Revista Minaspetro nº 01 - Outubro-2008

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais 1 # outubro 2008

X Congresso discute perspectivas

para o setor página 14


ENCONTRAR O SEU DESTINO FAZ PARTE DA VIDA.

A vida passa por um Posto Ale.

Uma simples ida a um Posto ALE é sempre uma experiência agradável e surpreendente. Ao entrar, você é recebido com simpatia e um jeito único de atender. É que nossos profissionais recebem treinamento específico em nosso exclusivo centro de capacitação, a Academia Corporativa ALE. Passe em nossos postos para conferir: mais que eficiência e agilidade, você vai encontrar pessoas dispostas a fazer tudo para que você volte sempre.


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expediente Presidente Sergio de Mattos Assessoria de Comunicação Social Alberto D. J. Decat Cecília Oliveira Assessoria de Imprensa Faz Comunicação Eficaz Comunicação Coordenação e Revisão Prof. José Carlos Cruz Redação Cristina Mota, Marcus Rocha e Paulo Cunha Jornalista responsável Cristina Mota (MG 08071 JP) Produção Prefácio Comunicação Rua Bernardino de Lima, 41 Cep: 30430-090 Tel.: (31) 3292 8660 www.prefacio.com.br

www.minaspetro.com.br minaspetro@minaspetro.com.br

Comentários sobre esta edição, sugestões e outras contribuições serão bem-vindas. Envie mensagem para minaspetro@minaspetro.com.br e participe do Espaço do Leitor.

Editorial pág4 A Nota Fiscal Eletrônica e a revenda – o que muda pág6 O menor na revenda de combustíveis e derivados pág7 Para crescer, é preciso informação pág8 Tome uma atitude enquanto é tempo – o mercado é livre pág9 Gota a Gota pág10 Ciclos Regionais levam orientações a todo o Estado pág12 Responsabilidade socioambiental e desafios para o setor são carro-chefe de evento pág14 Talento para a gestão de negócios pág16 Importância de matrizes energéticas diversificadas para o país pág18 Sindicato expande serviços pág20


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editorial

O

“O lançamento do novo veículo

de comunicação

é um investimento na melhoria do

canal de informação entre o Minaspetro e seus associados...”

Minaspetro representa, atualmente, cerca de 4 mil revendedores de Minas Gerais. O setor tem um grande peso na economia do Estado, responsável por mais de 20% da arrecadação do ICMS, sem falar na geração de empregos e rendimentos que proporciona. Para atender às demandas desse setor, o Sindicato trabalha arduamente há quase 49 anos, sempre procurando fortalecer-se politicamente e criar condições para lutar e garantir importantes vitórias. E os associados podem ter orgulho em afirmar que fazem parte de um dos sindicatos mais bem-estruturados do Brasil: além de nossa moderna sede própria, temos 21 regionais e uma equipe de profissionais altamente capacitados. Neste mês, realizamos nosso mais importante evento, o X Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis e Conveniência do Estado de Minas Gerais. Esta edição traz uma mudança no próprio nome do evento, incluindo o segmento de Conveniência, que tem apresentado grande desempenho. Realizaremos as atividades em um novo espaço, garantindo maior comodidade para os participantes. Na pauta das discussões, os desafios de nossa categoria, para os quais queremos

propor e avaliar sugestões, em busca de melhores resultados, sempre. Para nos auxiliar, teremos a presença de profissionais renomados. Temos satisfação em apresentar, também, a primeira edição da Revista Minaspetro. O lançamento do novo veículo de comunicação é um investimento na melhoria do canal de informação entre o Minaspetro e seus associados, somando-se ao site, ao boletim eletrônico e a outros meios de comunicação já utilizados. Com visual moderno e agradável, a revista traz artigos e matérias informativas, focando assuntos que consideramos essenciais para os revendedores. Com eventos, revistas, comunicados, consultorias, palestras, entre outros, o Minaspetro procura atender ao seu objetivo maior: prestar atendimento de excelência à categoria, estimulando os empreendedores a se informar e capacitar, a buscar alternativas, a investir no diferencial, enfim, a conquistar o sucesso em seus negócios. Acreditamos estar no caminho certo e contamos com a preciosa contribuição de nossos associados para melhorar ainda mais a nossa atuação. Sergio de Matos Presidente do Minaspetro



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jurídico

A Nota Fiscal Eletrônica e a revenda

o que muda

“...o novo sistema

de emissão de notas fiscais

é realmente mais benéfico aos estabelecimentos varejistas, já que dificulta a atuação de players desonestos...”

Em abril de 2007, foi editado o Protocolo de Cooperação nº 10, através do qual se estipulou a obrigatoriedade de utilização do sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas pelas empresas Distribuidoras de Combustíveis e fabricantes de cigarro. Ficou, pois, instituída, a Nota Fiscal Eletrônica, ou NF-e. Mas o que muda para o revendedor varejista de combustíveis? Quando do recebimento de mercadorias acobertadas pela NF-e, não obstante não existir mais a nota fiscal impressa, nos termos da Cláusula 10a do Ajuste Sinief 07/05, será encaminhado ao Posto Revendedor um documento que representa fisicamente a mencionada NF-e, denominado Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe).

