Revista Minaspetro nº 93 - Março 2017

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Revista

Nº 93

Março 2017 Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT

Ele é o rei

Está provado que o bom atendimento e um estabelecimento bem-estruturado geram confiança e fidelizam o cliente. Por que na Revenda isso seria diferente?

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Como ajudar? É só destinar parte do Imposto de Renda para o Fundo da Infância e Adolescência (FIA) para mudar a realidade de milhares de crianças atendidas pela instituição. Quem pode doar? - Pessoa física pode destinar 3% do imposto devido até 30/4 ou 6% até 31/12; - Pessoa jurídica 1% até 31/12. A doação é 100% dedutível e não compete com outros (pensão, dependentes, etc). Para mais informações: institucional@hospitaldabaleia.org.br ou (31) 3489-1667

#AjudeoBaleia

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Foto: Rodrigo Câmara

Não deixe para o Leão. Doe para o Baleia!


Nº 93 – Março 2017

MENSAGEM DO PRESIDENTE

O desafio é cativar!

A

divulgação do novo relatório anual da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontando a queda de cerca de 4,5% no volume total de combustíveis vendidos no Brasil não foi surpresa para mim e nem para você, revendedor. Há mais de dois anos que amargamos a baixa nas vendas do estabelecimento, situação que se agravou ainda mais em 2016, causando o fechamento de diversos postos. Entretanto, a minha intenção não é utilizar este espaço apenas para abordar, novamente, todos os problemas que estamos passando nos últimos anos. Apesar das dificuldades, sei que você, assim como eu e muitos empresários espalhados por todo o Estado, trabalhamos duro e temos a convicção que dias melhores para o nosso segmento virão. O ano de 2017 começou com uma perspectiva um pouco melhor do que os últimos três anos. Alguns ajustes necessários estão sendo feitos pelo governo federal na tentativa de fazer com que a economia retome o seu caminho natural, de crescimento. Assim como expôs recentemente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o Brasil entrou na “rota do crescimento sustentável”. Ainda é tímido, mas a esperança é de que os setores mais importantes da economia consigam neste ano, ao menos, trabalhar sem déficit. Em tempos de economia retraída, os setores do comércio se desdobram em busca de alternativas para continuar atendendo aos anseios do seu público consumidor. Em nosso segmento, a evidência desta necessidade de inovar tornou-se ainda mais clara neste período difícil pelo qual passou e ainda passa a Revenda. Apesar da crise, muitos reven-

dedores continuam investindo para inovar, aumentar o seu portfólio de serviços e melhorar o seu atendimento para cativar o seu cliente, oferecendo um diferencial para o consumidor que vai além de um preço competitivo. Seja por meio de atendimento diferenciado, promoções, dispositivos de fidelização, ações sociais com a comunidade próxima ao posto, entre outros, o revendedor se esforça para que o seu público enxergue no estabelecimento algo além do simples local de abastecimento do seu veículo. A evolução do segmento, ao longo dos anos, até chegar ao patamar encontrado nos estabelecimentos atuais, é notória tanto para os novos empresários quanto para quem está na Revenda há vários anos ou décadas: lojas de conveniências modernas, franquias de trocas de óleo, postos totalmente informatizados, frentistas com crachás RFID (identifid) que controlam as vendas e minimizam as faltas de caixas, lavagem a vapor, bombas de abastecimento óctuplas, máquinas de cartões sem fio, enfim, diversas inovações comemoradas por nós, empresários, e também pelos consumidores, que são beneficiados, principalmente, pela competição saudável entre os estabelecimentos para chamar a atenção e reter seus clientes. A Revista Minaspetro deste mês traz em sua matéria de capa um conteúdo especial que aborda a relação entre empresários e consumidores, em alusão ao Dia Mundial do Consumidor, comemorado em 15 de março. Convido-o a realizar a leitura para entender e visualizar a importância de manter relações estreitas com o público que abastece em seu posto, compra em sua loja de conveniência ou utiliza algum dos serviços oferecidos pelo seu estabelecimento. Em

Carlos Guimarães Jr. Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br uma sociedade pautada pela correria, pressa e horários, pequenas ações têm um impacto inimaginável no resultado final de uma organização. Entender como cativar o cliente mesmo em tempos de crise, alta concorrência, fiscalização exacerbada, entre outros percalços, é tão importante como saber gerenciar um modelo de negócio tão diverso como um posto de combustíveis. Parafraseando Henry Ford, um dos empreendedores mais geniais da história, “obstáculos são aquelas coisas terríveis que você vê quando desvias os olhos do seu objetivo”. Por isso, revendedor, conte com o Sindicato em toda a sua caminhada. Nosso papel é auxiliá-lo através desta revista, das palestras realizadas em todo o Estado e dos nossos eventos anuais, como o 15º Congresso do Minaspetro. Queremos que você sinta-se preparado para oferecer o melhor para o seu público e retome a trajetória de crescimentos nos próximos meses e anos. Grande abraço e uma boa leitura!

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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior Primeiro Vice-Presidente: João Victor Carneiro de Rezende Renault Segundo Vice-Presidente: Paulo Miranda Soares Primeiro Secretário: Bráulio Baião Barbosa Chaves Segundo Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves Primeiro Tesoureiro: Fernando Antônio de Azevedo Ramos Segundo Tesoureiro: Rodrigo Costa Mendes Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Mauricio da Silva Vieira Diretor de Lojas de Conveniência: Felipe Campos Bretas Diretor de Postos de Rodovia: Wagner Carvalho Villanueva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretores Regionais Márcio Croso Soares (Belo Horizonte) Carlos Roberto de Sá (Caratinga) Juvenal Cabral Nunes Junior Machado (Contagem) Roberto Rocha (Divinópolis) Rubens Perim (Governador Valadares) Marco Antônio Alves Magalhães (Ipatinga) Genilton Cícero Machado (João Monlevade) Renata Camargo (Juiz de Fora) Marcos Abdo Samia (Lavras) Gildeon Gonçalves Durães (Montes Claros) José Rabelo de Souza Junior (Paracatu) Carlos Roberto da Silva Cavalcante (Passos) Moisés Elmo Pinheiro (Patos de Minas) Fábio Aguinaldo da Silva (Poços de Caldas) Luiz Anselmo Rigotti (Pouso Alegre) Wellington Luiz do Carmo (Sete Lagoas) Leandro Lorentz Lamego (Teófilo Otoni) Jairo Tavares Schiavon (Ubá) José Antonio Nascimento Cunha (Uberaba) Jairo José Barbosa (Uberlândia) Leandro Lobo Motteram (Varginha) Conselho Fiscal Membros Efetivos: Bernardo Farnezi Gontijo Humberto Carvalho Riegert Rogério Lott Pires

