FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT
JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ
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ANO XXXII - 333
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AGOSTO DE 2017
editorial “Então Jesus se sentou, chamou os Doze (discípulos) e disse: ‘Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos’” [Marcos 9, 35]
expediente Diretor geral
DOM JOSÉ LANZA NETO Editor
PE. SÉRGIO BERNARDES | MTB - MG 14.808 Equipe de produção
DOUGLAS RIBEIRO JANE MARTINS Revisão
JANE MARTINS Jornalista responsável
ALEXANDRE A. OLIVEIRA | MTB: MG 14.265
Projeto gráfico e editoração
BANANA, CANELA bananacanela.com.br | 35 3713.6160
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reio que se intitular cristão é uma ousadia, pois muitas vezes, a comunidade cristã não está integralmente no caminho do Cristo, que mesmo assim possibilita a graça de buscar em seus ensinamentos a cada dia. Seguir a Cristo exige esforço humano, mas só se realiza se houver a vontade de Deus, não há quem consiga permanecer no amor, se não existir a presença divina na sua realidade. Somente vivendo na graça e amor do Senhor, o cristão se conecta a Cristo, integral e verdadeiramente. A Igreja, comunidade de fé, onde se assume a vocação, tem por tarefa fundamental a construção do Reino de Deus e, para que isso aconteça é essencial a participação nas comunidades, através de uma postura de diálogo, criando uma realidade de compreensão dos problemas e motivando ações para solucioná-los. A Igreja deve assemelhar-se à figura de Jesus, que se insere numa realidade não com temor, mas com determinação e com atos transforma-
dores nas vidas daqueles que ali se encontram. Todos são chamados a descobrir esta realidade nova, já existente há dois mil anos, mas que torna o ser humano completo e bondoso. O que separa o ontem e o hoje são as transformações do mundo que se modernizou, porém este não perdeu completamente sua essência. O grande desafio dos seguidores de Cristo é tornar suas vidas e vocações num testemunho de fé, que revele a marca do Cristo na vida. A caminhada vocacional é um processo de aprendizado que faz crer cada dia mais em Deus e colocar diante dele aflições, erros, orações e itinerários. Por isso, não se pode temer as oposições, as quedas e as críticas que se enfrenta no serviço comunitário. Assumir o caminho de fé é se colocar diante da grandeza do divino, reconhecendo a fragilidade humana. Para o mundo atual isso é admissão de incompetência, mas para o cristão deve ser a marca mais significativa, pois aquele que assume sua
pequenez receberá de Deus a benção para continuar o caminho rumo ao céu. Diante de um mundo exigente, que necessita da Verdade e de Vida, os cristãos devem empenhar-se num trabalho árduo, mas que traz a alegria do renascimento de uma comunidade cristã nova que tenha como centro de sua vida o amor a Deus e ao irmão. Deus deve ser sempre inspiração, luz e caminho. O Senhor liberta e remete a um mundo maravilhoso, mesmo que ainda marcado por alguns percalços da humanidade. Há muito ainda que ser feito. Independente do quanto já se fez ou se trilhou, sempre se está no início da missão. Pois, a tarefa de levar aos outros o Caminho de Cristo é sempre desafiante e nova, pois são necessárias criatividade e disposição para lutar contra as misérias humanas e transformar toda e qualquer realidade. Ser cristão é se assemelhar à figura de Jesus, para transpor barreiras e promover o bem, de forma pacífica e com fé.
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voz do pastor
Dom José Lanza Neto, Bispo da Diocese de Guaxupé
VOCAÇÃO E INQUIETUDE “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”
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ocação é um chamado para fortes e vencedores, apesar de seus limites e fraquezas. Nenhum vocacionado responde seu sim sem envolver-se em grandes dificuldades e sem a iluminação de quem o chama. Sempre se pensou a vocação como caminho certo, realização, bem-estar, tranquilidade, para não dizer realização completa, perfeita, acabada. Pensar assim é negar a própria vocação e o próprio chamado. Num mundo marcado por conflitos, desafios, frustrações, incertezas, a vocação que parece mais certa é a religiosa. Engano. Quantos e quantas pensam assim, apostam e se lançam totalmente, relegando ao segundo plano ou até mesmo se esquecendo dos possíveis desencantos e frustrações.
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Ao verificarmos os chamados na Bíblia, tomamos consciência de que vocação é estar mergulhado na própria vida e na vida do povo com uma inspiração vinda do alto. Talvez, num primeiro momento, o que toma conta são os projetos pessoais, marcados com projeções, sonhos, cópia de alguém, inspiração de um ilustre. Mas, assim como a vida, o vocacionado vai encontrar-se nu diante de si mesmo e do chamado. Ninguém responde por ninguém. Até quando duraria tal atitude? Como reflexão, poderíamos invocar alguns vocacionados da Bíblia, do mundo da política, do mundo artístico etc. São muitos os meandros que encontramos a exigir, constantemente, avaliações, reveses, decepções, recomeços, e mesmo que se re-
faça todos os planos para permanecer na fidelidade e coerência do primeiro amor. O vocacionado traz no seu DNA a convicção e a luta, e manifesta seu caráter, fruto de sua personalidade. Nascemos com tal dom, vocação e teimosia. A marca será sempre a perseverança, o serviço, o amor e a doação incondicional. A vocação supera o status social, a mania de grandeza, o ser ambicioso, a ganância; prevalece a humildade, a escuta, a disposição para o novo e para o outro. A vocação será sempre resposta acompanhada de riscos, desafios, aventura para o diferente. A vocação nos desinstala sempre. Jesus, o vocacionado do Pai, assumiu a grande aventura de estar entre nós.
