Revista 30 anos

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Paróquia Sant’Ana de Campinas

Revista comemorativa 1981 – 2011



Editorial

30 anos no caminho de Jesus!

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ossa comunidade muito se alegra em poder apresentar esta revista que marca a comemoração dos 30 anos de fundação da Paróquia Sant’Ana de Campinas. Em 26 de julho de 1981, começava a ser escrita de forma definitiva a história que buscamos recontar nas páginas a seguir. E a tarefa de resgatar a história não é simples. Ainda mais no caso dessa revista, que tem também como objetivo apresentar um caráter celebrativo, que renove nossa esperança e possibilite uma reflexão madura e consciente para que nossos próximos passos em comunidade sejam ainda mais firmes na direção do projeto de Jesus. Recontar a história exige escolhas. Um fato não se conta de forma monolítica, fechada. Há versões, visões, opiniões... E empreitar o projeto de reviver o passado para contemplar um futuro melhor é, nesse sentido, arriscado. A equipe da Pastoral da Comunicação de nossa Paróquia empregou dez meses de trabalho nessa proposta. E teve seus critérios para narrar o passar dos anos vividos nessa jornada. Contamos a história a partir dos seus atores fundamentais: as comunidades e os pastores que por aqui passaram e as ajudaram no processo de formação e amadurecimento. Como todo bom roteiro, seja de peça teatral, seja de filme ou de novela, há aqui personagens que complementam e dão um sentido todo especial ao enredo. No caso de nossa revista, esse “tempero” vem do trabalho dedicado das congregações religiosas que se estabeleceram aqui ou que, em algum momento desse caminho, se fizeram presentes conosco.

Pe. Wilson Enéas Maximiano Pároco

Como já foi dito, escrever a história requer escolhas. Nossa escolha pautouse por esse critério. Contamos ainda com a ajuda preciosa de bispos, padres e agentes que vivem esse momento festivo conosco e que se associam a esse projeto, com o fundamento de nos encorajar na busca por uma vida de comunidade cada vez mais frutuosa e agradável aos olhos do nosso Deus. Aproveito este espaço para agradecer a toda a Equipe de organização dessa festa tão especial. De modo especial, transmito minha palavra de gratidão aos membros do grupo de trabalho da Revista dos 30 Anos. Que Deus nos abençoe a todos e que Sant’Ana, a avó do Redentor, nos auxilie sempre junto de Jesus Cristo, nosso único e eterno Pastor. Boa leitura para você!


5 Palavra de Dom Bruno Gamberini 6 Palavra de Dom Gilberto Pereira Lopes 7 Palavra de Monsenhor João Luiz Fávero 8 Decreto de Criação da Paróquia Sant’Ana de Campinas 9 Comunidades 16 Nossos Pastores 26 Marca da festa dos 30 anos 27 Presença Religiosa e Pastoral 38 Homenagem ao Beato João Paulo II 40 Oração pelos 30 anos

Comunidade Sant’Ana Página 15

PARÓQUIA SANT’ANA DE CAMPINAS Pároco: Pe. Wilson Enéas Maximiano Vigário Paroquial: Pe. Odair Costa Nogueira Comunidade Santa Teresinha Página 10

Comunidade Sagrada Família Página 12

Auxiliar Paroquial: Diác. Raimundo Wilson Mousinho de Souza Rua Luis Arruda Camargo, 81 Jardim Sant'Ana - Campinas - SP CEP 13088-690 Fone: (19) 3256-4546 www.santanadecampinas.org.br Revista comemorativa dos 30 anos da Paróquia Sant'Ana de Campinas Editor-chefe: Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp

Comunidade São João Batista Página 11

Comunidade Santo André Página 12

Jornalista responsável: Sem. Felipe Zangari (MTb 49.196-SP) Equipe PASCOM: Célia T. da Silva Andrade, Edílson Roberto Deodato, Mauro Akira Kasi Colaboradores: Dom Bruno Gamberini, Dom Gilberto Pereira Lopes, Mons. João Luiz Fávero, Pe. Daniel Dambrósio, Pe. Paulo Staut, Osmar Marques, Pe. Heriberto Mossato, Pe. Wilson Maximiano, Pe. Odair Costa Nogueira, Ir. Maria Helena Codignole, Ir. Sandra Rizzoli, Pe. Antonio Lúcio da Silva Lima, Sem. Carlos Roberto de Oliveira Jesus, Diác. Raimundo Wilson e Maria Leontina. Projeto gráfico e diagramação: Mauro Akira Kasi e RIP Editores Gráficos Revisão de texto: RIP Editores Gráficos Capa: Sybille Yates / Shutterstock.com Impressão: RIP Editores Gráficos (19) 2121-7188 Tiragem: 2.000 exemplares

Comunidade São José Operário Página 14

Distribuição gratuita - venda proibida


Palavra de Dom Bruno Gamberini 5

Servir com alegria! Queridos irmãos, estimadas irmãs! Bendito seja o nome do Senhor!

Dom Bruno Gamberini Arcebispo Metropolitano de Campinas

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odas as manhãs, antes da primeira oração da Liturgia das Horas – as laudes (louvor da manhã) – a Igreja é chamada a recitar um salmo que convida toda a humanidade ao louvor e à adoração a Deus. Um desses salmos é o de número 99, que começa com os seguintes versos: “Aclamai o Senhor, ó terra inteira! Servi ao Senhor com alegria!” Quanta sabedoria do salmista nessas palavras! A plena satisfação do nosso Deus está em receber os nossos louvores – ainda que eles não Lhes sejam necessários – e em perceber que nós, seu povo eleito, O servimos com alegria. Essa lembrança me vem à mente e ao coração nesse momento de grande ação de graças a Deus, nos 30 anos da Paróquia Sant’Ana de Campinas. Graças ao louvor e ao serviço, nós hoje podemos perceber e contemplar os frutos de tanta gente que batalhou, doou-se, dedicou a vida para o projeto de Deus nas diversas comunidades, de ontem e de hoje. Esta Paróquia é filha da comunidade de

Nossa Senhora de Fátima, no parque Taquaral. E gerou, há alguns anos, a Paróquia Nossa Senhora da Paz. Nossa Igreja – Vinha fecunda do coração de Jesus – planta e colhe, na oração, no trabalho, na doação transformada em partilha. Certamente ainda temos muito a fazer. Para isso, temos como estímulo um fruto bendito, recém colhido em nossa Igreja Arquidiocesana: o 7º Plano de Pastoral Orgânica. Ele é o farol, a ferramenta, o ponto de convergência das comunidades cristãs católicas que, ao redor do Arcebispo, se tornam sinal visível do Corpo Místico de Cristo. Tenho certeza de que, à luz desse grande sinal, esta Comunidade seguirá caminhando. Alimentada pelo Pão da Palavra e pelo Pão da Eucaristia, certamente todos firmarão, na mente e no coração, o desejo sincero de construir comunhão e de seguir pela via da participação corresponsável, especialmente dentro da Paróquia. Valores fundamentais como acolhimento, partilha, formação, espiritualidade, ser-

viço e opção preferencial pelos pobres sejam as vigas mestras da ação pastoral nos próximos anos. É esse o desejo do Senhor para nossa Igreja: comunidades que sejam pólos irradiadores da vida plena que Jesus veio anunciar! Retomando o salmo 99, que esta Comunidade continue firme, no louvor ao Deus da Vida, e, de modo especial, na alegria do serviço ao Senhor – que se traduz em Amor aos mais necessitados e em testemunho de vivência comunitária. Só assim seremos capazes de lançar as sementes de um mundo novo, sem exclusões, sem injustiças, sem as feridas que hoje marcam nosso tempo. Que o Senhor nos conceda os dons do seu Espírito para continuarmos perseverantes, e cheios da esperança que brotou da Ressurreição! Maria, nossa Mãe e padroeira, acolhei-nos sob vosso amparo! Senhora Sant’Ana, rogai a Deus por todos nós! Amém!


6 Palavra de Dom Gilberto Pereira Lopes

Fabiano Fachini

Mensagem à Paróquia de Sant’Ana, Campinas Dom Gilberto Pereira Lopes Arcebispo Emérito de Campinas

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s comemorações de eventos, memória do tempo, fazem parte da convivência humana, depois que os homens superaram as cavernas e passaram a conviver em aglomerados e cidades. Estamos comemorando os 30 anos da Paróquia Sant’Ana, no Jd. Santana, Campinas. A celebração deste aniversário nos dá ocasião de agradecermos a Deus benefícios recebidos e de continuarmos envolvidos, e mais ardorosamente ainda, nos anseios humano-religiosos que nos motivaram, desde o início da caminhada. A paróquia, comunhão orgânica e missionária, é uma rede de comunidades. Não é principalmente uma estrutura, um território, um edifício. É a família de Deus, como uma fraternidade animada pelo Espírito de unidade. Nela o pároco, que representa o Bispo Diocesano, se torna o legítimo Pastor e vínculo hierárquico com toda a Igreja Particular. Estas são as orientações veiculadas pela IV Conferência do Episcopado

Latinoamericano, realizada em Santo Domingo. Na Igreja, a paróquia tem personalidade jurídica e o pároco tem estabilidade, segundo o espírito do Código de Direito Canônico, cânon 522, que diz: “É necessário que o pároco tenha estabilidade e, portanto, seja nomeado por tempo indeterminado”. A Conferência Episcopal do Brasil, por decreto legítimo, segundo o mesmo CDC, autoriza os Bispos a nomearem, sempre por conveniência pastoral, com tempo determinado. Estive presente nos primórdios desta Comunidade que se tornou paróquia. Antes do Padre Verbita que conheci, em 1976, Padre Daniel Dambrósio, houve trabalhos pastorais, com a Irmã Maria da Eucaristia e outros agentes de pastoral. A direção dada, desde o início, era no sentido de uma verdadeira Comunidade, alicerçada na Palavra de Deus e na Eucaristia, fonte da fraternidade e da missão. A paróquia continua na mesma opção refeita pelo Arcebispo Metropolitano, Dom

Bruno Gamberini, assumindo-a em sua Carta Pastoral, nos 100 anos da Diocese. Resido, há sete anos, no território desta paróquia. Pelo passado e também pela atual circunstância, posso dar testemunho do excelente vigor religioso que vive a Comunidade, seja nos aspectos organizacionais de estrutura eclesial, nos aspectos de visibilidade, o templo, a casa do pároco, o salão de encontros, salas de catequese e outros, seja na organização da espiritualidade e das práticas pastorais. Reconheço, com satisfação, o zelo com que o Padre José Carlos se empenhou no ordenamento das Comunidades existentes, nos aspectos acima referidos. Com igual sentimento, vejo o atual pároco, com seu vigário paroquial, se dedicarem com afinco ao trabalho pastoral que lhes compete. Com fraterna estima, cumprimento as Comunidades que constituem a Paróquia de Sant’Ana e, igualmente, os Pastores que as servem, em nome de Jesus!