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Membros Suplentes: Cássia Barbosa Soares Leonardo Lemos Silveira Paulo Eduardo Rocha Machado Diretores Adjuntos: André Werneck Mendes Guimarães Adriano Jannuzzi Moreira Silvio Lima Gerente Administrativa Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Alexandre Tadeu Alves Melo Élcia Maria de Oliveira Francesca Luciana Neves Gislaine Carvalho Luciana Franca Poliana Gomides Suélen Luzia Silva Mendes Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis João Márcio Cayres João Paulo Arantes Ribeiro Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Oriolo de Araújo França Priciane Nobre Ricardo Donizetti Raphael Mike dos Santos Calixto Departamento de Comunicação Stenyo Fonseca Vinícius Santos Departamento Jurídico Cível/Comercial Flávia Lobato Arthur Villamil Martins Mariana Cerizze Priscila Foureax

Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário Gustavo Fonseca Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Wallace Eller Miranda Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Vitor Comunian Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza Sedes Regionais Caratinga Governador Valadares Ipatinga Montes Claros Patos de Minas Pouso Alegre Uberaba Uberlândia Varginha

Metrológico Simone Marçoni Ana Violeta Guimarães Rayane Carvalho

EXPEDIENTE

• Comitê Editorial: Bráulio Baião B. Chaves, Bruno Henrique Leite Almeida Alves, Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Cássia Barbosa Soares, Fernando Antônio de Azevedo Ramos, Flávio Marcus Pereira Lara, Rodrigo Costa Mendes e Stenyo Fonseca • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Beatriz Debien • Redação: Guilherme Barbosa e Lilian Lobato • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Tércio Lemos • Revisão: Luciara Oliveira • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior)


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SUMÁRIO

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Como encantar o cliente

Tire suas dúvidas sobre escala de trabalho

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Atenção na contratação de

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Capacitação do Benzeno no interior

laboratórios de análises ambientais

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Desafios dos postos 24 horas

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Novidades do Congresso 2017

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Avaliação do Mercado de

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Combustíveis da ANP

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Novidades na venda da Ale

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Encontro com a Revenda de

O petróleo norteia o mercado

Juiz de Fora

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Tabela 26

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JURÍDICO

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Brasil: campeão mundial em ações trabalhistas Recorde é creditado à legislação demasiadamente complexa. Escala de trabalho é uma das maiores dúvidas dos donos de postos de combustíveis

O

ano de 2016 ficou marcado por mais um recorde negativo registrado no Brasil: 3 milhões de ações trabalhistas deram entrada na Justiça do Trabalho, o que coloca o país como o líder no ranking mundial. Apenas para comparação, França e Estados Unidos registram, em média, somente 100 mil por ano. Segundo especialistas, o dado é sintomático, pois mostra que a legislação, complexa em demasia, precisa ser revista.

À espera da reforma trabalhista e com a expectativa de que ela venha solucionar os muitos problemas contabilizados atualmente, os empresários ainda têm o desafio de interpretar de maneira correta o que a lei prevê e cumpri-la, para prevenir dores de cabeça. “Os maiores problemas reclamados na Justiça do Trabalho dizem respeito ao pagamento de horas extras, já que o revendedor, na maioria das vezes, não adota um controle de ponto rígido”, diz Klaiston Soares

D´Miranda, advogado Trabalhista do Minaspetro. Essa, a propósito, é uma das consequências de uma escala de trabalho mal-elaborada. Grande parte dos revendedores ainda coleciona dúvidas a respeito do assunto. A primeira orientação dada pelo advogado sugere que o empresário afixe a escala de trabalho em local visível a todos os colaboradores até cinco dias úteis antes do início do mês. Assim, o funcionário saberá quais serão seus dias de folga no período subsequente.

ENTENDA A JORNADA 12 X 36 E O PAGAMENTO EM DOBRO NOS DOMINGOS E FERIADOS:

JORNADA 12 X 36 O regime de 12 X 36 horas pode ser adotado desde que sejam observados o intervalo intrajornada e o limite de 44 horas semanais. Nesse caso, o trabalho prestado além da oitava hora diária não deve ser contabilizado como hora extra.

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DOMINGOS E FERIADOS Jornada 12 X 36 – Súmula 444 - É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados.


MODELO DE ESCALA

Elaboramos um modelo de escala de um posto que emprega oito trabalhadores, com funcionamento das 6h às 22h e galonagem de média para baixa.

PRIMEIRA SEMANA HORÁRIO DAS 6H ÀS 14H20

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Abel

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SEGUNDA SEMANA HORÁRIO

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TERCEIRA SEMANA HORÁRIO

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QUARTA SEMANA HORÁRIO DAS 6H ÀS 14H20

DAS 13H40 ÀS 22H

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JURÍDICO

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Contratação de laboratório de análises ambientais exige atenção redobrada Arquivo Minaspetro

Algumas empresas não oferecem o serviço completo, o que pode prejudicar a Revenda no momento da renovação da licença ambiental

A caixa separadora é um dos pontos importantes do serviço da contratada

O

Minaspetro recebeu neste ano algumas notificações por parte de postos que tiveram problemas no trato com laboratórios de análises ambientais contratados. Em geral, as queixas registradas se relacionam à falta de expertise da empresa para a realização de alguns procedimentos. Parece algo simples, mas a conduta inadequada de um laboratório especializado pode resultar em pesadas multas e, em casos extremos, até mesmo na perda da licença ambiental do posto. “Tivemos casos em que a Revenda perdeu o prazo

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de renovação da licença ambiental porque achou que a empresa contratada tinha em seu leque de serviços todas as análises necessárias”, adverte Bernardo Souto, advogado do Departamento Jurídico Ambiental do Minaspetro. Ocorre que os revendedores têm contratado laboratórios que, muitas vezes, não possuem a competência necessária para a realização do serviço ou, em alguns casos, para cumprir todas as etapas previstas. O especialista conta que, ao visualizar no site da empresa a marca do Inmetro ou constatar que o


laboratório integra a rede metrológica, parte dos empresários acredita que o problema está resolvido. “Mas isso não basta”, ressalta o advogado, que ainda acrescenta. “É importante mencionar que as análises ambientais só são válidas se cumprirem os requisitos da Deliberação Normativa nº 167 de 2011, que regulamenta as normas para os laboratórios de ensaios ambientais, portanto há lei que regulamenta o tema”. Há ainda laboratórios que “vendem” o serviço completo, mas não conseguem cumprir o prometido. Souto afirma que, para se certificar de que o que está sendo contratado será, de fato, executado, basta entrar em contato com o Minaspetro, que se encarrega de conferir se a empresa está apta a prestar o melhor atendimento. Felizmente, Minas Gerais concentra um grande número de fornecedores desse tipo de serviço, portanto opções de contratação não faltam aos revendedores. PARCERIAS Com o objetivo de auxiliar o revendedor na contratação, o Minaspetro fechou duas parcerias importantes no ano passado. Desde agosto de 2016, os revendedores associados ao Sindicato têm à disposição um serviço de descarte de resíduos gerados por postos de combustíveis a preços promocionais pela Resi Solution. A empresa realiza a coleta em conformidade com as exigências do órgão ambiental competente. Um dos diferenciais é um sistema eletrônico interno para facilitar a obtenção de dados de coleta de resíduos (RAPP), o que facilita consideravelmente a entrega do Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras (Rapp). Outra parceria foi firmada com a Zeppini Ecoflex, que oferece desconto de 35% aos revendedores para a implantação de sistema de reúso de água para lava a jatos. A obrigatoriedade de reutilizar a água foi formalizada pela Lei Municipal 10.975. O dispositivo oferecido pela empresa atende o previsto na legislação e possibilita o reaproveitamento de 80% da água, sem a necessidade de adição de produtos químicos.