opinião
Por padre Dione Piza, membro da equipe diocesana do Serviço de Animação Vocacional
O SONHO DE UMA CULTURA VOCACIONAL
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esde o advento e realização do Grande Concílio Vaticano II, em 1962-1965, uma ideia que marca a Igreja é a sua convicção ministerial, isto é, a certeza de que a Igreja é uma “sociedade organizada hierarquicamente” (LG 8), na qual é “um só o Povo de Deus... uma só a dignidade dos membros... uma só a graça de filhos, uma só a vocação à perfeição” (LG 32). De fato, em outros tempos, outorgou-se ao clero a essência mistérica da Igreja, enquanto aos fiéis leigos coube a manutenção da piedade popular. Críticos como Comblin afirmam que “os leigos eram receptivos. O seu papel consistia em receber o que a
hierarquia dava-lhes... a hierarquia era a forma e os leigos a matéria” (cf. Revista Vida Pastoral, julho-agosto de 2005). Há pouco tempo, em 1993, o papa São João Paulo II chamou a atenção da Igreja para “a urgência de cultivar o que poderia ser chamado de ‘atitudes vocacionais básicas’, que originariam uma autêntica ‘cultura vocacional’” (Mensagem 30º Dia de Oração pelas Vocações, 1992). Desde então, a Igreja tem se esforçado para que esta cultura vocacional se propague na sua ação. Neste intento, em 2003, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs um ano vocacional, tendo por tema Batis-
mo: Fonte de todas as vocações e com o grande objetivo de ajudar a Igreja a perceber-se como assembleia dos vocacionados e vocacionadas. Esta é a meta que o Serviço de Animação Vocacional busca em seus trabalhos, por compreender que o batismo é a maior prova e argumento para uma cultura eclesial que valorize todos os ministérios, desde aquele desempenhado por quem recita piedosamente o Santo Terço em uma pequena comunidade, até quem dirige a Igreja no ministério petrino. A Diocese de Guaxupé, com o Serviço de Animação Vocacional, não mede esforços e recursos para conscientização desta
realidade. É seu objetivo ajudar os batizados a descobrir e realizar sua missão de serviço, no mundo e na Igreja. Porém, esta missão ainda esta longe de seu ideal. Como carga do passado, ainda está incutido na mentalidade de nosso povo que apenas tem vocação quem quer ser padre ou freira. Embora vários esforços, grande parte do povo é apenas frequentador de missas dominicais, ou nem isso. Urge que a mensagem vocacional ecoe na vida do católico de forma real e, para isso, mais que uma animação, é necessária uma real conscientização. Com a ação das Santas Missões Populares, alguns passos significativos marcam esta caminhada, porém ainda há um longo caminho a ser percorrido por nossa diocese. Como já alertaram os bispos do Brasil nas últimas diretrizes gerais, vivemos uma época de transformações profundas. Mesmo a diocese não estando em uma realidade metropolitana, sentimos os efeitos da atual sociedade globalizada e técnico-científica, voltada para a produtividade, o consumo e o lucro, consequentemente individualista e relativista. No âmbito religioso, sofremos com o pluralismo, porta-larga para práticas fundamentalistas e sentimentalistas. Na vida católica, há a chamada crise do compromisso comunitário, além da persistência de uma pastoral de manutenção e a sobrecarga dos fiéis engajados. Fere, também, nossos objetivos vocacionais a constatação de um aparente desânimo e marasmo católico, com fiéis muito ocupados em fazer coisas e pouco ocupados em buscar a santificação pessoal e eclesial. Gente sem convicção e entusiasmo, algemados nas frias cadeias do formalismo e lentamente cozidos em suas panelinhas; há, também, o desinteresse de uma parte do clero em “dar testemunho de vida feliz, alegre, entusiástica e de santidade no serviço do Senhor” (DAp 315). Alegra-nos a certeza de que a Igreja é de Cristo e a ação do Espírito Santo constantemente anima vários corações, os quais são verdadeiros baluartes da esperança: gente de fé, novos carismas, novas formas oracionais e comunitárias, verdadeiros católicos apaixonados pelas belezas da Tradição católica, missionários convictos, grandes agentes de pastoral, e santos anônimos... E, assim entre luzes e sombras, o Serviço de Animação Vocacional persegue seu ideal de anúncio e prece, como ordenou Nosso Senhor, pedindo que envie santos missionários, agentes de pastoral, sacerdotes e religiosos e religiosas convictos de sua realeza, profecia e sacerdócio batismal, apaixonados por Cristo e por sua Igreja, que anunciem com alegria e sem medo!
COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA
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notícias Carta reforça características essenciais para o pão e o vinho utilizados na missa Texto/foto: Rádio Vaticana
A pedido do papa Francisco, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos dirigiu aos bispos diocesanos uma carta-circular a respeito do pão e do vinho utilizados na celebração da Eucaristia. O documento recorda que cabe aos bispos providenciar tudo aquilo que é necessário para a celebração da missa. “Compete-lhe vigiar a qualidade do pão e do vinho destinado à Eucaristia e, por isso, também, aqueles que o fabricam”, afirma o texto. A preocupação ocorre devido à oferta para a venda da matéria eucarística em supermercados, lojas ou até mesmo pela internet. “O Ordinário deve recordar aos sacerdotes, em particular aos párocos e aos reitores das igrejas, a sua responsabilidade em verificar quem é que fabrica o pão e o
vinho para a celebração e a conformidade da matéria”. O documento sugere inclusive a apresentação de certificados. A Congregação recorda que o pão deve ser ázimo, unicamente feito de trigo. “É um abuso grave introduzir, na fabricação do pão para a Eucaristia, outras substâncias como frutas, açúcar ou mel. Já as hóstias completamente sem glúten são inválidas, sendo toleradas hóstias parcialmente providas desta substância. Já o Mosto, isto é, o sumo de uva, é matéria válida para a eucaristia”. O Dicastério destaca ainda que os fabricantes devem ter a “consciência de que o seu trabalho destina-se ao Sacrifício Eucarístico e, por isso, é-lhes requerido honestidade, responsabilidade e competência”, sugerindo que a cada Conferência Episco-
Objetivo do papa é impedir que se cometam abusos na fabricação das espécies
pal encarregue uma ou duas congregações religiosas para verificar a produção, a con-
servação e a venda do pão e do vinho para a Eucaristia.
Encontro Diocesano valoriza Diocese de Guaxupé Iniciação Cristã e lança Diretório acolhe novo presbítero Texto: Edon Fonseca | Foto: Lázara Assunção
No dia 18 de junho, foi realizado na Cúria Diocesana de Guaxupé, o encontro anual de formação com as coordenações paroquiais de Catequese. O evento serviu também para o relançamento do Diretório Diocesano de Catequese, atualizado pela coordenação diocesana de Catequese, juntamente com o assessor eclesiástico, padre Luciano Campos Cabral. Aproximadamente 170 catequistas estiveram presentes ao encontro assessorado por Marlene Silva, catequéta conhecida nacionalmente da Arquidiocese de Pouso Alegre. O encontro teve início pela manhã com a acolhida e com a oração inicial, conduzida pela própria assessora. Quanto ao processo de iniciação cristã, Marlene apontou como caminho de fé, feito de forma gradual onde a pessoa se decide livremente a ser cristã. “Ser cristão é uma
Texto: Filipe Zanetti, seminarista – Teologia | Foto: Sara Fideles
opção de vida, uma escolha do Caminho, Verdade e Vida que é o próprio Jesus, sendo que esse processo de aprofundamento se dá em uma comunidade onde se fortalece a identidade e o sentido de pertença, como acontecia com as comunidades primitivas”. À tarde, padre Henrique Neveston, coordenador diocesano de pastoral, fez a apresentação da nova edição do Diretório Diocesano de Catequese, discorrendo sobre a importância de se ter uma diretriz que indique os caminhos que a diocese quer percorrer na evangelização. Em seguida, os catequistas se dividiram em grupos para refletirem textos voltados para o tema do encontro, realizando um plenário com a conclusão e a avaliação dos trabalhos.