30 anos no caminho da Comunhão com Jesus e com a Igreja

Assessoria de Comunicação

Palavra de Monsenhor João Luiz Fávero 7

Monsenhor João Luiz Fávero Vigário-Geral e Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Campinas

É

com grande alegria e satisfação que escrevo essas linhas para saudar os irmãos e irmãs da Paróquia Sant’Ana de Campinas, na celebração festiva dos 30 anos de sua fundação. Datas como essa oferecem a nós a oportunidade de elevar nossa ação das graças ao Senhor pelos trabalhos já realizados e, ao mesmo tempo, avaliar a caminhada para projetar novas perspectivas. Diante da história dessa paróquia, percebemos uma grande presença de congregações religiosas (Verbitas, Paulinos, Salesianos, Estigmatinos, Irmãs da Consolação...) que contribuíram de forma patente para a edificação das comunidades, estruturação dos espaços físicos e gestação do trabalho pastoral. A esse trabalho abnegado dos religiosos, soma-se a disposição incessante dos leigos e leigas, que, de forma consciente e fraterna, se associaram às iniciativas de organização e impulsionaram o crescimento da Paróquia como um todo. O momento atual de nossa Igreja Arquidiocesana convida a todos os envolvidos na vida eclesial a reverem sua mentalidade,

com o objetivo de repensar suas estruturas e de revitalizar sua ação pastoral. A grande luz para esse processo é o 7º Plano de Pastoral Orgânica, fruto e referência do trabalho dessa Igreja que está em Campinas. Nele, os eixos do acolhimento, da renovação e do serviço solidário se articulam e se intercomunicam, dando um caráter dinâmico e, ao mesmo tempo, apostólico e samaritano à vida da Arquidiocese. A comemoração dos 30 anos da Paróquia Sant’Ana é, a meu ver, momento propício para essa revisão. Nossas paróquias são chamadas, no plano, a se tornarem uma comunidade de comunidades organizadas em rede, e a cultivarem sobremaneira a espiritualidade bíblica e litúrgica, como fonte inspiradora do acolhimento, atenção e cuidado com todos, especialmente com os mais necessitados. Essa atenção se traduz eficazmente, entre outras formas, com a comunhão e a partilha dos recursos humanos e materiais. A evangélica opção preferencial pelos pobres é um sinal profético de uma consciência cristã, diante da realidade

marcada por tanto individualismo e por uma desigualdade social sem precedentes. O esforço na formação permanente, na adoção do itinerário catequético pela via da iniciação à vida cristã, a atenção caridosa à preparação das celebrações e a conversão dessas em verdadeiros momentos de encontro e de partilha de vida são apelos candentes do PPO. E o impulso do Espírito, que unge e consagra aqueles que aderem à Fé no Crucificado-Ressuscitado, é a nossa grande motivação. Uma Igreja sem esperança é morta! Estejamos todos unidos a Jesus e à nossa Igreja, de forma particular às diretrizes de nossa Arquidiocese. Dessa forma, buscando um testemunho de fé coerente com aquilo que lemos e aprendemos do Mestre, seremos sinal do Reino definitivo no meio do mundo. Parabéns à Paróquia pelos 30 anos! Que Deus nos abençoe a todos. Maria, a Mãe Imaculada, imagem da Igreja, seja nossa companheira. E Sant’Ana, a educadora da Mãe de Deus, interceda por nós. Que assim seja! Amém!


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Decreto de Criação da Paróquia Sant’Ana de Campinas


Comunidades


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Santa Teresinha “visitou” nossa comunidade!

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Comunidade de Santa Teresinha tem seu início em 1973, quando Dom Antonio Maria Alves de Siqueira é Arcebispo de Campinas, e o Pe. Milton Santana, responsável pela Paróquia Nossa Senhora de Fátima e pela assistência religiosa à população dos bairros que se formavam na região, incluindo o Parque São Quirino. E por ser convidado com certa frequência a dar assistência religiosa às pessoas do bairro, o Padre vê a necessidade e urgência em formar uma comunidade religiosa em nosso bairro. Para isso ele convida Irmã Maria da Eucaristia, missionária Calvariana, e confiou a ela esta importante missão. A irmã conta com a ajuda de um grupo de jovens e alguns moradores para iniciar seu trabalho. Começa com visitas às famílias residentes no bairro, convidando-as a participarem das atividades religiosas. No início, as celebrações têm lugar nas residências; depois, em uma das salas de aulas da Escola Cel. Firmino Gonçalves Silveira. Logo após, a Irmã soube que havia, na Vila Nogueira, um Padre da Congregação do Verbo Divino, o qual orientava alguns seminaristas estudantes da PUC. A Irmã entra em contato com

o Padre Raimundo e o convida para celebrar missas aos domingos e nos ajudar na missão de formar a comunidade. Dois anos mais tarde, convidado a voltar à sua Congregação, o Padre Raimundo consegue, junto a seus superiores, o envio do Padre Daniel Dambrósio, o qual caminhou conosco vários anos, e ajudou na formação das outras comunidades também. Em 1976, a comunidade promoveu a rifa de um carro (Chevette), pela loteria federal, com a qual se deu início à construção do salão comunitário, que serviria para as celebrações religiosas e também para as festas. A escolha da padroeira Santa Teresinha se deu por votação dos fiéis em 1981. No mesmo ano, Dom Gilberto Pereira Lopes elevou a Comunidade Sant’Ana a Paróquia, da qual passou a fazer parte a nossa Comunidade. A Capela somente foi inaugurada no ano de 1987. Em 1997, um evento memorável marcou a vida da comunidade; ela recebeu as relíquias de santa Teresinha do Menino Jesus. A partir desse fato, a comunidade ganhou um impulso decisivo em sua história, crescendo no amor e em número de fiéis.


Comunidades 11

Comunidade São João Batista: fé e luta

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história de nossa Comunidade começou em 1982. A maioria do povo era do Paraná, onde se dedicava à agricultura. Sentindo a necessidade de ajudar, o diretor do colégio Liceu Salesiano, Pe. Irineu solicitou ao então prefeito da época a doação de um terreno com o propósito de se fazer um projeto social. Em parceria com a prefeitura, foi designado o Pe. Damas juntamente com o Pe. Paulo e na época o seminarista Pertile para ajudar no trabalho pastoral. No início tínhamos um barraco de tábuas com apenas uma janela. Em 1983 tivemos o 1º batizado, celebrado embaixo de árvores. Pe. Damas, as irmãs missionárias e os voluntários trabalharam muito na organização da comunidade, assim multiplicaram-se os grupos de oração.

Surgiram ações e serviços evangelizadores no mundo das comunicações, das artes, do trabalho e da promoção humana.

No início tínhamos um barraco de tábuas com apenas uma janela. Em 1983 tivemos o 1º batizado, celebrado embaixo de árvores. Foram criados projetos evangelizadores para a juventude e a família. O salão também era utilizado como núcleo de reforço escolar, recreação e alimentação. Em 1985 os estudantes da PUC Campinas foram conhecer o nosso trabalho e fotografaram o senhor José Tardivo e a sua filha, que eram membros da comunidade,

e colocaram na capa do livro da Campanha da Fraternidade de 1986, cujo lema era “Terra de Deus, Terra de Irmãos”. Em 1986, tivemos a 1ª Festa das Crianças e Natal e, no ano seguinte, tivemos um casamento. Como a Comunidade crescia, os padres e alguns moradores voluntários resolveram construir um salão maior, o mesmo de hoje, que foi inaugurado em 1988. Como a Comunidade estava bem estruturada, os padres foram transferidos. Desde então até os dias de hoje, a nossa Comunidade passou a fazer parte da paróquia Sant’Ana. Com fé e luta, estamos construindo nossa história, contando com a bênção de Deus e a colaboração de nossos paroquianos.


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Comunidade Santo André: Igreja viva, com pedras vivas

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egundo os relatos de antigos moradores, que aqui vivem desde os primórdios do bairro da Vila Nogueira, a vida de fé em nosso bairro remonta à década de 1960. Naquela época, o padre Milton Santana, pároco da Paró-

quia Nossa Senhora de Fátima, bairro Taquaral, vinha celebrar nos abrigos das casas de moradores próximos ao local onde hoje está a Igreja da Comunidade Santo André. Atendendo ao pedido dos moradores, em 16 de maio de 1969, o prefeito

Orestes Quércia formalizou a doação de um terreno de 3.500 metros quadrados, situado na Praça Cinco com a seguinte condição: “Fica obrigada a construir no terreno uma igreja e instalações anexas com a finalidade assistencial e estabelece

Comunidade Sagrada Família Somos a comunidade caçula da Paróquia. Nossa história começa em dezembro de 2005, com um grupo de fiéis da Comunidade Santa Teresinha. Sentindo a necessidade de levar o Evangelho às pessoas do Núcleo residencial Gênesis, em Campinas, esses fiéis iniciaram a celebração dos encontros da novena de Natal nas residências, com a autorização e conhecimento do Padre Heriberto, que na época era pároco. Nosso primeiro grande encontro foi o encerramento dessa novena, celebrado na capela do Recanto da Alegria, de propriedade da Prefeitura. Dali surgiram nossas celebrações. E, atualmente, esta capela ainda é nossa casa. Aos poucos esse movimento pioneiro foi ampliado, graças a pessoas dispostas a evangelizar e assumir os trabalhos iniciados, conquistando e se esforçando para anunciar e dar testemunho do evangelho de Cristo. Nossa vida de comunidade foi ganhando corpo com atividades diversas como: grupo de vivência, batizados, casa-


o prazo de 5 (cinco) anos para a conclusão da obra, sob pena de reversão do terreno ao patrimônio municipal...” Começava aí uma grande empreitada. Os moradores faziam quermesses e festas no terreno da Comunidade e eram liderados pelos senhores Florêncio, Zé Barbeiro e Osvaldo (Toco). No final do ano 1973, a liderança se deu conta de que o prazo para a ocupação do terreno estava expirando. Nesta mesma época ocorreu a abertura do seminário da Congregação do Verbo Divino na Rua Henrique Tavares, coordenada por Padre Raimundo. Os moradores formaram uma comissão e foram falar com o Padre, pedindo ajuda para implantar a Comunidade. A movimentação religiosa começou com celebrações nas casas de membros da Comunidade e, ao mesmo tempo, organizavam-se os mutirões aos finais de semana para a construção da capela. Todo sábado à tarde, os membros da Comunidade, que eram pedreiros, vinham tocar a obra, auxiliados por outros membros, e Pe. Raimundo fazia parte destes auxiliares. Aos poucos, a capela foi tomando forma. Os vizinhos da construção faziam café e pão para o lanche da tarde. Ao final do dia de trabalho, até uma “pinguinha” era servida para relaxar o pesso-

al do mutirão. O final de 1973 foi muito corrido, pois a Comunidade tinha o desejo de celebrar o Natal na capela. Foram erguidas as paredes, o contra-piso foi assentado e foi instalada a cobertura em parte da capela. Dali em diante, as quermesses aconteciam na parte superior do terreno, onde futuramente seria erguido o salão social. A primeira ata oficial é datada de 24 de julho de 1975 que descreve que reuniram 21 pessoas para reestruturar o quadro do pessoal colaborador da Comunidade pelo prazo de seis meses até a chegada do novo padre responsável pela capela. Foi definido que a coordenação estaria nas mãos da Irmã Maria da Eucaristia, que já estava à frente dos trabalhos na Comunidade de São Quirino, Jd. Santana e Nilópolis. Na segunda ata de 23 de Agosto de 1975, consta a chegada do Pe. Daniel D’Ambrósio, que conduziu por muitos anos nosso caminho. Na ata de 20 de janeiro de 1982, aparece a figura do saudoso Pe. José Carlos da Silva. À época, ele sugeriu que um novo conselho fosse composto e que houvesse um maior entrosamento entre as quatro comunidades. Na reunião de junho de 1982, aparece pela primeira vez a denominação “Comunidade Eclesial

Santo André” (COESA). Em atas anteriores aparecem: Capela de Santo André-Comunidade de Vila Nogueira, ou Capela de Santo André-Comunidade Cristã de Vila Nogueira. Em janeiro de 1984, consta a formação do nosso Clube de Mães, que funciona até hoje, atendendo com muito carinho as senhoras de nossos bairros. No mesmo mês foi instituída a “campanha do quilo”, onde pessoas deveriam levar, uma vez por mês, um quilo de alimento para ser distribuídos aos pobres. Esse ano marcou ainda a aprovação da planta da nova igreja, idealizada pelo Padre José Carlos. A obra ficaria disponível para uso em 1990. O tempo passou, a Comunidade cresceu e os espaços para os eventos ficaram pequenos. Em setembro de 2009, deu-se o inicio da demolição da capela, obra que despendeu o suor de tantos membros da Comunidade, mas a ampliação do salão era necessária. Em fevereiro de 2010 foi inaugurado o novo salão. Em 2011, quando a Paróquia completa 30 anos, celebramos também os 42 anos em que conseguimos o terreno da Comunidade Santo André. Juntos, seguimos adiante na missão de irradiar a mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo para todos.

mentos, catequese, celebrações da palavra, missas e eventos sociais – festas, sorteios e bingos. Tivemos, em 2008, um grande impulso: as missões populares, coordenadas pelo então seminarista Odair – nosso vigário paroquial. A partir daí, organizamos uma coordenação da comunidade e articulamos as pastorais existentes para construir a igreja, verdadeira comunidade viva. Desse desejo veio a intenção de termos um espaço próprio de celebração e um centro comunitário. Estamos num grande mutirão com essa obra. Contamos com o gesto de partilha da Arquidiocese, na pessoa do saudoso Padre Busch, da Paróquia, com a contribuição das comunidades, e também da Conferência dos Bispos da Alemanha, que nos liberou uma generosa contribuição para alavancarmos a construção. Com isso, a comunidade Sagrada Família apresenta progresso na busca constante do que é comunidade cristã com firmeza, simplicidade e determinação, visando à comunhão fraterna e ao amor incondicional que Jesus Cristo pede de todos nós.


