Revista Minas em Cena - abril de 2012

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Maio 2012 . Ano II . Nº 12 . www.minasemcena.com.br

Cultura • Moda • Arte • Gastronomia Veículo • Turismo• Comportamento

CAPA 1 PÃeS Mais de 200 opções: simples, orgânicos ou mais elaborados GaStronomia Uma deliciosa receita com pitadas de açafrão

eSPeCiaL noiVaS Do acessório ao vestido, luxo e detalhe em ouro eSPorte Pedal de Salto Alto: grupo de bike só para mulheres

ESPECIALISTAS EM LIDERANÇA E CULTURA EMPRESARIAL A consultoria Betania Tanure Associados destaca-se no desenvolvimento de líderes e transformação cultural de grandes empresas em todo o país 1


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Com o status de cosmético milagroso, os BB Creams prometem resolver quase todos os problemas faciais de uma vez só. Será?

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Uma deliciosa receita de couscous marroquino com camarões tem em sua receita o uso do açafrão, uma das especiarias mais antigas do mundo.

CAPA

GASTRONOMIA

BELEZA

SUMÁRIO

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A consultora Betania Tanure fala sobre equilíbrio entre vida pessoal e carreira. Revela ainda, segundo pesquisas, o comportamento e características comuns aos grandes líderes.

LEIA TAMBÉM 10

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Leitor em Cena O embondeiro, considerada pelos moçambicanos como a árvore sagrada, é sinônimo de força e sustento. No passado, serviu para guardar água durante os longos períodos de seca.

EM CENA A mostra De Chirico: O Sentimento da Arquitetura, de um dos maiores mestres da pintura metafísica, chega a Casa Fiat de Cultura neste mês.

MODA A atriz Marilyn Monroe foi uma das mulheres mais desejadas do século XX e, quase 50 anos depois de sua morte ainda permanece o fascínio pelo mito.

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EMPRESA Marcas e patentes, você sabe a diferença? O diretor e agente da propriedade industrial da WSouza, empresa especializada em propriedade intelectual, Welinton Souza, fala sobre o tema.

SONIDOS No país das cantoras, a jornalista Daniella Zupo comenta o lançamento de trabalhos de três excelentes intérpretes: Céu, Roberta Sá e Déa Trancoso.

TURISMO Santana dos Montes, uma pequena e hospitaleira vila de Minas, é rodeada por um mar de morros verdes. Daí a explicação para o nome que dá origem à cidade.

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PERFIL O diretor comercial e de marketing da Record Minas, Wagner Espanha, fala dos desafios e das recentes conquistas da emissora. O próximo passo agora é buscar o primeiro lugar de audiência.

EDITORIAL de MODA Minimalismo e geometria inspiram o editorial, contrapondo o clássico e o moderno - a alfaiataria encontra elementos esportivos.

DECORAÇÃO Coloridos, confortáveis e cheios de estilo, os banheiros tornam-se um ambiente convidativo ao relaxamento e ao bem-estar.


No mês das noivas, um especial mostra como os acessórios e vestidos estão cada vez mais sofisticados. Com direito, inclusive, a placa de ouro.

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CULtUra Inaugurado recentemente, o Centro de Arte Popular (Cemig) é dedicado aos artistas populares de Minas e o oitavo equipamento do Circuito Cultural Praça da Liberdade.

JaZZmin Free Jazz, o que é isso? É mais um estilo do gênero que, por várias gerações, influenciou e continua influenciando tantas outras manifestações artísticas.

VinHoS A sommelier Viviana Oliveira aponta uma solução frente ao declínio dos valores éticos vinculados à produção da champanhe.

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O charmoso ateliê do francês Nicolas Zabukovec produz cerca de 200 tipos de pães. Dos mais simples aos mais sofisticados, o cliente ainda tem a opção de pães orgânicos.

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arteS PLÁStiCaS Obras da artista plástica Nicia Braga têm como inspiração as curvas sinuosas e rasgadas das montanhas, modificadas pela mão do homem com a extração e a construção subindo a serra.

VeíCULoS Inspirado na mecânica aeronáutica, o novo modelo Azera 2012 na versão 2.0 promete revolucionar o mercado de veículo do tradicional segmento de sedãs grandes.

ESPORTE

PANÍvOROS

ESPECIAL NOIvAS

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Elas criaram o Pedal de Salto Alto, grupo formado apenas por mulheres e que tem como proposta incentivar o maior uso das bikes.

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artiGo Empresas podem fazer consulta aos órgãos SPC e Serasa antes de contratar um candidato a uma vaga de emprego. O procedimento é lícito e não é fator de discriminação.

CrÔniCa Quem tem filhos sabe quanto os pequenos nos surpreendem, seja pelas peraltices ou por comentários que, no mínimo, nos fazem parar para pensar. E às vezes, cheios de graça.

DiVinÓPoLiS em Cena Veja os destaques da sociedade divinopolitana sob o olhar do colunista social Giovani Lima.

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EDITORIAL Caro leitor,

EXPEDIENTE

DIRETOR GERAL

Edgar Bessa

Como de costume, preparamos com muito carinho a décima segunda edição da revista Minas em Cena para você. E para começar, nossa matéria de capa traz uma entrevista com a professora, escritora e consultora Betania Tanure, que há anos se dedica a estudar o ambiente corporativo. Aproveitamos o mês das noivas e apresentamos um especial com acessórios da marca Cult Noivas e vestidos da estilista Danielle Benício. Ainda no universo feminino, os BB Creams aparecem como uma solução milagrosa para aqueles “defeitinhos” faciais. Em ritmo de estreia, a coluna Sonidos da jornalista Daniella Zupo passa a integrar o conteúdo mensal da revista. Em pauta, a boa música popular brasileira. Outra estreante é Cau Werneck, que traz uma deliciosa receita de couscous marroquino. E que tal um pãozinho orgânico? É isso mesmo, e mais de 200 variedades oferecidas pela Panívoros.

DIRETOR COMERCIAL

Edgar Bessa (31) 8700-1651

CONCEPÇÃO EDITORIAL

Luana Caldeira

PROJETO GRÁFICO

2 Pontos Comunicação DIREÇÃO DE CRIAÇÃO

Gustavo Rios DESIGN

Bruno Martins Marina Figueiredo OPERAÇÕES

Yara Tanure FINALIZAÇÃO

José Carlos Saldanha PRODUÇÃO GRÁFICA

Karla Iannini Evaldo Lacerda FOTOGRAFIA

Daniel Castelo Branco Daniel Mansur Dênio Santiago

Também ganharam destaque, o Centro de Arte Popular (Cemig) inaugurado recentemente e o trabalho da artista plástica Nicia Braga. Já na editoria de esporte, o grupo Pedal de Salto Alto, formado apenas por mulheres, quer incentivar o uso das bicicletas. Em Turismo, a dica é conhecer a pequena e hospitaleira Santana dos Montes com seus casarões e fazendas coloniais.

PRODUÇÃO E REDAÇÃO

A edição traz, também, os desafios do diretor comercial e de marketing da Record Minas, Wagner Espanha; e uma matéria esclarecedora sobre marcas e patentes, entre outras editorias. Então, e só virar a página e começar a ler. Uma ótima leitura!

2 Clicks

Três Caravelas – Agência de Comunicação Jornalista: Helenna Dias – MTB 11.912- MG Colaborou nessa edição, a jornalista Queila Ariadne IMPRESSÃO

Gráfica Página 12 TIRAGEM

10 mil exemplares Site

Um abraço, Edgar Bessa

Assessoria jurídica

Guilherme Mangia Cobra A revista Minas em Cena é uma publicação mensal da Minas em Cena – ME Av. Raja Gabáglia, 4977, 4º andar - Santa Lúcia - CEP: 30360-663 Contato: (31) 8700-1651 - Site: www.minasemcena.com.br SUGESTÕES E CARTAS

redacao@minasemcena.com.br A revista Minas em Cena não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados e anúncios. Apoio:

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Bom gosto, cada um tem o seu. Confira a nossa programação e desCubra quais dias da semana o bhar é a sua Cara.

terça Terça do Riso Stand up comedy

Quinta Quintas do Samba Samba de raiz

sáBado à tarde Vem SamBhar Samba de raiz

Quarta Bhar 80 Flashback

sexta Acústico Rock Bhar Show acústico de pop rock nacional e internacional

sáBado à noite Acústico Rock Bhar Show acústico de pop rock nacional e internacional

Rua Sergipe, 1211 • Savassi • BH/MG www.bhar.com.br Informações e reservas: 31 3082-9232 / 3582-3999

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COLABORADORES EDIÇÃO 11

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1. Daniel Castelo Branco é fotógrafo, jornalista e documentarista. É assessor de comunicação parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e também cobre a área de política.

2. Daniel Mansur é fotógrafo e proprietário do Stúdio Pixel. Atua nas áreas de publicidade, moda, editorial e corporativa. 3. Guilherme Mangia Cobra é advogado especialista em direito de empresas e pós-graduado em direito empresarial. 4. Giovani Lima é jornalista e colunista social do jornal Agora, de Divinópolis. É apresentador do programa Xeque Mate, que vai ao ar pela TV Alterosa Centro-Oeste e pela Mastercabo (canal 20). 5. Vicente Duarte é jornalista e diretor da Woll Agency. Atua como produtor de casting nas principais campanhas de moda e publicidade no Brasil e no exterior. 6. Nik Payton é um músico britânico, aluno do lendário Bob Wilber, e curador do Jazz Festival Brasil - o maior evento do genêro no Brasil. 7. Leo Soltz é gestor cultural, idealizador do Jazz Festival

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Brasil e diretor de Marketing e Projetos Especiais do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

8. Odyr Barreira é um dos profissionais mais conceituados de Belo Horizonte, é hair stylist e make up artistic. Entre os diferenciais do seu trabalho, é especialista em madeixas loiras. 9. Viviana de Oliveira é crítica de vinhos e sommelier do restaurante Outono 81. Ela assina o blog vintologias.com. 10. Daniella Zupo é jornalista, editora e apresentadora do Viamundo, revista diária de cultura que vai ao ar pela Rádio Inconfidência FM 100,9 de segunda à sexta-feira, de 12hs às 13hs; e apresentadora do Programa Entrevista da BHNEWS TV.

11. Cau Werneck é personal chef e, desde 2007, dedica-se a dar aulas de culinária em sua própria escola – em um charmoso e convidativo espaço no bairro de Lourdes, em BH.


Um evento que foge do comum deixa marcas em você.

A missão da Incomum é produzir eventos inesquecíveis: de ativação e fortalecimento de marcas a lançamento de produtos e ações de guerrilha. Acreditamos que, para ser marcante, um evento precisa ser original. E a parte boa é que toda essa criatividade está no nosso DNA.

