Revista Minaspetro nº 02 - Novembro-2008

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais 2 # novembro 2008

Segurança nas instalações de

postos de combustíveis:

ponto de atenção para o associado página 26

Veja a cobertura completa do

X Congresso de Postos Revendedores

de Combustíveis & Conveniência de Minas Gerais

página 14


Associe-se ao Minaspetro e tenha acesso a diversos serviços • Assistência Jurídica Gratuita nas áreas Trabalhista, Tributária, Metrológica, Meio Ambiente, Cível e Comercial. • Assistência Judiciária para abertura de processos e atuação junto à Justiça e Tribunais, com custo inferior ao de mercado. • Defesa da categoria em ações coletivas. • Envio de circulares com divulgação, interpretação e esclarecimentos sobre novas leis, portarias e demais assuntos de interesse da categoria. • Envio da Revista Minaspetro, publicação do Sindicato com informações e notícias diversas. • Realização anual do Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência do Estado de Minas Gerais. • Realização de Reuniões Regionais. • Convênio com o Senac, para cursos de formação e qualificação profissional. • Convênio com a Unimed. • Convênio com o Serasa para contratação de serviços para consulta de cheques e outros dados. • Convênio com a Multiseg Corretora de Seguros para seguros contra incêndio, Responsabilidade Civil, Vendaval, Impacto de Veículos etc., além de outros como seguro de vida, automóvel, transporte de combustível e seguro ambiental. • Acesso a auditório e sala de reuniões na sede do Sindicato para realização de cursos, palestras e seminários. • Aghora Conveniência, serviço exclusivo do Minaspetro com assessoria permanente para instalação e operação de loja de conveniência. • Acesso a cadastro de fornecedores de produtos e de prestadores de serviço para postos. • Apoio de 21 Diretorias Regionais em todo o Estado. • Assessoria do Departamento de Expansão e Apoio ao Associado, com visitas regulares de assessores aos postos de combustíveis de todo o Estado.

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expediente Presidente Sergio de Mattos Assessoria de Comunicação Social Alberto D. J. Decat Cecília Oliveira Assessoria de Imprensa Faz Comunicação Eficaz Comunicação Coordenação e Revisão Prof. José Carlos Cruz Redação Cristina Mota e Paulo Cunha Jornalista responsável Cristina Mota (MG 08071 JP) Produção Prefácio Comunicação Rua Bernardino de Lima, 41 Cep: 30430-090 Tel.: (31) 3292 8660 www.prefacio.com.br

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Comentários sobre esta edição, sugestões e outras contribuições serão bem-vindas. Envie mensagem para minaspetro@minaspetro.com.br e participe do Espaço do Leitor.

Editorial página 4 A Resolução PGJ nº 33/2008 página 5 Fiscalização do Ipem/MG: atenção na hora das visitas página 6 Regularização ambiental: fique atento página 7 O GNV e a Margem de Valor Agregado página 8 Quebrando paradigmas página 9 O mundo do varejo página 10 Mascote da Aghora já tem nome página 11 Olho vivo para as demandas do setor página 12 X Congresso é amplamente aprovado página 14 Bom para o meio ambiente e o futuro de jovens estudantes página 22 Projeto recicla embalagens de óleo lubrificante página 23 Gota a gota página 24 Serviços diversificados buscam a fidelidade dos clientes página 25 Medidas que garantem a segurança nas instalações de postos de combustíveis página 26 Versão mais limpa e barata do óleo diesel está a caminho página 28 Gás Natural Veicular como instrumento de inclusão social página 29 Campanha estimula o uso do álcool combustível página 30 Minas Gerais elimina queima de cana em 2014 página 31


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editorial

N

“Os clientes hoje têm inúmeras opções e, para conquistar a sua fidelidade, temos que nos esforçar, criar atrativos, oferecer um atendimento impecável”.

os últimos anos, o mercado revendedor mudou muito – e essa transformação não aconteceu apenas nos processos administrativos, o cenário e o público que faz parte desse mercado também sofreram grandes alterações em sua dinâmica. A realidade hoje é de grande concorrência, clientes exigentes, alta carga tributária, necessidade de adequações à legislação, desafios e desafios. Para enfrentá-los, precisamos nos preparar cada vez mais. Já se foi o tempo em que se concluía os estudos, captava-se um recurso, abria-se um negócio e se passava a vida apenas colhendo os lucros da clientela certa e fiel, sem necessidade de grandes adaptações e melhorias. Os clientes hoje têm inúmeras opções e, para conquistar a sua fidelidade, temos que nos esforçar, criar atrativos, oferecer um atendimento impecável. Da mesma forma, temos que estar atentos às mudanças em processos administrativos e contábeis, temos que incentivar nossos funcionários, estimulá-los, entre muitas outras exigências. Existe um caminho para conseguir atentar às necessidades que a Revenda tem hoje: informação. Foi com esse objetivo que realizamos o Ciclo Regionais por todo o Estado durante 2008, finalizando com o X Congresso de Postos Revendedores de

Combustíveis & Conveniência de Minas Gerais. Trouxemos profissionais renomados para falar de assuntos atuais e que refletem os nossos desafios. Oferecemos a apresentação de cases, inclusive de outros países, para que nossos associados pudessem conhecer outras experiências e com elas aprender. Sem deixar de mencionar a feira de produtos e serviços, onde muitas novidades foram apresentadas. Tivemos uma boa participação, mas acredito que essa poderia ser ainda maior. Infelizmente percebemos que uma parcela dos nossos associados ainda não despertou para a necessidade da informação, da capacitação e atualização para o crescimento de seus negócios e seu sucesso. Não fazem a correta avaliação, refletindo que aqueles dois ou três dias longe de seu negócio podem representar um aporte infinitamente maior de renovação para a Revenda. Mas aqueles que participaram das atividades certamente vão perceber o resultado do investimento em seus negócios. Essa é a nossa meta e por ela continuaremos a atuar, com novos eventos e novas formas de levar conhecimentos para nossos associados. Sergio de Mattos Presidente do Minaspetro


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jurídico

A Resolução PGJ nº 33/2008 e o Processo Administrativo no âmbito do Procon Estadual Em maio de 2008, foi publicada pelo Procurador-Geral de Justiça a Resolução nº 33 que alterou algumas disposições contidas na Instrução Normativa nº 01/2003 do Procon Estadual. Essa Resolução encontra-se em vigor desde sua publicação, mas temos observado que ainda não são todas as Promotorias de Justiça do Estado de Minas Gerais que já a estão cumprindo. Ocorre que o posto revendedor que tem algum Processo Administrativo em andamento no Procon Estadual ou que venha a ter deve ficar atento à aplicação da Resolução nº 33/2008, pois, uma das alterações mais importantes foi exatamente nos critérios de fixação da multa administrativa, que acabou reduzindo os valores médios das multas aplicadas em comparação com as fixadas de acordo com a fórmula anterior prevista na Instrução Normativa nº 01/2003. O valor da pena de multa é fixado com base na gravidade da infração, na vantagem auferida e na condição econômica do posto revendedor. Já a dosimetria da pena de multa é realizada em duas etapas: primeiramente, procedese à fixação da pena-base, e, em seguida, efetua-se a adição e/ou subtração dos montantes referentes às circunstâncias agravantes e atenuantes. Com a Resolução nº 33/2008, a fórmula utilizada para apurar a pena-base foi alterada.

