Revista Minaspetro nº 03 - Dezembro/Janeiro 2009

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais 3 # Dezembro 2008 / Janeiro 2009

Minaspetro

em todos os cantos de Minas Gerais página 14


Associado do Minaspetro tem acesso a diversos serviços • Assistência Jurídica Gratuita nas áreas Trabalhista, Tributária, Metrológica, Meio Ambiente, Cível e Comercial. • Assistência Judiciária para abertura de processos e atuação junto à Justiça e Tribunais, com custo inferior ao de mercado. • Defesa da categoria em ações coletivas. • Envio de circulares com divulgação, interpretação e esclarecimentos sobre novas leis, portarias e demais assuntos de interesse da categoria. • Envio da Revista Minaspetro, publicação do Sindicato com informações e notícias diversas. • Realização anual do Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência do Estado de Minas Gerais. • Realização de Reuniões Regionais. • Convênio com o Senac, para cursos de formação e qualificação profissional. • Convênio com a Unimed. • Convênio com o Serasa para contratação de serviços para consulta de cheques e outros dados. • Convênio com a Multiseg Corretora de Seguros para seguros contra incêndio, Responsabilidade Civil, Vendaval, Impacto de Veículos etc., além de outros como seguro de vida, automóvel, transporte de combustível e seguro ambiental. • Acesso a auditório e sala de reuniões na sede do Sindicato para realização de cursos, palestras e seminários. • Aghora Conveniência, serviço exclusivo do Minaspetro com assessoria permanente para instalação e operação de loja de conveniência. • Acesso a cadastro de fornecedores de produtos e de prestadores de serviço para postos. • Apoio de 21 Diretorias Regionais em todo o Estado. • Assessoria do Departamento de Expansão e Apoio ao Associado, com visitas regulares de assessores aos postos de combustíveis de todo o Estado.

(31) 2108-6500

minaspetro@minaspetro.com.br


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Editorial página 4 Novidades de fim de ano página 5 Fique atento: modificações na Portaria ANP nº 116/00 página 6 O aumento do álcool e o Convênio 110/07 página 7 Minas Gerais começa a gerenciar áreas suspeitas de contaminação página 8 Renovação – para começar bem 2009 página 9 O momento de selecionar o novo funcionário página 10 Janeiro é o mês da contribuição sindical página 11 Ações Minaspetro página 12 Assessores vão onde o posto está página 14 Tecnologia e atitude na dose certa página 16 O valor do relacionamento página 18 Evento internacional sobre biocombustíveis página 20 Energia não poluente página 21 Gota a Gota página 22 Novo formato para Congressos e Ciclos Regionais página 23 Qualidade reforçada com filtros de combustíveis página 24 Meio século de muitas lutas e histórias página 26

expediente Presidente Sergio de Mattos Assessoria de Comunicação Social Alberto D. J. Decat Assessoria de Imprensa Faz Comunicação Eficaz Comunicação Coordenação e Revisão Prof. José Carlos Cruz Redação Cristina Mota, Marcus Rocha e Paulo Cunha Jornalista responsável Cristina Mota (MG 08071 JP) Produção Prefácio Comunicação Rua Bernardino de Lima, 41 Cep: 30430-090 Tel.: (31) 3292 8660 www.prefacio.com.br

www.minaspetro.com.br minaspetro@minaspetro.com.br

Comentários sobre esta edição, sugestões e outras para minaspetro@minaspetro.com.br e participe do Espaço do Leitor.

Errata

contribuições serão bem-vindas. Envie mensagem

Na Revista Minaspetro número 2, página 19, foi divulgada uma informação incorreta sobre a Petrominas: o foco de negócios da empresa é comércio e representação de equipamentos, e não transporte de produtos derivados de petróleo, como foi divulgado.


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editorial

urgentemente na margem de lucro, em alternativas para compô-la. Num posto de combustível, podese pensar em inúmeras estratégias, como a troca de óleo, venda de produtos na pista, diversificação dos serviços. Em uma das matérias desta edição, nossa revista traz um valioso exemplo desse pensamento e ação: o Centro de Serviços Giramundo, em Teixeiras, Zona da Mata Mineira. Vale a pena ler e refletir. Mas é necessário um alerta:

A

marca do fim de 2008 é, com certeza, a crise internacional, de enormes proporções. No fechamento do ano, o momento é de cautela em investimentos e, principalmente, de expectativas para que o mercado logo se estabilize. Na Revenda, não é segredo, temos um cenário de total falta de preocupação com a margem de lucro, que é formado pelo percentual sobre preço, por volume de vendas de combustíveis. No momento em que se vislumbra uma potencial queda no consumo principalmente da gasolina, em função da crise, isso pode ser um grande problema. Já se identifica uma defasagem de 30% a 40% entre os preços praticados e o do barril de petróleo, e isso acaba por pesar para o revendedor. A saída é clara: é momento de pensar estrategicamente, pois se trata de garantir a sobrevivência do empreendimento. Devemos pensar

“...é momento de pensar estrategicamente, pois se trata de garantir a

sobrevivência do empreendimento”.

como em qualquer negócio, avalie seu cenário local, considerando todas as variáveis, como concorrência, demandas, entre outras. Avalie, também, o empreendimento internamente: seu planejamento, os desperdícios, a necessidade de manutenções preventivas etc. Em itens considerados pequenos ou sem muita importância, como o consumo de energia, o gerenciamento do estoque, por exemplo, é que conseguimos gerar grande economia. Somente com essa avaliação macro e micro é que podemos, efetivamente, ter uma visão do merca-

do e pesar os impactos e benefícios de qualquer investimento. Nossa expectativa, para 2009, é que o mercado se ajuste e se recupere o mais rápido possível. Somos otimistas e acreditamos, sim, que a crise irá logo passar. Mas ser otimista não significa deixar de ser realista: temos que esperar pelo melhor, mas sempre atentos para garantir que os impactos não nos “derrubem”. Para finalizar, gostaria de compartilhar com todos uma feliz notícia que um de nossos assessores regionais nos trouxe. Em visita a um posto de combustível, ele teve a grata surpresa de ver o editorial da Revista Minaspetro do mês de novembro em lugar de honra no mural de notícias para os funcionários. Isso muito nos orgulhou, pois o fato vem ao encontro de nossa meta ao investir neste veículo de comunicação: prestar atendimento de excelência à categoria, estimulando os empreendedores a se informar e capacitar, a buscar alternativas, a investir no diferencial. E mais, nos orgulhamos do papel que o revendedor também assumiu: o de auxiliar na multiplicação das informações. Que em 2009 tenhamos outros exemplos como este e muito mais. Desejo a todos os nossos associados e seus familiares um ano pleno em realizações! Sergio de Mattos Presidente do Minaspetro


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jurídico

Novidades de Fim de ano, início das batalhas políticas relativas às eleições de 2010, início de mandato para os novos prefeitos, incertezas e dificuldades no mercado financeiro... Cenário perfeito para a introdução de modificações legislativas de relevo, notadamente no sistema tributário. No âmbito do Governo Federal, dentre as diversas medidas anunciadas, algumas de cunho eminentemente político, outras exclusivamente para atender a anseios dos setores mais prejudicados com a crise internacional, salta aos olhos aquela contida na Medida Provisória de nº 447, cujas disposições teriam implicações imediatas para o setor da Revenda. Em resumo, o que a Medida pretendeu foi, no final do ano, garantir aos contribuintes, pessoas jurídicas, um pouquinho de fôlego a partir da modificação dos prazos de vencimento das obrigações tributárias relativas, notadamente, às contribuições sociais para PIS, Cofins, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e demais contribuições sociais, incidentes sobre a folha de salários. Se antes o empresário tinha que se virar para fazer o recolhimento da Cofins e da contribuição para o PIS até o dia 20, o Governo pretendeu dar uma “folga” de mais cinco dias, fixando como

fim de ano

nova data de vencimento o 25º dia de cada mês. Já quanto ao IRRF – descontado do seu funcionário ou pres-