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EMBONDEIRO ÁRVORE SAGRADA T

rabalhei recentemente na cidade de Tete (Moçambique) por mais de dez meses. E, tal como aqui, lá, os contrastes sociais e as belezas naturais saltam aos olhos. Porém, me chamou atenção a imponência do embondeiro - árvore sagrada, sinônimo de força e sustento. Segundo relatos, era hábito dos moradores da zona rural fazer furos nas partes ocas da espécie com a finalidade de guardar água para o próprio consumo durante a seca. A árvore destaca-se pela capacidade de armazenamento dentro do tronco, podendo alcançar até 120 mil litros. Já á altura, de cinco a 25 m de altura (excepcionalmente 30 m) e até sete metros no diâmetro do tronco (excepcionalmente 11 m). O fruto, que é conhecido como malombe, é utilizado para fazer iogurtes e doces. Conhecida por baobabs ou baobás, nativas da ilha de Madagascar, apenas em Moçambique é conhecida por esse nome. Comparativamente, o embondeiro está para os moçambicanos assim como as montanhas estão para Minas Gerais. Mauro Pires, professor e engenheiro mecânico.

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Este espaço é para você, nosso leitor. Conte a sua experiência, envie a sua história para: leitoremcena@minasemcena.com. E não se esqueça, as fotos devem estar em alta resolução.

FOTO: arquivo pessoal

LEITOR EM CENA


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EM CENA

Il figliuol pródigo (O Filho Pródigo) 1975 - óleo sobre tela 100 x 70 cm -

DEO SENTIMENTO CHIRICO DA ARQUITETURA E

le é um dos maiores mestres da pintura metafísica, considerado um precursor do Surrealismo. Com o tema De Chirico: O Sentimento da Arquitetura, a exposição contará com mais de 120 obras do artista: sendo 11 esculturas, 45 pinturas e 66 desenhos. A mostra enfoca os cenários urbanos, para quem “o sentimento da arquitetura é, provavelmente, um dos primeiros que os homens experimentaram. As moradias primitivas encravadas nas montanhas, reunidas no meio de pântanos, indubitavelmente originaram nos nossos antigos avós um sentimento confuso feito de mil outros e que desencadeou, no decorrer dos séculos, aquilo que nós chamamos sentimento da arquitetura”, dizia Giorgio De Chirico. Com curadoria italiana de Maddalena D`Alfonso,

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a exibição é uma parceria da Casa Fiat de Cultura, Fundação Iberê Camargo, Masp, Fundação Giorgio e Isa De Chirico e a Base 7 Projetos Culturais.

INFO Local: Casa Fiat de Cultura Rua Jornalista Djalma Andrade, nº 1250 - Nova Lima - MG Data: 30 de maio a 29 de julho/2012 Horário: Terça à sexta-feira: 10h às 21h; Sábados, domingos e feriados: 14h às 21h Entrada e transporte gratuitos (ida e volta) Informações: (31) 3289-8900 www.casafiatdecultura.com.br

Crédito: Alessandra Como

Fondazione Giorgio e Isa de Chirico, Roma


SEJA MODELO

Meninas a partir de 13 anos e acima de 1,68 de altura, e rapazes a partir de 16 anos e acima de1,80 de altura, compareçam na Woll Agency às terças-feiras ou quintas-feiras, de 14h às 17h, levando uma foto 10x15 de rosto.

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MODA

“Não quero ser inatingível, quero ser abraçada, quero ser amada como uma garota comum”. Marilyn Monroe

MARILYN

A INFLUÊNCIA DE UMA LENDA Por Vicente Duarte

Símbolo máximo da sensualidade, a atriz foi uma das mulheres mais desejadas do século XX

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inco décadas depois de sua morte, ela ainda apresenta forte apelo na mídia, o que revela a magnitude da estrela que marcou – e continua marcando – toda uma geração. Símbolo máximo de sensualidade, a atriz Marilyn Monroe aguçou a imaginação de homens e mulheres no mundo todo. Dona de uma beleza ímpar, e bela acima de qualquer concepção estética. Ela é a mulher de quase todos os homens nos últimos 50 anos, é a mulher dos irmãos Kennedy, a amante de Frank Sinatra e a esposa de Joe Di Maggio.

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Imagem da atriz imortalizada pelo artista Andy Warhol

Para além das telas do cinema, Marilyn Monroe - ou melhor, Norma Jeane Mortensen - também sempre foi um ícone da moda e extremamente estratégica com o que usava. Atualmente, poucas celebridades têm apresentado tal genialidade para orquestrar cuidadosamente a própria imagem pessoal. Sozinha, ela criou um visual icônico: cabelo loiro platinado, batom vermelho convidativo e vestidos assassinos para acentuar sua figura de ampulheta perfeita. Suas medidas não deixam dúvidas: tinha 1,66 de altura, 94 centímetros de busto, 61 de cintura e 89 de quadril. Monroe vestiu para os homens e suas roupas tiveram um único propósito: mostrar o próprio corpo que ela entendia ser a chave para seu sucesso. Enquanto sua imagem, de cabelos loiros e Madonna: inspiração para o clipe Give Me All Your Luvin

Lady Gaga com seu look a La Monroe

batom vermelho, é frequentemente citada como elemento-chave de seu estilo, seu olhar era tão misterioso quanto a própria vida. Com inteligência completou sua criação e usou as vestimentas a seu favor. Simplesmente como atriz ou a loura mais desejada do século XX, a história de Marilyn continua fascinante e povoa o coletivo imaginário de pessoas ditas comuns e de muitos artistas, entre eles, Andy Warhol, Madonna e Lady Gaga. Em suma, a influência e os mistérios do mito permanecem duradouros.

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BB CREAM

O QUE É ISTO?

Por Odyr Barreira

Com o status de cosmético milagroso, o produto promete resolver quase todos os problemas faciais de uma vez só

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ara muitas mulheres, sair de casa sem maquiagem é algo fora de questão. E o que não faltam são cosméticos, para realçar a beleza ou “esconder” pequenas imperfeições na pele. A primeira revolução de produtos preparadores de pele na maquiagem veio, sem dúvida, com o PRIMER. Agora, a grande novidade e queridinho dos maquiadores, é o BB CREAM ou Blemish Balm (Blemish, do inglês imperfeição, mancha, cicatriz; e B de Balm, pomada, bálsamo).

Desenvolvido na Europa, mas precisamente na Alemanha, inicialmente era usado para revitalizar e hidratar a pele de pacientes depois de intervenções à laser. Somam-se a isso a consistência, a cor do produto e o fator de proteção solar, ideais para disfarçar as irregularidades e descamações após procedimentos cirúrgicos. Ou seja, sua recomendação era exclusivamente dermatológica. Mas, isso, até ser descoberto pelas japonesas e coreanas que passaram a usá-lo como cosmético. E ganhou força quando algumas celebridades declararam ser adeptas do BB Cream, como é o caso da atriz e modelo sul coreana Song Hye Kyo. Sabiamente, a indústria da beleza pegou carona no boom dos BB Creams e passou a vender as suas próprias versões. Hoje, a Coreia concentra a maioria das marcas. 16

FOTO: divulgação

BELEZA


OLHO VIVO A nova geração de preparadores tem como conceito básico ser um produto multi-funções - primer, base, hidratante e protetor solar -, garantindo maior praticidade na rotina diária das vaidosas de plantão. Garantem algumas marcas que o produto é um poderoso aliado na diminuição dos poros graças aos inúmeros ingredientes existentes em sua fórmula, entre eles: elementos naturais como aloe vera, extratos de camomila e alecrim, ceramidas, jojoba, chá verde, ginseng, centelha asiática, filtros minerais, cafeína e antioxidantes. Os benefícios podem variar de acordo com a proposta de cada fabricante, como por exemplo, para pele oleosa, pele seca, espinhas, rugas, cicatrizes e etc. Além de uma paleta diversificada de cores a fim de garantir um resultado mais natural. Algumas marcas também oferecem linhas específicas para o público masculino. Com o status de um cosmético milagroso, aquele que promete resolver quase todos os problemas faciais de uma única vez, a má notícia é que o produto ainda não chegou ao Brasil. Por enquanto podem ser adquiridos em sites internacionais.

Peles negras com tom escuro podem ter choque de tonalidade (efeito máscara); O efeito long lasting dos BB Creams é um dos benefícios. Ou seja, ele pode durar menos do que primer convencional, que costuma ter maior concentração de ativos para fixar a maquiagem; Escolha com cuidado o produto de sua preferência e que vá atender às suas necessidades. Lembre-se que o mercado oferece inúmeras versões; Fique atento, algumas marcas não têm aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pois as mesmas não são comercializadas no Brasil; Em caso de dúvida consulte o profissional, o qual lhe indicará a melhor opção.

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EMpresa

MARCAS E PATENTES QUAL A DIFERENÇA?

Registrar ou patentear um produto e/ou serviço são medidas indispensáveis para assegurar a credibilidade de uma empresa O assunto marcas e patentes certamente não é um dos mais comentados, bem como não é de fácil entendimento para os leigos. Entretanto, a falta de conhecimento do tema é fundamental para o sucesso – ou insucesso - das empresas, independentemente do ramo em que atuam. Antes, porém, é preciso saber a diferença entre o que é marca e o que é patente. Por definição, marca é um sinal, nome ou figura, utilizados para identificar e diferenciar produtos e serviços de outros análogos e de procedência diversas. Ou “sinais visualmente perceptíveis” segundo a Lei da Propriedade Industrial. Por exemplo, quase todo mundo sabe que a imagem do globo é a figura que identifica a TV Globo, ainda que o nome da organização esteja implícito. E, tão forte quanto, é a alusão feita à marca da emissora – ‘Vênus Platinada’ – que, junto com a expressão, traz toda uma simbologia que agrega valor à imagem da empresa. 18


Historicamente, boa parte dos empresários brasileiros não valoriza o registro de marcas, falta inclusive uma maior disseminação da cultura da propriedade industrial, tanto pelo governo quanto dos interessados. Contudo, o diretor e agente da propriedade industrial da WSouza, empresa especializada em propriedade intelectual, Welinton Souza, enumera os ganhos: “ser dono e ter propriedade sobre a marca; ter o direito de usá-la com exclusividade no segmento de mercado; ganho financeiro e patrimonial, como por exemplo, abertura de franquias ou contratos de licenciamento”. Exemplifica muito bem a importância do registro, o caso da Coca Cola. Não pode existir nenhum outro produto no mundo com o mesmo nome, são as chamadas marcas de alto renome.

