Revista Minaspetro nº 04 - Fevereiro-2009

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Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais 4 # fevereiro 2009

Um porto seguro em todos os momentos

Ilustração © Estúdio Piloto / Luiz Otávio

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Associado do Minaspetro tem acesso a diversos serviços • Assistência Jurídica Gratuita nas áreas Trabalhista, Tributária, Metrológica, Meio Ambiente, Cível e Comercial. • Assistência Judiciária para abertura de processos e atuação junto à Justiça e Tribunais, com custo inferior ao de mercado. • Defesa da categoria em ações coletivas. • Envio de circulares com divulgação, interpretação e esclarecimentos sobre novas leis, portarias e demais assuntos de interesse da categoria. • Envio da Revista Minaspetro, publicação do Sindicato com informações e notícias diversas. • Realização anual do Congresso de Postos Revendedores de Combustíveis & Conveniência do Estado de Minas Gerais. • Realização de Reuniões Regionais. • Convênio com o Senac, para cursos de formação e qualificação profissional. • Convênio com a Unimed. • Convênio com o Serasa para contratação de serviços para consulta de cheques e outros dados. • Convênio com a Multiseg Corretora de Seguros para seguros contra incêndio, Responsabilidade Civil, Vendaval, Impacto de Veículos etc., além de outros como seguro de vida, automóvel, transporte de combustível e seguro ambiental. • Acesso a auditório e sala de reuniões na sede do Sindicato para realização de cursos, palestras e seminários. • Aghora Conveniência, serviço exclusivo do Minaspetro com assessoria permanente para instalação e operação de loja de conveniência. • Acesso a cadastro de fornecedores de produtos e de prestadores de serviço para postos. • Apoio de 21 Diretorias Regionais em todo o Estado. • Assessoria do Departamento de Expansão e Apoio ao Associado, com visitas regulares de assessores aos postos de combustíveis de todo o Estado.

(31) 2108-6500

minaspetro@minaspetro.com.br


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expediente Presidente Sergio de Mattos Assessoria de Imprensa e Comunicação Prefácio Comunicação Coordenação e Revisão Prof. José Carlos Cruz Redação Cristina Mota, Marcus Rocha, Paula Völker e Paulo Cunha Jornalista responsável Cristina Mota (MG 08071 JP) Produção Prefácio Comunicação Rua Bernardino de Lima, 41 Cep: 30430-090 Tel.: (31) 3292 8660 www.prefacio.com.br

www.minaspetro.com.br minaspetro@minaspetro.com.br

Comentários sobre esta edição, sugestões e outras contribuições serão bem-vindas. Envie mensagem para minaspetro@minaspetro.com.br e participe do Espaço do Leitor.

Editorial página 4 Solicitação de registro de posto revendedor junto à ANP – aspectos importantes página 5 Cuide bem de sua licença ambiental página 6 Suspensa a cobrança ilegal de parcela de ICMS sobre conta de energia elétrica página 7 A luta incessante contra os desmandos da política tributária nacional página 8 Escrituração digital: uma nova era para o contribuinte página 9 Minaspetro contesta judicialmente métodos de reajuste do GNV página 10 Gota a Gota página 11 Estimule a relação de confiança entre empresa e funcionário página 12 Como se proteger das turbulências na economia e manter o negócio saudável página 13 Trabalho para esclarecer e reconstruir a imagem do setor página 14 Compromisso com o combate à adulteração de combustíveis e à sonegação página 17 Óleos lubrificantes podem ser diferenciais para melhor receita dos postos página 19 ABNT divulga nova norma de operação e manutenção dos postos página 23 De olho no cenário econômico página 25 O nascimento do Sindicato página 27


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editorial

A

“Mudar significa, essencialmente,

buscar novas alternativas”.

indústria automobilística americana, sempre considerada o símbolo do poderio econômico dos Estados Unidos, está sujeita a mudanças estruturais, para receber qualquer ajuda do governo americano. As montadoras General Motors, Ford e Chrysler, que foram líderes mundiais do setor, somente terão recursos do governo caso venham a ter um modelo de produção realista e focado na eficiência do consumo de combustíveis. Vemos que a indústria automobilística, no momento, deverá buscar novas matrizes energéticas para seus motores, avançando, muito possivelmente, para o automóvel elétrico e, talvez, mais especificamente, para aqueles com motores híbridos. Tudo isso sem contar outras possibilidades, como o hidrogênio ou acumuladores, com tecnologias economicamente viáveis a partir do aumento de escala de produção. O lobby fortíssimo da indústria petrolífera e da indústria automobilística, que não têm interesses efetivos de mudança do parque industrial, tem feito com que se mantenha a situação atual. No entanto, além do problema ambiental, principalmente por parte dos Estados Unidos, o momento que estamos vivenciando nos mostra que indústrias obsoletas, se não mudarem, estarão fadadas a desaparecerem. As condições atuais são bastante favoráveis à transição de modelos industriais que, a partir dos Estados Unidos, fatalmente

se reproduzirá em todo o resto do mundo. O que isso tem a ver com o nosso negócio? O nosso setor sofreu mudanças significativas desde a abertura do mercado, com novas exigências legais, tais como adequação ambiental e fiscal, obrigando os empreendimentos a informatizar todas as atividades, entre outras. Atualmente, nosso negócio ainda passa por ajuste profundo e, sem que se readquira condições de competitividade, certamente o nosso futuro será bastante sombrio. Deve ser de conhecimento de todos que nosso mercado de revenda, em comparação ao de países da América e da Europa, é um dos poucos que ainda permanece na mão dos revendedores. Assim, não podemos ficar o tempo todo à espera de um “anjo” para nos salvar de nossas aflições. Mudar significa, essencialmente, buscar novas alternativas. Devemos acompanhar as evoluções dos mercados que, de maneira direta ou indireta, irão afetar a nossa atividade. Devemos pensar nas opções que podemos criar para agregar valor ao negócio, na gestão administrativa, financeira e de pessoal, e nas exigências legais a que inexoravelmente estamos submetidos. Este momento exige reflexão e cautela para transpor a situação atual e o que poderá advir. Sucesso para todos! Sergio de Mattos Presidente do Minaspetro


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jurídico

registro de posto

Solicitação de revendedor junto à ANP – aspectos importantes Frequentemente, revendedores procuram o Minaspetro a fim de sanar dúvidas acerca da solicitação de registro de novo posto junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por isso, passemos a algumas considerações importantes sobre o tema. Para constituição de um novo posto, bem como para a abertura de filiais, é necessário que o interessado encaminhe à ANP os documentos previstos no art. 4º da Portaria ANP nº. 116/00. Estes podem ser enviados via correio (com “AR”) ou entregues diretamente na Agência. Fato de extremada relevância e que traz muitas dúvidas ao revendedor diz respeito aos documentos que deverão ser enviados, quando uma empresa com CNPJ distinto passa a funcionar nas instalações onde já funcionou um posto autorizado a operar pela ANP. Nesse caso, é necessário que seja encaminhada, adicionalmente, cópia autenticada de documento que comprove o encerramento das atividades do posto antecessor, podendo ser um dos discriminados nas orientações de preenchimento da ficha cadastral de solicitação de registro da ANP. Deve-se verificar ainda, antes do envio do requerimento de registro, se o posto que funcionou no local possui algum débito junto à ANP, uma vez que a referida autarquia tem condicionado a autorização do novo registro com a quitação de

quaisquer débitos do antecessor. Ressalte-se que a nova empresa não poderá iniciar suas atividades utilizando-se da autorização concedida ao antigo posto. O funcionamento só está autorizado após a pu-

“...durante o tempo em que a documentação estiver sob análise da ANP, o posto não poderá iniciar suas atividades, só devendo fazê-lo após a publicação do registro no DOU, sob pena de autuação e interdição”. blicação do novo registro no Diário Oficial da União (DOU). A ANP terá o prazo de 30 dias para conceder o registro, contados a partir da data do protocolo do requerimento, desde que a documentação apresentada atenda aos requisitos legais. Saliente-se que poderão ser solicitados documentos adicionais e, nesse caso, o prazo de 30 dias será novamente contado, a

partir da data de protocolo dos novos documentos. Assim, durante o tempo em que a documentação estiver sob análise da ANP, o posto não poderá iniciar suas atividades, só devendo fazê-lo após a publicação do registro no DOU, sob pena de autuação e interdição. Portanto, é de suma importância que seja realizada uma análise minuciosa de toda a documentação a ser encaminhada para a ANP, a fim de que sejam cumpridos os requisitos legais, sem a necessidade de documentos adicionais e nova contagem do prazo de 30 dias. Bárbara Nolli Bitencourt Advogada do Minaspetro barbaranolli@gmail.com