Por exemplo: agora, leva-se em consideração também o porte econômico do posto revendedor em razão do seu faturamento bruto do exercício anterior ao da infração (obedecendo-se à classificação adotada pelo Fisco), e não apenas a receita média mensal. É importante ressaltar que, caso o revendedor tenha interesse em extinguir o Processo Administrativo antes do julgamento do mérito, não tem como única opção

“...no caso do compromisso de

Ajustamento de Conduta, o mais

importante é a adequação da conduta e não a multa”.

a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Promotor de Justiça, tendo em vista que este pode ser recusado pelo posto revendedor e, ao mesmo tempo, pode manifestar sua intenção de firmar um termo de Acordo, quando será fixado apenas o pagamento de sanção civil (multa) e/ou sanção administrativa, pois, da mesma forma que o Termo de Ajustamento de Conduta, importará na extinção do Processo Administrativo após seu cumprimen-

to integral. Ainda de acordo com a Resolução nº 33/2008, no tocante à multa administrativa, esta é fixada em valor correspondente a 60% do que seria apurado no caso concreto no caso de o revendedor realizar acordo com o Procon Estadual. Já na hipótese de optar pela assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta esse valor é correspondente a 50%. Mas destacamos que, no caso do compromisso de Ajustamento de Conduta, o mais importante é a adequação da conduta e não a multa. Por isso, no caso de o posto revendedor ter interesse na extinção do Processo Administrativo antes do julgamento do mérito, aconselhamos a preferir um simples Acordo a um Termo de Ajustamento de Conduta. porque neste, além de ser convencionado o pagamento de sanção civil (multa) e/ou sanção administrativa, serão também estipuladas outras cláusulas, pelas quais o revendedor se comprometerá a adequar suas condutas as exigências legais. Por fim, informamos que, com a Resolução nº 33/2008, passou a ser obrigatória a remessa do Processo Administrativo, após o cumprimento do Acordo ou do Termo de Ajustamento de Conduta, à Junta Recursal do Procon Estadual, para conhecimento. Flávia Lobato Amaral Advogada do Minaspetro


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jurídico

Breves considerações acerca da

Verificação e Fiscalização

do Ipem/MG no posto revendedor

Sabe-se que o Ipem-MG é uma autarquia estadual, subordinada técnica e financeiramente ao Inmetro, tendo como funções a verificação, fiscalização e execução das políticas de Metrologia Legal, Industrial e da Qualidade no Estado de Minas Gerais. O Instituto fiscaliza, em todo o Estado, diversos instrumentos, dentre eles as bombas medidoras de combustíveis líquidos e a medida padrão de 20 litros, a fim de assegurar seu bom funcionamento, utilizando-se, para tanto, de uma série de procedimentos estabelecidos pelo Inmetro e previstos pelas legislações que regulamentam o setor. Várias são as dúvidas por parte dos associados do Minaspetro acerca da realização dos referidos procedimentos fiscalizatórios no posto revendedor. Por isso, passaremos a citar alguns itens importantes, que não se esgotam, aos quais os revendedores deverão estar atentos ao receberem a visita dos agentes fiscais do Ipem/MG. • É importante que o responsável pelo posto revendedor acompanhe toda a atividade de verificação metrológica e forneça todas as informações e documentações necessárias ao agente fiscal. • Durante a visita, o agente fiscal do Ipem realizará a verificação dos equipamentos do posto revendedor. Também chamado de aferição, o processo poderá ocorrer durante o

ano de forma periódica ou eventual. • Durante as verificações, serão colocadas nas bombas aferidas marcas de verificação (selo) e será cobrado o valor de R$ 101,40 por bico aferido. Também será verificada a medida padrão de 20 litros, cuja taxa é de R$ 15,60. Será cobrada uma taxa no valor de R$ 150,00, caso o posto revendedor possua sistema de gerenciamento e automação. • Além das referidas verificações, o Ipem/MG poderá, sempre que julgar necessário e a qualquer tempo, proceder à visita fiscalizatória, sem que haja cobrança para realização do serviço. • No procedimento fiscalizatório será verificado se o posto revendedor possui medida padrão de 20 litros devidamente aferida e em perfeito funcionamento. A medida padrão que apresente algum tipo de erro ou estiver em desacordo com o Regulamento Técnico vigente será reprovada, sendo o posto revendedor autuado. A medida padrão deve ser reparada e sujeitada a uma nova verificação do Ipem. • Serão verificadas as bombas medidoras, seu funcionamento, plano de selagem, existência de vazamentos, seus acessórios e equipamentos, comprimento da mangueira, indicação nos mostradores etc. Além disso, os fiscais realizam ensaios nas vazões máximas e mínimas, verifi-

cam o correto funcionamento do sistema de bloqueio, do eliminador de ar e gases e do bico de descarga. • Caso sejam encontradas irregularidades, os postos poderão ser notificados para sanar o problema, autuados ou até mesmo terem suas bombas lacradas até que seja efetuada a devida correção. • As correções nos instrumentos medidores deverão ser realizadas por oficinas devidamente autorizadas pelo Ipem/MG. Está disponível no site da referida autarquia (www. ipem.mg.gov.br) a relação com todas as oficinas credenciadas. • Sugestões, reclamações e denúncias, inclusive de forma anônima, devem ser endereçadas à ouvidoria do Ipem/MG pelo 0800 335 335. O revendedor pode, ainda, procurar o Sindicato para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Nessa ordem de idéias, importante acrescentar que o Minaspetro, em parceria com o Ipem/MG, confeccionou uma Cartilha que em breve será distribuída aos associados, para mais informações e esclarecimentos. Por fim, informamos que o Departamento Jurídico Metrológico do Minaspetro está à disposição dos associados para responder eventuais dúvidas sobre a questão exposta. Bárbara Nolli Bittencourt Advogada do Minaspetro


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jurídico

Atenção aos prazos para

regularização ambiental Aos 9 de outubro de 2008, foi realizado o X Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência do Estado de Minas Gerais. Em uma das palestras, contou-se com a presença de ilustres membros da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), com destaque para José Cláudio Junqueira, presidente da Fundação, e Eduardo Luiz de Almeida Barcelar, gerente de Atendimento de Emergência Ambiental. Dentre os vários temas tratados no painel, merece atenção aquele referente à fiscalização dos agentes ambientais. Praticamente está terminada a reestruturação do setor de fiscalização do Estado de Minas Gerais, com incremento da capaci-

“...a partir de novembro próximo

haverá aumento

na fiscalização ambiental para os empreendimentos”.

tação técnica dos funcionários das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Suprams), da Feam e da Polícia Militar Ambiental. Ao todo, são mais de mil agentes fiscalizadores aptos a vistoriar não só postos revendedores e pontos de abastecimentos, como todos os demais empreendimentos de impacto ambiental. Assim, a partir de novembro próximo haverá aumento na fiscalização ambiental para os empreendimentos. Portanto, os postos revendedores que ainda não se regularizaram, em especial os que estão com seus prazos vencidos, devem procurar fazêlo, o mais breve possível, para evitar a incidência de multas e suspensão de atividades. Os postos já adequados devem zelar pelo cumprimento das normas ambientais, principalmente pela manutenção de estoques, limpeza da pista de abastecimento, das canaletas e da caixa separadora de água e óleo. Mais da metade das multas aplicadas ocorrem por falha na manutenção e funcionamento da caixa

separadora de água e óleo. Não é demais lembrar que o Minaspetro, com o auxílio de outras entidades, pleiteou revisão da legislação ambiental junto à Feam e à Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Assim, foi publicada a Deliberação Normativa Copam nº 108, de 24 de maio de 2007, a qual alterou os prazos de regularização dos empreendimentos. O revendedor deve ficar atento aos prazos de vencimento que constam na DN Copam n° 108/2007. O Minaspetro alertará, através de circular, o vencimento dos prazos de regularização mencionados na legislação, de forma a auxiliar o revendedor. Mesmo diante da existência dos prazos de regularização, é importante que o revendedor fique atento e aplique medidas preventivas, para postos adequados ou não. A regra é adotar condutas que evitem passivos ambientais. Bernardo Souto Advogado do Minaspetro