“SE ALGUÉM INvENTA UM DETERMINADO PRODUTO, ESTE DEvE SER POSSÍvEL A SUA PRODUÇÃO EM SÉRIE” Por outro lado, o empresário deve atentar para os possíveis riscos quando não opta pelo registro da marca ou mesmo pela escolha inadequada de um sinal ou imagem. Segundo Souza, não atender à legislação implica em “perda do direito de utilizar e/ou divulgar o seu produto ou serviço, a criação de outra marca e, consequentemente, perda financeira e da identidade da empresa. E mais, o uso indevido da marca pode causar prejuízos à imagem da organização e, para a pessoa que causou o dano, essa, pode ser penalizada no âmbito cível e criminal”, afirma. Quanto ao conceito de patente, são títulos concedidos pelo governo a um autor ou inventor - ou vários autores e inventores (cotitularidade) para que os mesmos excluam terceiros da utilização de seus inventos ou obras (venda, produção e/ ou fabricação e etc.). Dessa forma, o inventor garante que sua criação não será

utilizada sem a sua permissão. Welinton acrescenta que, “se alguém inventa um determinado produto, este deve ser possível a sua produção em série. Como exemplos, o Post-it (bloco de recados), patente de tatuagem que vibra quando uma ligação é recebida (Nokia), freio de automóveis a disco, medicamentos, entre outros”, esclarece. Em que pese todas as considerações e recorrendo a um jargão jornalístico, ‘uma imagem vale mais que mil palavras’. Ou seja, todo cuidado ainda é pouco.

O atual logotipo da Rede Globo é usado desde 2008. Segundo o designer austríaco Hans Donner, criador de diversos logotipos da emissora desde 1975, a esfera representa o mundo, e o retângulo, uma tela de televisão que exibe o próprio mundo. Já o apelido ‘Vênus Platinada’ é uma alusão ao prédio administrativo da emissora inaugurado em 1976, no Rio de Janeiro, que à época ganhou tal nome.

computador e computadores pessoais, se transformou na marca mundial de maior valor, segundo análise da Millward Brown, filial da agência de propaganda WPP.

Um cavalo negro empinado num fundo amarelo e com as letras S F de Scuderia Ferrari, alimenta o sonho de consumo de milhões de pessoas. De preferência na cor vermelha, o automóvel – ou melhor, ‘a máquina’ – é um dos veículos mais cobiçados do mundo.

Símbolo do Internet Explorer: software para navegação na internet lançado em 1995 pela Microsoft é usado por cerca de 80% dos usuários em todo o mundo

A Apple, empresa multinacional norteamericana e referência em produtos eletrônicos de consumo, software de 19


gastronomia

AÇAFRÃO IGUARIA DOS DEUSES Por Cau Werneck Fotos Daniel Mansur

Desde os primórdios as especiarias são apreciadas, tendo o seu uso as mais variadas utilidades

E

ntre as especiarias, o açafrão é, provavelmente, uma das mais antigas. O nome tem diversas origens etimológicas. Deriva da palavra árabe az-za’afran, da persa safra e da latina safranum. Todas com o mesmo significado: amarelo, em razão da cor que a iguaria dá aos alimentos e tecidos. No Brasil, o açafrão da terra que todos conhecem, na verdade, é cúrcuma. Da família do gengibre é produzida por meio da moagem das raízes secas de outras plantas. Cultuada pelos mais diferentes povos, seu uso nunca se limitou à gastronomia. Segundo a história, o Imperador Marco Aurélio tomava banho em água com açafrão para colorir a pele e aumentar a virilidade. A deusa romana do amor, Vênus, usava um manto amarelo. Os egípcios cultivavam-o como planta sagrada e ofertavam a Osíris,

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Açafrão em pistilos e açafrão da terra, o mais conhecido no Brasil

o Deus do Sol, em cerimônias religiosas. Os gregos, para fabricar tintura de cabelo. E os assírios, para fins medicinais. Para pedir sorte no amor, os fenícios faziam bolo condimentado em homenagem à deusa do amor. Os árabes utilizavam em bolos, pães e roscas. Extraído da planta Crocus sativus, as flores têm coloração do violeta ao lilás e possuem três estigmas alaranjados e extremamente frágeis dos quais são retirados manualmente seus pistilos. São necessárias 150 mil flores para obter cinco quilos de estigmas que, depois de secos, resultam em apenas um quilo de açafrão, o que explica seu status de especiaria mais cara do mundo - o preço do grama pode alcançar o valor do grama do ouro. Apesar do alto custo, uma pequena quantidade é suficiente para dar gosto, aroma e coloração a um prato. O sabor é acre, ligeiramente amargo, lembra mel, mas com notas de metal. É encontrado no mercado na forma de pistilos ou em pó. O primeiro é definitivamente a melhor opção. Isso porque o condimento em pó além de perder o cheiro mais rapidamente pode ser adulterado ao acrescentar outras especiarias. E, como tal, a minha dica pra você, leitor, leva açafrão.

reCeita

CoUSCoUS marroQUino Com CamarÕeS INGREDIENTES

MODO DE PREPARO

- 500 g de couscous marroquino - 500 ml de caldo de camarão feito com a casca e a cabeça dos camarões - 750 g de camarões médios - 1 cenoura cortada em julienne - 2 abobrinhas cortadas em julienne - ½ cebola cortada em julienne - 4 dentes de alho picados - 1 colher (sopa) de hortelã picada - 1 colher (sopa) salsinha picada - 1 colher (sopa) gengibre picado - 2 pimentas dedo de moça picadas, sem as sementes - Açafrão em pistilos ou em pó a gosto - ½ colher (café) de canela em pó - 1 colher (sopa) de azeite extravirgem - 1 colher (sopa) de manteiga - sal e pimenta do reino a gosto - amêndoas laminadas e torradas - 1 limão siciliano cortado em rodelas finas

Em uma panela funda, ferva o caldo de camarão. Acrescente o açafrão e tempere com sal. Desligue o fogo e acrescente o couscous. Deixe hidratar por alguns minutos. Mexa para soltar os grumos. Adicione a manteiga e o azeite e misture bem. Reserve. Tempere os camarões com sal e pimenta moída na hora. Sateie em azeite e reserve. Na mesma frigideira, refogue a cebola e o alho em mais um pouco de azeite, junte o gengibre, pimenta, cenoura e abobrinha. Mexa e junte os camarões. Acerte o sal e acrescente hortelã, salsinha, canela. Junte o refogado de legumes ao couscous e regue com mais azeite se necessário. Monte em um prato utilizando um aro enfeite com rodelas de limão e lascas de amêndoas. Rendimento: 6 porções

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FOTO: Renan Costa

sonidos

BRASIL PAÍS DAS CANTORAS Por Daniella Zuppo

Tão interessantes e quanto diferentes elas merecem ser ouvidas

O

Brasil é o país das cantoras. É o que dizem e o que uma rápida girada no dial pode comprovar. Já parou pra contar? Não tente. Iremos de Alaíde a Zélia, sem parar pra tomar fôlego. Pra começo de conversa, aqui neste espaço selecionei, portanto, três lançamentos do início deste ano de cantoras tão interessantes quanto diferentes e que merecem ser ouvidas com muita curiosidade. Céu é uma daquelas cantoras que parecem que já nasceram prontas. Chegou com pinta de diva cool, com voz e indumentária, arranjos que flertam com o melhor da música eletrônica. Não surpreende que ela tenha ficado conhecida primeiro lá fora, pra depois ganhar espaço no Brasil. Com o primeiro disco, ela foi a primeira artista a cantar em outra língua que não o inglês a ser distribuída pelo selo da cafeteria Starbucks, assim chegando ao topo da parada World da prestigiosa revista Billboard. Caravana Sereia Bloom é o terceiro álbum da cantora paulistana, bom pra tocar na estrada. Não por acaso a faixa que puxa o disco se chama Retrovisor. Produzi-

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FOTO: Gui Paganini

do por Céu e Gui Amabis, marido dela, o CD traz novos rumos estéticos e uma pegada mais rocker. Com sua Caravana, a cantora comprova que é preciso coragem pra seguir viagem. Pra quem curte uma MPB mais radiofônica, a dica é ouvir o novo disco de Roberta Sá, uma voz que se destaca no país das cantoras. Com o primeiro disco, Braseiro, ela foi saudada como uma espécie de Marisa Monte da nova geração, embora o impacto desta última tenha sido muito maior do que qualquer uma das cantoras da nova safra. Agora, depois de um controverso mergulho na

obra do compositor Roque Ferreira com o apoio luxuoso do Trio Madeira Brasil, mas que não agradou ao homenageado, Roberta volta à sua praia, mais à vontade nesta Segunda Pele. O quinto álbum da cantora é uma produção bem-cuidada, mais pop, com canções de compositores de sua geração e experientes parceiros como Lula Queiroga e Pedro Luís, este último, marido da cantora. Já deu pra perceber que a química entre músicos produtores e cantoras é boa, né? E chegamos a Minas com o surpreendente Serendipity de Déa Trancoso. Mineira de Almenara, ela ficou conhecida nacional-

FOTO: Fernando Fiúza

mente com seu mergulho na cultura popular do Vale do Jequitinhonha no elogiado TUM TUM TUM, com o qual foi indicada a quatro prêmios TIM de música brasileira em 2007, incluindo o de melhor cantora regional. Em Serendipity, Déa buscou na palavra reinventada por Guimarães Rosa a trilha de uma viagem interior que fica mais bonita a cada audição. O disco tem direção musical e arranjos do excelente Rogério Delayon, que já tocou com Zeca Baleiro e meio mundo. Sertão e mundo se cruzando na palavra encantada que quer dizer a capacidade de escolhas felizes por acaso. Mas isso é assunto pra outro papo. Até nosso próximo encontro!

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TURISMO

SANTANA DOS MONTES Fotos Daniel Mansur / Geraldo Dutra / Kelly Juliane Dutra

Uma pequena e hospitaleira vila de Minas, rodeada pelo mar de morros verdes que dá nome ao lugar

C

ercada pela Serra do Espinhaço, a cidade de Santana dos Montes está distante 130 km de Belo Horizonte e tem em seus casarões, fazendas coloniais e belezas naturais os principais atrativos. Inicialmente habitada por índios carijós e depois por portugueses, a área recebeu o aporte dos escravos africanos destinados às lavouras, cujos descendentes ainda mantêm viva a tradição da Festa do Rosário, a Folia de Reis e o Congado. Conforto e tranquilidade são ingredientes de destaque nos hotéis-fazendas e pousadas do lugar que integram a Estrada Real. O antigo arraial do Morro do Chapéu originou-se no auge do Ciclo do Ouro, no início do século XVIII. Ao contrário da maioria das cidades ligadas a esse ciclo econômico, não foi a atividade mineradora que impulsionou seu povoamento, mas

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Igreja Matriz de Santana, uma construção de 1729 com pinturas de Francisco Xavier Carneiro, aluno do mestre Ataíde

sim a agricultura e a pecuária. As fartas águas do alto vale do Rio Piranga regavam terras férteis para a produção de alimentos que sustentavam a área de extração do ouro, com solos pobres. Essa produção deu origem a intenso tráfego de tropas, que tanto transportavam os gêneros alimentícios como traziam os bens necessários aos moradores do lugar. A Estrada Real, em suas diversas ramificações, era o caminho usado pelos tropeiros para chegar às fazendas, que já na metade do século XVIII dominavam a paisagem. Com suas casas grandes e

Ponte de Pedra no Parque Estadual do Ibitipoca

Alunos da escola de violeiros Chico Lobo durante apresentação

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senzalas, engenhos, moinhos e outras estruturas produtivas, elas recebiam viajantes e tropeiros que ali negociavam, se alimentavam e hospedavam. Em consequência do sucesso da atividade rural é que se inicia a ocupação urbana no Morro do Chapéu. Até hoje a Igreja de Santana, de 1749, e os casarões conservados e restaurados do belo Largo da Matriz são testemunhas desse passado colonial. A decadência da produção aurífera repercutiu em toda a região, tornando estagnada o que chegou a ser uma área florescente. Resultado da mesma estagnação foi a conservação do patrimônio edificado, tanto na vila quanto nas numerosas sedes de fazendas que até hoje sobrevivem.