“É fim de ano, as eleições para o Governo Federal estão próximas e a crise financeira parece não ter fim.... E as

modificações legislativas estão apenas começando...”

tador de serviço –, a empresa poderá recolhê-lo até o último dia útil do segundo decêndio do mês subseqüente ao da retenção. Ganhou-se, aí, pois, cerca de 10 dias, já que, pela previsão anterior, as empresas tinham apenas até o fim do primeiro decêndio do mês subseqüente. Por fim, quanto às contribuições sociais sobre folha devidas pela empresa e também as devidas pelo empregado, mas

retidas por seu empregador, deverão ser recolhidas até o 20º dia do mês subseqüente ao do pagamento da folha ou da retenção. Não nos parece que os efeitos desta modificação possam ser de tão grande impacto... Só o tempo dirá. Já no âmbito do Estado de Minas Gerais, as alterações mais relevantes dizem respeito às obrigações acessórias, notadamente às regras pertinentes ao Emissor de Cupon Fiscal (EFC). A principal modificação foi introduzida pelo Decreto 44.938/08, que dentre outras previsões, passou a exigir dos contribuintes, por ocasião da emissão das notas fiscais séries 1 ou 1-A, a inserção de mais dois dados: o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) sob o nº 5929, e, no campo de “informações complementares”, o número do Contador de Ordem de Operação (COO), relativo ao Cupom Fiscal emitido, e a identificação da marca, modelo e número de fabricação do ECF que o emitiu. É fim de ano, as eleições para o Governo Federal estão próximas e a crise financeira parece não ter fim.... E as modificações legislativas estão apenas começando... Gustavo Guimarães da Fonseca Advogado do Minaspetro


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jurídico

Fique atento: modificações na

Portaria ANP nº 116/00 “...importante ressaltar que, quando deferida

e modificada

no site da ANP a atualização cadastral de marca comercial do posto revendedor, ela terá efeitos

retroativos

à data da solicitação”.

Em 13 de novembro, foi publicada a Resolução ANP nº 33/2008, que trouxe algumas modificações nas disposições constantes na Portaria ANP nº 116/00. Assim, passemos a algumas considerações. Primeiramente, cumpre ressaltar que o posto revendedor que desejar modificar sua situação quanto à marca comercial que exibe terá o prazo de 15 dias, e não mais de 30, a contar da data da efetivação do ato, para informar à ANP, mediante envio de ficha de atualização cadastral de marca comercial do posto revendedor. Para os demais casos de atualização cadastral, o prazo para informar a ANP continua

sendo de 30 dias. A partir do envio da ficha de atualização cadastral, o posto revendedor deverá se descaracterizar totalmente, ou seja, retirar todas as referências visuais da marca comercial do distribuidor antigo. Deve, também, informar, de forma clara e ostensiva, em cada bomba abastecedora, a origem do combustível comercializado, com a razão social ou nome fantasia e o CNPJ do distribuidor fornecedor. Outra modificação diz respeito às marcas figurativas (logotipos) e às cores exibidas nos postos bandeira branca. Estas não podem ser dispostas ou combinadas de modo a confundir ou induzir o consumidor a erro, ou seja, não podem ser utilizadas de forma idêntica ou semelhante à de outro agente do mercado. Cumpre ressaltar que, durante prazo de 45 dias, a contar da data do preenchimento da ficha de atualização cadastral, caso a ANP ainda não tenha modificado a situação da marca comercial do posto em seu site, ele poderá adquirir combustíveis de outras distribuidoras, informando adequadamente sua origem. Além disso, deverá ser entregue ao distribuidor a seguinte documentação: cópia da Ficha de Atualização Cadastral de Marca Comercial encaminhada à ANP, com protocolo ou comprovante de encaminhamento; cópia

do contrato social do posto revendedor; e, caso a ficha cadastral tenha sido preenchida por preposto da empresa, é necessário anexar cópia autenticada da procuração e do documento de identificação do preposto. O posto deverá manter os originais da documentação em suas dependências, para fins de fiscalização da ANP. Importante frisar que, quando deferida e modificada no site da ANP a atualização cadastral de marca comercial do posto revendedor, ela terá efeitos retroativos à data da solicitação. O revendedor que optar por exibir a marca comercial de um distribuidor de combustíveis, ou seja, for bandeirado, deverá exibi-la, no mínimo, em sua testeira, de forma destacada, visível e de fácil identificação pelo consumidor, a distância, de dia e à noite. Além disso, conforme de praxe, somente poderá adquirir e revender combustível da distribuidora à qual for vinculado. Por fim, os postos que não estiverem de acordo com as novas disposições legais devem realizar as devidas adaptações o quanto antes, uma vez que a Resolução ANP n° 33/08 trouxe como prazo máximo para adequação dia 28 de novembro de 2008, sob pena de autuação. Bárbara Nolli Bittencourt Advogada do Minaspetro


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O aumento do álcool

e o Convênio 110/07 Notícias recentes dão conta de um possível aumento do preço do álcool, em operações interestaduais, justificado pelas distribuidoras pela edição do Convênio 110/07, notadamente face às disposições constantes de sua cláusula 21ª, §§ 10 e 11. Pelos preditos preceitos, nas operações com Álcool Etílico Anidro Carburante (AEAC) o ICMS devido pela cadeia produtiva ficaria diferido – suspenso – até o momento da saída da gasolina “c”, que é composta pelo referido produto. Além disso, pelo Convênio, no caso de venda interestadual da mencionada gasolina “c”, caberia à distribuidora estornar o “crédito do imposto correspondente ao volume de AEAC contido na mistura” (§ 10), hipótese em que o referido estorno se faria “pelo recolhimento do valor correspondente ao ICMS diferido ou suspenso que será apurado com base no valor unitário médio e na alíquota média ponderada das entradas de AEAC ocorridas no mês, observado o § 6º da cláusula vi-

gésima quinta” (§ 11 – redação dada pelo Convênio 101/08). Em linhas gerais, o que quis, de fato, o Confaz, foi deixar clara a necessidade das distribuidoras de, na condição de substitutas tributárias, efetuar o recolhimento do ICMS diferido nas operações com AEAC mesmo em operações interestaduais com gasolina “c”, e, portanto, imunes nos termos do art. 155, § 2.º, inciso IX, alínea “b”, da CF/88. A nosso ver, o dever de recolher o ICMS diferido incidente sobre o AEAC, ainda que compondo a gasolina “c” vendida em operação interestadual, sempre existiu, já que a imunidade mencionada pelo texto constitucional, como bem já assentiu a jurisprudência de nosso país, não abrange a obrigação resultante dos regimes de substituição tributária. Isto é, a imunidade atinge apenas o crédito tributário “próprio” do estabelecimento, não se prestando para afastar a obrigação deste de recolher o ICMS devido por substituição tributária. Assim, se as “modifi-

cações” introduzidas pelo referido Convênio impuserem aumentos nos preços dos combustíveis, é porque as distribuidoras já estavam, desde há muito, descumprindo a legislação tributária pertinente. Só que o Confaz errou grotescamente, concessa venia, ao utilizar a expressão “estorno de crédito”, conquanto inexiste qualquer crédito a ser estornado. Vale dizer que já existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, movida pela Confederação Nacional do Comércio, que será analisada pelo Supremo Tribunal Federal. Caso seja julgada procedente, os prejuízos aos Estados serão, de fato, enormes, pois eles perderão toda a arrecadação relativa ao ICMS diferido relativo ao AEAC utilizado para a composição da gasolina “c” vendida em operações interestaduais. Gustavo Guimarães da Fonseca Advogado do Minaspetro