Neste constarão os dados relativos às mercadorias vendidas e o código numérico de identificação da nota fiscal. Através deste código, o destinatário da mercadoria e qualquer outra pessoa interessada poderá ter acesso à NF-e na base de dados da Receita Federal e dos Estados signatários. E aqui é que se vislumbra a principal mudança: as distribuidoras são obrigadas a solicitar a autorização para a emissão da nota fiscal eletrônica antes da saída da mercadoria para o destinatário. Assim, no momento em que a mercadoria chegar ao Posto Revendedor, com a chave de acesso que acompanhará o Danfe, ele poderá checar, no site www.nfe.fazenda.gov.br ou no da Secretaria da Fazenda Estadual, a existência ou não da predita nota fiscal, bem como se o Danfe que lhe foi encaminhado corresponde à NF-e que porventura foi autorizada. Cumpre-nos apenas concluir que, a nosso ver, muito diferentemente do que alguns têm sustentado, o novo sistema de emissão de notas fiscais é realmente mais benéfico aos estabelecimentos varejistas, já que dificulta a atuação de players desonestos que invariavelmente se utilizam de subterfúgios para evitar a tributação. Trata-se, pois, de uma valiosa e eficiente arma contra a sonegação e um bom escudo contra as distribuidoras mal-intencionadas. Gustavo Guimarães da Fonseca Advogado do Minaspetro


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jurídico

O menor na revenda de e

combustíveis derivados Constatamos, por raras vezes, menores de 18 anos trabalhando em postos revendedores de combustíveis. Há farta legislação visando impedir tal prática, sendo expressamente proibido o trabalho de menor em atividade perigosa. O Novo Código Civil Brasileiro, em seu 50 art., parágrafo único, inciso V, prevê a emancipação do menor com 16 anos para o trabalho, desde que ele possua economia própria em razão da relação de emprego. Entretanto, o artigo 405, inciso I, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não deixa qualquer dúvida de que a questão é trabalhista e, como tal, regulada,

pelo Direito do Trabalho. E este não considera a emancipação do menor, protegendo-o e impedindo a relação de trabalho. O disposto no 70 art., inciso XXXIII da Constituição Federal, combinado com o art. 405, inciso I da CLT ainda proíbe ao menor o exercício de atividade perigosa. Mesmo com estruturas e adequações de segurança, é de conhecimento público que os postos revendedores exercem uma atividade extremamente perigosa, o que impossibilita o trabalho do menor. Com o advento da Lei n0 10.803/2003, que entrou em vigor no dia 12 de dezembro de 2003, a

questão ficou mais séria: esta permite a aplicação, por analogia, do art. 149, do Código Penal, segundo o qual submeter menor a condições degradantes de trabalho gera uma pena de reclusão de dois a oito anos, aumentada pela metade, sem prejuízo de multa. Portanto, há um grande amparo legal para os menores. Os revendedores, assim, devem estar cientes dos impedimentos e cumpri-los. Afinal, cabe a nós, sociedade, o papel missionário de evitar desrespeitos à lei. Klaiston de Miranda Advogado do Minaspetro


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gestão

Para crescer, é preciso informação Em um mercado competitivo, com margens cada vez menores, alta carga tributária, concorrência agressiva e clientes exigentes, saber administrar seu negócio pode ser o grande diferencial. Entender a atividade e dominar técnicas gerenciais e mercadológicas certamente ajudam o empresário a ter grandes chances de sucesso. Toda organização, qualquer que seja o ramo de atividade, o tamanho ou o estágio de estruturação, necessita, permanentemente, analisar e avaliar as políticas e estratégias que adota, assim como os recursos disponíveis. É importante que o empresário e os gestores percebam a importância de conhecer todos os estágios do empreendimento, acompanhar as mudanças conjunturais, adaptar-se com rapidez às variações do mercado, voltar-se para as necessidades dos clientes, criar metas e envolver os funcionários. Ter uma gestão de recursos humanos eficiente, produtiva e estimulante significa recrutar, treinar, desenvolver,

motivar e premiar a equipe. Este processo pode operar verdadeiros milagres em um posto de serviços. Afinal, uma equipe bem treinada e motivada está comprometida com a qualidade dos serviços e a satisfação dos clientes. Otimizar o posto de serviço é fundamental, agregando valor a todas as atividades e procurando novas oportunidades de faturamento. Porém, é essencial criar um planejamento financeiro, gerenciando o ciclo operacional

importante é o acompanhamento das tarefas contábeis, pois conhecer os procedimentos pode evitar transtornos e surpresas durante uma fiscalização, como impostos não recolhidos ou documentações incompletas. O gestor também deverá utilizar as ferramentas do marketing para ajudálo a melhorar sua imagem, valorizar seu ponto de venda e ampliar sua clientela. Para isso, ele deve olhar o mercado, sentir o cliente e analisar a concorrência. Enfim, gerenciar é tomar decisões e, para isso, é preciso ter informações. É justamente isso que discutiremos nas próximas edições, oferecendo sugestões para orientar os empreendedores no gerenciamento de seus postos de serviços na busca por melhor desempenho, crescimento profissional, maiores lucros e rendimentos. Sucesso.