Via de acesso a uma das fazendas

Em 1840 o povoado foi promovido a distrito de Conselheiro Lafaiete, mas a emancipação política de Santana dos Montes somente ocorre em 1962. Com seus 1500 moradores urbanos, continua sendo uma pequena e hospitaleira vila de Minas, rodeada pelo mar de morros verdes que lhe dá o nome.

inFo onDe FiCar Solar dos Montes www.solardosmontes.com.br Fazenda do Tanque Hotel www.fazendadotanque.com.br Fazenda Fonte Limpa Hotel www.fazendafontelimpa.com.br Fazenda Santa Marina www.fazendasantamarina.com.br

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Fazendas coloniais estão entre os atrativos turísticos


gar Um lu -la ixá e d a r pa eliz f , a d lin a. e únic

A melhor impressão de você mesma.

Rua Sergipe, Nº 1221 Savassi - Belo Horizonte/MG Telefone: 3223-6014 27


perfil

EM BUSCA DA LIDERANÇA Fotos Marcelo Quintanilha

À frente do departamento comercial e de marketing da Record Minas, o novo desafio de Wagner Espanha é conquistar o primeiro lugar na audiência

E

stratégia, essa seja talvez a palavra-chave a nortear o trabalho do diretor comercial e de marketing da Record Minas, Wagner Espanha. A seu favor, uma série de ações e um vasto conhecimento do mercado publicitário e da dinâmica dos veículos de comunicação. Particularmente, da grande mídia de Minas Gerais. Contratado há dois anos e meio, à época, ele recebeu uma missão no mínimo ousada, provocadora: colocar a Record Minas na vice-liderança. “O grande desafio, entre outras atribuições, era fazer com que a emissora se tornasse vice-líder na preferência dos mineiros”, justifica Wagner. Missão dada, dever cumprido. Mas, para atingir o objetivo, o diretor conta que a empresa investiu em pesquisas quantitativas e qualitativas; buscou uma aproximação mais estreita com o telespectador e, com isso, procurar entender e atender as suas demandas; priorizou a programação local, além de garantir a contratação de renomados profissionais, entre eles, o jornalista Eduardo Costa e a dupla Caju e Totonho.

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“Hoje, a retenção de nossos clientes é da ordem de 90%, isso mostra que estamos no caminho certo”


Como conta Wagner, os números justificam o sucesso das iniciativas. “É claro que os resultados fazem parte do meu trabalho, mas não se consegue nada sozinho. Juntos, triplicamos o faturamento, o que corresponde a um crescimento de mais 200%”, explica. Na disputa pela audiência ganha todo mundo – a emissora que, além da vice-liderança, viu o seu faturamento aumentar em três vezes; o público, que passa a ter um conteúdo diversificado; e o anunciante, que passa a ter uma visibilidade maior de seus produtos e serviços. “Hoje, a retenção de nossos clientes é da ordem de 90%, isso mostra que estamos no caminho certo”.

24h). Otimista, o diretor declara: “pela primeira vez a TV irá transmitir, nos últimos 30 anos, um grande evento como as Olimpíadas (julho 2012-Londres). E ainda, os jogos panamericanos de 2017 e as Olimpíadas de Inverno desse mesmo ano. Consolidamos a vice-liderança, a busca agora é pelo primeiro lugar”, finaliza.

“Consolidamos a vice-liderança, a busca agora é pelo primeiro lugar”

Novos clientes Outro fato comentado por Espanha diz respeito à concepção de projetos direcionados para a prospecção de novos clientes, em especial os de menor porte. “Procuramos adequar o produto do cliente de acordo com o orçamento da empresa, ou seja, dentro das suas condições de pagamento”, afirma. Seguindo esse novo posicionamento, o diretor revela que apenas no ano passado a TV conquistou 78 anunciantes, “o que mostra que há espaço no mercado publicitário de Minas e o quanto nossa emissora é factível”. Ainda de acordo com Wagner, a programação nacional contribuiu para alavancar os negócios da afiliada, cujo crescimento também se estende para a audiência. Como exemplo, cita que somente durante a transmissão dos jogos panamericanos de 2011 a emissora registrou um aumento de mais de 30% nas classes A e B. (Fonte: Ibope Media Workstation – GRD BH ADH - setembro e outubro 2011 na faixa horária de 7h às

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CAPA

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‘‘AZEDO, DOCE OU AGRIDOCE’’ QUE LIDER É VOCÊ?

Por Helenna Dias

E

la adora o que faz, e vive o desafio que todas as mulheres que são intensas vivem – com muita energia, disposição e vontade de fazer sempre melhor. É casada, filha e mãe de dois filhos: “maravilhosos e que iluminam a minha vida, Luisa e Guilherme”. Mas esse é apenas um lado de Betania Tanure, que vive com a mesma intensidade as várias atividades profissionais que desempenha: professora da PUC Minas, colunista do jornal Valor Econômico, escritora, consultora em empresas nacionais e multinacionais e conselheira de grandes organizações brasileiras. Psicóloga e doutora em Administração pela Universidade de Brunel (Inglaterra), é também professora convidada de renomadas escolas de negócios no mundo, como o INSEAD (França), London Business School (Inglaterra) e o Programa TRIUM (New York University, London School of Economics, HEC). E ainda: é diretora da Betania Tanure Associados (BTA), onde coordena uma equipe formada por 42 mulheres e 11 homens. Com quase 30 anos dedicados ao mercado corporativo brasileiro, Betania declara: “tenho enorme orgulho da equipe da BTA e estou convicta de que criamos condições para realizar nossa ambição empresarial: ser a melhor escolha para todos aqueles com quem nos relacionamos; contribuir para que as pessoas, as organizações e a sociedade sejam melhores. Isso faz os meus olhos brilharem e enxergo brilho nos olhos de cada colega da BTA”.

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Fotos Julio Cesar Silva

Minas em Cena - Até que ponto o autoconhecimento interfere na busca do equilíbrio entre sucesso e felicidade? Betania Tanure - O autoconhecimento é fundamental, pois sem ele você não tem condições de fazer suas escolhas com a necessária consciência dos potenciais ganhos e perdas. É impossível ganhar em tudo sempre, temos de fazer algumas renúncias. O autoconhecimento nos ajuda a calibrar adequadamente nossas escolhas, de forma a atingirmos um razoável equilíbrio entre sucesso e felicidade. Veja que eu falei em equilíbrio razoável. MC - Com base nas suas pesquisas, a que se atribui o alto índice de insatisfação dos executivos entre vida pessoal e vida profissional? BT - São cinco os principais pontos de estresse, que sempre tem duas faces, o desprazer e o prazer. O primeiro ponto é o tempo. As pessoas trabalham 12 a 14 horas diárias e estendem suas atividades profissionais aos finais de semana. Afinal, o avanço tecnológico nos colocou disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. As mulheres com filhos de até dez anos são mais fortemente atingidas por essa fonte de estresse, por razões óbvias. Mas, de maneira geral, o tempo não é o fator mais importante de insatisfação. O segundo ponto relaciona-se às competências: “Tenho ou não a competência adequada para os novos tempos, para o futuro?” Essa dúvida atormenta mais os homens, especialmente aqueles com mais de 40 anos. O terceiro pon-

“A dimensão do autoritarismo não sustenta mais a competitividade das empresas” 32

“Tenho enorme orgulho da equipe da BTA e estou convicta de que criamos condições para realizar nossa ambição empresarial (...)”

to são as mudanças radicais frequentes. Fusões, aquisições, mudanças de estrutura, de empresa, de chefe. Essas situações interferem inclusive na disposição física das pessoas, produzindo ou agravando sintomas como taquicardia, insônia, falta ou excesso de apetite. O quarto fator de estresse é facilmente identificado

por meio de duas perguntas: “Tenho orgulho da empresa onde trabalho?” “Gosto do que faço?” Os que têm resposta positiva apresentam brilho nos olhos, mostrando que seu trabalho é uma fonte de prazer. Mas aqueles que dizem se sentir como se estivessem “vendendo sua alma ao diabo” certamente sentirão os efeitos do estresse.


Por fim, o último, mas não menos importante motivo de estresse é o que chamamos de teatro organizacional, aquele ambiente onde não existe confiança, onde se quer dizer uma coisa e se fala o oposto, onde se representa uma falsa realidade o tempo todo. Estes dois últimos são na maioria das vezes os aspectos mais graves do desequilíbrio.

tes. E não acontecerão de forma adequada sem um ajuste na cultura das organizações – ou seja, no seu jeito de ser e de fazer.

a inclinação da carreira de algumas delas, que optam conscientemente por isso – e nem sempre conseguem retomar o caminho.

mC - nos dias atuais, aumentou a participação das mulheres em cargos de alta direção? ou esse universo ainda é predominantemente masculino?

mC - Um líder já nasce pronto, ou ele pode ser formado?

mC - as empresas também não precisam passar por uma mudança de cultura organizacional?

Bt - Em cargos de alta direção em grandes empresas, a participação da mulher se elevou muito nos últimos 20 anos, de aproximadamente 0,5% para perto de 5%. É um aumento absolutamente relevante do ponto de vista percentual, mas em um universo ainda predominantemente masculino. Na média gerência, as mulheres já são 30%. Alguns acreditam que é só questão de tempo para esses percentuais se igualarem aos dos homens. Não creio que isso ocorra tão facilmente a curto ou médio prazo. Certamente mais mulheres chegam ao topo hoje, porém em determinado momento da vida profissional a maternidade muda

Bt - Em alguns casos sim, sem dúvida – e, aliás, algumas empresas têm feito esse movimento. Temos uma herança da cultura do nosso país, que é autoritária, relacional e flexível. Cada um desses traços tem o seu “lado sol” e seu “lado sombra”, que devem ser considerados. A dimensão do autoritarismo não sustenta mais a competitividade das empresas. Além disso, as mudanças de estratégia, de modelo de negócio, de estrutura, ou mesmo de processos são cada vez mais for-

Bt - Essa é uma enorme discussão entre os teóricos. Minhas pesquisas e prática indicam que existem características inatas, que se desenvolvem até os sete anos de idade e depois disso se aperfeiçoam. Mas é muito difícil sair do zero quando adulto e se transformar em um grande líder.