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Cuide bem de sua Desde a publicação da Resolução Conama n°. 273, de 29 de novembro de 2000, a atividade de Revenda de Combustíveis, dentre outras, tornou-se passível de licenciamento ambiental, em todos os Estados do Brasil. Ressalvado o caso dos municípios de Belo Horizonte e de Contagem, que possuem regras próprias para o licenciamento, no âmbito do Estado de Minas Gerais o procedimento iniciou-se com a publicação da Deliberação Normativa Copam nº. 50, em 15 de dezembro de 2001. A partir desse marco histórico, a maioria esmagadora dos postos revendedores buscou regularizarse e obter a licença ambiental. Nada obstante, é necessário falar que as obrigações ambientais não terminam com o recebimento da licença ambiental ou autorização ambiental de funcionamento. Muito pelo contrário, é com o recebimento da licença ambiental ou autorização ambiental de funcionamento que as obrigações ambientais atingem maior importância: em anexo à licença ambiental, existem as condicionantes ambientais, que devem ser cumpridas sob pena de, na pior das hi-

licença ambiental

“...as obrigações ambientais não terminam com o recebimento da licença ambiental ou autorização ambiental de funcionamento”. póteses, ocorrer a paralisação das atividades empresariais. Decorridos oito anos do início do licenciamento ambiental dos postos revendedores de combustíveis, percebe-se que alguns empresários estão deixando de cumprir as condicionantes ambientais ou o plano de automonitoramento, anexo à sua autorização ambiental de funcionamento. O cumprimento de tais deveres é contínuo, ou seja, são obrigações de trato sucessivo, inclusive para fins de renovação de licença ambiental ou autorização ambiental de funcionamento. A comprovação de atendimento das condicionantes ambientais deverá ser efetivada junto ao órgão

ambiental no momento de renovação da licença, mediante a apresentação do Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental (Rada), conforme consta da Deliberação Normativa Copam nº. 17. Os benefícios de cumprimento das condicionantes ambientais são inúmeros, incluindo o aumento do prazo das licenças que serão emitidas posteriormente. Por exemplo, uma licença com prazo de validade de seis anos passará a ser de oito anos, após sua renovação. Mas isso somente ocorre para os postos revendedores que cumprem suas obrigações. Por outro lado, se for constatado que o empreendimento não cumpriu seus deveres, pode ocorrer a diminuição do prazo de validade da licença ambiental, entre outras sanções. Portanto, cuide bem de sua licença ambiental, cumpra as condicionantes e/ou o plano de automonitoramento e guarde todos os documentos em pastas separadas. Lembre-se: em eventuais dúvidas ou problemas, procure o Minaspetro. Bernardo Souto Advogado do Minaspetro souto.bernardo@gmail.com


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jurídico

parcela

Suspensa a cobrança ilegal de sobre conta de energia elétrica

de ICMS Em 11 de dezembro de 2008, o Minaspetro distribuiu ação ordinária declaratória de nulidade de cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a demanda contratada existente na conta de energia elétrica, cumulada com pedido de repetição de indébito das empresas associadas que se utilizam da média tensão no Estado de Minas Gerais. Em 19 de janeiro de 2009, o Sindicato obteve liminar que suspende a cobrança para os postos associados. As empresas beneficiadas pela decisão não carecem de nenhuma preocupação para obter o benefício, pois o Sindicato enviou a listagem dos postos sindicalizados à Justiça Estadual. A partir da informação prestada pelo Minaspetro, o Estado será obrigado a não mais cobrar a parcela do ICMS referente à demanda contratada da Cemig. Esses revendedores poderão perceber, a partir do próximo mês, que o valor da demanda contratada não mais estará incluído

“O benefício pleiteado pelo Sindicato não visa apenas à sustação

da cobrança

dessa parcela de ICMS, mas também à devolução

daquilo que foi pago

indevidamente pelas empresas nos últimos cinco anos”.

no cálculo do ICMS da conta de energia elétrica. O benefício pleiteado pelo Sindicato não visa apenas à sustação da cobrança dessa parcela de ICMS, mas também à devolução daquilo que foi pago indevida-

mente pelas empresas nos últimos cinco anos. Mas, para tanto, os revendedores beneficiados deverão aguardar a decisão de mérito desta ação e, depois, individualmente, apurar e cobrar do Estado o seu crédito. Deve-se observar que, caso essa ação seja julgada procedente, as empresas que se beneficiarão com a medida terão obtido grande vantagem financeira por conta do Sindicato. Em simples razão, perceberão que a mensalidade do Sindicato não é um ônus, mas sim um bônus. Esta é mais uma medida preventiva que o Minaspetro tomou na defesa dos interesses dos seus associados. Pretende-se, em breve, anunciar outras medidas dessa mesma natureza, com o intuito de melhorar as condições empresarias da categoria pela via sindical. Ciro Piçarro Advogado e Diretor do Minaspetro ciroap@terra.com.br


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jurídico

desmandos da política tributária nacional

A pobreza franciscana das normas que versam sobre nosso sistema de competências tributárias, incutido no texto da Constituição Federal de 1988, e o puro e simples afã arrecadador dos órgãos da Administração Pública vêm gerando, desde 1988, graves distorções no sistema tributário nacional. Isso ora no âmbito dos Estados, que, privados de recursos, utilizam-se de subterfúgios nem sempre constitucionais para suprir a falta de caixa, ora pela própria União Federal, que, para cobrir o alto custo da máquina administrativa e a necessidade premente do cumprimento de metas econômicas, notadamente para atender aos anseios do mercado financeiro – investidores externos –, promove aumentos sucessivos da carga de seus tributos – a maioria deles, inconstitucionais. Atento a esta necessidade, o Minaspetro vem travando incessantes batalhas em todas as frentes possíveis (Estados e União) para tentar, justamente, diminuir os prejuízos suportados pelos revendedores, decorrentes da excessiva tributação sobre eles incidente. Um dos exemplos mais recentes desta luta encontra-se nas ações propostas para a recuperação dos valores extorsivos cobrados por Minas Gerais a título da taxa de incêndio, nos anos de 2004 e 2005. Vale dizer, inclusive, que já houve uma primeira sentença,

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A luta incessante contra os

publicada ao final de dezembro de 2008, julgando-se totalmente procedentes os pedidos dos associados constantes daquela ação (processo nº 024.08.116163-8), que, se mantida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), garantirá a restituição integral dos valores suportados pelos postos naqueles dois anos. Outro exemplo verificado foi a propositura recente de mandado de segurança coletivo pelo Minaspetro contra a cobrança da CPMF realizada no período de janeiro a março do ano de 2004. Caso logre êxito em sua contenda, o Sindicato garantirá a seu associado a restituição ou a compensação de valores correspondentes a 0,3% de toda a movimen-

tação bancária verificada no aludido período. E a luta continuará, enquanto a prática de atos impensados e pouco altruísticos pelos governos não cessar. Aos empresários brasileiros resta, além de uma criatividade quase divina, fiar-se na competência e na gana de seus órgãos de representação, como vem fazendo o Minaspetro, para brigar, quiçá, pela diminuição dos impactos causados pela oligofrenia do sistema tributário pátrio sobre as suas combalidas finanças. Gustavo Guimarães da Fonseca Advogado do Minaspetro gustavo@gustavofonseca.adv.br


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contábil

uma nova era

para o contribuinte

Como parte do projeto de modernização da Administração Tributária da Receita Federal do Brasil e visando à integração dos fiscos e à padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, criou-se o Serviço Público de Escrituração Digital (SPED). Seu objetivo é racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias, padronizar as informações contábeis, integrar os fiscos com compartilhamento de informações, promover melhoria na fiscalização, através de cruzamento de dados eletrônicos, e combater a sonegação de forma mais eficiente. O SPED teve início com a Emenda Constitucional nº. 42, de 19 dezembro de 2003, que introduziu o inciso XXII ao artigo 37 da Constituição Federal. Esta emenda determina a sincronização das informações e o compartilhamento de dados cadastrais das Administrações Fazendárias da União, do Estado e dos Municípios. Várias ações foram efetivadas para a implantação do

“...o Serviço trará benefícios para o contribuinte, uma vez que este se livrará da obrigatoriedade de entrega da mesma informação para diferentes entes da federação”. Serviço, como encontros nacionais de administradores tributários, protocolos de cooperação técnica, criação do Certificado Digital ICP Brasil e implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que se tornaram alguns dos principais pilares do SPED. É importante ressaltar que o Serviço trará benefícios para o contribuinte, uma vez que este se livrará da obrigatoriedade de entrega da mesma