14 Comunidades

Seguindo os passos de São José Operário

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início da Comunidade São José Operário foi marcado pela mobilização dos moradores, que se organizavam para as celebrações nas casas do Jardim Nilópolis. Mas foi somente com a chegada do Pe. Daniel, que a Comunidade ganhou um rosto mais definido. Nessa época, por obra de Deus e intermédio da Cúria Metropolitana de Campinas, o terreno onde hoje está instalada a Comunidade foi doado pela Prefeitura de Campinas. Os fiéis imediatamente marcaram o terreno com uma cruz, e as celebrações, que eram então realizadas nas casas, passaram a ter lugar ao ar livre. A escolha do padroeiro São José Operário tem uma origem curiosa. A maior parte dos homens que trabalharam durante a construção da Capela se chamava José. Esses homens se empenharam e estavam à frente da obra, desejavam e sonhavam que a Comunidade crescesse, e em nenhum momento mediram esforços em prol do tão esperado resultado. Desse modo, a Capela construída pelos “Josés” operários tornou-se motivo de muita alegria para os irmãos. Com a chegada do Pe. José Carlos, que muito apoiou a Comunidade, houve um novo impulso. O Padre desejava usar melhor os espaços do terreno e, nesse período, foi construído o Salão da Comunidade, que passou a ser utilizado para as aulas da catequese e eventos comunitários. Com o crescimento da Comunidade, a tão querida Capelinha começou a ficar pequena e houve necessidade de iniciar a construção da nova igreja. A Capelinha ficou ao centro, e as paredes da nova edificação foram erguidas por fora. Cerca de três anos foram necessários para essa etapa. Só depois desse período, a Capelinha foi demolida e realizou-se o acabamento interno.

A luta da Comunidade foi grande se construiu o novo Salão Paroquial, para ver a igreja concluída. Realizaram-se mais amplo, com salas para a catequese e muitas quermesses animadas, com o fim salas para os Vicentinos, além do Consulde arrecadar recursos financeiros para os tório Odontológico para o atendimento acabamentos da igreja. Com as graças de às pessoas carentes. Este Salão Paroquial Deus, os pisos e os forros foram doados por recebeu o nome de “Padre José Carlos da uma empresa da região. Em 19 de março de Silva”, uma justa homenagem ao grande 1998 a nova igreja foi inaugurada. Lamen- empreendedor de nossa Paróquia. Caracterizada por ser batalhadora, tavelmente, o Padre José Carlos, que tanto sonhou e idealizou a construção do novo a Comunidade São José Operário está sempre buscando o cresprojeto, não teve a oportucimento espiritual e a nidade de vê-lo concluído. A maior parte melhor forma de acolher Um dos aspectos dos homens que as pessoas que dela partimarcantes da Comunitrabalharam durante cipam ativamente. Ao londade São José Operário a construção da go desses anos de história, foi a presença ativa dos Capela se chamava a Comunidade buscou e jovens, por volta dos José busca seguir fielmente os anos 90. Eram jovens comprometidos, que estavam sempre passos de São José Operário, o Homem dispostos a trabalhar nos projetos da Justo, Santo Trabalhador, que em vida Igreja. Havia grande união entre eles, fez a vontade de Deus por intermédio do que muito contribuíram para o cresci- trabalho, e sustentou, com o pão honesto, Jesus e Maria. mento da tão querida Comunidade. Que São José Operário abençoe os 30 Buscando atender cada vez melhor seus fiéis, a Comunidade lutou para con- anos Paróquia Sant’Ana de Campinas! seguir a posse do terreno vizinho, onde


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Comunidade Matriz: dedicação, dinamismo e muitos frutos!

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Comunidade Matriz de Sant’Ana teve seu início com pequeno grupo de pessoas de muita fé na residência de Estevão e Olímpia e pertencia à Paróquia N.Sra. de Fátima. Em 25 de julho de 1981 foi elevada à Paróquia Sant’Ana por Dom Gilberto Pereira Lopes. Desde então, a Comunidade sempre se fez representar em Assembleias Arquidiocesanas como a da Revisão Ampla. Dentro das prioridades pastorais, em especial a catequese, os Pequeninos do Senhor e os jovens, nossa Comunidade vivencia a missão de batizados para que, conhecendo de perto nossa realidade, possa acolher melhor a todos. Muitos trabalhos foram e são realizados: Bênção dos carros, Grupo de Oração, Casamento Comunitário, Apostolado da Oração, Terço dos Homens, 1ª Festa Missionária, Festa da Padroeira, Pastoral da Criança, Semana da Cultura e Arte, Avó Sant’Ana Visita às Comunidades, Gincana Jovem, Procissão de Corpus Christi (atendendo solicitação de D. Gilberto), Missão com família de catequizandos, Cenáculo, Cerco de Jericó, Ordenações Diaconais e Sacerdotais, Recebimento Pioneiro da Orquestra Sinfônica de Campinas e Sessão da Câmara Municipal de Campinas. Esses trabalhos marcaram época dentro da orientação dos Papas João Paulo II e Bento XVI, por meio da orientação e seguimento dos Padres Ge-

rião, Sebastião, Raimundo Lemon, Daniel D’Ambrósio, José Carlos da Silva, Paulo Roberto Sampaio Staut, Osmar Marques, Heriberto Mossato de Souza, Wilson Enéas Maximiano, Odair Costa Nogueira e do Diácono Raimundo Wilson Mousinho, Irmã Maria da Eucaristia, Madre Maria Helena Codignoli. Com trabalho e união, construiuse a Igreja Matriz, bem como todas as restaurações necessárias, a Casa Paroquial, que teve ajuda do Projeto “Adveniat Alemanha” solicitado por Madre Maria Helena, o Salão Paroquial “Pe. José Carlos”, Centro Catequético inaugurado em 1º de maio de 2011 e com o título “Beato João Paulo II”, cujo lema era “Sou todo Teu, Maria”, Capela do Santíssimo, cujas bênçãos foram recebidas de Dom Bruno em 2008. Tudo isso é realizado para melhor servir e vivenciar o amor de Jesus.


Nossos Pastores


Nossos Pastores 17

Um pouco de história

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lguém pode perguntar: como é dias depois, eu estava com o Pe. Milton que um padre da Congregação do na sua paróquia e conversamos sobre o Verbo Divino entrou a fazer par- meu trabalho. Ele me disse: “Te entrego te na fundação da paróquia de Sant’Ana, a parte para cima da Lagoa; ali tem muita em Campinas, SP, uma vez que esta Con- gente boa que vai colaborar com você.” gregação não tinha e nem tem nenhuma Eu não tinha condução. Então um amigo paróquia na cidade? E a resposta vem do do Pe. Milton me levou para o meu novo mesmo padre que participou da fundação campo de missão: eram e são as 4 comuda paróquia Sant´Ana em 1981: o tal sacer- nidades que formariam a base da nova paróquia, depois de 7 anos, em 1981: Codote era Padre Daniel D’Ambrósio, SVD. Em 1970, a Congregação do Verbo munidade do Jardim Sant´Ana; ComuniDivino tinha na paróquia N. Sra. de Fá- dade da Vila Nogueira; Comunidade São tima, em Campinas, uma casa para semi- Quirino; Comunidade Nilópolis. Padre Milton reservou para si os canaristas estudantes, que se preparavam para serem padres missionários. Esses samentos e eu me dediquei aos batizados. jovens seminaristas deviam frequentar Cada comunidade tinha sua preparação a PUC de Campinas. Não sei por qual ra- para o batizado: em 3 domingos, uma hora zão, a casa foi só inaugurada e deixada. de catequese do padre que acontecia no Os seminaristas foram levados para São correspondente salão-capela. Escolhi um pouco mais do que meia dúzia de senhoPaulo, capital. res de uma certa idade, de boa Em 1974, a província formação e sólida base cristã verbita de São Paulo deciDaqui deste meu e os ensinei a ler, meditar e a diu deixar paróquias bem rincão eu mando aplicar a Bíblia no contexto instaladas para as Dioceses à paróquia atual. Eram os ministros da e ir às periferias ou a áreas Sant’Ana de Eucaristia. carentes da evangelização. Campinas um Depois de um tempo, pus Nesse ano, estava na parógrande abraço a o plano em prática: eram 4 as quia N. Sra. de Fátima o Pe. todos e todas comunidades. Eu celebrava a Raimundo Lenon, SVD, que ajudava o Pe. Milton Santana, pároco da Missa em duas comunidades e, simultanemesma paróquia. Padre Raimundo Lenon amente, os ministros da Eucaristia presiera americano e, pouco tempo depois, diam a celebração da Palavra de Deus nas regressou ao seu país. Precisaríamos de outras comunidades. Isso durou até ser um substituto para ele. Fomos então con- criada a nova paróquia. Nem sei se o priversar com o então bispo de Campinas, D. meiro pároco depois continuou com este sistema. Fosse eu, hoje, teria continuado! Antônio Maria Alves de Siqueira. Aqui não devo esquecer a Irmã Maria Tudo aprovado com o bispo, fomos nos apresentar ao pároco-vigário da pa- da Eucaristia que foi para as comunidades róquia N. Sra. de Fátima que se localiza um braço forte no desenvolvimento das perto da Lagoa. Padre Milton me acei- mesmas. Esta irmã, com seu jeito firme tou e disse: “Quando você vai começar? e perseverante, conseguia da prefeitura Quando virá para cá, definitivamente?”. tudo o que as comunidades necessitassem Respondi: “Bem, eu vou a São Paulo e de ajuda. Foi uma bênção para todos. Estava organizando pastoralmente logo volto para cá com as tralhas.” Dois

Pe. Daniel D’Ambrósio, SVD 1º Pároco da Paróquia Sant’Ana

as 4 comunidades, quando o meu superior provincial pediu que eu voltasse a São Paulo. Fomos, então, ele e eu até Dom Gilberto manifestar esta decisão. Isso em 1980. E o bispo, enfaticamente, disse não. “Padre Daniel, você não vai embora este ano. E não sai daqui antes que as quatro comunidades se tornem paróquia”. E me deu o prazo de um ano para realizar tal feito. Em junho de 1981, foi inaugurada a paróquia Sant´Ana compreendendo as 4 comunidades ao redor. E eu voltei para São Paulo, atendendo ao pedido do meu superior provincial e já tendo realizado o pedido do bispo. Depois disso, assumi outros trabalhos pastorais e, em 1997, vim para a casa onde agora estou com os meus 85 anos e uma barba branca. Daqui deste meu rincão eu mando à paróquia Sant´Ana de Campinas um grande abraço a todos e todas: e uma carinhosa lembrança de 30 anos atrás, quando foi criada a paróquia. E ainda um pedido: lembrem-se, nas suas orações, deste seu amigo Pe. Daniel D’Ambrósio, missionário verbita. Ele os lembra todos a Cristo.