...gerenciar é tomar decisões e, para isso, é preciso ter informações.” que compreende o período entre o desembolso para a compra do produto e o recebimento da venda. Deve-se utilizar mecanismos de controle, como os softwares, ou mesmo as planilhas de custos, o que facilita a visualização das despesas e ajuda a controlar os gastos, fornecendo informações para auxiliar nas tomadas de decisão. Outro ponto

Adriana Queiroga Gerente Administrativo Financeiro do Minaspetro


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Varejo & Conveniência

Tome uma atitude enquanto é tempo

o mercado é livre

Empresas nascem, crescem e envelhecem. A percepção do ciclo de vida no varejo poucas vezes é notada, por isso muitos empresários resistem em promover mudanças de comportamento, de gestão e, principalmente, de postura perante o mercado e seus clientes, desvinculando-se do passado, deixando de se guiar pelo espelho retrovisor e passando a focar no farol da inovação, com visão do futuro. O papa do marketing Philip Kotler, em seu livro Marketing Lateral, comenta: “se a gasolina não está dando dinheiro, monte uma loja de conveniência”. Ou seja, no mercado livre e concorrido, é preciso se reposicionar, buscar novas alternativas que valorizem o ponto de venda e gerem resultados, mesmo considerando que toda mudança de rumo pode gerar instabilidade e desconforto para o empresário. Afinal, o que era certo precisa ser trocado pelo incerto, o que era adequado pode estar ultrapassado tanto no modelo de negócio como na operação. Para enfrentar a crise do petróleo, a Honda lançou, no mercado americano, em 2007, o modelo Civic na versão GNV, para ser abastecido na garagem de casa. Neste ano, a empresa aparece com um motor de seis cilindros que, de acordo com a necessidade, usa três, quatro ou todos os cilindros. Isso em resposta à necessidade de soluções práticas e econômicas.

Da mesma forma, a GM foi obrigada a rever suas picapes de alto consumo, que despencaram em vendas. Mas a maior ameaça já está na porta de casa. As grandes redes de supermercados, que no ano passado tiveram apenas 1,3% de lucro líquido, descobriram que podem aumentar os resultados com postos de combustíveis fora dos seus pátios de estacionamento e já disputam mercado com a revenda institucionalizada. Só o Carrefour declarou que pretende fechar este ano com 100 postos e 30

...no mercado livre e concorrido é preciso se reposicionar, buscar novas alternativas que valorizem o ponto de venda e gerem resultados...” lojas de conveniência. O Grupo Pão de Açúcar segue o mesmo caminho, com três bandeiras próprias. Se o negócio não é bom para nós, por que será bom para eles? Afinal, terão custos iguais ou maiores que os nossos, terão de operar com gerentes, pagar aluguel, IPTU, controles etc. A resposta é simples: buscam clientes preocupados com preço e que preferem abastecer num desses pontos de venda pela segurança de qualidade e quantidade oferecida. O lucro vem

das negociações com a distribuidora, do volume elevado por ponto e das vantagens das taxas diferenciadas dos cartões de crédito que, na bandeira própria, oferecem mais promoções para o usuário. Essas redes não atacam apenas o segmento de postos: já existem mais de mil farmácias no país ligadas a eles, assim como restaurantes, lanchonetes, cafeterias, petshops, serviços automotivos, lavanderias e várias outras conveniências, que aproveitam o tráfego gerado pelo supermercado para melhorar o desempenho dos seus negócios. Como hoje um terço dos brasileiros toma pelo menos uma refeição fora de casa, essas redes saíram às compras de atacadistas especializados. A Femsa, presente em nossos PDVs, dona das marcas Sol e Kaiser e maior engarrafadora da Coca-Cola, tem perto de 6 mil lojas de conveniência com a marca Oxxo, no México. Diz o ditado que o sapo em uma panela com água fervendo salta e se salva, mas, se colocado numa panela com água fria e aquecida lentamente, não percebe a mudança e morre queimado. Cuidado para não morrer queimado por não tomar nenhuma atitude enquanto a água ainda estiver morna. Claudio Correra Consultor de varejo automotivo correra@mppmarketing.com.br


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gota a gota

Petrobras: novo poço tem entre 3 e 4 bilhões de barris de petróleo e gás A Petrobras comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 10 de setembro, que o consórcio formado pela empresa, o BG Group e a Galp Energia estima a reserva do poço Iara entre 3 e 4 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural. O poço está situado no bloco BM-S-11, em águas ultra profundas da Bacia de Santos, na chamada camada pré-sal. A empresa informou que, quando do anúncio da descoberta do óleo leve em Iara, em 7 de agosto, as reservas ainda não podiam ser estimadas. O bloco BM-S-11 é composto por duas áreas exploratórias. Numa delas foi perfurado o primeiro poço, conhecido como Tupi, que resultou na descoberta anunciada em 11 de julho de 2006, com estimativa de volume recuperável entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural. O poço Iara é o segundo a ser estimado e se localiza na área ao norte de Tupi, a cerca de 230 quilômetros do litoral da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de 2.230 metros. A profundidade final atingida foi de 6.080 metros. Fonte: Portal G1

STF suspende ações que discutem ICMS na base da Cofins Todas as ações que discutem se o ICMS pode fazer parte da base de cálculo da Cofins devem ficar suspensas até que o Supremo Tribunal Federal firme o seu entendimento. A determinação partiu do próprio STF, em 13 de agosto, e a corte tem 180 dias a partir da data para julgar a questão. A constitucionalidade do ICMS na base de cálculo da Cofins é discutida na Ação Declaratória de Constitucionalidade proposta pela União no ano passado. O governo defende o ICMS como integrante do faturamento das empresas e, portanto, parte da base de cálculo da Cofins, cujo fato gerador é o faturamento. Caso perca a ação, a União deverá devolver a contribuição paga pelos contribuintes nos últimos cinco anos. Fonte: Site Consultor Jurídico