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Escrituração digital:

informação para diferentes entes da federação. Podemos citar como os ganhos a redução do custo de impressão de livros fiscais, bem como seu arquivo, eliminação do papel, simplificação das obrigações acessórias e diminuição no custo administrativo. O SPED também proporcionará melhor ambiente competitivo no país, através de uma concorrência mais leal e justa, pois o combate à sonegação se dará forma racional e eficiente. Inicia-se uma nova era digital no país para o contribuinte, na qual as informações e os registros circularão praticamente em tempo real. A competência, a transparência e a ética serão fundamentais para determinar o sucesso ou fracasso de empreendimento. É importante que os empresários cobrem de seus contadores o cumprimento legal da escrituração digital. Willomar Marcos Prates de Oliveira Contador e consultor willomar@pop.com.br


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gnv

métodos

Minaspetro contesta judicialmente do Gás Natural Veicular

de reajuste

Após extensas e exaustivas tratativas envolvendo os entes definidores da política estadual do Gás Natural Veicular (GNV), o Minaspetro, depois de deliberar com seus revendedores de gás, interpelou judicialmente a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) sobre as formas de reajuste do produto. Em duas oportunidades, na sede do Sindicato, os incessantes esforços desta instituição no afã de fomentar o mercado de gás no Estado foram demonstrados aos revendedores das cidades na qual existe Revenda de GNV. Todas as sugestões apresentadas pelo Sindicato foram rechaçadas pelo Estado e pela Gasmig. Salientese que não foram poucas. Apenas como ilustração, sem a intenção de exaurir as propostas do Minaspetro ao Estado de Minas Gerais, foram sugeridas: a equiparação do ICMS do GNV ao Gás Natural Industrial (GNI); a concessão de desconto de IPVA aos carros movidos a GNV, nos mesmos moldes da concessão aos movidos a álcool; a redução da Margem de Va-

lor Agregado (MVI), que nada mais é que a redução de outra parcela de ICMS incidente sobre o produto; a criação de um programa de fomento do mercado de GNV no Estado, através de incentivos à conversão de carros para GNV; a criação de uma Agência Reguladora Estadual para o Gás Natural; a sazonalização dos reajustes, para que ocorram apenas na entressafra do álcool; dentre outras. O Minaspetro reuniu-se, por diversas vezes, com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, a Secretaria de Estado de Fazenda e a Gasmig. Porém, como afirmado, sem êxito. E, nos últimos 24 meses, o setor sofreu com incessantes, abusivos e desnecessários reajustes do produto. Nunca se conseguiu entender os mecanismos de reajuste do GNV. Em audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais no ano de 2008, na Comissão de Defesa do Consumidor, a pedido do Deputado Estadual Alencar da Silveira Júnior, a Gasmig foi inti-

mada a apresentar seus mecanismos de reajuste. Porém, não o fez. Como recordação, o combustível foi reajustado em 15% em outubro e, em janeiro, em 2,1%. Como justificativa ao reajuste de outubro, a estatal, detentora do monopólio da distribuição do GNV no Estado, afirmou que o aumento devia-se à alta excessiva do petróleo. Porém, NUNCA levou em consideração o decréscimo do dólar. Em janeiro, com a derrocada dos preços do petróleo, que caíram 70% desde o pico histórico, a Revenda foi surpreendida com mais um reajuste, motivado pelo aumento do dólar. Sem explicação! Esses são os motivos que levaram o Minaspetro, com ineditismo, revolta e coragem, a contestar os abusivos reajustes que causaram o declínio do mercado revendedor de GNV do Estado. Ciro Piçarro Advogado e Diretor do Minaspetro ciroap@terra.com.br

Comparativo de custo/benefício com uso de GNV Combustível

Preço – R$ *

Autonomia Km/l ou Km/m3

Custo Km rodado – R$

Economia Percentual - %

Economia Anual Estimada **

Gasolina

2,37

10

0,237

41,77

3.613,50

Álcool

1,61

7

0,23

40

3.358,00

GNV

1,80

13

0,138 * Síntese dos Preços Praticados – MG, fonte ANP, período de 18 a 24/1/2009. ** Considerando que o carro percorre em média 100 Km por dia.


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gota a gota

Arquivo Minaspetro

Revista é sucesso

Um dos investimentos da Diretoria do Minaspetro na comunicação entre Sindicato e associados, a Revista Minaspetro tem obtido sucesso dentro e fora do setor. Em evento no Centro Mineiro de Referência em Resíduos, em Belo Horizonte, o vice-governador Antônio Augusto Anastasia recebeu um exemplar do presidente Sergio de Mattos.

Cancelamento Em função de questões internas, o jornal Estado de Minas cancelou o benefício de envio de exemplar gratuito a todos os associados do Minaspetro. A parceria, a princípio, duraria seis meses, mas se prolongou por vários anos, propiciando que os revendedores tivessem acesso a informações diárias de Minas, do Brasil e do mundo.

Petrobras prevê investir US$ 35 bi em 2010 A Petrobras prevê que seus investimentos em 2010 alcancem US$ 35 bilhões, ante os US$ 28,6 bilhões previstos para 2009, informaram diretores da estatal em 26 de janeiro, quando foram fornecidos detalhes sobre o plano de negócios 2009-2013. O diretor financeiro Almir Barbassa afirmou que a estatal espera captar entre US$ 18 e 19 bilhões para os investimentos de 2010, dos quais US$ 10 bilhões estariam garantidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A empresa divulgou, na semana anterior, o plano de negócios para o período de 2009 a 2013, estimando investimentos de US$ 174,4 bilhões para um período de cinco anos, volume 55% superior ao plano anterior. A estatal informou que boa parte dos empréstimos que fará junto ao BNDES terá prazo de 30 anos para pagamento. Para os investimentos de 2009, a empresa conta com US$ 11,9 bilhões do BNDES e mais US$ 5 bilhões viabilizados junto a bancos internacionais. O restante será captado no mercado. Fonte: Reuters Brasil


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gestão

de confiança

Estimule a relação entre empresa e funcionário Nas últimas edições, falamos sobre os desafios na gestão de metas e objetivos, destacamos a importância de conhecer o negócio, seus clientes e seus concorrentes, e da importância do processo de seleção e contratação. Agora, começaremos a falar sobre treinamento e motivação. A motivação vai muito além de uma comissão, ela é consequência de um processo de confiança entre empresa e funcionários. Estes têm que ter consciência de que a empresa espera por resultados, e de que ela acredita no potencial de sua equipe, para serem conquistados. Por isso, a hora da inclusão de um novo funcionário é muito importante, pois é a oportunidade de se mostrar à equipe que ele veio para somar. Apresente a ele suas boas-vindas e o parabenize por fazer parte de sua equipe após um criterioso processo de seleção. Isso fará com que ele se sinta um vencedor. Informe sobre as questões burocráticas, como benefícios, horários,

enfim, tudo o que será importante para que ele não crie expectativas infundadas por falta de informação. Fale sobre a atividade de um posto e sobre as atitudes que você espera de um funcionário no desempenho de suas funções. Lembre-se de que tudo o que você passar para este novo funcionário deverá estar sendo praticado pela equipe atual, pois, caso contrário, suas orientações não surtirão efeito, já que a postura exigida não é uma prática diária no cotidiano da empresa. Apresente-o à equipe, informando sobre o trabalho que ele irá exercer. Isso deixará o grupo receptivo e disposto a colaborar com o novo colega. O acompanhamento constante do gestor aos funcionários é importante. Reservar tempo para avaliação, orientação e treinamento dos frentistas e disponibilidade de tempo para um novo funcionário pode ser um grande diferencial em seus resultados. Na gestão de pessoas, metas e objetivos são primordiais, e o segredo é utili-

zar ferramentas simples, por meio das quais a empresa possa identificar se o novo funcionário está correspondendo às expectativas do cargo e se suas características estão de acordo com o perfil desejado. Para os funcionários antigos, deve-se elaborar um plano de ação que determine o que se espera de cada frentista e como ele deve colocar aquilo em prática. Com essa análise, a empresa poderá tomar algumas decisões sobre definições de metas para o desenvolvimento e o crescimento do funcionário na função. O que vai definir o resultado é a junção entre a iniciativa da empresa em criar mecanismos para estimular a equipe e a disposição dos funcionários em entender que eles podem crescer se estiverem motivados para se capacitar e buscar conhecimento. Adriana Queiroga Gerente Administrativo Financeiro do Minaspetro adrianaqueiroga@minaspetro.com.br


