinto maior produtor, com quase três bilhões de litro por ano. Por isso a SAR investe em quatro grandes eixos para apoiar o setor: Pesquisa agropecuária, para desenvolver novas pastagens e formas de manejo pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) que também é vinculada à SAR; Extensão Rural, para orientar os produtores, princi-
palmente em relação à produção de pasto, pastoreio rotativo, manejo, nutrição e qualidade do leite, por meio da
Epagri; Defesa Sanitária, por meio da Cidasc; e por fim, Fomento Agropecuário, por meio de programas da SAR.
Em relação ao fomento, oferecemos vários incentivos: 1) O programa Kit Forrageiras, onde o agricultor recebe um recurso subsidiado para implantar um projeto de pastagem conforme recomendado pelos técnicos da região; 2) O programa juro-zero, pelo qual o produtor de leite pode financiar via Pronaf até R$ 50.000,00 em equipamentos (como ordenhadeira, resfriador, sala de ordenha e outros), e o governo do estado paga os juros do financiamento; 3) o programa terra boa, que oferece subsídios para o calcário necessário à recuperação de áreas para pastagens e; 4) O financiamento de novilhas, por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural. O Programa SC-Rural também oferece recursos subsidiados para estabelecer novas agroindústrias para processar leite e agregar valor, por meio da organização dos produtores. ACCB: EM SUA OPINIÃO, QUAL A IMPORTÂNCIA DA ACCB NO CONTEXTO LEITEIRO CATARINENSE NOS ÚLTIMOS 50 ANOS DE SUA EXISTÊNCIA? SPIES:A ACCB sempre teve um papel fundamental no desenvolvimento do setor lácteo em Santa Catarina. O registro de animais e o desenvolvimento da qualidade genética com a valorização do nosso rebanho sempre foram alavancas propulsoras do crescimento do setor que a ACCB viabilizou. A organização dos produtores em torno da ACCB também viabilizou a difusão de tecnologias, a melhoria da sanidade, a troca de experiências e a promoção de feiras e eventos onde o setor lácteo ganhou visibilidade e rentabilidade, pois o material genético produzido aqui chegou aos mercados mais distantes em todo o Brasil. Os produtores associados à ACCB sempre foram os que lideraram o desenvolvimento do setor e inspiraram outros que também melhoraram a sua produção com base no sucesso das tecnologias aplicadas. Ao premiar e reconhecer o sucesso dos bons produtores, a ACCB ofereceu um grande estímulo à busca continuada de melhorias nos sistemas de produção. A ACCB também teve um papel importante como porta-voz dos produtores junto ao governo, apresentando as demandas técnicas e políticas do setor. Com certeza, a economia catarinense deve muito à ACCB pelo seu importante trabalho nesses 50 anos de existência. ACCB: EM POUCAS PALAVRAS, O QUE O CRIADOR DE GADO LEITEIRO CATARINENSE PODE ESPERAR PARA O ANO QUE SE INICIA QUANTO AO FUTURO DO LEITE NO ESTADO? SPIES:O leite é um forte candidato a ser mais uma estrela no agronegócio catarinense, assim como já são o frango e o suíno. Estamos numa região do país onde temos ao mesmo tempo, excelentes condições de produção de biomassa em forma de pastagens de inverno e de verão, temos pequenas propriedades com mão de obra familiar qualificada, que têm tradição na lida com animais e ainda temos agroindústrias competentes para agregar valor e colocar nossos produtos lácteos no mercado. Esse é o cenário ideal para o desenvolvimento do setor. Mas os produtores vão ter que enfrentar grandes desafios: vamos ter que exportar leite e a melhoria da qualidade para equiparar nosso produto aos padrões dos países exportadores como a Nova Zelândia e a Austrália. Ainda precisamos melhorar a logística para transportar o leite até as indústrias com menor custo sem perda de qualidade. 20 • Revista ACCB • www.accb.com.br
A melhoria da produtividade para ter rentabilidade e atrair os jovens a permanecer na produção. A escala de produção por propriedade também vai ter que aumentar e com isso, poderemos reduzir os custos fixos. Os bons preços recebidos pelos produtores nos últimos dois anos parecem pontos fora da curva histórica e, portanto os produtores devem sempre estar preparados para ajustes. Para sermos competitivos no mercado doméstico e global, precisamos produzir leite de alta qualidade a custo baixo. Muitas propriedades ainda não conseguem esses dois atributos ao mesmo tempo, e por isso vão precisar se adaptar. Infelizmente para os produtores que não conseguirem fazer o dever de casa, o futuro não parece tão promissor.