Há 44 anos não era realizada uma ordenação presbiteral na cidade
Liberdade e ingresso gradual devem marcar processo catequético
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Padre Sérgio Bernardes foi ordenado no dia 1º de julho pela oração da Igreja e imposição das mãos do bispo diocesano, no Santuário de Santa Rita de Cássia em Cássia. Padre Sérgio escolheu como lema de sua ordenação a oração “Por Cristo, com Cristo, em Cristo” com a qual expressa seu louvor e gratidão a Deus pelo ministério recebido. Em sua homilia, Dom Lanza destacou e agradeceu pelos dons que o neo-sacerdote
tem colocado a serviço da comunicação na diocese. “Os meios de comunicação precisam ser valorizados na Igreja, é através deles que nós anunciamos a pessoa de Jesus”, afirmou. “Foi assim que São Paulo viveu sua missão, depois de fazer sua experiência pessoal com Cristo, colocou o anúncio da Boa Nova em primeiro lugar”. E enfatizou que certamente este era o mesmo sentimento do ordenante.
Campanha Missionária 2017 é lançada pelas POM Texto: Assessoria de Comunicação – POM | Foto: Divulgação/POM
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) apresentam o DVD da Campanha Missionária 2017 com o tema: “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” e o lema: “Juntos na missão permanente”. A Campanha é promovida todos os anos no mês de outubro quando se realiza, no penúltimo domingo, a Coleta do Dia Mundial das Missões (este ano dias 21 e 22). Produzido pela Verbo Filmes e organizado pelas POM, o DVD contém nove capítulos, um para cada dia da Novena, com destaque para testemunhos de missionários e missionárias que vivem a alegria de anunciar o Evangelho em diversos contextos de missão. Dispostos em temas,
os capítulos seguem o roteiro da Novena Missionária conforme indicado no livrinho. Pode ser utilizado, também, em reuniões de pastorais, conselhos paroquiais e comunitários, grupos e movimentos, e até mesmo nos encontros de oração. “O Papa Francisco nos convida a uma nova etapa Evangelizadora marcada pela alegria (EG 1) que brota do encontro com Jesus Crucificado e Ressuscitado. Este DVD e os demais materiais da Campanha Missionária podem ser utilizados de diversas formas: na família, na comunidade, na paróquia, nos grupos e pastorais”, explica padre Maurício da Silva Jardim, diretor das POM. “O DVD é animado pelo hino “Brasil
OSIB realiza Encontro Nacional em Aparecida Texto: Portal A12 | Foto: padre Leandro Melo
Dimensão vocacional sofre os impactos da mudança das famílias atuais
Mais de 200 padres de todas as regiões do Brasil se reuniram em Aparecida (SP) entre os dias 10 e 14 de julho, para o Encontro Nacional para Formadores da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Diocese de Guaxupé foi representada pelos padres Ronaldo Passos, José Hamilton, Leandro Melo e Clayton Mendonça. Trabalhando a dimensão espiritual, os formadores trocaram experiências e receberam uma formação para a continuidade dos trabalhos na realidade dos seminários. Um dos assessores do encontro foi o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom José Roberto Fortes Palau, referencial da OSIB Nacional, que falou que, na atualidade, um dos grandes desafios dos formadores nos seminários é o trabalho com os jovens que chegam para serem padres. “Hoje nós enfrentamos o esfacelamento das famílias, então muitos jovens vêm de uma família com dificuldades, com problemas. Não generalizando, mas hoje não acontece, na maioria dos casos, a educação dos fundamentos da fé nas famílias.
Muitos deles chegam e não sabem o básico da fé, então tudo isso tem que ser trabalhado durante o tempo de formação. É um tempo longo de formação, mas necessário.”, colocou. Dom José explica que os documentos da Igreja pedem que a formação dos pastores seja segundo o coração de Cristo e por isso é um processo longo e criterioso. “A formação é gradual, acumulativa, você vai crescendo e vai acumulando conhecimento, experiências em vistas da maturidade, que é isso que nós queremos para nossos padres, que sejam bons pastores [...] formar um padre não é como uma produção em série, a formação sacerdotal é como o trabalho de um joalheiro que vai esculpindo uma joia, então demanda tempo”, comparou. O encontro da OSIB trabalha as dimensões das diretrizes da formação para os padres no Brasil. São quatro dimensões: intelectual, espiritual, humano afetivo e pastoral. Esse ano, o curso para formadores trabalhou a dimensão espiritual, em 2018, esse encontro deve acontecer no Rio de Janeiro (RJ) e vai trabalhar a dimensão intelectual.
Missionário” e nos convida a partilhar em forma de oração, fazer a Leitura Orante da Palavra e animar cada vez mais a Igreja em saída missionária. Por meio do testemunho profético, nós queremos ser essa Igreja em missão nas periferias existenciais e geográficas”, complementa o diretor. Além do DVD, para animar a Campanha, as Pontifícias Obras Missionárias prepararam o cartaz com o tema e o lema, a Novena missionária, Mensagem do papa para o Dia Mundial das Missões, orações dos fiéis para os cinco domingos de outubro, envelopes para a Coleta do Dia Mundial das Missões e duas versões de marcadores de páginas com a oração missionária.
Vídeos da novena missionária podem ser assistidos gratuitamente pelo Youtube
Diocese realiza encontro da Pastoral Orgânica
Texto: padre Henrique Neveston, coordenador diocesano de pastoral | Foto: Lázara Assunção
No domingo, dia 16 de julho, no prédio da Cúria Diocesana, a Coordenação de Pastoral Diocesana reuniu 60 leigos, todos coordenadores diocesanos de pastorais e movimentos da Diocese, para o início da articulação da Pastoral Orgânica. Na parte da manhã, foi refletida a importância da Pastoral Orgânica e como se daria esse entendimento. Na oportunidade, foi trabalhado o texto de São Paulo aos Coríntios (1Cor 12), na relação do corpo com seus membros, de Cristo com a Igreja e seus diversos dons e carismas. Depois, trabalhou-se a dimensão em que o Papa fala da Alegria do Evangelho e da Igreja em saída, que se tornou a reflexão diocesana hoje, a partir de uma proposta por uma diocese num estado permanente de Missão. À tarde, foi trabalhada a dimensão de comunhão, como o Concílio do Vaticano II
orienta na dimensão eclesiológica, como constitutivos de uma verdadeira evangelização a ser desenvolvida e iluminadora para a próxima assembleia diocesana. Após o plenário dos leigos, aconteceram várias ponderações e enriquecimentos dessa reflexão, avaliou-se como muito positivo este primeiro encontro. O coordenador diocesano de pastoral e assessor do encontro, padre Henrique Neveston, aproveitou para agendar um segundo encontro com uma maior representação dos leigos da diocese, onde será estudado o documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que fala da presença dos leigos na Igreja e na sociedade. Neste próximo encontro será chamado um assessor nacional da CNBB para poder falar do protagonismo dos leigos e na oportunidade criar o Conselho Diocesano do Laicato.