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coveniência & varejo

das turbulências

Como se proteger na economia e manter o negócio saudável As notícias de turbulência econômica e alguns sinais práticos que rondam o varejo nesse início de ano preocupam os empresários do setor sobre possíveis quedas de demanda. Seja pela precaução dos consumidores ou pelo medo da perda do emprego, a primeira reação é encolher os gastos. A pergunta é: o que fazer para proteger o meu negócio e passar longe da crise? Cada região ou bairro dentro de uma cidade terão impactos diferentes, que acontecerão em tempos diferentes. Portanto, o mais prudente é se preparar desde já, para evitar surpresas, contar com o “tino comercial” e estar atento a tudo. Já sofremos muito na última década com solavancos da economia, abertura do mercado, entradas de maus revendedores, especulação, concorrência desleal, preços aviltados, adulterações, litro que não é litro, dentre outras. Foram ações nada éticas que comprometeram o setor e acabaram por promover uma quebradeira visível em boa parte dos empreendimentos no país, com postos fechados e apodrecendo no tempo. Uma boa bandeira, com marca respeitada pelos consumidores, e uma operação exemplar fazem a diferença e serão aspectos decisivos no momento em que o cliente precisará valorizar o seu dinheiro e proteger o seu veículo. A boa imagem do ponto de venda, o atendimento diferenciado e os serviços de qualidade vão contribuir para menores

perdas em relação aos concorrentes. O momento é de atenção e de táticas de marketing focadas no momento do consumidor, ou seja, é importante atender a cada nova necessidade dele, além do simples ato do abastecimento, que pode ser feito em outro posto. O varejo tem usado e abusado da chamada “experiência de compra” para aumentar a receita e a rentabilidade. Na prática, isso nada mais é

“O momento é de atenção e de táticas de marketing focadas no momento do consumidor...”

do que melhorar o ambiente, ter produtos a serem oferecidos pela equipe de atendimento, com boa exposição e banners, faixas, displays, visíveis e atrativos que incentivem a compra por impulso. O segredo é aumentar alguns litros em cada abastecimento, abrir mais capôs, voltar a explorar melhor a troca de óleo, dessa vez com profissionalismo, para que o cliente sinta que seu carro está sendo bem tratado, oferecendo a ele um check list rápido, mostrando a vare-

ta com o óleo novo e no nível indicado, passando um pano no motor para melhorar a aparência etc. Aumente a oferta de produtos na pista, lembrando que cada centavo de ganho marginal, multiplicado pelas milhares de oportunidades geradas no momento do abastecimento, pode representar um montão de dinheiro no final do ano. Destaque para inovação: um posto de serviço em São Paulo encontrou uma oportunidade de fidelização nos taxistas, oferecendo “banho quente” em troca de abastecimento ou troca de óleo. Diz o operador que eles pagam em dinheiro, abastecem todos os dias, seus carros são novos e bem cuidados, e eles têm sempre um dinheirinho no bolso para gastar na loja de conveniência. Bons ventos sopram para aqueles que inovam e saem na frente. Valorize a equipe, não pense em demissões e muito menos em amedrontar seus profissionais: uma conversa diária é uma boa tática. Estimule-os para que melhorem o atendimento, mas dê instruções de como fazer para encantar e vender mais. Ter metas de vendas e de rentabilidade também ajuda. Por fim, acompanhe os gastos e procure racionalizar tudo o que for possível. Corte o que for supérfluo e transforme custos em lucratividade. Claudio Correra Consultor de Varejo Automotivo correra@mppmarketing.com.br


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capa

reconstruir a imagem do setor

Orientação e defesa dos revendedores de combustível de Minas Gerais: esses são os principais objetivos do Minaspetro, em prol do setor que gera em torno de 25% da arrecadação tributária do Estado e empregos diretos para mais de 40 mil pessoas. Recentes denúncias e operações prejudicaram a imagem dos revendedores e do próprio Sindicato. Mas o Minaspetro acompanha a apuração dos fatos e, principalmente, dedicase a esclarecer a sociedade sobre a atuação e a importância do setor. Nesta entrevista, o presidente Sergio de Mattos fala sobre as ações do Sindicato, as conquistas de 2008 e as expectativas para 2009. A imagem dos empresários da Revenda de Combustíveis tem sido depreciada junto à sociedade, em face de denúncias de formação de cartel e adulteração de produtos, entre outras. Como o Minaspetro vê essa situação e tem agido para revertê-la? Pesaram muito, em 2008, as operações relativas a denúncias de cartel, adulterações de combustíveis e sonegação fiscal, entre outros. É importante ficar bem claro: não estamos omissos, estamos acompanhando o processo e, inclusive, questionamos a forma como as investigações foram feitas. Porém, há a necessidade de aguardar para termos conhecimento de todo o processo, da conclusão do inquérito e possível indiciamento.

Fernanda Pereira

Trabalho para esclarecer e

Sergio de Mattos planeja diversas ações no ano do cinquentenário do Sindicato

Nós nos preocupamos muito com a imagem do setor. Como ficou para os nossos clientes e para a própria Revenda? Somos uma categoria formada por empresários, em sua maioria com mais de 20 anos no setor, e que, tradicionalmente, vivem exclusivamente de seus negócios, gerando emprego, pagando impostos e contribuindo para uma sociedade honesta e íntegra. Mas, infelizmente, como em qualquer mercado, existem empresas idôneas, que trabalham corretamente, e pode existir uma minoria de empresários que não trabalha da forma correta. A nossa maior preocupação é que o consumidor entenda isso e não acredite que o setor, como um todo, quer enganá-lo, adulterar, sonegar impostos, com práticas não éticas em função do lucro. Há fisca-

lizações em todas as áreas, tais como as da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Secretaria de Estado de Fazenda etc., e um esforço grande do Sindicato para mobilizar os associados, para que eles busquem a adequação às legislações pertinentes e atuem de forma correta. Buscamos levar essas informações e mostrar essa atuação sempre que possível, para os associados e a imprensa. O setor tem sua importância na economia, em termos de arrecadação e geração de empregos. Fale um pouco sobre esse aspecto. A Revenda de Combustíveis é o segundo setor em arrecadação de ICMS do Estado, em torno de 25%. Como há a substituição tributária,


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capa no momento da venda do produto da refinaria para a distribuidora e desta para o revendedor, os impostos são recolhidos antecipadamente. Isso é uma garantia e traz segurança para o Estado, bem como cria uma situação para uma concorrência mais transparente. Em relação aos empregos, temos mais de 4 mil postos em Minas, segundo dados da ANP. São muitas as vagas geradas, diretas e indiretas. Há empreendimentos maiores ou menores, mas, por exemplo, vamos imaginar 10 pessoas trabalhando em cada posto: só aí, já são mais de 40 mil empregos diretos, fora os empregos indiretos. Isso é apenas uma média, acredito que o número seja muito maior. E não podemos nos esquecer do mais importante: os postos revendedores são prestadores de serviço, de utilidade pública. Tanto que, obrigatoriamente, por determinação de portaria da ANP, os postos têm que estar abertos diariamente, podendo permanecer fechados no máximo das 22h às 6h. E temos muitos relatos do quanto o posto revendedor foi importante em um momento de viagem, de uma necessidade urgente, “o porto seguro”. Quem nunca precisou de um local que desse segurança para parar e obter informações durante uma viagem, por exemplo? No posto revendedor, você tem uma loja de conveniência, uma lanchonete, uma borracharia, um eletricista, etc. É um apoio em diversos momentos, um local seguro, seja na cidade ou na estrada, para verificar um defeito, um problema, ou mesmo descansar. O posto revendedor, assim, tem a sua importância, não pode ser visto apenas como local de venda de combustível.

Quais as principais ações empreendidas pelo Minaspetro em benefício do seu associado? Procuramos exercer, principalmente, a defesa da Revenda e, ao mesmo tempo, orientar sobre os assuntos pertinentes ao setor. Estamos atentos às legislações da ANP, trabalhista, tributária, ambiental, e orientamos o revendedor quanto aos cuidados que devemos ter. Temos assessoria jurídica na sede, assim como nos escritó-

“No posto de combustível você tem uma loja de conveniência, uma lanchonete, uma borracharia, um eletricista. É um apoio em diversos momentos, um local seguro, seja na cidade ou na estrada...” rios regionais, para dar apoio aos revendedores no que for necessário. Faz parte desta assistência o auxílio na análise jurídica de contratos, de forma que o associado tenha os melhores benefícios. Há, ainda, as orientações para a contratação de funcionários, para a gestão do empreendimento, o dia a dia, orientação contábil, tudo para que o negócio seja sustentável, sobreviva no mercado. Para manter nossos associados atualizados, temos também os assessores que percorrem todo o Estado, levando as últimas informações do nosso setor.