“Como as condições naturais de Santa Catarina são excelentes para produção de leite a base de pasto, o setor e principalmente os bons produtores podem esperar ótimas Porém, como as condições naturais de Santa Catarina são excelentes para produção de leite a base de pasto, o setor e principalmente os bons produtores podem esperar ótimas notícias para o futuro, pois o mundo está ávido por alimentos e os produtores brasileiros têm diante disso, uma grande oportunidade. Temos mais sol, mais água e mais terra que a maioria dos nossos concorrentes. A vaca é um ruminante, uma magnífica máquina de converter biomassa produzida pela fotossíntese em produtos de grande valor a partir do leite. Por isso precisamos aprender a tratar as pastagens tão bem como tratamos as lavouras de soja, milho ou arroz e transformar as nossas vantagens comparativas naturais em reais vantagens competitivas no mercado global.<<
16PARA passos MONTAR FEIRAS E EXPOSIÇÕES
U
m dos principais objetivos das Feiras e Exposições de gado é fazer com que aconteça uma maior aproximação entre os criadores, além de proporcionar a possibilidade de verificação da amostragem dos animais para acompanhar os índices de desenvolvimento da pecuária leiteira e aquilatar os programas desenvolvidos. Portanto, a ACCB criou esse guia prático com algumas regras e dicas para montar uma feira ou exposição das raças Jersey e Holandesa que você também pode encontrar no nosso site: www.accb.com.br.
1.
Seguir o padrão para as faixas e rosetas que possuem coloração adequada para cada premiação. Solicite a lista na ACCB.
2.
9.
da admissão, julgamentos e resultados é composta de no pelo menos três pessoas. As despesas de hospedagem, alimentação
Os troféus são de livre escolha. Porém devem respeitar as
e deslocamento são de responsabilidade do evento. Deverá ser
categorias premiadas. Podem ser feitos troféus de participação
reservado um local adequado com mesas, cadeiras, luz e acesso
e homenagens, solicite a lista na ACCB.
3.
O Jurado Classificador deve pertencer ao Colégio de Jurados das Associações das Raças Jersey e Holandesa. Em caso de jurado
a internet.
10.
que estão expondo.
um tradutor para a língua portuguesa. A comissão organizadora ordem de preferencia para que seja autorizado na exposição.
4.
11.
que qualquer medicação administrada deve ser informada aos membros da Comissão.
de preferência coberta e próxima ao pavilhão onde ficam os
5.
12.
de Exposições. Os trabalhos de recepção ficam a cargo dos profissionais da Cidasc que exigirão os documentos necessários
deverá ser de escolha da comissão organizadora do evento.
para o transporte do animal, bem como todos os atestados e exames.
Sempre que possível preferir silos trincheiras. Observe o contorno, as bordas e a superfície do silo. O silo deve ter bordas lisas e retas para minimizar o contato com oxigênio.
13.
opções podem ser milho, sorgo ou capim elefante.
7.
alimentação adequada aos animais.
8.
14.
As inscrições dos animais na exposição podem ser feitas no site da ACCB www.accb.com.br quando assim desejar a Comissão Organizadora, devendo solicitar a associação com no mínimo
Os cochos devem estar bem fixos ao chão, limpos e serem de número suficiente ao de animais expostos. Deverá ser oferecida
Devem ser oferecidos alojamentos e alimentação adequados a todos os tratadores dos animais presentes.