Intuito do encontro é convergir as forças pastorais e missionárias da diocese COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA
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atualidade
Por padre Éder Carlos de Oliveira, coordenador diocesano do Serviço de Animação Vocacional
VOCACIONANDO O LAICATO: POR UMA IGREJA CONSCIENTE DE SEU PAPEL E DE SEU POTENCIAL
U
m dos pontos fundamentais da reflexão sobre as vocações atualmente é que estas devem ser desclericalizadas. Isso significa que ao se falar de vocação se deve ir além da vocação ao ministério ordenado. Pois vocação não é coisa apenas de padre, mas de todo fiel batizado. Bem ensinou o Concílio Vaticano II que a raiz de toda vocação é o batismo. A ideia de que vocação é algo apenas para padres e freiras, além de limitar demasiadamente a visão de vocação, impede que a missão e o potencial de cada batizado sejam bem compreendidos e, consequentemente, floresçam. Sendo assim, consideramos de grande valia para a Igreja atualmente que a vocação seja compreendida por todo batizado como algo que não está restrito ao clero. A vocação atinge a todos os batizados fazendo-os saber que neles habita a força divina pela participação no sacerdócio de Cristo (de forma batismal). Os leigos, sacerdotes e sacerdotisas pelo batismo, estando unidos ao Cristo pelo Sacramento Raiz, que é o Batismo, têm grande potencial de evangelização. Têm eles autoridade para abençoar, para falar de Deus, para articular a pastoral em seus grupos em comunhão com a Igreja. É muito comum que os bispos, padres
e diáconos ouçam com frequência frases como: “Padre, reze por mim! O senhor está mais perto de Deus”; “Padre, não posso fazer tal trabalho pastoral, não sei falar de Deus”; “Padre, a sua oração tem mais valor que a minha”. De fato, os ministros ordenados têm também a missão de rezar a Deus pelo povo (por isso o termo sacerdote, aquele que intercede a Deus pelo povo). Porém, isso não pode de modo algum ser pretexto para que o batizado não desenvolva seu potencial evangelizador, sua autonomia, sua capacidade de falar de Deus. Afinal, todo batizado, ordenado ou não, está unido a Cristo por este Sacramento. Nele habita a força divina e ele participa do sacerdócio de Cristo. Assim, infere-se que o Cristo age por meio de todos batizados, pois está unido a eles e neles derramou a força de seu Espírito. Deste modo, o processo de vocacionar o laicato seria de grande valia à Igreja. Considera-se que à medida que os leigos se tornam confiantes, animados, e deixam sua criatividade aflorar, os caminhos pastorais da Igreja tendem a crescer e se tornar mais criativos e dinâmicos. Nesse sentido, uma catequese clara e consistente dada aos leigos sobre o assunto seria necessária. Seria necessário mostrar de forma entusiástica aos leigos o potencial
deles próprios. Pequenas ocasiões práticas como estas podem ser úteis: pedir aos leigos para abençoar (em rito próprio) as famílias e os lares, incentivar que os leigos elaborem programas pastorais, valorizar os ministérios leigos (catequistas, ministros da Palavra, proclamadores etc.), desafiar os conselhos de pastoral paroquial (CPP) e
patrimônio
de assuntos econômicos e administrativos (CAEP) a tomarem, em comunhão com seus pastores, decisões arrojadas. Ajudemos os batizados a descobrirem seu potencial, propondo a eles vocacionar sua vida de fé. Possivelmente, a Igreja, com todos os seus membros, ganhará com esse caminho.
Por São João Maria Vianney, presbítero, século 19
A MAIS BELA PROFISSÃO DO HOMEM É REZAR E AMAR
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restai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra. A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar. Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender. Nós nos havíamos tornado indignos de rezar. Deus, porém, na sua bondade, permitiu-nos falar
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com ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada. Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e o torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol. Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa vez, quando eu era pároco em Bresse (França), tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e – podeis crer! – o tempo não me parecia longo.
Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros. Nós, ao invés, quantas vezes entramos na Igreja sem saber o que iremos pedir. E, no entanto, sempre que vamos ter com alguém, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Há até mesmo pessoas que parecem falar com Deus deste modo: “Só tenho duas palavras para vos dizer e logo ficar livre de vós.”. Muitas vezes penso nisto: quando vamos adorar a Deus, podemos alcançar tudo o que desejamos, se o pedirmos com fé viva e coração puro.
vocações
Por Guilherme Ribeiro, seminarista – Teologia
UMA VIDA DE CHAMADOS
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ser humano é ininterruptamente chamado por Deus. Este particípio sempre estará presente em sua vida. A palavra vocação vem do latim vocare, é um chamamento, um ato de chamado, um convite muito pessoal de alguém à outra pessoa. O ser humano tem a vida repleta de chamados. Primeiramente somos chamados à vida, dom de Deus. Depois, no decurso da existência, o ser humano é chamado a uma vocação específica. Alguns se descobrem chamados à vida matrimonial, outros à vida religiosa consagrada, alguns à vida sacerdotal e outros tantos chamados a ser “sal da terra e luz no mundo” (Mt 5,13-16). Quando o Apóstolo Paulo escreve aos Romanos, ele utiliza da imagem do corpo com seus muitos membros para falar da multiplicidade de dons e carismas presentes na comunidade. As vocações são como estes mesmos dons e carismas presentes na Igreja. Assim exorta Paulo: “Temos dons diferentes conforme a graça que nos foi dada” (cf. Rm 12, 1-8). Cada vocação específica ajuda na edificação do Corpo de Cristo. Aqueles que são chamados à vocação matrimonial são chamados a viverem no amor mútuo. Assim afirma o papa emérito Bento XVI: “O matrimônio baseado em um amor exclusivo e definitivo torna-se ícone do relacionamento de Deus com seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se medida do amor humano”. Os esposos possuem a missão de buscar o Reino de
Deus na mútua corresponsabilidade, ou seja, juntos buscam uma vida pautada no evangelho e, sobretudo, na correta educação dos filhos. Há aqueles que Deus chama à vocação sacerdotal. São homens separados do mundo, consagrados e enviados para o mundo. Em sua missão, Jesus constituiu um grupo de doze apóstolos, primeiramente para estar com Ele (Mc 3, 13-19), depois enviou-os ao mundo a fim de continuar sua missão. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Estes apóstolos escolheram outros homens, impuseram-lhes as mãos e essa sucessão
para ouvir
ininterrupta chegou até nós nas pessoas dos bispos, sacerdotes e diáconos. Os sacerdotes são sinais da presença de Cristo entre os povos. Eles, ao consagrarem suas vidas, agem na pessoa de Jesus. A vocação religiosa consagrada é um singelo dom de Deus à Igreja. Homens e mulheres que se consagram a Deus e na vivência de um carisma específico buscam colaborar na edificação do Reino de Deus no hoje da história. São vidas ofertadas no cuidado aos enfermos, na educação, na caridade cristã e, sobretudo, vidas ofertadas no silêncio e na contemplação. Através dos votos de pobreza, castidade e obediência,
os religiosos (as) são exortados a viverem de modo radical o Batismo que receberam. Os votos são meios para uma vida mais próxima do desejo de Deus. Há, também, na Igreja a vocação laical. Os leigos são homens e mulheres que não são ordenados ao ministério sacerdotal e não estão consagrados a uma vida religiosa, mas que são chamados a se distinguirem no mundo através de sua vivência batismo-crismal. Nos últimos tempos, a Igreja vem refletindo muito sobre a missão dos leigos. Os leigos são exortados a testemunhar sua fé no dia a dia se sua existência. É chamado a ser “sal da terra”, que conserva as verdades do Evangelho, e “luz no mundo”, que ilumina aqueles que caminham na escuridão da ignorância. Ainda, são obrigados a transformar a realidade onde vivem, mantendo “sempre os olhos fixos em Jesus” (Hb 12,2). Nesta vida de chamados é preciso estar atento a que Deus te chama! Dom José Mauro dizia: “É preciso ter um sonho, um desejo de vida, uma vocação que sacrificamos tudo, até a própria vida”. Responder de forma atenta à nossa vocação é estar disposto a sacrificar tudo, é estar disposto a morrer todos os dias, mas com a certeza de estar sempre vivo em Deus. Vocação não se resume em fazer alguma coisa. Vocação é realizar em sua vida o sonho de Deus. Ame sua vocação, pois nela está o sentido da sua vida!