18 Nossos Pastores

Memórias de um Pároco Empreendedor Padre José Carlos conduziu a Paróquia por 15 anos. Escreveu poucas linhas, mas deixou grandes marcas.

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omada de posse do Pe. José Carlos da Silva, que sou eu, na paróquia Sant’Ana de Campinas, no dia 10 de janeiro de 1982, às 16h, domingo, como vigário ecônomo até 31 de janeiro de 1983. Na ocasião estavam presentes os Srs. Padres Daniel D’Ambrósio, 1º Pároco, Pe. José Luiz Nogueira Castro, Vigário Episcopal da Região Norte, que em nome do Arcebispo Administrador Apostólico, Dom Gilberto Pereira Lopes, presidiu a cerimônia de posse. Pe. Nilo Romano Corsi, Pároco de Sant’Ana de Pedreira do qual fui vigário coadjutor por um ano e meio. O estudante de teologia da Arquidiocese de Campinas, João Pezzuto. São essas as doze primeiras linhas do registro feito de próprio punho pelo padre José Carlos no Livro Tombo da Paróquia. Uma história que tinha tudo para ser uma rápida passagem de um padre numa comunidade, mas que acabou se tornando um marco na vida de muitas famílias e de toda a Paróquia: foram 15 anos e 16 dias com o Padre José Carlos à frente dos trabalhos pastorais. No entanto, esse grande período de trabalho, oração e convivência toma apenas quatro páginas do Livro. Poucas linhas para uma importante trajetória. Como o próprio registro inicial do Livro aponta, a provisão do padre José

Chegada do Padre José Carlos

Carlos tinha prazo de validade: 31 de janeiro de 1983. Mesmo ciente de que ficaria por menos de um ano na condução dos trabalhos, Padre José Carlos tinha um projeto claro em mente: organizar a estrutura física e pastoral da Paróquia. No Livro Tombo, um desabafo: Cheguei com fé e coragem, pois não havia nada construído. Foi um sofrimento muito grande para iniciar as obras, isto é, a construção da Igreja (...) No período de um ano já tínhamos conseguido sanar esse mal. Fizemos a rifa de um carro usado, e com o resultado do dinheiro levantamos as paredes, foi feita a cobertura juntamente com a estrutura metálica da Igreja. Dian-

te da boa relação do padre com a comunidade, e com trabalhos sendo realizados em ritmo avançado, no dia 09 de março de 1983 Dom Gilberto Pereira Lopes renovou a provisão do Padre José Carlos, ainda como vigário ecônomo. O recebimento da nova provisão está registrado com a devida transcrição. De repente, um salto no tempo. O livro passa para 1988 e registra, naquele ano, um impulso para as comunidades. Entre as conquistas, está a conclusão das obras da igreja matriz e o avanço na edificação da casa paroquial, graças a um incentivo financeiro proveniente da Alemanha e negociado com o apoio da


Nossos Pastores 19

irmã Maria Helena Codignole. Padre José Carlos escreveu também que, ainda em 1988, começava a construção das comunidades Santo André e Santa Teresinha, bem como a ampliação da capela de São José Operário. Ele terminou o registro dizendo: Com a graça de Deus e o empenho de cada conselho das comunidades, pudemos realizar uma boa caminhada. O livro marca também, no mesmo ano, a entrega do Centro Comunitário São João Batista. O trabalho de evangelização na Vila Moscou, que estava até então sob a responsabilidade dos Salesianos, passava a fazer parte da Paróquia Sant’Ana. Somente depois de quatro anos, Padre José Carlos voltou a escrever. Ele registrou: No ano de 1992 a Paróquia Sant’Ana de Campinas já conta com 09 comunidades: Sant’Ana Matriz, Santo André - Vila Nogueira, Santa Terezinha – Parque São Quirino, Sagrado Coração de Maria – Bairro Carlos Gomes, São Vicente – Fazenda da Serra, São José Operário – Jardim Nilópolis, Nossa Senhora Aparecida – Jardim Miriam, São José – Bairro Bananal, São João Batista – Rua Moscou. Todas essas comunidades contam com a presença dos estudantes de Teologia estigmatinos, juntamente com a presença amiga das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação e as suas aspirantes. Acom-

panhando a catequese, a juventude, os casais, a Pastoral Saúde (sic), Crisma e participando nas Celebrações da Palavra e distribuindo a Sagrada Eucaristia.

Esse é o último apontamento sobre a vida paroquial que Padre José Carlos deixou. A página que encerra seus escritos data de 1993, e transcreve a provisão de Pároco, recebida em 28 de maio, além do comunicado sobre a visita pastoral realizada pelo Padre Francisco de Paiva Garcia, a pedido de Dom Gilberto. O registro seguinte, no Livro Tombo, já é de 1997. Transcreveu-se a ata da primeira reunião do ano, realizada em 28 de abril, já com o Padre Paulo Staut. A única menção do livro, sobre o fim da trajetória do padre José Carlos, está na décima segunda linha da ata: (padre Paulo foi convidado) ...a assumir nossa paróquia

como Administrador Paroquial, após a trágica morte de nosso pároco, Padre José Carlos da Silva, ocorrida no dia 26 de janeiro deste ano. O assassinato do Padre José Carlos, dentro da casa paroquial, é um crime ainda sem explicação. As investigações não evoluíram. Restou a dor nos corações, a lembrança da forte personalidade do Padre José Carlos e a homenagem prestada pela Prefeitura de Campinas e pela comunidade: a praça que leva o nome do Pároco, localizada na Vila Nogueira, e que, desde maio de 2011, foi adotada pela Paróquia. O registro breve nas páginas do Livro Tombo é o que oficialmente Padre José Carlos deixou para a História. No entanto, são as histórias com H minúsculo, longe do Livro Tombo, que enriquecem e dão o verdadeiro sentido à presença do Padre José Carlos na Paróquia Sant’Ana. Certamente todas as pessoas que o conheceram têm algo a contar: um episódio engraçado, uma homilia marcante, uma bronca dada no meio de alguma celebração, uma inauguração de comunidade, uma visita à casa... Enfim, Padre José Carlos da Silva é parte da família de muita gente na Paróquia Sant’Ana. E isso é o que, no final das contas, constrói a verdadeira história.


20 Nossos Pastores

O Seminário de Teologia da Arquidiocese de Campinas

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á um fato importante que não está registrado no Livro Tombo da Paróquia, mas marca o perfil empreendedor e, ao mesmo tempo, caridoso do Padre José Carlos. Trata-se da doação do terreno situado atrás da Comunidade Santa Teresinha, no Parque São Quirino, para a construção do Seminário de Teologia da Arquidiocese de Campinas. Em meados da década de 1990, o Seminário funcionava na Rua Carolina Florence, em uma casa que pertencia à Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Vila Nova. “A casa, de fato, não era adequada para a formação dos seminaristas”, lembra Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo emérito de Campinas. “Nós precisávamos de um lugar melhor. E tínhamos a intenção de construir um prédio novo”, completa. O local que abrigaria a casa nova deveria ser, preferencialmente, próximo da PUC-Campinas, onde os seminaristas de Filosofia e Teologia fazem seus estudos acadêmicos. O projeto da obra foi então articulado entre dois padres já falecidos: Padre Benedito Malvestiti, à época reitor do Seminário, e o Padre José Antonio de Moraes Busch, então Ecônomo da Arquidiocese. Faltava o local. “Lembramos

Padre José Carlos

então que a Paróquia Sant’Ana tinha um terreno disponível, atrás da Igreja de Santa Teresinha. Fui então conversar com o Padre José Carlos”, recorda Dom Gilberto.

Em 1997, então, atendendo ao pedido do Arcebispo, Padre José Carlos realizou a doação do terreno. Carinho especial – O Arcebispo emérito de Campinas tem, segundo ele próprio, um afeto diferente em relação ao Padre José Carlos da Silva. “Eu me recordo de que, quando vim para a Arquidiocese, ele fazia o curso de teologia no Ipiranga, em São Paulo. Ele foi o primeiro padre que eu, como bispo, ordenei em Campinas, em 1981”. Em 1997, então, atendendo ao pedido do Arcebispo, Padre José Carlos realizou a doação do terreno. “Agradeço de coração ao Padre José Carlos que levou o povo a perceber a alegria, para a Paróquia, de ter um Seminário no seu território” As obras tiveram ritmo acelerado. Em dezembro do mesmo ano, Padre Benedito Malvestiti deixou o Seminário. No lugar dele, assumiu o Cônego Elisiário César Cabral. “Quem acompanhou toda a obra foi o Padre Malvestiti. A intenção era

mudarmos para o São Quirino em fevereiro de 98, mas por conta de problemas na obra e, com as fortes chuvas daquele ano, a casa não ficou pronta. Estávamos com tudo encaixotado, inclusive livros, e precisávamos de uma decisão. Fizemos uma reunião com todos os seminaristas e decidimos mudar em abril, mesmo com os pedreiros ainda trabalhando no lado externo da casa. Aproveitamos o feriado do dia 21 para fazer a mudança”, recorda. De acordo com o livro Arquidiocese de Campinas – Subsídios para a sua História, publicado em 2004, a inauguração oficial do Seminário só aconteceria no dia 18 de maio de 1998, com uma missa presidida pelo então Núncio Apostólico do Brasil, Dom Álfio Rapisarda. A ligação entre o Seminário de Teologia e a comunidade paroquial é de muito afeto. Muitos padres da nossa Arquidiocese que moraram naquela casa fizeram estágio pastoral na Paróquia Sant’Ana. Entre eles estão Pe. Paulo Emiliano, Pe. Rodrigo Catini Flaibam e inclusive o atual pároco, Pe. Wilson Maximiano. Felipe Zangari Sem. da Arquidiocese de Campinas


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Obrigado, Pe. José Carlos da Silva

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oi no início de 1989 que conheci Pe. José Carlos. Eu estava começando o curso de teologia na PUC e morava em Barão Geraldo – Campinas. Como pároco da Paróquia Sant’Ana ele veio ao nosso seminário convidar-nos para atuarmos nas comunidades. No final de semana seguinte já fomos apresentados ao povo, numa missa dominical na Matriz. Pe. José Carlos estava visivelmente feliz e abriu as portas da paróquia para nós. Todos nos acolheram com alegria. Éramos quatro seminaristas: Paulo Staut, José Teixeira, Paulo Borges e José Eduardo. Pe. Pertile, nosso formador, também fazia parte desta animação pastoral. Foram quatro anos de intensa aprendizagem pastoral. Juntamente com as religiosas que residiam na paróquia e alguns leigos, formamos uma equipe de animação vocacional e da juventude, a qual promoveu uma grande movimentação juvenil, envolvendo todos os grupos de jovens existentes na época. Além disso, nós, seminaristas, percorríamos todas as comunidades atendendo as diferentes necessidades, principalmente no que se referia à formação das lideranças. Com tudo isso, nasceu uma amizade profunda

entre nós e a comunidade paroquial. Éramos uma só família. Um acontecimento que marcou muito foi a nossa ordenação diaconal realizada na Matriz em 1992. Pe. José Carlos estava muito feliz. Quando fui ordenado padre, em março de Pe. Paulo Roberto Sampaio Staut 1993, muitos paroquianos esti3º Pároco da Paróquia Sant’Ana veram presentes, sobretudo os jovens. Em 1997 assumi o seminário de Filosofia, na Chácara caminhada. Não sei dizer, precisamente, do Vovô, Campinas e, justamente no iní- quantos meses estive à frente da Parócio daquele ano, houve a trágica morte quia Sant’Ana, no entanto me recordo do Pe. José Carlos. Foi nesse contexto que perfeitamente da primeira reunião com assumi a Paróquia Sant’Ana como admi- todos os representantes das comunidanistrador paroquial, até que fosse indica- des, pastorais e movimentos, cujo objedo o novo pároco. tivo era estruturar o Conselho Pastoral Havia uma tristeza muito grande Paroquial (CPP) e encaminhar a Semana no ar. Ficou um vazio. Pe. José tinha uma Santa e a Festa da Padroeira. personalidade forte e, às vezes, um pouAssim, com a colaboração de todos, co enérgica; todavia, era amado e respei- conseguimos vencer essa etapa da histado por todos. Com a sua morte, ficou tória da Paróquia, a qual sempre contou a pergunta: e agora, por onde ir? Mesmo com pessoas de profunda espiritualidaporque havia situações que exigiam res- de, dotadas de bom senso e que amam a postas imediatas. Por tudo isso, creio que Igreja; por isso, vencemos! Não há duvinossa presença naquele momento signi- das de que Pe. José Carlos deixou profunficou mais do que só um consolo, uma das marcas em nossas vidas; foi alguém vez que, juntos, conseguimos superar a que amou esta paróquia. Só nos resta ditristeza, levantar a cabeça e prosseguir a zer: Obrigado, Pe. José Carlos!