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O GNV e a Margem de Valor Agregado fixada pelo Estado de Minas Gerais Na defesa dos interesses de seus associados, o Minaspetro vem negociando com a Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais a redução na carga tributária do Gás Natural Veicular (GNV). Até o advento do Decreto 44.147/05, a base de cálculo do ICMS devido por substituição nas operações com GNV era definida conforme “o preço máximo ou único de venda a consumidor neste Estado, fixado pela autoridade competente” (art. 363 do anexo IX do RICMS mineiro). Apenas na hipótese de inexistir o predito valor, o regulamento determinava a fixação da base de cálculo do ICMS/ST mediante a aplicação de uma Margem de Valor Agregado (MVA) já estipulada na predita norma. Com a modificação introduzida pelo Decreto supra, a exceção tornou-se regra, e hoje o MVA é determinante para a fixação da base de cálculo do ICMS devido por substituição.

Interessa-nos, aqui, as disposições do art. 76 do anexo XV do RICMS (introduzido pelo aludido Decreto 44.147) que, ao definir a base de cálculo para a tributação do GNV estipulou uma MVA de 115,08%. A verdade é que a definição da base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária não pode ultrapassar os limites do art. 150, § 7.º, da CF/88, e da própria LC nº 87/96, que em seu art. 8.º, § 4.º, consigna, expressamente, que a MVA tem que ser “estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações ou outros elementos (...), adotando-se a média ponderada dos preços coletados”. Em levantamento realizado pelo Minaspetro em todos os postos revendedores de GNV no Estado, apurou-se que a média ponderada dos preços praticados quanto à GNV em Minas

Gerais aponta para o valor de R$ 1,6694; em se considerando o custo de aquisição no mercado como sendo de R$ 1,1498, tem-se que o percentual médio de lucratividade (bruta, diga-se) não passaria de 45% (aproximadamente), bem distinto do 115% preconizados pelo predito art. 76. Estes números demonstram que a MVA adotada pelo RICMS mineiro não obedece ao disposto no art. 8.º da LC 87/96, tampouco condiz com a realidade fática presente no segmento da Revenda do GNV no âmbito do Estado de Minas Gerais, sendo passível, inclusive, de questionamento perante o Poder Judiciário. O Minaspetro está muito empenhado em sanar este descompasso juntamente à Secretaria de Estado da Fazenda e espera que mais este anseio da categoria seja atendido. Gustavo Guimarães da Fonseca Advogado do Minaspetro


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gestão

Quebrando O sucesso de uma empresa é devido ao desempenho individual de seus funcionários. Quanto mais uma empresa souber aproveitar o potencial e as habilidades de sua equipe, mais expressivos serão seus ganhos. Ter uma gestão de recursos humanos eficiente é o sonho de todo empresário. Muitos se perguntam-se é possível formar uma boa equipe em postos de combustíveis, já que a rotatividade é alta nesse ramo de atividade? É preciso quebrar velhos paradigmas, desfazendo o círculo vicioso de insatisfações que se forma entre empresários, funcionários e clientes. O empresário se queixa do funcionário que não realiza suas atribuições com competência, não se preocupando com o clien-

“Ter uma gestão de recursos

humanos eficiente é o

sonho de todo empresário”.

paradigmas

te insatisfeito. O funcionário fica desmotivado com tantas cobranças de melhor desempenho pelos seus gestores e sem nenhum reconhecimento visível de seu trabalho. O cliente, com atendimento recebido pelo frentista desmotivado, procura outro posto que lhe atenda melhor. Enfim, esta é a realidade de muitos postos revendedores. Contratar sem critérios é um risco. É comum ouvir algumas frases como “Você conhece alguém que esta precisando trabalhar?” ou “Quando você tiver uma vaga dá uma força para uma pessoa”. Desta forma cria-se uma impressão de que o cargo de frentista não requer qualificações. Rotula-se de forma negativa um profissional muito importante para o sucesso do seu negócio. Parece que o revendedor está a procura de qualquer um, e que a pessoa a ser admitida está somente esperando que algo melhor apareça. Se tal visão não for mudada dificilmente se conseguirá a equipe com que os revendedores tanto sonham. O revendedor tem que se cons-

cientizar de que o frentista é quem está diretamente ligado ao seu negocio. É o frentista quem irá convencer, através de suas atitudes, que o cliente fez a melhor escolha ao abastecer no seu posto. Isso fará a diferença em sua próxima escolha. A rotatividade muito alta gera custos elevados com admissões e demissões e gasto de tempo com treinamentos. Um bom motivo para se manter uma equipe é a imagem que se transmite ao mercado: o cliente se sente mais à vontade quando é atendido regularmente pelo mesmo frentista, isto reforça a fidelidade desse cliente ao seu posto. A hora de contratar um novo funcionário é muito importante, pois a empresa irá escolher quem irá fazer de tudo para que os objetivos traçados se tornem realidade. Uma boa equipe se forma com uma boa contratação, mas isto iremos discutir na próxima edição! Adriana Queiroga Gerente Administrativo Financeiro do Minaspetro adrianaqueiroga@minaspetro.com


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conveniência

O mundo do Frequentar feiras e congressos internacionais de varejo é uma atividade importante de acompanhamento das tendências, identificação de oportunidades de desenvolvimento, novidades tecnológicas e boas práticas operacionais que podem ser transformadas em diferenciais competitivos. É nesse momento que se percebe que o princípio das inovações começa pelos layouts bem estudados e arrojados, criados para venda por impulso, equipamentos com design de bom gosto e construídos com materiais ecológicos e recicláveis, ações promocionais que vão desde recursos simples até soluções digitais de imagens, reproduzindo os tradicionais cartazes agora com movimento e a liberação de odores que lembram os produtos colocados ao seu redor. Mas está na operação a arte de transformar esses ingredientes em resultados de venda, numa autêntica “experiência de compra”, feita por gente no atendimento, ou para um simples suporte aos consumidores. A novidade mais impactante está num processo ainda lento, porém marcante, que é a humanização do ponto de venda, o que inclui espaços parecidos com os nossos lares e

o atendimento dado pela equipe de atendimento, preparada para oferecer serviços e, através dele, vender produtos. Cortesia, sorriso, vontade de servir que dá vontade de comprar e voltar para desfrutar dessas vantagens. As facilidades mais valorizadas estão nas compras nas proximidades de casa. Nos quatro cantos do mundo, as lojas de conveniência e de vizinhança crescem a olhos vistos, pela facilidade

“O ponto de venda oferece

oportunidades que devem ser aproveitadas para

gerar mais receita e o

momento é agora”. de acesso sim, mas, principalmente, por conhecer melhor o cliente e manter uma “relação humanizada”, que conhecemos bem em terras mineiras. A distribuição do varejo norteamericano, em estudos da TDLinx, coloca, em 2007, as lojas de conveniência em primeiro lugar em número de PDVs, com um movimento de

Número de lojas dos principais segmentos de varejo dos EUA* Clubes de compra 1.152 Lojas de desconto “Dolar Stores”

26.344

Supermercados

34.967

Drug stores (misto de farmácia e conveniência)