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gerenciar

Minas Gerais começa a suspeitas de contaminação

áreas

Em 28 de junho do ano de 2008, foi publicada a Deliberação Normativa (DN) n° 116, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Tal norma tem por objetivo principal iniciar o processo de gerenciamento de áreas contaminadas ou suspeitas de contaminação no Estado de Minas Gerais. Para tanto, os dispositivos da DN impõem que todos os proprietários de áreas nas quais esteja presente uma contaminação por substâncias químicas ou onde existam indícios de possível impacto devem se cadastrar na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Por esses empreendimentos, deverá ser preenchido e protocolado Formulário de Cadastro de Áreas Suspeitas de Contaminação e Contaminadas por Substâncias Químicas, contido no Anexo I da DN 116, com a finalidade de informar acerca do local que possui contaminação ou suspeita. Cabe ressaltar que a apresentação de tal documento ao órgão ambiental deverá ser efetuada até o

prazo máximo de 30 de março de 2009, sob pena de aplicação de mul-

“A obrigação de se cadastrar na Feam aplica-se a todos

os postos revendedores,

mesmo aqueles que são licenciados pelas Prefeituras de Belo

Horizonte e de Contagem...”

ta. No caso específico, a multa é classificada como gravíssima pelo Decreto n° 44.844/08, com valor entre R$ 2,5 mil e R$ 500 mil, dependendo do porte do empreendimento. A obrigação de se cadastrar na

Feam aplica-se a todos os postos revendedores, mesmo aqueles que são licenciados pelas Prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem, cujos licenciamentos são realizados separadamente do Estado de Minas Gerais. Necessário ressaltar que o Minaspetro adotou posição ativa frente à promulgação da DN e irá orientar os seus filiados no procedimento determinado, prevenindo que tal deliberação se torne um instrumento desfavorável para os revendedores de combustíveis. No mês de novembro, foi realizada reunião com o departamento da Feam responsável pelo cadastro, a Gerência da Qualidade de Solo (Gesol), representada por sua coordenadora, Rosângela M. Gurgel. Algumas dúvidas já foram levantadas junto ao órgão ambiental e estão sendo esclarecidas. O Departamento de Meio Ambiente fica à disposição para esclarecimentos. Bernardo Souto Advogado do Minaspetro


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Conveniência & Varejo

Renovação – para começar No mundo do marketing, sempre aparecem palavras com novas versões e interpretações para marcar determinados momentos. Mas “renovação” marcará as ações do varejo nos próximos anos, pressionadas pelos novos modelos econômicos e de mercado que o mundo terá de aplicar. Nesse novo cenário, quem quiser permanecer de portas abertas terá de rever as formas de operar o ponto de venda. A oferta dos diferencias de serviços e atendimento, apoiados em recursos de tecnologia para tornar tudo mais prático e rápido, é que encantará os clientes e tornará seu PDV procurado e desejado por eles. As últimas notícias do mercado norte-americano apontam para o fechamento de muitas lojas e até para a falência de redes que tiveram dias de glória. Porém, a maioria delas tinha problemas anteriores ao atual momento do mercado, como não atualização da variedade de produtos, descompasso com a tecnologia, atendimento abaixo da crítica etc. Outras são redes que cresceram desordenadamente, ampliando a base

bem 2009

de lojas sem estudos detalhados de localização e sem estratégias claras de posicionamento da marca. O alto custo dos pontos comerciais, da mão-de-obra e de atendimento às legislações trabalhistas, além da carga tributária direta e indireta, inviabiliza pontos com baixo volume de vendas de combustíveis. Sem contar as altas contas das taxas dos cartões de crédito. Diante disso, é preciso entender que o mercado é livre e a concorrência exige que sejamos criativos, controlados em custos e que tenhamos um plano estratégico para ações programadas. Hoje, não adianta reclamar ou buscar culpados pelos maus resultados: se o seu negócio não vai bem, não importa o motivo, a responsabilidade é sempre do gestor, aquele que paga a conta ou colhe os lucros. Para que essa conta não seja alta ou impossível de pagar, só há um caminho: olhar para a operação e fazer dela o meio de vida e sobrevida do negócio. É necessário preparar-se preventivamente com muita dose de otimismo, vontade verdadeira de re-

alizar lucro continuamente e mudar sempre que for necessário, sem deixar de considerar as sazonalidades de vendas e de despesas, contar com estratégias diferenciadas por épocas do ano, do mês e até do dia da semana, com ações de ofertas percebidas pelos clientes como vantagens a serem aproveitadas. Inclua no seu planejamento estratégico a parte mais importante, que é o tratamento a ser dado à sua equipe para motivá-la e estimulá-la a buscar bons resultados: treinamento, premiação por resultados e, sobretudo, atenção diária na orientação de vendas e atendimento, bem como no alcance de metas. Se o negócio é renovar, comece pensando no que já existe no seu PDV e não deixe de fora os potencias consumidores emergentes das classes C1, C e D. Eles poderão alavancar volumes de vendas de produtos e serviços no novo modelo de mercado que se avizinha. Cláudio Correra Consultor de varejo automotivo correra@mppmarketing.com.br


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Gestão

O momento de

selecionar o novo funcionário

Recrutar, entrevistar e contratar funcionários é uma ciência que cresceu nos últimos anos a ponto de se tornar um dos aspectos mais decisivos do sucesso de um negócio. As pessoas certas fazem a empresa. Neste artigo, explicaremos sobre as etapas de recrutamento e seleção, uma árdua tarefa que necessita de disponibilidade de tempo, e a importância de algumas decisões que a empresa precisará tomar ao longo do processo. Para montar ou mesmo reforçar sua equipe, é importante saber como e onde recrutar, analisando sempre a melhor forma de atingir o público-alvo. Antes de começar a etapa de seleção, é necessário que a empresa conheça todas as atividades que o funcionário deve exercer e defina o perfil e as características importantes para o cargo. Deve lembrar que contratar um profissional com experiência requer atrativos que tornem o cargo desejável, havendo o risco de que o profissional tenha qualidades e defeitos adquiridos nos empregos anteriores. Por outro lado, caso a opção seja por um jovem no primeiro emprego, é fundamental um processo de acom-

panhamento e treinamento para que este se torne o funcionário ideal. O perfil dos atuais profissionais do posto deve ser levado em conta: se a maioria for de jovens, é conveniente reforçar a equipe com pessoas

“Para montar ou mesmo reforçar sua equipe, é importante saber como e onde recrutar, analisando sempre a melhor forma de atingir o público-alvo”. mais maduras. Neste ramo, o mix de homens e mulheres é muito positivo. E algo que também ajuda muito na definição do perfil é levantar todos os motivos que levaram a empresa a demitir funcionários anteriormente. Assim, a empresa terá grandes chances de encontrar o profissional certo para a vaga disponível. É importante lembrar que dificilmente a empresa conseguirá encon-

trar todas as qualidades enumeradas no perfil do cargo em uma mesma pessoa. Neste caso, ter um critério de características prioritárias poderá auxiliar na decisão. As entrevistas são uma grande oportunidade para avaliar o candidato, devendo-se explorar ao máximo este momento. Cartas de referências de empregos anteriores devem ser analisadas e a opinião do gerente sobre o candidato é fundamental, pois ele estará mais envolvido com o novo funcionário, ajudando-o a adaptar-se às características do cargo e ao estilo da empresa. Uma vez contratado, é hora de apresentá-lo à empresa e a seus colegas de trabalho e realizar treinamentos iniciais. Pouco adianta um processo seletivo criterioso se a empresa não trabalhar métodos de treinamentos. Leia a próxima seção para descobrir algumas maneiras de tornar o treinamento e a motivação eficazes e interessantes. Adriana Queiroga Gerente Administrativo Financeiro do Minaspetro adrianaqueiroga@minaspetro.com.br