Como se dá a atuação do Minaspetro junto a outros órgãos representativos do setor, como a Fecombustíveis e os sindicatos de outros Estados? A Federação congrega os Sindicatos, que representam seus Estados. Temos reuniões periódicas, em que os problemas dos Estados são relatados e, se necessária a intervenção em nível nacional, isso é feito pela Federação. Temos uma boa relação com os demais Sindicatos da categoria de outras regiões e Estados, procuramos sempre acompanhar os trabalhos, os relatos, os problemas. Há uma troca de experiências, de informações, de idéias de boas práticas, sempre trabalhando em benefício da Revenda. A categoria teve algumas conquistas em 2008 e o Minaspetro avançou em alguns serviços. Fale um pouco sobre o ano. Obtivemos várias conquistas, mas vamos falar de algumas. Por exemplo, a implantação do Departamento de Atendimento ao Associado, que aproximou o Minaspetro dos revendedores da capital e do interior. Com este trabalho, estamos conhecendo de perto os problemas dos empresários do setor e, por meio dessas informações, estruturaremos planos estratégicos para atuar na defesa da Revenda mineira. Este projeto foi um grande benefício para todos. Realizamos nosso X Congresso, sucesso de participação, bem como os Ciclos Regionais, sempre preocupados em inovar e levar informação aos associados. Conquistamos, também, a informatização do Minaspetro, com melhoria e agilidade do atendimento ao revendedor: hoje, todas as consultas realizadas ficam gravadas, registradas, propiciando um melhor acompanhamento das consultas feitas ao


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Departamento Jurídico e a integração dos sistemas administrativos, financeiro e contábil. Reformulamos o nosso site e empreendemos mudança na Comunicação, com a criação da Revista, na qual, além de informações sobre o mercado, o leitor encontra orientações de como gerir e agregar valor ao seu negócio. Fomos, ainda, vencedores na ação coletiva na Justiça em relação à taxa de incêndio, conseguindo a restituição da diferença cobrada nas parcelas pagas entre 2004 e 2006, e, recentemente, conseguimos outra vitória judicial sobre a cobrança do ICMS na demanda contratada da Cemig. Qual o planejamento de ações para 2009? Além dos Encontros e Ciclos Regionais, já tradicionais, que promovem uma aproximação maior com os revendedores, em 2009 queremos intensificar a visita às regionais do Estado. O revendedor se sente mais à vontade para conversar e discutir seus problemas diretamente com o presidente e os diretores regionais. Realizamos a primeira visita de 2009 em janeiro, ao Triângulo Mineiro e ao Alto Paranaíba. Começamos por Uberaba, onde houve, recentemente, uma série de fiscalizações em mais de 70 postos de combustíveis, sendo 36 autuados, com problemas em suas licenças ambientais, de operação e de funcionamento. Acompanhamos o processo e foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público. Participamos desse trabalho e estamos dando todo o apoio aos nossos associados. As reuniões trazem por benefício um contato maior. Estivemos em Iturama, Ituituaba, Uberlândia, Patrocínio, Patos de Minas, Carmo do Para-

Arquivo Minaspetro

capa

Encontro com revendedores na cidade de Patrocínio

naíba, São Gotardo, Ibiá e Araxá. Ao longo do ano, vamos ao Sul e Norte de Minas, ao Vale do Jequitinhonha e do Aço, a todas as regiões do Estado. E nessa visita ao Triângulo estivemos atentos a uma questão, na qual estaremos trabalhando: temos grande preocupação quanto à comercialização do etanol, pois observamos muitas destilarias criando postos internos de abastecimento. Promoveremos uma ação junto à Secretaria de Estado de Fazenda e à ANP, pois não é permitida a comercialização direta deste produto, que traz um prejuízo significativo para os postos nas proximidades dessas destilarias. Há, ainda, um questionamento muito grande da Revenda em relação ao ICMS de Minas, que é de 25%, e do Estado de São Paulo, de 12%. Há uma disputa grande, prin-

“Em 2009, queremos

intensificar a visita às regionais

do Estado”.

cipalmente em regiões próximas à divisa entre os Estados, com prejuízo para os postos revendedores. O biodiesel também terá a atenção do Minaspetro, pois a adição do óleo vegetal diretamente no diesel, sem o processamento adequado, traz prejuízo não só ao meio ambiente, mas também para o motor de quem utiliza o combustível. Vamos acompanhar, pois dependemos da fiscalização tanto da ANP como da Secretaria de Estado de Fazenda para um mercado sadio. Faremos o lançamento do Manual do Revendedor com todos os assuntos pertinentes à Revenda e a distribuição de cartilhas por assunto, tal como a da ANP, que foi entregue nos Encontros Regionais. E, por fim, vamos comemorar os 50 anos do Sindicato, em novembro. Devemos celebrar, pois completamos meio século de lutas e dedicação à nossa Revenda. Teremos diversas atividades ao longo de 2009, todos devem participar. Estamos abertos a sugestões e idéias! Vamos continuar o nosso trabalho, sempre contando com a participação de todos. Um sindicato somente é forte com a união da Revenda.


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especial

combate à

Compromisso com o de combustíveis e à sonegação

Com a abertura do setor de distribuição de combustíveis no Brasil no início da década de 1990, rapidamente e de forma desordenada, surgiram no mercado nacional cerca de 400 novas distribuidoras. Nessa onda, foram criadas distribuidoras regionais que atuam de forma legal, administradas por profissionais do setor, e, entretanto, também nasceram muitas distribuidoras pautadas na fraude fiscal e na adulteração de combustíveis. Em 1994, com a criação do Sindicato das Distribuidoras Regionais Brasileiras de Combustíveis (Brasilcom), foi iniciado um importante trabalho de conscientização e de apoio às autoridades competentes ligadas ao setor que visava, principalmente, combater a adulteração de combustíveis e a sonegação de tributos. Com o propósito de tornar o mercado de combustíveis no país mais transparente e com maior credibilidade, o Brasilcom passou a atuar de forma mais intensa em vários eventos organizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Petrobras e pelos sindicatos de revendedores em diversos Estados. Nessa trajetória, a entidade tem promovido e participado de eventos e acontecimentos importantes na defesa desta causa. Em 2003, na CPI dos combustíveis, o Brasilcom esteve presente, expressando a indignação com a forma como estavam sendo

Arquivo Brasilcom

adulteração

Maurício Chicre Abou-Rejaile esta à frente do Brasilcom

conduzidos os processos de punição dos fraudadores e sonegares. Em outras ações, como nas audiências públicas realizadas pela ANP, a entidade também auxiliou na preparação de diversas portarias de regulamentação do mercado. Mais recentemente, idealizou e trabalhou na implantação do atual modelo de comercialização de biodiesel (B-100) entre o produtor e o distribuidor, para minimizar as possibilidades de adulteração, sonegação e abuso de poder econômico. “É um trabalho sem trégua, pois, infelizmente, o mundo do crime é muito criativo e nos obriga a estar sempre atentos às novas modalidades de fraude, que surgem a todo o momento. Felizmente, hoje, quando analisamos os resultados das pesquisas realizadas sobre a

qualidade dos combustíveis, publicadas no website da ANP, observamos que os índices de não-conformidade foram consideravelmente reduzidos nos últimos cinco anos”, relata o presidente do Brasilcom, Maurício Chicre Abou-Rejaile.

O papel do revendedor Não há nenhuma ação organizada para o combate à fraude que não passe pela Revenda, já que é o revendedor quem está na linha de frente. Mesmo em casos de postos bandeira branca, por força da lei, o revendedor fica obrigado a informar a procedência do produto de forma visível, na bomba. Assim, naquele momento, com aquele produto, ele passa a ser revendedor daquela determinada


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especial Índices em Minas Assim como a maioria dos Estados brasileiros, Minas Gerais teve uma diminuição considerável nos índices de não-conformidade apurados pela ANP. Maurício Chicre Abou-Rejaile faz um comparativo entre 2003 e 2008 em Minas Gerais e explica que há sete anos o Estado aparecia com 3,6% de não-conformidades na gasolina, 7,9% no álcool hidratado e 19,2% no óleo diesel. Ele conta que os dados de 2003 mostram como era alarmante a situação dos produtos não conformes em Minas Gerais e, no caso do óleo diesel, a situação estava à beira do colapso, pois aproximadamente 1 em cada 5 litros de óleo diesel comercializado estava nãoconforme, segundo os dados da ANP na época. De acordo com Rejaile, no último trimestre de 2008 a situação melhorou, porém ainda não é a ideal. Ele explica que, na gasoliArquivo Brasilcom

distribuidora. “Podemos dizer que o revendedor é a parte mais importante da cadeia, sendo, ainda, o responsável pela qualidade do produto”, enfatiza Maurício Abou-Rejaile. Segundo ele, é o revendedor quem tem nas mãos todas as ferramentas para detectar um produto adulterado antes de recebê-lo para revenda em seu estabelecimento ou para verificar a autenticidade fiscal da nota que acompanha o produto. “Nesse momento, o revendedor passa a ter também o poder de denunciar o fraudador aos órgãos competentes”, completa. Nesse sentido, o Brasilcom continua apoiando a criação de leis ainda mais rígidas e trabalhando junto a diversos municípios pela cassação definitiva da indicação fiscal do imóvel onde está instalado o posto que revende o produto adulterado, minimizando a continuidade do crime no mesmo ponto comercial com a simples mudança do nome da empresa ou dos sócios.