37.537

Lojas de conveniência

146.294 *Fonte: TDLinx

varejo

US$ 577,4 bilhões, mais que os supermercados, com US$ 535 bilhões, e restaurantes, com US$ 537 bilhões. Os dados divulgados pela Associação Nacional de Lojas de Conveniência (NACs) deixam claro que o modelo de negócio adotado é o responsável por boa parte do sucesso dessa preferência dos americanos. Num dos painéis apresentados na feira da NACS de 2008, realizada em Chicago entre os dias 4 e 7 de outubro, o tratamento é de lojas de conveniência com ilhas de abastecimento, o inverso do que acontece no Brasil, onde a atividade ainda é tratada como negócio de menor importância agregado ao posto, desprezando oportunidades de ganho que fazem falta na hora de fechar a conta. Em um dos workshops apresentados, Joe Calhoon, diretor da PriorityAdvantage, falou sobre a liderança invisível do gestor da loja como responsável por melhorar o atendimento aos clientes, começando pela seleção, treinamento e motivação da equipe no dia-a-dia. Cabe ao gestor não apenas dizer que a qualidade é ruim, mas trabalhar para formar uma equipe que encante os clientes. No mundo competitivo, só sobreviverá quem oferecer diferenciais nos serviços: caso contrário, restará ao consumidor procurar por preços baixos em outro ponto de venda. Claudio Correra Consultor de varejo automotivo correra@mppmarketing.com.br


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conveniência

Mascote da Aghora A Aghora Conveniência realizou, entre os meses de julho e setembro, a campanha de fidelização “Ajude a escolher o nome do nosso cachorro”. A iniciativa foi um sucesso, com o recebimento de centenas de sugestões. O nome escolhido entre as muitas opções foi PRAJÁ. A autora da sugestão foi Denise Nakamura, de Uberaba–MG, que depositou seu cupom na Loja Aghora José Alberto Pavini, no Posto Santo Antônio, em Sacramento–MG. Denise foi premiada com uma TV LCD 32”, entregue no dia 10 de outubro, durante o X Congresso de

já tem nome

Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência de Minas Gerais. A Aghora Conveniência é a loja de conveniência criada pelo Minaspetro para seus associados e vem alcançando enorme sucesso: já são dezenas de lojas em todo o Estado de Minas, chegando também ao Rio de Janeiro, à Bahia e ao Espírito Santo. Sem cobrança de royalties, com layout moderno e funcional, simplicidade e flexibilidade de instalação e operação, além de constante assessoria, a Aghora alia qualidade a custos compatíveis.

Representantes da Aghora e a vencedora da campanha de fidelização


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em ação

Olho vivo para

as demandas

do setor

O Minaspetro trabalha continuamente para o atendimento das demandas do setor e, principalmente, para prestar serviços em benefício de seus associados. Orientações jurídicas e para a melhor administração do negócio, convênios, promoção de eventos para a informação dos revendedores e sua equipe: essas são algumas das diversas ações empreendidas pelo Sindicato. Nesta edição, vamos destacar algumas atividades. Confira!

Prontos para

a estrada

Veículos próprios vão tornar ainda mais efetiva a assessoria em todo o Estado Em outubro, o Minaspetro adquiriu dois veículos para o Departamento de Expansão e Atendimento ao Associado. Os carros serão usados por assessores nas visitas regulares aos postos de abastecimento espalhados pelos 853 municípios do Estado. Segundo o assessor comercial Esdras Costa Reis, que gerencia o serviço, a atuação do departamento tem tido excelente retorno, com aumento do número de associados ao Minaspetro e, conseqüentemente, da demanda de atendimento da equipe. “Utilizávamos carros alugados para o deslocamento, mas avaliamos que é mais interessante fazer isso com veícu-

los próprios. O investimento traz mais segurança, comodidade e rapidez para o deslocamento dos assessores”, diz. Esdras anuncia que dois novos veículos devem ser adquiridos até dezembro, e assim sucessivamente: “Nossa meta é ter um veículo próprio para cada um dos sete assessores da equipe”. Criado em janeiro de 2008, o departamento busca fortalecer a atuação do Sindicato junto aos associados de todo o Estado. Os assessores da equipe prestam assessoria integral a todos os revendedores de Minas Gerais, com orientação para adequação às legislações trabalhista e ambiental etc.

Fiscalização de

impostos

O Minaspetro em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda e o vice-governador, Antônio Augusto Anastasia, vem realizando um trabalho de intensificação do controle da evasão de impostos, oferecendo ao Estado um sistema automatizado e on line, totalmente gratuito aos cofres públicos. O trabalho permite fiscalizar o transporte, a comercialização de combustível e o maior controle das bombas. A parceria foi firmada em 2007, devido ao grande número de reclamações dos associados e da Revenda, e é esperado que, com o aumento da fiscalização, o mercado seja mais justo e competitivo e a arrecadação de impostos seja aplicada corretamente. Segundo Sergio de Mattos, presidente do Minaspetro, os parceiros estão se empenhando para que o comércio varejista de derivados do petróleo tenha condições mais justas de trabalho. “Saber para onde vai o dinheiro dos impostos e se todos pagam corretamente é essencial para o crescimento e o investimento no setor. Assim conseguimos trabalhar com igualdade, e não disparidade nas cobranças”.


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em ação

Estímulo à Durante o X Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência, o Minaspetro lançou a campanha “Doe sangue. Ele é o combustível da vida”, em parceria com o Hemominas. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da doação, começando pelo incentivo à Revenda e seus colaboradores a se tornarem doadores. A campanha se estenderá à população através deste estímulo. O presidente Sergio de Mattos explica que a idéia surgiu quando soube da baixa no estoque do Hemocentro. “Ouvi no rádio algumas matérias sobre esta defasagem e resolvi procurar o Hemominas para pensarmos em alguma ação. O Minaspetro tem muitos associados, e estes, muitos funcionários. Ou seja, temos um grande universo que é potencial doador”, disse. Mattos e a responsável pelas coletas externas do Hemominas, Débora Carvalho, concordam que a parceria chegou em ótima hora. “A possibilidade de

doação de sangue

conscientizar a população é muito importante para mantermos o estoque do Hemominas”, diz Débora.

Impacto Na campanha, estabeleceu-se uma relação direta entre o negócio

do Minaspetro e o trabalho realizado pelo Hemominas: tal como o combustível é o “sangue” dos veículos, o sangue é o “combustível” da vida humana. Daí a frase: “Doe sangue. Ele é o combustível da vida”, destaque em todas as peças.


Fotos: Bruno Contini

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congresso

10ª edição do evento é

amplamente aprovada O Minaspetro realizou o X Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência do Estado de Minas Gerais, nos dias 9 e 10 de outubro, no Alta Vila Convention, em Belo Horizonte. Um público estimado em 1.500 pessoas participou dos dois dias de evento, que contou com feira de produtos e serviços, programação de palestras e outras atrações. A abertura oficial foi realizada pelo presidente do Sindicato, Sergio de Mattos, e pelo vice-governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia. Ele ministrou palestra sobre “Gestão do Futuro”, na qual enfatizou a importância do comprometimento para uma gestão eficiente. A crise mundial foi também tema constante em vários momentos do Congresso. A palestra ministrada pelo jornalista e diretor da Agência Dinheiro Vivo, Luis Nassif, abordou os impactos da crise para o Brasil. Segundo sua avaliação, a preparação do país para o enfrentamento das turbulências é questionável. Contudo, Nassif foi otimista ao afirmar que “o Brasil tem toda a condição do mundo de entrar para o primeiro time do mundo com a exploração pré-sal e as políticas que vêm em torno dela”. Seguindo ainda o rumo das perspecti-

vas econômicas brasileiras que virão em torno das descobertas do pré-sal, o exministro da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso, Marcílio Marques Moreira, discursou sobre riscos e oportunidades que envolvem tal descoberta.