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30 anos da Paróquia: Parabéns!

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pedido do atual pároco desta querida Paróquia Sant’Ana de Campinas, por ocasião dos 30 anos de sua criação, quero deixar registradas algumas palavras dos muitos momentos que vivemos juntos. Foi com muita alegria que aceitei a indicação de Dom Gilberto Pereira Lopes para a incumbência de administrar e conduzir os trabalhos pastorais. Claro que sei de minhas limitações, mas resolvi encarar o desafio com coragem e humildade, contando sem dúvida com ajuda de Deus e a iluminação do Espírito Santo. E foi assim. O Espírito se reavivou na vida do povo dessa Paróquia, que havia sofrido muito com a perda do saudoso Pe. José Carlos. Os trabalhos foram, na verdade, retomados com muito entusiasmo pelo Pe. Paulo Staut, da Congregação dos Estigmatinos. Ele, com seu carisma, conseguiu motivar muitas lideranças e o povo para a vivência e a participação em torno dos sacramentos. Não foi muito difícil assumir depois de toda essa animação do Pe. Paulo Staut.

A somatória de tudo que aconteceu na vida dessa paróquia é, sem dúvida, alguma demonstração de como Deus atua onde há pessoas de boa vontede. Demos continuidade, mas havia muito a ser feito e, com tranquilidade e entusiasmo, cada membro das comunidades foi assumindo seu papel e em pouco tempo as pastorais estavam vibrantes e atuantes. Catequistas, ministros (da saúde, das exéquias, da palavra), grupos de jovens, coordenadores das comunidades... Todos nos reuníamos mensalmente, para encaminhar nosso plano de pastoral, em consonância com as diretrizes da Arquidiocese. Crescia também

grande interesse em melhorar as instalações para receber com mais conforto a todos. Penso que a pessoa que ilustra o entusiasmo de todos para construção foi Dona Regina, que não media esforços, pedindo ajuda a todos na execução dos projetos. Das lembranças que tenho no que tange à vida pastoral, quero destacar, sem citar nomes, duas delas que foram marcantes. A primeira foi num domingo, por volta das 20 horas, quando eu já estava cansado, depois de um dia intenso, e fui chamado à comunidade Nossa Osmar Marques - Padre licenciado da Arquidiocese Senhora Aparecida para mide Campinas - 4º Pároco da Paróquia Sant’Ana nistrar a unção dos enfermos a um rapaz que estava sofrendo muito. Era tamanha a sua dor, ministra à casa de uma senhora idosa e e quase não havia espaço em seu corpo muito pobre. A ministra cuidava com depara ungir, pois estava tomado por fe- voção dessa idosa como se fosse sua mãe: ridas. Realizada a unção, em profunda dando de comer, dando banho, cuidando oração com alguns membros da comuni- com carinho e amor tão imenso, que vi dade, me ocorreu orientar que esse rapaz Cristo vivo em suas atitudes. Era tanto cumprisse o tratamento indicado pelos amor ao próximo, tanta fé, lealdade, ademédicos da Unicamp e foi o que ele fez. são ao projeto de Cristo, que senti a Igreja Passados 2 meses, esse rapaz estava sau- de Cristo atuante na Paróquia Sant’Ana. dável, trabalhando e, como forma de gra- Foram tantas obras operadas pela fé, são tidão, partiria em romaria ao Santuário incontáveis, na liturgia, no dia a dia. A somatória de tudo que aconteceu de Nossa Senhora Aparecida. Esse episódio foi pra mim um grande milagre, ope- na vida dessa paróquia é, sem duvida, alrado pela fé de sua família, dele próprio e guma demonstração de como Deus atua da comunidade; eu me senti instrumento onde há pessoas de boa vontade. Há de Deus, servindo como sacerdote. Sem muitas experiências que eu poderia condúvida foi um dos momentos mais pro- tar aqui, mas creio que ficará extenso defundos que vivi, que serviu para revelar mais esse texto. Muito vai ficar no coração: saudade, alegrias vividas, tristezas. como Deus age, quando temos fé. Outro episódio pastoral, que me Mas, sem dúvida alguma, Deus sabe tudo marcou muito, foi quando fazia visitas e eu confio em sua misericórdia. Beijos a todos, em Cristo. aos enfermos para levar a sagrada unção e a santa Eucaristia. Cheguei com uma


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Levo a todos no meu coração de padre

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izem que a primeira namorada a gente nunca esquece. É com esta verdade que dirijo a todos os paroquianos e paroquianas da Paróquia Sant’Ana de Campinas. Grande foi o aprendizado nestes 3 anos em que fiquei como Administrador Paroquial. Me lembro com carinho do testemunho de acolhimento das Comunidades e do compromisso das pessoas em tudo aquilo que se tornava projeto: A “Festa dos Carismas” que veio para sanar uma dificuldade: as pessoas não se conheciam, até porque a Paróquia era bastante extensa, treze Comunidades, nos limites da Lagoa do Taquaral, ou mais precisamente a Praça Arautos da Paz, até o limite entre Campinas – Jaguariúna e ainda Campinas – Pedreira. As Santas Missões Populares e o “alistamento” de tantos leigos que se comprometeram com o anúncio do Evangelho. Lembro-me dos testemunhos das situações que os missionários encontravam nas casas que visitavam. As festas dos Padroeiros das Comunidades, as procissões, as missas na Igreja e nas casas, o Casamento Comunitário, o nascimento da Comunidade Sagrada Família, o amor e o zelo de pessoas verdadeiramente comprometidas com Jesus Cristo. Os Ministros da Eucaristia, da Palavra e dos Enfermos, as Equipes de Canto, Liturgia e Catequese. Os jovens, as crianças e os anciãos. A “Vó Regina”, grande personalidade da história desta Paróquia, como tantas pessoas que, com seu jeito humilde de servir, me ensinaram muitas coisas. Na Festa dos 30 anos da Paróquia Sant’Ana, quero dizer a todos, que a minha vida muito se enriqueceu e levo a todos comigo, sempre, no meu coração de padre. Minha gratidão a todas as pessoas que fazem parte desta grande Comunidade de Comunidades.

Pe. Heriberto Mossato 5º Pároco da Paróquia Sant’Ana


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“Dai graças ao Senhor porque ele é bom”! Estimados irmãos e estimadas irmãs, a paz de Cristo!

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om o coração repleto de gratidão e de alegria, quero, por meio desta mensagem, saudar todos os nossos queridos paroquianos pelos 30 anos da nossa Paróquia de Sant´Ana. Quantas pessoas se dedicaram a esta Paróquia e se empenham nos trabalhos pastorais e na participação ativa de nossas comunidades. Em 2008, fui chamado a servir esta Comunidade como pastor, amigo e irmão. Já tinha conhecido a Paróquia, em 1996, por meio do estágio pastoral como seminarista: trabalhei na comunidade Santo André. Depois, morei no Seminário de Teologia da nossa Arquidiocese durante quatro anos, mas sempre vinha em meu coração que um dia poderia servir esta Paróquia como pároco. Confesso, era um desejo meu. O tempo passou, e Deus permitiu que isso acontecesse. Bendito seja Deus! Nesta caminhada atual já faz três anos e meio que estou na Paróquia como pároco e animador desta Comunidade. Cheguei aqui sucedendo padres que a comunidade carinhosamente sempre lembra: Padre Daniel, Padre José Carlos, Padre Paulo, Padre Osmar e Padre Heriberto. São 30 anos marcados de profunda história de alegrias, conquistas, alguns sofrimentos, mas sempre na certeza de que o Espírito Santo continua a conduzir os nossos caminhos e projetos. Durante este período em que estou à frente da comunidade paroquial, muitos trabalhos e ações realizamos. Cheguei aqui e encontrei uma comunidade viva e atuante, com leigos e leigas engajados nos diversos serviços, pastorais e ministérios de nossa Igreja. Tivemos diversas oportunidades de crescimento da nossa fé e formação para a evangelização. Realizamos, durante dois anos, a escola fé para leigos, que todas as segundas se reuniam para uma formação sólida no que diz respeito à nossa Igreja, à pessoa de Jesus e à Palavra de Deus. Tivemos a oportunidade de fazermos as santas missões populares na Comunidade São João Batista e na Comunidade Sagrada Família, recebemos a imagem fac-símile da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Além disso, realizamos duas assembleias paroquiais, que definiram projetos pastorais para nossa Paróquia. Na última assembleia, realizada no ano passado, definimos estarmos sempre em comunhão com a nossa Arquidiocese, com o 7º Plano de Pastoral Orgânica, sendo uma Igreja que acolhe, uma Igreja que se renova e uma Igreja do serviço solidário. Mas assumimos também alguns compromissos na linha da atuação pastoral, dentro da comunidade paroquial: Reforçar a atuação dos Conselhos Pastorais das Comunidades; Estrutu-

rar a Rede de solidariedade; Juventude; Família e Caixa Único. Quanto serviço! E quantas pessoas empenhadas! Bendito seja o Senhor! Toda a nossa ação está baseada na oração, por isso todos os anos realizamos o retiro paroquial com a participação de todos os membros das nossas comunidades. Agradeço a Deus o empenho de todos no trabalho e no serviço à comunidade paroquial. Sou profundamente grato por viver este momento de alegria ao celebrarmos os 30 anos da nossa paróquia. Que a Senhora Sant’Ana, nossa padroeira, continue a interceder por nós e por nossa Paróquia, a fim de que todos nós possamos continuar, firmes e animados, no caminho de Jesus!