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Gestão

Janeiro é o mês da

contribuição sindical Como em todos os anos, o empresário, associado ou não ao Sindicato da classe, deve pagar a contribuição sindical em janeiro. O boleto é enviado no começo do mês e vence no dia 31. Mas você sabe qual a importância desse imposto? A verba arrecadada é fundamental para o funcionamento do sistema sindical. “Esses recursos auxiliam na manutenção da estrutura e dos serviços do Sindicato, pois a contribuição associativa mensal não cobre os custos totais da instituição”, explica Sergio de Mattos, presidente do Minaspetro. Com as verbas sindicais, são custeadas ações para defender os direitos da categoria, o quadro técnico do Sindicato, para a prestação de assistência técnica e jurídica, estudos econômicos, além da promoção de eventos para a informação e quali-

ficação dos associados. Do valor pago, 5% são creditados à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC); 15% para a Fecombustíveis; 60% para o Sindicato respectivo (no caso de Minas Gerais, para o Minaspetro); e 20% para a “Conta Especial Emprego e Salários” do Ministério do Trabalho. Saiba mais A contribuição sindical (com denominação de imposto) foi criada por decreto-lei que regulamentou o art. 138, da Constituição de 1937. Há, ainda, respaldo legal para a fixação e o recolhimento da contribuição sindical nos artigos 578 a 591, Título IV, Capítulo III, Seção I da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Seu pagamento, assim, é obrigatório e a falta dele pode gerar

multas, autuações pelo Ministério do Trabalho, cobrança judicial e até o impedimento de participação em licitações públicas. “Temos alertado especialmente para isso: o não-pagamento da contribuição pode prejudicar os postos de combustíveis nos processos de licitação de prefeituras e outras instituições”, lembra Sergio de Mattos. As empresas, como os empregados e até os profissionais liberais estão sujeitos à contribuição sindical. O art. 580 da CLT estabelece os critérios para o recolhimento dessa contribuição, correspondendo a dos empregados à remuneração de um dia de trabalho (inciso I), e a patronal, a uma importância proporcional ao capital social da empresa, mediante a aplicação de alíquotas baseada em tabela progressiva (inciso III).


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Ações Minaspetro

Postos

visitados recebem adesivos

Em mais uma ação do Departamento de Atendimento ao Associado, os postos revendedores de todo o Estado receberão a pasta com o “Guia do Revendedor”. O material será entregue pelos assessores do Departamento, quando da visita para orientação preventiva dos revendedores associados.

Em caso de conformidade com o checklist estabelecido pela equipe do Minaspetro, que contempla as adequações às legislações ambiental, trabalhista e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os empreendimentos recebem adesivos de visitação.

Contra a exploração sexual de

crianças e adolescentes

O Minaspetro tem atuado junto a diversas instituições e entidades na luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Desde julho, junto à Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes) e a outros 33 Sindicatos da categoria de todo o país, o Minaspetro tem empreendido a Campanha Nacional Contra Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Outro apoio foi dado ao Governo de Minas Gerais, na Campanha Proteja Nossas Crianças, lançada em maio. A Campanha Nacional Contra Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes tem como objetivo incitar a população a denunciar casos de abuso sexual pelo Disque 100. O Minaspetro divulgou a campanha junto aos seus associados e à im-

prensa mineira, disponibilizando, ainda, informações em seu site. Já a Campanha Proteja Nossas Crianças, coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), envolve toda a sociedade civil para estimular a população mineira a denunciar casos de violência por meio do Disque Direitos Humanos (080031-1119). A ação teve veiculação de spots de rádio e filmes para a TV, anúncios em jornais e revistas, além da distribuição de adesivos e panfletos à beira de rodovias. Segundo notícia no site da Sedese, o impacto da campanha foi tão grande que o Disque Direitos Humanos recebeu, até novembro de 2008, 2.698 denúncias de crimes contra crianças e adolescentes, número que supera as

1.895 denúncias feitas em todo ano de 2007, com crescimento de 42%. A participação do Minaspetro na campanha rendeu agradecimentos da Subsecretaria de Direitos Humanos da Sedese. Em carta enviada ao presidente Sergio de Mattos, o subsecretário João Batista de Oliveira diz que “em parceria com o Minaspetro, a Subsecretaria de Direitos Humanos, gestora da campanha, pôde levar sua mensagem mais longe e a um maior contingente de cidadãos, conscientizando-os a defender os direitos das crianças e adolescentes e a lhes proporcionar um desenvolvimento normal e sem degradações. Em outras palavras: permitir que crianças e adolescentes mineiros cresçam felizes e capazes de formular um projeto de futuro”.


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Ações Minaspetro

Apoio à campanha A campanha “Doe sangue. Ele é o combustível da vida”, parceria do Minaspetro com o Hemominas, teve importante ação em novembro. No dia 18, um posto de doação foi montado na sede do Minaspetro, sendo supervisionada por duas funcionárias do Hemominas. Colaboradores do

Sindicato e da empresa Método Comunicações, vizinha à entidade, participaram fazendo doações. O objetivo da campanha, lançada durante o X Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência de Minas Gerais, é conscientizar a população sobre a impor-

tância da doação, começando pelo incentivo à revenda e seus colaboradores a se tornarem doadores. Nos materiais de divulgação, estabeleceuse uma relação direta entre o negócio do Minaspetro e o trabalho realizado pelo Hemominas, com a frase: “Doe sangue. Ele é o combustível da vida”.


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Em campo

Assessores vão onde o

tras. Passado quase um ano do início do trabalho, a equipe faz um balanço da atuação, cheia de histórias para contar. O Estado de Minas Gerais foi dividido em sete setores, com um assessor responsável por cada um e a coordenação geral, inicialmente, com Esdras Costa Reis e, agora, com Umbra Sisami Chiari, na sede do Minaspetro. Os sete assessores percorrem suas respectivas regiões, visitando todos os empreendimentos. Eles conJoão Márcio Gonçalvez

Faça chuva, faça sol, em estradas asfaltadas, de terra, rumo a todos os pontos de Minas Gerais: esse é o lema da equipe do Departamento de Atendimento ao Associado, um dos grandes destaques do Minaspetro em 2008. Criado em janeiro, o setor surgiu com a missão de fortalecer a atuação do Sindicato junto aos associados em todo o Estado, por meio de orientações para a adequação do empreendimento às legislações fiscais, trabalhistas e ambientais, entre ou-

posto está

Assessores enfrentam com determinação todos os desafios pelas estradas

tam que, no início, os revendedores ficavam um pouco desconfiados com a visita inesperada. “Acredito que isso aconteceu por causa de falta de informações sobre o serviço. Era uma novidade e muitos ainda não tinham compreendido qual a finalidade do serviço e sua real importância”, conta João Márcio Gonçalvez. Atualmente, eles afirmam que são muito bem recebidos em 80% dos empreendimentos. “Os adesivos dos carros, o uso do uniforme e do crachá ajudaram muito, pois já somos identificados como equipe do Minaspetro de longe”, afirma Evânio Nery. “E, na medida em que retornamos ao posto, eles percebem a seriedade do trabalho”, completa Guilherme Valladares. Mas ainda há os revendedores que resistem, mesmo diante dos esclarecimentos do Sindicato sobre o trabalho, e dispensam o auxílio. “É preciso ficar claro que estamos lá para ajudálos, verificar o que precisa ser adequado, orientá-los. Não obrigamos ninguém a fazer nada”, frisa Paulo Roberto Ferreira. Entre os que recebem bem a equipe, há até certa empolgação e cobrança para visitas mais freqüentes. “Uns pedem para os assessores passarem todo o dia no posto, outros pedem a visita em intervalo de tempo menor. Explicamos que isso não é possível, pois temos cerca de 4 mil postos em todo o Estado para avaliar e, por isso, há um cronograma, o tempo das visitas é planejado e o intervalo entre elas acaba sendo, em média, de três meses”, explica Esdras Reis.