O que o revendedor precisa saber antes de contratar um laboratório de análise ambiental

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Verifique quais são os serviços oferecidos pelo laboratório e desconfie daqueles que cobram muito barato. Às vezes uma pequena economia pode sair muito cara para o revendedor, tamanha a dor de cabeça que ele terá com um serviço incompleto.

Algumas análises devem ser feitas no prazo máximo de 24 h depois de coletada a amostra, como é o caso do DBO, por exemplo. Já ocorreram casos de revendedores que contrataram serviços de empresas fora do Estado e o prazo não foi cumprido, o que motivou a desconfiança dos órgãos ambientais competentes.

Entre em contato com o Minaspetro antes de fechar negócio. O Sindicato, por meio de seu Departamento Jurídico Ambiental, pode verificar e avaliar o que a empresa tem a oferecer.

Adote uma postura preventiva. Analisar a expertise da empresa dá menos trabalho do que correr atrás de um serviço de análise que ficou para trás. Lembre-se: infrações administrativas em meio ambienta podem implicar na abertura de processo criminal, por força dor art. 60 da lei nº 9.608 de 1998.

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MINASPETRO

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Treinamento do Benzeno

chega ao interior Shutterstock

Frentistas de postos de Patos de Minas e Carlos Chagas já receberam a capacitação obrigatória prevista na Portaria 1.109

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ublicada em setembro de 2016, a Portaria MTPS nº 1.109, conhecida como “Portaria do Benzeno”, que impõe restrições para o contato de frentistas e gerentes com a substância, assustou os revendedores em razão de uma série de exigências a serem cumpridas e de investimentos que terão que ser realizados para prevenir acidentes de trabalho. Uma das recomendações é o treinamento obrigatório para todos que operam com combustíveis líquidos que contêm benzeno. De acordo com a portaria, o conteúdo da capacitação deve “enfatizar informações sobre riscos da exposição ocupacional a essa substância” (veja as atividades de maior risco no quadro ao lado). Para atender essa nova demanda, o Minaspetro elaborou um treinamento para que a equipe conheça as especificidades do material com o qual está lidando e a Revenda receba o certificado que confere segurança jurídica para operar com a substância. “São quatro horas de treinamento, em que explicamos o que é o

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benzeno e apontamos os riscos relacionados à sua exposição”, comenta o engenheiro de segurança Edward Ameno Paes, que ministra o curso. Os conceitos básicos para quem tem contato direto com a substância, que capacitam o colaborador para o monitoramento dos riscos ambientais e biológicos, são ressaltados no treinamento. Wagner Ferreira Fortunato, do Posto Loura, em Contagem, inscreveu de uma vez só 19 funcionários em uma das turmas abertas pelo Sindicato. Ele conta que a equipe aprovou o conteúdo. Além de levar o curso às cidades que demandam a capacitação, o Minaspetro mantém turmas em sua sede, em Belo Horizonte, o que, segundo Wagner, facilita treinar toda a equipe, principalmente no caso daqueles que cumprem jornada 12 X 36. O Minaspetro divulga antecipadamente, no site www.minaspetro.com.br, as datas de abertura de turmas em BH e no interior. Se sua equipe ainda não se capacitou, fique atento às datas para não ter problemas no futuro.


ATIVIDADES QUE DEMANDAM TREINAMENTO 1

CONFERÊNCIA DO PRODUTO NO CAMINHÃOTANQUE NO ATO DO DESCARREGAMENTO

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COLETA DE AMOSTRAS NO CAMINHÃOTANQUE COM AMOSTRADOR ESPECÍFICO;

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MEDIÇÃO VOLUMÉTRICA DE TANQUE SUBTERRÂNEO COM RÉGUA;

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ESTACIONAMENTO DO CAMINHÃO, ATERRAMENTO E CONEXÃO VIA MANGOTES AOS TANQUES SUBTERRÂNEOS;

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DESCARREGAMENTO DE COMBUSTÍVEIS NOS TANQUES SUBTERRÂNEOS;

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DESCONEXÃO DOS MANGOTES E RETIRADA DO CONTEÚDO RESIDUAL;

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MANUTENÇÃO E REFORMA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO SUBTERRÂNEO DE COMBUSTÍVEL (SASC)

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ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL EM VEÍCULOS;

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ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS EM RECIPIENTES CERTIFICADOS;

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ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS;

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LIMPEZA DE VÁLVULAS, BOMBAS E SEUS COMPARTIMENTOS DE CONTENÇÃO DE VAZAMENTOS;

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ESGOTAMENTO E LIMPEZA DE CAIXAS SEPARADORAS;

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LIMPEZA DE CAIXAS DE PASSAGEM E CANALETAS;

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AFERIÇÃO DE BOMBAS DE ABASTECIMENTO;

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MANUTENÇÃO OPERACIONAL DE BOMBAS.

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MEU NEGÓCIO

Funcionamento 24 horas:

vale a pena?

Insegurança e menor movimento em horário noturno têm desanimado os revendedores a manter postos abertos, sobretudo os que não se situam às margens de rodovias A VIABILIDADE DE UM POSTO 24 HORAS

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á 26 anos, o Posto Atalaia, em Teófilo Otoni, atua 24 horas por dia. Situado em um ponto estratégico, às margens da BR–116, o estabelecimento comercializa um volume que viabiliza seu funcionamento em horário integral. “O revendedor tem que estar atento à localidade, para ver se vale a pena ou não. O local é tudo. Se o posto estivesse dentro da cidade, provavelmente não funcionaria à noite”, analisa Leandro Lorentz Lamego, proprietário da Revenda. Embora a tarefa de organizar a escala dos colaboradores e a obrigação de arcar com o pagamento do adicional noturno sejam desafios para quem pretende adotar o horário integral, a insegurança continua a ser o principal problema. O Atalaia, por exemplo, sofreu com assaltos no início de sua operação noturna, mas, segundo o proprietário, após negociação com a Polícia Militar, foi instalado um posto policial dentro da Revenda, o que diminuiu o número de ocorrências. Foi justamente esse motivo que fez com que Alexandre Moura Mendonça, do posto Trevinho, em Belo Horizonte, encerrasse as atividades no período noturno. Ele observa que, além do risco de assaltos, o fato de a movimentação durante a madrugada ter caído consideravelmente desestimula o funcionamento 24 horas. “A própria população tem medo de abastecer à noite. Há quatro meses decidi alterar o horário, e o faturamento não foi afetado de forma significativa.”