Silos irregulares tem maior chance de atividade microbiana indesejável e deixará a silagem com uma qualidade pior. As
O evento deve ter um espaço reservado e adequado para a recepção dos animais quando da entrada no recinto do Parque
O Jurado de admissão deverá ser de preferencia um inspetor habilitado e de notório conhecimento na área. Este profissional
6.
A Comissão Organizadora deve manter durante todo o evento um médico veterinário de plantão para atender os animais sendo
A pista de julgamento deve ser ampla, limpa, nivelada, cercada, animais.
Todos os expositores devem receber ou ter acesso aos Regulamentos de Exposições e do Torneio Leiteiro das raças
internacional, deve estar apto a julgar no Brasil e ter ao seu lado deve enviar a ACCB uma lista de três nomes de jurados por
A Equipe da ACCB que fará os trabalhos de acompanhamento
30 dias de antecedência.
15.
É aconselhável que seja reservado um local apropriado para o banho, tosa e preparo dos animais que irão a julgamento.
Os animais participantes do concurso leiteiro ficarão em um lugar apropriado para o concurso e deverão seguir as normas estabelecidas e seus regulamentos, solicite na ACCB.
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16.
É aconselhável que a premiação aos melhores da exposição e o banho de leite sejam feitos no último dia do evento, normalmente no domingo pela manhã.
Cenário novo para a produção de leite Ninguém ousa antever qual será o novo patamar de preços, mas todos concordam que não serão mais aqueles observados anteriormente. Na última década a produção de leite cresceu num ritmo inferior ao da população mundial. Novos mercados consumidores se instalaram recentemente em países emergentes exemplo da China na Ásia, alterações climáticas aconteceram na Oceania no biênio 2006-2007, e, ainda observamos a estabilização de produção na Europa reduzindo a oferta de leite no planeta. Esses fenômenos contribuem para exaltar o descompasso existente entre a oferta e a demanda de lácteos, culminando numa elevação histórica dos preços das commodities lácteas, que passaram a se situar num novo patamar. Para se ter uma ideia da magnitude dessa alterações, o leite em pó triplicou de preço em apenas um ano. Muitos especialistas são unânimes em afirmar que esse novo patamar veio para ficar, refletindo um fenômeno chamado de inflação agrícola, ou seja, de retomada de renda do setor produtivo primário, que, durante muitas décadas, transferiu para as cidades grande parte do ganho da sua eficiência produtiva em redução real de valor dos seus produtos. Ninguém ousa antever qual será o novo patamar de preços, mas todos concordam que não serão mais aqueles observados anteriormente. O setor lácteo nacional soube aproveitar bem esse momento. O Brasil vem batendo recordes na exportação e no superávit comercial de lácteos. Fato inédito para um país que era inexplicavelmente deficitário nesse segmento. Essa guinada do setor lácteo nacional se deveu a várias mudanças internas, destacando-se a ampliação e a modernização do parque industrial laticinista, melhoria da qualidade da matéria prima, melhoria da sanidade do rebanho. Tudo isso foi sentido no campo e contribuiu para 23 • Revista ACCB • www.accb.com.br
melhoria de renda do produtor de leite brasileiro. Alguns acontecimentos ocorridos nessa última década deixaram várias lições para o setor lácteo nacional. A primeira delas é que para aproveitar melhor o bom momento do leite é preciso estar estruturado. Isso significa estabilidade da produção sustentada pela melhoria constante da qualidade de matéria prima, especialmente por meio da elevação do nível de sólidos e redução da contagem de células somáticas e bacteriana do leite cru. Também precisamos ter parque industrial, logística, abertura de novos mercados e foco voltado a exportação. Além
disso, deve-se ter atenção crucial na manutenção do status sanitário do rebanho bovino nacional, permitindo ao país acesso ao mercado mundial. O Brasil caminha cada vez mais em direção a uma posição de destaque no mercado mundial de lácteos. O progresso genético do rebanho, buscando aumento da produção de sólidos, a melhoria da qualidade do leite, com redução da contagem de células somáticas e bacteriana, a modernização do parque industrial, e, finalmente, a abertura de novos mercados (interno e externo) são cruciais a consolidação desse processo.