Meio ambiente e economia Participaram do evento, ainda, o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira, e o senador e presidente da Fecomércio, Renato Rossi, que abordaram temas pertinentes ao meio ambiente e ao mercado de cartão de crédito, respectivamente. Houve também exposições sobre Varejo e Biocombustíveis, entre outros, sempre capitanea-

das por profissionais renomados. As vivências dos revendedores mostradas em “Cases de sucesso na Revenda”, as experiências dos outros Estados e países, trazidas pelos presidentes dos sindicatos brasileiros e de sindicatos que compõem a Comissão Latino-Americana de Empresários de Combustíveis (Claec) engrandeceram o Congresso. No fim dos trabalhos, Marco Aurélio Viana prendeu a atenção dos revendedores ao falar sobre “A Atual Economia no Desenvolvimento do Revendedor e de sua Empresa” em sua palestra motivacional. Fechando o evento com chave de ouro, a Festa do Revendedor levou todos ao Hard Rock Café.

A Orquestra Jovem de Contagem, em apresentação no evento


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congresso

“O principal desse Congresso é a questão ambiental. Vemos um cenário favorável ao meio ambiente, pois a conscientização está mudando a atividade do setor”. Paulo Miranda, vice-presidente do Minaspetro.

“Apesar de ser mais distante, o espaço e a organização foram excelentes, bem como a segurança. Foi uma escolha acertada e muito boa para os expositores. Fiz um bom negócio e fechei minhas participações nos eventos do Minaspetro em 2008 com chave de ouro”. José Delbo da Silva, da Tecnol, empresa expositora.

“As palestras foram muito boas, diretas e com temas importantíssimos para a Revenda”. Danilo Duarte, associado de Mariana – MG.

“Os temas sobre inovação em nossos negócios foram os mais interessantes, pois nos trouxeram ótimas idéias”. José Eustáquio, associado de Belo Oriente – MG.

“Parabenizo o Minaspetro pela qualidade das palestras e pelos estandes, bem montados e localizados. A Revenda tem que se atualizar e estar atenta às mudanças do mercado. O presidente Sergio de Mattos está indo muito bem e o Congresso vem para marcar a nova gestão, por sua excelente realização e conteúdo de qualidade”. Maurícia Vieira, associada de Belo Horizonte – MG.

O vice-governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, foi um dos palestrantes

patrocinadores:

apoio:

realização:


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Fotos: Bruno Contini

congresso

Palestra do senador Adelmir Santana sobre cartão de crédito

Painel sobre cases de sucesso na Revenda

Luis Nassif fez uma avaliação sobre a crise mundial

Claudio Correra traduziu a realidade do varejo

Camilo Pena, Marcílio Marques Moreira e Sergio de Mattos

Sergio de Mattos, senador Adelmir Santana, Renato Rossi, Leonardo Turra e Jorge Fagundes


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congresso

Portal no acesso ao Congresso

Estande do revendedor associado ao Minaspetro

Diretoria do Minaspetro, durante confraternização

Colaboradores do Minaspetro

Gerência da rede de postos da BR Distribuidora

Revendedores junto ao presidente do Minaspetro, Sergio de Mattos, no Hard Rock Café


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congresso

Grande número de participantes foi registrado em todas as palestras e atividades do Congresso

Vice-governador Antônio Anastasia, Sergio de Mattos e outras autoridades durante solenidade de abertura

Revendedores também prestigiram os diversos expositores

Visão dos estandes Ello e Primus

O Congresso recebeu, pela primeira vez, a Liquigás, bem representada pela equipe

Diversão no autorama, no estande da Shell


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congresso

Ecopostos é líder estadual em vendas de materiais e equipamentos para montagem de postos de serviços

A Ipiranga apresentou o sucesso da conveniência am/pm Pães, além de informações sobre os diferencias da rede

Uma das principais redes de distribuição de combustíveis do país, Ello-Puma atingiu 2.500 clientes ativos em 2007

Comemorando 95 anos no Brasil, a Shell apresentou inovações e novos investimentos

Desde a sua fundação, a Petrominas vem se especializando no transporte de produtos derivados de petróleo

Petrobel, OPW e Dresser foram parceiras em estande durante o X Congresso


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congresso

A rede de postos de combustível Rio Branco atua em sintonia com a preservação do meio ambiente

A Petrobras apresentou seus produtos e serviços, como a rede de conveniência BR Mania

A Zeppini apresentou a experiência de 20 anos no setor de equipamentos para postos de serviço

Uma das novidades apresentadas pela Texaco foi a gasolina Techron, para carros que nunca usaram gasolina aditivada

Em parceria exclusiva com o Minaspetro, o Pasi pretende garantir a segurança e tranqüilidade dos empresários e seus funcionários

A Esso acompanha a evolução da indústria automobilística, que tem produzido motores cada vez mais sofisticados


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congresso

A Rede Brasil apresentou o resultado de 12 anos de atuação no mercado de distribuição

A ALE registrou grande crescimento nos últimos anos, com atuação em 21 Estados de norte a sul do país

A Ecoflex apresentou o Sistema para Monitoramento de Caixa Separadora, em estande em parceria com a Tecnopostos

Desde 1995, a LBC Sistemas atende às demandas da Revenda e fornece o LBC Gas Station

A Telemed, acompanhando a tendência mundial, investe na linha voltada para o GNV

Equipe da Tecnol Engepostos, no estande


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divulgação cmrr

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responsabilidade socioambiental

meio ambiente e o futuro de jovens estudantes Bom para o

Atividade durante o curso de Qualificação em Gestão e Negócios de Resíduos

O gerenciamento de resíduos de origens diversas é uma necessidade em tempos atuais e que pode se tornar também uma possibilidade de geração de renda e inclusão social. Apostando nisso é que o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) coordenam o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR). A iniciativa tem o apoio de diversas empresas e entidades do Estado, entre elas o Minaspetro. O Centro tem como missão apoiar os municípios e cidadãos na gestão integrada de resíduos por meio da disseminação de informações e capacitação técnica, gerencial e profissionalizante, visando à geração de trabalho e renda e à melhoria da qualidade de vida da população. Cidadania, arte

e preservação ambiental são integradas às práticas do consumo consciente, reciclagem e reutilização de materiais, estimulando a articulação entre os setores público, privado e terceiro setor na busca por alternativas e soluções para transformar resíduos em oportunidades de negócio. O curso de Qualificação em Gestão e Negócios de Resíduos tem o apoio direto do Minaspetro. Sua meta é proporcionar qualificação profissional e possibilidade de ingresso no mercado de trabalho, com enfoque no gerenciamento de resíduos, aos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio de escolas públicas estaduais. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, pela manhã ou à tarde, e os alunos recebem vale-transporte, uniforme, alimentação (almoço e lanche) e material didático. As primeiras turmas foram formadas no segundo semestre de 2007 e duas já concluíram suas ati-

vidades, com 181 alunos formados. Com módulos em que diversos temas relacionados à gestão de resíduos são vistos de forma teórica e prática, o curso tem a etapa final chamada de especialização, sendo possível escolher uma área específica para o aprofundamento dos estudos. Entre as opções está a segregação de resíduos de postos de combustíveis, escolhida por 18 alunos das primeiras turmas. Um deles é Mizael Rodrigues Oliveira, 19 anos, que está trabalhando no Minaspetro. “Entre as opções de especialização, achei interessante a de resíduos de postos, que era diferenciada e poderia ser uma boa oportunidade para minha inserção no mercado de trabalho”. Deu certo e ele está no Sindicato há 9 meses. “Tenho adquirido muitas informações e recebido incentivo para continuar a me capacitar. Já estou fazendo curso técnico em Gestão Ambiental”, conta.