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CUSTO X BENEFÍCIO Com a obrigatoriedade de se pagar adicional noturno, o revendedor precisa colocar os custos no papel e avaliar de forma detalhada se manter o posto em funcionamento à noite é rentável ou não. INSEGURANÇA Certamente é o maior problema. Invista em circuito fechado de TV e, se necessário, recorra à segurança particular para viabilizar o negócio. Tente reunir-se com a Polícia Militar para informá-la de que o seu estabelecimento funciona durante a madrugada. MIX DE PRODUTOS Em geral, a loja de conveniência recebe viajantes e caminhoneiros durante a noite, por isso ampliar o leque de produtos e serviços pode ser interessante. EQUIPE TREINADA Diante da insegurança, possuir uma equipe treinada para a madrugada é fundamental. É o que pode garantir a segurança física dos funcionários e prevenir danos patrimoniais ao posto.


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MINASPETRO

Leandro Karnal é a primeira atração confirmada do 15º Congresso do Minaspetro

O

hotel Actuall, em Contagem, Região Metropolitana de BH, vai sediar novamente o tradicional encontro da Revenda mineira, que neste ano chega à sua 15ª edição. Os dias escolhidos para o Congresso de Revendedores de Combustíveis foram 4 e 5 de maio, e o primeiro palestrante já confirmou presença. Trata-se de Leandro Karnal, historiador, filósofo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Com o tema “O prejuízo da Desonestidade e o Lucro da Ética”, ele vai falar sobre a vida e negócios – temática em evidência entre os empresários do setor nos dias atuais. “Temos trabalhado para que o evento seja bastante produtivo para o revendedor. O objetivo é reunir expositores que apontem as principais tendências do setor. São empresas de sistemas eletrônicos, equipamentos, produtos para lojas de conveniência, além de muitas outras opções para o empresário que deseja investir na modernização de seu posto”, comenta Carlos Eduardo Guimarães Jr., presidente do Minaspetro.

Divulgação

Evento será realizado nos dias 4 e 5 de maio

As inscrições já estão abertas no site www.minaspetro.com.br:

Sócios

Não sócios

Inscrição: R$ 160 Almoço*: R$ 45 Total: R$ 205

Inscrição: R$ 200 Almoço*: R$ 45 Total: R$ 245

*A adesão ao almoço é opcional

O historiador fará palestra no dia 5 de maio

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tudo A razão de

Em um ambiente competitivo como a Revenda de combustíveis, pequenas ações para agradar ao consumidor podem ser determinantes para conquistá-lo

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ngana-se o revendedor que acha que o cliente precisa ir obrigado ao seu posto.” Quem alerta é José Eustáquio Magalhães Elias, proprietário da Rede Inconfidentes, que conta com cinco postos na região Central de Minas Gerais. Embora parte do público consumidor – e dos próprios revendedores – veja o combustível como uma commodity, principalmente em tempos de crise o cliente está mais exigente. Qualquer melhoria no atendimento, vantagem por fidelização ou valor agregado ao produto consumido podem ser determinantes, portanto, para que o consumidor faça a sua opção. No setor de combustíveis, em que a competição chega à terceira casa decimal, um pequeno diferencial se transforma em uma arma para enfrentar a concorrência. José Eustáquio, por exemplo, implantou um programa de fidelidade, que pontua o cliente em cada abastecimento. Ele troca os pontos por serviços como ducha e troca de óleo ou vantagens como prêmios, sorteios de brindes e descontos em produtos. “Os resultados têm sido fantásticos. Aqui o cliente é tratado como ‘vossa majestade’”, conta o revendedor. Realmente a impressão que se tem é a de que o consumidor é uma espécie de “rei” para a rede. Para se ter uma ideia, no dia do seu aniversário, o cliente cadastrado recebe uma mensagem via SMS informando que o abastecimento rende pontos em dobro, afinal, é o dia dele. A criatividade do revendedor não parou por aí. Ao perceber que “mimar” o consumidor pode potencializar os ganhos, ele investiu em outras ideias. Primeiramente, treinou a equipe. Hoje os frentistas atendem com um sorriso no rosto, oferecem serviços agregados e calibram pneus, por exemplo. Quem opta pela gasolina aditivada na Rede Inconfidentes tem a chance de rodar uma roleta e ganhar prêmios. “A maneira de atuar no interior é um pouco diferente. Na capital é preço, aqui é serviço. A pessoa sabe onde é bem tratada e encontra um produto de qualidade e confiança.” Os especialistas confirmam a tese do empresário. De acordo com José Edson Lara, PhD em Ciências Econômicas e Empresariais pela Universitat Autònoma de Barcelona, ambientes que oferecem espaços adequados para circulação, excelência no atendimento, limpeza, oferta de serviços extras, recomendações de calibragem, entre outros agrados, são elementos que podem elevar o nível de satisfação dos clientes e, consequentemente, fidelizá-los. Outro que adotou a estratégia de fidelização foi Milton Alves Costa Júnior, proprietário da Rede 4 Rodas, na região do Vale do Mucuri. Atualmente, já são 30 mil clientes cadastrados, que pontuam em cada abastecimento e têm a opção de trocar os pontos por produtos e serviços. Além disso, eles participam de sorteios de viagens, e ainda há uma promoção que faz sucesso na região. Trata-se do “Acerte o Litro”. O cliente que deseja completar o tanque dá um palpite de quanto falta para enchê-lo; se acertar, não paga. Milton conta que recentemente a rede adquiriu um posto em Teófilo Otoni e adotou lá a mesma estratégia. Resultado: as vendas aumentaram 60%. Prova de que tratar o cliente como “rei” traz benefícios tanto para consumidores quanto para empresários.

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VISUAL IMPECÁVEL Organização e limpeza são prioridades na Rede Petromac, com postos na região Norte de Minas Gerais. Diariamente, todos os gerentes gastam 15 minutos para realizar um check-list que detecta possíveis problemas. Com o resultado em mãos, os gestores se reúnem com as equipes e apontam o que deve ser melhorado ou corrigido. “Temos adotado esse procedimento há mais de um ano, e os resultados têm sido surpreendentes”, comemora Humberto Cavalcanti, proprietário da rede. Além disso, os quatro postos da rede são pintados duas vezes por ano e os equipamentos estão sempre muito bem-conservados. Os frentistas são orientados a cumprimentar o cliente, oferecer serviços adicionais, perguntar corretamente sobre a forma de pagamento e auxiliar os motoristas a estacionar seus veículos. Esses itens deram origem a outro check-list, cujo índice de acerto exigido é de 95%. Quem alcança esse patamar ganha um bônus; caso contrário, um treinamento é dado para que o colaborador aprimore suas habilidades.

QUALIDADE Certamente, uma das principais preocupações da Revenda de combustíveis diz respeito à qualidade do produto. Os consumidores estão sempre em busca de confiabilidade. Daí surgiu uma ideia levada à prática por Humberto com o objetivo de tornar mais transparente o relacionamento com o cliente. Que tal comprovar para o consumidor a qualidade do combustível comercializado na Rede Petromac? Para isso, o empresário convida dois clientes por semana para um café da manhã e aproveita a oportunidade para testar os combustíveis estocados na Revenda. Os clientes assinam os testes, cujos resultados são afixados nas bombas. “A partir daí, o ‘boca a boca’ é muito forte e eficiente. Eles comentam com outras pessoas, e a repercussão tem sido muito positiva”, explica Humberto.