“NINGUÉM É PERFEITO, MAS UMA EqUIPE PODE SER qUANDO BEM COMPOSTA E BEM ORqUESTRADA”

As consultoras Helvia, Eliana e Marina compõem a equipe de 42 mulheres e 11 homens da BTA

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A consultora Amyra Sarsur integra a equipe

MC - É possível traçar as características de um grande líder? BT - Fizemos uma pesquisa com um grupo da Wharton University e da London Business School sobre liderança em diversas partes do mundo. Os resultados da pesquisa apontam alguns traços frequentes em muitos países: a visão de futuro, junto com a capacidade de compartilhar sonhos e criar significado para as pessoas; a credibilidade, que o líder obtém ao agir inspirado em valores como justiça e ao gerar confiança; o relacionamento mobilizador, ou seja, ao relacionar-se ele tem a capacidade de mobilizar o coração e a alma das pessoas (para obter isso, um dos principais requisitos é a comunicação competente); o comportamento “agridoce”, daquele que gera “dor”, mas ajuda a cuidar dele (atenção: não é o bate-sopra típico das culturas paternalistas); o alto grau de autoconhecimento, típico daquele que ouve sua voz interior, conhece e

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reconhece seus pontos fracos e fortes. Além dessas características foram identificadas como importantes a ambição e o sucesso. Afinal, ninguém gosta de seguir gente malsucedida. MC - Em parceria com o professor Roberto Patrus, a senhora acaba de lançar uma trilogia que analisa o perfil de três presidentes de grandes e bem-sucedidas empresas brasileiras. O que esses líderes têm em comum? BT - Luis Seabra, Cledorvino Belini e Fábio Barbosa estão ajudando a construir um jeito brasileiro de ser e de fazer negócios sustentáveis e bem-sucedidos. Alteraram o curso natural de suas empresas com coragem, competência e a capacidade de construir “equipes dirigentes”, conceito que construí junto com meu colega Roberto Patrus. Trata-se de executivos que têm o estilo “agrido-

ce” de liderança, aquele que integra o racional e o emocional. Os aspectos “azedos” desse tipo de líder são racionalizações e reduções de custos, por exemplo, e os “doces” são revitalizações. Os três conhecem a si mesmos e foram inteligentes em formar equipes com pessoas cujas características complementam as suas. Ninguém é perfeito, mas uma equipe pode ser quando bem composta e bem orquestrada. Todos os três foram excelentes maestros de suas equipes. Ainda que apresentem características fundamentais comuns, têm estilos pessoais muito diferentes. Seabra tem uma forma muito filosófica e espiritual de ver o mundo e aplica isso à gestão de seus negócios. Belini se destaca pelo tempero agridoce e pela velocidade (não confunda com pressa!) que empreende nas atividades. Já o diferencial de Fábio é sua capacidade de olhar além dos limites da companhia, pensando no bem da sociedade e da comunidade.


O M S I AL . N O R D JO ESA P PESO

DE A D I AL E R A . E E U V Q E POR PEGA L NÃO

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Fotos Alexandre + Cristina Lima

especial noivas

ESPECIALISTAS EM NOIVAS

Dos acessórios aos vestidos, luxo e delicadeza nos detalhes de cada peça

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os quatro anos de idade, o fascínio pelo universo das noivas já era presente em seus desenhos. A mãe, empresária da moda, sempre foi a maior incentivadora. E, se na infância os rabiscos eram apenas uma brincadeira de criança, hoje, fez deles o seu ofício. No ano passado ela vestiu 150 noivas, em média três por semana. 36

Autodidata, a estilista Danielle Benício é especializada em moulage: técnica de modelagem feita em bonecas e muito utilizada na alta costura. Ensinamentos que ela foi buscar na escola francesa Promode Paris. Já pela Ecole Internationale de Broderie aprendeu a arte dos corselets e bordados Lesage. Formada em Direito, declara: “não saberia fazer outra coisa, estou exatamente onde deveria estar”.


Vinícius Matos

Aliado aos estudos, ela faz questão de trabalhar com matérias-primas de qualidade. Os aviamentos, como fitas e pedrarias, são japoneses. Os cristais da marca swarovski são austríacos, as rendas são francesas e os tecidos de seda pura vêm da Itália. Com poucos bordados, os detalhes enriquecem o acabamento, o que confere exclusividade às peças. E para arrematar um charmoso toque final, todos os vestidos levam a assinatura da estilista e o nome da noiva, gravados à mão, em uma delicada placa de ouro.

INFO www.daniellebenicio.com.br

Uma delicada placa de ouro leva a assinatura da estilista e o nome da noiva

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ACESSÓRIOS Há dois anos a estilista e designer Celma Lage Caldeira confecciona arranjos e acessórios para noivas. Tudo começou quando ela decidiu presentear a nora com um arranjo de cabelo e o bouquet para a daminha. O sucesso foi tanto que no dia do casamento ela já teve encomendas das futuras nubentes. A matéria-prima empregada é rica e diversificada - tafetá, organza, tule, cetim, gripie, rendas, penas, plumas, cristais e pérolas -, o que garante peças exclusivas e uma infinidade de modelos. “Costumo dizer que tudo é possível quando se trabalha com criação”, comenta Celma. E como preza a tradição, as peças clássicas são as mais pedidas, a flor única e de tamanho médio é a preferida. Para não errar na escolha, a estilista conta que o tratamento único dado a cada noiva é essencial, é preciso trabalhar o estilo de cada cliente e não se esquecer, nunca, que “o sonho é da noiva”.

INFO www.cultnoivas.com.br

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Fotos Daniel Mansur


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EDITORIAL DE MODA

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inimalismo e geometria inspiram o editorial, contrapondo o clássico e o moderno - a alfaiataria encontra elementos esportivos. Formas amplas e mais ajustadas equilibram o jogo da roupa, que cobre o corpo revelando cores primárias e tons invernais. O excesso é contido e as peças formam no corpo esculturas. A imagem proposta busca inspiração no design e nas artes visuais. Poucos elementos formam os looks, seguindo o lema de que “menos é mais”.

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Vestido Apartamento 03 Pulseiras Cláudia Marisguia


Casacos sobrepostos Patachou Anel Clรกudia Marisguia

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Vestido Mabel MagalhĂŁes Colar ClĂĄudia Marisguia

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Pelerine e blusa Jardin

Vestido Mabel MagalhĂŁes Pulseiras ClĂĄudia Marisguia

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Colete Jardin Casaco Quimono Saia e sandรกlia Patachou

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Vestido Jardin Pulseiras Cláudia Marisguia Óculos acervo

FICHA TÉCNICA Fotografia Julia Lego Stylist Thiago Leão Beauty Marcela Faria/Sá Bonita Designer Rafa Borges Concepção Leandro Ribeiro Coordenação Geral Vicente Duarte Modelos Josy Costa e Bianca Annoni (Woll Agency) 45


Decoração

BANHEIROS ESTILO E REQUINTE Fotos Daniel Mansur / Gustavo Xavier

C

omodidade, praticidade e conforto são itens importantes para quem quer mais que um simples banheiro. E, como qualquer outro cômodo da casa ou apartamento, eles estão cada vez mais sofisticados e cheios de estilo – um convite, sobretudo, ao relaxamento e ao bem-estar após um exaustivo dia de trabalho.

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Para isso, o mercado oferece uma infinidade de possibilidades, desde as cubas com designers arrojados, louças, metais à diversidade de materiais, cores e objetos decorativos. Para os mais exagerados – ou exigentes -, equipamentos de som, televisores, puffs, revisteiros e etc. De forma harmoniosa, deixam para trás a ideia do tradicional espaço apenas para o banho. Nos ambientes a seguir, projetos assinados por renomados arquitetos dão a dimensão de como os banheiros podem se transformar em espaços de bom gosto e requinte.

Assinado pelo arquiteto Luis Fábio Rezende, o ambiente (foto ao lado) é um convite irrecusável ao relaxamento. No box, duas duchas e, no piso acima, a banheira em estilo vitoriana dá um toque charmoso ao espaço. Ao fundo o jardim vertical cobre parte da parede, integrada por uma janela de vidro que se estende até parte do teto. Assim, à noite é possível curtir o banho e as estrelas ao mesmo tempo. Destaque também para o revestimento em vidro cerâmico e em alto relevo. Com bancada em mármore, os armários receberam acabamento gofratto. Já o piso é de porcelanato. De autoria da designer de interiores, Andréa Ker Bacha, o banheiro (foto acima) foi criado para o uso residencial. Utilizando os recursos da cromoterapia, a tonalidade da luz desejada para o banho pode ser escolhida por um interruptor. E para não interferir na iluminação, a cor branca está presente em todo o ambiente, dos revestimentos ao mobiliário. No piso, rodapés, rodabancada, rodateto e bancada, destaque para o mármore champagne veiado. Já nas paredes, atenção para as pastilhas. O momento de relaxamento pode ser curtido com DVD escolhido especialmente para o ocasião.

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Assinado pela arquiteta Ângela Roldão, o projeto (foto ao lado) possui toques orientais e segue o conceito aplicado no apartamento como um todo. As cores predominantes são o dourado, proporcionado pela madeira peroba, que contrasta com o limestone cinza escolhido para as bancadas, piso e paredes. A iluminação também remete aos tons dourados, e a integração do quarto com o banheiro se dá por meio do vidro acima da bancada. Assinado pela arquiteta Myrna Porcaro, o projeto foi norteado pela praticidade e conforto. A presença da banheira e de duas duchas demonstra que o espaço possui um conceito de SPA. Os materiais empregados visam potencializar a sensação de bem-estar e, para tal, o uso do mármore branco no piso, bancadas e paredes. Na parte interna do box e na parede acima do banheira, o emprego do revestimento de pedras filetadas, com destaque para os dois nichos iluminados. A iluminação adequada gerou duas cenas diversas, uma para momentos de relaxamento e outra para situações que exigem maior incidência de luz, como por exemplo, na hora de fazer a barba ou escovar os dentes.