Bahia lança ferryboat movido a gás e diesel O primeiro barco a gás natural do Brasil e da América Latina, denominado Ivete Sangalo, em homenagem à popular cantora brasileira, foi inaugurado em 19 de agosto, com uma viagem entre Salvador e a ilha de Itaparica. O ferryboat fez a travessia de 13 quilômetros com 610 passageiros e mais de 70 veículos em 30 minutos, enquanto outras embarcações fazem a mesma travessia em uma hora. O Ivete Sangalo está equipado com um sistema de abastecimento pioneiro, totalmente desenvolvido no Brasil, que mistura 70% de gás natural e 30% de diesel. A Bahiagás e a Petrobras investiram R$ 1,43 milhões na pesquisa e desenvolvimento do projeto, por meio da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Esse sistema “é uma inovação da indústria naval brasileira. Além de contribuir com grandes melhorias ambientais e econômicas, será referência para outros tipos de transporte no país e na América Latina, abrindo um novo mercado para o gás natural”, disse Eduardo Barreto, diretor da Bahiagás. Para construir o ferryboat, foram investidos R$ 35 milhões. Fonte: Gazeta Mercantil


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gota a gota

Presidente do Minaspetro visita imprensa

Usina venderá álcool a asiático por 20 anos

O presidente do Minaspetro, Sergio de Mattos, tem realizado visitas aos principais veículos de imprensa do Estado. O objetivo é apresentar as ações desenvolvidas pelo Sindicato aos editores e jornalistas. Até setembro, foram visitados os dirigentes dos jornais Hoje em Dia, O Tempo, Estado de Minas e da Rede Globo Minas.

A Usina Itarumã, em Goiás, fechou contrato inédito no setor sucroalcooleiro: venderá etanol a um importador asiático por 20 anos, a partir de setembro de 2009. Inicialmente, o volume será de 28 mil metros cúbicos, mas chegará a 190 mil metros cúbicos por ano. Nesse nível, o valor anual de venda será de US$ 78 milhões, a preços do fim de agosto (o cálculo é indexado à cotação do etanol). O escritório Villemor Amaral, que coordenou o negócio, diz que contratos de longo prazo ainda são raros nesse mercado.

Refinaria do RN produzirá óleo diesel com padrão europeu

Fonte: O Globo

Vendas de carros flexfuel sobem 30,2% em oito meses

O óleo diesel produzido na nova refinaria da Petrobras no Rio Grande do Norte terá o mesmo padrão do combustível adotado pela Europa a partir de 2009. O produto será 36 vezes menos poluente do que o consumido hoje no Brasil. A unidade potiguar será uma das primeiras do país a produzir o diesel limpo e vai eliminar aquela fumaça preta das ruas e estradas, que contém nada menos que 2 mil partes de enxofre por milhão de partículas emitidas. Com a entrada em vigor de novas normas, definidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a indústria do petróleo vai fabricar produtos com emissões de 10 partes de enxofre por milhão de partículas. A partir de 1º de janeiro de 2012, toda a frota nacional a diesel deverá rodar com o chamado Diesel S-10. Apesar de representarem menos de 10% do total de veículos no país, os carros movidos a diesel são responsáveis por quase metade das emissões de poluentes nas cidades.

As vendas de carros flexfuel estão firmes no mercado interno, estimuladas pelos baixos preços do álcool combustível. Em agosto, as vendas totalizaram 200.396 unidades, um aumento de 2,13% sobre o mesmo período de 2007, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado dos oito meses do ano, a comercialização ficou em 1.611.277 veículos, um aumento de 30,2% sobre igual período do ano passado. As vendas de carros flexfuel representam 86,7% do total negociado no país. No mesmo período, as vendas de carros a álcool foram de 57 unidades. Em agosto, foram nove unidades, representando 0% nas estatísticas.

Fonte: Portal do Governo do Rio Grande do Norte

Fonte: Portal ProCana


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Wolmer Ezequiel

evento

Fórum realizado em Ipatinga, no Vale do Aço

Ciclos Regionais levam orientações

a todo o Estado

Minas Gerais é o quarto Estado em tamanho no país, tem 853 municípios e mais de 4.057 postos revendedores, segundo o Anuário da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ano-base 2007. Levar informações e orientações a todos esses empreendimentos é um desafio e para atender a essa demanda é que o Minaspetro realiza o Ciclo de Congressos Regionais & Conveniência. As cinco principais regiões de Minas – Sul, Triângulo, Zona da Mata, Norte e Leste e Vales do Aço e Mucuri – recebem o fórum anualmente.