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Um ponto para o qual os assessores chamam a atenção é o contato dos empreendedores com o Sindicato sempre que necessário. “Percebemos que muitos fazem uma lista de dúvidas e ficam esperando a nossa visita. Mas, como o retorno pode demorar meses, eles devem também fazer contato com o Minaspetro, que tem uma equipe especializada à disposição na sede, para que não corram risco de pagar uma multa ou ter outros problemas”, diz Mário Breda Neto.

Equipe do Departamento de Atendimento ao Associado

Muitas histórias Cada assessor percorre, em média, 1.200 quilômetros por semana, variando de acordo com a região atendida. E nesse percurso, é claro, não faltam histórias e “causos” para contar. Mário Breda Neto, por exemplo, já chegou a um posto logo após um assalto. “Os bandidos, inclusive, quase bateram em meu carro na entrada do posto”, relata. Marcelo Pinheiro já teve que alterar toda a sua rota por causa da queda de uma ponte. “Choveu muito e a ponte caiu, não tinha como passar, a es-

trada foi toda tomada pela água”. Ele, inclusive, é o campeão da estrada de terra, no atendimento ao Norte de Minas. “Já rodei 240 quilômetros de terra para visitar um único posto, quase na divisa com a Bahia”, conta. Todos são unânimes em ressaltar as discrepâncias encontradas em postos de combustíveis de todo o Estado. Contam que encontram desde empreendimentos com equipamentos de segurança e de atendimento de última geração até aqueles totalmente inadequados, sem cobertura ou com piso

em terra batida, por exemplo. “Há também postos administrados por equipes gerenciais e outros em que quem toca o negócio é a família: o pai e a mãe ficam no atendimento, o filho cuida da borracharia, e por aí vai”, explica Fernando Salge. Certo é que, em qualquer situação, o trabalho da equipe não pára. “Cada um é responsável por um setor. Mas se há uma urgência ou um deles fica doente, por exemplo, o outro colega cobre o trabalho. Temos um compromisso com os revendedores associados ao Minaspetro”, finaliza Esdras Reis.

Conheça os responsáveis pelos setores do Estado: Coordenação Umbra Sisami Chiari (31) 2108-6533 Setor Grande BH-Sul Guilherme Henrique Valladares de Lima (31) 8498-7318 Setor Grande BH-Norte Mário Rodrigues Breda Neto (31) 8499-0634 Setor do Triângulo Mineiro Fernando Salge Andrade Cunha (31) 8499-0648. Setor Leste e Nordeste de Minas João Márcio Gonçalvez Cayres (31) 8499-0591 Setor Zona da Mata Paulo Roberto Fernandes Ferreira (31) 8498-9641 Setor Sul de Minas Evânio dos Santos Nery (31) 8498-7330 Setor Norte de Minas Marcelo Pinheiro Guimarães (31) 8499-0378


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Especial

Tecnologia e atitude Atendimento e serviços diferenciados, bons preços e os mais rigorosos padrões de qualidade, com atendimento às legislações vigentes, fazem com que o Centro de Serviços Giramundo, o tradicional Posto São Miguel, no município de Teixeiras, na Zona da Mata Mineira (a 180 quilômetros de Belo Horizonte e 13 de Viçosa), seja um destaque no setor de combustíveis de Minas Gerais. O empreendimento apresenta volume de vendas mensal de mais de 180 mil litros de combustíveis, similar à revenda dos postos situados em grandes avenidas das capitais brasileiras. O segredo do sucesso para o posto do interior (localizado no Km 626 da BR-120, na pequena cidade de 15 mil habitantes) é o complexo construído para o atendimento aos clientes. São sete empreendimentos interligados de forma criativa e com qualidade: um restaurante/

na dose certa

lanchonete, uma pousada, uma loja de conveniência, uma de autopeças, uma locadora de DVD, uma oficina mecânica e uma elétrica. “Procurei criar diferentes pequenos negócios, concentrados em uma área comum, que garantissem a sobrevivência da empresa”, afirma o proprietário, Marcos Carvalho. O empresário explica que, a partir do perfil dos clientes – em sua maioria caminhoneiros, representantes comerciais e pessoas em trânsito entre as cidades de Teixeiras e Ponte Nova, principalmente estudantes – montou uma estrutura eletrônica com suportes de programas de computador, o que agilizou o serviço de atendimento e apresentou resultados positivos. E, ciente da necessidade de diversificação do ponto de venda para atrair clientes e ter resultados no volume de vendas de combustíveis, Marcos apostou em serviços diferenciados.

Atrativos com baixo custo Um exemplo é o banho quente por aquecimento solar, com duração de 10 minutos, ao preço de R$ 3,00. A água quente e o período máximo do banho são controlados através de um programa de computador, o que permite a redução do custo, já que não há necessidade de mão-de-obra, nem gasto com energia elétrica. A ficha para o banho é vendida ao cliente pelo frentista, que aciona eletronicamente a válvula para a liberação da água, que é desligada automaticamente após 10 minutos. “Temos seis boxes masculinos e um feminino e, por dia, comercializamos cerca de 30 banhos”, diz Marcos. Outro sistema para atrair os clientes para o empreendimento é o Cartão Fidelidade, oferecido gratuitamente. Na medida em que o cliente utiliza serviços, acumula pontos que podem ser trocados por outros


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Atitude Fundado em 1973, o Posto São Miguel passou por várias renovações e investimentos. Em 1989, a pousada e o restaurante foram

construídos e, nos últimos anos, foram feitas as obras das lojas de conveniência, de DVD, dos banheiros e das oficinas mecânica e elétrica. O posto possui 42 empregados, funciona das 6h às 22h. A grande arrancada do posto aconteceu quando Marcos Carvalho, em 1992, encerrou a temporada de estudos nos Estados Unidos e retornou para Teixeira, sua terra natal, a fim de auxiliar o pai na administração dos negócios. Em 2000, após realizar as adequações ambientais exigidas, o empresário iniciou negociações com uma distribuidora multinacional para a renovação do contrato de fornecimento. Sem retorno durante três anos, Marcos rompeu o contrato e assinou uma nova parceria com a brasileira Ale Combustíveis, em 2003. Foi o início das mudanças que tornaram o Centro de Serviços Giramundo destaque no Estado. Marcos Carvalho apresentou seu case no X Congresso de Postos de Revendedores de Combus-

tíveis & Conveniência de Minas Gerais, em outubro, apresentando o case do Posto São Miguel. Em sua apresentação, ele fez uma uma analogia entre o Centro de Serviços Giramundo e o filme Linha de Passe, dos cineastas Walter Salles e Daniela Thomas. Marcos identificou a forma de agir dos personagens do filme (uma família simples da grande São Paulo que garante sua sobrevivência através do apoio entre irmãos) com as empresas “coirmãs” do Centro de Serviços Giramundo. Segundo ele, assim como no filme, “em que os jogadores têm de tocar a bola sem deixá-la cair no chão”, os empreendimentos são sustentáveis quando as empresas são interligadas e se ajudam mutuamente. “Ninguém se salva sozinho. É preciso criar uma pequena rede local de serviços, onde cada empresa é um membro da família e os diferentes serviços são prestados ao cliente como uma bola em uma linha de passe”, finaliza.