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cultura

ARTE POPULAR

DE MINAS E DO BRASIL

Fotos Daniel Mansur

Dedicado aos artistas populares, o Centro de Arte Popular (Cemig) é o oitavo espaço do Circuito Cultural da Praça da Liberdade

A

entrega de mais um museu, o Centro de Arte Popular Cemig (CAP), à população mineira revela, a passos largos, como o Circuito Cultural Praça da Liberdade vem se consolidando na sua proposta – ser o maior complexo de arte, cultura e conhecimento a céu aberto do país. Instalado no antigo prédio do Hospital São Tarcísio, a poucos metros da Praça da Liberdade, o espaço foi projetado inicialmente para uso residencial pelo arquiteto Luiz Signorelli, em 1928, em estilo eclético. O edifício, que passou por uma ampla reforma, leva a assinatura da dupla dos renomados arquitetos Acácio Gil Borsoy e Janete Ferreira da Costa (falecida em 2009). E, além das obras de restauro, a implantação de uma estrutura moderna e adequada à instalação de obras de arte. 50


“Fiquei muito surpresa com a visita do Léo Bahia, que deu um valor tão grande ao meu trabalho” Com quatro pavimentos, o museu dispõe de ateliês para oficinas, sala de exposições temporárias, um auditório multiuso, um café, uma loja, um centro de informação (biblioteca, videoteca e computadores para consulta) e quatro salas de exposições de longa duração. Para o gerente-executivo do Circuito Cultural Praça da Liberdade, Carlos Gradim, a inauguração do oitavo equipamento reforça a missão de todos os envolvidos no projeto como um todo, de um trabalho colaborativo e compartilhado no sentido de criar um conceito de arte, cultura e conhecimento. “Falo com orgulho do CAP, o museu ficou extramente bonito, atrativo e com um apelo muito forte para a sociedade. E nos proporciona outra grande alegria, ter ali a arte popular representada. Pois, a maioria dos artistas não tem um espaço para dar visibilidade às suas obras. E isso inclui a sobrevivência dos mesmos e de várias gerações”, enfatiza. No Centro serão expostas diversas obras de artistas populares de diferentes regiões de Minas Gerais e do Brasil.

Sala de Exposição Temporária - ATOS DE FÉ

Sala da Religiosidade

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Sala Arte de Morar

“O MUSEU vEM PARA vALORIZAR A PRODUÇÃO FEITA EM MINAS GERAIS (...)” VaLoriZanDo o artiSta

Da artista Dirléia Peixoto, as palmas barrocas simbolizam sucesso, riqueza e prosperidade

52 Sala Grandes Mestres

Residente em Sabará, a artesã Dirléia Conceição Neves Peixoto revela que o feitio das palmas barrocas é uma tradição familiar e que o município é o único a cultivar esse tipo de arte, trazida pelo então Dom João VI na época da colonização. Mas, para ela, o ofício só veio há 15 anos quando aprendeu a técnica em um curso de museus. Sobre o Centro, Dirléia destaca a sua importância: “O CAP veio para valorizar e engrandecer o nosso trabalho, já que será visitado por pessoas do Brasil e de outros países. O artista popular fi ca isolado no seu canto, sem um lugar para expor as suas obras. Agora muita gente poderá conhecer e dá valor à arte popular”, afi rma. O sentimento de pouco valor pode ser sentido na fala da artesã, que, durante a en-


trevista disse: “fiquei muito surpresa com a visita do Léo Bahia, que deu um valor tão grande ao meu trabalho”, acrescenta.

Léo Bahia: Num mesmo lugar, toda a manifestação popular da arte mineira

Para o superintendente da Superintendência de Museu e Artes Visuais (Sumase), Léo Bahia, pela primeira vez estará reunido, num mesmo lugar, toda a manifestação popular da arte mineira. De cidades como Araxá, Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado e Ouro Preto, e dos principais mestres em cada um de seus ofícios. “O museu vem para valorizar a produção feita em Minas Gerais, além do reconhecimento, por parte do estado, ao trabalho da nossa gente. Falo também da questão econômica, um lugar em que as pessoas possam reconhecer a importância das mais diversas formas de manifestação artística e também em consumir a arte feita aqui”, conclui.

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA O acervo total do Centro de Arte Popular (Cemig) tem cerca de 800 peças, grande parte delas pertencente ao estado, mas também oriundas de empréstimo, através de comodato, de acervo de colecionadores privados e de outras instituições museais. Noemisa, GTO, Artur Pereira, Maria Lira Marques, Dona Isabel, Dirléia Conceição Neves Peixoto, Ulisses Pereira, Lorenzatto e Dona Tonica estão entre os artistas que têm seus trabalhos expostos no novo museu do Circuito.

INFO Local: Rua Gonçalves Dias, nº 1608 Funcionários – BH Horários: terças, quartas e sextas-feiras, das 10h às 19h. Na quinta-feira funciona das 12h às 21h e, aos sábados e domingos, das 12h às 19h. Entrada gratuita!

Sala Arte de Morar

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panívoros

PÃO ESPECIALIDADE DA CASA Por Helenna Dias Fotos Daniel Mansur

O tradicional pãozinho de sal é apenas uma opção entre as 200 variedades disponíveis

S

ua história profissional começa na Europa, com passagens pela Alemanha, Itália, Bélgica e Ilha de Réunion, em Madagascar. Ao todo, foram 11 anos de trabalhos dedicados à entidade de ensino Companheiros do Dever (em francês, Compagnons du Devoir). Porém, no ano de 2005 o especialista em panificação, Nicolas Zabukovec, deixou Paris, a terra natal, a convite do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG) para atuar em um projeto de qualificação para trabalhadores do setor de panificação desenvolvido pela instituição. Para trás ficou o projeto de abrir uma padaria.

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Pão italiano decorativo

Já radicado no Brasil, o sonho ganhou forma exatamente há oito meses, quando abriu o charmoso ateliê Panívoros (que significa, aquele que se alimenta de pão). Nicolas queria fazer um projeto diferente, foi então quando criou o conceito de uma padaria franco-brasileira. “Como parte do processo da produção uso as técnicas francesas, porém com matérias-primas brasileiras como farinhas de trigo orgânicas e sem aditivos químicos”, explica. Na prática são os chamados pães orgânicos, feitos com cereais cultivados sem agrotóxicos. Já os produtos sem aditivos não levam conservantes, oxidantes e corantes, diferentemente da indústria da panificação. Soma-se a isso a técnica, que é toda artesanal e pode ser acompanhada de perto pelo cliente. Isso porque a produção fica toda à vista.

Chocolatine, feito com a mesma massa do croissant

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Toda a produção é artesanal e à vista do cliente

Colomba Pascal leva raspas de limão, suco natural de laranja, uvas passas e vinho tinto

O início, conta Nicolas, foi muito difícil porque os consumidores consideravam os pães muito duros e pesados. E é claro, as opiniões mudaram com o tempo: “antes não gostavam, agora viraram panívoros”. A variedade também impressiona, o cardápio inclui mais de 200 variedades de pães. Por dia, o consumidor pode ficar à vontade para fazer a sua escolha entre as 30 qualidades oferecidas. Entre as criações próprias estão os pães mestiço (parmesão com ervas), baguete indiana (com curry e damasco seco), Maria Bonita (com polvilho azedo) e o Panívoros. E, entre os mais vendidos, a baguete francesa, o brioche, o croissant e o pão de queijo. Algumas receitas, segundo o padeiro, foram adaptadas ao gosto dos brasileiros.

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Em pouco tempo e apesar da resistência ao novo, o ateliê já tem uma clientela cativa. Instalada no bairro Vila da Serra em Nova Lima (próximo do trevo da Seis Pistas), a loja está no caminho dos condomínios e em uma área comercial. “Meus clientes são moradores dos condomínios e aqueles que trabalham nas empresas próximas. Tenho também consumidores muito simples, percebo nesse público um paladar mais apurado do que os ditos “sofisticados”. Acredito que o gosto não é uma questão de renda e sim de educação alimentar, valores que os pais passam para os filhos”, finaliza.

inFo Local: Rua Ministro Orozimbo Nonato, nº 215 - loja 12, Vila da Serra - Nova Lima Horários: segunda à sexta-feira, das 7h às 21h; sábado, das 8h às 21h. site: www.panivoros.com.br


Nem miNeirão, Nem iNdepeNdêNcia. A novA cAsA do futebol mineiro é Aqui.

assista ao Golasô. Um programa de esportes como você nunca viu. Letícia Renna, Éder Aleixo, Mário Brito e Tino Gomes. De segunda a sexta, das 12h30 às 13h15.

olho no esporte. olho na band.

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Jazzmin

FREE JAZZ

O QUE É ISSO?

Por Leo Soltz e Nik Payton

Em nossa saga, um pouco da historia do gênero que influenciou e continua influenciando outras tantas manifestações musicais

“U

ma coisa nova”, assim anunciaram John Coltrane e Ornette Coleman, rejeitando a lógica da harmonia ocidental em contraponto a um jazz liberado com tons livres, nova concepção rítmica e uma aproximação com a música produzida na Índia e na África. Na métrica mais aberta e menos tonal, essa revolução buscava apoiar as lutas do movimento negro e a causa de Martin Luther King e Malcom X, entre outros. Na Europa não foi diferente, as buscas objetivavam outras inferências, estas ligadas ao folclore e à musica contemporânea. Tudo em nome de uma criatividade que permaneceu ativa por mais de 20 anos e pode aproximar o jazz de outros tantos estilos musicais, principalmente o rock.

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Miles Davis


John Coltrane

François Jeanneruax

Egberto Gismonti

Charlie Mingus

dica E Miles Davis foi ainda mais longe combinando o improviso do jazz, o ritmo do rock com os instrumentos eletrônicos – nascia o Jazz Rock. De lá pra cá não paramos com as experimentações. Ritmos africanos, asiáticos, indianos, folclore europeu e até mesmo com o rap, o gênero flertou. Livre de amarras e barreiras, o estilo Free Jazz avançou e continua a retratar um grande contingente de músicos que se apoia nas lições de Charlie Mingus, Coltrane, Francois Jeanneaux, Miles Davis, Egberto Gismonti e tantos outros desbravadores do conservadorismo. Se é difícil decifrar essa “coisa nova” e colocar tudo em um único caldeirão, para os puristas, os outros tantos veneram os baluartes do estilo Free. O que importa é que o jazz continua livre, não morreu. E creio, terá vida eterna. O motivo: como uma fênix, ele se renova.

E para se deleitar com um pouco dessa nova música, selecionamos alguns temas de nossa preferência. Confira: Anthony Braxton http://www.youtube.com/watch?v=0o0AYFRFX7g Albert Ayler (http://www.youtube.com/watch?v=2HShu-cIDwg) Cecil Taylor (http://www.youtube.com/watch?v=cP5L8tjnB6w Free Jazz - Ornette Coleman Ascension - John Coltrane Fanfare For The Warriors - The Art Ensemble of Chicago Karma - Pharaoh Sanders The Ear of the Behearer - Dewey Redman.