Em 2008, o 7° Ciclo de Debates trouxe como principais temas a preservação ambiental, as políticas de preço e as novidades do setor de distribuição de combustíveis. Os fóruns foram iniciados em abril, em Pouso Alegre, passando por Juiz de Fora, em maio, Araxá, em junho, Montes Claros, em julho, e Ipatinga, em agosto. Profissionais como o presidente da MPP Serviços de Marketing, Claudio Correra, o superintendente-adjunto de Fiscalização ANP, Oiama Paganini Guerra, Eduardo Bacelar, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Delfim

Moreira, membro da Comissão de Implantação do Biodiesel no Brasil da ANP, entre outros, percorreram o Estado com a equipe do Minaspetro. “Discutimos os problemas, sempre atentos às especificidades de cada região, e apresentamos propostas de soluções. É esse o nosso intuito, proporcionar o acesso à informação para estimular o crescimento das revendas”, afirma o presidente do Minaspetro, Sergio de Mattos. Em todas as regiões, o evento contou com a participação de distribuidores e parceiros, que apresentaram produtos e serviços por


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evento

Wolmer Ezequiel

Vale do Aço O último fórum foi realizado em Ipatinga, no Vale do Aço, em 22 de agosto. Prestadores, parceiros, distribuidores e revendedores reuniram-se no Centro Cultural Usiminas. Renato Mangual, da Petrobel Manutenções Técnicas Ltda., atua na prestação de serviços para postos de combustíveis há 29 anos e acompanha o Ciclo de Congressos desde a primeira edição. “Tenho notado melhoria freqüente de atendimento e excelente nível de palestras nos ciclos”, avalia. Ele sugere a inclusão de diretrizes sobre manutenção de bombas em próximos eventos. “Em contato com proprietários de revendas, percebemos que muitos não estão inteirados sobre todas as obrigações em relação às bombas, principalmente àquelas relativas à fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas”, afirma. Adriana Dutra Costa representou a distribuidora Rede Brasil. “O Congresso me surpreendeu, com bom público e temas de grande interesse. Para a Rede Brasil, como distribuidora, agregou bastante, temos muitos revendedores participando”, diz. Adriana avalia que a discussão sobre política de preços é sempre um tema valioso. “É necessário que os revendedores estejam muito atentos, pois comprar mais barato não significa ter o melhor produto, e apresentar um combustível com qualidade inferior pode ser muito prejudicial para a revenda”. “O evento foi muito bom, tivemos oportunidades de bons negócios. E, a cada ano, temos sentido o empenho do Sindicato em trazer assuntos atuais e importantes para a discussão”, avalia Pedro Rafael, da revenda Engepostos.

Wolmer Ezequiel

meio de estandes. A peça teatral “Acredite, um espírito baixou em mim”, com Ilvio Amaral e Maurício Canguçu à frente do elenco, também garantiu momentos de diversão. Ao todo, um público estimado em 2.300 revendedores participou dos ciclos.

Além de palestras, os eventos contaram com estandes de prestadores, revendas, distribuidores e parceiros


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congresso

Responsabilidade socioambiental e desafios para o setor são carro-chefe de evento

O mercado atual tem demandado, além de produtos de qualidade, bons preços e bom atendimento, a atenção de empresas e instituições à sustentabilidade. O X Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis e Conveniência do Estado de Minas Gerais segue essa tendência e traz a responsabilidade socioambiental como principal bandeira. Além dela, há destaque também para o setor de Conveniência, incluído no próprio nome do Congresso, em face de sua grande importância no segmento. O evento, assim como a feira de produtos e serviços, acontece em 9 e 10 de outubro, no Alta Vila Convention, próximo ao BH Shopping, em Belo Horizonte. “Trabalhamos para um evento diferencial, com

temas atuais e de extrema importância para nossos revendedores, além da presença de palestrantes renomados e credenciados. Nossa meta é contribuir ainda mais para a informação e a orientação de nossos associados sobre os desafios do setor”, explica o presidente do Minaspetro, Sergio de Mattos. O tema meio ambiente será abordado em painel no primeiro dia, com a participação de profissionais do setor, como o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira, e o vice-prefeito de Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcelos, e no segundo dia, com a discussão sobre Biocombustíveis, capitaneada pelo jornalista Luis Nassif, membro do Conselho de Economia da Fiesp.

As perspectivas de futuro para o setor também serão amplamente abordadas. O vice-governador de Minas, Antônio Anastasia, abre o Congresso com a palestra Gestão do Futuro e os temas Varejo, Administração de Crises, Mercado de Cartões de Crédito, entre outros, serão discutidos. “Teremos também a participação de presidentes de várias Federações da Claec (Comissão Latino-Americana de Empresários de Combustíveis), que vão apresentar a situação da revenda em seus países, além da apresentação de cases de revendas de sucesso, o que sempre inspira a todos”, frisa Sergio de Mattos. Confira a programação completa e participe.


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Programação 09/10

10/10

Quinta-feira

Sexta-feira

12h 14h

Abertura da Feira - Credenciamento - Distribuição de Materiais Abertura Oficial Composição da Mesa: • Sérgio de Mattos - Presidente do Minaspetro • Paulo Miranda Soares - Presidente da Fecombustíveis • Prof. Antônio Augusto Junho Anastasia - Vice-governador do Estado de Minas Gerais • Ronaldo Vasconcelos - Vice-prefeito de Belo Horizonte • Haroldo Lima - Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) • Jefferson Paranhos – Superintendente de Fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) • Edson Silva – Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Hino Nacional

14h30

15h

16h30 17h30

18h30

19h30

Palestra “Gestão do Futuro” - Prof. Antônio Augusto Junho Anastasia - vice-governador do Estado