José Alcides Marques Menezes
Médico Veterinário alcides.menezes@agricultura.gov.br
FEAGROVALE 2013
Feagro foi confirmada como a segunda maior exposição de gado Jersey, em número de animais, do mundo. A maior feira agropecuária de exposição de gado Jersey da América Latina teve mais uma edição realizada no mês de maio de 2013. Considerada uma das maiores feiras agropecuárias a exposição teve como principais estrelas mais de 400 animais da raça Jersey e Holandesa que foram expostas e arrancaram aplausos e elogios de visitantes, expositores e autoridades da área leiteira. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e seu vice, Eduardo Pinho Moreira, afirmaram que a Feagro se tornou um evento de extrema importância para o Estado. “Aqui se vê todo o potencial do agronegócio que Santa Catarina possui e leva para todo o mundo. Somos um Estado privilegiado e seguimos com o apoio para que a feira se torne a maior do mundo e nos dê mais este título importante”, falou Pinho. Na ocasião foi sancionada a lei que denomina Vale Catarinense de Produção do Gado Jersey o conjunto de municípios composto por Anitápolis, Armazém, Braço do Norte, Grão Pará, Gravatal, Rio Fortuna, santa Rosa de Lima, São Ludgero e São Martinho. A edição da Feagro 2013 contou com muitas novidades dentre elas o minicurso de processamento de peixes e o curso de
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gastronomia à base de carne suína com o cheff Müller de Joinville, entre outras atrações. A programação também foi composta por seminário de fumicultura, concurso de culinária de peixes, torneio leiteiro, tradicional banho de leite e outros. Já o julgamento das raças Jersey e Holandesa ficou a cargo do juiz canadense Patrice Simard. Vale ressaltar que cerca de R$18 milhões de reais foram comercializados no setor do agronegócio.
De acordo com a empresária e produtora, que tem a sua fazenda na comunidade de Rio Amélia, em Braço do Norte, o reconhecimento tem como base o trabalho de toda comissão organizadora da exposição na Feagro. “Um dos nossos desejos era fazer uma grande feira com um número maior de animais para superar as outras edições. Além disso, nossa meta também era fazer uma grande feira da raça holandesa, já que no ano passado não conseguimos fazer a competição por falta de animais. Com trabalho e união alcançamos nossos objetivos”, analisa a produtora.
Outro fator marcante da feira foi a organização e a montagem da estrutura física que recebeu os animais, expositores e tratadores. Segundo os organizadores, a próprio logo da feira mostra quatro mãos unidas, o que representa o desejo para que todos estejam cada vez mais unidos para garantir o sucesso da exposição e das atrações programadas. Outra boa notícia para o Vale é que na edição 2013 a Feagro foi confirmada como a segunda maior exposição de gado Jersey, em número de animais, do mundo. A Presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Bovinos (ACCB) Maria Rosinete Souza Effting, a “Rose”, foi a portadora da boa notícia. “Entramos em contato com a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos, que tem sede em São Paulo, e fomos informados que, em número de animais, a Feagro superou a Exposição de Medison, nos Estados Unidos, que era tida com a maior do mundo”, comemorou Rose.
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Outro evento realizado dentro da Feagrovale foi o segundo leilão de elite onde foram colocados a venda animais de excelente padrão genético. O leilão mais uma vez foi transmitido para todo o Brasil via internet e TV, fazendo com que a movimentação de valores e animais comercializados alcançasse valores excepcionais. O recinto onde aconteceu o leilão foi totalmente tomado por visitantes, expositores, autoridades, representantes de empresas ligadas a área leiteira, arrancando efusivos elogios dos presentes.