Por padre Dione Piza
VOCAÇÃO - MÚSICAS PARA QUEM SE FEZ IGREJA
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adre Zezinho,SCJ, começou a compor em 1964 e atualmente é autor de mais de 1.500 canções, traduzidas em cinco línguas e divulgadas em 40 países. Um de seus trabalhos é o álbum “Vocação - Músicas para quem se fez Igreja”, lançado como LP em 1974 e recentemente difundido em CD pela editora Paulinas. Neste trabalho, o compositor reuniu 12 músicas de tema vocacional, entre elas
“Vocação”, que faz um apelo incisivo ao discernimento vocacional, repetindo o refrão “a decisão é tua!”; “Balada por um Reino”, canção recorrentemente executada na liturgia da missa, na qual o autor assume a primeira pessoa para a busca e a vivência do Reino Deus; e “Cidadão do infinito”, uma canção biográfica e social, tendo por segundo tema a busca da paz.
COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA
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missão
Por irmã Sandra Regina Rizzoli, religiosa da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação
“A IGREJA É COMUNIDADE! A COMUNIDADE TORNA VISÍVEL A IGREJA” “A Igreja tem início com a pregação da Boa-Nova, o Reino de Deus manifestado nas palavras, obras e na presença de Cristo”. (cf. LG 5)
S
omos comunidade de discípulos missionários de Jesus a exemplo das primeiras comunidades cristãs que perseveravam em ouvir o ensinamento dos apóstolos, saciavam a sede de conhecer a Palavra e viviam em dinâmica contínua de formação para levar o rosto de Jesus Cristo nas realidades mais sofridas de seu tempo. Viviam em comunhão fraterna, no partir o pão e nas orações, eram comunidades orantes, abertas, acolhedoras, missionárias, não eram indiferentes à dor do irmão. Sabiam repartir e partilhar seus dons e bens, e colocavam tudo em comum: vendiam suas propriedades e dividiam entre todos, de acordo com suas necessidades. Eram comunidades que escutavam, celebravam, partilhavam e testemunhavam a alegria de serem discípulos missionários de Jesus. “O testemunho da comunidade cristã é missionário quando ela assume os compromissos que colaboram para garantir a dignidade do ser humano e a humanização das relações sociais. (CNBB doc. 100, 185) “Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo, partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor, a cada dia, lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação”. (At 2, 45-47) A missão das primeiras comunidades cristãs está implícita em seu testemunho de comunhão de vida com o Mestre e na
comunidade, em que muitos outros irmãos percorrem o mesmo caminho da santidade. Mesmo perseguidos, desacreditados pela sociedade de seu tempo, as primeiras comunidades cristã anunciam o Evangelho. Todos são discípulos missionários de Jesus e testemunham as maravilhas de Deus em suas vidas. Não se calam diante das injustiças e ameaças, “o que vimos e ouvimos, isto vos anunciamos!”(At 4,20) Muitos outros, ao vê-los em seu testemunho, exclamavam: “Vede como se amam!” Este é o testemunho que atrai e vai animando-os em sua caminhada e agregando novos discípulos missionários. “O que nos deve santamente inquietar e preocupar é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida”. (EG 49) Diante desta sociedade excludente, que
tradição
a cada dia descarta as pessoas pela sua condição social, de raça, cultura e credos, não podemos ficar indiferentes a dor e ao sofrimento dos irmãos. Como Igreja, somos interpelados a agir, a cuidar das pessoas e acolhê-las todas em sua dignidade, fazendo de nossas paróquias “Comunidade de Comunidade” (CNBB, doc. 100). Hoje, este testemunho, a exemplo das primeiras comunidades, pode nos ajudar a abrir caminhos para que uma paróquia vá assumindo outra, adotando-a e colaborando com a troca de experiência, na comunhão fraterna e com pessoas que possam contribuir na formação de seus agentes, promovendo o diálogo, a paz e a caridade fraterna com os mais pobres e sofredores. “O cristão é um peregrino, um missionário, um maratonista esperançoso, confiante e ativo, criativo e respeitoso, empreendedor e aberto, laborioso e solidário. Com este estilo, como fizeram os discípu-
los, o cristão deve percorrer as estradas do mundo transmitindo a Mensagem de Jesus, com a força límpida e mansa do seu alegre testemunho” (Papa Francisco, 28 de maio de 2017). Somos chamados a abrir nossos horizontes, sair ao encontro do outro, a acolher os que estão à beira do caminho, a ter atitudes de Bom samaritano, a ser Igreja em saída, que não se cansa de fazer o bem, lutar em defesa da vida e da justiça social. “A caridade cristã é o 1ª lugar, simplesmente a resposta àquilo que, numa determinada situação, constitui a necessidade imediata: os famintos saciados, os nus vestidos, os doentes tratados, os presos visitados. O cuidado com os necessitados impele a comunidade à defesa da vida desde a sua concepção até seu fim natural!”(CNBB, doc. 100, 282). Olhemos à nossa volta, para a realidade social de nossa paróquia, de nossa comunidade, e vejamos quantos irmãos nossos ainda não descobriram a beleza de serem discípulos-missionários de Jesus, pois ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-lo mais de perto. Ao ver esta realidade, algo nos move a sair a seu encontro? Ou estamos tão anestesiados que a dor do irmão não nos incomoda mais? Podemos fazer alguma coisa? O quê? Que tipo de ações? Peçamos as luzes de Deus e, em comunidade, nos grupos, partilhemos o que o Senhor nos inspira: quais compromissos, de fato, podemos assumir como Comunidade?