Em novembro de 2008, um fórum do Brasilcom foi realizado na sede do Minaspetro

na, o índice de não-conformidade em Minas Gerais foi de 0,6%, abaixo da média nacional, de 1,1%. No álcool, o Estado apresentou um índice de 3,4%, acima da média nacional, de 2,1%. Já no óleo diesel, a situação ainda é extremamente preocupante, pois Minas Gerais apresenta um índice de produto não conforme de 6,2%, contra um índice nacional de 2,4%. “Minas é o segundo Estado no consumo nacional de óleo diesel. Se este índice fosse transportado para os números de consumo, seria de quase 100 milhões de litros de óleo diesel não conforme comercializados em três meses. Houve uma evolução grande, porém os números mostram que a velocidade desta evolução deve ser bem maior que a imposta atualmente”, completa. Regularmente, o Brasilcom promove eventos em que os revendedores são convidados a participar e alertados sobre todas as possíveis fraudes no mercado de combustíveis, bem como sobre que providências devem tomar para não serem enganados ou até conduzidos involuntariamente à ilegalidade. Um exemplo foi o Fórum de Avaliação do Mercado de Distribuição de Combustíveis no País, realizado na sede do Minaspetro, em 28 de novembro de 2008. O evento teve a participação de representantes do Ministério Público de Minas Gerais, do Comitê Sul-Brasileiro de Qualidade de Combustíveis (CSQC), da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais, da Superintendência de Fiscalização da ANP e dos segmentos de produção, distribuição e revenda de derivados de petróleo e de álcool combustível.


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produtos

diferenciais para melhor receita dos postos

Óleos lubrificantes podem ser

Cristina Mota

A necessidade da diversificação dos serviços em postos de combustíveis vem sendo amplamente defendida pelos especialistas do setor como forma de melhorar a receita do negócio. Seguindo a tendência, uma das apostas tem sido recuperar o espaço perdido nos últimos anos para concessionárias e casas especializadas na venda e troca de óleos lubrificantes. Muitos postos de combustíveis estão investindo na oferta diferencial deste serviço, mas há um longo caminho e diversos pontos a que a maioria deve estar alerta, para que a ação seja bem-sucedida. Para o consultor de varejo automotivo, Claudio Correra, os postos perderam espaço na venda e troca de óleos lubrificantes por falta de investimento na organização para prestar o serviço: faltam ferramentas, softwares e, principalmente, profissionais especializados para transmitir credibilidade aos clientes. “O funcionário tem de saber quais os produtos recomendados para

cada veículo, informar o cliente com segurança. Isso num ambiente limpo, organizado e com ferramentas adequadas”.

Como estimular Segundo o consultor, a conquista do cliente e a troca de óleo começam na pista, com a abertura do capô para a prestação de serviços gratuitos. “Não se deve esperar o cliente pedir para que o frentista faça isso. Deve-se oferecer o serviço, cuidar bem do cliente e de seu carro”. Para Correra, um formulário simples para check list de pontos vitais de, no máximo, 15 itens, feitos antes e durante a troca de óleo, valoriza o trabalho do profissional e aumenta a credibilidade do cliente, desde que feito com profissionalismo. E, para tanto, o consultor defende o treinamento para os frentistas, além do estabelecimento de metas de vendas e resultados, com premiação para quem atingir os objetivos propostos. “A informação é

importante estratégia para a conquista do cliente. Mas estabelecer um meio de estímulo dos frentistas é tão importante quanto, para que ele realmente seja um vendedor de serviços”. Outra dica importante é atrelar a venda ou troca de óleos lubrificantes a outros itens, no esquema de “combos”, nos quais há sempre vantagens financeiras. “A venda de filtros, palheta de pára-brisas, lâmpadas, entre outros, também compõe a receita com produtos de maior valor agregado e margens altas de lucro. Para aumentar as vendas, ofereça ‘combos’, como troca de óleo e filtro de motor ou troca de óleo, filtro de motor, ar e gasolina. O cliente, ao ser motivado pelo valor do pacote, acaba decidindo pela melhor oferta”. Nesse momento, novamente a informação é fundamental. “Uma boa explicação sobre o resíduo do óleo usado, que fica dentro do filtro velho e pode contaminar o óleo novo, leva qualquer um a decidir


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também pela troca do filtro, que está na casa dos R$ 20,00, porém com boa margem de lucro para o revendedor”, ressalta.

Cristina Mota

Posto VIP Um exemplo de investimento bem-sucedido neste tipo de empreendimento é o Posto VIP, situado na Avenida Prudente de Morais, 303, no bairro Cidade Jardim, Zona Sul de Belo Horizonte. Há anos, a venda e troca de óleo lubrificante é explorada no local e o serviço responde, segundo o gerente administrativo Cristiano Lopes, a 10% da receita mensal do posto. Há 13 anos trabalhando no posto, Cristiano diz que o diferencial para o sucesso na atividade está ligado à qualidade do serviço oferecido aos clientes e ao incentivo constante dos colaboradores. Além de promoções para clientes e funcionários, como forma de incentivo, há investimento permanente na qualificação dos frentistas. “É preciso contar com funcionários que conheçam profundamente os produtos e serviços da empresa e

dominem suas características, mostrando suas vantagens e benefícios. Com isso, transmite-se segurança ao cliente, que opta pela compra”, acrescenta. A troca de óleo no posto é realizada em espaço específico, seguindo o padrão exigido pela Petrobras, com as adequações ambientais exigidas, como compartimento para coleta do óleo usado e de resíduos. Dos 19 funcionários do Posto VIP, seis participaram de treinamentos ministrados por técnicos da Petrobras sobre procedimentos corretos para a venda e troca de óleo. “A distribuidora fornece cursos teóricos de capacitação, contratados pelos postos revendedores, para trocadores de óleo”, informa o gerente. Para aumentar as vendas e cativar clientes, o gerente disse que o posto realiza pesquisas, aprende a conhecer os desejos e necessidades do cliente e, em seguida, procura adaptar-se a eles. “Nós oferecemos aos clientes produtos de que eles têm necessidade, de forma prática e rápida, mas com qualidade e atenção”, frisa.

A troca de óleos lubrificantes é feita em local específico. Na foto, espaço para o serviço no Posto VIP

Cristina Mota

produtos

O compartimento para coleta do óleo usado e de resíduos é uma exigência

“Nós oferecemos aos clientes produtos de que eles têm necessidade, de forma prática e rápida, mas com qualidade e atenção”.


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produtos

Saiba mais sobre lubrificantes Para auxiliar na informação dos revendedores e frentistas sobre os óleos e lubrificantes, a Revista Minaspetro buscou o apoio de especialistas da Petrobras. Confira: • O lubrificante é fabricado por meio da mistura de óleos básicos e aditivos, podendo ser minerais ou sintéticos. A diferença entre os dois tipos esta no processo de obtenção: os minerais são obtidos por meio da separação de componentes do petróleo, a partir do processo de refino; os sintéticos são gerados por reações químicas, tendo fabricação com maior controle, o que permite a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferentes características físico-químicas, e um produto mais puro. • As principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade, o Índice de Viscosidade (IV) e a densidade. A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa). Quanto mais viscoso (mais grosso) for um lubrificante, mais difícil de escorrer e, portanto, maior será a sua capacidade de se manter entre duas peças móveis, fazendo sua lubrificação. • A viscosidade dos lubrificantes não é constante e varia com a temperatura. Quando a temperatura aumenta, a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade. O Índice de Viscosidade (IV) mede a variação da viscosidade com a temperatura. Quanto maior o IV, menor será a variação de viscosidade do óleo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura • Os lubrificantes básicos atendem às especificações da Agência

Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), próprias para o mercado brasileiro, com diferentes equivalências para os demais países. Eles são divididos em dois tipos: naftênicos e parafínicos. Ambos são comercializados para empresas fabricantes de produtos finais, entre eles óleos lubrificantes automotivos, industriais, óleos marítimos e ferroviários. São também utilizados para a formulação de graxas lubrificantes. • Para facilitar a escolha do lubrificante correto para veículos automotivos, várias são as classificações, sendo as principais as da Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados Unidos (SAE) e do Instituto Americano do Petróleo (API, em inglês). • A SAE classifica os óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante. Há três categorias: óleos de verão (SAE 20, 30, 40, 50,

60); óleos de inverno (SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W); e óleos multiviscosos – inverno e verão (SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50) • A classificação desenvolvida pelo API baseia-se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, isto é, no tipo de serviço a que a máquina estará sujeita. São classificados por duas letras: a primeira indica o tipo de combustível do motor e a segunda o tipo de serviço. • Os óleos lubrificantes atualmente no mercado para motores a gasolina, álcool e Gás Natural Veicular (GNV) de dois e quatro tempos (motocicletas e motosserras) são SJ, SH e SG. Eles abrangem três níveis de desempenhos: API, TB e TC. A classificação API para motores a diesel é mais complexa, pois, devido às evoluções que o produto sofreu, foram acrescentados números para indicar o tipo de motor (dois ou quatro tempos) a que se destina o lubrificante, geralmente usado em motocicletas e motosserras.