COMO SER CRIATIVO PARA ATRAIR O CLIENTE PARA A SUA REVENDA ESTUDE O MERCADO Inicialmente é importante saber quem é o cliente para que você adapte suas ações e treine a equipe de acordo com as necessidades daquele público específico. Exemplo: se o público é predominantemente feminino, instrua os frentistas a oferecer calibragem, troca de óleo etc. Se são pessoas mais jovens, faça campanhas de fidelização modernas e inovadoras. Se idosos, dê-lhes uma atenção especial. SAIA DO ÓBVIO Checar a frente do veículo é obrigação, não é diferencial. Pense em campanhas de fidelização, ofereça algo a mais na pista. Lembre-se de que o momento do abastecimento propicia uma breve pausa na rotina muitas vezes atribulada do cliente. INSPIRE CONFIANÇA É claro que preço é o fator determinante no mercado de Revenda de combustíveis, mas confiança também é essencial. O cliente sabe da importância de um combustível de qualidade e dos prejuízos que um produto não conforme pode acarretar ao veículo. Por isso, reitere que seus produtos são testados e aprovados para atender os rígidos parâmetros da ANP. Transparência é importante na relação com o consumidor. TREINE A EQUIPE O primeiro passo para deixar o cliente feliz é um frentista feliz. Motive e treine sua equipe. Recompense os funcionários por vendas. Um bom gerenciamento da equipe impacta diretamente o atendimento ao consumidor.

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Arquivo pessoal

ENTREVISTA

Em comemoração ao Dia do Consumidor (15 de março), a Revista Minaspetro convidou um especialista para falar sobre estratégias e ações que empresários podem utilizar para fidelizar clientes. Trata-se de José Edson Lara, PhD em Ciências Econômicas e Empresariais pela Universitat Autònoma de Barcelona, diretor da Future Consulting, professor do curso de Mestrado da Fundação Pedro Leopoldo Educacional e professor aposentado da UFMG na área de Administração. Confira as dicas dadas por ele:

Teoricamente, o principal diferencial que o dono de posto de combustível pode oferecer ao consumidor é preço. Há alguma outra forma de atrair e encantar um cliente? O cliente pessoa física naturalmente supõe que a gasolina é uma commodity, com qualidade indiferenciada. Assim, a diferença de preços nos postos seria consequência do poder aquisitivo dos consumidores das diversas regiões, bem como da margem de lucro praticada pelos revendedores. Em essência, suas compras baseiam-se em preços, conveniências de localização e qualidade de atendimento, quando a compra é autoinduzida. Portanto, os motivos de decisão de compra no posto assumem características mais emocionais. Nesses casos, as iniciativas de propaganda, trade market, melhorias no atendimento e na atmosfera de suprimentos proporcionam resultados muito mais consistentes. Há que se considerar que muito provavelmente clientes homens apresentem avaliações e manifestações de satisfação em graus diferentes, para os mesmos atributos, em relação às clientes mulheres. Assim, torna-se necessário pesquisar para conhecer as características dos clientes – idade, gênero, poder aquisitivo, localização, predisposições a preços, condições de pagamento e promoções, entre outras. Quando falamos de pessoas jurídicas, as decisões de compra são determinadas por condicionantes mais claramente racionais: preço, condição de pagamento e, no caso de motoristas profissionais, local para descanso ou repouso. Ainda assim, elementos emocionais também são muito importantes como determinantes de satisfação ou encantamento de clientes. Há que se considerar que o cliente, normalmente, não é fiel a estabelecimento, bandeira, preço etc. Ele é fiel a si mesmo! Quer sempre mais, seja qual for o fornecedor. Se um concorrente oferecer mais conveniências, ele normalmente muda sua preferência, muda de posto, com a maior facilidade! Consegue enxergar em um posto alguma outra forma de atrair e encantar um cliente? Conforme analisei anteriormente, os elementos condicionantes da satisfação e fidelização dos clientes em postos de gasolina, em essência, são: boa arquitetura dos prédios, que ofereça conforto para manobras e limpeza; oferta de serviços extras, como calibragem e lavagem simples ou completa; placas de ofertas em tamanho adequado à visualização; excelência no atendimento por parte dos frentistas; boa vontade no repasse de alertas e orientações sobre o funcionamento do veículo; vestuário completo e limpo e acesso a equipamentos de cobrança em perfeito funcionamento, entre outros. É importante também criar um manual de bom atendimento para o treinamento de novos funcionários e para a mentalização permanente por parte dos antigos.

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Há que se considerar que a fidelização do cliente é algo muito difícil. Assim, um pacote de conveniências compatíveis com os clientes é o que determina a satisfação plena. A complementação da satisfação plena não é apenas a recompra, ou revisita ao posto, mas sim sua indicação a potenciais clientes, podendo ser a parentes e amigos. A essa predisposição tem-se dado o nome de Net Promoter Score. Trata-se de um índice que mede o encantamento do cliente pela satisfação com o conjunto de atributos oferecidos aos consumidores, resultando na indicação do estabelecimento a outros prospects, ou prováveis novos clientes. Qual o principal desafio para o empresário que tem no preço sua principal arma? O principal é a disposição de investir nos atributos que, efetivamente, satisfazem ou encantam o cliente, mesmo, e especialmente, em épocas de crise. O planejamento e a adoção de muitas estratégias para a satisfação não são difíceis nem caras para se tornarem efetivas. O cliente, em essência, quer ser bem atendido, e, muitas vezes, o bom atendimento não é caro. Elementos emocionais que despertam o encantamento, como gentileza e rapidez no atendimento, prestação de boas informações, entre outros, são fundamentais para superarem as demandas racionais do cliente, como o preço. Um elemento essencial para o bom desempenho dos gerentes é a predisposição para observar constantemente o ambiente da prestação de serviços. A observação é fundamental para pensar o negócio e promover melhorias contínuas. Cabe ao gerente a atribuição de refletir sempre sobre a tríade: negócio, ambiente de negócio e cliente. Uma integração entre esses três elementos é o ideal para a sustentabilidade do negócio. Independentemente do segmento, encantar o cliente é fundamental. O que um cliente bematendido tem a oferecer ao estabelecimento? Cliente bem-atendido (e encantado) é consequência de ações estratégicas, tanto tangíveis quanto intangíveis, ou seja, que ele apenas percebe. O cliente é sensorial, portanto percebe coisas que nem sempre sabe descrever. Tanto numa situação favorável quanto em circunstâncias desfavoráveis. Muitas vezes os frentistas e gerentes vão se acostumando com ambientes ou modos de atendimento que não agradam aos clientes. A consequência do encantamento do cliente é causa e consequência do encantamento do funcionário e do empreendedor com o negócio.