Marcus Rocha

serviços em qualquer dos empreendimentos do Giramundo. “O próprio cliente passa o cartão em um computador montado em frente à loja de conveniência e vai acumulando pontos, com valores que variam de acordo com o serviço utilizado”, explica Marcos. A locadora de DVD, que funciona no interior da loja de conveniência, mostra-se concorrida e também antenada com a tecnologia: com centenas de títulos em cartaz, Marcos Carvalho apostou no sistema de “videotrailler”, dispositivo eletrônico com códigos de barra acoplado às capas dos DVDs, que, em contato com o mouse, mostram o trailler do filme na tela de computador. “O cliente pode não apenas ler a sinopse, mas assistir ao trailler e decidir se o filme é ou não interessante”.

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Marcos Carvalho (primeiro da esquerda para a direita) e parte de sua equipe


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Especial

O valor do

relacionamento

Ipiranga cresce e investe na diversificação de produtos e serviços em sua rede

Incentivando a rede Os resultados da Ipiranga estão diretamente relacionados aos obti-

dos na sua rede de postos. Por isso, o incentivo e a valorização dos seus revendedores e frentistas têm sido estratégias para sustentar este crescimento. Contando com uma grande equipe de atendimento para trabalhar junto ao revendedor, a Ipiranga utiliza diferentes ferramentas para manter sua rede motivada e qualificada. “Fazemos desde o atendimento especializado com as equipes de campo, passando por programas de incentivo e treinamentos, até a criação de ambientes na web com informações e serviços para rede”, destaca o gerente de Divisão de Desenvolvimento de Marketing da Ipiranga, Jerônimo Santos. Entre as ações de relacionamento, destaca-se o programa Clube do Milhão, que incentiva os revendedores a superaram seus resultados e premia aqueles que atingem suas metas. Os prêmios incluem até viagens internacionais. Na avaliação do sócioproprietário do Posto São Bento, de Belo Horizonte, Felipe Bretas, “essa ação nos proporciona não só a viagem, mas também a oportunidade de

conhecer revendedores de outros Estados e a diretoria da empresa. Isso nos aproxima e facilita, aos diretores da Ipiranga, o conhecimento de nossa realidade”. Felipe destaca outro meio de relacionamento que considera importante: “O portal da internet é muito rico, é possível conhecer todas as ações de marketing, fazer pedidos de combustível, salgados e até uniformes”, explica. Ipirangashop A valorização do ponto de venda é um aspecto importante das ações da Ipiranga. Um bom exemplo é o Ipiraganshop.com, uma loja virtual da Ipiranga, lançada em outubro de 2008, na qual o consumidor compra nos postos ou na Internet produtos Paulo Cunha

Criada há 70 anos, como uma pequena refinaria de petróleo, a Ipiranga tem uma trajetória que exemplifica bem os desafios enfrentados pelas empresas na era da globalização. Com uma marca reconhecida e de grande valor, em 2007 foi adquirida pelo Grupo Ultra, que passou a controlar os ativos de distribuição de combustíveis e lubrificantes da Ipiranga nas regiões Sul e Sudeste. A nova Ipiranga, então, passou a operar com 3.200 postos e, mesmo com menor abrangência, alcançou resultados expressivos, fechando o ano de 2007 com 13,9% de participação de mercado. O bom desempenho no setor levou o Grupo Ultra, em agosto de 2008, a também adquirir a Texaco, com sua rede de mais de 2 mil postos. Assim, concluída a transação, a Ipiranga está voltando a atuar nacionalmente, com uma rede de mais de 5 mil postos, atingindo a maior dimensão da sua história.

Eduardo Assis e Felipe Bretas, à frente do Posto São Bento


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premiação. O frentista Denílson Pereira de Carvalho, funcionário do Posto São Bento há mais de um ano, destaca-se por constantemente atingir as metas e receber o prêmio através de seu cartão de compras. “Utilizo o bônus nas compras de supermercado e representa uma ótima ajuda”, revela. Ele destaca que, além desta premiação da Ipiranga, o proprietário do posto também ajuda e incentiva a equipe a realizar treinamentos e a se capacitar para atingir as metas. O VIP é realizado desde 2006 e, só em 2008, treinou mais de 18 mil profissionais. “O treinamento é uma ação realmente inovadora e criou

um vínculo entre nossos vendedores e a Ipiranga, além de uma boa remuneração. O posto conquistou melhor produtividade, acréscimo de vendas e menor rotatividade”, conta Felipe Bretas. “Todo o trabalho é voltado para valorização da sua rede. Temos vocação declarada para o varejo, por isso a Ipiranga se diferencia através da diversificação de produtos e serviços nos seus postos. Seja através de iniciativas próprias ou resultado de parcerias estratégicas, nosso objetivo é oferecer aos clientes várias opções de compras no posto com facilidades e vantagens exclusivas”, conclui Jerônimo Santos. Paulo Cunha

que vão de eletroeletrônicos e utilidades domésticas a artigos infantis, num total de 18 mil itens à venda. Vários desses produtos estão em oferta especial para venda nos postos, expostos na pista, com entrega grátis na casa do consumidor. De acordo com Felipe Bretas, já no primeiro mês o seu posto vendeu 23 itens, entre eles GPS, forno elétrico e DVD. Com a ajuda de uma promotora de vendas no pátio das bombas para a divulgação, Felipe revela que esta ação tem dado muito certo e está se somando a outras promoções de sucesso já realizadas, como tanque de combustível grátis, camisas de times de futebol, panetones com preços diferenciados, entre outras.

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Na linha de frente O treinamento VIP (Vendedor Ipiranga de Pista) é outro programa que a empresa realiza com as equipes da linha de frente. Nele, os frentistas são premiados pelo seu desempenho por vendas e alcance de metas e recebem um cartão de compras em que são inseridos créditos relativos à Denílson Pereira: frentista destaque


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Newton Santos

Biocombustíveis

Evento internacional debate desafios e oportunidades

para os biocombustíveis

Entre os dias 17 e 21 de novembro de 2008, São Paulo sediou a “Conferência Internacional sobre Biocombustíveis: os Biocombustíveis como Vetor do Desenvolvimento Sustentável”, promovida pelo Governo Federal. Representantes de governos de diversos países, entidades nacionais e internacionais ligadas à produção e comercialização dos combustíveis, comunidade científica e acadêmica, sociedade civil e ONGs participaram do evento, que contribuiu para a discussão internacional sobre os desafios e oportunidades apresentados pelos biocombustíveis. Temas diversos relacionados ao produto foram debatidos, como segurança energética, produção e uso sustentáveis, agricultura, processamento industrial, além de questões ligadas a especificações e padrões técnicos, comércio internacional,

mudança do clima e o futuro dos biocombustíveis. O Brasil foi citado como o país que mais avançou na diversificação de sua matriz energética e na criação de políticas que integram o interesse energético à geração de emprego e à auto-suficiência em oferta de alimentos. Os combustíveis renováveis correspondem a 48% da matriz energética brasileira, sendo a média mundial de 12,9%. Em todos os painéis, foi constante a cobrança para que países desenvolvidos e emergentes definam rapidamente regras para a inclusão de biocombustíveis e outras fontes renováveis nas matrizes energéticas. Houve consenso entre os participantes de que a inclusão das energias renováveis nos programas de governo demandaria, além de discussões sobre a soberania energética, a criação de regras

para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, racionalizar o uso da terra e da água, garantir a segurança alimentar, gerar emprego e renda e preservar os ecossistemas Veículos movidos a biocombustível Paralela à Conferência, foi realizada a 1ª Exposição Internacional de Biocombustíveis, promovida pela Apex-Brasil e pelo Arranjo Produtivo Local do Álcool da Região de Piracicaba. A mostra reuniu tecnologias e soluções brasileiras para a produção de biocombustíveis. Entre as atrações estava a única aeronave do mundo certificada e fabricada em série para voar com etanol, a Ipanema, da Embraer; ônibus movidos a biodiesel e a etanol; carros com tecnologia flexfluel; a primeira motocicleta biocombustível do mundo, e muitas outras.


