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Cartão-frota: bom ou ruim?

Cartão-frota: um mal necessário?

Revendedor do Vale do Aço trabalha atualmente só com empresas que ofereçam melhores condições de negociação

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Problemas com administradoras de cartões-frota são recorrentes

Adiscussão é antiga. Os cartões-frota continuam a ser alvo de reclamações constantes de revendedores em todo o estado e já foram pauta de inúmeras reuniões feitas pelo Minaspetro com administradoras desse tipo de benefício. Quem o aceita em seus estabelecimentos sabe como é complicado negociar com as empresas. Donos de postos de combustíveis afirmam que prevalece a unilateralidade – em prejuízo sempre de quem o adquire. As principais reclamações dizem respeito a taxas abusivas e prazos de reembolso.

Na avaliação de Marco Antônio Magalhães, proprietário da Rede AP Magalhães, que abriga 11 postos de combustíveis nas cidades de Ipatinga e Timóteo, no Vale do Aço, a postura deveria ser uma só: cartões-frota que pratiquem taxas abusivas ou não negociem abertamente têm que ser retirados da cartela. Ele conta que seus estabelecimentos já chegaram a aceitar inúmeros cartões, hoje restritos a quatro.

Segundo o revendedor, a negociação normalmente prevê entre 2,5% e 3% de taxa administrativa, até aparecerem taxas de lote e transferência bancária. “Quando você se debruça sobre o seu custo efetivo, observa que pode chegar a 4%, 4,5%. E tenho que repassá-lo integralmente ao cliente, pois não dá para ficar no zero a zero. Se não deu para repassar, não fico. Encerro o contrato, e ponto final”, explica.

Para ele, o que importa é o que chamou de a “última linha” do balanço do posto. “Somos mais de 4 mil postos concorrendo no estado. Custo é igual a linha, e tem que cortar todo dia. Se o custo com o cartão corporativo está alto, você vai aumentar sua receita e cortar sua despesa. A Revenda reclama, reclama, mas não toma atitude.”

Os prazos de reembolso, por sua vez, são estendidos. Os lotes normalmente são fechados de sete em sete dias, e o recebimento se dá em até 35 dias, em média. Antes da pandemia, o faturamento da AP Magalhães com o cartão-frota era de cerca de R$ 700 mil ao mês. Hoje, segundo Marco Antônio, é de aproximadamente R$ 100 mil. “Você perde de um lado e ganha de outro. A minha venda caiu não por causa do meu posicionamento diante do cartão-frota, mas da pandemia. A diferença é que está voltando de forma mais sadia”, pontua o revendedor. O mais importante para ele é que cada revenda analise sua Demonstração de Resultados e Exercícios (DER).

As principais reclamações sobre cartões-frota dizem respeito a taxas abusivas e prazos de reembolso

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