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Que consequências o mau atendimento pode trazer para o estabelecimento? Sempre, mas especialmente em nossos dias, o atendimento é essencial para qualquer negócio. Principalmente nos serviços prestados a pessoas físicas. Há que se ter sempre em mente que cliente é gente, complexa e exigente. Cada cliente pensa que é a pessoa mais importante do mundo. E é. O frentista e o gerente têm sempre que ter em mente que ele, ou ela, está lidando com a pessoa mais importante do mundo. Isso justifica a excelência do atendimento. As consequências do mau atendimento são claras: indisposição de retorno ao posto, propaganda negativa para parentes, amigos e nas redes sociais, além de redução no volume de negócios, que, a reboque, gera redução nos lucros, desemprego, má colocação na avaliação feita pela bandeira, entre outras consequências. Na sociedade moderna vivemos a era das opções. Se o posto não for a primeira opção para um número considerável de clientes, não se viabilizará. O desafio é ser a primeira opção de abastecimento. Equipe bem-treinada pode ser um bom início? Sim. Equipe bem-formada implica ter um time preparado para lidar com gente. Gente que é, muitas vezes, complexa ou que pode estar passando por momentos difíceis, como todo mundo passa. Muitas vezes, a visita a um posto de gasolina representa um momento para relaxamento ou que se tira para escapulir do ambiente do trabalho. Assim, equipes são pessoas treinadas para lidar não apenas com automóveis, mas com gente. O treinamento, portanto, deve ser contínuo, pois, assim como as pessoas, suas expectativas, seus objetivos de vida, os prestadores de serviço também mudam. Entender o mau humor do cliente e gerenciar a situação não é fácil para o frentista. Mas ele deve estar treinado e motivado sempre para superar essa dificuldade. Ademais, ele deve conservar sua integridade e autoestima em nível elevado, para trabalhar com satisfação e dignidade e voltar para casa e encontrar a família, que está à sua espera, com a satisfação do dever cumprido. Crises econômicas limitam as alternativas do empresário de inovar, uma vez que o cliente sempre vai buscar melhores preços? No mundo dos negócios existem dois tipos de inovação: inovações radicais e inovações incrementais. As inovações radicais são muito lentas, caras e impactantes no mercado e até na mídia. Implica criar algo absolutamente novo. As inova-


ções incrementais, ou graduais, são muito mais frequentes e baratas, sendo construídas com forte contribuição de funcionários, dos gerentes e dos clientes. São construídas no dia a dia. Dependem muito da inteligência operacional da empresa. Assim, a empresa que atua em perfeita sintonia com as contribuições dos funcionários, dos gerentes e dos clientes consegue desenvolver inovações importantes, que atendem os três segmentos desse negócio. Mas a empresa deve saber estimular e valorizar as contribuições dos funcionários, bem como dos clientes. Os clientes são, muitas vezes, consultores que prestam gratuitamente informações importantes às empresas. Cabe à empresa utilizar esses valores, para inovar a baixíssimo custo. No mau humor, ou na ironia, o cliente presta informações importantes. Cabe à empresa transformar essas informações em oportunidades para melhorias e aumentar seus lucros, mesmo, e especialmente, nas crises. A crise é o momento certo para inovar, pois na prosperidade todos vendem muito, mesmo com produtos ou serviços pouco adequados. Na crise a criatividade é mais premente, necessária

e impulsiva. A energia da inovação é mais forte na crise. Aqueles que não se preparam bem na crise, inclusive com inovação, não serão os mais bem-sucedidos na prosperidade. No setor de fornecimento de combustíveis, se todos resolverem competir com estratégia de baixa nos preços, em um dado momento, estarão com suas margens de lucro comprometidas.

“A observação é fundamental para pensar o negócio, a fim de promover melhorias contínuas. Cabe ao gerente a atribuição de refletir sempre sobre a tríade negócio, ambiente de negócio e cliente.”

seu programa

Seu Programa

Contrato SEM MULTA.

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MERCADO

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ANP aponta queda

nas vendas em 2016 Shutterstock

Retração chegou a 4,5% do volume comercializado

OS PRINCIPAIS NÚMEROS DA AVALIAÇÃO DO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS / 2016

-4,5% +4,6

Venda de combustíveis

Venda de gasolina C

-18,3%

O

tradicional seminário de Avaliação do Mercado de Combustível, promovido em fevereiro pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para apresentar os principais resultados do ano, comprovou o que, de fato, todos esperavam: queda nas vendas. Em 2015, a Revenda de combustíveis já havia tido uma prévia do que estava por vir. O mesmo relatório apontara queda de 1,9%, ao passo que, em 2016, a retração chegou a 4,5%. E Flávio Lara, proprietário da RedeFle(x), prevê que a curva descendente persistirá no primeiro semestre deste ano. Também chama a atenção no estudo a perda de mercado da BR e da Ipiranga, o que se justifica, na avaliação de Lara, pelo fato de as duas companhias terem adotado uma política comercial focada em lucratividade. “Acharam que era o momento de vender caro, por isso a queda. Mais cedo ou mais tarde enxergarão que trabalharam errado e terão que ser agressivas para se recuperarem”, avalia o revendedor. Os postos sem bandeira, por sua vez, aproveitaram para crescer. Em 2015, eles representavam 39,8% dos estabelecimentos do país e, em 2016, já eram 41,1%. Lara observa que não estar atrelado a companhia tem sido a melhor opção para escapar à concentração do mercado. Ele afirma que a tendência é que esse número cresça ainda mais.

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-5,1%

Venda de etanol hidratado

Venda de óleo diesel B

-13,5%

Venda de lubrificante

MARKET SHARE DISTRIBUIDORAS:

41,1% Bandeira branca 18,8% BR 14,4% Ipiranga 11,5% Raízen 2,8% Alesat


Na toada do petróleo Shutterstock

Impactada pela queda de preços registrada desde os últimos meses de 2014, Petrobras adota paridade internacional

O

petróleo é um dos produtos mais valiosos do mundo. Não à toa, por ele e por causa dele, guerras já foram declaradas, países enriqueceram e governos investem fortemente em tecnologia para extração e beneficiamento. Dada a sua importância estratégica no cenário internacional, os grandes polos produtores da matéria-prima rivalizam permanentemente por mais mercado e mais lucro, prática que afeta toda a cadeia produtiva. Receosa diante da descoberta de xisto betuminoso nos EUA e do surgimento de novas tecnologias para a extração do petróleo, como a fratura hidráulica, a partir de 2015 a Arábia Saudita aumentou sua produção de maneira abrupta, para baixar o preço da commodity a fim de aumentar sua influência junto aos países consumidores e proteger sua fatia de mercado de longo prazo. Para se ter uma ideia da agressividade dos árabes, ainda que os custos de produção do petróleo de xisto betuminoso sejam relativamente baixos – US$ 40 por barril –, a Arábia Saudita passou a retirá-lo por US$ 10. Essa movimentação impactou toda a cadeia. O preço do barril, que em janeiro de 2013 era de US$ 113, em dezembro de 2015 chegou a US$ 38, um recorde histórico. “A reação dos produtores norte-americanos foi reduzir os custos e ganhar em escala. A estratégia deu certo, e eles sobreviveram”, relembra Bráulio Chaves, economista e diretor do Minaspetro.