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Energia

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GNV

não poluente

O Estado de São Paulo, maior pólo industrial do país, convive com os quadros mais graves de poluição ambiental atmosférica. Lá, a Companhia de Tecnologia Ambiental de São Paulo (Cetesb) apresenta vários dados referentes ao tema. A Cetesb afirma, em seu estudo, que 97% da poluição

atmosférica da região metropolitana da capital paulista é causada por veículos em circulação ou por processos evaporativos de reservatórios de combustíveis líquidos! Vejam que, mesmo antes da queima do combustível líquido, já há poluição do meio atmosférico, conforme ilustra a tabela:

Combustível

Monóxido de Carbono (CO)

Hidrocarbonetos (HC)

Dióxido de Nitrogênio (NOx)

Dióxido de Enxofre (SOx)

Material Particulado (MP)

Gasolina

790,2

84,2

51,8

X

X

Álcool

211,5

22,9

12,6

X

X

Diesel

444,4

72,4

324,5

11,2

20,2

Combustíveis Armazenados

168 *Tabela formulada com dados do Cetesb, todas as unidades em mil toneladas ano.

O monóxido de carbono (CO) é uma substância inodora, insípida e incolor que atua no sangue, reduzindo sua oxigenação. Os óxidos de nitrogênio (NOx) podem provocar irritação da mucosa do nariz, manifestada através de coriza, e danos severos aos pulmões, semelhantes aos provocados pelo enfisema pulmonar. Os hidrocarbonetos (HC) são combustíveis não queimados ou parcialmente queimados, expelidos pelo motor. Alguns tipos de HC reagem na atmosfera, podendo provocar alterações no crescimento das plantas e irritar vias respiratórias e olhos no ser humano. A fuligem (partículas sólidas e líquidas), sob a denominação geral de material particulado (MP), devido ao seu pequeno tamanho, permanece suspensa na atmosfera e pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e ocasionar mal-estar, irritação dos olhos, garganta, pele, dor de cabeça, enjôo, bronquite,

asma, câncer de pulmão. A queima do GNV resulta numa combustão limpa, com reduzida emissão de poluentes e melhor rendimento térmico. A sua combustão é completa, liberando como produtos o dióxido de carbono (CO2) e vapor de água, sendo os dois componentes não tóxicos, o que faz do gás natural uma energia ecológica e não poluente. No ambiente urbano, o uso adequado do GNV, se comparado com os combustíveis tradicionais, pode reduzir as emissões de monóxido de carbono (CO) em 76%, de óxidos de nitrogênio (NOx) em 84% e de hidrocarbonetos pesados (CnHm) em 88%, praticamente eliminando as emissões de benzeno e formaldeídos, que são cancerígenos. Ciro Piçarro Diretor do Minaspetro

Comparativo de custo/benefício com uso de GNV Combustível

Preço – R$ *

Autonomia Km/l ou Km/m3

Custo Km rodado – R$

Economia Percentual - %

Economia Anual Estimada **

Gasolina

2,38

10

0,2380

41,18

3.577,00

Álcool

1,61

7

0,23

39,133

3.285,00

GNV

1,76

13

0,14 * Síntese dos Preços Praticados – MG, fonte ANP, período de 7 a 13/12/2008. ** Considerando que o carro percorre em média 100 Km por dia.


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gota a gota

Alesat compra rede da Repsol no Brasil A petroleira espanhola Repsol anunciou, em 19 de dezembro, a venda das operações brasileiras em distribuição de combustíveis para a Alesat. A operação, de US$ 55 milhões, faz parte de um processo de redução da presença da companhia na América do Sul, prevista em seu planejamento estratégico. No início da semana, a empresa vendeu sua participação na Refinaria de Manguinhos, no Rio, para o grupo Andrade Magro. A operação amplia a presença da Alesat no mercado brasileiro: a distribuidora ganhará 327 postos e estrêia no Rio Grande do Sul, onde ainda não operava, com 20 postos. A empresa passa a ter cerca de 1,7 mil postos no Brasil, uma fatia de 4,6% do mercado. Fonte: O Estado de S. Paulo

Projeto torna obrigatória verificação do combustível A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei nº 4141/08, do deputado Nelson Goetten (PR-SC), que torna obrigatória a instalação de equipamento para verificar a qualidade do combustível em todos os veículos automotores, inclusive motocicletas. O objetivo, segundo o autor, é proteger os motoristas do risco de abastecer seus veículos com combustível adulterado. As características técnicas do aparelho, de acordo com a proposta, serão regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A proposta de Nelson Goetten altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). Segundo o deputado, são constantes as denúncias de adulteração de combustíveis, seja por meio da mistura de solventes, da mudança na proporção dos componentes ou até mesmo pela adição de água. Com a instalação desses equipamentos, os proprietários dos veículos serão alertados sobre a má qualidade do combustível assim que abastecerem. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: www.dci.com.br

Fornecimento de gás natural normalizado em SC e RS Em novembro, o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foi atingido por fortes chuvas, que destruíram diversas cidades. No final do mês, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) estimava os prejuízos: segundo os empresários, só no Vale do Itajaí – principal região atingida e que responde por um quarto da economia do Estado – as perdas já chegavam a R$ 360 milhões. O corte do fornecimento de gás natural para o Estado e para o Rio Grande do Sul prejudicou motoristas e postos de combustíveis. O problema começou em 23 de novembro, quando o gasoduto Brasil-Bolívia rompeu próximo ao município de Gaspar (SC). A distribuição somente foi normalizada em 10 de dezembro. No entanto, a operação estará restrita à pressão de 50kgf/cm² até o dia 31 de janeiro, 33% abaixo da pressão normal, que é de 75kgf/cm². A restrição é necessária devido à programação de inspeção interna do gasoduto e da execução de serviços complementares na faixa de servidão, nos trechos onde ocorreram os deslizamentos. Fontes: Portal G1 e JB Online


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Eventos

Novo formato para Congressos e Ciclos Regionais

Uma das metas do Minaspetro é realizar eventos para seus associados, estimulando os empreendedores a se informar e capacitar, a buscar alternativas, a investir no diferencial e conquistar o sucesso em seus negócios. Em 2008, o Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência do Estado de Minas Gerais chegou à 10ª edição e, pelo sétimo ano consecutivo, o Sindicato levou o Ciclo de Congressos Regionais & Conveniência a diversas regiões do Estado. Para 2009, o Minaspetro prepara alterações no formato desses eventos, procurando a excelência no atendimento à categoria. “Queremos oferecer informações estratégicas aos revendedores, sempre de modo inovador”, afirma Márcia Viviane do Nascimento, do Departamento de Eventos do Sindicato. Além dos espaços para apresentação de produtos e serviços em estande, a partir de 2009 os exposito-

res terão também a opção de participar promovendo workshops. “Além das palestras principais do evento e da feira de negócios, vamos oferecer espaços, com salas específicas, para que os expositores possam apresentar seus cases de forma adequada, em workshops. Avaliamos que este formato seria mais adequado, propiciando uma discussão mais aprofundada e a maior apreensão pelos participantes dos temas abordados”, destaca Márcia Viviane, lembrando que a idéia surgiu a partir do feedback dos próprios participantes dos eventos de 2008. Como as empresas devem apresentar previsões orçamentárias para a participação de eventos já no início de 2008, Márcia coloca o Departamento à disposição para a apresentação dos novos projetos aos interessados. “Esperamos contar com grande participação, sempre registrada, nos eventos mais aplaudidos do segmento no Estado”, afirma.