AS GRANDES CAMPEÃS NAS EXPOSIÇÕES
DE 2013
Ilma 453 da Alvorada
Criador e Expositor Casemiro Marin – Lages/SC Raça Jersey - Mercoleite – Lages/SC
Ilma 453 da Alvorada
Cosser 124013 Affirmed (239)
Fantástica Ressurection Guinther
Cassiano Dorvert 154
Criador e Expositor Casemiro Marin – Lages/SC Raça Jersey - Feagrovale – Braço do Norte/SC
26 • Revista ACCB • www.accb.com.br Criadora e Exp. Maria R. S. Effting
– Braço do Norte/SC
Raça Jersey - Festa Nacional do Colono – Itajaí/SC
Criador e Expositor Darci Cosser – Chapecó/SC Raça Holandesa - Feagrovale – Braço do Norte/SC
Criador e Exp. Antônio e Carlos Cassiano – Concórdia/SC Raça Holandesa - Festa Nacional do Colono – Itajaí/SC
Vs 152 Evita da Diamantina
Criador e Exp. Moacir e Victor Sopelsa – Concórdia/SC Raça Jersey – Efapi - Chapecó/SC
Dietrich Tuca 114 Miles
Criador Nilvo Ildo Dietrich/Exp. Gelson Dalla Costa Raça Holandesa – Efapi - Chapecó/SC
destaques 2013
27 • Revista ACCB • www.accb.com.br
RANKING
2013
CATEGORIA FEMÊA JOVEM
CATEGORIA GRANDE CAMPEÃ
CATEGORIA VACA JOVEM
MELHOR AFIXO
MELHOR CRIADOR ANIMAIS JOVENS
MELHOR CRIADOR
29 • Revista ACCB • www.accb.com.br
MELHOR EXPOSITOR
MELHOR VACA
E
m novembro de 2013 aconteceu a Royal Winter Fair em Toronto. O evento contou com 252 animais em pista de julgamento. Nesta edição, houve um grupo especial da raça Jersey com 12 criadores, incluindo o Dr. Décio da Fonseca e Edson Colombo, ambos de Lages. O Dr. Claudio Aragon foi o primeiro brasileiro da história a ser jurado nesse evento canadense, ele ficou com a categoria especial Futurity Jersey Show. O criador, presidente do núcleo de Blumenau da ACCB e sócio da Jersey Canada, Nelson E. Ziehlsdorff teve o prazer de entregar o banner para a campeã Fêmea Jovem da Royal 2013. Confira os resultados principais: Campeã Fêmea Jovem da raça Jersey: Lookout Glow In The Dark Et (Jade), Lookout Jerseys & Frank & Diane Borba Reservada Fêmea Jovem: Jr Tequila Justina (Tequila), Purple Fever Cattle Co 3ª Melhor Fêmea Jovem: Missiska Arrow Venus (Arrow), Ferme Scottiere. Campeã Vaca Jovem: Arethusa Ontime Vogue (On Time), Whiskey River & Pleasant Nook
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Reservada Campeã Vaca Jovem: Paullor Giller Rilee (Giller), Paul & Lorraine Franken 3ª. Melhor Vaca Jovem: Budjon Minister Lighten Up-Et( Minister), Shelby Ostrom. Grande Campeã e Suprema das raças: Page-Crest Excitation (Excitation) Karlie, Arethusa Farm. Reservada de grande campeã: Rjf Jamaica Rockstar (Jamaica), Robert Jarrell 3ª. Melhor touro da Exposição: Bridon Remake Comerica -Et. Na raça Holandesa o sucesso e qualidade dos animais foram excepcionais: Campeonato Fêmea Jovem: Fanico Reginald Marty (Reginald) Paige Morrill, PA
Reservada Fêmea Jovem: Comestar Larion Goldwyn (Goldwyn), R & S Allyn, E & M Ladina, Ferme Jendro and Donald Dubois & France Lemieux, QC 3ª. Melhor Fêmea Jovem: Rotaly Windbrook Hilda (Windbrook), Rock Hebert & Nathalie Du, QC. Campeonato Vaca Jovem: Aingers Advent Bambi (Advent),3 anos Senior de Propriedade de Ferme Blondin, QC Reservada Campeã Vaca Jovem: Charwill Attic Marcy (Attic), 2 anos Senior de propriedade Gen-Com Holsteins, QC GRANDE CAMPEONATO: Robrook Goldwyn Cameron (Goldwyn), 4 anos, St Jacobs, Clark Woodmansee, Budjon Farms & Peter and Lyn Vale, WI.<<
CLASSIFICAÇÃO LINEAR Em 2013, a Classificação Linear em Santa Catarina, apresentou os seguintes resultados: Raça Jersey, 12 rebanhos e 137 animais e na Raça Holandesa 10 rebanhos e 179 animais. DESTAQUES DA CLASSIFICAÇÃO RAÇA JERSEY: Seis animais classificados VG 85 pontos ou mais, no primeiro parto.