Em meio à guerra comercial travada em torno do petróleo, por mais incrível que pareça, a Petrobras tinha ainda que lidar com crises internas, fruto dos escândalos de corrupção e de uma gestão temerária adotada nos últimos anos. Necessitando desesperadamente recompor seu capital, a estatal manteve sua cotação para a gasolina, mesmo com os preços do petróleo rastejando no mercado internacional. O resultado foi catastrófico: a empresa brasileira perdeu mercado, sobretudo para a Shell, que dispõe de estrutura internacional para importação e exportação. O gap de preço do diesel, por exemplo, segundo Bráulio, chegou a 35% entre o que era importado pela Shell e o comercializado pela Petrobras. A BR, por ter que comprar obrigatoriamente a gasolina da Petrobras, perdeu muita competitividade, o que prejudicou frontalmente os revendedores da bandeira. Com a nova política de preços adotada a partir de 2016, ancorada na paridade com o mercado internacional, a companhia tenta restabelecer-se. Há especialistas que sustentam que os preços permanecerão baixos. Outros argumentam que os preços podem voltar a se estabilizar em patamares mais elevados. Fato é que, com a paridade, a empresa sinaliza que pretende correr atrás da parcela de mercado que perdeu. Bom para os revendedores BR, que não terão que se submeter a uma política de preços equivocada, e também para o mercado, que ganha competitividade e previsibilidade. Que assim seja.

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MERCADO

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Quase lá Processo de venda da Ale avança no Cade e aumenta a insegurança dos revendedores

A

dúvida que paira sobre a cabeça de Gentil Silveira, dono do Posto Colibri, de bandeira Ale, em Belo Horizonte, é se a Ipiranga pretende trabalhar da mesma forma que a companhia mineira. “Hoje, temos um relacionamento muito bom com gerentes e diretores. É como se fôssemos uma família. As pessoas me conhecem, e conheço os empregados de lá. Em uma companhia grande você não passa de mais um número lá dentro. Isso me preocupa.” A maioria dos revendedores com os quais a reportagem da Revista Minaspetro conversou nas últimas semanas tem a mesma percepção, à medida que a negociação se aproxima de um desfecho. Gentil conta que já recebeu uma carta da Ale informando que a transação deve estar concluída em agosto. A data, no entanto, é apenas uma previsão, uma vez que o Conselho de Administração e Defesa Econômica (Cade) ainda está analisando diversos aspectos da operação, o que, o que demanda certo prazo. O órgão ainda aguarda que as partes envolvidas que comprovem as eficiências econômicas geradas pela operação, antes da avaliação final do Relator, Conselheiro João Paulo Resende. A Fecombustíveis, que representa 40 mil postos instalados em todo o Brasil, é contrária à negociação. “Toda concentração é ruim para o mercado. Com a venda, as três grandes terão cerca de 75% de domínio”, afirma Paulo Miranda, presidente da entidade. O maior receio reside no fato de que a Ale possui forte presença no mercado spot, tradição que, de acordo com Paulo, não deve ser mantida pela Ipiranga. Além da concentração de mercado que resultará do negócio, também têm preocupado os revendedores detalhes relacionados à logística que envolve a mudança. Por exemplo: quem arcará com o custo da mudança da testeira e da adesivação das lojas de conveniência, entre outros detalhes? Arthur Villa-

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mil, doutor em Direito da Concorrência e advogado do Minaspetro, explica que os contratos da Ale que foram analisados são omissos em relação a essa questão. Ele lembra, entretanto, que quando a Cosan comprou a Esso, esses custos ficaram com a compradora. “Na época, tentaram obrigar o revendedor a colocar a nova imagem da Shell (trade dress), mas a revenda acabou reclamando, a Shell voltou atrás e houve negociação caso a caso. Muitos postos não tiveram que pagar nada para a aplicação da nova imagem naquela ocasião.” Outra situação incerta diz respeito a pequenas cidades em que apenas as bandeiras Ale e Ipiranga estão presentes. Como o Cade reagirá ao monopólio que resultará da concretização do negócio? Esses são somente alguns questionamentos que alimentam a polêmica. Incertezas não faltam. Aguardemos, portanto, as cenas dos próximos capítulos.

Empresas questionam Cade A Ipiranga e a Alesat já apresentaram defesa contra a decisão da Superintendência Geral do Cade de impugnar a operação. As companhias afirmam que “o negócio é incapaz de alterar a atual dinâmica competitiva do segmento de distribuição e revenda de combustíveis. Ademais, dela resultam importantes economias de densidade, escala e escopo, sendo o resultado líquido da operação, portanto, positivo.”


Remédios Acompanhando a transação com olhos muito atentos, a Fecombustíveis, inclusive, contratou uma empresa especializada para apresentar ao Cade os impactos negativos da transação. O parecer da LCA Consultores reitera a preocupação dos donos de postos quanto aos efeitos sobre a concorrência. Por isso, a Fecombustíveis sugere “remédios” para mitigar os impactos negativos da compra. Confira alguns deles:

MANUTENÇÃO DE ACESSO DOS PEQUENOS DISTRIBUIDORES AOS POOLS E CONTRATOS DE CESSÃO DE BASES:

O compartilhamento das bases é uma prática comum neste mercado, principalmente no caso de distribuidores menores. O objetivo é diluir os custos de entrada. Alternativamente, empresas de menor porte também se valem da diluição de custos de tancagem e armazenamento ao atuarem com contratos de cessão.

MAIOR FLEXIBILIZAÇÃO DOS CONTRATOS ENTRE DISTRIBUIDORES E REVENDEDORES:

Considerando-se que a Ipiranga trabalha com foco no conceito de “posto completo”, é razoável supor que a empresa tenha termos contratuais mais rígidos que os das empresas de menor porte. Para minimizar eventuais efeitos anticompetitivos, a Fecombustíveis propõe que os contratos realizados entre distribuidores e revendedores sejam mais flexíveis. Para isso, sugere que sejam adotadas medidas como: a) Evitar abuso na contratação combinada entre combustível, loja de conveniência e troca de óleo. Embora a oferta de abastecimento de combustíveis e de serviços instalados nas dependências dos postos revendedores possa ser considerada complementar, a viabilidade econômica não é, necessariamente, a mesma para a loja de conveniência ou a troca de óleo. b) Introdução de cláusulas de facilitação à saída dos atuais revendedores Alesat na migração para a marca Ipiranga. Isso garantiria que os atuais revendedores da Alesat, que deverão migrar para a Ipiranga após a aprovação da operação, não venham a ser prejudicados pelas condições contratuais atualmente praticadas pela Ipiranga. Essa medida poderá ampliar a competitividade tanto no mercado de distribuição quanto no de Revenda, na medida em que alguns revendedores Alesat que estiverem insatisfeitos com as condições eventualmente impostas pela Ipiranga optem pela migração para distribuidoras rivais ou mesmo optem por se tornar bandeira branca. c) Formulação de cláusulas ou medidas que minimizem a probabilidade de coordenação de preços. Isso evitaria, entre outras práticas com potencial anticompetitivo, a influência para fixação dos preços de Revenda pela distribuidora.