Pe. Wilson Enéas Maximiano Pároco


Nossos Pastores 25

Trabalhando unidos e criando situações calorosas para todos

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Paróquia Sant’Ana, em 2011, acolhida pelo Padre Wilson, pároco, pelo completa 30 anos da sua criação. Diácono Wilson e todos os paroquianos. E é nesse sentido que dou testeDurante a novena em preparação à munho da minha vida enquanto Semina- Ordenação Presbiteral, todos os dias rezarista, Diácono e agora Presbítero para a mos temas vocacionais, junto com os paIgreja da Arquidiocese de Campinas e es- roquianos e amigos, preparando-me para pecificamente para a Paróquia Sant’Ana. Iniciei os trabalhos pastorais como Meu lema de Ordenação: Seminarista arquidiocesano em nossa “Ide por todo o mundo e Paróquia Sant’Ana, em 2008. Padre Wilensinai a todas as nações! son acolheu-me e confiou-me alguns traEis que estou convosco, balhos: Acompanhar as comunidades na todos os dias até a área Catequética, em especial as santas consumação dos séculos!” missões populares, juntamente com os (Mt 28, 19-20) missionários da Paróquia nas comunidades Sagrada Família (Núcleo Residencial o grande dia. Tenho que agradecer muito Gênesis) e São João Batista (Moscou e Ca- a Deus, pela vida e pela amizade que Ele fezinho). Fui ordenado Diácono em 20 de a mim confia todos os dias. A gratidão é dezembro de 2009, quando então pude hoje o sentimento que desejo partilhar exercer o meu ministério na Paróquia com vocês ao participar dos 30 anos no Sant’Ana de Campinas como auxiliar paroquial. Dou testemunho da graça de Deus na minha vida, na solenidade da festa de Sant’Ana do dia 25 de julho de 2010, ocasião em que Pe. Wilson me acolheu para ser ordenado presbítero. Meu lema de Ordenação: “Ide por todo o mundo e ensinai a todas as nações! Eis que estou convosco, todos os dias até a consumação dos séculos!” (Mt 28, 19-20). O maior testemunho que dou da minha vida é poder, nos 30 anos da Paróquia, celebrar a minha Ordenação na solenidade da Padre Odair Costa Nogueira Festa de Sant’Ana: foi um Vigário Paroquial Paróquia Sant’Ana de Campinas marco na minha vida; um ato de fé, unidade e

caminho de Jesus como vigário paroquial da paróquia Sant’ Ana de Campinas. Ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida alguma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos momentos, como: celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual, dado pelo Senhor, para nos guiar no caminho da salvação. Que este espírito comunitário faça sempre renascer em nós a esperança de um mundo melhor, com mais justiça, e para que possamos trabalhar juntos proporcionando situações calorosas e agradáveis para os nossos paroquianos. Obrigado a todos e viva os 30 anos no caminho de Jesus!


26 Nossos Pastores

A marca da festa dos 30 anos

Arte criada pelo seminarista Carlos Roberto, que marca as comemorações dos 30 anos de nossa Paróquia.

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casa da sempre querida Senhora Sant`Ana, a avó de Jesus, completa 30 anos nesta localidade particular de campinas. Nosso coração enche-se de alegria! Se esta é casa de Jesus, também nossa casa é! Estamos todos em família, família esta que transcende as relações carnais, que nos leva a Deus. Recordamos e festejamos a trajetória percorrida até aqui. Quantas foram as vitórias, as conquistas, e também as decepções, os desafios, as pedras, mas não nos deixamos abater. Temos combatido o bom combate, temos guardado a fé. Porém, esta trajetória só foi possível graças a tantas vidas, que queremos recordar e agradecer a nosso boníssimo Pai, por te-

rem doado sua existência ao serviço incansável do mandato de anunciar a todos a Boa nova! Uma boa nova repleta de esperança, não mera informação, mas que transforma vidas. Qual o segredo de tanta alegria? Nunca estivemos sós! O Senhor, nosso Bom Pastor, caminha conosco, aliás, Ele é o nosso Caminho, a nossa Verdade e a nossa Vida. Nestas campinas Ele tem nos conduzido a verdes prados, portanto, Ele é também nosso fim. As ovelhas se alegram por terem um Pastor. Procuram, então, corresponder ao amor do Pastor, sendo fiéis e cooperando com o Mesmo, para que esta casa seja sempre o aprisco confortável e segu-

ro das ovelhas perdidas, machucadas e perseguidas, que ainda devem ser sempre mais conduzidas a Ele. Queremos continuar esta trajetória! Obrigado por todos vocês que fazem parte desta linda história, a nossa história. Parabéns, Paróquia de Sant’Ana! prossigamos nos caminhos do senhor, até o dia que Ele permitir. Coragem, eis que o Senhor estará conosco até a consumação dos séculos, pois Ele venceu o mundo. Oh, Santa mãe da Imaculada mãe de Jesus, ajudai-nos a fazer a vontade do Pai.

Carlos Roberto de Oliveira Jesus Seminarista da Arquidiocese de Campinas


Presenรงa Religiosa e Pastoral


28 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Irmãs da Consolação: contando a história de 28 anos

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ra 19 de novembro de 1983! O Carisma da CONSOLAÇÃO, como uma brisa mansa e suave, permeava a Paróquia Sant’Ana com a presença das Irmãs da Consolação! Santa Maria Rosa Molas, Fundadora da Congregação, visita esta terra campineira por meio das Irmãs, e quer armar sua tenda e construir com este povo a história da Consolação na formação das jovens Irmãs e na Educação de crianças. Nos primórdios desta caminhada, havia um grupo considerável de Irmãs e isto possibilitava uma presença maior de Irmãs nas comunidades da Paróquia. Quero recordar, com carinho e gratidão, a pessoa do Padre José Carlos da Silva, que nos deu um grande apoio em todos os aspectos e, de modo especial, abertura e confiança em nosso trabalho para atuarmos nas diversas Pastorais da Paróquia, como: catequese, pastoral da juventude, crisma, pastoral da saúde, pastoral vocacional, clube de mães. A Congregação está presente nas diversas situações da Igreja como: educação, hospitais, lares de crianças abandonadas e de idosos, residências de universitárias, pastorais em paróquias, missões ad gentes, albergues, promoção da mulher. Além das Irmãs, a Congregação tem o Movimento de Leigos: “Consolação para o Mundo”, com Estatutos aprovados pela Igreja. Jovens e adultos, descobrindo o Carisma de ser presença da Consolação e da Misericórdia de Deus no mundo, fazem parte deste grupo, vivenciando o Carisma nas diversas tarefas que desenvolvem, procuram se encontrar e aprofundar no conhecimento de Cristo, o grande Consolador, e desde a experiência de Deus levam para suas comunidades e pastorais esta faceta de Cristo, o Consolador por excelência! Desde o início da nossa presença

na Paróquia, foi fundado este grupo que tem variado muito em número, algumas vezes mais, outras menos; mas sempre alguém está batendo às nossas portas, com o objetivo de participar do grupo e aprofundar o conhecimento do Carisma. No início, havia um grupo de jovens chamado “Jovens do COM”, que ainda hoje está espalhado pelos quatro Continentes onde trabalhamos. Cabe lembrar aqui, que muitos leigos adultos, hoje comprometidos na nossa Paróquia, participaram deste Movimento e alguns ainda participam. Este grupo se reúne a cada 15 dias e, com certeza, seus membros levam sua

espiritualidade, a Consolação e a Misericórdia, por onde passam. Durante alguns anos, foi muito forte a Páscoa jovem realizada com jovens, que, sem deixar de participar dos atos da Semana Santa da Paróquia, se retiravam e se dedicavam a um maior aprofundamento dos Mistérios da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Quantas vigílias e, de modo especial, vigílias de Pentecostes foram realizadas com a participação dos jovens da Paróquia! Lindas e profundas experiências que, sem dúvida, marcaram a vida de muitos! Em 1986, depois de construir a Esco-


Presença Religiosa e Ação Pastoral 29

la, iniciamos nosso apostolado também na Educação com crianças, facilitando assim para as Irmãs jovens desenvolverem sua missão educadora nesta Escola. Neste ano de 2011, estamos celebrando 25 anos da aprovação da Escola de Educação Infantil Nossa Senhora da Consolação e, juntamente com os 30 anos da Paróquia, queremos celebrar também o Jubileu de Prata desta Escola, onde muitas crianças de nossos Bairros e de nossa Paróquia deram seus primeiros passos. Hoje são adultos e alguns já são pais e trazem seus filhos para a mesma Escola em que estudaram. No dia 6 de agosto

deste ano, vamos comemorar os 25 anos de nossa Escola com a celebração da Eucaristia na Paróquia Sant’Ana. Queremos convidar a todos e, de modo especial, nossos ex-alunos, pais, familiares e toda a Comunidade para participarem conosco desta celebração. Vamos juntos agradecer e louvar a Deus por estes 25 anos de vida da Escola e pela presença de, aproximadamente, 2.250 crianças que por aqui passaram, aprenderam as primeiras letras e escreveram o próprio nome com as Irmãs da Consolação. Hoje, sendo nosso Pároco o Padre

Wilson, quero agradecer-lhe, em nome das Irmãs, pela sua acolhida e dedicação. Agradecemos também a todas as pessoas que valorizam nossa presença na comunidade paroquial. Mesmo impossibilitadas, pelo escasso número de Irmãs, de atuarmos de maneira mais direta nas pastorais, temos uma grande missão que é a Pastoral da Educação que está inserida nesta Paróquia. Obrigada, Senhor, por este momento importante da Paróquia que celebra seus 30 anos de criação! Obrigada, Senhor, por todos os Padres que passaram por aqui e transmitiram a Palavra de Deus e seus ensinamentos! Obrigada, Senhor, pela vida doada e pelo sangue derramado do Padre José Carlos! Que tudo se reverta para o bem da Paróquia e a conversão daqueles que fazem o mal. Obrigada, Senhor, pelas graças concedidas, pelo crescimento espiritual, pelo compromisso de todos os paroquianos nestes anos! Obrigada, Senhor, porque onde nós não conseguimos chegar, sua misericórdia e a sua bondade chegam abundantemente! Que Santa Maria Rosa Molas, que há 28 anos, também percorre estas ruas e estas comunidades na pessoa de cada Irmã, interceda, desde o céu, por nossa comunidade paroquial, por nossos Padres, por nosso povo e por nossas Irmãs que aqui estiveram e por aquelas que aqui estão, para que continuem sendo a presença da Consolação e da Misericórdia de Deus. Jovens, a vocês deixo uma pequena mensagem: a Consolação é uma urgência no mundo da dor, do sofrimento, da tristeza, do desamparo, da solidão... Você também pode ser Consolação como Irmã da Consolação ou como Leigo (a) que participa deste Carisma.

Ir. Maria Helena Codignole


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Muitas e boas lembranças Queridos Amigos da Paróquia Sant`Ana

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com muita alegria que venho compartilhar com cada um de vocês esta bonita experiência de perceber a mão de Deus no caminho de minha vida e da comunidade paroquial. Desde bem pequena, participei da Comunidade na época com Pe. Daniel, onde a Eucaristia era celebrada no salão da Comunidade Sant´Ana, junto com meus irmãos.

Aos jovens deixo a mensagem de que vale a pena seguir os passos de Jesus, dar a vida por ele. Não tenham medo d ouvir a voz de Deus, de responder ao seu chamado. Muitas são as lembranças: a comunidade reunida para a celebração eucarística, unida na construção da Igreja; a chegada do Pe. José Carlos, seu dinamismo; as diferentes pastorais crescendo; o trabalho dos Vicentinos, que visitavam as famílias carentes e se reuniam nos sábados; o trabalho do terço nas famílias; a equipe de D. Nair da qual participei visitando as famílias do Cafezinho; a Claudina e Edilma, minhas catequistas que, com seu exemplo, me ajudaram a conhecer os mistérios de Deus; as novenas do Natal em família; o terço no mês de maio; o curso bíblico nas famílias. Também não poderia deixar de lembrar o testemunho de vida e exemplo da Vó Nena que, com carinho, ajudava na catequese; as festas juninas; a festa de Sant´Ana, dos padroeiros: São José Operário, Santo André, Santa Teresinha. Recordo ainda o tra-

balho da catequese, o grupo de jovens... Quantas lembranças bonitas da vida da comunidade! Agradeço a Deus por tanta coisa que aprendi e vivi na Comunidade Sant´Ana. Toda a minha família participou e viveu a experiência de ser comunidade. Recebi um grande presente de Deus em minha vida quando, na Primeira Eucaristia, vivi a forte experiência de ser tocada pela ação de Deus. Lembro-me como foi forte a Palavra de Marcos 10,21: “Vem e segueme”. Para mim, foi a palavra que me fez começar a questionar o que fazer de minha vida. Tinha claro que a minha missão não era formar família, e sim, dar a vida por tantas pessoas que não tinham ninguém por elas. Recordo-me que depois de um período, perguntei a minha mãe, se poderia ser religiosa, levou um susto e disse que jamais voltasse a falar sobre isso. Com o tempo, meus pais começaram a não me deixar participar da Comunidade, mas, com jeitinho, continuei participando, ajudando na catequese. Aos poucos fui iniciando o processo do discernimento vocacional, que a principio, Pe. José Carlos muito me ajudou a ir percebendo os sinais de Deus e, com a chegada das Irmãs da Consolação, os caminhos foram-se abrindo. Recordo, com gratidão, as horas de conversas, as orientações, os momentos de oração, a acolhida, a presença sempre amiga e certa da Eucaristia. Também agradeço o cuidado e a presença da Comunidade na época do falecimento de minha mãe. Já nos meus dezoito anos, decidi entrar na Congregação das Irmãs da Consolação, da qual faço parte até hoje. Sou muito feliz como religiosa; atualmente trabalho no Colégio, em Ceilândia – DF.