RAÇA JERSEY
CINCO ANIMAIS CLASSIFICADOS EX90 PONTOS OU MAIS:
152618C – LISA 513 MINISTER DA ALVORADA(TE)- VG 85
140049C – IRAI 462 CORISSCO DA ALVORADA- EX 90
Pai: 28695B – SELECT SCOTT MINISTER Mãe: 10214698N – HURONIA CENTURION VIRGINIA Criador e Proprietário: CASEMIRO MARIN
Pai: 26789C – CORISCO 324 SATURN DA ALVORADA Mãe: JE128784 – ELEGANCIA 377 DUKE DA ALVORADA Criador e Proprietário: CASEMIRO MARIN
149971C – SUREMA GILLER TENFEN – VG 85
126482C – HORTENCIA REMAKE TENFEN –EX 90
Pai: 28985B – SHAMROCK GILLER Mãe: 132126C – SULINA LEGION TENFEN Criador e Proprietário – JOSE TENFEN
Pai: 25685B – ROCK ELLA REMAKE Mãe: 103822C – SULA BERRETTA LESTER TENFEN Criador e Proprietário: JOSE TENFEN
148097C – GUIDA MINISTER GUINTHER – VG 85
138777C – ESMERALDA JACE GUNTHER – EX 90
Pai: 28695B – SELECT SCOTT MINISTER Mãe: 116859C – LIDIANE RUBENS AVISTOSO Criador: MARIA ROSINETE SOUZA EFFETING Proprietário: NELSON EDUARDO ZIEHLSDORFF
Pai: 27103B – WINDY WILLOW MONTANA JACE Mãe: 116867C – CAROLA PERIMITER DO WENSING Criador e Proprietário: MARIA ROSINETE SOUZA EFFETING
157113C – BP OURO BRANCO MINISTER CM 350 – VG 85
Pai: 27348B – EASTGLEN BARBER ELEVATION Mãe: 116882C – SIANG PERIMITER DO MARCELINO Criador e Proprietário: MARIA ROSINETE SOUZA EFFETING
Pai: 28695B – SELECT SCOTT MINISTER Mãe: 146952C – AMABILE CM 188 PERIMETER DO MUNARETTO Criador: ITAMAR LUIZ PARIZZI Proprietário: NELSON EDUARDO ZIEHLSDORFF 152646C – CATARINA FUROR RESSURECTION CANÁRIO (TE) – VG 86 Pai:28189B – RAÍD BAY RESSURECTION Mãe: 124309C – GEMMA JUDA FUROR CANARIO Criador: EDESIO OENNING Proprietário: NELSON EDUARDO ZIEHLSDORFF
47801S – CAPITAL ACTION SCHOTTEN –VG 85 Pai: 28239B – FOREST GLEN AVERY ACTION-ET Mãe: 36002S – PIPOCA CASSIDY SCHOTTEN Criado e Proprietário: VALDIR SCHOTTEN
134131C – CARMEN ELEVATION GUNTHER - EX 90
DESTAQUE A VACA: 152618C – LISA 513 MINISTER DA ALVORADA(TE)- VG 85 Pai: 26247B – GIPRAT BELLES JADE ET Mãe: 102764C – CRISTINI BARDER S.A.B.; De propriedade do Sr. NELSON EDUARDO ZIEHLSDORFF e o criador Sr. SERGIO ANTUNES BATALHA. Classificada EX 93, vaca com maior pontuação de Santa Catarina, parabenizamos o Nelson, pelo tratamento dispensado a este valioso animal e ao Batalha, pelo acasalamento.