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produtos

Dez dúvidas sobre a troca de óleo com segurança* óleo mais claro pode ser mais viscoso (grosso) do que um óleo escuro e vice-versa.

1 – Como devo escolher o lubrificante para o meu carro? Para saber qual é o lubrificante correto para seu veículo, consulte o “Manual do Proprietário”, na parte de manutenção quanto à viscosidade (SAE) e ao desempenho (API), ou então verifique nas tabelas de recomendação disponíveis nos postos de serviços. 2 – Qual o nível correto do óleo no carro? Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o nível correto se encontra entre os dois traços da vareta, e não só no traço superior. Se o óleo fica abaixo do mínimo da vareta, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação. No entanto, se o óleo fica acima do máximo da vareta, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas, além de o óleo em excesso ser queimado na câmara de combustão sujando as velas e as válvulas, danificando também o catalisador no sistema de descarga do veículo. 3 – Quando devo completar o nível de óleo? Com o uso do carro, o nível do óleo baixa um pouco devido às folgas do motor e à queima parcial na câmara de combustão. Assim, enquanto não chega a hora de trocar o óleo, deve-se sempre completar o nível. 4 – Dizem que óleo bom é aquele que não baixa o nível e não precisa de reposição. Isso é verdade? Não. A boa lubrificação é aquela em que o óleo lubrifica até o

7 – Por que o óleo do motor fica escuro com o uso? Para realizar a função de manter o motor limpo, o óleo deve manter, em suspensão, as impurezas que não ficam retidas no filtro de óleo, para que elas não se depositem no motor. Desta forma, o óleo fica escuro e o motor fica limpo.

anel do pistão mais próximo da câmara de combustão, onde esse óleo é parcialmente queimado, sendo consumido. É normal um consumo de meio litro de óleo a cada mil quilômetros rodados em carros de passeio, mas cada fabricante especifica um consumo normal para seu motor, de acordo com o projeto. É bom ressaltar que carro novo consome óleo. 5 – É verdade que o óleo de motor deve ser claro e o da engrenagem, escuro? É comum esta opinião, no entanto ela não é correta. Os óleos lubrificantes são formulados misturando-se básicos e aditivos e a sua cor final dependerá da cor do básico e do aditivo que forem empregados na sua formulação. Além disso, a cor não tem nenhuma influência no desempenho do óleo. 6 – O óleo mais escuro é também mais grosso? Este é outro conceito errado. O

8 – Quando devo trocar o óleo do meu carro? Quando atingir o período de troca recomendado pelo fabricante do veículo e que consta do “Manual do Proprietário”. Os atuais fabricantes de motores recomendam períodos de troca cada vez maiores, dependendo do tipo de serviço e da manutenção do carro. 9 – É verdade que o motor deve estar quente na hora da troca de óleo? Sim, porque quando o óleo está quente, ele fica mais fino e tem mais facilidade de escorrer. 10 – Quanto tempo se deve esperar para medir o nível do óleo? É importante que se espere pelo menos 5 minutos após o motor ter sido desligado para se medir o nível do óleo. Isso porque, neste tempo, o óleo desce das partes mais altas do motor para o cárter e, assim, pode-se ter a medida real do volume de óleo. * Fonte: Petrobras


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novas regras

nova norma

ABNT divulga de operação e manutenção de postos Está em vigor, desde agosto de 2008, a nova norma de operação e manutenção para Posto Revendedor de Combustíveis, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): a ABNT NBR 15.594. Na prática, ela compila os procedimentos já conhecidos pelo setor, mas que nem sempre são aplicados. Agora, práticas comuns nos postos, como o abastecimento de motocicletas com o condutor sentado e a venda de combustíveis em saquinhos ou em garrafas PET devem ser banidas imediatamente, sob o risco de autuação. Das cinco fases já definidas, apenas duas já estão disponíveis: o procedimento de operação e de manutenção. Para o final de 2009, ficaram as regras para troca de óleo e lavagem e de operação do sistema de armazenamento aéreo de combustíveis (SAAC). Já a última etapa, de manutenção do SAAC, está prevista para 2010.

O que muda? A NBR não traz grandes mudanças. Seu principal objetivo é a transparência dos procedimentos adotados nos postos, assim como a redução de prejuízos ao meio ambiente, a garantia da segurança nas operações

e a proteção de consumidores e funcionários. Mas há novidades. Uma delas é a normatização do abastecimento de motocicletas, para o qual a NBR 15.594-1 formalizou procedimentos. Segundo ela, o abastecimento desse tipo de veículo deve ser feito sem pessoas sentadas, com vazão lenta, sem auxílio do funil e mantendo o contato entre o bico e o bocal durante o abastecimento. A outra novidade é a proibição da venda de combustíveis em saquinhos ou em garrafas PET. Agora, a venda de combustível fora do tanque do veículo só pode ser feita utilizando-se recipientes metálicos ou não metálicos, rígidos, certificados e fabricados para este fim e que permitam o escoamento da eletricidade estática gerada durante o abastecimento. Os não metálicos devem ter capacidade máxima de 50 litros e atender aos regulamentos municipais, estaduais ou federais. O abastecimento deve acontecer com o recipiente fora do veículo e apoiado sobre o piso, sendo o bico embutido ao máximo possível dentro dele. Ainda segundo a norma, para evitar que aconteça transbordamento no caso de dilatação do produto, os recipientes devem ser abastecidos em

até 95% de sua capacidade. Já o abastecimento de embarcações ou maquinários, que utilizam volumes superiores a 50 litros, deve ser feito em recipientes metálicos, certificados pelo Inmetro. Nesse caso, ele pode acontecer sobre a carroceria de um veículo, desde que a continuidade elétrica do aterramento seja garantida durante o abastecimento por meio do mínimo contato do bico com o recipiente.

Inspeções têm periodicidade A nova norma também especifica que o intervalo máximo para a inspeção dos equipamentos instalados nos postos é de três anos. O nível de inspeção e o intervalo entre as inspeções periódicas devem ser definidos de acordo com o tipo de equipamento, as recomendações do fabricante, a zona da área classificada, o lugar onde o equipamento está instalado e os resultados das inspeções anteriores. Além disso, a manutenção técnica deve ser realizada por profissionais qualificados. Foram definidas, ainda, as rotinas do posto que exigem manutenções e inspeções constantes, diárias, semanais, mensais, bimestrais, semestrais e anuais. Então, fique atento!


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novas regras

Passo a passo do atendimento

1) O abastecimento só pode ser iniciado quando: • não houver fonte de ignição na área de abastecimento e as instalações/equipamentos elétricos estiverem em conformidade com a ABNT NBR 14.639; • o motor do veículo estiver desligado; • não houver pessoas fumando; • o atendente confirmar com o motorista o combustível a ser abastecido no veículo; • o mostrador mecânico ou display da unidade abastecedora estiver totalmente zerado. 2) Para iniciar o abastecimento: • evitar que a mangueira permaneça trespassada por baixo do veículo; • acionar manualmente os teclados da unidade abastecedora eletrônica, nunca utilizando canetas ou outros objetos; • retirar do suporte da unidade abastecedora o bico de abastecimento, posicionando a ponteira do bico para cima; • operar manualmente a alavanca de acionamento da unidade abastecedora mecânica, nunca utilizando o bico de abastecimento ou outros objetos; • manter a mangueira estendida, evitando a formação de pequenos laços, não a tracionando nem tor-

Cristina Mota

Na nova norma, também pode ser encontrado um passo a passo para o atendimento e a operação de abastecimento nos postos revendedores.

O abastecimento de motocicletas deve ser feito sem pessoas sentadas no veículo

cendo excessivamente; • inserir o bico de abastecimento no bocal do tanque do veículo. 3) Durante o abastecimento: • manter o contato entre o bico de abastecimento e o bocal do tanque do veículo até que o abastecimento seja concluído; • permanecer na área de abastecimento, podendo realizar outras tarefas inerentes à atividade quando o abastecimento for efetuado por meio de bico automático; • operar de maneira contínua quando o abastecimento for efetuado por meio de bico simples, sendo proibida a utilização de qualquer tipo de objeto para travamento do gatilho, não podendo realizar outras tarefas inerentes à atividade; • interromper imediatamente a operação em caso de derramamen-

tos, iniciando prontamente a remoção do produto derramado com material absorvente, conforme Seção 13, que deve ser manuseado e armazenado conforme Seção 12. 4) Após o abastecimento: • destravar o bico automático de abastecimento caso ele ainda esteja acionado; • retirar o bico de abastecimento do bocal do veículo, mantendo sua ponteira para cima; • desligar a unidade abastecedora, recolocando o bico de abastecimento em seu suporte; • comunicar imediatamente o responsável pelo posto revendedor veicular em caso de anormalidade constatada durante o abastecimento, devendo acontecer a inspeção dos equipamentos conforme a norma ABNT NBR 15.594-3.