Aos jovens deixo a mensagem de que vale a pena seguir os passos de Jesus, dar a vida por ele. Não tenham medo de ouvir a voz de Deus, de responder ao seu chamado. E, quem sabe, no meio de nossa comunidade surjam muitos jovens tocados pela ação de Deus para a vida consagrada e sacerdotal. Parabéns pelos trinta anos de vida da nossa Paróquia. Que Sant`Ana continue abençoando cada família, o trabalho de cada comunidade, a cada dia. Um grande abraço, com carinho e orações,

Ir. Sandra Regina Rizzoli


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Manifestações de fé e amizade

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ou o Pe. Antônio Lúcio, sacerdote paulino. Morei na Comunidade Paulina de Campinas entre os anos 1999-2002 como Superior da Comunidade e Formador dos Seminaristas. Neste período colaborei, através do Ministério Sacerdotal, com a Paróquia Sant’Ana, sendo Pároco o Pe. Osmar Marques. Minha colaboração era para presidir as Missas na Paróquia Sant’Ana, nas Comunidades São José, Santo André e Santa Teresinha. Algumas poucas vezes presidi o Sacramento do Matrimônio e as Exéquias. O Pe. Osmar sempre deixou-me muito à vontade, inclusive permitindo que eu presidisse, na Paróquia, as Missas dos Modelos de Santidade dos Paulinos: Bem-aventurados Tiago Alberione e Timóteo Giaccardo. Também as Celebrações festivas dos Paulinos: Maria, Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos (mês de maio), São Paulo Apóstolo (mês de junho) e Jesus Divino Mestre (mês de outubro). Também o aniversário de fundação da Congregação dos Paulinos, no dia 20 de agosto. Marcou-me profundamente uma vez que pedi para presidir um Tríduo de Santa Rita de Cássia na Paróquia, ao que Pe. Osmar autorizou imediatamente. Os fiéis aderiram à proposta e foi uma manifestação de fé muito bonita. Também marcoume a participação dos fiéis nas Semanas Santas, especialmente uma Vigília Pascal na Comunidade Santo André, onde pude explicar detalhadamente toda a celebração, com destaque para o Círio Pascal. As equipes

de liturgia, na Matriz e nas Comunidades, sempre preparavam muito bem as Missas. Eu gostava de colaborar com o Pe. Osmar e sempre chamou-me a atenção a participação ativa dos Leigos nas Celebrações e nas diversas pastorais. Eu tinha prazer e alegria em presidir as Missas para esta porção do Povo de Deus. Quando de minha transferência para Belo Horizonte em 2003, presi-

di a Missa de despedida na Paróquia Sant’Ana e, ainda hoje, guardo no coração as manifestações de carinho, amizade e gratidão das pessoas pela minha presença/colaboração durante os anos que aí vivi. Obrigado a todos por tudo. Concedo, de coração, a minha bênção sacerdotal a cada um de vocês, extensiva às suas famílias. Continuem rezando por mim para que eu possa continuar sempre amando ser padre.

Pe. Antônio Lúcio da Silva Lima, SSP


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Missão e ação pastoral na vida da paróquia A missão só tem uma origem. Tudo brota do coração do Pai. A fonte da missão é o projeto de Deus, que é amor. O caminho mais precioso para a efetivação do amor na Igreja é pelas pastorais. Pastoral vem da palavra pastor. Aquele que conduz! A Ação Pastoral da Paróquia Sant’Ana é fruto de uma grande caminhada da Igreja–povo de Deus, nos últimos anos. Desde 26 de julho de 1981, nossa Paróquia vem seguindo as orientações e diretrizes assumidas nas assembleias. Propagar a Palavra é o maior ato de evangelização. Por isso, é preciso que todos os caminhos levem a Deus. Isto é fazer e viver a Pastoral. Os organismos vivos da organização pastoral devem ser voltados para as exigências da Ação Evangelizadora: serviço, diálogo, anúncio e testemunho. A nossa Paróquia desenvolve vários trabalhos pastorais como manifestação e expansão dos planos de Deus na terra.

Padre Odair Costa Nogueira - Vigário Paroquial Paróquia Sant’Ana de Campinas

Acolhimento: Procura-se cumprir a orientação bíblica: “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rm 15,7). É um trabalho de acolhimento aos irmãos, para que se sintam melhores nas missas e encontros. Liturgia: É a alma da Igreja e, quando bem preparada, enriquece a fé de cada pessoa que se faz presente nas celebrações. Podemos dizer que, ao engajar nesta Pastoral que abrange grande parte das pessoas que participam em outros grupos dentro da Comunidade, nos tornamos porta-vozes da Palavra de Deus. Juventude: Pastoral da Juventude é a ação dos jovens como Igreja, unidos e organizados a partir dos Grupos de Jovens. É a juventude evangelizando outros jovens, em comunhão com toda a Igreja. Ministros da Comunhão, Palavra, Saúde e Exéquias: Têm por função auxiliar o Sacerdote nas Santas Missas, distribuir a Sagrada Comunhão, auxiliar nos batizados e levar a Eucaristia aos doentes impossibilitados de ir à igreja. Coroinhas: Servir o altar, auxiliar o celebrante, rezar e participar das celebrações. Pastoral do Batismo: O principal objetivo da Pastoral do Batismo é levar aos pais e padrinhos o conhecimento do que é o Batismo e o compromisso que, por meio dele, se assume com Deus e com a comunidade. É necessário vivenciar, testemunhar e ensinar filhos e afilhados a serem cristãos autênticos e fiéis seguidores de Jesus Cristo. Ministérios de Música: Motivam

e estimulam o povo a cantar, e prepara os cantos conforme o tempo litúrgico e cada parte da celebração. Seu objetivo é integrar e orientar os grupos da Comunidade por meio dos encontros e acompanhamentos. Grupo de Vivência: O objetivo é ir ao encontro das famílias afastadas, e conhecer as realidades em que vivem os nossos irmãos na fé que moram perto de nós. Nesse sentido, o grupo de vivência possibilita momentos de reflexão, orações e celebrações, para sermos uma Igreja renovada. Dízimo: Incentivar os fiéis a assumirem a Pastoral do Dízimo como sinal de partilha com a Igreja, como compromisso e expressão de fé. Crisma: Tem como missão: preparar as pessoas que desejam confirmar sua fé católica para receber o Sacramento da Crisma (ou Sacramento da Confirmação), de modo que assumam seus papéis como cristãos e católicos, sendo luz do mundo e sal da terra. Batismo: Ocupa-se com a realização, uma vez por mês, de um curso preparatório para o Sacramento do Batismo. Catequese: Prepara crianças, adolescentes, jovens e adultos para a vida na fé, amor a Deus, compromisso com a Igreja, a ser cristão e à celebração do Sacramento da Eucaristia. Família/Curso de Noivos: Tem como objetivo oferecer aos casais condições de se prepararem para uma união estável e sólida, baseada em princípios cristãos. ECC (Encontro de Casais com Cristo): O Encontro de Casais com Cristo ( ECC) é um serviço da Igreja em favor


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da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo. Comunicação (PASCOM): Responsável pela divulgação de eventos relacionados à Paróquia, por meio de informativos impressos e virtuais. Vicentinos: Prestar assistência espiritual e material aos mais carentes. Na alegria e na simplicidade. É a missão de anunciar o Evangelho, de modo especial aos mais pobres. Oficina de Oração e Vida: Aprender a orar para aprender a viver. Nova evangelização pela qual se ensina a orar em profundidade; a fazer-se amigo de Deus, Pai de ternura infinita; descobrir a Bíblia; superar, passo a passo, as angústias, tristezas e medos; alcançar estabilidade emocional e alegria de viver; despertar para a missão à qual fomos criados, à vida apostólica Apostolado da Oração: Tem a missão de orar. Orar por toda a Igreja, orar pelos mais necessitados e esquecidos, pelos sacerdotes, por todas as pastorais, movimentos, grupos, congregações, orar incansavelmente e de maneira especial, em desagravo aos pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus. Grupo de Oração (RCC): É a reunião de cristãos que têm por objetivo louvar e bendizer a Deus, levando os participantes a uma experiência pessoal com o Deus vivo. A oração é o principal carisma nessas reuniões.

Clube de Mães: As atividades realizadas com o Clube de Mães visam à formação pessoal e profissional das participantes, mediante a organização e a estruturação dos grupos, com reuniões, palestras, propostas de geração de renda e outros assuntos similares; artesanatos diversos, tudo com o objetivo de despertar o interesse para satisfazer as necessidades da família. Terço dos homens e mulheres: O objetivo do Terço do Homem e das mulheres é despertar entre o corpo masculino e o feminino da Igreja o comprometimento com a oração, a fé, a evangelização, a mudança de vida, o amor ao irmão necessitado etc. Participam dele homens e mulheres de todas as idades, e ali se cria um clima de amor verdadeiro onde os frutos são cada vez mais presentes. Terceira Idade: Proporcionar aos idosos da Igreja (e visitantes) a oportunidade de formação e fortalecimento de amizades e o estabelecimento do companheirismo. Criar oportunidade de compartilhar e valorizar experiências vividas. Criar condições para o aprendizado de novas habilidades, ampliando assim o seu interesse pelo mundo à sua volta. Pastoral da Criança: A Pastoral da Criança é um Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Tem como objetivo o desenvolvimento integral das crianças e promove, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político.

Construir uma Igreja comprometida com as questões primordiais de nosso povo e voltada para os ensinamentos de Deus é, sem dúvida, o nosso maior desafio. Como Igreja, não estamos e nem podemos ficar de braços cruzados, pois o desígnio de Deus nos estimula a agir dentro da realidade, tendo como meta sua conversão a partir de nossa ação evangelizadora. A pastoral da nossa Paróquia nos convida à participação e comunhão, e esta não acontece sem conversão, sem mudanças de certos rumos, inclusive de esquemas mentais e de linguagem... Além do mais, cremos firmemente que é o Espírito Santo quem diz à comunidade eclesial o que ela deve fazer e qual o melhor caminho a seguir no hoje da Igreja. A fé verdadeira expressa um comprometimento comunitário e social, pois sabe que Deus quer salvar a todos os que vivem em comunhão de fé. Fé é solidariedade. É capaz de anunciar e partilhar os dons recebidos com todos. A fé é missionária, “ela se fortalece à medida que se comunica” (João Paulo II). Ela nos faz crescer em sabedoria e graça. A nossa presença, enquanto Igreja Católica – Paróquia Sant’Ana de Campinas, deve ser um sinal de vida para todas as famílias, percebendo que o amor deve consistir mais em obras do que em palavras. A Ação Pastoral de nossa Igreja local acredita ser uma ação de Deus realizada e concretizada aqui entre nós, logo. Não podemos esquecer que tudo o que fazemos, ou fizermos, é por amor a Jesus Cristo e à sua Igreja, na construção de um mundo mais humano, justo e solidário.