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responsabilidade socioambiental

recicla

No Paraná, projeto de óleo lubrificante

embalagens Uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, o Ministério Público, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e o Sindicombustíveis-PR tem conseguido cada vez mais adeptos: é o projeto Jogue Limpo, que prevê a coleta e reciclagem de embalagens de óleo lubrificante no Estado. Cerca de 150 municípios participam da ação. O Jogue Limpo recolhe, em média, 177 mil embalagens por mês e, com a adesão de 50 novos municípios em outubro, a expectativa é de chegar a 220 mil frascos. O material recolhido é levado para empresas de reciclagem, que transformam as embalagens em tubulações e mangueiras para uso na construção civil. O recolhimento e a pesagem das embalagens nos postos de combustíveis são feitos por empresas licenciadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para a coleta de resíduos industriais e domiciliares. As informações serão registradas em um

ticket, emitido pela empresa, que deverá ser apresentado ao órgão ambiental para a renovação da licença do posto de combustível. A expectativa do Sindicombustíveis-PR é que o programa atinja todo o Estado até o início de 2009. “Assim, no Paraná as embalagens deixarão de ser um fator de risco para o meio ambiente e passarão a ser material para confecção de diversos produtos. Com esta cadeia produtiva sustentável, fazemos a nossa parte”, enfatiza o presidente do Sindicato, Roberto Fregonese.


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gota a gota

Moto bicombustível chega em março de 2009

Informação e prêmios O Pasi, seguro de vida em grupo que possui exclusiva parceria com o Minaspetro, presenteou os participantes que passaram por seu estande no X Congresso de Postos e Revendedores de Combustíveis & Conveniência de Minas Gerais com diversos brindes personalizados. Também foram distribuídos folderes explicando a importância da parceria, que proporciona tranqüilidade aos empresários e garante, de forma correta, a proteção de seus funcionários. No último dia do evento, o Pasi sorteou um fim de semana no Ouro Minas Grande Hotel de Araxá, com direito a acompanhante. José Barbosa Filho, do Posto Barbosa, de Mendes Pimentel – MG foi o vencedor.

Goidanich assume estatal de gás do RS A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) tem novo presidente: Antônio Gregório Goidanich. Licenciado da Presidência do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), Goidanich assumiu, em 17 de outubro, a direção da estatal responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canalizado no Estado. Ele substituiu Artur Lorentz, que assumiu a Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia.

O lançamento da primeira motocicleta bicombustível do mundo foi confirmado para março do ano que vem, pela Delphi Automotive Systems do Brasil, que fornece a tecnologia de injeção eletrônica. O protótipo final da máquina foi apresentado durante o Congresso SAE Brasil de Engenharia da Mobilidade, em São Paulo, no mês de setembro. A moto será fabricada pela brasileira Amazonas Motocicletas Especiais (AME). Segundo a fabricante, a nova motocicleta AME GA, além de permitir escolher entre gasolina, álcool ou ambos e ter menor geração de gases do efeito estufa, trará uma economiade cerca de 25% nos gastos com combustível. O preço e o número de unidades disponibilizadas no mercado ainda não foram divulgados. A fabricação da moto bicombustível será iniciada junto com a inauguração da linha de montagem da empresa — atualmente, a Amazonas desenvolve os projetos no Brasil e os envia para a China, onde os produtos são montados. Fonte: Portal G1

Dispositivo cala celular para proteger motorista Uma empresa canadense desenvolveu um dispositivo de segurança que bloqueia o uso de celulares em veículos em movimento. O software se encarrega de avisar a quem está do outro lado da linha que a pessoa que está recebendo a chamada está dirigindo, não pode atender ao telefonema e pede que lhe deixe uma mensagem. O dispositivo, inventado pela Aegis Mobility, executa ainda outros serviços complementares, pelos quais será cobrada taxa mensal. Por exemplo: a pessoa que ligou será informada sobre o local no qual o motorista se encontra, por meio de sistema de posicionamento global (GPS). O equipamento poderá ser uma novidade útil nos vários mercados em que o uso do celular no trânsito tem causado muita preocupação e número grande de acidentes. Fonte: Portal BHTrans


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ampliam

Distribuidoras de serviços e produtos

ofertas

Bruno Contini

De olho na inovação, na fidelização dos clientes e no lucro dos negócios, as distribuidoras têm investido cada vez mais na diversificação de seus produtos e serviços. As empresas seguem a recomendação dos especialistas do setor, buscando novas alternativas para valorizar o ponto de venda e gerar resultados. A distribuidora AleSat, por exemplo, terá cartão de crédito com

bandeira própria. Para viabilizar o serviço, a empresa firmou parceria com o Unibanco e com a líder do mercado nacional de crédito ao consumo, a Fininvest. “Os postos de combustíveis apresentam alto fluxo de consumidores e se destacam no setor varejista. A estratégia é aproveitar esses pontos de venda”, disse o diretor de Serviços Financeiros da Ale Combustíveis e responsável pela implementação do AleCred, Carlos Donzelli. O projeto começou a ser desenvolvido em 2007 e é uma estratégia da companhia para diversificar os negócios e ingressar no mercado de crédito, assim como atuam as grandes redes de varejo. “Abriremos mais alternativas de serviços aos consumidores”, destacou Donzelli. A AleSat Combustíveis possui 1,2 mil postos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) existem 60 postos da rede. O cartão de crédito da companhia está disponível para os revendedores e, a partir da segunda quinzena de novembro, os clientes poderão solicitar o serviço. O cartão Ale poderá ser usado nos postos como private label e em todos os estabelecimentos comerciais que trabalham com a bandeira MasterCard. A meta da empresa é captar, em um ano, 50 mil clientes. Donzelli diz que o revendedor será beneficiado pelo resultado de fideli-

zação esperado pelo projeto. “Com o cartão, vamos aumentar o fluxo nos postos, pois eles estão em localizações privilegiadas”, observou.

Padaria própria Já a Ipiranga, empresa do Grupo Ultra, está levando à rede de postos um modelo de loja de conveniência com um dos negócios mais tradicionais do varejo: a padaria. A am/pm Pães, como é chamada, foi inclusive uma das grandes atrações do X Congresso: foram distribuídos mais de 8 mil unidades entre lanches, cafés, salgados e doces para os visitantes. Atualmente presente em 37 das mais de 700 lojas am/pm, a am/ pm Pães oferece pães e produtos de padaria, várias opções de lanches e cafeteria. “As padarias detêm uma parcela muito importante das compras diárias das famílias. Direcionar essa demanda para nossos postos e para as lojas am/pm significa ampliar os diferenciais de nossa rede, proporcionar ao franqueado maior valor de seu próprio negócio e ao consumidor a oportunidade de desfrutar de uma loja com maior oferta de produtos e serviços”, afirma o gerente de Franquias, Maurício do Rosário. Os planos da rede são encerrar 2008 com 40 am/pm Pães e chegar a 2010 com aproximadamente 100 unidades na rede.