Assessoria de Comunicação – Arquidiocese do Rio de Janeiro
CONGRESSO INTERNACIONAL PUERI CANTORES
A
cidade do Rio de Janeiro sediou, entre 18 e 23 de julho, o 41º Congresso Internacional Pueri Cantores, promovido pela Federação Internacional Pueri Cantores, com o apoio da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Pueri vem do latim e significa meninos. É a primeira vez que a cidade recebe o congresso, que desta vez tem como tema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). O evento aconteceu no Rio de Janeiro porque este ano comemoram-se os 50 anos da Federação Nacional dos
Meninos Cantores do Brasil, e como homenagem a Nossa Senhora Aparecida. Este ano comemoram-se 300 anos do descobrimento da imagem dela no rio Paraíba do Sul. “Os congressos de meninos cantores funcionam como grandes festivais de corais em que se apresentam concertos de música sacra, orações pela paz e missas organizadas de acordo com os idiomas falados nos países”, explicou o organizador e presidente da Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil, Marco Aurélio Lischt.
8 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ
Segundo ele, o Pueri Cantores é um movimento de evangelização que visa chamar a atenção do público jovem para a vivência na Igreja e tem um caráter evangelizador. Aproximadamente 1500 pessoas, entre músicos, maestros, presidentes das federações e outros, participaram do congresso no Rio. Representaram a Diocese de Guaxupé três corais: coral Pequenos Cantores de Cássia, coral Pequenos Cantores de Passos e o Coral Meninos Cantores do Divino Espírito Santo de Pratápolis.
família
Por Dom José Lanza Neto
SEMANA DA FAMÍLIA: “O AMOR JAMAIS ACABARÁ” Evento Nacional será realizado entre os dias 13 e 19 de agosto
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a alegria da fé, queremos mais uma vez realizar a Semana da Família. Você e os membros de sua família são nossos convidados. Vamos rezar juntos e, a partir da palavra do Papa Francisco, compreender a insistência dele sobre a Vocação da família, a presença do Amor como base do matrimônio, a importância da Educação, condição indispensável para o crescimento e o bem estar dos filhos, e por último a Oração, como força para vencer todos os obstáculos e as dificuldades de nossos dias. Juntos somos mais fortes e responderemos de forma satisfatória aos desafios e aos sofrimentos tão impactantes em nossas famílias. Procure em sua rua, em seu bairro um grupo de famílias para rezar e se una a esses irmãos e irmãs. Deus te chama, não perca esta oportunidade, é a graça de Deus dada gratuitamente a você, venha participar. O Papa Francisco insiste que a família é um bem deixado por Deus e que devemos lutar de maneira incansável a seu favor e nos orienta diante de tantas realidades desafiantes a acolher, acolher e acolher… Temos a alegria de mais uma vez apresentar um subsídio próprio, desenvolvido pelo setor Famílias, e destinado aos fiéis de nossa diocese para a realização da Semana da Família. O roteiro dos encontros foi elaborado a partir da Exortação
Apostólica do papa Francisco: Amoris Laetitia, Alegria do Amor. Devemos levar em conta o estudo desta exortação para que mais pessoas possam conhecer as orientações importantes do Papa. Em todo o mundo tem repercutido de maneira forte a aplicação destas indicações para nossas famílias. Na capa do livreto, encontramos o tema “A Alegria do Amor” e o lema “O Amor jamais acabará” (1Cor 13,8) que irão balizar nossos encontros. Como de costume, temos quatro encontros e uma celebração de encerramento. No primeiro encontro, somos convidados como família a termos um olhar fixo em Jesus, descobrindo o valor de se viver a vocação familiar e, ao mesmo tempo, ressoar como eixo de nossas vidas nosso encontro pessoal com Jesus Cristo. Sem este encontro, corremos o risco de esvaziar a beleza de nossas reflexões. “A
beleza do dom recíproco e gratuito, alegria pela vida que nasce pelo cuidado amoroso da parte de todos os membros, desde os pequeninos até os idosos, são alguns dos frutos que tornam única e insubstituível a resposta à vocação da família, tanto para a Igreja como para a sociedade inteira”. O que é marcante no segundo encontro é o apelo mais forte de todo Evangelho e dos ensinamentos de Jesus: o amor, de onde brota a vivência e a experiência da caridade no matrimônio. É decisivo para o relacionamento familiar o acatamento do amor. Só nesta força o matrimônio cristão subsiste. “Amar é também tornar-se amável. Significa que o amor não age de forma rudimentar, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato”. “O desenvolvimento afetivo e ético duma pessoa requer uma experiência fundamental: crer que os próprios pais são
testemunho
dignos de confiança. Isto constitui uma responsabilidade educativa: com o carinho e o testemunho, gerar confiança nos filhos, inspirar-lhes um respeito amoroso” (AL 263). Essa é a marca do terceiro encontro, a educação cristã dos filhos. Não podemos ter medo de apresentar a eles a pessoa de Jesus, seu Evangelho e mesmo a doutrina cristã. A educação é o melhor patrimônio que podemos deixar para nossos filhos, além da garantia para se viver bem e em harmonia. No quarto encontro, refletiremos sobre as espiritualidades conjugal e familiar. Algo forte e marcante numa família é o cultivo da oração. Quem reza é forte, sabe abrir novos caminhos, não se sente desamparado. “Deus habita na família real e concreta, com todos os seus sofrimentos, lutas, alegrias e propósitos diários, principalmente quando fazemos nossas orações. Devemos usar sempre palavras simples, para que este momento de oração se torne um encontro da família com Deus”. Peçamos à Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, que abençoe nossas famílias, nossos encontros, nossas comunidades. Que ninguém se sinta excluído, ao contrário, convoquemos mais famílias para que venham caminhar conosco. Estejamos realmente empenhados nesta liturgia doméstica tão importante e iluminadora.
Por Kelly Silveira, Paróquia São Benedito de Passos
VOCAÇÃO MATRIMONIAL: CONFIRMADA E ABENÇOADA PELA COMUNHÃO EM JESUS
M
eu marido e eu nos conhecemos jovens, começamos a namorar e sempre participamos da Igreja. Venho de uma família onde meus pais eram participativos em pastorais e movimentos, e a família do meu esposo é também muito religiosa, ele sempre engajado em movimentos de jovens. Conhecemo-nos em uma formação para a Crisma, catequese que meus pais estavam fazendo na comunidade dele. Como tudo está nas mãos de Deus, nossos caminhos se cruzaram depois de um tempo dentro da igreja. Ele estava presente em minha crisma,
mas ainda passou algum tempo para começarmos a namorar. Um dia, ele foi até meus pais me pedir em namoro. Com 5 anos de namoro, resolvemos nos casar, de modo a não sermos dois e, sim, uma só carne. Fomos chamados a viver diariamente em comunhão por meio da felicidade que temos em fazer o outro feliz e da fidelidade à promessa matrimonial como dom total. Essa comunhão humana é confirmada e abençoada pela comunhão em Jesus Cristo, que nos concede os meios e as possibilidades para participarmos da natureza de
Deus. A vida matrimonial exige muito amor entre o casal, além de unidade, cumplicidade, confidência, respeito, diálogo, doação, paciência, entrega e partilha. As dificuldades surgem, mas para isso temos de ter uma base bem estruturada para enfrentarmos os problemas do dia a dia. As tribulações são muitas, muitas provações, muitas coisas que precisamos
superar e o casal tem que ser suporte um para o outro.
COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA
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pastoral
Por padre Henrique Neveston, coordenador diocesano de pastoral
PASTORAL ORGÂNICA: A DIVERSIDADE A SERVIÇO DA COMUNHÃO
A
Diocese de Guaxupé, em sua última assembleia em 2009, pensou grandes avanços na evangelização, além de manter e fortificar sua estrutura sinodal e dar mais ênfase na formação. Com tantas transformações tecnológicas, perda de tantos valores humanos e na elaboração de novos valores, um projeto resgatou a humanidade e o sentido de ser Igreja, além de dar uma sacudida na Igreja Particular de Guaxupé quanto à essência do ser cristão, o ser missionário. As Santas Missões Populares (SMP) resgataram essa Igreja em Saída e nos fizeram enxergar valores esquecidos em nossa evangelização. Dentre esses valores e projetos da assembleia diocesana, foi ressaltado um projeto que não havia avançado e que, ultimamente, tem sido discutido nas reuniões do clero e agora foi retomado: A sinodalidade e a comunhão que devem ser o rosto da Igreja. Sendo assim se justifica, depois de iluminada pelas SMPs e pelo Magistério do papa Francisco, com a Alegria do Evangelho e a Alegria do Amor, a Pastoral Orgânica, ou também chamada de pastoral de conjunto na eclesiologia de comunhão do Concilio do Vaticano II. A Pastoral Orgânica não é uma nova pastoral a ser implantada na Diocese, nem uma pastoral específica, alinhada às outras pastorais, como a da Saúde, da Criança, do Menor; ou ainda específica só de um movimento diocesano. Nasceu na trilha de renovação eclesial efetuada pelo Concílio Vaticano II, a partir da compreensão de que a Igreja é uma rede de comunidades de irmãos e irmãs, cuja ação pastoral se dá de forma
glob a l , orgânica e articulada. Trata-se de uma mentalidade, um espírito que norteia a ação evangelizadora da diocese. É muito importante entendê-la como um esforço de articulação de metas e princípios na ação evangelizadora. À Pastoral Orgânica cabe a tarefa de promover a unidade na
Igreja. Estabelecer o alicerce da estrutura pastoral calcada numa espiritualidade de comunhão. Em Puebla, em 1979, o episcopado latino-americano assim definiu a Pastoral de Conjunto: ação global, orgânica e articulada, que a comunidade eclesial realiza sob a direção do bispo, destinada a levar a pessoa e todos os membros à plena
regional
comunhão de vida com Deus. O momento atual fez com que o clero se debruçasse sobre nossa estrutura sinodal e discutisse em suas reuniões setoriais sobre a comunhão eclesial, e essa reflexão foi levada a todas as nossas pastorais e movimentos. Falar de Pastoral Orgânica é tomar uma atitude de comunhão e não ter uma tendência egoísta de valorizar só meu grupinho, pastoral, movimento, minha paróquia ou ideologia. O objetivo da Pastoral Orgânica não é padronizar pastorais e movimentos, nem desfigurar a variedade dos dons, carismas e serviços presentes nas comunidades. A busca da unidade não abafa a criatividade nem a ação do Espírito Santo. Cada grupo ou movimento eclesial, com sua espiritualidade e seus objetivos específicos, coloca-se em sintonia com as metas que a Igreja, como um todo, deseja alcançar. O Espírito Santo nos reserva surpresas e é bom que estejamos preparados para acolhê-las. O plano pastoral mais perfeito do mundo pode resultar em nada se o espírito que o anima não nascer da caridade pastoral de Cristo, Bom Pastor. Ele é o nosso programa. Sua pastoral consiste fundamentalmente em sair à procura da ovelha perdida. Para encontrá-la, não carrega consigo um roteiro de viagem, nem um mapa que aponta a direção da ovelha perdida e machucada. Ele segue os impulsos de seu coração, que sabe muito bem onde há alguém à espera de carinho, cuidado e de boas notícias.
Por Assessoria de Comunicação – Leste 2
LESTE 2 REALIZARÁ SEMINÁRIO SOBRE ACORDO BRASIL-SANTA SÉ
O
Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realiza nos dias 29 e 30 de agosto, na PUC Minas – Unidade Coração Eucarístico, em Belo Horizonte (MG), o Seminário Acordo Brasil-Santa Sé. Com o intuito de promover estudos e reflexões sobre as complexas questões tratadas no Acordo Brasil – Santa Sé, o encontro irá reunir autoridades e especialistas da área jurídica, administrativa e eclesial. Entre os temas que serão abordados “Memó-
rias: CNBB e o Acordo Brasil – Santa Sé”, “Direito e Religião no Brasil”, “Imunidade Filantrópica no Acordo Brasil – Santa Sé”; Personalidade Jurídica dos Entes Eclesiásticos e das Instituições Eclesiásticas no Brasil”; “A personalidade jurídica internacional da Santa Sé”, entre outros. O Seminário Acordo Brasil-Santa Sé é destinado a bispos, padres, religiosos(as), vigários gerais, advogados, canonistas, ecônomos, administradores, chanceleres, seminaristas, membros de associações e movimentos eclesiais, representantes de
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faculdades e escolas católicas, membros de casas religiosas, funcionários(as) de cúrias e entidades filantrópicas. O Acordo O Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, foi firmado na Cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008 e aprovado pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo Nº 698, de 7 de outubro de 2009, nos termos do artigo 20. Entrou em vigor
no dia 10 de dezembro de 2009, sendo promulgado pelo Presidente da República através do Decreto Nº 7.107, de 11 de fevereiro de 2010. O Acordo marca a história das relações do Brasil com a Igreja Católica. O seu objetivo fundamental é reunir, em um único instrumento jurídico, as situações existentes de iure e de facto e consolidar os múltiplos aspectos das relações do Brasil com a Santa Sé. Mais informações: www.cnbbleste2. org.br
profetismo
Por padre José Luiz Gonzaga do Prado, biblista e professor
IGREJA É PROFECIA
A
palavra igreja (ekklesia), nas grandes cidades do Império Romano, nos tempos do Novo Testamento, significava a assembleia do demos. Demos não era o povo, era a elite local, algo correspondente aos eleitores no Brasil da Primeira República. Eleitores eram homens, alfabetizados, proprietários ou que tivessem uma renda mínima anual de um valor estipulado. César, o imperador, era o Pai da Pátria, o patrono de todo o Império, o deus próximo, o único Senhor. Numa escala descendente, todos eram seus clientes, estavam inclinados para ele, pendurados nele, dependiam dele. Os que compunham a ekklesia eram clientes diretos de César. Da primeira vez que um texto do Novo Testamento usa a palavra ekklesia para identificar a comunidade cristã (1Ts), Paulo está se dirigindo a um grupo de trabalhadores braçais de profunda pobreza (2Cor 8,2). Convém lembrar que Tessalônica, capital da província da Macedônia, era uma cidade grega e que no mundo grego a sociedade é como um corpo humano. A cabeça são os sábios, os filósofos, os que governam a cidade. Os trabalhadores braçais, escravos ou empregados, são os pés e as mãos, as partes menos dignas do corpo. A comunidade era toda de trabalhadores braçais. Na carta que lhes dirigiu, Paulo só fala em termos de trabalho pesado, labuta, cansaço, produção etc. Eles, a es-