152618C – LISA 513 MINISTER DA ALVORADA(TE)- VG 85 Pai: 28695B – SELECT SCOTT MINISTER Mãe: 10214698N – HURONIA CENTURION VIRGINIA Criador e Proprietário: CASEMIRO MARIN
149971C – SUREMA GILLER TENFEN – VG 85 Pai: 28985B – SHAMROCK GILLER Mãe: 132126C – SULINA LEGION TENFEN Criador e Proprietário – JOSE TENFEN
148097C – GUIDA MINISTER GUINTHER – VG 85 Pai: 28695B – SELECT SCOTT MINISTER Mãe: 116859C – LIDIANE RUBENS AVISTOSO Criador: MARIA ROSINETE SOUZA EFFETING Proprietário: NELSON EDUARDO ZIEHLSDORFF
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LISA 513 MINISTER DA ALVORADA ( TE ) - VG 85
CLASSIFICAÇÃO LINEAR DESTAQUES DA CLASSIFICAÇÃO Onze animais classificados MB 85 pontos ou mais, no primeiro parto.
BR1627878 – CASSIANO 196 STORM – MB 85 Pai: AX116864 – PURSUIT SEPTEMBER STORM Mãe: BR1494902 – CASSIANO FRIBURGO 132 Criador e Proprietário: ANTONIO E CARLOS CASSIANO
BR1592253 – CASSIANO DOLMAN 176 – MB 85 Pai: AX117771 – REGANCREST DOLMAN ET Mãe: BR1528050 – CASSIANO MAXIE 137 Criador e Proprietário: ANTONIO E CARLOS CASSIANO
RAÇA HOLANDÊS
QUATRO ANIMAIS CLASSIFICADOS EX90 PONTOS OU MAIS: BR1470552 - COSSER JILO 46 TOUCHDOWN – EX 91 Pai: AX116746 - RICECREST TOUCHDOWN-ET Mãe: BR1470549 - COSSER FILO Criador e Proprietário: DARCI COSSER
BX324168 - STROHER HELENA 237 JORDAN – EX 90 BX404530 – COSSER 124013 AFFIRMED (237) – MB 85 Pai: AX125484 - BKB AFFIRMED-ET Mãe: BX404530 – STROHER HELENA 237 JORDAN Criador e Proprietário: DARCI COSSER
Pai: AX112914 - ROYLANE JORDAN-ET Mãe: BX208110 - LUCE 33 HEXANE POLO BOOTMAKER Criador: ARNO STROHER / Proprietário: DARCI COSSER
BR1515336 - ANALINA 439 –EX 90 BR1576188 – COSSER KARI 558563 RON (81) – MB 85 Pai: AX125492 - HARVUE DURHAM RON Mãe: BR1494872 – COSSER BRIGENA 81 GARCIA Criador e Proprietário: DARCI COSSER BR1568012 – COSSER MONIQUE 970044 BRADLEY (249) - MB 86 Pai: AX117720 - ROCKALLI BRADLEY Mãe: BR1444301 – STROHER ALBA 249 BESN Criador e Proprietário: DARCI COSSER
BX399882 – ANALINA 568 MISSION (1993) - MB 85 Pai: AX117700 - WESSWOOD-HC MISSION Mãe: BX324224 – MORRO DOS VENTOS DURHAM APHRODITE 079 Criador e Proprietário: GELSON DALLA COSTA
BR1589678 – ANALINA 593 FROSTY (95) – MB 87 Pai: AX117768 - DIAMOND-OAK FROSTY ET Mãe: BR1338691 –- ANALINA GABRIELA 95 JARDON Criador e Proprietário: GELSON DALLA COSTA
BX411392 – LUSKI 463 SHOTTLE (222) – MB 86 Pai: AX125530 - PICSTON SHOTTLE-ET Mãe: BX311335 – STROHER CARMEM 222 VISION Criador e Proprietário: LUCIANO SARVACINSKI
BX411391 – LUSKI 464 MATSON (277) – MB 86 Pai: AX125493 - AUTUMN-RIDGE MATSON-ET Mãe: BX311228 – LUSKI ESTILOSA 277 KENVIEW Criador e Proprietário: LUCIANO SARVACINSKI
BX411395 – LUSKI 468 EDUARD (263) – MB 85 Pai: AX115496 - ENGENHO DA RAINHA DIAMANTE 538 EMERSON-TE Mãe: BX298524 – LUSKI 263 DELIA BERGWIL Criador e Proprietário: LUCIANO SARVACINSKI