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Arquivo pessoal

Entrevista

Qualidade reforçada

filtros de combustíveis com

Sérgio Cintra Cordeiro é presidente da Metalsinter

Embora ainda não seja obrigatória por lei, a instalação de equipamentos de filtragem de combustível é fundamental para manter a qualidade do produto e para diminuir a emissão de poluentes. Para falar e dar orientação sobre filtros de combustível, sua manutenção e as inovações do segmento desses equipamentos, a Revista Minaspetro conversou com Sérgio Cintra Cordeiro, presidente da Metalsinter, empresa líder no mercado de filtragem de combustíveis no Brasil, com 30 anos de atividade. Qual importância da instalação de equipamentos de filtragem de combustíveis? A instalação dos filtros é fundamental para o meio ambiente. As condições de refino do produto brasileiro e sua autocontaminação, um fenômeno natural que ocorre sempre que o combustível permanece em repouso por períodos maiores que 12 horas, fazem com que haja acúmulo de água e detritos. Isso deteriora a qualidade do combustível, fazendo com que o motor consuma mais

e polua mais. Com os filtros, esses resíduos são eliminados. Utilizando diesel filtrado, por exemplo, o veículo tem maior rendimento e economia, com muito menos poluição. Para o diesel, quais os tipos de filtros disponíveis no mercado brasileiro e seus diferenciais? Existem, basicamente, dois tipos de equipamentos: filtros prensa e filtros de linha. A diferença básica entre eles é que o filtro prensa possui conjunto motobomba próprio e o meio filtrante está sob pressão desse conjunto. Após passar pela prensa, o diesel filtrado é armazenado em um reservatório aéreo controlado automaticamente por uma eletrobóia, ficando à disposição para o consumo. Já os filtros de linha estão em uma linha de sucção ou recalque. No caso específico de postos de combustíveis, quem faz a sucção do combustível que passa pelo filtro de linha é a própria bomba abastecedora. Esses filtros de li-

nha podem ser tradicionais, isto é, só com filtragem de sólidos, ou então coalescentes, que retiram a água do diesel. É necessário ter autorização para instalar o filtro? Todo equipamento filtrante deve possuir autorização e aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para ser adicionado a um número predeterminado de bombas abastecedoras, definido no projeto pelo fabricante e que não pode ser aumentado, sob pena de autuação. Se o equipamento possuir componentes elétricos, deve atender às normas que garantem a segurança do sistema elétrico (Portaria n° 176/2000), passando por testes e pela auditoria de um organismo credenciado pelo Inmetro. Já os filtros de linha necessitam apenas atender aos requisitos de metrologia, basicamente analisando se interferem ou não na medição e condições básicas da bomba abastecedora.


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Arquivo Metalsinter

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Filtro coalescente, que realiza a filtragem de sólidos e água do diesel

Ao buscar no mercado empresas de equipamentos de filtragem, que cuidados que devem ser tomados? O revendedor deve procurar informações sobre o histórico da empresa, buscar apoio e informação no próprio Inmetro, nos Ipems estaduais e até na distribuidora que o atende. Há, também, a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços (Abieps), que possui um site sempre atualizado com a relação das empresas e suas respectivas certificações (www.abieps.com.br). De qualquer forma, é sempre um direito do revendedor solicitar a documentação da empresa fabricante e suas respectivas Certificações e Autorizações de Instalação (Portarias).

possui vida útil de 10 anos, um erro nesse momento acarreta um custo exorbitante para alteração. O cliente e o comprador devem determinar qual o melhor custo-benefício, pois a manutenção dos filtros de linha e, especialmente, dos coalescentes, é cara. Lembro que tão importante quanto o cuidado na aquisição do equipamento é o cuidado com as empresas que instalam e executam serviços, pois, em quaisquer circunstâncias, o revendedor será sempre o maior responsável. Arquivo Metalsinter

Como é procedimento de manutenção do equipamento de filtragem? A manutenção é um dos pontos básicos no tocante aos filtros. Aqui, é importante destacar que está sob responsabilidade do revendedor manter seu equipamento de filtragem dentro da legislação e em pleno funcionamento. Substituir o meio filtrante de acordo com a recomendação do fabricante e coibir vazamentos é o princípio básico inicial para garantir a segurança de todos. Outro fator fundamental refere-se ao descarte do meio filtrante (seja elemento ou papel), que deve sempre ser feito adequadamente, já que é um resíduo perigoso e que pode contaminar o meio ambiente se colocado no lixo comum. Vale lembrar que, pelo Código de Defesa do Consumidor, o equipamento filtrante deve estar cumprindo sua função integralmente. Portanto, se ao abastecer um veículo o equipamento filtrante não estiver operando, isso equivale a ludibriar o consumidor e é passível de punição.

E com relação à compra e instalação dos equipamentos, quais são as dicas importantes? No momento da compra do equipamento filtrante, é muito importante que o revendedor seja atendido por um bom consultor técnico. Afinal, como é um equipamento que Filtro prensa


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50 anos

lutas e histórias

Meio século de muitas

Arquivo Minaspetro

da, onde permaneceu durante vários anos. Finalmente, a sede do Minaspetro foi transferida para a Rua Cristina, 1.160, no bairro Santo Antônio, já em uma casa própria do Sindicato. Nesse local, a entidade permaneceu durante muito tempo, até transferir-se definitivamente para sua atual sede.

Arquivo Minaspetro

Edifício Acaiaca, local da primeira sede do Minaspetro

Sede na Avenida Bernardo Monteiro Arquivo Minaspetro

Em 2009, o Minaspetro comemora 50 anos de existência, meio século de muitas lutas e conquistas para os revendedores de Minas Gerais. A partir desta edição, a Revista Minaspetro contará algumas histórias e curiosidades da trajetória do Sindicato até aqui. Neste primeiro texto, falaremos sobre as sedes do Sindicato. Até fixar-se em sua atual sede própria, na Rua Amoroso Costa, 144, no bairro Santa Lúcia, prédio de cinco andares com infraestrutura adequada para o completo atendimento dos associados, o Minaspetro teve sedes em três locais diferentes. Após a sua fundação, em 9 de novembro de 1959, a entidade funcionou em uma sala no edifício Acaiaca, no centro de Belo Horizonte. Essa primeira sede ficava em uma sala pequena, no 12° andar do prédio. O Minaspetro ainda dividia a sala com o Sindicato dos Açougues de Belo Horizonte. Novos locais De lá, a sede foi transferida para uma sala nos fundos de um posto de combustível na Avenida Bernardo Monteiro, que pertencia ao então presidente do Minaspetro, Fábio Coutinho Brandão. Desta sala, o Sindicato mudou-se para uma casa, na mesma aveni-

Sede na Rua Cristina


Novas conquistas, boas vendas, bons relacionamentos, satisfação, prosperidade, otimismo, sucesso. É o que deseja o Minaspetro a todos os seus colaboradores e associados! Feliz 2009!


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