cória da sociedade, não mais o demos, a elite do lugar, são a ekklesia dos tessalonicenses, que têm Deus, não César, como Pai e, como Senhor, o excluído e crucificado Jesus. Isso está na primeira frase do mais antigo texto do Novo Testamento. Na comunidade cristã de Corinto, outra importante cidade grega, havia um pequeno grupo de sábios, ricos e bem nascidos (1Cor 1,26). Esse grupinho pretendia dominar a comunidade. Na celebração da Ceia
do Senhor (1Cor 11,17-32), eles se fartavam e se embriagavam, enquanto a maioria pobre passava fome. Paulo diz que estão fazendo pouco caso da ekklesia de Deus. Estão reproduzindo as desigualdades da sociedade na própria celebração da Ceia, que condena essas desigualdades. Estão comendo a própria condenação. Quanto aos Evangelhos, basta citar que os 3 sinóticos repetem 7 vezes a palavra de Jesus: “Os reis da terra fazem assim e
leitura
assim, entre vocês deve ser diferente”. Em João, ser mestre e senhor é lavar os pés dos outros, é servir e dar a vida. Será que quando os Evangelhos foram escritos, 50 a 60 anos depois de Jesus, sua Igreja já estava esquecendo que devia ser profecia? Profecia não é adivinhação. É outra visão, a visão de Deus. Profeta vem de femi, falar, pro, por, em nome de. Profeta de Deus é o que fala em nome de Deus, o que mostra a visão de Deus, sempre diferente, questionadora ou na contramão da visão geral, do pensamento único, produzido pelo “que manda neste mundo”. Igreja é profecia ou não é a Igreja de Jesus Cristo e tende a ser a ekklesia do Império. É verdadeira comunidade, onde todos se conhecem, se amam, se ajudam e colaboram, trabalham juntos, se não terá outro pai, que não é Deus, outro senhor, que não é Jesus Cristo. Igreja profecia é comunidade alternativa à sociedade humana estruturada em forma de pirâmide, governada pela lei do mais forte e posta em prática através da exploração dos mais fracos. Igreja profecia se concretiza hoje no grupo de reflexão, na pequena, verdadeira e única comunidade eclesial. O mercado comanda através do individualismo, do interesse e do prazer pessoal; aqui, manda a solidariedade, o prazer é o da convivência, o interesse é coletivo, a prática é a do sacrifício pessoal para o bem de todos, a moeda é o prazer de servir.
Divulgação
BENTO XVI: O ÚLTIMO TESTAMENTO
“A
ntes de ser um grandíssimo teólogo e mestre da fé, Bento XVI é um homem que realmente acredita e reza; um homem que personifica a santidade; um homem de paz, um homem de Deus”. Essa é a forma do papa Francisco se expressar sobre seu antecessor. O livro se aproxima de uma autobiografia, em forma de entrevista, do homem tímido e privado que permanece a viver sua vocação num antigo convento nos jardins do Vaticano. Ele quebra seu silêncio sobre questões importantes de sua vida e de seu ministério.
Em um nível mais pessoal, Bento XVI escreve com grande admiração sobre seu sucessor, o papa Francisco, que ele admite ter um apelo popular, uma qualidade que lhe falta. Muita controvérsia ainda envolve o pontificado de Bento XVI. Neste livro, escrito pelo jornalista Peter Seewald, ele aborda algumas circunstâncias que envolveram o governo da Igreja e revela como, em sua idade avançada, governar e reformar o Papado, e particularmente o Vaticano, estava além de suas capacidades.
“Quando não se sente o amor, também não se pode falar dele. Eu o senti primeiramente em casa, com meu pai, minha mãe, meus irmãos. (...) Reconheci cada vez mais como fundamental ser amado e corresponder ao amor do outro, para que se possa viver, para que se possa dizer sim a si mesmo, para que se possa dizer sim ao outro. No fim das contas, ficou cada vez mais claro para mim que o próprio Deus não é apenas, digamos, um soberano onipotente e nem um poder distante, mas que Ele é amor e me ama”. COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA
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comunicações aniversários agosto Natalício 7 Padre Edson Alves de Oliveira 12 Padre Clayton Bueno Mendonça 15 Padre João Pedro de Faria 15 Padre Júlio César Martins 18 Padre Antônio Donizeti de Oliveira
19 Padre Sebastião Marcos Ferreira 29 Padre João Batista da Silva
11 Dom Messias dos Reis Silveira (presbiteral) 16 Padre Claudemir Lopes 13 Padre Adirson da Costa Morais 20 Padre José Ronaldo Neto 24 Padre Riva Rodrigues de Paula 30 Padre Gilmar Antônio Pimenta
Ordenação 8 Padre Wellington Cristian Tavares 10 Padre Gladstone Miguel da Fonseca
agenda pastoral 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dia do Padre Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral - Guaxupé Reunião preparatória do Cursilho 26º Um dia com Maria no Santuário da Mãe Rainha – Poços de Caldas Divulgação Semana da Família – São Sebastião do Paraíso Divulgação Semana da Família - Alfenas Reunião da Pastoral Presbiteral - Guaxupé Divulgação Semana da Família - Poços de Caldas Divulgação Semana da Família - Guaxupé Divulgação Semana da Família - Passos Reunião Diocesana de Comunicação - Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana dos Grupos de Reflexão - Guaxupé Reunião do GED do Cursilho - Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC - Bandeira do Sul
atos da cúria •
Provisão nº 01/27- Livro nº 12 –Folha 31v.- Criada a nova Paróquia São José, desmembrada da Paróquia São Benedito e pequena porção da Paróquia Nossa Senhora das Graças na cidade de Passos-MG.
•
13 13-19 18-20 19 20 21-25 26 27 30
Dia dos Pais Semana Nacional da Família Encontro Vocacional no Seminário São José - Guaxupé Cursilho Jovem Misto em Poços de Caldas Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs) Assunção de Nossa Senhora Passeio anual dos Presbíteros Reunião da Coordenação Diocesana de CEBs - Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana dos MECEs - Guaxupé Reunião Diocesana da Pastoral da Criança - Poços de Caldas Encontro Diocesano da Pastoral da Juventude - Guaxupé 9º Dia de Espiritualidade da Pastoral da Criança - Poços de Caldas Encontro com os Presbíteros com até 5 anos de ministério
Provisão nº 01/33- Livro nº 12 –Folha 31v.- Nomeamos o Revmo. Padre Francisco Clovis Nery como Vigário Judicial da Diocese de Guaxupé.
De
Lema:
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13 a 19 de agosto
O amor jamais acabará (1 Cor 13,8)