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VINHOS

NOVA CHANCE AO CHAMPANHE

Por Viviana de Oliveira

Frente ao declínio de valores éticos vinculados à produção da bebida, a sommelier aponta uma solução: o importante fenômeno das novas vanguardas

N

a região de Champagne, 80% dos vinhos fabricados são de cooperativas e grandes maisons comerciais. Basta sondar os rótulos para entender a estatística. A maioria desses empreendimentos compra suas uvas de um número ilimitado de viticultores, executando a prensagem em vários lugares, o que acaba prejudicando a qualidade da bebida. E mais: Champagne tem hoje o maior problema da França com desperdícios, superprodução e corrosão de terra. A solução para os champenois não é tão fácil. A falta de iniciativa da região em adotar um projeto mais sustentável e em menor escala contribui para um ciclo

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Garrafas em processo de fermentação

vicioso de produção, consumo e supremacia das grandes marcas. Estas, por sua vez, preferem ignorar a situação e continuam a jazer silenciosamente no lucro. Mas crises são também oportunidades. De fato, existem produtores conscientes da necessidade de mudança, dando atenção especial a cada etapa da produção, desde a mão de obra empregada até o número de garrafas fabricadas. É o caso da Maison Drappier, que desde 1808 elabora um champanhe intransigente oriundo de seus 40 hectares de vinhedos ao sul da região. Longe da badalação que impulsiona as grandes casas, André Drappier e seu filho Michel, representando a oitava e nona geração de champagnólogos da

família, optam por um vinho sem artifícios. Uma distinção da família é o seu amor imoderado pela uva difficile – a Pinot Noir – introduzida pelo avô de Michel nos anos 30. Igualmente notável é o cultivo das varietais Arbane, Pinot Blanc e Petit Meslier, “esquecidas” depois da tomada imperialista das castas tradicionais sobre as selvagens. Nos vinhedos, a filosofia é de laisez-faire, buscando a não intervenção e privilegiando pequenas produções. O uso restrito de conservantes confere maior palatividade ao vinho, e o resultado é uma bebida que expressa de forma honesta o seu terroir. Incrivelmente, essa é a única maison do mundo a realizar a dupla fermentação do espumante na garrafa original, um processo mais complexo e delicado, mas que resulta em

vinhos autênticos e menos desperdícios com garrafas ao longo da produção. Os personagens da Maison Drappier possuem um caráter ético em falta na região. Seus investimentos, que poderiam ser revertidos em publicidade, se desdobram em tempo e dedicação aos vinhedos, à família e aos clientes, muitos deles fiéis à Drappier, como o lendário general De Gaulle. Com outras casas seguindo os mesmos passos, tudo indica que a atual decadência será paulatinamente substituída pela visão de sustentabilidade da vanguarda, que sonha com um champanhe artesanal, modesto, de qualidade superior e menos suscetível aos ventos sedutores e efêmeros da marca, da moda e do marketing.

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Esporte

PEDALANDO E DE SALTO ALTO Por Helenna Dias Fotos Bruno Senna e Fred Muzzi

No estilo cycle chic, elas enfeitam suas ‘magrelas’ e passeiam pelas ciclovias de Beagá

Q

uem disse que salto alto não combina com andar de bike? Seja qual for o olhar sobre a cena, as meninas do grupo Pedal de Salto Alto mostram que é perfeitamente possível sair por aí pedalando. E de salto alto! O nome é uma alusão ao universo feminino, mas as praticantes não precisam estar necessariamente com sapatos no modelo Luis XV. E sim no estilo cycle chic, ‘toda bonitinha’. A ideia de criar o grupo, que é formado por oito mulheres, é explicada por Marcela Abreu, uma das fundadoras. “Começamos a tratar do assunto por meio de e-mails e notamos um interesse muito grande dos participantes das nossas listas de amigos. A partir daí criamos o blog que leva o mesmo nome. Para nossa surpresa, somente no primeiro dia foram registrados quase mil acessos”.

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Primeiro passeio feito debaixo de muita chuva

Crianças também participam da brincadeira

Para o segundo passo, as amigas colocaram a mão na massa - ou melhor, os pés nos pedais - e fizeram o primeiro passeio em novembro de 2010. O que elas não contavam era fazer o percurso debaixo de muita chuva. Mas tudo bem, afinal, em dia de estreia era preciso começar de ‘salto alto’. Ao todo, seis eventos já foram realizados e cada circuito é pensado para iniciantes e pessoas de todas as idades: em lugares mais planos, com trajetos curtos e leves, sempre considerando o grau de dificuldade dos integrantes. “O projeto não é para atletas ciclistas, nossa proposta é incentivar o uso das bicicletas pelo público feminino, seja como meio de transporte ou pelo simples prazer de pedalar. Enfim, trazer essa cultura para a cidade”, diz Marcela.

A ciclista foi de salto alto, literalmente

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As meninas enfeitam suas “magrelas”

Marcela Abreu, umas das fundadoras do grupo

Independentemente do objetivo de cada um, a falta e a utilização inadequada das ciclovias são fatores que desestimulam a utilização das bikes. “As pistas são usadas para caminhadas e até mesmo como pontos de estacionamento. Os motoristas também precisam respeitar mais os ciclistas. É uma questão de educação”. O próximo passeio está agendado para o dia 12 de maio (sábado, véspera do Dia das Mães) e, por questão de segurança o trajeto é informado apenas na data. O ponto de encontro é na Praça da Liberdade. E, antes que alguém diga que é o clube da Luluzinha e longe de qualquer preconceito, “os homens podem até participar, mas vão lá atrás (risos)”. Se precisa ir de salto alto e ‘toda bonitinha’? Não, a instrução é ir da maneira mais confortável. E dá lhe pedaladas!

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inFo www.pedaldesaltoalto.com.br


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EVENTOS EVENTOS ESPECIAIS ESPECIAIS MERECEM MERECEM O CENÁRIO O CENÁRIODOS DOSSEUS SEUSSONHOS SONHOS C AC S AA SMAEMNETNOTSO S 1 51 5A NA O N SO S

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artes plásticas

CURVAS E FORMAS SINUOSAS

C

Fotos Eugênio Sávio

omo diz o poema do escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade: “Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara. Sem uso, Ela nos espia do aparador”. E, tal qual o seu ofício, os versos contextualizam a escolha da artista plástica Nicia Braga ao trocar a capital mineira pela tranquila Tiradentes – cidade onde se respira arte, cultura, cinema e tantas outras manifestações culturais. A decisão foi pensada sob os mais variados aspectos, feito isso a designer chegou à conclusão de que sua “missão” por aqui já estava cumprida. “Vários fatores me levaram a tomar essa atitude, entre eles: uma melhor qualidade vida; os altos custos com a manutenção do ateliê; e também porque acreditava que já havia dado a minha contribuição e que naquele momento deveria pensar mais em mim”, revela. Nicia conta que, com a mudança, pode se dedicar mais ao próprio trabalho e à pesquisa de novos materiais.

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“Trabalhando o barro, modelo ideias e crio formas”


Artista Nicia Braga

Quanto às características de sua arte, as montanhas se tornaram o limite do seu olhar durante muitos anos. No princípio, sinuosas ainda originais e intactas, depois rasgadas, modificadas pela mão do homem com a extração e a construção subindo a serra. “Suas curvas ficaram muito fortes na minha lembrança e, quando defini a minha linha de utilitários trouxe, por meio das bordas rasgadas, esse horizonte irregular outrora mágico. Trabalhando o barro, modelo ideias e crio formas”, explica. A modelagem manual, o acabamento, o lento processo de secagem e queima particularizam cada trabalho da artista. Materiais reciclados, rejeitos minerais, cinza de madeira e pigmentos naturais, dão às suas massas características ao mesmo tempo pessoais e regionais. Os brancos, os crus e as cores emergem de formas irrepetidas e nada convencionais, num perpétuo gesto do criar. O acabamento irregular, uma borda que não é cortada e um acabamento despojado, porém sofisticado, são marcas que identificam as peças da designer. O formato irregular, pode-se dizer, é um contraponto com o jeito de ser da ceramista que se declara “uma pessoa muito organizada”.

INFO www.niciabragaceramica.com

69 Quadros em porcelana


Linha decorativa

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Utilitรกrios em porcelana

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veículos

NOVO HYUNDAI AZERA

Fotos Divulgação Hyundai

Inspirado na mecânica aeronáutica, o veículo apresenta design de “Escultura Fluída” e tecnologia de segurança avançada

O

novo modelo Azera 2012, na versão 2.0, promete revolucionar o mercado brasileiro de automóveis. O sexto veículo a adotar o design de “Escultura Fluída”, assinatura de estilo da marca, representa uma interpretação moderna do tradicional segmento de sedãs grandes, utilizando um trem de força avançado, design emocionante e equipamentos de luxo, oferecidos com a proposta de valor tradicional da Hyundai. Inspirado na mecânica aeronáutica, o exterior do Azera é longo, leve e baixo. A exclusiva linha de cintura ondulada permitiu criar uma linha de teto longa e esguia, impressão reforçada pela terceira janela lateral e as lanternas traseiras envolventes em LEDs. O perfil lateral inclui linhas fluídas. A dianteira conta com uma imponente grade cromada e faróis HID, com detalhamento minucioso, e rodas multi-raiadas de 18 polegadas.

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INTERIOR ACONCHEGANTE O veículo oferece um espaçoso habitáculo, com mais de 1140 mm de espaço para as pernas e 1010 mm de espaço para a cabeça para os passageiros da frente; teto panorâmico (versão top), que permite entrar mais luz natural no ambiente e os insertos internos decorativos em 3D Carbon (fibra de carbono tridimensional); espelho eletrocrômico auto-escurecido com HomeLink e persiana traseira motorizada na versão top. As persianas laterais podem ser recolhidas de forma invisível quando fora de uso e não são oferecidas em nenhum outro automóvel do segmento. A forração dos bancos, em couro, é de série. O banco do motorista, com dez regulagens elétricas e o do passageiro da frente, com oito, são equipamentos de série. O assento do motorista tem uma extensão acolchoada (versão top) e sistema de memória integrada para o posicionamento do banco, volante e espelhos retrovisores externos. Os controles de climatização e da temperatura dos assentos garantem total conforto aos ocupantes do carro.