BX412338 – LUSKI 471 BOLTON (317) – MB 88 Pai: AX117832 - SANDY-VALLEY BOLTON ET Mãe: BX340283 – LUSKI CAMELIA 317 DRAMATIC Criador e Proprietário: LUCIANO SARVACINSKI 33 • Revista ACCB • www.accb.com.br
Criador e Proprietário: GELSON DALLA COSTA BX311335 - STROHER CARMEM 222 VISION - 90 Pai: AX96298 - KEMVIEW VANETAS VISION Mãe: BX275006 - LUCE LULU JETHRO Criador: ARNO STROHER / Proprietário: LUCIANO SARVACINSKI
ACCB A Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB), Núcleo Regional Vale Norte do Itajaí, com sede no município de Presidente Getúlio, realizou no dia 28/09/13, o 1º Jantar Festivo dos 40 anos de realização do 1º torneio leiteiro regional, que colaborou com a fundação do núcleo. A data está foi largamente comemorada, por ter trazido benefícios e facilidades aos criadores. Na ocasião foram lembrados os pioneiros da entidade na região.
NÚCLEO REGIONAL VALE NORTE DO ITAJAÍ COMEMORA 40 ANOS!
O
núcleo foi fundado oficialmente em 05 de fevereiro de 1975, com o apoio da prefeitura de Presidente Getúlio. Com o projeto na época da Plaman, Procia e a Acaresc. O núcleo abrange os municípios de Vitor Meirelles, Witmarsum, Dona Emma, Presidente Getúlio, Ibirama e José Boiteux. O primeiro torneio leiteiro oficial foi em 23 de setembro de 1973. O evento na ocasião já contou com a participação de
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alguns produtores da área de abrangência do núcleo, acontecendo assim o inicio de fato da Associação. Na ocasião o produtor Wilhelm Ideker recebeu o primeiro banho de leite, devido a conquista do primeiro lugar com a vaca da Raça Jersey chamada Farofa. Em 1984 foi realizada a primeira Expo Feira Agropecuária, no Parque Municipal Theodor Richard Maier, construído numa área doada pelo associado e criador Olindo Effting.
No ano passado (2013), foi realizada a 13ª edição da Expo Feira Estadual do Leite e o 31º Torneio Leiteiro de Presidente Getúlio. A confraternização reuniu cerca de 120 pessoas. Foram homenageados os pioneiros da atividade leiteira, os técnicos e as famílias que hoje compõem a terceira geração de produtores. Neste ano de 2014, pela primeira vez na história desse evento, será realizada uma exposição que fará parte do ranking da Associação Catarinense de Criadores de Bovinos. A feira será realizada no período de 28/05 à 08/06/14, e contará com o apoio da equipe da ACCB para os trabalhos de acompanhamento, gerenciamento e pontuação nos j u l g a m e n t o s morfológicos e torneio leiteiro dos animais das raças Jersey e Holandesa. A Diretoria do Núcleo de Presidente Getúlio convida a todos os produtores e associados, a prestigiarem nosso evento e fazerem parte desta confraternização. 35 • Revista ACCB • www.accb.com.br
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