8h30 Abertura da Feira 9h Palestra - “Biocombustíveis - Possibilidades, Alternativas e Mercado Nacional” Luis Nassif , jornalista, membro do Conselho de Economia da FIESP, diretor-superintendente da Agência Dinheiro Vivo 10h30 “Cases de Sucesso na Revenda” - Revendedores de Combustíveis 11h30 Painel - “As Experiências Internacionais e a Revenda de Combustíveis” - Antônio Gregório Goidanich, presidente do Sindicato do Rio Grande do Sul; Victor Manuel Ahumada Baeza, ex-presidente da Associación de Distribuidores de Combustibles de Chile (ADICO); Carlos Alberto Calabró; ex-presidente da CECHA (Confederación de Entidades Del Comercio de Hidrocarburos y Afines de la República Argentina); Miguel Bravo Lugo presidente da Corporación Trebolgas (Venezuela); Juan Ignacio Espaillat, presidente da Petronam - Petroleos Nacionales S/A (Repúbica Dominicana). Mediador: Leonardo Canabrava Turra - procurador do Estado de Minas Gerais, professor e advogado do Minaspetro 12h30 Almoço – Livre – Visita à Exposição

PAINEL - “Meio Ambiente, Perspectivas para a Revenda de Combustíveis” - José Claúdio Junqueira, presidente da FEAM; Ronaldo Vasconcelos, vice-prefeito de Belo Horizonte; Walmor B.de Camargos – engenheiro mecânico com atuação na área de combustíveis, gerente de Serviços Ambientais Norte da Petrobrás Distribuidora; Bernardo R. Souto - advogado pós-graduado em Direito Público pela PUC/MG e em Gerenciamento de Áreas Contaminadas pelo SENAC/SP, e graduando em Engenharia Ambiental pela FUMEC Visita à Exposição Palestra – “Varejo” - Cláudio Correra, presidente da MPP Serviços de Marketing, professor Palestra - “Administrando a Crise” - João José Forni, mestre em Comunicação-UNB com MBA em Gestão Estratégica - USP, professor dos cursos de pós-graduação em Gestão das Organizações (UniCEUB) e Assessoria em Comunicação Pública (IESB), especialista em comunicação empresarial e crise Visita à Exposição

14h Palestra “Perspectivas econômicas brasileiras - riscos e oportunidades, com ênfase no contexto global e no potencial do Pré-sal” - Marcilio Marques Moreira , ex-ministro da Fazenda, mestre em Ciência Política pela Universidade de Georgetown, Washington D.C. 16h Intervalo – Visita à Exposição 17h “Mercado de Cartão de Crédito: Desafios Concorrenciais e a Proteção do Pequeno Empresário” - senador Adelmir Santana - presidente da Fecomércio Brasília e vice-presidente da CNC; Renato Rossi – presidente da Fecomércio Minas Gerais, SESC E SENAC/MG; Jorge Fagundes – doutor em Economia pela UFRJ e professor Direito Regulatório (FGV-RJ). Mediador: Leonardo Canabrava Turra - procurador do Estado de Minas Gerais, professor e advogado do Minaspetro 18h Palestra Motivacional – “A Atual Economia no Desenvolvimento do Revendedor e de sua Empresa” - Marco Aurélio Vianna, consultor em Planejamento Estratégico e Recursos Humanos nas Organizações 20h30 Festa do Revendedor de Minas Gerais – Hard Rock Cafe


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especial

Talento para a

gestão de negócios Neto de imigrantes ingleses e italianos que vieram trabalhar na região de Ouro Preto e Itabirito (MG) no final do século XIX, Sérgio Cavalieri, presidente do Conselho de Administração da ALE Combustíveis, empresa do Grupo Asamar, faz parte da terceira geração de uma família empreendedora e pioneira em diversas áreas de negócios em Minas Gerais. Formado em engenharia civil pela Universidade Mackenzie em 1976, em São Paulo, ainda naquele ano o jovem recebeu um convite de trabalho de seu tio, na fábrica Cimentos Montes Claros, no norte de Minas. Embora tivesse

propostas para trabalhar em outras empresas, Cavalieri lembra: “Achei que seria interessante trabalhar dedicando os meus esforços dentro de uma empresa da própria família. No início de 1977, eu me mudei de São Paulo para Montes Claros, onde vivi por 19 anos”. Em 1995, quando o Grupo Asamar passava por um processo de sucessão da segunda para a terceira geração da família, Cavalieri mudou-se para Belo Horizonte. Na época, juntamente com um de seus primos que era ligado à empresa Ela Transportes, também do Grupo, foi orientado por um consultor do setor de petróleo a estudar a possibilidade da entrada do Grupo no setor de combustíveis, que passava por um processo de abertura de mercado no país. “A motivação inicial era de fornecimento de combustível para o próprio Grupo. Mas tínhamos também a idéia de dar passos mais largos e, no futuro, entrar na área de distribuição através de postos”, relembra. Cavalieri conta que, depois de mais de um ano de negociações, finalmente, em janeiro de 1996, a ALE Distribuidora de Combustíveis Ltda. começou a operar utilizando um espaço na base da Petrobras, em Betim (MG).