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30 anos da Paróquia Sant’Ana de Campinas 1981 a 2011

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stamos vendo esta comemoração na perspectiva de um momento de alegria, que nos leva a revermos nossa caminhada, que tem como horizonte Jesus. Como paróquia, somos convidados pelo Documento de Aparecida a sermos “células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo...”. A partir de 1975, a Igreja de Campinas, em consonância com a Igreja da América Latina, elabora seus Planos Pastorais para, por meio do objetivo geral, indicar aos projetos pastorais das paróquias o horizonte a ser atingido. A nossa Paróquia tem caminhado com a Igreja de Campinas, participando vivamente da Revisão Ampla, realizando várias reuniões nas tardes de domingo, para olharmos interiormente as nossas pastorais e respondermos as questões encaminhadas pela Arquidiocese, possibilitando um conhecimento das realidades paroquiais de nossa Igreja particular. A abertura oficial da Revisão Ampla aconteceu em 23 de março de 1989. Nessa ocasião, D. Gilberto apresentou uma Carta Pastoral lembrando que “a Revisão Ampla quer ser um grito de alerta, um estímulo e um impulso novo para esta Igreja. Que todas as Comunidades possam reafirmar o que fazem e projetar o que estão deixando de fazer; corrigir o que devem e caminhar com serenidade para o ideal de vida cristã, nas dimensões pessoal, comunitária e social”... O pro-

cesso da Revisão Ampla foi concluído em dezembro de 1991. Outro momento especialmente vigoroso vivido pela nossa Paróquia foi o envolvimento geral de nossas comunidades no projeto missionário da Arquidiocese. Temos vivamente conservado, em nossas mentes e corações, as equipes, partindo de suas comunidades em direção às visitas das casas, empunhando estandartes com a imagem da Imaculada Conceição. O ardor foi tão grande, que ainda hoje encontramos participando em nossas comunidades aquelas pessoas visitadas por nós. Estes irmãos nos entusiasmaram a realizarmos muitas celebrações e eventos grandiosos. A realização do Congresso Eucarístico Nacional em Campinas, com a cons-

trução da Praça Arautos da Paz em nossa Paróquia, também nos mobilizou não só a participarmos das celebrações, servindo como ministros da Eucaristia, mas também acolhendo nas casas as pessoas que vieram de outras cidades para participarem conosco. Desde então, em todas as demais ocasiões que a Arquidiocese solicitou hospedeiros, várias famílias de nossa Paróquia têm aberto suas casas a irmãos de outras cidades. Com a adesão da Arquidiocese ao Planejamento Participativo, nossa Paróquia tem participado, por meio de seus representantes, da construção dos Planos de Pastoral Orgânica. Ao comemorarmos esses 30 anos, deparamo-nos com os desafios propostos pelo 7º Plano de Pastoral Orgânica em seus três eixos de ação: Igreja que acolhe, Igreja que se renova, Igreja do serviço solidário. Passos importantes foram dados: muitos dos que nos antecederam dedicaram-se com afinco para chegarmos até aqui, construindo, tijolo a tijolo, os locais onde nos encontramos. Por fim, o que podemos oferecer à nossa Igreja para que ela não seja somente local de culto? Somos convidados, pelo Batismo, a manter os esforços de renovação pastoral, favorecendo o encontro com Cristo vivo, para que nossa Paróquia seja, verdadeiramente, uma comunidade de comunidades evangelizadas e missionárias. Diácono Wil e Maria Leontina


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Paróquia Sant’Ana: Vocacionada para a Acolhida

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urante seus 30 anos de existência, a Paróquia Sant’Ana de Campinas caracterizou-se por ser acolhedora. Esta afirmação vem de padres, religiosas e religiosos que, de alguma forma, atuaram em nossa Paróquia. Por ocasião do 14º Congresso Eucarístico Nacional, que aconteceu na Praça Arautos da Paz, a Paróquia sentiu-se desafiada pela proximidade do local do evento. À época, o Padre Osmar Marques constituiu uma equipe a fim de colaborar na acolhida das pessoas que viriam participar deste grandioso evento da Igreja no Brasil. Houve outros exemplos, como as doze Ordenações Diaconais, que os Padres Estigmatinos realizaram na Paró-

quia, nas quais não faltou o empenho do saudoso Padre José Carlos em organizar as comunidades para acolher as famílias dos futuros Diáconos, seja com hospedagem como com alimentação. A Irmã Antonia, da Congregação das Irmãs da Consolação, quando de sua ida para Moçambique, salientou em sua despedida: “Aprendi muito nos tempos que pude conviver com todos os membros desta paróquia. Espero e desejo que este espírito de acolhida sempre continue presente na vida da paróquia”. Com o Padre Heriberto, a Paróquia demonstrou sensível acolhida à Pastoral dos Surdos, que aconteceu em 2006, ano em que a Igreja, por meio da Campanha da Fraternidade, tinha como tema “Fra-

ternidade e Pessoas com Deficiências”. Mais recentemente, sob orientação do Padre Wilson, a Paróquia demonstrou sua força de acolhida quando teve a oportunidade de realizar a Ordenação Sacerdotal do Padre Odair Costa Nogueira. Muitos se envolveram para que os familiares e amigos do Padre Odair, vindos de Delta, sentissem e levassem a imagem de Paróquia acolhedora. Que a vocação acolhedora da Paróquia seja um grande reflexo na vida de cada paroquiano, a fim de preservar e consolidar esta virtude pelos anos vindouros.

Edilson Roberto Deodato


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Síntese da Assembleia Paroquial Nossos próximos passos

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rocurando um caminhar conjunto, de organicidade pastoral e de comunhão eclesial, a Paróquia realizou, no dia 21 de novembro de 2010, Festa de Cristo Rei, a Assembleia Pastoral Paroquial. O encontro aconteceu na Comunidade Santa Teresinha, que acolheu a todos os representantes de Pastorais das demais comunidades que compõem a Paróquia. O plano de pastoral paroquial foi elaborado com o objetivo de apontar projetos e pistas de Ação Pastoral para os próximos 2 anos. A iluminação deste trabalho vem das Diretrizes do 7º Plano de Pastoral da Arquidiocese de Campinas e das Diretrizes da Igreja no Brasil. A princípio, realizou-se um histórico do questionário que fora entregue às comunidades e pastorais para que elas indicassem pontos fortes e pontos fracos da caminhada da Paróquia. A seguir, realizou-se breve síntese do Objetivo Geral do 7º Plano de Pastoral da Arquidiocese. Para finalizar, foi apresentado o quadro da Paróquia, mediante as respostas dos questionários. Após a apresentação das temáticas, a Assembléia definiu as prioridades, a saber: 1) Organização e Dinamização dos Conselhos de Pastorais das Comunidades (CPC); 2) Juventude; 3) Criação do Ministério da Caridade, a partir de uma rede de solidariedade, em vista da situação social que abrange os paroquianos; 4) Valorização da Família pelo ECC (Encontro de Casais com Cristo) e pela Pastoral Familiar; 5) Criação e Organização de um Caixa Comum, em vista de prioridades paroquiais. Neste item ficou determinado que serão convidados Assessores para ajudar a pensar e dinamizar tal proposta. As propostas foram apresentadas e aprovadas pela Assembleia, e terão validade para os próximos 2 anos. Edilson Deodato


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Centro de Pastoral Sagrada Família: igreja em mutirão

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Comunidade Sagrada Família é a mais nova dentre as comunidades da Paróquia Sant’Ana de Campinas. Ela nasceu no bairro Gênesis, uma das regiões mais carentes, não só da Paróquia, mas também da cidade de Campinas. Em vista de um reavivamento das famílias nesta área da Paróquia, várias iniciativas foram tomadas, como a realização das Santas Missões Populares, maior presença da Pastoral da Criança e dos Vicentinos, e a organização da própria Comunidade, entre outras ações. Para que a Comunidade tivesse maior eficácia em sua ação eclesial e pastoral, foi lançado o desafio da construção de um Centro Comunitário, ou de Pastoral. Tendo claro este propósito, a Comunidade obteve a doação de um terreno, que foi abençoado e no qual se levantou a Cruz, no dia 27 de dezembro de 2009. Nessa

ocasião, nosso atual pároco, Padre Wilson presidiu a Solenidade da Sagrada Família, e nos lembrou “que o valor da família para os dias de hoje deve ser o mesmo que o da família de Nazaré, Jesus, Maria e José”. A construção vai se realizando por etapas e conta com a colaboração de todas as comunidades da Paróquia, em forma de grande mutirão. Esta obra se beneficia também do apoio da Arquidiocese de Campinas, manifestado pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Bruno Gamberini, que obteve doação financeira junto a Adveniat, entidade internacional que colabora financeiramente com os projetos da Igreja. Que nesta união de esforços e forças possamos expressar a nossa comunhão em uma igreja participativa e corresponsável, sobretudo na atuação junto às famílias. Célia Terezinha da Silva Andrade


38 Presença Religiosa e Ação Pastoral

Homenagem ao Beato João Paulo II Por: Célia Terezinha da Silva Andrade e Edilson Deodato

N

estes 30 anos de caminhada da Paróquia

da Escola da Fé, além do pós-encontro semanal do ECC.

Sant’Ana, uma questão a ser lembrada

No dia 1º de maio de 2011, quando a Igreja cele-

é a criação dos Centros de Pastorais das

brou o 2º Domingo da Páscoa, chamado Domingo da

Comunidades. Nestes locais, realizam-se eventos so-

Divina Misericórdia, aconteceu, em Roma, a beatifi-

ciais, reuniões para a organização da comunidade e

cação do Papa João Paulo II. A fim de homenagear o

encontros de formação.

novo Beato da Igreja, por toda virtude de santidade

Após a conclusão do Salão Paroquial, iniciado

que demonstrou em vida, em cerimônia presidida

com Padre Osmar Marques, verificou-se a neces-

por padre Wilson e com a participação das comu-

sidade de continuar com a construção de salas de

nidades, conferiu-se ao centro de pastoral o título

catequese anexas ao Salão Paroquial, projeto que

de Centro de Pastoral Papa João Paulo II. Nesta cir-

contou com incentivo do Padre Heriberto.

cunstância, muitas pessoas puderam conhecer a es-

Com a chegada do Padre Wilson, as salas passaram

trutura do Centro de Pastoral João Paulo II, que deverá

a ser utilizadas para reuniões arquidiocesanas e paro-

continuar a ser um local de formação, encontro e

quiais. Nestas salas aconteceu boa parte da formação

organização da vida paroquial.


Sant’Ana nossa padroeira rogai por nós


Oração pelos 30 anos

Deus bendito, nós vos louvamos e agradecemos pela graça que nos destes de celebrarmos nossa fé há 30 anos no caminho do vosso Filho Jesus, nosso Mestre e Redentor! Agradecemos porque, nesta caminhada, nos colocastes como inspiração e proteção Sant’Ana, avó de Jesus. E pelo seu modelo e exemplo, nos ajudastes a sermos uma IgrejaFamília, aberta a acolher a todos os que a nós se achegam. São 30 anos, ó Pai, em que a nossa Paróquia anuncia e segue o Evangelho de Jesus, pelo testemunho autêntico dos cristãos batizados em nossas comunidades! Por isso, queremos agradecer, ó Deus Bendito, pelas pessoas, homens e mulheres, sacerdotes, religiosos, religiosas, catequistas, ministros, agentes de pastorais e pessoas de boa vontade, que plantaram e que plantam, nesta pequena porção da Igreja do vosso Filho, as sementes da fé, da esperança e do amor! Ó Pai, ajudai-nos a continuar a obra iniciada por vós. E que, inspirados pelo vosso Santo Espírito, possamos continuar a implantar o projeto de vida plena, anunciado pelo vosso Filho! Nós vos pedimos, dai-nos a graça, de enfrentarmos as tribulações e vencermos os desafios que a vida nos coloca! Que Sant’Ana, nossa padroeira e intercessora, seja a nossa inspiração nesta caminhada, em que, seguindo sempre os passos de Jesus, um dia junto com os vossos anjos e santos alcancemos a plenitude da vida! Amém!


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