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entrevista

De olho no

cenário econômico

Quais os principais fatores causadores da crise? O mercado hipotecário subprime (crédito de segunda linha) foi o estopim da crise financeira global. O expressivo crescimento desse segmento nos Estados Unidos foi pressionado por políticas iniciadas no governo Clinton e mantidas no governo Bush, pelas quais agências hipotecárias poderiam conceder financiamentos de imóveis residenciais a pessoas sem histórico de crédito e sem comprovação de renda, com o intuito de ampliar o acesso à moradia àqueles que anteriormente não teriam condições. No caso dos subprimes americanos, os empréstimos serviram de base para que as instituições criassem instrumentos financeiros, títulos lastreados em hipotecas e vendessem para investidores que também emitiram seus próprios títulos lastreados nesses títulos hipotecários, que se espalharam por todo sistema financeiro. Após atingir um pico em 2006, os imóveis sofreram uma desvalorização. Desde 2004, o Federal Reserve System (FED) vinha aumentando os juros, encarecendo

Arquivo CDL-BH

O fim de 2008 e início de 2009 foram marcados pelas incertezas do mercado financeiro internacional. Para auxiliar os revendedores a entender um pouco mais sobre a crise mundial e seus impactos, inclusive para o Brasil, a Revista Minaspetro conversou com a economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Ana Paula Bastos. Confira.

Ana Paula Bastos, economista da CDL-BH

o crédito. Com juros mais altos, aumentou-se a inadimplência. Os títulos que eram garantidos por essa hipoteca perderam valor. Os primeiros sintomas foram sentidos na Europa e Estados Unidos em agosto de 2007, quando o banco francês BNP (Paribas Investment Partners) congelou cerca de 2 bilhões de euros de seus fundos de investimentos do banco, com a alegação de preocupações com relação ao pagamentos do subprime dos EUA. Um ano depois, o Lehman Brothers, após frustradas buscas de levantar fundos para seguir com suas operações financeiras, não viu outra saída a não ser pedir concordata. Qual a avaliação sobre a crise no início de 2009, em nível mundial e de Brasil? Houve uma melhora ou a situação ainda permanece indefinida?

Neste início de ano, é preciso monitorar o comportamento das decisões de investimento tanto dos empresários quanto do governo, para dimensionar corretamente a desaceleração. Mas é importante ressaltar que a velocidade e a quantidade de dinheiro que se disponibilizou, de forma sincronizada e em pouco tempo, é tão grande que dificilmente teremos um longo período de recessão nas economias norte-americana e européia. O mais provável é que, no segundo semestre de 2009, haja uma recuperação econômica. No Brasil, as altas taxas de juros e as incertezas quanto ao mercado futuro fizeram com que as vendas de bens duráveis caíssem, atingindo diretamente o segmento industrial. Mas o país reúne condições para enfrentar a crise, com poucos danos


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entrevista na sua capacidade de crescimento no curto e médio prazo. A crise chegou ao país num período em que é possível verificar uma melhoria no desempenho econômico, consolidado por uma boa administração das políticas macroeconômicas. Nos últimos três anos, o crescimento econômico, em boa parte, teve como base a crescente demanda doméstica, o aumento real da massa salarial e a expansão do crédito. O principal efeito dessa crise financeira é a contração da liquidez, mas o sistema bancário reúne condições de fomentar essa demanda de crédito, estimulado pelo governo com uma política de expansão do crédito. Mas o primeiro trimestre do ano provavelmente será mais apertado. A última crise que abalou o sistema financeiro no país completou 10 anos em janeiro. Há comparação entre as duas crises em relação ao impacto na economia brasileira? Não. Naquela época, o câmbio era fixo. Com isso, o choque atin-

giu diretamente o país: as reservas começaram a ir embora e o Banco Central teve de elevar os juros para manter o capital no país. Hoje, o câmbio é flutuante. Nesse caso, o ajuste ocorre na própria taxa de câmbio: se vier uma crise, o câmbio se deprecia e o Banco Central não precisa elevar muito os juros. Isso atinge um pouco a inflação, mas favorece as exportações, o que eleva o nível de reservas cambiais e o impacto fica moderado. No fim de 2008, o comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que o preço da gasolina, que se manteve estável no ano, pode cair em 2009 devido à redução do petróleo no mercado internacional. A Petrobras negou essa redução, afirmando que a política da empresa é de não repassar as oscilações do preço do barril de petróleo no exterior antes que o cenário se consolide. A senhora avalia que a Petrobras conseguirá manter os preços ou terá que ceder

às pressões e reduzir o preço dos derivados de petróleo? A expectativa é de que os preços baixos cheguem mais rápido ao consumidor final. O repasse não é instantâneo porque as empresas trabalham com estoque. Além disso, há uma preocupação ainda com câmbio, que está muito volátil. Os preços baixos podem ajudar o setor a enfrentar a crise, mas analistas dizem que a Petrobras poderá baixar os preços só depois do primeiro trimestre do ano. E qual o impacto da crise no setor sucroalcooleiro, que tem dívidas em função de projetos de expansão, principalmente no cenário de escassez de crédito? A crise atinge mais intensamente o setor sucroalcooleiro, pelo fato de ser um setor exportador de commodities. Com a menor demanda mundial e a contração do crédito, é de se esperar que haja um ritmo menor de expansão nesse setor. Mas o mercado interno brasileiro continuará atraente, por ser a única frota de veículos flex significativa no mundo. Qual a recomendação para os empresários do setor de combustível nesse momento? A que eles devem estar atentos para minimizar perdas? Em momento de incertezas, a principal decisão para as empresas é garantir a liquidez e privilegiar o caixa. Aquelas que continuarem a investir em novos produtos, consolidação e expansão do marketing, provavelmente se fortalecerão. Com relação à inflação, apesar do câmbio volátil, ela deve se manter estável, abrindo espaço para a redução de juros ao longo do ano, o que pode reativar a economia.


50 anos

O nascimento do Foi na sala 1.215, na primeira sede do Minaspetro, no edifício Acaiaca, que, no dia 29 de janeiro de 1959, os revendedores elegeram a primeira Diretoria da Associação Profissional. Ela era composta por Fábio Coutinho Brandão, presidente; Lincoln Carvalho, 1º tesoureiro; Gasparino James Cockell, 2º tesoureiro; Alcindo de Lima Vieira, 1º secretário; e Coracy de Alencar, 2º secretário. Essa formação já mostrava que, desde o início, não haveria nenhum “sentimento de grupo” ou de “bandeira” na Associação, pois a primeira diretoria era formada por revendedores de diferentes distribuidoras: Shell, Atlantic, Esso e Texaco. O mês de fevereiro desse mesmo ano foi marcante para a entidade, que realizou o primeiro grande trabalho em benefício da categoria: o envio ao Conselho Nacional do Petróleo (CNP) de um estudo sobre o aviltamento da comissão dada pelo Governo Federal aos revendedores de Minas Gerais. Com enorme repercussão, a iniciativa também trouxe a Minas, no início de março, o então vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais do Rio de Janeiro, Benedito Brotherhood. Entusiasmado com a nova Associação, o vice-pre-

Sindicato sidente teve um papel fundamental no seu processo de transformação em Sindicato. Animados com a idéia de Benedito, na Assembléia Geral Extraordinária de 18 de março, a mudança teve aprovação unânime dos revendedores. Depois de muito empenho junto ao Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro, o esforço foi recompensado: nascia, em 24 de novembro, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Belo Horizonte. Mas foi somente depois da sessão solene da entrega da Carta Sindical, realizada pelo Delegado Regional do Trabalho em Minas Gerais, Onésimo Viana de Souza, no dia 17 de dezembro, que se iniciava a trajetória de sucesso do novo Sindicato. No ano seguinte, foi eleita sua primeira Diretoria: • Presidente: Fábio Coutinho Brandão • Secretário: Joaquim Silveira • Tesoureiro: Lincoln Carvalho • Suplentes: Adail Amaral Franklin, Murilo Vieira de Oliveira e Décio Salema • Conselho Fiscal: Gualter Soares de Castro, Gasparino James Cockell e Aggeo Lúcio Gualberto Ribeiro • Suplentes: Roberto Bretãs Nocchi, Fernando José Longo Campos e Afonso Maria de Ligori Moura.

“Depois de muito empenho junto ao Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro, o esforço foi recompensado: nascia, em 24 de novembro, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Belo Horizonte”.


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