hu Éric Broc


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entrevista

a segurança nas instalações de postos de combustíveis

Medidas que garantem

Sócio-fundador da Petrobel Manutenções Técnicas, Renato de Andrade Mangualde atua, há 29 anos, no mercado de prestação de serviços de manutenção em bombas de combustíveis para consumidores e revendedores de derivados de petróleo em Minas Gerais. Com grande experiência e profundo conhecimento técnico, Renato Mangualde conversou com a Revista Minaspetro e falou sobre a segurança nas instalações dos postos de combustíveis e a importância da contratação de empresas de segurança com certificação. O que é a segurança nas instalações dos postos de combustíveis? É o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os riscos de acidentes, com o atendimento às normas e portarias que vão regulamentar a execução dos projetos, a aquisição de equipamentos e a realização de procedimentos diversos, como o descarregamento e a venda de combustíveis. Esses processos, quando são elaborados por profissionais, visam proteger a integridade do meio ambiente, dos funcionários, clientes e pessoas que freqüentam o empreendimento e/ou vizinhos a um posto de combustível. Qual a importância da segurança nas instalações dos postos de combustíveis? Este é um assunto muito amplo,

Renato Mangualde atua há 29 anos no setor de manutenção técnica de bombas de combustíveis

“Esses processos, quando são elaborados por profissionais, visam proteger a

integridade do meio ambiente,

dos funcionários, clientes e pessoas que freqüentam o empreendimento e/ou vizinhos a um posto de

combustível”.

que envolve normas de adequação ambiental, como as normas ABNT, a Resolução n° 273/2000 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e, em Minas Gerais, a Deliberação Normativa da Comissão de Política Ambiental (Copam) n° 108/2007. É de fundamental importância este tipo de segurança porque se trata de um ambiente com atmosfera explosiva e com grande armazenamento de líquidos inflamáveis. Nesses casos, são tomadas várias medidas, e os maiores cuidados estão nas instalações elétricas, que devem possuir um bom aterramento, além da prevenção de vazamentos.


arquivo revista minaspetro

E com relação à compra de equipamentos, quais os cuidados necessários? A aquisição de equipamentos é outro cuidado importantíssimo na segurança nos postos de combustível. O revendedor deve buscar equipamentos certificados, tanto de acordo com as normas ambientais do Inmetro, por exemplo, quanto com as normas de equipamentos elétricos para atmosfera explosiva. Desta maneira, haverá considerável diminuição dos riscos de incêndio e vazamento de produto. Outro cuidado, de mesma importância, é a conservação das características originais desses equipamentos. A instalação de sistemas de automação de bombas e tanques deve ocorrer de forma a manter a característica à prova de explosão dos equipamentos. Furos em caixas de ligação de bombas e instalação de automação de tanques podem alterar estes sistemas, já anteriormente certificados. Os eletrodutos das instalações elétricas em postos devem conter barreiras de gases (unidades seladoras), que, em casos de incêndio, evitam a propagação das chamas. Quais as legislações e normas que tratam da segurança nas instalações dos postos de combustíveis? No Brasil, a legislação de segurança do tTrabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras (NRs) e leis complementares, como portarias e decretos, e também as convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. As normas são muitas e englobam desde a adequação à Resolução nº 273 do

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Medidas de segurança visam proteger a integridade do meio ambiente, dos funcionários, clientes e vizinhos ao empreendimento

Conama até as normas do Ministério do Trabalho e Emprego, com as famosas NRs, que tratam de equipamentos de proteção coletiva, proteção individual, proteção contra incêndios etc. Essas normas se aplicam aos postos de combustíveis e também a toda a rede de prestadores de serviços que executam instalação e manutenção dos equipamentos. Estão inclusos também o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Quais os riscos que correm os postos que não atendem às regras de segurança estabelecidas? Os principais riscos são atropelamento, incêndio, derramamento, colisão entre veículos e equipamentos, choque elétrico, exposição a vapor orgânico, entre muitos outros. A exposição a esses riscos fica aumentada nos procedimentos de descarregamento de produto e na manutenção de circuitos elétricos, como iluminação, bombas e filtros. E no aspecto ambiental, quais são os riscos? Riscos de vazamentos de pequena ou grande proporção, alta concentração de gases na atmosfera, risco

de incêndio, contaminação do solo, contaminação de lençol freático etc. Caso haja um vazamento ou contaminação, o empreendedor poderá ser autuado pelos órgãos ambientais, por provocar degradação ambiental. Qual a importância de se contratar empresas certificadas para estes trabalhos? A certificação das empresas de instalação de tanques junto ao Inmetro, assim como o credenciamento das empresas de manutenção de bombas/filtros e empresas de instalação de sistemas de automação junto ao Instituto de Pesos de Medidas (Ipem-MG), tem a sua importância na valorização e credibilidade dos serviços prestados ao empreendedor, tendo em vista que foram normas editadas pelas instituições através da participação de todo o segmento ligado à comercialização dos derivados de petróleo e álcoois. Tais certificações e credenciamentos somente são obtidos por empresas devidamente constituídas, pois requerem a implantação de controles rígidos e acompanhamentos auditados pelos organismos certificadores do produto, quando da realização de obras nos postos de combustíveis.


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diesel

limpa e barata do óleo diesel está a caminho Versão mais

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol e deve se tornar, em breve, o primeiro país a colocar no mercado o diesel produzido a partir da cana-de-açúcar. O combustível, além de ser limpo, tem um custo de produção inferior ao do diesel à base de petróleo. A inovação é do Grupo Santaelisa Vale, de Sertãozinho–SP, que prevê o início da operação de uma planta exclusiva para a produção desse combustível em 2010. O diesel de cana pertence à chamada segunda geração de combustíveis, fortemente amparada na biotecnologia. O produto não inclui óleos vegetais em sua composição, sendo feito com a utilização de uma levedura geneticamente modificada para atuar na fermentação, sintetizada a partir do açúcar da cana. É essa levedura que faz com que a garapa se torne diesel e não etanol. As estimativas da Santaelisa são de produção de 400 milhões de litros do diesel “superpuro” – como tem

sido chamado – em 2011, subindo para 1 bilhão de litros em 2012, o equivalente a 20% da importação brasileira de diesel convencional.

Alta poluição O diesel à base de petróleo tem enxofre em sua composição – 500 partes por milhão (ppm), na versão metropolitana, e 2 mil ppm, no diesel do interior – níveis considerados altíssimos. Segundo especialistas, os gases emitidos na queima do combustível, principalmente o gás carbônico e o dióxido de enxofre, trazem prejuízos para a qualidade do ar e a saúde de motoristas e transeuntes, que podem desenvolver doenças crônicas no pulmão, alergias e dermatites atópicas na pele, por exemplo. A Resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) prevê a distribuição de diesel menos poluente, com 50 ppm de enxofre – dez vezes menos do que a versão vendida atualmente nas cida-

des –, a partir de janeiro de 2009. Em setembro, a Justiça Federal de São Paulo concedeu liminar obrigando a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP) a se adequarem à legislação. O combustível terá que estar disponível em pelo menos uma bomba de cada um dos 35 mil postos do país. A liminar foi concedida à ação civil pública proposta pela Procuradoria do Estado de São Paulo e pelo Ministério Público Federal. Desde 1973, o uso de motores a diesel para carros de passeio é proibido no Brasil, sendo liberado apenas para veículos pesados, como ônibus, caminhões, picapes, tratores etc. Há, agora, uma grande expectativa das montadoras para a produção do diesel com menos enxofre, o que poderá estimular a queda da proibição da produção de carros de passeio movidos a diesel no país. Atualmente, os motores Flex têm sido a “bola da vez”, com recordes de vendas.