A marca ALE tem cerca de 1.200 postos em sua rede revendedora, em todo o país

No primeiro ano de operações da ALE Combustíveis (nome que traz as iniciais das esposas dos três fundadores, Albertina, Luiza e Elisa), o Grupo Asamar, controlador da empresa, passou por uma profunda reestruturação, quando foram vendidos seus dois principais negócios: a Central Beton e a fábrica Cimentos Montes Claros. “Com a venda das empresas, o grande consumo de combustíveis do Grupo iria praticamente desaparecer e nos vimos com duas alternativas: desativar a atividade de distribuição de combustível ou transformar aquela empresa já criada numa distribuidora independente trabalhando para o mercado consumidor”, recorda Cavalieri.

Planejamento estratégico A partir de um grande estudo de mercado, com planejamento estratégico, análises de riscos e oportunidades, um desenho de como a empresa iria operar foi feito. O executivo explica que o projeto foi apresentado aos acionistas do Grupo, que o aprovaram em julho de 1997 e, capitalizados com a venda das outras empresas, aportaram recursos financeiros para o crescimento da ALE. A partir daí, a empresa começou a estruturar sua equipe, trazendo pessoas que tinham larga experiência no setor e que fizeram todo o detalhamento do plano estratégico de negócios. Alguns aspectos eram essenciais para o êxito da entrada da ALE no mercado. A empresa buscou, por exemplo, que o


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Leo Drumond

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posto ALE tivesse o mesmo padrão das grandes redes, como forma de atrair o cliente. Outro aspecto foi o tratamento que o cliente receberia no posto, de forma a conseguir sua fidelização. “A qualidade do produto e do atendimento eram fundamentais, ao lado de um posto limpo, com equipe bem treinada, atenciosa, que daria de fato um atendimento diferenciado, o que não era muito comum naquela época”, comenta. Com a proposta de entrar no mercado trazendo o que existia de melhor das grandes e pequenas distribuidoras, criando uma empresa com um novo conceito e uma bandeira e marca que traziam a confiabilidade e o histórico de sucesso do Grupo Asamar, a ALE foi rapidamente conquistando espaço. O foco, inicialmente, foi Minas Gerais, expandido depois para outros Estados da região Sudeste. De janeiro de 1998, quando foi inaugurado o primeiro posto ALE, em Belo Horizonte, até abril de 2006, quando a empresa uniu-se à SAT Distribuidora de Petróleo, empresa do Rio Grande do Norte, a ALE superou muitos desafios e cresceu, chegando a ter mais de 500 postos em sua rede.

Fusão que deu certo A fusão entre a ALE Combustíveis e a SAT Distribuidora de Petróleo foi concretizada em janeiro de 2007 e, no dia 1º de fevereiro daquele ano, a empresa passou a ope-

rar com identidade única, utilizando a marca ALE. Hoje, com cerca de 1.200 postos em sua rede revendedora no país, todas as áreas da empresa foram consolidadas e, apesar da complexidade do processo de integração, o desempenho comercial e operacional da companhia não foi afetado. Em 2007, o faturamento chegou a R$ 5,8 bilhões, 12% a mais do que o registrado no ano anterior. Além dos bons resultados financeiros, a companhia tem se destacado na área de recursos humanos. Pouco mais de um ano depois do anúncio da fusão, a ALE foi posicionada entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil, pela consultoria internacional Great Place to Work e o Guia Você S/AExame – As Melhores Empresas para Você Trabalhar. “O resultado, principalmente em meio a um processo de integração de equipes, é algo inédito. Mostra o reconhecimento dos colaboradores do acerto das nossas ações e é o maior estímulo para continuarmos a melhorar sempre mais”, diz Sérgio Cavalieri. Em 2008, novamente a empresa foi incluída nos rankings das melhores para trabalhar. Atualmente, a ALE emprega 780 pessoas diretamente e gera mais de 10 mil postos de trabalho indiretos.

Sérgio Cavalieri é um dos empreendedores à frente da ALE


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GNV

Importância de

matrizes

energéticas diversificadas para o país stock.xchng

Um país que busca desenvolver-se sustentavelmente deve possuir uma diversificada matriz energética. O Brasil é pioneiro no desenvolvimento de combustíveis agrícolas: quando o primeiro choque internacional do petróleo determinou a necessidade de se diminuir a dependência do produto, por exemplo, foi iniciado o programa do álcool. Com a implantação do programa de GN na matriz energética, imaginou-se tratar-se de novo avanço no afã de se reduzir a dependência de outras formas de abastecimento e de se aumentar a gama de opções de energéticos ao consumidor. O gás natural responde por 25% da totalidade da matriz energética americana e mais de 20% da comunidade européia. Nos últimos anos, a participação do GN vem aumentando consideravelmente na nossa economia. No entanto, por diversas razões, o volume consumido do GNV vem diminuindo, contrariando toda a sorte de boas novidades trazidas por esse combustível. Certo é que não é um mau energético, muito antes pelo contrário: é tão interessante que os

setores que o consomem o disputam. Nunca é demais advertir ao governo sobre as vantagens da utilização do GNV. Neste ponto, aborda-se sua importância como competidor em preços com os combustíveis automotivos líquidos. Explica-se: o álcool sempre foi um percentual do preço da gasolina e, assim, a dependência do preço do álcool está lastreada, indiretamente, no preço do petróleo. Quando se insere novo produto concorrente, os preços terão que ajustar-se entre si, para que todos sejam viáveis ao consumo, sendo necessária a diversificação ora tratada. Por fim, porque se criou muita celeuma em torno do suposto excessivo consumo de GNV verificado nos últimos tempos, sugere-se discussão com entes envolvidos no processo de normatização da matriz energética, para que se destine parte do produto gás natural para sua vertente veicular. Assim, todos terão segurança em investir e utilizar o produto – governo e população. Ciro Piçarro Diretor do Minaspetro

Comparativo de custo/benefício com uso de GNV Combustível

Preço – R$ *

Autonomia Km/l ou Km/m3

Custo Km rodado – R$

Economia Percentual - %

Economia Anual Estimada **

Gasolina

2,38

10

0,238

45,80

3.924,00

Álcool

1,606

7

0,229

43,67

3.600,00

GNV

1,675

13

0,129 * Síntese dos Preços Praticados – MG, fonte ANP, período de 07/09/2008 a 13/09/2008. ** Considerando que o carro percorre em média 100 Km por dia.