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motor LamBDa 3.0 mPi Equipado com o novo motor Lambda II 3.0 l DOHC V6, 24 válvulas, MPI, que está em sua segunda geração, foi construído totalmente em alumínio. Possui quatro válvulas por cilindro; jatos de resfriamento para os pistões; corrente roletada; revestimento do sulco do anel superior com Níquel-Cromo por deposição física de vapor (Physical Vapor Deposition - PVD); e válvulas com dupla variação contínua de abertura (Dual Continuously Variable Valve Timing - D-CVVT), para uma distribuição mais ampla de potência. Um sistema de admissão variável de três estágios amplia ainda mais a curva de potência para melhorar a aceleração do veículo e seu desempenho nas ultrapassagens. A corrente foi redesenhada e é mais silenciosa, exigindo menos manutenção do que a versão anterior. A adoção de resfriamento dos pistões por meio de jatos de óleo melhora a lubrificação das paredes dos cilindros, reduz a fricção e o calor, melhorando o consumo de combustível. tranSmiSSÃo O motor é acoplado à transmissão automática Hyundai de seis marchas com controle manual SHIFTRONIC. Assim, proporciona trocas suaves e um amplo campo de variação que se adapta de forma ideal às características do motor. O sistema propulsor tem um modo econômico ativo (Active Eco Mode) de funcionamento, que modifica o gerenciamento do motor e da transmissão para melhorar a economia de combustível, o que resulta numa redução de consumo de mais de 5% em condições de utilização real. Com um conversor de torque ultra-plano, a nova transmissão de seis marchas tem dimensões extremamente compactas e é muito leve. O diferencial com quatro pinhões aumenta a durabilidade, enquanto válvulas solenóides garantem trocas precisas por toda a vida útil do veículo. 76

aeroDinÂmiCa Amplos testes em túnel de vento aero-acústico resultaram na redução da turbulência do ar e do arrasto aerodinâmico, acima e abaixo da carroceria do Azera. O menor arrasto aerodinâmico leva à melhoria da eficiência no consumo de combustível. É equipado com suspensão dianteira tipo MacPherson, molas helicoidais e uma barra estabilizadora dianteira com 24 mm de diâmetro. A sofisticada suspensão traseira Multi-Link com braços múltiplos garante uma geometria precisa, para uma rodagem superior e dirigibilidade eficiente e empolgante. A capacidade

das avançadas suspensões dianteira e traseira é maximizada pelo uso de amortecedores Sachs com amplitude seletiva (ASD), que permitem a manutenção do máximo de flexibilidade nos menores deslocamentos dos amortecedores. ConForto O Azera vem equipado com uma ampla lista de itens de série que proporciona aos ocupantes mais conforto e comodidade, como ar-condicionado digital Dual Zone, piloto automático, computador de bordo com tela LCD (hodômetro parcial) A e B, consumo instan-


tâneo, autonomia e velocidade, volante revestido em couro com aquecimento, banco do condutor e passageiro com regulagens de altura e profundidade, faróis de neblina, além de sensores de estacionamento nos parachoques dianteiros e traseiros. teCnoLoGia De SeGUranÇa aVanÇaDa

perfície com aderência diferente em cada lado do carro e o veículo tende a desviar numa direção. O ESP também detecta essa condição e controla o veículo através da atuação do ABS, e compensa o desvio e automaticamente aplicando 8 Nm de força contra-esterçante. O sistema reage da mesma forma durante trocas de faixa de rodagem súbitas ou curvas rápidas.

A versão top de linha do Azera possui Controle Eletrônico de Estabilidade (ESP), esse sistema trabalha para controlar dois efeitos. O primeiro ocorre quando o motorista acelera numa su-

Todas as versões contam com airbags frontais, laterais na frente, cortinas de janela dianteiras e traseiras e proteção para os joelhos do motorista, e um avançado sistema de freios de última

geração. O conjunto inclui quatro discos de freios (12,6 polegadas na frente e 11,2 polegadas na traseira) e sistema antibloqueio das rodas (ABS), com Brake Assist (versão top), que garante o máximo de força quando uma frenagem de pânico é detectada, e distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), para ajustar automaticamente a força dirigida aos eixos dianteiro e traseiro, de acordo com as condições de carga do veículo. Completam o pacote, dispositivos de segurança passiva, incluindo sistema de fixação para assentos de crianças (LATCH) e cintos de três pontos para todos os passageiros. 77


Divinópolis em cena

GIOVANI LIMA

Fotos Divulgação / Luiz Fotógrafo / Nando Oliveira

NOMEADO No último encontro empresarial em Divinópolis, realizado na Fiemg Regional, participaram presidentes de sindicatos e associações comerciais da região. A secretária do Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck, ouviu depoimentos sobre os principais problemas dos setores produtivos do Centro-Oeste. Werneck classificou as reivindicações como “solucionáveis” dentro da estrutura administrativa do estado, que inclui o Instituto Desenvolvimento Integrado (INDI), Cemig e BDMG. Vários temas foram discutidos, como lojista para o varejo, infraestrutura para os setores de confecções e calçados, além do Porto Seco de Divinópolis. Na ocasião, Dorothea nomeou Afonso Gonzaga como principal interlocutor entre a Secretaria e os diferentes setores produtivos da região Centro-Oeste. Segundo a secretária, “a parceria entre estado e municípios é fundamental para identificar as principais características de cada região e promover a vinda de novas empresas ou a expansão daquelas já instaladas em Minas”. O presidente regional da Fiemg, Afonso Gonzaga, e a secretária do Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck

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MODA DIVINOPOLITANA

RECICLAGEM

O FashionMix, promoção do Sindicato da Indústria do Vestuário de Divinópolis (SINVED) é o portal de entrada do polo de moda de Divinópolis, sendo considerado o maior no segmento em Minas Gerais. O evento foi a combinação de feira, desfiles, e palestras em torno de uma grande mesa de negociação entre confeccionistas e compradores: lojistas, representantes, sacoleiras, corretores e guias, além de fornecedores, designers, estilistas e profissionais da área, o que atraiu a atenção de editores de moda, jornalistas e blogueiras de todo país. O encontro foi um sucesso e para o mês de agosto já está confirmado o lançamento de verão.

Visando transformar a preocupação com o meio ambiente em uma grande campanha de conscientização, com foco no público infantil, o Shopping Pátio Divinópolis em parceria com a TV Integração e a Indústria de Laticínios Karinho, apoiou a realização do projeto Criança Consciente. A campanha foi um grande sucesso, um dos objetivos é ensinar as crianças sobre a importância da reciclagem. INAUGURA Agora sim, foi inaugurado o novo espaço em Divinópolis no quesito gastronomia, entretenimento e lazer - tudo em um só

ambiente. O Deck Beer é o novo cartão postal da cidade, a iluminação ficou um show. Tudo isso na esquina mais antiga da cidade quando o assunto é badalação. Bonito e charmoso, todos que passam próximo a Savassinha ficam impressionados. Agora é esperar e conferir o que irá acontecer nos próximos dias. COMEMOROU Cínthia Saliba Nogueira brindou com amigas seu aniversário. Com detalhes finos, ela preparou o menu e recebeu algumas convidadas em seu apartamento. O marido Guilherme estava em Miami e tão logo retornou providenciou a comemoração a dois, é claro.


Eliane Paulinelli (ao centro) apresenta novo cardápio do Buffet Paulinelli em noite de degustação e harmonização de vinhos

Marcos Machado com Gustavo Bicalho e o empresário Herwig Gangl

Dayane e Daniel Demattos prestigiam evento de carros

Mariana Jardim (1ª da direita) com as amigas na inauguração do Anel Auto Shopping em Divinópolis

O casal Vítor e Vera Gontijo, cercado pela família, inaugura mais um empreendimento em Divinópolis

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Rádio Minas, desde 1946, crescendo com Divinópolis. Parabéns a nossa cidade pelos 100 anos de história.

Uma homenagem do maior grupo de comunicação da região, Sistema MPA.

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artiGo

SERASA E SPC É LÍCITA A CONSULTA

Por Guilherme Mangia Cobra

Empresas podem fazer consultas aos órgãos antes de contratar candidato a uma vaga de emprego

R

ecentemente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu por unanimidade que as empresas podem realizar consultas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), no Serasa, em órgãos policiais e do Poder Judiciário antes de contratar candidatos a uma vaga de emprego. Referida prática não é fator de discriminação, e sim critério de seleção de pessoal que leva em conta a conduta individual e, se justificada, em decorrência do cargo a ser ocupado. A propósito, para participar de um processo seletivo junto aos órgãos públicos, mediante concurso, também há rigorosa exigência na contratação dos candidatos. Além do conhecimento técnico específico, exigem inúmeros comprovantes de boa conduta e reputação.

“REFERIDA PRÁTICA NÃO É FATOR DE DISCRIMINAÇÃO, E SIM CRITÉRIO DE SELEÇÃO DE PESSOAL qUE LEvA EM CONTA A CONDUTA INDIvIDUAL (...)”

Bem da verdade, são públicos os cadastros de pesquisas em questão e podem ser analisados por qualquer pessoa e empresa. O acesso é irrestrito e não se pode admitir que tal conduta viola a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Não há proibição legal à existência de serviços de proteção ao crédito, de registros policiais e judiciais. Muito menos à vedação de qualquer interessado pesquisar esses dados. Não há como impedir ao empregador, o acesso aos cadastros públicos como mais um método de melhor selecionar pretendentes às suas vagas de emprego. Não restam dúvidas quanto à legalidade da consulta dos antecedentes de concorrentes a uma vaga de emprego, pelos empregadores, com o fim de garantir que está fazendo a escolha certa. É direito do empresário de eleger o candidato que possui melhor qualidade técnica ao cargo a ser ocupado e cuja conduta pessoal não se desvia da normalidade.

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CrÔniCa

ChEIO DE GRAÇA

Por Queila Ariadne Ilustração Augusto Fonseca

“Q

uando a gente anda, a lua vua”. Atrás dessa frase, existem muitas outras que enchem o mundo de poesia, pelo menos o meu. O autor não é conhecido, ainda. Mas, há quatro anos, é sem sombras de dúvidas o meu preferido. E essa frase, em especial, foi dita do alto do 1,53 m do meu colo de mãe, numa noite de lua muito cheia, enquanto eu o carregava da garagem para a casa, pensando só em dormir para esquecer um dia longo de trabalho. Sinceramente, não precisei do sono para esquecer, nem para lembrar do quanto esse pequeno autor, que acaba de completar quatro anos, me faz lembrar, todos os dias, que só tenho motivos para ser feliz. Outro dia ele me perguntou se eu ainda estava com raiva de um episódio que tinha acontecido no dia anterior. Eu respondi, secamente, que não. Então ele me perguntou: “por que sua cara tá fechada? Ela tem que ficar ‘abrida’”. Uma constatação cheia de razão. Por que motivo eu teria que ficar de cara fechada por algo que já estava resolvido? Vamos todo mundo manter nossas caras ‘abridas’. Jamais me esquecerei de um dia triste, ano passado, em que eu segurava minhas lágrimas, enquanto o fazia dormir. Achei que ele não percebia minha tristeza. Mas não só percebeu, como teve a sensibilidade de me fazer sorrir. “Mãe, você sabe por que a manga cai do pé? Sem entender nada, eu respondi que não. Porque não tem escada para ela descer”. Outro dia, saindo de um exame de radiografia da face – que para convencê-lo a fazer eu disse que era uma foto – ele me pediu para ver. E tamanho foi o susto, que veio seguido de um choro: “Mãe, mas eu não sou assim”, disse, olhando a imagem de esqueleto. Morri de rir, o que o incomodou. “Isso não tem graça nenhuma”. Mas para mim tem. Tem graça demais quando ele diz que não pode guardar os brinquedos porque o “cérebro tá pesado”. Ou quando me deixa beber do suco dele, desde que eu não babe. Meu mundo tem muito mais graça. E no meio de várias dúvidas da maternidade, uma certeza: é toda essa graça que faz minha coragem ser infinitamente maior do que meus medos.

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