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GNV

Gás Natural Veicular como instrumento de

inclusão social

Muito se fala das vantagens econômicas trazidas pelo GNV ao seu usuário, o que se mantém, apesar dos esforços das autoridades políticas na ingerência do programa de gás. Mas pouca atenção se dá à importância que este combustível representa na macroeconomia do país, principalmente neste momento de crise de crédito mundial. Esse aspecto do GNV será demonstrado em nível nacional. Tenha-se em vista os seguintes dados: • Frota nacional aproximada de veículos convertidos ao GNV – 1,5 milhões de carros. • Média de preço dos combustíveis fornecidos pela ANP para o Brasil (relatórios mensais de preços, período julho e agosto de 2008 – disponíveis no site): Gasolina Comum, R$ 2,579; Álcool Comum, R$ 1,646; e GNV, R$ 1,651. • Média de quilômetros rodados por usuário: 50 km por dia. • Autonomia média de um car-

ro convertido ao GNV, com motor 1.8, para rodar com 1 litro de combustível líquido ou 1 metro cúbico de gás: • gasolina comum: 10 km/l; • álcool comum: 7 km/l; • GNV: 13 km/m3. Em função dos parâmetros men-

“O resultado da economia

alcançada pela utilização do GNV

sempre é auferido pelo usuário do veículo...”

cionados, verifica-se que, caso todos os carros convertidos a gás fossem originalmente movidos a gasolina e utilizassem apenas GNV, em um ano teríamos uma economia de R$ 3.583.387.500,00. Mais de três

bilhões e quinhentos milhões reais! Caso idêntica simulação fosse feita com carros a álcool, a economia seria de quase três bilhões de reais! O resultado da economia alcançada pela utilização do GNV sempre é auferido pelo usuário do veículo, pois o frete ou preço da corrida do táxi não muda de valor em função do combustível utilizado. Esse montante é reinjetado na economia, na forma de consumo, em todos os setores, pelos usuários do GNV. Esse excedente obtido pelo usuário de gás é, ainda, motivo de inclusão social, pois aumenta seu poder de compra. Em um momento em que se noticiam pacotes bilionários de ajuda a bancos para que não se desaqueça a economia, por falta de liquidez, apresenta-se um belo motivo para o governo federal incentivar o uso do GNV. Ciro Piçarro Diretor do Minaspetro

Comparativo de custo/benefício com uso de GNV Combustível

Preço – R$ *

Autonomia km/l ou Km/m3

Custo km rodado – R$

Economia Percentual - %

Economia Anual Estimada **

Gasolina

2,40

10

0,240

46,25

4.051,00

Álcool

1,621

7

0,231

44,16

3.723,00

GNV

1,674

13

0,129 * Síntese dos Preços Praticados – MG. Fonte: ANP, período de 12 a 18/10/2008. ** Considerando que o carro percorre em média 100 km por dia.


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estimula o

Campanha do álcool combustível

uso

O setor sucroalcooleiro nacional está promovendo uma campanha publicitária para estimular o aumento do consumo de etanol – o álcool combustível – e associá-lo ao comportamento de sustentabilidade e menor poluição ambiental. A ação foi lançada em agosto e segue até novembro, coordenada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), com apoio das outras entidades do setor no país, como o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais (Siamig/ Sindaçúcar-MG), e o Minaspetro. Nacionalmente, a campanha é composta por um filme para televisão, anúncios em revistas de grande circulação nacional, spots para rádios, ações de internet e a distribuição de uma cartilha que, de forma prática, objetiva e bem-humorada, aborda os benefícios do produto para o usuário e para o meio ambiente. A meta é facilitar o entendimento sobre a importância do etanol brasileiro, que vai além da vantagem de preço em comparação com a gasolina e passa pelos benefícios ambientais. A mensagem mostra, principalmente, que a opção pela utilização do etanol como combustível é uma escolha simples, que pode ser feita no dia-a-dia e que traz resultados tão positivos quanto outras ações sustentáveis.

Cartilha do etanol O Siamig/Sindaçúcar conta com o apoio do Minaspetro para a distri-

buição das cartilhas diretamente aos consumidores nos postos de combustíveis de Belo Horizonte e interior. “Isso permite, sem dúvida nenhuma, uma otimização da campanha, com foco direto no consumidor final”, avalia o presidente do Sindicato, Luiz Custódio Cotta Martins. Através da cartilha, os consumidores terão acesso a informações detalhadas sobre os benefícios do eta-

nol para o meio ambiente e os mitos que rondam o setor podem, assim, ser desvendados. O material mostra a sustentabilidade da produção do etanol, com aproveitamento de todos os resíduos gerados, e a não concorrência dessa produção com a produção de alimentos, já que a matéria-prima é a cana-de-açúcar, diferentemente dos Estados Unidos, que produzem etanol à base de milho.

Mudança do nome

álcool para etanol nas bombas em avaliação

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) formalizou, junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pedido de alteração da nomenclatura do álcool combustível para etanol. A intenção da Unica é padronizar a nomenclatura, inclusive nos postos de abastecimento, para facilitar a comercialização mundial do produto. Outra justificativa é que a palavra álcool é uma denominação generalizada, e o etanol é um produto específico. O etanol tem crescido no mercado mundial como uma alternativa à gasolina e ao diesel por ser menos poluente. Além disso, sua fonte é renovável, pois é produzido a partir de resíduos agrícolas, ao contrário do petróleo que origina a gasolina e o diesel. Segundo a assessoria de imprensa do Siamig/Sindaçúcar-MG, a ANP ainda não assinou a resolução que autoriza a mudança.


etanol

elimina queima de cana em 2014 Minas Gerais

A queima da lavoura de canade-açúcar é uma parte necessária ao processo de colheita manual do produto, etapa que permite a ação dos colhedores com menores riscos de acidentes, inclusive com animais peçonhentos. Apesar disso, o seu impacto negativo para o meio ambiente é muito grande, com riscos à biodiversidade e grande emissão de gás carbônico na atmosfera, entre outros o que tem levado governo e empresas do setor a criarem mecanismos para eliminar a queima da cana. O setor sucroalcooleiro de Minas Gerais comprometeu-se a atingir esse objetivo até 2014, tornando o Estado o segundo no país a assinar com o governo um protocolo neste sentido, em agosto: São Paulo já havia assinado documento semelhante, em 2007. Os dois Estados antecipamse, assim, ao estabelecido no Decreto Federal de número 2.661, de julho de 1998, que determina a eliminação da queima da cana em 2018. Nesse sentido, há um esforço para a mecanização da colheita da canade-açúcar, forma em que não há necessidade de queima da lavoura. Para

o sucesso da ação em Minas, já está sendo discutida uma Deliberação Normativa (DN) que regulamentará o protocolo assinado e criará regras para cada unidade produtora atingir as metas nos próximos seis anos.

Esforço conjunto O protocolo foi elaborado entre os órgãos estaduais, o setor sucroalcooleiro, entidades representativas dos fornecedores de cana, trabalhadores rurais e da comunidade ambientalista. De acordo com o presidente do Siamig/SindaçúcarMG, Luiz Custódio Cotta Martins, a assinatura do documento é um momento histórico para o setor, que dá mais um passo no sentido da sustentabilidade ambiental e social. Até 2014, Minas terá 58 usinas em atividade, com moagem de 100 milhões de toneladas

de cana, produção de 5,5 bilhões de litros de etanol e de 3,4 milhões de toneladas de açúcar e geração de quase 50 mil empregos diretos. Além dos benefícios ambientais, a eliminação da queima também trará ganhos econômicos: com a possibilidade de utilização de 50% da palha da cana que não mais será queimada, o setor poderá gerar 587 MW de energia elétrica, uma potência bem acima da barragem de Três Marias, por exemplo, que é de 396 MW.


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