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GOTAS

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Minaspetro se reúne com revendedores em Juiz de Fora O presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães Jr., a diretora regional do Minaspetro em JF, Renata Camargo, e o comandante do 27º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Oterson Luis Nocelli, se reuniram em Juiz de Fora com 25 empresários do segmento para debater a segurança dos postos de combustíveis da região. Infelizmente, nos últimos meses, os estabelecimentos vêm sofrendo com uma onda de violência. Foram discutidas medidas de segurança e ações que promovam a aproximação dos revendedores com o Minaspetro. Durante o encontro, foi definido que será criada uma “Rede Monitorada de Postos” em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais. Os estabelecimentos parceiros serão identificados visualmente como “postos monitorados”, na tentativa de coibir a ação dos bandidos.

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Arquivo Minaspetro

Segurança e ações específicas para a região da Zona da Mata foram os temas em pauta

PMMG explicou como será a medida que visa dar mais segurança aos postos


Atenção para a coleta de informações exigidas pela ANP Revendedor deve certificar-se de que pesquisa realizada pelo telefone é, de fato, parte do procedimento feito pela Agência Recentemente, o Minaspetro tem prestado atendimento a diversos revendedores receosos quanto ao procedimento adotado pela ANP para monitorar os preços praticados pela Revenda no Estado. O Departamento Metrológico do Sindicato entrou em contato com a Agência para esclarecer os questionamentos dos revendedores. A ANP informou que contratou a empresa Análise e Síntese de Pesquisa e Marketing Ltda. para realizar a pesquisa de preços. Segundo a Agência, o contrato contempla a pesquisa in loco e, posteriormente, o contato telefônico com o posto revendedor, para conferir a veracidade dos preços já informados. O Departamento Metrológico do Sindicato orienta aos revendedores que, antes do repasse de qualquer informação via telefone sobre os preços de compra e venda dos produtos, há a necessidade de se confirmar quem está do outro lado da linha, ou seja, verificar se o contato está sendo feito realmente pela empresa contratada. Para tanto, basta o revendedor perguntar qual é o número da nota fiscal que traz o preço-alvo da pesquisa. O Minaspetro sugere ainda que, se a empresa contratada se negar a informar os dados da nota fiscal, o revendedor se recuse a fornecer a informação e ligue imediatamente para o CRC da ANP (0800 9700267). Tal procedimento visa evitar futura autuação por ausência de informações e, ainda, coibir o repasse de dados a terceiros não autorizados pela agência. Demais esclarecimentos sobre o assunto podem ser obtidos junto ao Departamento Jurídico Metrológico do Minaspetro, pelos telefones (31) 2108-6500 e 0800 0056500 (interior de MG).

Qualidade do combustível em debate Evento marcado para abril irá discutir conformidade de combustível comercializado em Minas Gerais O estudo encomendado pelo Minaspetro ao Laboratório de Ensaios de Combustíveis (LEC) da UFMG para aferir a qualidade do combustível comercializado na capital e Região Metropolitana preocupou os revendedores. Os índices de não conformidade ultrapassaram os limites do aceitável, e o Sindicato cobrou explicações das três grandes distribuidoras. Para debater o tema de maneira mais ampla, será realizado na sede do Sindicato, no dia 11 de abril, o Seminário “Fiscalização e Qualidade dos Combustíveis”, que reunirá as principais partes interessadas – revendedores, ANP, LEC e distribuidoras – para que a qualidade do produto comercializado atualmente se aproxime ao máximo das exigências. Os veículos de comunicação do Minaspetro irão repercutir o resultado do evento para informar ao revendedor os avanços alcançados na reunião com as autoridades.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS Gasolina – Minas Gerais / JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO R$ 3,25

R$ 3,2079 R$ 3,1944

R$ 3,1881 R$ 3,1767

R$ 3,15

R$ 3,05

14/1 - 20/1

21/1 - 27/1

28/1 - 3/2

4/2 - 10/2

R$ 3,1453

R$ 3,1350

11/2 - 17/2

18/2 - 24/2

R$ 3,1240

25/2 - 3/3

Carga Tributária – % 38,0% 38,0% 37,9% 37,9% 37,9% 37,9% 37,9% Carga Tributária – R$/L

R$ 1,5170

R$ 1,5170

R$ 1,5261

R$ 1,5261

R$ 1,5261

R$ 1,5261

R$ 1,5261

Etanol – Minas Gerais / JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO R$ 2,45

R$ 2,3586

R$ 2,3201

R$ 2,3014 R$ 2,2781 R$ 2,2270

R$ 2,25

R$ 2,05

14/1 - 20/1

21/1 - 27/1

28/1 - 3/2

4/2 - 10/2

11/2 - 17/2

R$ 2,1455

R$ 2,1271

18/2 - 24/2

25/2 - 3/3

Carga Tributária – % 18% 18% 17,8% 17,8% 17,8% 17,8% 17,8% Carga Tributária – R$/L

R$ 0,5431

R$ 0,5431

R$ 0,5609

R$ 0,5609

R$ 0,5609

R$ 0,5609

R$ 0,5609

Diesel S500 e S10 – Minas Gerais / JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO R$ 2,75

R$ 2,6930 R$ 2,6153

R$ 2,60

R$ 2,45

R$ 2,6428 R$ 2,6428 R$ 2,6428 R$ 2,6428 R$ 2,5981 R$ 2,6111 R$ 2,5729 R$ 2,5729 R$ 2,5729 R$ 2,5729 R$ 2,5661 R$ 2,5729

14/1 - 20/1

Carga Tributária S10 – %* 23,5% Carga Tributária S500– %* 23,8% Carga Tributária S10 – R$/L* R$ 0,7653 Carga Tributária S500 – R$/L* R$ 0,7502

21/1 - 27/1 23,5% 23,8% R$ 0,7653 R$ 0,7502

28/1 - 3/2 23,3% 23,7% R$ 0,7783 R$ 0,7570

4/2 - 10/2 23,3% 23,7% R$ 0,7783 R$ 0,7570

11/2 - 17/2

18/2 - 24/2

23,3% 23,7% R$ 0,7783 R$ 0,7570

25/2 - 3/3

23,3% 23,7% R$ 0,7783 R$ 0,7570

23,3% 23,7% R$ 0,7783 R$ 0,7570

S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq.usp. br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço medio sudeste homologado no 35º leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais, do respectivo mês, pesquisado pelo Sistema de Levantamentos de Preços da ANP. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo decreto 8395, de 28/01/15. *A partir de 1º de agosto de 2015, por decreto do Ato Cotepe/PMPF nº 14/15.

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S500



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