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novo departamento

do setor”, explica Esdras, que acredita que o aumento do número de associados e a redução dos desligamentos à quase zero é reconhecimento dessa aproximação do Sindicato. “Foi estipulada uma meta mensal de captação de novos associados, mas a entidade não quer se basear somente no crescimento de associados, e, sim no aumento de informação aos revendedores”, ressalta Esdras.

Equipe Para dar início ao projeto, houve um grande estudo sobre as informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pertinentes ao revendedor e também sobre as legislações ambiental e trabalhista, entre outras. A equipe de sete assessores criada especificamente para o atendimento presencial às revendas passou por diversos cursos, de forma a estar totalmente capacitada para o esclarecimento de dúvidas e orientação. Devido à grande extensão territorial, Minas Gerais foi dividida em sete diferentes regiões, que são minuciosamente supervisionadas pelos assessores. Existe uma rota pré-estabelecida, estudada para minimizar custos e tempo, visando chegar aos revendedores no menor prazo possível. arquivo

Somente nos sete primeiros meses deste ano, 235 novos revendedores se associaram ao Minaspetro, sendo 180 novatos e 55 reabilitados. O resultado foi considerado excepcional e conseqüência da estratégia educacional desenvolvida pelo Departamento de Expansão e Atendimento ao Associado, criado em janeiro de 2008 e gerenciado pelo assessor comercial Esdras Costa Reis. A meta do novo serviço é justamente fortalecer a atuação do Sindicato junto aos associados de todo o Estado, trabalhando para sua melhor orientação e maior satisfação. “Queremos mudar crenças, atitudes, valores e nossa própria estrutura, para que os associados possam se adaptar melhor aos novos mercados, às tecnologias e desafios e, com isso, criar maior aproximação entre a entidade e os revendedores, principalmente os do interior de Minas”, diz Esdras Reis. O departamento presta assessoria integral a todos os revendedores de Minas Gerais, realiza visitas regulares aos postos de abastecimento espalhados pelos 853 municípios do Estado e oferece orientação para adequação às legislações trabalhista e ambiental. “Nosso ideal é alcançar todo o Estado de Minas Gerais e, por meio do trabalho preventivo, evitar transtornos e contribuir para o crescimento

O assessor Fernando Salge, em atendimento a empreendedor de Ituiutaba


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Sindicato expande serviços Estado é dividido por setores:

Setor Norte de Minas: vai desde Montes Claros e região até Paracatu e é supervisionada por Marcelo Pinheiro Guimarães.

Setor Teófilo Otoni: inclui cidades do Vale do Rio Doce e Mucuri e é supervisionado por João Márcio Gonçalvez Cayres.

Setor BH-Sul: engloba os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte ao sul da capital e cidades como Divinópolis, Pará de Minas, Nova Serrana, entre outras. É supervisionado por Guilherme Henrique Valladares de Lima.

Setor do Triângulo Mineiro: engloba as cidades dessa região, além de Patos de Minas e outras cidades do Alto Paranaíba. É supervisionada por Fernando Salge Andrade Cunha.

Setor Sul de Minas: área supervisionada por Evânio dos Santos Nery, inclui as cidades de Poços de Caldas, Pouso Alegre, Passos, Varginha e região.

Setor Zona da Mata: engloba as cidades de Juiz de Fora, Muriaé, Ubá, entre outras, e é supervisionada por Paulo Roberto Fernandes Ferreira.

Setor BH-Norte: abrange cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte ao norte e nordeste da capital, além das cidades de Sete Lagoas e região, João Monlevade e região. É supervisionado por Mário Rodrigues Breda Neto.

DNIT - MG


No trabalho em campo, os assessores seguem um check-list, como se estivessem realizando uma fiscalização. Caso sejam detectadas falhas, o proprietário do empreendimento é orientado a saná-la, para evitar futuras autuações. Um relatório é enviado à sede do Minaspetro diariamente, e os problemas encontrados e dúvidas são encaminhados ao setor competente, para que o revendedor tenha uma resposta oficial em curto prazo. A atualização do cadastro dos postos também é realizada pelos assessores, na presença dos empreendedores, por meio de software desenvolvido para esta finalidade. O Minaspetro está desenvolvendo um selo que será colocado em cada posto de combustível visitado. Além disso, está preparendo a impressão de um manual de instruções básicas para que o revendedor possa tirar dúvidas. “Futuramente, queremos ampliar o número de assessores para diminuir os intervalos entre uma visita e outra”, acrescenta Esdras.

arquivo

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Os assessores seguem um check-list para o atendimento, simulando uma fiscalização


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